1.sermões Janeiro
1.sermões Janeiro
1.sermões Janeiro
Marcos 6:30 – 44
INTRODUÇÃO: O apóstolo Paulo em sua carta 2Coríntios 5:14 declarou que o amor de Cristo
nos constrange. Quando foi a última vez que você se sentiu constrangido por esse
incomparável amor compassivo de Jesus? Ao meditar neste texto me senti tocado e
comovido pela incomparável compaixão de Jesus, mas também por sua determinação em
cumprir a missão que o Pai lhe outorgara.
É impossível não apreciar a incomparável compaixão de Jesus pelos seus discípulos. Nos
versos 30-32 Jesus começa a ouvir os relatos entusiasmados dos seus discípulos, seus feitos
e ensinos, mas enquanto eles falavam, os olhos compassivos de Jesus perceberam o cansaço
deles. No verso 31 Jesus lhes convida para uma parada, um descanso e refrigério. O texto diz
que eles não tinham tempo para comer tal era o excesso de trabalho. Ensinar, curar,
aconselhar e como menciona o texto, havia pessoas indo e vindo a todo instante. Jesus
percebeu que vários ou todos estavam esgotados. Talvez você esteja se sentindo assim. Está
apaixonadamente envolvido na obra do Senhor, talvez sem tempo para comer, para a família
ou para você mesmo. Não percebe, mas sente uma fadiga. O trabalho na obra do Senhor não
para e Jesus hoje está te chamando para descansar um pouco num lugar deserto e calmo.
É interessante que Jesus havia tentado levar seus discípulos a um lugar deserto para que
pudessem descansar, mas a multidão os “perseguiu”.
Esta é uma realidade da obra missionária. A necessidade é muito grande. O texto diz que
Jesus teve compaixão e Ele mesmo passa a ensinar-lhes. Há uma necessidade de não perder
tempo, mas também uma demanda a ser atendida. Eu me lembro que quando estávamos em
Arequipa, Peru, estávamos ajudando a plantar uma igreja e também apoiando mais três
igrejas. Passávamos o domingo rodando para atender, pregar e ensinar a Palavra. Saíamos
uma igreja e íamos para outra, depois da terceira igreja no mesmo dia, meu filho mais novo
perguntou: “E agora, papai, vamos para qual igreja? ” E eu disse: “Não, meu filho, agora vamos
comer”. Embora haja muito serviço na obra do Senhor, é necessário parar para descansar.
O verso 34 afirma que quando Jesus saiu do barco, viu uma grande multidão, desorientada,
perdida e também com suas almas famintas da luz do céu. O versículo 35 nos diz que já era
tarde. A multidão era enorme. Só os homens foram contados, mulheres e crianças não. Havia
cinco mil homens, o lugar era deserto e não havia comércio suficiente para suprir a
necessidade de tantos. Em meio a uma profunda necessidade, alguém ofereceu os 5 pães e 2
peixes. Sete elementos! Para os judeus, o número perfeito. Entretanto, a Palavra de Deus diz:
“O Senhor é justo e perfeito em todas as suas obras”. Jesus não apenas estava atento às
necessidades de seus discípulos, mas também de toda a multidão.
Quando chegamos a Ayacucho, estado peruano onde se iniciou o grupo terrorista Sendero
Luminoso, ouvimos as histórias de sofrimento e muitas mortes por todos os lugares onde
passávamos. A igreja tinha um templo sem paredes e sem piso, havia somente uma estrutura
com telhas que cobria a área do templo. Quando chovia, molhava a todos; e quando estava
seco, as pulgas picavam as pernas das irmãs que iam para o culto de saias. O Senhor ali nos
lembrou a Palavra de Jeremias 33:3 e então começamos a clamar dia e noite pela provisão de
Deus. Depois de meses clamando, o Senhor manifestou a sua graça e glória. De onde não
esperávamos, Deus levantou ajuda, nos EUA e no Brasil, e a casa de Deus foi edificada no físico
com uma construção que honrou o Seu nome e com salvação de almas. O Senhor
manifestou a sua incomparável compaixão.
CONCLUSÃO:
Sem dúvida alguma, a incomparável compaixão de Jesus começa com seus obreiros. Ele
cuida de seus discípulos como vimos neste texto. Se você tem se sentindo desanimado ou
desamparado, não se esqueça, o Senhor está cuidando de você. Ele é quem providencia o
nosso descanso. Precisamos ouvir sua voz quando Ele nos chamar para descansar. Todo
suprimento e abundância que eu e você precisamos está no Senhor e Ele usa vidas para nos
abençoar. Como disse o apóstolo Paulo, “O meu Deus suprirá todas as necessidades de vocês,
de acordo com as suas gloriosas riquezas em Cristo Jesus. ” (Filipenses 4:19)
2º SEMANA
NOSSA TAREFA AGORA
Autor: Pr. William Freitas – missionário na Colômbia
Nunca na história do mundo tivemos tanto acesso às informações como agora. Temos mais
informações do que nunca sobre a Palavra de Deus. Em alguns segundos podemos buscar
palavras que, anos atrás, levariam horas. Temos acesso a comentários, dicionários,
concordâncias e livros sobre a Bíblia que nossos ancestrais apenas sonharam em ter.
Mas em meio a tanta informação, haverá transformação? O que nos muda não é o que
sabemos, mas o que fazemos.
Da mesma forma em relação ao futuro. Não se trata de saber sobre o futuro, se trata do que
Deus diz que devemos fazer a respeito. Se sabemos que dias ruins estão chegando, se
sabemos que Jesus está voltando, o que faremos agora?
2Tessalonicenses 3:1-5.
Nestes versículos, Deus nos chama para fazer três coisas: orar, confiar e agir.
1. Primeiro, ore.
O MANDATO: "rogai por nós" E há duas coisas que gostaria de destacar deste mandato:
O apóstolo Paulo pede aos tessalonicenses que orem por ele e seus companheiros para que
preguem o Evangelho. Embora ele tivesse o chamado de Deus para ser um apóstolo e a
presença do Espírito Santo que o guiou e o capacitou para realizar milagres, ele também
ansiava pelo apoio da oração de outros crentes.
Interessante no texto é notar que Paulo não apresenta isso como uma opção, mas como um
comando: A forma verbal “orar” é imperativa (um comando), não subjuntivo (um desejo); A
isso acrescentamos que Paulo apresenta a intercessão pelos missionários como um mandato
apostólico: "farás o que te mandamos" (v. 4).
Paulo, com a autoridade delegada de Cristo, ordenou várias coisas a esta igreja e a todas as
igrejas que ele fundou e visitou, uma dessas coisas foi orar por aqueles que pregam a Palavra,
pelos missionários.
O ponto é que o evangelismo não é uma atividade meramente humana e, portanto, para ser
realizado, precisa ser fortalecido com o poder do Senhor.
“Ore por nós”, disse Paulo. Além de orar pelos missionários, oremos também para que o
Evangelho se espalhe e seja recebido.
Suas orações também podem ir muito longe. Escolha um lugar no mundo, um país ou uma
região e comece a aprender sobre esse lugar. Ore para que o Evangelho penetre nesse país.
Ore pelas necessidades que existem por lá. Se puder, descubra os nomes dos missionários que
servem por lá. Quando você começar a orar, começará a ver como Deus responde às suas
orações.
O que o versículo 3 diz? “Mas fiel é o Senhor, que o estabelecerá e o guardará do mal”.
Em termos diretos, esta declaração não é tanto algo que Paulo pede para receber oração, mas
sim o próprio desejo de Paulo e oração pelos irmãos em Tessalônica. Em 1 Tessalonicenses 3:
2-6, Paulo indica que enviou Timóteo para saber mais sobre eles a fim de fortalecer sua fé (v.
2). Eles estavam em aflição e sofrimento (v. 3), e Paulo, sabendo que o tentador poderia se
aproveitar disso e fazer com que eles abandonassem a obra, encoraja-os por meio de
Timóteo a confiar no Senhor.
Deus nos compreende e nos encoraja. Portanto, confie na força que Deus lhe dará. Confie que
Ele cuidará de você e não o deixará.
Paulo escreveu: (v. 4-5): “E confiamos quanto a vós no Senhor, que não só fazeis como fareis
o que vos mandamos. Ora o Senhor encaminhe os vossos corações no amor de Deus, e na
paciência de Cristo”.
Enquanto esperamos a vinda do Senhor, vamos nos dedicar a fazer a sua vontade. Seus
ensinamentos chegaram até nós na Palavra, e tivemos pessoas que nos ensinaram a obedecer
aos seus mandamentos. Nós os mantemos? Nós os seguimos? Paulo expressou sua confiança
de que os tessalonicenses o fizeram. Espero que o mesmo possa ser dito sobre nós.
Jesus nos contou uma história sobre sua vinda. Vou modernizar um pouco. Digamos que o
proprietário de uma grande empresa faça uma viagem. Ele tem negócios importantes a fazer
em outro país e não sabe quanto tempo vai durar. No entanto, ele diz aos seus trabalhadores
para continuarem trabalhando até que ele retorne. Se o fizerem, eles receberão um bônus.
No começo, todos trabalham bem. A produção da fábrica continua em bom nível. No entanto,
o tempo passa e alguns começam a desanimar. Decidem que o proprietário não volta mais e
procuram trabalho em outras fábricas. Aos poucos, a produção diminui.
Finalmente, o proprietário retorna. Ele está desapontado com aqueles que deixaram o
trabalho, mas está feliz com os trabalhadores que permaneceram fiéis. Então, lhes dá o bônus
prometido e muito mais.
Jesus é como o dono daquela fábrica. Nós somos seus funcionários. Somos fiéis e constantes
em fazer o que ele nos diz para fazer? Ou estamos entediados, cansados e com vontade de
procurar algo diferente?
Deus não nos pede grandes feitos. Ele nos pede que permaneçamos fiéis e constantes no que
Ele nos ordenou a fazer. Se recebemos seu amor, devemos amar os outros assim como Ele
nos ama. Se recebemos o seu Evangelho, devemos anunciá-lo a todo mundo.
Conclusão
Ore, confie e aja. É isso que Deus nos chama a fazer enquanto aguardamos a volta de Jesus.
Que o Senhor encontre todos nós engajados em seu trabalho quando Ele voltar.
3º SEMANA
A GRANDE COMPAIXÃO DE JESUS PARA REALIZAR MISSÕES
Autor: Pr. Joel Martiniano
JONAS 3:1-10
A pergunta que não quer calar: “Quantos de nós falhamos, desobedecemos a ordem do
Senhor de sermos participes da grande comissão de pregar o arrependimento e a conversão
ao Senhor?
O capítulo 3 começa dizendo que era a segunda vez que o Senhor estava falando com o
profeta. Nós bem sabemos que na primeira vez que o Senhor falou com Jonas, ele
simplesmente ignorou e desprezou a Palavra do Senhor. A ordem era para ir para Nínive e
Jonas tomou um barco que ia em direção ao caminho oposto.
O capítulo 2 termina dizendo que Deus deu ordem ao peixe. No verso 10 encontramos a
informação de que o peixe vomitou Jonas na terra.
O versículo 2 do capítulo 3 diz: “Levanta-te e vai agora mesmo”! Estava ele deitado na praia
exausto, ou já havia conseguido um lugar em Nínive e estava descansando quando ouviu a
voz do Senhor dizendo “Levanta-te”? Gostaria que considerássemos esta enorme compaixão
do Senhor em dar uma segunda chance a Jonas e não desistir do profeta. Considere isso por
favor. Deus não desiste de mim, nem de você, mesmo quando endurecemos nosso coração
contra a sua Palavra e sua vontade. Não faz parte do caráter de Deus desistir facilmente. Ele
não desistiu de Jonas, nem de realizar a missão de salvar Nínive como nos diz o versículo 3.
A ELE seja a glória!
O versículo 3 nos encoraja mostrando que Jonas tinha aprendido a lição. O Senhor o havia
perdoado e poupado sua vida dando-lhe uma nova chance. Será que hoje, através desta
palavra, o Senhor está dando a você uma nova chance? Às vezes o adiamento em atender ao
chamado missionário não foi causado por desobediência, rebeldia, mas circunstâncias que
aconteceram e o tempo passou. Contudo, a chama está aí em seu coração. Quando
servíamos em missões na África do Sul conhecemos uma missionária chilena que foi ao
campo missionário pela primeira vez aos 51 anos. Nos impressionamos com aquela mulher
solteira, com asma e com um coração ardendo por levar almas a Jesus. Seu chamado se deu
aos 16 anos. Os anos foram passando e ela esperando o Senhor enviá-la ao campo
missionário, mas seus pais adoeceram, seus irmãos se casaram e ela ficou cuidando dos pais.
Depois de longos anos lutando contra a enfermidade, seus pais faleceram e, então, ela orou
chorando ao Senhor dizendo que já estava com quase 50 anos e sem perspectivas de ir ao
campo missionário. Então, ouviu o Senhor lhe trazendo ânimo e confirmando o chamado.
Sua igreja elaborou por aqueles dias um projeto de fazer uma escola musical para crianças
carentes na África e, sem que ela imaginasse, seu pastor a chamou e disse: “Você é a pessoa
que Deus me mostrou para ir”. Deus não desiste de nós. Deus não desistiu nem do seu profeta,
nem da cidade de Nínive. Na versão King James atualizada, o texto diz assim: “...E Deus tinha
um propósito para aquela grande cidade...”
O apóstolo Paulo escreveu: “Prega a Palavra, insta a tempo e fora de tempo”. O primeiro
sermão que Jesus pregou foi “Arrependei-vos e crede no evangelho”! Talvez alguém fale, “e se
não houver arrependimento? ”. Não devemos esquecer que no trono da justiça de Deus havia
um veredito que em 40 dias haveria total destruição na cidade porque a maldade e a violência
estavam demais. A compaixão do Deus eterno era a pregação avisando do juízo de Deus.
Diante disso, fica clara a relevância de missões, porque a maldade continua avançando. A
Terra está cada vez mais violenta e o juízo de Deus se aproxima. Nisto está a necessidade de
orar, enviar missionários para que todos os povos ouçam a Palavra, creiam em Jesus e
escapem do fogo eterno.
CONCLUSÃO
A grande compaixão do Senhor para que realizemos missões nos oferece chances para
obedecer em meio às fraquezas, desobediência ou circunstâncias adversas. Um segundo
aspecto é que fazer missões, pregar o evangelho em toda Terra, estabelece a justiça de Deus
dando uma real oportunidade a toda humanidade pecadora para que ouça o aviso de Deus
que o grande dia do juízo está próximo. Vivamos a compaixão de Jesus obedecendo ao seu
comando e pregando sua Palavra na íntegra!
4º SEMANA
A ORAÇÃO É NA EVANGELIZAÇÃO
Autora: Rita de Cássia, colaboradora da sede de Missões Mundiais
Mateus 9:36-38
INTRODUÇÃO: O fator humano mais importante para uma evangelização eficaz é a ORAÇÃO.
Todo grande despertar na história da igreja, desde o tempo dos Apóstolos até hoje, foi
resultado de oração. Lemos isto nas diversas passagens do livro de Atos , Atos 1:14; 2:40-42 e
2:47
Tudo o que foi dito até agora é mais ou menos geral, mas se algo prático deve ser realizado,
devemos ser específicos, em que direção devemos colocar a oração, se quisermos ver aquele
evangelismo eficaz pelo qual tantos anseiam?
Em primeiro lugar, devemos orar pelos indivíduos. Sob a orientação de Deus, devemos
selecionar pessoas em quem devemos centralizar nossas orações. Todo cristão deve ter uma
lista de oração. Então, a cada dia, ele deve ir a Deus em oração bem definida com aquela lista
de oração e clamar a Deus no fervor do Espírito Santo pela conversão desses indivíduos e
nunca parar de orar por eles até que sejam definitivamente convertidos. Se houvesse espaço,
poderíamos registrar os exemplos mais maravilhosos de conversão em muitos países como
resultado de tais listas de oração.
Em segundo lugar, devemos orar pela igreja. Ore definitivamente por um despertar espiritual,
ore para que os membros da igreja sejam levados a maturidade cristã. Devemos orar para que,
por meio da igreja e seus membros, muitos possam ser convertidos e que haja um genuíno
despertar na igreja e na comunidade. O preço de um avivamento é honesto, oração fervorosa
no Espírito Santo, oração que não aceita um não como resposta. Se coloque à disposição de
Deus para que Ele o use da maneira que quiser, então, deixe-o guiar, lidando com amor,
sabedoria e persistência com os não salvos, e um genuíno reavivamento da obra de Deus no
poder do Espírito Santo está fadado a resultar.
Enfim, devemos orar pela evangelização do mundo na geração atual. Vemos rumores de
guerra, catástrofes naturais, recessão econômica, fome. Deus tem chamado a igreja como
nunca antes para a evangelização do mundo. Por isso, não podemos dormir. Oremos com a
mesma sinceridade para que Deus conduza Sua igreja a aproveitar mais uma oportunidade
que é dada.
CONCLUSÃO
Sejamos muito sinceros e persistentes em nossas orações. Vamos determinar que não
aceitaremos um não como resposta, e veremos a evangelização mundial, e aquele dia feliz
pelo qual poderemos ver todas as tribos e nações prostradas diante do Cordeiro de Deus.
“Depois disso olhei, e diante de mim estava uma grande multidão que ninguém podia contar,
de todas as nações, tribos, povos e línguas, de pé, diante do trono e do Cordeiro, com vestes
brancas e segurando palmas. E clamavam em alta voz: "A salvação pertence ao nosso Deus,
que se assenta no trono, e ao Cordeiro". Apocalipse 7:9 e 10
5º SEMANA
VIVENDO A COMPAIXÃO COMO OS IRMÃOS MACEDÔNIOS
Autora: missionária Sirley Ferreira da Silva
2. Coríntios 8:1-5
Na história dos Macedônios, aprendemos que a atitude de doar independe de suas situações
financeiras ou sociais. As provações, aflições, bem como a extrema pobreza, frutos da
perseguição por se tornarem cristãos, não eram suficientes para impedi-los de estender as
mãos aos necessitados. Eles descobriram a alegria de contribuir ao aliviar a dor dos outros.
Eles não doavam do que sobrava, até porque, quem já viveu ou conviveu com pessoas em
extrema pobreza sabe que nunca sobra. Mas os irmãos macedônios não usavam a escassez
como desculpa para não dar. Pelo contrário, na abundante alegria que tinham em seus
corações, eles encontravam força e motivação suficientes para compartilhar daquilo que o
Senhor lhes dava, sacrificando-se e expressando amor, assim como Jesus o fez na cruz.
O compromisso e a compaixão dos macedônios pelas vidas era algo tão forte que eles não se
contentavam em fazer apenas o que podiam. Eles foram além, eles ofertaram impulsionados
pelo coração. Jesus nos alerta que, “onde está o vosso tesouro, aí está o vosso coração” (Mt
6.21). Eles tinham o coração na obra. As vidas necessitadas eram valiosas para eles. Eles não
olhavam para as suas limitações financeiras, nem mesmo para suas próprias necessidades.
Mas compartilhavam o que tinham, crendo que o mesmo Jesus que multiplicou os 2 peixes e
cinco pães para alimentar uma multidão, é o mesmo Jesus que abençoaria suas ofertas para
suprir as necessidades dos seus irmãos. Escolheram ofertar! Os crentes na Macedônia não
foram forçados a doar. Não houve uma ordem ou uma pressão dos líderes para que eles
fossem obrigados a contribuir, até porque todos sabiam da extrema pobreza na qual eles
viviam. Foi exatamente esta prontidão e o coração desejoso em ofertar que fizeram com que
o Apóstolo Paulo ficasse surpreso “deram além” e o fizeram foi de forma voluntária.
Suprir as necessidades dos pobres era provavelmente a coisa mais importante para a igreja na
Macedônia. A igreja tomou conhecimento de que em Jerusalém as pessoas estavam
passando fome e começaram a sentir um desejo ardente em participar daquele desafio
missionário. Eles não queriam ficar de fora. A distância os impediam de estar com os irmãos
de Jerusalém, porém, ajudá-los em suas necessidades era algo importante. Como cristãos,
eles sentiam-se responsáveis em apoiar e suprir as necessidades daqueles que estavam em
sofrimento. Eles sabiam que, se levantassem e enviassem uma oferta através dos apóstolos,
certamente, juntamente com o conforto espiritual, aqueles irmãos teriam suas necessidades
materiais supridas.
Os macedônios tiveram que suplicar, não uma vez, mas repetidamente, para que pudessem
participar com suas ofertas naquela campanha missionária. Provavelmente os apóstolos
ficaram preocupados, devido às condições econômicas que não eram nada boas. Mas eles
tinham uma razão importante: apoiar o trabalho missionário de Paulo. Em sua carta aos
Romanos 15.26, Paulo nos dá um relatório sobre o esforço destas igrejas: “Mas agora vou a
Jerusalém a serviço do povo de Deus que vive ali. Pois as igrejas das províncias da Macedônia
e da Acaia resolveram dar uma oferta para ajudar ao povo de Deus em Jerusalém que está em
necessidade.
E em Atos 24.17 encontramos Paulo fornecendo uma importante informação sobre a razão do
envio deste suporte: “Depois de vários anos ausente de Jerusalém, voltei trazendo ajuda
financeira doada ao meu povo”. Os macedônios não sabiam, mas aquela foi a última viagem
missionária de Paulo a Jerusalém, onde ele foi preso. Os macedônios tanto desejaram e se
esforçaram, que levantaram e enviaram a preciosa oferta que, além de suprir as necessidades
dos irmãos, muito alegrou o coração de Paulo.
Aqui temos o que costumo chamar de “matemática missionária”: O desejo ardente em ofertar
+ a realização do desejo = vidas abençoadas. Nesta matemática, tanto o doar, quanto o
desejar são fundamentais. Pois, dar sem desejar é hipocrisia e desejar, mas não dar, não leva
a resultados concretos. Como, por exemplo, a história de um irmão que, ao receber a visita do
seu pastor comentou com tristeza que ficou muito tocado com a mensagem do domingo,
sobre os desafios missionários e finalizou dizendo: “Eu gostaria muito de apoiar a obra
missionária. Mas eu não tenho um carro, nem mesmo uma moto. Se os tivesse, certamente
venderia para ofertar para missões”. Naquele momento, passaram algumas galinhas próximo
ao lugar onde estavam sentados. Então, o pastor, na intenção de ajudar ao irmão, disse:
“Talvez o irmão possa vender uma das suas galinhas e enviar a oferta para o campo
missionário”. Ao que o pobre crente respondeu: “Ah, mas galinha é muito barato”. Em seguida
mudou de assunto. Graças a Deus que os crentes macedônios eram revestidos do desejo em
participar da obra missionária.
O resultado do esforço missionário foi muito além do que o esperado. Sim! Uma igreja em
extrema pobreza, passando por grandes provações, superou as expectativas da oferta
missionária. O segredo é revelado: Deram-se a si mesmos primeiro ao Senhor. Eles dedicaram
suas vidas ao Senhor e à obediência à missão, compartilhando e abençoando o ministério do
missionário Paulo.
Isto me faz lembrar uma experiência vivenciada em uma das vilas. Assim que chegamos,
percebemos o sofrimento dos irmãos. A grande quantidade de chuva resultou na perda
completa da plantação de todos os moradores da vila. Naquele dia, a igreja estava reunida,
tudo o que tinha para comer era abóbora. A razão da visita era desafiar a igreja a desenvolver
um programa de alfabetização e ao mesmo tempo informar que não havíamos recebido o
apoio esperado do Brasil. Diante da situação, não senti coragem para pedir que irmãos
famintos, pudessem trabalhar de graça. Porém, após a mensagem, os 22 professores se
colocaram de pé e disseram: “Nós estamos sem comida, mas o alimento espiritual já está em
nossos corações. O que aprendemos, vamos ensinar. Não podemos nos sentar e deixar as
mulheres da igreja sem conhecimento”. Aqueles irmãos não desistiram, apesar de todas as
necessidades, eles permaneceram fiéis. Os meses se passaram, chegou a hora do novo plantio
e colheita. Um ano depois, estes mesmos irmãos, que foram fiéis em suas responsabilidades
para com a obra de Deus, tiveram a alegria de ver suas plantações produzindo de maneira
grandiosa. A colheita foi tão farta! Agora, poderiam comprar novos plásticos para cobrirem
suas casas. Talvez alguns sonhavam com esteiras novas para dormir à noite, porém a alegria
e gratidão ao que sentiam era tão imensa, que esses irmãos, ao tomarem conhecimento
sobre um grupo de igrejas com as quais também trabalhávamos, estavam passando pelas
mesmas necessidades que eles tiveram no ano anterior. Doaram um caminhão de 4 toneladas
com alimentos colhidos em suas plantações. Sim, todas as famílias, daquilo que tinham,
compartilharam com seus irmãos necessitados
CONCLUSÃO
Você como servo de Cristo foi alcançado com a Graça salvadora. Jesus, ao abrir mão de toda
a sua glória no céu para viver, sofrer e morrer pela humanidade, tornou-se um grande
exemplo de doação. Como Jesus, você deve ter o desejo e atitude de se doar através de uma
vida de rendição ao Senhor e compaixão por vidas. As igrejas na Macedônia, mesmo sofrendo
provações, e em situação de extrema pobreza, se compadeceram dos necessitados. Será que
você está seguindo o exemplo daqueles irmãos? Se a obra missionária depender da sua
disposição em interceder e do seu desejo e empenho em ofertar, as necessidades nos campos
serão supridas? Você está disposto a demonstrar de forma objetiva e prática, através de suas
orações e ofertas, a sua compaixão?