Poemas e Coisinhas 2 Edição - Léo Ottesen

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Poemas e Coisinhas 2 edio Ottesen, Lo Barenho primavera de 2010

Ao meu pai, Minhas professoras, que sempre me apoiaram: Eunice, Janete, Mercedes e Patrcia A todos que um dia disseram Tu tens talento!

A ideia
Desde 2005 venho aventurando-me no mundo potico. A princpio, era apenas mais um passatempo. Eu gostava de ler poemas, mas faltava alguma coisa. Descobri mais tarde que criar era o que faltava. Como todo iniciante, no guardava nada do que escrevia. Ficava tudo pelas folhas de caderno ou em alguma gaveta. No lembro como foi, s que um dia algum leu uma das minhas poesias e gostou, pedindo pra ler outras. Aquilo realmente foi uma surpresa. Nunca escrevi pros outros, eu escrevia s pra satisfazer a mim mesmo. Conforme o nmero de trabalhos foi aumentando, senti a necessidade de guard-los em algum lugar. A, ento, surgiu a ideia do livro. Apenas um apanhado de Poemas e Coisinhas que eu achei no meu ba de monstros. Achei que o ttulo deveria ser esse, porque eu queria mostrar todos os meus artifcios num lugar s. Aqui eu coloquei minha alma e meu corao em forma de poemas, monlogos, textos, msicas e algo mais. Espero que gostem, O Autor.

Eu te amo
Eu te amo porque te amo. E no devo quaisquer explicaes. O meu amor eu no domino, Mas tenho o de outros coraes. No quero gastar minha lbia Tentando provar-te que real Tampouco anseio reverncia A este sentimento surreal Podes at no me dar ouvidos Ou at desconversar Pois eu aposto contigo Que um dia irei te ganhar E se acaso eu estiver errado - Irei lutar at o fim! E se no me veres como amado - Mantenha-te longe de mim...

Arrisque-se!
Sabes a folha avermelhada pendente, ainda, sob a brisa de primavera? Pois que esta sou eu. Temente a meu futuro. A queda sobre outras folhas a esvarem-se na imensido do Tempo. E mesmo o encontro do meu destino evidente no obsta para que me lance ao inegvel fim. E sabes, pois, a rvore que treme, que teme ao vento de inverno sua provvel sina? De perder seus bens, seus ramos, suas ramas. Todas? Ah, entretanto, a verde inda assim mostrar-se- decidida a jazer no mesmo local a mesma vida. Esta, tambm hei de ser. E a pequena ave estada solitria ao alto de um penhasco. Aquele ser to frgil e deveras banal. Receando por entregar-se completa e subitamente ao vu de esplendor e beleza infinita: o prprio firmamento. Visto que este bicho conhece suas escolhas e teme. Sabe de seu possvel fim ou, qui, sua belssima libertao. E ainda assim, espera. Conhece-o? Pois bem, este, veja, no sou eu. s tu. Entrega-te. Liberta-te!

Segredos
Como consegues ser to linda? So palavras que me vm mente. s a mais bela moa que ainda No pude em seus lbios me fazer presente. Mas no tenho a coragem ou loucura De dizer-te algumas verdades Que em segredo se mantm, na amargura Do medo de tuas respostas indiferentes. s vezes acho que te odeio Por no me quereres em tua vida. Por ser eu demais calado, ou feio Bem mais ainda. Pois que agora no te quero, Eu acho... Nem desejo que me queiras Tanto. S espero que conheas este fato De enfeitares minhas fantasias. E, para tanto, por ficar bobo ao teu lado, Escrevo-te esta carta-poesia.

O que sinto
Como pode? Pergunto-me Como posso sentir raiva e Mxima euforia Ao ver este algum. Uma vontade que, Resumindo, Seria como eu Correndo em sua direo Beijando-a loucamente E com a mesma fria E frenesi Assassinando-a. O amor complicado Digo, muito mesmo. Vejo-a e me contenho Contenho os sorrisos -No posso! -No devo. Amar-te nunca mais Nossa histria chegou ao fim Pode no ter sido incrvel Mas j que foi pra ser assim...

Perguntas sem respostas


Saudades de um tempo simples Dvidas incertezas O que serei? O que farei? Quem ir me amar? O que vou almoar? A certeza uma dvida Mas afinal quem sero Meus amigos Confidentes Minhas paixes Mais ardentes A dvida certa Pensar ou no no futuro? Quem ir me guiar Se acaso precisar Quem ir me deter Se a loucura me afligir Hoje houve uma manh Um sol At chuva E amanh Como ser? E como serei?

O qu
O nome. O nome um ttulo de mrito por coragem que recebemos ao adentrar neste mundo animal, irracional e pattico. A idade. A idade a durao desta carne fraca e mortal. Comer. Comer uma necessidade. Beber. Beber mais que uma necessidade. um prazer. Sexo. O sexo uma necessidade, um prazer, uma consequncia; porque o que importa mesmo o amor. O amor. O amor um erro. Que pode virar uma necessidade, um prazer ou uma consequncia do sexo.

Bem querer
Quis-te ontem Para lembrar-me hoje. Quero-te hoje Aproveitar tua companhia. Quero-te amanh E para toda eternidade. Quero-te mulher Para beijar-te a libido. Quis-te menina Para desvendar tua simplicidade. Quis-te garota Pra esquecer a ingenuidade. Quero-te mais que posso E mesmo assim Continuo querendo. Sempre te desejei E sempre desejarei Mas isso nunca me vers dizendo.

S agora
Agora Que a vida no tem sentido Meu corao est partido Agora Que as manhs so chuvosas E todas as tardes nebulosas Agora Que as lgrimas esto cadas A solido a minha sina Agora Que te ter de volta uma fantasia Sem chances de ser vivida Agora E s agora Minha viso est clara E minha voz de novo cala E s uma coisa vem tona Preciso te ter de volta!

Mentiras
Fui perguntado na mais pura inocncia: Meu amigo, quando se pode mentir? Foi quando parei, pensei. -Faltar com a verdade. Nisso refleti, e me perdi. Meu amigo, respondi. Sempre podes mentir. Mesmo escondendo a verdade Escondes mais de ti. Pois o Tempo joga conosco Mais cedo ou mais tarde Ele conta. E a Verdade se mostra. Deves ser fiel a ti. No Verdade. Pois a verdade no se engana E tu no enganas ningum.

Saudades
Sinto saudades da boca Que no beijei Dos lbios rosados Que nunca toquei Com minha boca sedenta excitada Saudades das canes Que nunca cantei Que nunca ouvi Nem nunca toquei Saudades dos poemas no escritos Nem lidos Ou citados Saudades de uma rua nunca vista Nunca pisada Nunca admirada De pele to sedosa Que nunca pude acariciar Nem nunca pude beijar Saudades de uma pessoa to calma, carinhosa. To bela e fogosa Saudades dela que ainda conhecerei

Sinto saudades de quimeras Nunca sonhadas Ou imaginadas, fantasiadas. Morro de saudades por uma vida Que poderia Ter sido minha.

Escritos
Queria escrever sobre o mar, Mas seu tamanho me impediu. Queria escrever sobre estrelas, Mas seu brilho me ofuscou. Queria escrever sobre a noite, Mas o dia se enciumou. Queria escrever sobre o dia, Mas a noite chegou. Vim escrever sobre amor, Mas minha alma se calou.

L
E l se vai a menininha E l vai ela Se vai ah! Embora. Triste e sozinha

No
Pude dormir, pensando em ti. No pude beber, temendo te esquecer. Em revistas e jornais, lbuns e postais. Teu rosto est em tudo. J me banhei no mar, na piscina, no chuveiro. E ainda guardo teu cheiro. Minha respirao tarda ao te ver Meu corao enluta em no te querer Mas inevitvel Meu amor, eu te quero tanto. Tentes voltar pra mim Estou muito angustiado Acho que vai ser meu fim.

Metamorfose
Nada a fazer. Resolvo observar as coisas simples mas de importncia emocional de minha vivenda. Encontro um antigo lbum musical perdido entre vestes antes minhas, e que agora aquecem outrem. A vitrola no mais est l. Em seu lugar impera um objeto complexo que visivelmente padece, confuso quanto sua razo de existir. Tentei muitas vezes, isto fato, ouvir meus discos neste com que agora busco afinidades. Porm nunca antes tivera auferidas recompensas to proveitosas. Com seu ar nobre e lento, isto que agora encanta-me tanto entreabre seu compartimento. At ento, normal. O Disco Compacto que antes causava-me averso, com aquele barulho infernal, agora trs tranquilidade. E devo confessar que desconheo a capacidade de os sons transmutarem to radicalmente suas formas. Estou louco! S pode. No. Acredito no estar alienado ainda... Simplesmente minha esquizofrenia tomou-me por completo. Agora ouo aos mesmos rudos com ares de um jovem fantico. Meus sentidos esto mais aguados e posso, agora, deliciarme com to resplandecente msica. Ou, talvez, esteja equivocado quanto a isto. E meus sentidos esto embotados perante rudos que agora parecem-me claros e sensveis. Realmente estou certo de mais nada.

Pois certa minha inconstncia. E o que antes trazia-me to atroz repugnncia, agora faz-me sentir desejos incoercveis nunca antes tais. Como o de balanar minha cabea em movimentos inconcebveis e estranhos de repetio. Oh, E que venham a mim sentimentos to maravilhosamente onricos como este, que me atnita por completo. Dificilmente irei contentar-me a somente ouvir algumas msicas, para mim, antes to esdrxulas. Irei, enfim, passar tardes ntegras recostado sobre minha afvel poltrona. Ouvindo roque, e fim. Este sou eu, hoje. E amanh, quem serei?

If
You want to brake up, just do it Dont keep thinking that some day Well be come together again Say it today, Say it now, Say it on my face. Do not hide the truth Do not say that wish just friendship, Yes or no, without any middle-way Please. I beg you. If its to be like this Fine. Its over, our love Is gone, and will never get back But, at least be woman enough Say what do you feel, Say what do you want Say what we must Goodbye

Carta annima
Escrevo-te estas mal traadas linhas pra dizer O que um dia eu percebi e me ajudou a viver Os conselhos perdem seus sentidos Se ao ouvi-los estamos distrados Por isso, eu lhe digo, meu amigo: Leia, e a minha alma falar contigo. Todo dia ao acordar Esquea dos problemas e v caminhar Lembre-se que o poente maravilhoso Mas v-lo sozinho pode ser desgostoso No se arrependa Ento, antes de dizer, reflita. Viva o agora e aproveite O ontem j passou e amanh no existe ainda Arrisque-se O sofrimento faz parte do aprendizado S tenha medo de morrer Mas saiba que ir acontecer

Caminhe com os ps na areia E repita sempre que lhe der na telha No esconda seus defeitos So eles que nos diferenciam Seja exigente consigo mesmo E paciente com os amigos No se critique demais, e Faa valer pena!

Desculpe-me
Desculpe, se eu no te respeitei Se eu no soube lidar com teus sentimentos Desculpe, se eu no te dei espao Ou se eu te julguei por algum tempo Desculpe, por aqueles momentos indecisos Quando eu no sabia o que fazer Mas voc devia entender Que eu no sou nada sem voc Desculpe, por algumas palavras trocadas Por aqueles minutos de silncio Desculpe-me Por no ser de outro jeito...

Quem me dera
Eu queria te ensinar tantas coisas que eu aprendi com a vida Caminhando nessa estrada to bonita Solitrio, poeta feito corvo na amplido inenarrvel No teu sorriso fiz-me sonhador incansvel Eu queria te mostrar as coisas boas que podem nos surpreender Tentaria mostrar-te o Amor, como uma flor sem espinhos Eu brinco com isso Pois sou ciente de que no possvel Poderia falar-te sobre os mistrios Que rondam espaos infinitos de um olhar Tentando a alma perturbada com a palavra Lentamente, acalmar Quem me dera receber de ti uma chance Talvez at duas, posso sem querer, desperdiar Falar-te ao ouvido, e ouvir teu suspirar Aguardo hoje o momento e pra sempre te amar Quem me dera ter uma chance de te mostrar...

O Menino
Cad? Onde foi parar? O meu sonho. O meu mundo. Minha vida?! Onde ser que pode estar. A natureza se tresloucou. Modificou, e agora? Que destino me aguarda... Eu? Eu tenho essa cara de palhao e a imagem de um sbio guardada no meu quarto. S isso, nada mais. Ah, sim. Tenho sim. Eu guardo lembranas. Minha maior riqueza, na memria. A infncia. Hoje histria. Mataram inocentes, destruram as esperanas. E agora? Cad? Onde foi parar aquele menino que sonhava em ser msico. Encantar plateias e passar mensagens. Ele desapareceu? Ou estar guardado em algum lugar do espao. No infinito das lembranas, talvez Eu acho at que aquele menino espera o dia em que renascer. Ser? Aquele menino queria ter filhos, ensinar, brincar, viver, crescer. Hoje, eu, homem vivido, no quero. No. Mais um ser na amplido, na escurido... Na solido, sem ter pra comer um po.

Ento? E agora? Quando vou deixar de esperar que alguma coisa mude E faz-la mudar? Fazer acontecer... Lutar!? No vou estar aqui pra sempre, mas ser que eu consigo Transformar tudo isso enquanto ainda sou vivo? Sei no. Acho que o tempo mestre. E o homem um mero aluno. As pobres criaturas inocentes Aqui hoje delinquentes Sero testemunhas de um ato Revolucionrio, atitudes de escravo. Intitulados, amados pelos seus Derrubados como pigmeus Por rosas e frases de amor. A sim, o menino se reerguer das cinzas Feito Fnix arrependida De ter perdido a f no povo. E brilharo os olhos de novo Plenos de paixo pelo cu de anil E gritaro as cores do pendo - Justia! Pela raa do Brasil.

Pense bem!
Pense bem antes de tentar me entender Pense bem, ou voc pode se arrepender Pense em tudo que eu passei Pense novamente antes de entrar na minha mente Pense bem... pense bem... Reflita sobre o que voc est sentindo Pense bem Veja o rumo que a vida est tomando Pense bem, tente saber o que eu j sei Pense bem... pense bem... Pense antes de falar alguma coisa Pense antes de calar a boca Pense no que pode acarretar Aquela frase sem saber Pode vir a magoar Pense bem... pense bem... Eu no sou qualquer pessoa Eu no sou um moleque, No sou toa Pense bem antes de pensar em me ajudar Pense bem...

Ou essa ajuda vai apenas piorar Eu sou a exceo da sua regra Eu sou a diferena que h Entre um amigo e um colega Por isso eu peo de corao Pense bem, antes de me julgar Pense bem, pois a razo No pode mais me segurar Pense bem... pense bem... Antes de falar... Pense bem... Antes de pensar Pense bem...

Crnica da meia-noite
Meia-noite. Zero hora e zero sono. J estourei meu limite de xcaras de caf e agora a insnia mostra a cara. Aproveitando o momento de cio comecei a reparar no amor - depois de perder a oportunidade de me apaixonar. E penso tambm na vida - e em como ela curta. Enfim... Juntando essas duas coisas eu percebi o que sempre disse quando perguntado: Amar curtir cada momento e cada mnima coisa, as simples coisas da vida. J que so essas pequenas coisas s vezes despercebidas que do beleza ao viver. Aproveitar cada instante, cada minuto. Se amar um algum Curta cada palavra pronunciada ao mesmo tempo, as frases completadas. Ria at chorar. Sinta a respirao e os batimentos da pessoa amada sempre que puder. Se amar a liberdade Agradea por ser livre. Por viver livre e dizer o que pensa, e pensar o que quiser. E pea a Deus que continues livre e demonstre o seu amor vivendo sem medo de voar. Se amar a vida Viva intensamente e no perca tempo. Corra atrs dos seus sonhos, mas no viva deles... e sim para eles. Se lambuze de chocolate, coma frango com as mos, deseje bom dia a desconhecidos, beba gua da pia com as mos em forma de concha, caminhe descalo na praia, assista ao pr-do-sol, e cante muito e bem alto! No se envergonhe de ser feliz, nem de tentar ser. Diga verdades brincando, isso ameniza a dor. Essas so as pequenas coisas que tornam o mundo melhor. Mas no

perca oportunidades, pois cada uma delas nica e no volta. E lembre-se sempre: Se amar a vida, voc deve odiar o tempo!

Se eu...
( Caroline Larroque) Se eu soubesse rimar, faria uma rima bem bonita Ia mostrar a uma amiga, pra ver se ela ia gostar Se eu soubesse cantar, cantava uma bela cano Mexia com o corao de quem no posso tocar Se eu soubesse escrever, queria fazer um conto Dedicado ao anjo torto, que longe de mim foi viver Se eu soubesse como amar, amaria sem medida Choraria pela amiga e a distncia a torturar

Velhas Gavetas
Sempre haver coisas interessantes escondidas em velhas gavetas. Coisas que nem lembrvamos mais, de tempos atrs. s vezes so cartas de antigos amigos, ou grandes amores, que a vida levou, e que os rumos diferentes foram, lentamente, fazendo-nos esquec-los. Fotos que ficaram perdidas e, sem terem lbum para guard-las, caram no esquecimento. Fotos de famlia Ah, como eram legais aqueles domingos! E ficamos sentados na cama, lembrando e sorrindo. Num fim de tarde qualquer em que a casa e a rua descansam, e nada temos a fazer, encontramos meio que sem querer um rabisco colorido no fundo da segunda gaveta de um armrio. PAI EU TE AMO! Naquela letra desajeitada de quem vive no prprio mundo de fantasias, enxergamos a ns mesmos, anos atrs. E as imagens vo aparecendo pouco a pouco... Como eu pude mudar tanto a ponto de no mais demonstrar o amor que sinto? O sentimento o mesmo, eu que estou diferente. Continuamos nossa viagem. E parece que somos crianas novamente. Apegamo-nos firmemente s pequenas coisas. Papis dobrados, amarelados. Algum CD que compramos algum dia, mas por acaso no nos agradou. Guardemos este para ouvir outra hora, e descobrir que nossos gostos tambm mudaram. E quanto ns podemos aprender com aqueles recortes de jornal, que por algum motivo no memorvel teramos

guardado naquela gavetinha! E a busca segue. A esta altura nem lembramos o que procurvamos no incio, pois que encontramos tanto e aquilo (seja o que for) nem nos importa mais. Uma lgrima escorre ao nos depararmos com um singelo poema escrito sem pressa alguma, talvez em uma aula chata ou em uma dessas tardes tediosas. A nostalgia incomparvel, mpar. Em uma nica tarde visitamos vinte anos de histria, e lembramo-nos de inmeras histrias. Podemos perceber, qui, o algo pelo qual comeamos a busca nas gavetas amontoadas. L num cantinho, bem tmido, encabulado, est um menininho (ou ser uma menina?). Recolho a criana, que mais parece um ser fantstico, daquela velha gaveta e ponho-a sob o lenol. Est triste e sem jeito. Levanto seu rostinho mido, seus olhos brilham parecendo dois grandes oceanos, e pergunto-lhe o nome. Surpreendo-me ao descobrir que aquela criana, na verdade, sou eu prprio, ou o que era h certo tempo. Agradeceu-me por t-lo tirado do armrio e contou-me muitas coisas que aprendera com aquelas fotos, e cartes, cartas... e todos o resto que anteriormente eu tinha encontrado. Disse-me tambm que, enquanto eu vivia a correria da maturidade, sempre com muitos problemas a serem resolvidos; ele apenas esperava o dia de nos reencontrarmos. Emocionei-me demais naquela tarde chuvosa. Beijei a cabea daquele ser e coloquei-o sob a cabeceira da minha cama, longe de qualquer priso.

Hoje sou outra pessoa. Todos os dias eu brinco com aquela criana. Corro, grito, dou risada e camos no sono, abraados, pelo cho da sala. Juntos outra vez. Aquela mida criana, que mais parece um duende, Mudou a minha vida de repente, e ainda muda todo o dia Alimenta-se de alegria e Tem por nome de Lembrana!

A histria que no aconteceu (da minha mania de sonhador)


E essa mania que ainda tenho de achar que o mundo perfeito. Que as coisas so belas e inacabveis. Desse jeito moleque de querer viver. Querer aprender, querer crescer, querer... Toda angstia que ainda me mata a cada palavra mal interpretada. A cada vez que a respirao parada e de sbito, volta, Acelerada. Dessa mania de ter f na vida. Pensar na menina que j se foi. Por essas e tantas, De tanto modos, diferentes maneiras, faces, olhares. Por essas e tantas, que mil romances no foram escritos. Pelo meu jeito insistente de ver a vida. De sonhar com a realidade, a liberdade perdida. Por tudo isso, e mais um pouco, Vejo-me hoje nesse sufoco. E sem sada. A histria, essa apenas mais uma. Das tantas que no aconteceram. Morreram diante de uma iluso: Eu no a conhecia, ela tambm no.

J conhecendo os trejeitos dessa vida Eu, sonhador, aluno ainda, No busquei a caneta, nem para escrever, a tinta Esta histria que poderia ter hoje vida. Penso hoje se poderia ser de outro jeito. Eu, como pensador astuto, Talvez tivesse dito ao mundo E ao amor, um no, e meu traado feito. Ai, dessa mania de sonhar alto. Criana sbia, e to destemida, Que de quando em quando vai a toda a brida E atira-se como num salto. Desta vez temia a sorte, Receava sobre a morte Por esta mulher desalmada. Que se fez certa vez amada, Mas se equivocou por quem. Seria eu um delinquente Que observando tanta gente Nesse mundo por andar Vi-me em uma to perene solido. Sendo sonhador como sou, ento, Quis mais uma vez me apaixonar?

Ai, Musa Inquieta, pois tu s a culpada. De todo esse mal que me habita. Por certo nem sabes o que peo Nas ilustres palavras que teo Enquanto devaneio s. Eu apenas desejo que tires Este olhar que me atormenta Desta mulher de carne e sangue Que toda noite me encarcera Por seus beijos a sonhar Musa minha, apagues as lembranas De todas aquelas andanas Por esse mundo a vagar Intil, pierr solitrio, Que das escolhas se arrependeu. Atordoado e fatigado, Por uma histria de amor... Que nunca aconteceu.

Na rua
Eu vi um palhao na rua E correndo uma criana nua E uma moa bailava sorrindo No cu eu vi um balo Um bbado pedia perdo O sol j estava partindo E quando j era bem tarde Chegava minha mocidade Eu vi as mulatas danando Gritando e bebendo felizes Passeavam pelas marquises Ao som das violas cantando Quando um senhor j de idade Um velho, a bem da verdade Na janela surgiu repreendendo Todos deram risada A festa estava acabada E o carnaval padecendo

Sou
Desculpe por s vezes ter dito coisas sem pensar. Sou impulsivo. Desculpe por fazer coisas que no deveriam ser feitas. Sou inconsequente. Desculpe se te fiz passar vergonha ou ficar constrangida. Sou palhao. Desculpe se tive pressa de estar contigo de novo. Sou jovem. Desculpe se te fiz sofrer e pareci no me importar. Sou homem. Desculpe se faltei com respeito ou com a razo. Sou humano. Desculpe se te proporcionei prazeres banais. Sou egosta. Desculpe se alguma atitude minha te desapontou. Sou imaturo. Desculpe se te fiz sofrer e assim me fiz sofrer. Mas em algum momento eu tinha que aprender. Desculpe se ainda luto por um sonho acabado. Sou romntico e apaixonado.

Voa, passarinho
( Fran Tavares) Voa, passarinho, voa Vai conhecer a ti mesmo Ala voo e sai a esmo Por mais que a falta doa Descubra a tua verdade E venha ao ninho quando der E um dia, num tempo qualquer Relembre o voo com saudade No te esqueas de que tens Um amor que no tem fim Espalhe-o nesses vaivns Ensine-os todos por mim Mostra tua arte, e parabns Por ser tu, simples assim

Algo alm
( Rafaela Bento) Sento ao teu lado em silncio Sinto tuas mos a tremer Te olho nos olhos e vejo Tudo que eu preciso saber No precisamos dizer nada Nem ao menos sussurrar Nosso olhar quem fala O que o corao quer gritar No sei do que te chamo mais que uma amizade Sabes que eu te amo Porque s digo a verdade Tambm no namoramos algo alm disso tudo Coisa que os humanos Consideram absurdo S pode ser o destino Amor de vida passada Sei l, se quando menino Te pedi estrela errada

Ao invs de uma paixo Ganhei o amor duma vida Continuo na solido Mas sei que tenho uma amiga Nosso amor vai muito alm Dessas coisas deste mundo Talvez tu nem entendas tambm Esse corao vagabundo Mas um dia irs aprender Que amor no s andar junto Nem beijar ou se comprometer algo bem mais profundo

flor da pele
Intenso, assim o meu amor. Como o incenso Queimando flor. flor da pele, arde e finda. O fogo fere a alma querida. Intensidade de um momento vale a eternidade do sentimento. flor da pele eu vou provar do lento e perene desgosto de amar Intenso e violento Rpido ou disperso O sabor do pranto se traduz no verso flor da pele.

Sou jovem!
Eu sou jovem. Tenho ideias e ideais. Sonho, corro, canto e grito quando for preciso. No preciso da aprovao de ningum pra ser quem eu sou. Eu sou jovem. Falo coisas que ningum entende e todo mundo acha que eu sou louco, mas loucos so eles. Eu sou jovem e no me importo com julgamentos. Fao o que posso pra melhorar. Carrego o mundo nas minhas costas, porque eu me importo com ele! Minha personalidade forte e eu sei do que sou feito. Eu sou jovem. A minha liberdade a minha lei. Fao a vida valer a pena e sempre farei. No pela minha idade, mas pela minha maturidade. Jovem, eu sou e isso a! Juventude no uma poca da vida, um estado de esprito. Se eu gosto, eu elogio. Se no gosto, meto a boca. Sou um artista da vida, um gnio do amor. Eu sou jovem. Estou aprendendo a ser adulto, mas sem deixar de ser criana. Tenho a idade exata que a minha mente diz. Falo besteiras com meus amigos e coisas srias com meus pais. Canto msicas de protesto e canes de acampamento. Eu sou jovem. Estou aprendendo a amar e a sofrer. s vezes digo coisas que me arrependo, mas fazer o qu. Prefiro acordar arrependido do que ir dormir na vontade. Tenho responsabilidades e sei muito bem disso. Honro minha famlia e amo meu pas.

Gosto de sair e me divertir sempre! Sou culto tambm, gosto de ler. Eu ouo msica clssica vez em quando. E da! A minha idade no impede que eu goste de coisas 'de velho' Gosto de jogar baralho, bilhar, danar valsa. Fico em casa, tambm, vendo televiso. Eu sou jovem. Mas tambm sou gente. Eu sou jovem. E no quero crescer.

Andressa
Eu nunca te vi, mas te conheo to bem Parece que est aqui, quando no h mais ningum Eu sei o teu jeito, mesmo sem poder te enxergar Parece perfeito, mas viver melhor que sonhar Sei at o teu nome, estou sempre a imaginar E isso me consome, no aguento mais esperar Voc me inspira a escrever sempre mais e mais Musa querida, venha me trazer a paz! No sei se loucura ou imaginao Ser que voc me procura no seu corao? Talvez eu esteja errado, mas no posso parar Se eu no estou do seu lado, ainda posso sonhar to difcil ficar preso nessa iluso Princesa encantada do meu conto de fada Meu amor no conhece a razo Que estilo te agrada, as roupas que curte vestir Se est magoada, eu sei que no vai sair O perfume que gosta, a cor dos cabelos Se est bem disposta no comete erros A vida que leva, tudo isso eu sei Menina moleca, te conheo bem Talvez por eu ser assim to sonhador No quero que chegue o fim desse amor

No sei se loucura ou imaginao Ser que voc me procura no seu corao? Talvez eu esteja errado, mas no posso parar Se eu no estou do seu lado, ainda posso sonhar to difcil ficar preso nessa iluso Pode ser que eu j tenha a soluo Talvez um dia eu te esquea Andressa

Devaneia o poeta acerca da dor


No por que minha dor silenciosa que minha raiva no queira lhe gritar Ver a minh'alma assim to dolorosa eu sei, no te far reconsiderar No por que meu sofrimento dura pouco que seja menor do que o teu Eu s no fico correndo como louco atrs, seno, de quem Deus me prometeu A minha dor lancinante Imensa, pois, no me julgues Pareo, mas no estou distante Seria melhor se antes soubesses que sou poeta e inconstante Pois deste mal tambm padeces

Eu gosto
Eu gosto do jeito que tu me olhas Eu gosto do teu sorriso envergonhado Gosto da tua boca, e tuas caras Mas no gosto de estar apaixonado Eu gosto de pensar que vou te ter Eu gosto de notar tua inconstncia Gosto de sonhar, e de te ver Mas no gosto de toda essa distncia Eu gosto de ver tuas encaradas Eu gosto do teu jeito de disfarar Gosto de ver-te ali parada Mas no gosto de ter que me afastar

Simples
( Nathalia Peres) Amor no se explica, amor no se diz Amor se reconhece se estou feliz Amor no se acha nas cartas de amor Amor no existe em canes Amor dura o tempo que for para um olhar transmitir emoes O amor uma coisa que existe e s Faz da alma sua casa, invade sem d Amor se fala quando estamos distantes Na proximidade posso ser indiferente Todo o amor se resume nos instantes Que precedem o beijo finalmente

Sempre haver
Certa vez fui perguntado no que se deve acreditar Como e o que fazer, e em quem devemos confiar Fiquei perdido, no conseguia nem falar Apenas a morte certa, o resto o tempo dir Mas acredite quando eu digo: Da vida nada se leva, e nela sempre haver. . . Sempre haver algum pra se confiar Sempre haver pessoas de se duvidar Sempre haver erros a se cometer Sempre haver tempo pra se arrepender Sempre haver Sempre haver assunto para conversar Sempre haver conversas proibidas Sempre haver algum que nos far sofrer Sempre haver amores para se viver Sempre haver Sempre haver algo a se confessar Sempre haver perguntas sem respostas Sempre haver lugares a se conhecer Sempre haver lies para se aprender Sempre haver

Sempre haver quem diga que a vida dura Sempre haver batalhas a serem vencidas Sempre haver quem diga que somos muito novos pra fazer Sempre haver quem diga que somos velhos demais pra viver! Sempre haver

Batidas porta
Toc, toc. Batidas porta. A campainha berra, eu estou na cozinha servindo um vinho. Tinto, sem gelo. Toc, toc. Batem de novo. Quem ser essa hora? Nove horas da madrugada. Um sol lancinante brilhando. Quem seria o louco a sair de casa para vir me visitar? Largo o copo sobre a mesa. Uma gota solitria pula para fora e mancha minha toalha branca. Droga. Quando eu for lavar, vai ficar rosa (a mancha). Odeio cor-de-rosa. Meu cigarro ainda est nos dedos. Vou ver quem ser. Antes de chegar porta da cozinha, um desespero toma conta de mim. Ser hoje? Ser que vai acontecer logo hoje? Logo hoje que eu no estou de roupa limpa, nem tomei banho. Hoje que o caf desceu amargo e no sinto vontade de nada. Hoje a morte veio me conhecer? Logo hoje... Ou ser que no. Talvez seja apenas o vizinho pedindo algo emprestado. Um copo de acar, um pouco de sal, talvez um litro de leite, ou um copo de vinho. - Ah, meu vinho! Volto mesa e pego de volta o copo. Bebo. Espera, eu no tenho vizinhos! Pode ser algum pedindo abrigo. Um mendigo que perdeu sua moradia depois que uma casa abandonada fora demolida. Perdido nesta noite de chuva e tempestade. Um vagabundo vagando solitrio no frio dezembro. Mas est dia, faz calor, o sol brilha no alto indiferente ao meu humor cinza. E estamos em maio.

A campainha berra. Quem pode ser? Algum editor procurando um romancista para publicar o seu humilde trabalho? No. Isso aconteceu semana passada. Eu o dispensei. Meu cigarro cai no copo de vinho e apaga. Tsshhh. Vou em direo porta e a abro. Desesperado para saber qual visita poderia me fazer companhia naquela casa melanclica. Um gato preto. O meu gato preto. Entra sem me cumprimentar. Passa por entre as minhas pernas e pula na mesa. Dou um passo para fora. No h ningum mais por ali. Foi o bichano que bateu porta. Ser que ele conseguiu bater minha porta. Mas como? E a campainha? Eu ouvi uma campainha, tenho certeza disso. Minha casa tem campainha?

Foi assim
( Rafaela Bento) E foi assim que tudo comeou. Conversas banais e sem sentido Eu tento mudar quem eu sou E quero mais do que um amigo Foi assim e no teve sada Achei que no daria em nada Encantei-me com sua viso de vida E ria-me da tua risada Foi assim, sem razo E quem disse que ela existe Onde h a emoo Foi e ainda , pois persiste Mas no h esperana, seno Da amor cristalino que insiste

Escolar
As Relaes humanas me interessam muito. Eu gosto de analisar a Filosofia de um namoro. Comeamos a desvendar o outro. Usamos, mesmo que sem perceber, a Psicologia para ver se o Clculo dar o resultado esperado. - Eu mais voc, ser que d samba? Qual ser o tema da nossa Msica? Na escola da vida o Tempo o professor mais sbio. E tudo comea aqui... Vejo na Sociologia se algum me atrai. Se atrair, tenho que ter a certeza de a Matemtica ser perfeita e no quebrar a cara com uma iluso. Afinal, 1 + 0 nunca formar par... Usando de bom Portugus, ou talvez uma Lngua estrangeira, o papo vai se estendendo. Ela me conta sua Histria e eu s quero saber da Biologia. Tudo bem, da Anatomia, que seja. Com o tempo j estamos juntos. Unidos como em uma Religio: pertencemo-nos um ao outro. Eu gosto de Literatura, ela prefere Artes visuais. Completamo-nos. Mas como nada perfeito, um dia aquela soma simples de um e um se transforma em uma lgebra complicada: 1 + 1 + x. - Sempre tem um xis pra atrapalhar. Como de costume, eu isolo ele. E com isso ela vai junto. Calculei mal, fui reprovado. Tento mais uma vez. Mas agora s quero saber das Exatas. E se a Qumica no rolar, invisto na Fsica mesmo!

Eu queria um dia...
Poder abrir os olhos de manh e ouvir os pssaros. Talvez at uma melodia suave de algum poeta que canta as belezas do mundo. Queria poder falar aos meus amigos os meus medos, tendo a certeza de que eles no iro us-los contra mim. Queria sonhar. Queria brincar. Queria amar. Sabendo, porm, que nada pra sempre. E no ligar para o fim da paixo, nem o incio da amizade. Queria falar coisas que hoje eu escondo. Pode ser que, nesse dia, os amantes de mesmo sexo sero vistos com o mesmo olhar dos demais. Eu queria a idia pronta e sem esboo. As coisas acontecendo perfeitamente sem planejamento. Eu queria voar. Queria andar. Queria falar. Sem medo de julgamentos. Eu queria que valesse a pena. Que todos fossem unidos e tentassem mais. Queria pode chorar na rua, se eu precisasse. Queria a verdade nua e crua. Queria gritar que ningum deve ser igual a ningum. Gosto de pensar que, nesse dia, a verdade e a honra seriam lei. A vida me ensinou que quanto mais alto sonhamos, maior a queda na realidade, e tambm mais doda. Mas Deus me ensinou que sempre vale pena sonhar!

Carta Aline Hrasko


Inspirao humilde dos meus versos, que resguarda amores que j se foram. Flor to bela, tens todos os traos de todas as artistas que me encantam No s pimentinha, tal Elis Regina Ou guerreira, como Clara Nunes Mas encantas, to simples menina E imploro para que nunca mudes Talvez eu ainda veja esta flor desabrochar Um dia, quem me dera, eu diga, alegre, qui "Eu estava l! E vi ela comear..." Que orgulho poder conversar Com uma pessoa to especial, assim Ai, dessa distncia que te separa de mim

Devaneio
Acordo em meio a um pesadelo. No, eu no quero despertar. Por favor, no. No quero voltar para o mundo moderno. O tempo passa... Reluto, mas acordo. noite, meu corpo treme... Ao olhar para os lados, no te ver ali comigo Penso em mil coisas a fazer, meu sonho reprimido Vejo, ento, um portal Na minha viso paranormal Paro e reflito, numa ideia Num devaneio qualquer, me sinto mal Parando subitamente meu respiro Sinto um gosto metlico Em minha boca, rindo Sorrindo, paro Canto, dano Desesperado, valseio Sozinho Um pedao de giz alimenta Meu raciocnio Sucinto Invisto Minhas esperanas num rabisco Quisto, este sonho de menino Um portal riscado, lacrimejado Despedaado o giz To belo, e colorido Foi-se transformou-se transmutou-se Neste sonho

Na parede do quarto esquerdo Torto h um portal desfeito Por mos hbeis desenhado Sonhado Mente frtil, insana Canta desafina E finda a obra de imensurvel gana Apanha Das mal-trapilhas vestes Que veste A manga Limpa-se o homem Deveras indignado Com a vida Inda Aquela que sonhara Um portal To singelo smbolo De rancor, dio, amargura Pura Devaneios, Fugir pela parede, risca-se um portal Suja a veste de giz escarlate Arde, A ferida, vivida Finda, a liberdade Arde... Devaneio...

Lembre
S peo humildemente a voc Que quando no quiser me ver Tente lembrar destas palavras Lembre que um dia eu amei voc E que chorei ao te perder Pelos caminhos do destino Lembre que um dia eu amei voc E que sofri quando te vi Nos braos de outra pessoa Lembre de quando era s ns dois Sem no pensar no depois Nem no tempo que passava Imagine, ento, outra vez eu e voc Para ainda poder viver Mais um momento ao meu lado Pense no que poderia ser Nosso romance: Eu & Voc... Como nos filmes de cinema Passeando pela praia Conversando de madrugada Nos amando sem vergonha, nem pudor! E pense no que voc escolheu E esse erro no foi meu Pois foi a nica que amei

Despedida
Eu... preciso me aproximar Mas... o medo de me machucar S faz com que eu me afaste! Vou... tentar me reerguer Se... um dia eu desaparecer No tente me encontrar! Pois eu sempre estive aqui, lutando por ns dois E voc no pensou que tambm iria sofrer depois A lua no cu brilhava quando voc me deixou Quem eu mais considerava foi quem mais me magoou J... hora de eu aprender Que... no posso mais depender De algum como voc! Vai... de novo procurar Um... corao para maltratar Que esse no mais seu! Pois eu sempre estive aqui, lutando por ns dois E voc no pensou que tambm iria sofrer depois A lua no cu brilhava quando voc me deixou Quem eu mais considerava foi quem mais me magoou

Bem... que eu podia perdoar Se... voc tentasse mudar Mas eu sei que no ir! A... saudade vai doer Mas... isso no quer dizer Que eu vou te procurar! Pois eu sempre estive aqui, lutando por ns dois E voc no pensou que tambm iria sofrer depois A lua no cu brilhava quando voc me deixou Quem eu mais considerava foi quem mais me magoou

Frases
"Ser pessimista nunca dar certo..." "Se a vida fosse fcil, no teria graa" "Sempre seremos maduros demais para certas coisas e imaturos para outras." "O palhao usa a risada alheia como escape da sua prpria dor." "No chores de saudade, sorria com a lembrana de um tempo bom!" "Ame em silncio, sem grandes atitudes. Quem ouvir teu silncio estridente merece teu amor.

Fim
Ao pores fim nas tuas sentenas... No marques nada alm de... Reticncias! Quando acabas o que pensas Apenas comea o teu leitor... No h ponto final Se tu escreves por amor

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