Rendas
Rendas
Rendas
1
1. Descontos
Dá-se o nome de desconto ao abatimento aplicado sobre o valor de um título de crédito
quando este é resgatado antes de seu vencimento. Todo título de crédito tem um valor
nominal ou valor de face, que é o valor do título no dia de seu vencimento, e um valor atual
ou valor presente, que é o valor do título em uma data anterior ou posterior a de seu
vencimento. Quando um título é resgatado após a data de seu vencimento, seu valor nominal é
acrescido de multa, ou seja, o seu valor presente será igual a soma do valor nominal com o
valor da multa, por outro lado se um título for descontado antes da data de seu vencimento,
ele recebe um desconto pela antecipação, consequentemente o valor presente do título será
menor que o valor nominal, pois seu valor presente agora passa a ser igual à diferença entre o
valor nominal e o desconto concedido. No regime de capitalização simples há dois tipos de
descontos básicos; o desconto racional e o desconto comercial. (Lima & Vanzella, 2019)
Por desconto entende-se, como o preço pago para tornar disponível um certo capital ainda não
vencido. (Ferreira & Lopes, 2007).
Dc =C n × i× t
Onde:
Dc = desconto comercial
Cn = valor nominal ou de face
i = taxa de desconto
1
t = número de períodos antes do vencimento
C n−t=C n−C n ×t × i
C n−t
C n= valor nominal em função do valor actual
1−t × i
Exemplo:
Descontou-se uma letra à taxa de desconto de 20%, em 18 de Março de 1988, sendo o seu
valor actual comercial de 88 000$00. Se a taxa fosse inferior em 2% o seu valor actual
comercial seria de mais 1 200$00. Determine:
{
88.000
=C n
{ {
Cn−t =C n × ( 1−t ×i ) = 88.000=Cn × ( 1−t ×20 % )
Cn−t =C n × ( 1−t ×i ) 89.200=Cn × ( 1−t ×18 % )
=
89.200=
1−t ×20 %
88.000
1−t × 20 %
× ( 1−t ×18 % )
=¿
D d =C n−t ×i× t desconto por dentro calculado com base no valor actual
Acontece que nom momento do cálculo não conhecemos o valor actual da dívida mas sim o
seu valor nominal, de onde que, sabendo que por definição o desconto é dado por:
2
C n−t +C n × t ×i=C n
Cn
C n−t= valor actual em função do valor nominal
1+t × i
Se
Cn
C n−t= e
1+t × i
D d =C n−t ×i× t , então
C n ×t ×i
D D= desconto por dentro calculado com valor nominal
1+ t ×i
Exemplo:
Descontamos hoje por dentro duas letras tendo a primeira um valor nominal superior à
segunda de 6 000$00. A taxa de desconto foi de 15% ao ano e as letras venciam-se dentro de
219 e 73 dias. Determine o valor nominal de cada letra, sabendo que hoje elas tem o mesmo
valor actual.
Dados
Cn1=Cn2+6000 ; t=219 dias ,
Cn2=Cn2 ; t=73 dias ,
i=15 % ,
Onde; C n−t 1=C n−t 2
3
6.180
C n 2=
0,06
C n 2=103.000
Cn1=Cn2+6.000
Cn1=103.000+6.000
Cn1=109.000
Exemplo (Desconto por Fora e Desconto por Dentro)
Descontaram-se em 19 de Outubro de 1989 à taxa de 20%, duas letras, que venciam em 26 de
Maio 1990. A primeira, cujo valor nominal inferior à segunda em 12 000$00, foi descontada
por fora e a segunda foi descontada por dentro. Sabendo que foi igual o valor dos dois
descontos, determine o valor nominal de cada letra.
Dados
Cn1=Cn2−12.000; Df ,
Cn2=Cn2 ; Dd ,
i=20 % ,
t=de 19−10 a 26−05 são 219 dias ,
Onde; Df =Dd
Cn ×t × i
D c =C n × i× t ; DD =
1+t ×i
Cn 2 ×t × i
C n 1 ×i ×t=
1+t ×i
219
Cn2×
×20 %
219 365
(C ¿ ¿ n 2−12.000)× 20 % × = ¿
3 65 219
1+ ×20 %
365
219
Cn2× ×20 %
219 365
(C ¿ ¿ n 2−12.000)× 20 % × = ¿
365 1,12
(1,12)×(C ¿¿ n 2−12.000)× 0,12=C n 2 × 0,12¿
1,12 ×C n2 −13.440=C n 2
−13.440=Cn 2−1,12 ×C n 2
−13.440=−0,12× Cn 2
−13.440
=C n2
−0,12
C n 2=112.000Cts
4
Cn1=Cn2−12.000
Cn1=112.000−12.000
Cn1=100.000Cts
O valor nominal da primeira letra é de 100.000 Cts e o da segunda letra é de 112.000 Cts.
Cn −t
C n−t= t
=C n ×(1+i)
(1+i)
−t t
C n−t=C n ×(1+i) e C n=C n−t ×(1+i)
−t 1
D=C n × [ 1−(1+i) ]
1.3.1. Desconto comercial composto
O desconto comercial incide sempre sobre o valor nominal ou de face. No caso do desconto
comercial composto a incidência ocorre a cada período.
n
C n−t=C n ×(1−i)
Dfc=C n × ¿
Cn
C n−t= n
(1+i)
Ddc=Cn × 1−
[ 1
(1+i)
n
]
1.3.3. Desconto Composto a taxa nominal ou taxa r
Taxa nominal de desconto é a taxa que, quando aplicada sobre o valor nominal do título,
durante um certo prazo n, produz o desconto d.
d
r=
1+d ×n
1.3.4. Desconto Composto a taxa efectiva ou taxa d
Taxa efectiva do desconto é a taxa em que, para produzir o mesmo desconto d, no mesmo
prazo n, deve ser aplicada sobre o valor actual do título.
r
d=
1−r × n
1.4. Desconto Bancário de Letras e Livranças
Consiste em endossar a letra a um banco antes do seu vencimento, recebendo-se o Produto
Líquido de Desconto (Valor Nominal deduzido de juros e outras despesas bancárias). Realiza-
se nos bancos comerciais e consiste numa realização antecipada do seu valor, possibilitando
ao portador realizar o valor da letra antes da data do seu vencimento, pagando-se, para tal, os
juros relativos ao pedido compreendido entre a data da apresentação para o desconto e a do
vencimento. (Coelho, 1999)
O desconto bancário de letras apresenta algumas particularidades que se predem com os
encargos que são deduzidos ao valor nominal. Esses encargos são (Matias, 2009):
Desconto propriamente dito (calculado segundo as regras do desconto comercial simples,
também designado n gíria bancaria por desconto por fora), muitas vezes designados, de forma
correcta, por “Juros”.
a) Juros (J) ou Prémio de Desconto (D)
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Incidem sobre o valor nominal da letra e são calculados com base no Desconto Comercial ou
por Fora (ano comercial ou civil, respectivamente) e de acordo com o período que falta para o
vencimento da letra.
Cn× n ×i
J= , ano civil
365
Cn× n ×i
J= , ano comercial
360
Onde:
Cn – valor nominal da letra;
i – taxa de juro praticada;
n – número de dias que medeiam entre a data entre a data em que o banco aceita o
desconto e o vencimento (maios dois dias, pois a letra pode ser paga nos dois dias
úteis seguintes ao vencimento);
j – juro ou prémio de desconto praticado pelo banco.
Subtraindo os juros ao valor nominal da letra obtém-se o valor actual ou valor líquido do
desconto, também designado por produto líquido do desconto.
C n−t=Cn−J
Subtraindo os encargos de desconto (juros, Prémio de Transferência, Imposto e Portes) ao
valor da letra, obtém-se o PLD.
EnD= j+ T + I + P
Prémio de Transferência T – é expresso geralmente em percentagem e incide sobre o
valor nominal da letra. T =x % ×Cn ,
Imposto – é uma percentagem calculada sobre a soma dos prémio de desconto e de
transferência. Incide sobre s remunerações por serviços prestado que os b ancos têm a
pagar ao Estado. I =x % ×( j+T ).
Portes – importância variável, depende dos gastos efectuados pelo banco, como gastos
postais, impressos e telefonemas originados pelo desconto.
1.5. Reforma de letra
Consiste na substituição duma letra no seu vencimento, por outra com vencimento posterior.
Esta operação deve-se ao facto de o sacado ou aceitante não poder liquidar, no todo ou em
parte, o valor nominal da letra na data do vencimento (Ferreira & Lopes, 2007).
7
2. Rendas Financeiras
2.1. Conceitos fundamentais
Uma renda, em matemática financeira (não confundir com o termo renda relacionado com
pagamento de aluguer), é um conjunto finito ou infinito de valores com vencimento de
periodicidade certa, ou seja, valores que são pagos ou recebidos com intervalos de tempo
constantes.
Por exemplo, o pagamento de um empréstimo para habitação faz-se habitualmente através de
pagamentos com periodicidade constante, em geral num determinado dia de cada mês. Pode
pois ser considerado uma renda em termos de matemática financeira. O recebimento de juros
de um depósito em regime de juros simples, se o intervalo do seu vencimento for constante, é
também considerado uma renda. (Disciplina)
Muitas das operações financeiras envolvem a utilização de rendas, nomeadamente para o
pagamento ou amortização de empréstimos ou investimentos. Os cálculos do valor de cada
prestação (que em matemática financeira se designa por termo), da taxa de juro associada ou
do número de prestações necessárias, são baseados nos princípios apresentados nos pontos
sobre capitalização e actualização.
RENDA = Sucessão de capitais que se vencem periodicamente sendo o intervalo de
tempo entre períodos constante
TERMO da renda, C= é cada um dos capitais da sucessão. C1, C2, C3….Cn
PERÍODO da renda, t = intervalo de tempo constante que separa os vencimentos
consecutivos
Renda de amortização destina-se para amortizar uma dívida assumida no momento zero; neste
caso os termos da renda incluem duas parcelas (i) uma que amortiza capital inicial e (ii) e
outra que paga os juros
O que há em comum entre ambos é que não há pagamento da prestação de capital durante este
período e a diferenças reside no facto do período de carência haver o pagamento de juros e no
diferimento não. No período de diferimento os juros vencidos são acrescidos ao capital em
dívida e na carência a dívida mantém-se inalterada até ao início da amortização do capital.
9
c) Quanto ao momento a que são referidos os seus valores actuais: imediatas (se o
seu valor actual é referido a um momento que coincide com o inicio do seu primeiro
período) ou diferidas (se o valor actual se refere a um momento anterior ao inicio do
seu primeiro período)
d) Quanto à relação entre o período da renda e o da taxa/ período: rendas inteiras
(quando o período da renda e o da taxa coincidem) ou rendas fraccionadas (quando o
período da renda e o da taxa não coincidem) e,
a) Cálculo do valor actual: 𝑅(0)𝑖ℸ𝑛 ; expressão que simboliza o valor actual de uma
renda, temporária, certa, imediata e inteira, de n termos normais e unitários.
Para quaisquer outros termos constantes que não unitários, terá de ser multiplicada por essa
constante.
Para calcular o valor actual da renda basta somar o valor de todos os termos, depois de
actualizados para o momento zero (zero = actual, por convenção), à taxa de juro estipulada,
ou seja : t=0 e w=0
10
−n
t −w 1−(1+i )
R( 0) Post =(1+i) ×C×
i
Onde:
C – termos
n – número de termos
i – taxa de juro
w – período de diferimento
t – (w+n), sendo igual no momento para o cálculo do valor actual.
Exemplo:
1. Para liquidação de equipamento adquirido, a firma X, estabeleceu com o vendedor o
pagamento em 3 prestações anuais de 500 contos cada, incluindo juros à taxa de juro
composto de 20% ao ano.
Determine:
a) Quanto deveria pagar se pretendesse liquidar no acto da compra toda a sua
dívida, considerando:
I – A 1ª prestação venceu-se 1 ano após a compra;
Dados
n = 3anos
i = 20% a.a
C = 500cts, postecipada., t=0
t −w 1−(1+i)−n
R( 0) Post =(1+i) ×C×
i
−3
0−0 1−(1+ 20 %)
R( 0) Post =(1+20 %) ×500 ×
20 %
R( 0) Post =1.053,24
t = n+w e w=0
11
Ou seja, o valor actual capitalizado para o fim do último período é igual ao valor acumulado
pelos termos da renda. E, a inversa também é verdadeira.
−n
t −w 1−(1+i )
R( t+ w ) Post =(1+i) ×C ×
i
Ou
n
(1+i) −1
R( n) Post =C ×
i
Exemplo:
1. Para liquidação de equipamento adquirido, a firma X, estabeleceu com o vendedor o
pagamento em 3 prestações anuais de 500 contos cada, incluindo juros à taxa de juro
composto de 20% ao ano.
Quanto deveria pagar se pretendesse liquidar o valor total no fim do terceiro ano,
considerando:
Dados
n = 3anos
i = 20% a.a
C = 500cts, postecipada., t=3
−n
t −w 1−(1+i )
R( t+ w ) Post =(1+i) ×C ×
i
−3
3−0 1−(1+20 %)
R(3 ) Post =(1+20 %) ×C×
20 %
R( 0) Post =1.820 cts
ou
n
(1+i) −1
R( n) Post =C ×
i
(1+20 % )3−1
R(3 ) Post =500 ×
20 %
R(3 ) Post =1.820 cts
12
Como consequência, o valor actual de cada um e de todos os termos aumenta, pois, é
actualizado menos um período.
−n
t −w 1−(1+i)
R( 0) Ant =(1+ i) ×(1+i) ×C ×
i
−n
1+t −w 1−(1+ i)
R( 0) Ant =(1+ i) ×C×
i
Exemplo:
1. Pagamento em 3 prestações anuais de 500 contos cada, incluindo juros à taxa de juro
composto de 20% ao ano.
Determine:
Quanto deveria pagar se pretendesse liquidar no acto da compra toda a sua
dívida, considerando:
II – A 1ª prestação, venceu-se no acto da compra
Dados
n = 3anos
i = 20% a.a
C = 500cts, Antecipada., t=0
−n
1+t −w 1−(1+ i)
R( 0) Ant =(1+ i) ×C×
i
−3
1+0−0 1−(1+ 20 %)
R( 0) Ant =(1+ 20 %) ×500 ×
20 %
R( 0) Ant =1.263,89 cts
Do mesmo modo, o valor acumulado pelo somatório dos termos da renda no fim do último
período, também aumenta de igual modo, uma vez que cada termo da renda irá acumular mais
um período de juros; sofre ou beneficia de um período adicional de capitalização.
13
−n
1+t −w 1−(1+ i)
R( 0) Ant =(1+ i) ×C×
i
ou
n
(1+i ) −1
R( n) Ant =(1+ i)× C ×
i
Exemplo:
1. Para liquidação de equipamento adquirido, a firma X, estabeleceu com o vendedor o
pagamento em 3 prestações anuais de 500 contos cada, incluindo juros à taxa de juro
composto de 20% ao ano.
Quanto deveria pagar se pretendesse liquidar o valor total no fim do terceiro ano,
considerando:
Dados
n = 3anos
i = 20% a.a
C = 500cts, antecipada., t=3
−n
1+t −w 1−( 1+i )
R(3 ) Ant =( 1+i) ×C×
i
1−(1+20 % )−3
R(3 ) Ant =( 1+ 20 %)1+3−0 ×500 ×
20 %
R(3 ) Ant =2.184 cts
Ou
n
(1+i ) −1
R( n) Ant =(1+ i)× C ×
i
3
(1+20 %) −1
R(3 ) Ant =(1+ 20 %)× 500×
20 %
R( n) Ant=2.184 cts
O número de períodos que decorre desde o momento actual (zero) até ao início do período do
primeiro termo é designado como o prazo de diferimento - w.
14
2.3.1.3.1. De termos normais (ou postecipados)
Deste modo, para calcular o valor actual de uma renda diferida de w períodos, torna-se
necessário actualizar todos os termos de mais w períodos do que uma renda imediata.
O valor actual de uma renda diferida de w períodos e de termos normais, representa-se pela
expressão:
−n
t −w 1−(1+i )
R( t+ w ) Post =(1+i) ×C ×
i
Valor actual de um conjunto de rendas diferidas de w e postecipadas
O valor acumulado no final do último período da renda, ou seja, no final do período do último
termo da renda, isto é, n+w, será exactamente igual ao valor acumulado por uma renda
imediata e de termos normais no final do período n, pelo que o algoritmo de cálculo é
exactamente o mesmo.
Exemplo:
Dados
n = 20anos = 60 quadrimestres
i = 25% a.a
3
C =?, postecipada., w=7 meses = (1+ )quadrimestres
4
R= 30.000 Cts
m=P> ¿ ¿
12(número de meses do ano)
P<¿ , m= =3¿
4 (nr de meses de quadrimestre )
15
3
0−(1+ )
4 1−(1+7,722 %)−60
30.000=(1+7,722 %) ×C ×
7,722 %
30.000=C ×11,2383363
30.000
C=
11,2383363
C=2 .669,43 cts
2.3.1.3.2. De termos antecipados
O valor actual de uma renda diferida de w períodos e de termos antecipados, representa-se
pela expressão:
−n
1+t −w 1−(1+ i)
R( 0) Ant =(1+ i) ×C×
i
Valor actual de um conjunto de rendas diferidas de w e antecipadas
Tal como na modalidade anterior, o valor acumulado no final do último período da renda, ou
seja, no final do período n+w, será igual ao que resultaria de uma renda imediata de termos
antecipados no final do período n, pelo que o cálculo se efectua do mesmo modo.
Exemplo:
Dados
n = 20anos = 60 quadrimestres
i = 25% a.a=7,722% a.Q
3
C = ?, antecipada., w=7 meses = (1+ )quadrimestres
4
R= 30.000 Cts
m=P> ¿ ¿
12(número de meses do ano)
P<¿ , m= =3¿
4 (nr de meses de quadrimestre )
16
( 34 )+1
0− 1 + 1−(1+7,722 %)
−60
30.000=(1+7,722 %) ×C ×
7,722 %
30.000=C ×13,5351507
30.000
C=
13,5351507
C=2.216,45 cts
1.1. Rendas fraccionadas - quando o período da renda e o da taxa não coincide.
Exemplo:
Calcule o valor actual de uma renda de 12 trimestralidades constantes iguais a 2 000 contos,
cujo primeiro vencimento ocorrerá a um ano e meio, sendo 12% a taxa annual efectiva de
avaliação.
O primeiro passo é converter a taxa para o período da renda, com base a trabalhar com
períodos iguais, isto é, o período de pagamento dos termos. Para isto, usa-se a fórmula de
taxas equivalentes ou efectivas. ( 1+i )=(1+ i1 /m )m , taxa efectiva
onde ,m=P> ¿ ¿
P<¿ , ¿
i−taxa de período maior
i 1/ m−taxa de período menor
Dados
n = 12 trimestralidades
i = 12% a.a=2,874% a.t
R= ?
m=P> ¿ ¿
12(número de meses do ano)
P<¿ , m= =4 ¿
3(nr de meses de trimestre)
17
2.4. Rendas temporárias de termos Variáveis
Quando os termos de uma renda são variáveis quaisquer, (isto é, não apresentam nenhum
padrão de evolução) a única forma de calcular os seus valores acumulado e actual consiste em
capitalizar e/ou actualizar todos e cada um dos seus termos, um a um, para o momento
desejado. Porém, se os seus termos variarem de acordo com um determinado padrão, exemplo
em progressão aritmética ou progressão geométrica, é possível calcular os seus valores actual
e acumulado de forma mais rápida e cómoda.
( )
−n
r 1−( 1+ i ) n×r
R( 0)= C1 + + n ×r × −
i i i
Onde
C1 – primeiro termos
n – número de termos
i – taxa de juro
r - razão
Valor acumulado
Temos que achar o valor da renda reportado ao vencimento do último termo, momento n,
então basta capitalizar o valor actual.
( )
n
r ( 1+ i ) −1 n× r
R( n) = C1 + × −
i i i
2.4.1.2. Valor actual e acumulado de rendas antecipadas
[( ) ]
−n
r 1−( 1+i ) n× r
R( 0)= C 1+ +n ×r × − × ( 1+ i ) valor actual
i i i
[( ) ]
n
r ( 1+i ) −1 n ×r
R( n) = C 1+ × − × ( i+ 1 ) valor acumulado
i i i
18
2.4.1.3. Rendas diferidas
Para os termos variáveis o tratamento das rendas diferidas é igual do descrito nas rendas de
termos constantes.
Valor actual
Deste modo, para calcular o valor actual de uma renda diferida de w períodos, torna-se
necessário actualizar todos os termos de mais w períodos do que uma renda imediata.
O valor actual de uma renda diferida de w periodos e de termos normais, representa-se pela
expressão:
[( ) ]
−n
r 1−( 1+i ) n× r
R( 0)= C 1+ +n ×r × − × ( 1+ i )−w valor actual de rendas diferidas
i i i
Valor acumulado
Tal como na modalidade anterior, o valor acumulado no final do último período da renda, ou
seja, no final do período n+w, será igual ao que resultaria de uma renda imediata de termos
normais no final do período n, pelo que o cálculo se efectua do mesmo modo.
Para o cálculo do valor da renda em qualquer momento “t” de uma série de prestações
constantes fica:
[( ) ]
−n
r 1−( 1+i ) n ×r
R( t) = C 1 + +n × r × − × ( i+1 )t−w post . no momento t
i i i
[( ) ]
−n
r 1−( 1+i ) n ×r 1+t −w
R( t) = C 1 + +n × r × − × ( i+1 ) a nt . no momentot
i i i
Pretende-se o valor desta renda reportado ao momento actual, para calcular o valor actual da
renda basta somar o valor de todos os termos, depois de actualizados para o momento zero, à
taxa de juro estipulada, ou seja: 𝑡=0
C1 (1+i)n−r n
R ( o) = × Valor actual de rendas normais variáveis em ProgressãoGeométrica
(1+i)n (1+i )−r
19
Valor acumulado
n n
r −(1+i)
R( n)=C 1 × Valor a cumulado de rendas normais variáveis em Progressão Geométrica
r−( 1+i )
Para as renda de termos antecipados temos que partir das rendas normais e capitalizar mais
um período.
C 1 ×(1+i) r n−(1+i)n
R ( o) = × Valor actual de rendas ant . variáveis em ProgressãoGeométrica
(1+i )n r− (1+i )
n n
r −(1+i)
R( n)=C 1 ×(1+i) × Valor a cumulado de rendas normais variáveis em Progressão Geométrica
r−( 1+i )
Por outro lado, quando se diz que o número de termos é ou pode ser considerado ilimitado,
isso não significa obrigatoriamente que “n” tenha que ser (ou tende para) infinito! Apenas
significa que “n” é suficientemente elevado para que se possa assumir a renda como sendo
perpétua. Aquilo que determina se uma determinada renda é (ou pode ser considerada)
perpétua não é o valor do “n”, por si só, ma sim em conjunto com a taxa de Juro.
Quanto à determinação do valor actual, procede-se como nas rendas inteiras adaptando os
algoritmos anteriormente deduzidos a cada combinação de renda/termos.
Assim teremos:
−w 1
R( 0)=(1+ i) ×C × para rendas de termo s postecipados
i
20
−w +1 1
R( 0)=(1+ i) ×C× para rendas de termos antecipados
i
3. Sistema de Amortizações
Alguns conceitos básicos usados no mercado de capitais. (Lima & Vanzella, 2019)
É um dos sistemas mais utilizados, pois permite ao devedor um melhor planeamento dos
pagamentos em razão das prestações serem constantes.
−n
−w 1−(1+i)
E=(1+i ) × C ×
i
i 1
C=E × −n
× −w
1−(1+ i) (1+i)
C – prestação
E – Empréstimo
I – Taxa de Juro
W – Período de Diferimento
n – Número de prestações
Exemplo:
1. Empréstimo de 300 000 contos pelo prazo de 4 anos, à taxa de juro annual de 10%.
Construa o quadro de amortização, considerando o sistema francês.
i 1
C=E × −n
× −w
1−(1+ i) (1+i)
10 % 1
C=300.000 × −4
×
1−(1+10 % ) (1+10 %)0
C=94.641,24
22
2. Empréstimo de 500 000 contos pelo prazo de 5 anos, à taxa de juro annual de 20%,
com um período de diferimento total de 2 anos. Construa o quadro de amortização,
considerando Sistema Francês.
i 1
C=E × −n
× −w
1−(1+ i) (1+i)
20 % 1
C=500.000 × −5
×
1−(1+20 %) (1+20 % )−2
C=240.753,2864
n Emprestimo Ar. Divida Juros (20%) Prestaçao S. da Divida
1 500,000.00 - 100,000.00 - 600,000.00
2 600,000.00 - 120,000.00 - 720,000.00
3 720,000.00 96,753.39 144,000.00 240,753.39 623,246.61
4 623,246.61 116,104.06 124,649.32 240,753.39 507,142.55
5 507,142.55 139,324.88 101,428.51 240,753.39 367,817.67
6 367,817.67 167,189.85 73,563.53 240,753.39 200,627.82
7 200,627.82 200,627.82 40,125.56 240,753.39
Resumindo:
Prestação=Amortização + Juros
Exemplo:
1. Empréstimo de 300 000 contos pelo prazo de 4 anos, à taxa de juro annual de 10%.
Construa o quadro de amortização, considerando o sistema Inglês.
Características:
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O devedor pode quitar sua dívida quando quiser.
O pagamento de juros pode, em tese, ser perpétuo mesmo quando já se pagou o
equivalente à dívida em si, logo exige maior controle no fluxo de caixa para saldar a
dívida.
Permite o pagamento parcial da dívida, reduzindo o valor dos juros
proporcionalmente.
Indicado quando está previsto o recebimento de uma quantia futura suficiente para
quitar a dívida.
Cn=C 0×(1+i)n
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n
(1+i) −1
R(w+n) =c ×
i
Onde:
C – Prestação
C0 – Capital Inicial
Cn = R – Capital Acumulado
Exemplo:
Dados
E – 10.000 Cts
n = 5 anos
i= 4,5%
n
Cn=C 0×(1+i)
Cn=12.461,819 Cts
5
(1+5 % ) −1
12.461,819=c ×
5%
c=2.255,275
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Referências Bibliográficas
BAGATINI, A. F.. Sistemas de Amortização de Empréstimos. 2010.
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