O Que É o Centro Cirúrgico

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O que é o Centro Cirúrgico (CC)?

É a unidade hospitalar onde se realizam as intervenções cirúrgicas, bem como à


recuperação pós anestésica e pós operatória imediata. O CC é constituído de um conjunto
de áreas e instalações que permite efetuar a cirurgia nas melhores condições de segurança
para o paciente, e de conforto e segurança para a equipe que o assiste.
No centro cirúrgico são consideradas três zonas distintas: de proteção, limpa e estéril.
1. Zona de Proteção:
É a área do centro cirúrgico que está em contato direto com o restante do hospital, dessa
forma, estando mais propensa à contaminação.
É nela que se dá toda a entrada e saída de pessoas e materiais do centro cirúrgico.
É composta de:
 Vestiário:Servirão a todo o pessoal que trabalha no centro cirúrgico. Nesta área, os
profissionais trocam suas roupas pelo uniforme do CC. Deve ainda contar com sanitários
completos, incluindo local para banho.

 Área de transferência: É o local de entrada e saída dos pacientes, onde ocorre a troca da
maca da enfermaria pela maca do centro cirúrgico através de uma abertura especial na
parede. Essa área tem como objetivo impedir a contaminação do ambiente cirúrgico pelas
rodas das macas das unidades de internação.
 Expurgo: Área de recebimento, limpeza, desinfecção e guarda de materiais e objetos
utilizados no centro cirúrgico, de onde eles seguirão para serem esterilizados e
acondicionados para o uso.

2. Zona Limpa
É composta pelos setores de apoio e suporte situados no centro cirúrgico.
São eles:
 Secretaria: É responsável pela parte administrativa.

 Conforto médico: Ambiente destinado aos profissionais no momento em que aguardam a


cirurgia.
OBS: Salas como: Recepção dos pacientes, recuperação pós anestésica,
acondicionamento de materiais e esterilização, equipamentos e materiais e de
serviços auxiliares também fazem parte da zona limpa do centro cirúrgico.

3.Zona Estéril:
É a parte do CC com menor grau de contaminação, nela só se pode transitar utilizando
máscara.
É composta por:
 Corredor de acesso: Área que dá acesso às salas de cirurgia e onde se encontram
Lavabos.

 Lavabo: Áreas onde a equipe faz a escovação das mãos e antebraços antes de entrarem

na sala cirúrgica.

 Sala de operação: Local onde ocorre a cirurgia, sendo o mais crítico em relação à assepsia
e antissepsia. A sala deve dispor de mesa cirúrgica, mesas para instrumental, equipamentos
de anestesia e respiração conectados à rede de gases, mesas de apoio para enfermagem
e anestesia, foco de luz, negatoscópio, bisturi elétrico e ainda equipamentos específicos.

APARELHOS DA SALA CIRÚRGICA

1. Estativa Hyport Series (Mindray)

 organização dos dispositivos do CC de forma otimizada;


 melhor acesso ao paciente;
 fluxo de trabalho eficiente;
 design modular (flexibilidade) e ergonômico (posicionamento mais
preciso).

2. Eletrocardiógrafo Beneheart R12 (Mindray)

 um dos modelos de 12 derivações mais leves do mercado;


 autonomia das baterias de íons de lítio — mais de 3,5 horas de uso
contínuo;
 visualização de imagem para revisão instantânea na tela;
 formas de onda estáveis, limpas e precisas;
 análises de ECG de modo ágil e confiável.

3. Aparelho de anestesia A7 (Mindray)

 misturador eletrônico ajusta e aplica rapidamente o gás fresco em


qualquer taxa de fluxo;
 aplicação de anestesia de baixo fluxo contínua e segura a todos os
pacientes;
 tela de 15 polegadas em cores sensível ao toque;
 ampla possibilidade de modos de ventilação;
 sistema iChart-OR integra monitoramento, aplicação de anestesia e
dados do tratamento.

4. Foco cirúrgico HyLed (Mindray)

 tecnologia LED — economia de energia e iluminação eficiente;


 funciona até 40.000 horas;
 fonte de luz confortável — sem aquecimento;
 conta com sistema de câmera HD;
 destaque para a ergonomia.

Quais são os equipamentos do centro cirúrgico?


Um centro cirúrgico necessita de equipamentos para procedimentos invasivos e
salvamento, dispostos de forma correta para que todos os profissionais possam ter
maior mobilidade e agilidade para todas as situações. Confira:

Eletrocardiógrafo

O eletrocardiógrafo faz parte da mesa de monitoramento do paciente e é um dos


equipamentos para centro cirúrgico mais importantes.O eletrocardiógrafo ajuda com
o monitoramento da atividade cardíaca dos pacientes durante a cirurgia, para que
os médicos possam saber quando tudo corre bem.

Aparelho de anestesia

Os aparelhos de anestesia são essenciais para iniciar qualquer procedimento em


um centro cirúrgico. Os aparelhos de anestesia para centro cirúrgico é composto de
um sistema de ventilação pulmonar que, além do suporte respiratório, oferece a
opção de aplicar anestésicos inalatórios e manter o efeito por longas horas, quando
necessário.Eles vêm equipados com monitores multiparamétricos, para garantir que
a anestesia seja aplicada de forma correta, sem complicações.

Foco cirúrgico
O foco cirúrgico pode ser encontrado de duas formas – com suporte de chão ou
suporte de parede. Os focos com suporte de parede possuem mobilidade reduzida
e, por isso, é recomendado para salas cirúrgicas menores. Já os focos cirúrgicos
com suporte de chão são recomendadas para salas cirúrgicas maiores ou que
precisam ser reposicionadas com frequência.

Hamper

O hamper é utilizado para armazenar e transportar roupas, compressas, faixas,


aventais, lençóis e toalhas utilizadas durante a cirurgia, sem contaminar ambientes
e sem contato direto com pessoas.Os hampers podem ser de aço ou inox e possuem
um saco de armazenamento de pano, para que seja higienizado com as demais
peças e evitar a contaminação.

Você poderá utilizar o hamper em diversos ambientes hospitalares e clínicos, sem


riscos para você ou seus pacientes.

Macas
Um centro cirúrgico precisa de macas de transporte e macas para paciente. Cada
uma delas possui especificações para trazer mais conforto para os pacientes e
praticidade no uso para os profissionais.Você poderá escolher o modelo que melhor
se encaixa no ambiente em que a maca ficará, optando por modelos de aço ou
madeira, com ou sem rodas, com suporte para equipamentos ou sem.

Carro de emergência, com desfibrilador/cardioversor

Os carros de emergência são equipamentos indispensáveis para todos os setores


hospitalares e clínicos, incluindo o centro cirúrgico.Quando equipados da forma
correta, os carros de emergência contém cardioversores, desfibriladores portáteis
(DEA), medicações para emergência, seringas, agulhas e outros materiais que
podem ser necessários.

Oxímetro de pulso

O oxímetro de pulso são equipamentos necessários em todos os níveis de


atendimento e nos centros cirúrgicos não é diferente.Os oxímetros para centro
cirúrgicos são maiores, com uma dedeira ligada a uma máquina maior, que poderá
ser conectada a um monitor.Já os oxímetros portáteis são úteis para uso residencial
ou em centros de terapia.

Mesa cirúrgica

As mesas cirúrgicas são bem diferentes das macas e podem ser posicionadas de
diversas maneiras, para cobrir o maior número de cirurgias possíveis dentro de um
centro cirúrgico.Elas são acolchoadas, possuem rodas com freios e travas, são
ajustáveis na altura possuem suporte para equipamentos elétricos.

Mesas auxiliares
As mesas auxiliares para centros cirúrgicos podem ser utilizadas como suporte para
diversos equipamentos, como instrumentação cirúrgica, ferramentas cirúrgicas,
compressas, aventais, entre outros materiais.

Circulação na sala cirúrgica e recomendações


A circulação na sala cirúrgica faz parte da montagem do centro cirúrgico e tem o
objetivo de facilitar o trabalho dos profissionais envolvidos.É desenvolvido
especialmente pela equipe de enfermagem, para garantir plena funcionalidade para
a equipe técnica atuarem durante o procedimento.Técnicos e instrumentadores
cirúrgicos podem auxiliar na tarefa de planejamento e montagem.

Equipes que atuam no centro cirúrgico


Os centros cirúrgicos abrigam algumas equipes de profissionais, que são alocados
para garantir que o procedimento será feito visando o melhor para a saúde dos
pacientes.Entre as equipes que atuam nos centros cirúrgicos estão a equipe médica,
a equipe de enfermagem, a equipe de instrumentação, a equipe administrativa e a
equipe de limpeza e higienização.

Estes cuidados referem-se a uma série de medidas gerais destinadas a


prevenir a contaminação do trabalhador de saúde pelo HIV, HBV, HVC e
outros patógenos transmitidos através do sangue e fluidos corporais
contaminados.

Estas medidas envolvem o uso de precauções de barreira como as luvas,


capotes, aventais, botas, máscaras e óculos protetores, que podem reduzir o
risco de exposição da pele e mucosa dos profissionais de saúde aos materiais
potencialmente contaminados. Além disso, é recomendado que todos os
profissionais de saúde se previnam de lesões causadas por agulhas, scalps e
outros materiais pérfuro-cortantes.

As normas de proteção para prováveis situações de exposição do


profissional de saúde são muito variadas, sendo porém recomendadas em
determinadas situações em que haja chance de exposição a fluidos
contaminados, principalmente nos procedimentos diagnósticos invasivos
(broncoscopias, cateterismos, punções venosas, etc,), procedimentos cirúrgicos
e de emergência, além dos procedimentos laboratoriais e necrópsias.

Estas normas são aplicadas de acordo com o tipo de exposição, devendo ser
acrescentada às precauções padrão:

 O uso de botas e aventais impermeáveis durante cirurgias em que seja


estimado a perda de grande volume de sangue e duração ³ do que 2 horas;
 Duplo enluvamento, para reduzir a carga viral durante os acidentes pérfuro-
cortantes;
 Considerar todo paciente como potencialmente contaminado, sem que seja
necessário rotulá-lo como portador de doenças veiculadas pelo sangue.

O que é parada cardiorrespiratória


A parada cardiorrespiratória é uma condição clínica na qual o coração não gera
batimento cardíaco de qualidade e nem pulsação cardíaca.
Consequentemente, a pessoa fica inconsciente e sem respirar, condição que,
em casos extremos, pode levar à morte. A parada respiratória corresponde à
interrupção por mais de 5 minutos das trocas gasosas do organismo, ou seja,
não há distribuição de oxigênio para os órgãos do corpo durante esse período,
podendo resultar em danos irreversíveis à órgãos vitais, como coração e cérebro,
por exemplo.

É comum que como consequência da parada respiratória, exista uma parada


cardíaca, caracterizando a parada cardiorrespiratória. Saiba identificar a parada
cardiorrespiratória e veja o que fazer. A parada respiratória é uma emergência
médica e, por isso, é indicado que seja feita inicialmente respiração boca a boca,
além de acionar o SAMU para que sejam tomadas as medidas necessárias, que
pode envolver a desobstrução das vias aéreas ou realização de ventilação
mecânica.

De acordo com o cardiologista do Hospital Brasília, Leandro Valim, a parada


cardiorrespiratória tem duas formas de ocorrer:

 Parada respiratória: quando o coração continua batendo, mas a


respiração do paciente cessa. Trata-se de um pré-coma
 Parada cardíaca: o coração para de bater e a respiração segue. De
maneira geral, ela vem associada à parada respiratória.

A assistência de enfermagem no período operatório pode ser dividida em três fases:


pré, trans e pós-operatórias. A fase pré-operatória é o período compreendido desde
a véspera da cirurgia até o momento em que é recebido no Centro Cirúrgico
(CASTELLANOS & JOUCLAS, 1990) e nesta fase há o momento pelo qual o
enfermeiro do centro cirúrgico vai até a unidade de internação do paciente, tendo
assim oportunidade de conhecê-lo, levantando problemas, como também
necessidades, no intuito de planejar ações de enfermagem (GALDEANO et al,
2003). SAWADA (1991) por sua vez, define o pré-operatório como um período de
detecção das necessidades físicas e psicológicas do paciente que será submetido
a um procedimento cirúrgico.A definição do período trans - operatório é dada como
sendo a fase que se inicia no momento da entrada do paciente no centro cirúrgico
até sua saída da Sala de Operações (SO) e encaminhamento à Sala de
Recuperação Pós - Anestésica (SRPA) e neste momento, segundo CASTELLANOS
& JOUCLAS (1990) faz-se necessário à realização de uma prescrição de
enfermagem ao final do ato anestésico – cirúrgico. Para GALDEANO et al. (2003) a
ansiedade é identificada em quase metade dos pacientes cirúrgicos.
Por sua vez, o período pós - operatório, inicia-se com a saída do paciente da SRPA
até sua alta hospitalar. Nesta fase, assim como nas outras, pode haver avaliação da
assistência de enfermagem prestada no período pré e trans - operatórios. As
primeiras vinte e quatro horas do pós - operatório constituem uma fase crítica, pois
o paciente pode apresentar sérios distúrbios metabólicos e, além disso, após alta
da SRPA deve ser continuada a assistência de enfermagem nas unidades de
internação (PUPULIM & SAWADA, 2002). Com a realização das visitas pré e pós -
operatórias de enfermagem é possível observar uma mudança acentuada de
comportamento na maioria dos pacientes, havendo diminuição marcante no nível de
ansiedade e complicações nos pós - operatórios imediato a tardio (GRAZZIANO &
BIANCHI, 2004). Para BOFF (1999) cuidar é muito mais que um ato, é uma atitude
de "ocupação, preocupação, de responsabilização e de envolvimento afetivo com o
outro".

Segundo PELLIZZETTI & BIANCHI (1991) muitas cirurgias são canceladas


devido ao extremo grau de ansiedade que o paciente apresenta, evitando
assim, sérios problemas no período trans e pós - operatórios. A realização
destas visitas constitui-se em uma responsabilidade do enfermeiro, conforme
consta no decreto que regulamenta a lei do exercício profissional da
enfermagem (CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM, 1993), na qual, no
artigo décimo primeiro determina que "a consulta e a prescrição da assistência
de enfermagem é parte integrante do programa de enfermagem" e consiste,
dentre outras atribuições, em incumbência privativa do enfermeiro.Diante do
exposto, o presente estudo visa analisar comparativamente a assistência de
enfermagem nos períodos pré e pós-operatórios, prestada a pacientes
submetidos a cirurgias eletivas em um Hospital Universitário, através de um
instrumento único, após a utilização dos instrumentos de comunicação escrita
propostos por ARAÚJO & NORONHA (1998) e NORONHA & ARAÚJO
(1998).[/p]

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