Conceitos Educao Inclusiva 11082018

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ENCONTRO PRESENCIAL do Curso PEB II Ingressantes –

Etapa 2 Fundamentos Básicos 4º Edição 2018 – TURMA 1


Local: EE Morato de Oliveira
Data: 11/08/2018 (SÁBADO)
Horário: 09h às 13h

Conceitos da Educação Inclusiva


Profa. Dra. Reni Gomes da Silva
SUJEITOS DA “DECLARAÇÃO DE SALAMANCA”
aqueles que têm o Direito à Educação
❖A “Declaração de Salamanca” (1994) assume a
“Declaração de Jomtien” (1990), propondo a
“Educação como Direito de Todos”.
❖Entre o “Todos” estão aqueles com
“necessidades educacionais especiais” que
não são apenas as pessoas com deficiência, mas
todas as pessoas “independentemente de suas
condições físicas, intelectuais, sociais,
emocionais, linguísticas ou outras.”
(...) parece não haver dúvidas de que os sujeitos da
inclusão são todos: os que nunca estiveram em escolas, os
que lá estão e experimentam discriminações, os que não
recebem as respostas educativas que atendam às suas
necessidades, os que enfrentam barreiras para a
aprendizagem e para a participação, os que são vítimas das
práticas elitistas e injustas de nossa sociedade, as que
apresentam condutas típicas de síndromes neurológicas,
psiquiátricas ou com quadros psicológicos graves, além das
superdotadas/ com altas habilidades, os que se evadem
precocemente e, obviamente, as pessoas em situação de
deficiência, também.
Carvalho, Rosita Edler. Educação Inclusiva: do que estamos falando? Disponível in
http://www.fcee.sc.gov.br/index.php?option=com_docman&task=doc_view&gid=238
Resolução SE 52, de 14-8-2013
2. COMPETÊNCIAS DO EDUCADOR
Item 2.1.1 Relação Educação /Sociedade) E) Conhecer os problemas e
conflitos que afetam o convívio social (saúde, segurança, dependência
química, educação para o trânsito, pluralidade cultural, ética,
sustentabilidade ambiental, orientação sexual, trabalho e consumo) e
compreender como eles podem provocar preconceitos, manifestações de
violência e impactos sociais, políticos, econômicos, ambientais e
educacionais, reconhecendo a si mesmo como protagonista e agente
transformador no âmbito de sua atuação profissional.
2.1.2 (Escola) I) Empregar diferentes recursos e procedimentos didáticos,
ajustando-os às possibilidades e dificuldades de aprendizagem dos
alunos, sempre levando em conta a natureza, as especificidades e o grau
de complexidade dos conteúdos.
k) Saber planejar e desenvolver os trabalhos em sala de aula,
privilegiando rotinas que atendam às necessidades dos alunos, tendo em
vista a diversidade, adequação, periodicidade das atividades, organização
do tempo/espaço e o agrupamento dos alunos de modo a potencializar as
aprendizagens dos diferentes conteúdos/áreas, garantindo, sempre que
possível, a abordagem dos temas transversais pertinentes.
Como se organiza a Secretaria Estadual de
Educação do Estado de São Paulo atualmente

CAESP: Centro de Atendimento Especializado


Decreto no 57.141/2011

CAPE: Núcleo de NINC: Núcleo de Inclusão Educacional:


Apoio Pedagógico Educação Quilombola, Educação Indígena,
Especializado: Educação nas Prisões, Educação das
Voltado à Educação Relações Étnico-Raciais, Educação de Gênero
e Diversidade Sexual, Imigrantes e EJA
Especial
Classes Hospitalares
(Resolução CNE n.º 2/2001)

Atendimento Domiciliar (Res 25/2016)


Educação Quilombola
Atualmente, estão em funcionamento no Estado de São Paulo 26 escolas
quilombolas. Duas unidades são vinculadas a rede estadual. As outras
escolas são oriundas a sistemas municipais.
(Fonte: http://www.educacao.sp.gov.br/cgeb/programas/educacao-escolar-quilombola/)

• Deve ser ofertada por estabelecimentos de ensino localizados em


comunidades reconhecidas pelos órgãos públicos responsáveis como
quilombolas, rurais e urbanas, bem como por estabelecimentos de
ensino próximos a essas comunidades e que recebem parte
significativa dos estudantes oriundos dos territórios quilombolas;
• Deve garantir aos estudantes o direito de se apropriar dos
conhecimentos tradicionais e das suas formas de produção de modo a
contribuir para o seu reconhecimento, valorização e continuidade;
Educação Indígena
• A Secretaria da Educação atende em todo o Estado de São Paulo
mais de 1,8 mil alunos de comunidades indígenas. Ao todo, são 40
unidades escolares com Educação Infantil, Ensino Fundamental
Anos Iniciais e Anos Finais, Ensino Médio e Educação de Jovens e
Adultos (EJA), voltadas a estudantes das etnias Guarani Nhandewa,
Guarani Mbya, Terena, Krenak e Kaingang.
• O conteúdo aplicado nas salas de aula segue as diretrizes
do Currículo do Estado de São Paulo com um diferencial, as
disciplinas são trabalhadas de acordo com os conhecimentos de
cada etnia e os educadores são indígenas que pertencem às aldeias
em que as escolas estão locadas.
Imigrantes
• A maior parte dos alunos estrangeiros matriculados em escolas públicas é
composta por bolivianos, seguidos por Angolanos, Haitianos, japoneses e,
em menores quantidades, há outras nacionalidades como sírios, que
chegam refugiados de guerras civis.
• Apesar do aumento no número de alunos estrangeiros nos últimos anos, a
redes municipal e estadual de ensino de São Paulo não possuem
diretrizes de como receber e integrar essas crianças.
• As ações são iniciativas de cada escola, respaldadas pelas Secretarias de
Educação. As unidades têm autonomia para implantar seus programas de
ensino, assim o sucesso do aprendizado depende da atuação individual
dos educadores.
EJA (EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
• Os jovens e adultos que não tiveram a oportunidade de iniciar ou concluir
os ensinos Fundamental ou Médio na idade adequada podem ter acesso
a essas etapas da escolaridade por meio de CURSOS e EXAMES.
• CURSOS:
• EJA Presencial: As aulas do Ensino Fundamental são abertas para
alunos a partir de 15 anos e a partir dos 18 anos para os interessados
em concluir o Ensino Médio. Os módulos de 6 meses cada são
equivalentes aos anos e séries do ensino regular. O curso conta com
quatro horas diárias, de segunda à sexta-feira.
• CEEJA (Centros Estaduais de Educação de Jovens e Adultos)
Unidades que oferecem carga horária flexível e dá oportunidade a alunos
com mais de 18 anos que querem voltar à sala de aula. O aluno recebe o
material de ensino no ato da matrícula e é orientado a criar um plano de
estudos. Sempre que sentir necessidade, pode recorrer ao centro para
tirar dúvidas presenciais com professores.
• PEP (Programa de Educação nas Prisões) que conta com o apoio da
Secretaria de Administração Penitenciária (SAP).
• EXAMES: ENCCEJA (Exame Nacional para Certificação de
Competências de Jovens e Adultos)
Educação nas Prisões
• A oferta de EJA nas prisões, voltada às pessoas que não tiveram
acesso, continuidade ou não concluíram a Educação Básica (Ensino
Fundamental e Médio) na idade própria, deve possibilitar o acesso à
escolarização, bem como o desenvolvimento de sociabilidade, inclusão
social e educacional
• Estado de São Paulo apresenta complexidade singular na oferta da
Educação nas prisões, pois apresenta aproximadamente 220.000
pessoas em situação de privação de liberdade, distribuídas em 163
Unidades Prisionais 6 e 3 Hospitais de Custódia e Tratamento
Psiquiátrico mantidos pelo Estado.
• De acordo com a legislação vigente, todos os documentos escolares e
publicações de alunos matriculados em classes no sistema prisional,
como, por exemplo, o histórico escolar e a certificação, devem ser
emitidos com o nome da escola vinculadora sem nenhuma menção ao
local onde o(a) aluno(a) frequentou o curso.
Educação das Relações Étnico-Raciais (ERER)
OBJETIVO: valorização das raízes africanas e indígenas
da nação brasileira, ao lado das raízes européias,
asiáticas.
• Lei 10.639/2003 e Lei 11.645/2008: Inclui no currículo
oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática
"História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena"
• Resolução CNE/CEB nº 1/2004 e Parecer
CNE/CP nº 3/2004: Institui Diretrizes Curriculares
Nacionais para a Educação das Relações Étnico-
Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-
Brasileira e Africana.
Educação de Gênero e Diversidade Sexual
• Gênero: refere-se à construção de atitudes, expectativas e
comportamentos tendo como base as expectativas que uma
determinada sociedade tem sobre o ser homem e ser mulher. O
aprendizado de gênero passa pela ação das vivências e da cultura.
• Identidade de gênero: refere-se à maneira como alguém se sente e se
apresenta para si e para os demais como homem ou mulher, ou ainda
uma mescla de ambos, independentemente do sexo biológico e da
orientação sexual.
• Orientação sexual: diz respeito à direção ou à inclinação do desejo
afetivo e erótico. Esse desejo, ao direcionar-se, pode ter como único ou
principal objeto pessoas do sexo oposto (heterossexualidades), pessoas
do mesmo sexo (homossexualidades) ou de ambos os sexos
(bissexualidades).
Fonte: CORSA/ECOS. Diversidade sexual na escola: uma metodologia de trabalho com
adolescentes e jovens. CORSA/ECOS, 2008. P. 34 a 36.

Mais orientações sobre para ações na escola


disponíveis nos Documentos Orientadores
da CGEB no 14 e 15:
Mais conceitos
inerentes à Educação
Inclusiva
Conceitos
• Síndrome: é definida • Doença: caracteriza-se
como um conjunto de por condição anormal de
sintomas que ocorrem em um organismo que
conjunto ou um conjunto interfere nas funções
bem determinado de corporais e está
sintomas que não associada a sintomas
caracterizam uma só específicos. É
doença, mas podem considerada como uma
traduzir uma modalidade disfunção de um
patogênica. (Ex: Síndrome organismo causada por
do Pânico, Síndrome de agentes externos ou não
Estolcomo, Síndrome de ou qualquer condição
Zika) mórbida ou danosa.
Dificuldade de Aprendizagem

se associa a problemas sócio-econômicos-culturais e emocionais,


metodologias de ensino inadequadas e a dificuldades secundárias
a outros quadros clínicos concomitantes a períodos de
desenvolvimento, o que remete a um grande desafio,
principalmente em crianças na fase inicial do processo de
alfabetização.
Distúrbios de Aprendizagem

• Distúrbio: disfunção no processo natural da aquisição de


aprendizagem, ou seja, na seleção do estímulo, no
processamento e no armazenamento da informação e,
consequentemente, o problema aparece na emissão da
resposta. É orgânico e resulta em déficits nas medidas das
habilidades de linguagem: fala, leitura e escrita. É uma disfunção
na região lateral do cérebro. Pode Comprometer leitura, escrita
ou o raciocínio matemático.

• Exemplos de Distúrbios de Aprendizagem: Dislexia, Disgrafia,


Disortografia e Discalculia.
• Dislexia não é doença. É um distúrbio genético e
neurobiológico de funcionamento do cérebro para todo
processamento linguístico relacionado à leitura. O que
ocorre são falhas nas conexões cerebrais. Assim, a pessoa
disléxica tem dificuldade para associar o símbolo gráfico e
as letras ao som que elas representam e não consegue
organizá-los mentalmente numa sequência coerente. Por
exemplo, a palavra “superinteressante” pode ser vista e
entendida por um disléxico como “suprinteressãmt”.
(https://super.abril.com.br/saude/o-que-e-dislexia/)

• Mistura de símbolos gráficos e fonemas


a/e b/d rr/n m/n f/t
f/v p/b t/d c/g ch-x/g g/j
• Dislexia, Disgrafia e Disortografia: alguns autores as analisam em conjunto
por acreditarem que dificuldades de leitura gerarão dificuldades de escrita,
seja do ponto de vista da grafia ou da ortografia.
• Conhecida como disgrafia, a dificuldade de aprender e desenvolver as
habilidades de linguagem escrita é um transtorno específico que muitas
vezes acompanha a dislexia.

Fonte: DISGRAFIA Msc. Luciene de Oliveira Vieira


• Disortografia: erros da escrita que afetam a palavra mas não o seu
traçado ou escrita. Troca de p e b, de ordem das letras numa palavra:
sol=los; etc
A discalculia é a dificuldade de aprender tudo o que está
relacionado com questões numéricas como operações,
conceitos e aplicação da matemática, incluindo-se
questões como grandezas, medidas, peso, áreas, entre
outros...
Transtornos
• Transtorno: decorre de uma disfunção na região frontal do
cérebro, que provoca perturbação na pessoa devido à falta na
entrada do estímulo e da desintegração de informações,
comprometendo a atenção seletiva e gerando impulsividade e
dificuldade vísuo-motora. As diferentes perturbações produzem
comprometimentos comportamentais em menor ou maior escala.
(Fonte: http://lumiar-psicopedagogia.blogspot.com.br/2009/06/disturbio-transtorno-ou-
dificuldade.html)

• Distúrbios e Transtornos independem do desejo que o indivíduo


possa ter de desempenhar atividades da forma esperada, por isso
quem os apresenta precisa de ajuda especializada para atingir os
objetivos social e acadêmico satisfatórios.
• O TDAH - Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade é
uma síndrome (conjunto de sintomas) caracterizada por distração,
agitação/hiperatividade, impulsividade, esquecimento,
desorganização, adiamento crônico, entre outras.
• O déficit de atenção é uma questão de desatenção, na qual a
criança não consegue manter o foco em uma coisa e mesmo que
esteja quieta, tentando aprender a sua atenção não está naquele
lugar.
• A hiperatividade é caracterizada pela falta de concentração: a
pessoa não consegue ficar parada, tende a ser muito agitada,
gosta de fazer muitas coisas ao mesmo tempo e em poucas
vezes tem atenção em tudo o que faz.
Transtorno Opositivo Desafiador (TOD) ou
Transtorno Desafiador de Oposição (TDO)
Caracteriza-se pela desobediência contínua às figuras
de autoridade, como pais e professores, explosões
de raiva, tentativas de irritar os outros e culpá-los por
seus erros, comportamento antissocial e impulsividade.
Em geral, o TOD vem associado ao transtorno do déficit
de atenção com hiperatividade (TDAH)
O tratamento geralmente envolve terapia individual e
familiar. Em casos mais graves, é possível recorrer
à medicação. Pode desencadear o transtorno de
conduta, violação de normas sociais ou direitos individuais
Na vida adulta, em casos extremos, há o risco de acarretar
o transtorno de personalidade antissocial.

Fonte: https://claudia.abril.com.br/sua-vida/transtorno-desafiador-de-oposicao/
Sugestão para Professores (http://www.andislexia.org.br/)
• Certifique-se de que as tarefas de casa foram compreendidas e anotadas corretamente;
• Certifique-se de que seu aluno pode ler e compreender o enunciado ou a questão. Caso contrário, leia
as instruções para ele;
• Leve em conta as dificuldades específicas do aluno e as dificuldades da nossa língua quando corrigir
os deveres;
• Estimule a expressão verbal do aluno;
• Dê instruções e orientações curtas e simples que evitem confusões;
• Dê "dicas" específicas de como o aluno pode aprender ou estudar a sua disciplina;
• Oriente o aluno sobre como organizar-se no tempo e no espaço;
• Não insista em exercícios de fixação repetitivos e numerosos, pois isso não diminui a sua dificuldade;
• Dê explicações de "como fazer" sempre que possível, posicionando-se ao seu lado;
• Utilize o computador, mas certifique-se de que o programa é adequado ao seu nível. Crianças com
dificuldade de linguagem são mais sensíveis às críticas, e o computador, quando usado com programas
que emitem sons estranhos cada vez que a criança erra, só reforçará as ideias negativas que elas tem de
si mesmas e aumentará sua ansiedade;
• Permita o uso de gravador;
• Esquematize o conteúdo das aulas quando o assunto for muito difícil para o aluno. Assim, a terá a
garantia de que ele está adquirindo os principais conceitos da matéria através de esquemas claros e
didáticos;
• "Uma imagem vale mais que mil palavras": demonstrações e filmes podem ser utilizados para enfatizar
as aulas, variar as estratégias e motivá-los. Auxiliam na integração da modalidade auditiva e visual , e a
discussão em sala que se segue auxilia o aluno organizar a informação.
• Não insista para que o aluno leia em voz alta perante a turma, pois ele tem consciência de seus erros.
A maioria dos textos de seu nível é difícil para ele;
• Alunos disléxicos podem ser bem sucedidos em uma classe regular. O sucesso dependerá do
cuidado em relação à sua leitura e das estratégias usadas.
Sugestão para Professores (http://www.andislexia.org.br/)
Avaliação
• As crianças com dificuldade de linguagem têm problemas com testes e provas:
Em geral, não conseguem ler todas as palavras das questões do teste e não
estão certas sobre o que está sendo solicitado.
- Elas têm dificuldade de escrever as respostas;
- Sua escrita é lenta, e não conseguem terminar dentro do tempo estipulado
Recomendamos que, ao elaborar, aplicar e corrigir as avaliações do aluno
disléxico, especialmente as realizadas em sala de aula, adote os seguintes
procedimentos:
- Leia as questões/problemas junto com o aluno, de maneira que ele entenda o
que está sendo perguntado;
- Explicite sua disponibilidade para esclarecer-lhe eventuais dúvidas sobre o que
está sendo perguntado;
- Dê-lhe tempo necessário para fazer a prova com calma;
- Ao recolhê-la, verifique as respostas e, caso seja necessário, confirme com o
aluno o que ele quis dizer com o que escreveu, anotando sua(s) resposta(s)
- Ao corrigi-la, valorize ao máximo a produção do aluno, pois frases
aparentemente sem sentido e palavras incompletas ou gramaticalmente erradas
não representam conceitos ou informações erradas;
- Você pode e deve realizar avaliações orais também.
Educação Especial
É uma modalidade de ensino que perpassa todos os níveis, etapas e
modalidades, realiza o atendimento educacional especializado, disponibiliza
os recursos e serviços e orienta quanto a sua utilização no processo de
ensino e aprendizagem nas turmas comuns do ensino regular.
O Atendimento Educacional Especializado tem como função identificar,
elaborar e organizar recursos pedagógicos e de acessibilidade que
eliminem as barreiras para a plena participação dos estudantes,
considerando suas necessidades específicas.
As atividades desenvolvidas no atendimento educacional especializado
diferenciam-se daquelas realizadas na sala de aula comum, não sendo
substitutivas à escolarização. Esse atendimento complementa e/ou
suplementa a formação dos estudantes com vistas à autonomia e
independência na escola e fora dela.
Público alvo da Educação Especial
(após publicação da Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da
educação inclusiva. Brasília, MEC/SEESP, 2008)
Pessoas com:

Deficiências

Transtornos Globais do
Desenvolvimento

Altas habilidades/
superdotação
Alunos com deficiência - aqueles que têm
impedimentos de longo prazo, de natureza física, mental,
intelectual ou sensorial, que em interação com diversas
barreiras podem ter restringida sua participação plena e
efetiva na escola e na sociedade.
Alunos com TGD - aqueles que apresentam alterações
qualitativas das interações sociais recíprocas e na
comunicação, um repertório de interesses e atividades
restrito, estereotipado e repetitivo. Incluem-se nesse
grupo alunos com autismo, síndromes do espectro do
autismo e psicose infantil.
Alunos com altas habilidades/superdotação -
aqueles que demonstram potencial elevado em qualquer
uma das seguintes áreas, isoladas ou combinadas:
intelectual, acadêmica, liderança, psicomotricidade e
artes. Também apresentam elevada criatividade, grande
envolvimento na aprendizagem e realização de tarefas
em áreas de seu interesse.
Transtornos Globais do Desenvolvimento/
Transtorno do Espectro Autista
Desde 1978, quando foi separado da Esquizofrenia, surgiram os critérios
de Rutter para designar os três pilares fundamentais da síndrome:
1: Problemas na Comunicação (com ou sem retardamento mental);
2: Problemas – atraso ou desvio – na Interação Social (com ou sem
retardamento mental) e
3: Comportamento incomum (estereotipias e maneirismos.) Os três sendo
iniciados (ainda que não identificados) antes dos 30 meses de idade.

Fonte: http://www.autimates.com/autismo-leve-tid-ou-asperger/
Transtornos Globais do Desenvolvimento/
TGD
* CID 10, versão 2008 :
** F84 Transtornos globais do desenvolvimento:
Grupo de transtornos caracterizados por alterações
qualitativas das interações sociais recíprocas e
modalidades de comunicação e por um repertório de
interesses e atividades restrito, estereotipado e repetitivo.
Estas anomalias qualitativas constituem uma característica
global do funcionamento do sujeito, em todas as ocasiões.
1. Autismo: (também chamado de Síndrome de Kanner) é uma
alteração neurológica que compromete a interação social, a
comunicação verbal e não-verbal e está associada a
comportamentos restritivos e repetitivos. São extremamente
metódicos. Atinge geralmente mais os meninos do que as meninas,
na proporção de quatro para uma, mas nas meninas costuma ser
mais severo. É fortemente hereditário, mas também possui outras
causas ambientais (ainda em estudos). Algumas hipóteses apontam
para danos causados por defeitos congênitos e pouca interação e
afeto dos pais na fase inicial do desenvolvimento.
Manifestado antes da idade de três anos, além da perturbação nas
interações sociais, comunicação, comportamento focalizado e
repetitivo, pode ser acompanhado de outras manifestações
inespecíficas como fobias, perturbações de sono ou da alimentação,
crises de birra ou agressividade e (auto agressividade)".
• Fonte: https://www.focoeducacaoprofissional.com.br/blog/tgd-asperger-
tdah-rett-autismo-cursos-online
2. Síndrome de Rett: Doença neurológica provocada por uma mutação
genética que atinge, na maioria dos casos, crianças do sexo feminino.
Caracteriza-se pela perda progressiva de funções neurológicas e motoras
após meses de desenvolvimento aparentemente normal - em geral, até os
18 meses de vida. Após esse período, as habilidades de fala, capacidade
de andar e o controle do uso das mãos começam a regredir, sendo
substituídos por movimentos estereotipados, involuntários ou repetitivos.
Palavras aprendidas também são esquecidas, levando a uma crescente
interrupção do contato social. A comunicação para essas meninas
gradativamente se dá apenas pelo olhar.
• É comum que a criança com Síndrome de Rett fique "molinha" e
apresente desaceleração do crescimento. Distúrbios respiratórios e do
sono também são comuns, especialmente entre os 2 e os 4 anos de
idade. A partir dos 10 anos, o aparecimento de escolioses e de rigidez
muscular fazem com que muitas crianças percam totalmente a
mobilidade. Isso, associado a quadros mais ou menos graves de
deficiência intelectual.
• A Síndrome de Rett é um Transtorno Global do Desenvolvimento (TGD) e
uma das principais causas de deficiência múltipla em meninas.
Fonte: https://novaescola.org.br/conteudo/1913/o-que-e-a-sindrome-de-rett
3. Síndrome de Heller: A criança apresenta desenvolvimento
motor e intelectual normal até por volta dos 3 anos quando
começa a perder todas as capacidades anteriormente
adquiridas, passando a ter comportamento semelhantes aos
do autismo). A regressão começa depois desta fase indo até os
dez anos de idade, porém, de forma bem mais branda. As
habilidades que começam a ser perdidas são a de
comunicação verbal e não-verbal, relacionamento interpessoal,
linguagem, controle esfincteriano e outras habilidades motoras.
Os padrões, estereotipias e movimentos repetitivos também
são outras características comuns.

Fonte: https://www.focoeducacaoprofissional.com.br/blog/tgd-
asperger-tdah-rett-autismo-cursos-online
4. Síndrome de Asperger (SdA): leva o sobrenome do pediatra
austríaco Hans Asperger, que estudou e descreveu crianças com
características semelhantes às de autistas, porém, com alta
funcionalidade. Por isso a síndrome faz parte dos TGD e Altas
Habilidades. Entre as principais habilidades estão a capacidade de
raciocínio e memória muito acima da média. Pessoas com Asperger são
capazes de decorar horários e linhas de ônibus, listas telefônicas, datas
históricas ou informações que julguem importantes, enfim, uma série de
informações que outras pessoas não conseguem.
A maioria apresenta também dificuldades sociais, interesses específicos e
intensos, peculiaridades na fala e na linguagem e dificuldade com o
convívio social. Incapacidade de captar informações sobre estados
emocionais de outras pessoas pela expressão facial, linguagem corporal,
humor e ironia, o que é chamado de "cegueira emocional“)
Apesar de não ser uma característica padrão, possuir um andar
desajeitado e uma linguagem excêntrica também caracterizam quem tem
a síndrome.
Fonte: https://www.focoeducacaoprofissional.com.br/blog/tgd-asperger-
tdah-rett-autismo-cursos-online
5. Transtorno Invasivo do Desenvolvimento sem outra
especificação (TID-soe): diagnosticados após os três anos de
idade por terem um quadro que não se ajusta por completo nos três
pilares que caracterizam o autismo, possui dois dos três elementos que
caracterizam o diagnóstico do do Autismo.
Há ainda uma subcategoria não classificada oficialmente, um subgrupo: o
MccD, ou seja, Multiplex Complex Developmental Disorder, (Transtorno
Complexo Múltiplo do Desenvolvimento), que se caracteriza pela
regulação (controle) das emoções. Os autistas TID-soe com este
transtorno adicional costumam ter uma fantasia excepcional, podendo
confundir fantasia com realidade. Medos irracionais, psicoses e surtos
podem acontecer com mais frequência quando há McDD.

Fonte: http://www.autimates.com/autismo-leve-tid-ou-asperger/
Níveis de gravidade para Transtorno do Espectro
Autista, como segue na tabela:
Nível de Comunicação Social Comportamentos Restritos e
Gravidade Repetitivos

Nível 3 Déficits graves na Inflexibilidade de comportamento,


Exigindo comunicação social verbal e extrema dificuldade em lidar com
apoio muito não verbal causam prejuízos a mudança ou outros
substancial graves de funcionamento comportamentos
restritos/repetitivos
Déficits graves nas
Nível 2 Inflexibilidade do comportamento,
habilidade de comunicação
Exigindo dificuldade de lidar com a
social verbal e não verbal;
apoio mudança ou outros comportam.
substancial prejuízos sociais aparentes
restritos/repetitivos aparecem com
mesmo na presença de
frequência suficiente.
apoio.
Na ausência de apoio, Inflexibilidade de comportamento,
Nível 1
déficits nas comunicação causa interferência significativa no
Exigindo
apoio social causam prejuízos funcionamento em um ou mais
notáveis. contextos.
C
A
R
A
C
T
E
R
Í
S
T
I
C
A
S
Por que não?
• Portador de deficiência: Portar, significa carregar, e a
deficiência não é carregada como se fosse um objeto e a deixa
quando não a quer mais, a deficiência é definitiva então ela
não é portada.
• O Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa c
• om Deficiência aprovou resolução substituindo o termo
“pessoas portadoras de deficiência” por “pessoas com
deficiência”. (Portaria SEDH Nº2.344/2010)
• Especial: Disfarça um “processo de divinização” no qual
pessoas com deficiência transformam-se em “anjos do céu”,
“presentes de Deus” ou “especiais”. Ao atribuirmos
qualidades tão especiais, criamos constrangimento: como
sentem-se as crianças que não anjos, presentes e especiais.
(WERNECK, Claudia. Ninguém mais vai ser bonzinho na sociedade inclusiva. 2 ed. Rio de
Janeiro: WVA, 2000)
• BRAH, Avtar: “Diferença, diversidade, diferenciação”, cadernos pagu, 26, 2006, pp. 329-376
(disponível no scielo).
• BUTLER, Judith: Problemas de Gênero. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira. 2003.
• FOUCAULT, Michel: História da Sexualidade – A vontade de saber, Vol. 1, Rio de Janeiro, Graal,
1977.
• LAQUEUR, Thomas: Inventando o sexo: corpo e gênero dos gregos a Freud, Rio de Janeiro, Relume-
Dumará, 2001.
• LOURO, Guacira Lopes. Um corpo estranho: ensaios sobre sexualidade e teoria queer. Belo
Horizonte: Autêntica, 2004.
• MISKOLCI, Richard: Teoria Queer: um aprendizado pelas diferenças. 2ª Ed. Belo Horizonte:
Autentica Editora: UFOP – Universidade Federal de Ouro Preto, 2012.
• SIMÕES, J.A. & R. FACCHINI, “Paradoxos da identidade”. In: ______. Na trilha do arco-íris: do
movimento homossexual ao LGBT. São Paulo: Ed. Fundação Perseu Abramo, 2009, p. 17-35.
• SOUZA, L. A. F.; MAGALHÃES, B. R.; SABATINE, T.T. Michel Foucault: sexualidade, corpo e direito.
Marília: Cultura Acadêmica, 2010.
• Weeks, Jeffrey. Corpo e sexualidade. In: Louro. O corpo educado: pedagogias da sexualidade. Belo
Horizonte, 2000.
• CASTRO, Mary Garcia; ABRAMOVAY, Miriam: SILVA, Lorena Bernadete da. Juventude e Sexualidade
(UNESCO).
• PICAZIO, Claudio. Diferentes Desejos. Edições.
• RIBEIRO, Arilda Ines Miranda; FRANCINO, Andréia Cristina. A leitura que se faz da
homossexualidade na escola: ausência de conhecimento sobre a diversidade sexual (UNESP).
• Pesquisa sobre homofobia: FEA-USP (UNESCO).
• Legislação do Estado de São Paulo:
- Lei 10948/2001;
- Decreto 55588/2010;
- Resolução SE 52/2013.

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