Semiologia Ortopedica Da Coluna Vertebral
Semiologia Ortopedica Da Coluna Vertebral
Semiologia Ortopedica Da Coluna Vertebral
DEPARTAMENTO DE CIRURGIA
A. EXAME DO PACIENTE:
Anamnese
Exame físico
São divididas em duas partes distintas:
A primeira é o interrogatório do doente ou de seus acompanhantes -
anamnese.
A segunda, bem distinta da anterior, na qual lançamos mão da semiotécnica,
isto é, da procura objetiva dos sinais no exame físico.
1. ANAMNESE:
1a. identificação
1b. história familiar
1c. história fisiológica
1d. história patológica pregressa
1e. história da doença atual
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Prof. Flavio Hanciau
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1a.IDENTIFICAÇÃO:
Nome, idade, sexo, cor, nacionalidade, naturalidade, estado civil,
profissão.
Idade:
Sabemos que a tuberculose osteoarticular é mais freqüente no primeiro
decênio da vida, bem como a escoliose raquítica.
Sexo:
A escoliose idiopática da adolescência é bem mais freqüente no sexo
feminino e a escoliose idiopática infantil tem predominância no sexo masculino.
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ESCOLIOSES, CIFOSES, LORDOSES
1. ESCOLIOSE
2. CIFOSE
3. LORDOSE
2. CIFOSE: É uma curvatura normal na coluna torácica até 350 a 400 graus,
além dos quais constitui anormalidade ou deformidade( a hipercifose).
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CORREÇÃO REFLEXA FISIOLÓGICA
1. ESCOLIOSE
EXAME GERAL
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constituem a base para o diagnóstico etiopatogênico, para desta forma realizar-se o
tratamento adequado.
HISTÓRIA DA ESCOLIOSE
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INSPEÇÃO
PALPAÇÃO
TERMINOLOGIA EM ESCOLIOSE:
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ESCOLIOSE CONGÊNITA = devido a anomalias na formação ou segmentação da coluna
vertebral .
ESCOLIOSE INFANTIL = escoliose estrutural que se desenvolve nos primeiros 3 anos de
vida.
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RADIOLOGIA
2. ESCOLIOSE ESTRUTURAL:
a. Diagnóstico Clínico
O teste mais efetivo para caracterizar uma curva
estrutural é mandar o paciente inclinar-se para
frente, mantendo os pés juntos (manobra de
ADAMS). Inclinando-se mais ou menos 90º os
quadris, verifica-se a simetria da região torácica e
lombar.
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Quando a curva é estrutural, aparecem saliências (gibosidades) correspondendo na
região torácica, as costelas e na região lombar a massa muscular projetada pelas apófises
transversas. Estas elevações estão presentes na convexidade das curvas e deve-se a
rotação vertebral, sempre associada a curva estrutural. Denominamos essa deformidade de
Gibosidade.
RADIOLOGIA
AVALIAÇÃO RADIOGRÁFICA
A avaliação radiográfica baseia-se na realização de radiografias panorâmicas da coluna
inteira em posição ortostática, nas incidências de frente e perfil, possibilitando a visualização
global e a medida das deformidades, nos planos frontal e sagital. Radiografias supinas da
coluna toracolombar nas incidências de frente e perfil devem ser realizadas para estudo de
detalhes da estrutura óssea, permitindo o diagnóstico de malformações ou outras doenças
associadas. A flexibilidade das curvas deve ser estudada através de radiografias da coluna
toracolombar com inclinações laterais máximas para o lado da sua convexidade. Não
podemos nos esquecer do estudo radiográfico da transição lombossacra em que são
freqüentes as malformações congênitas e as espondilolisteses.
Tanto o raio X do punho como o sinal de Risser são exames solicitados para avaliar a
idade óssea assim como classificar em que grau de maturação óssea encontra-se um
paciente com escoliose, Não servem como diagnóstico de escoliose. São solicitados
para orienta-nos sobre o tempo de tratamento, evolução e prognóstico de uma escoliose.
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o rx do punho e o sinal de Risser não são utilizados para o diagnóstico radiológico, mas sim para avaliar a
evolução e tratamento da escoliose.
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b. DIAGNÓSTICO RADIOLÓGICO
3. ROTAÇÃO VERTEBRAL:
Outro componente, sistematicamente, presente nas curvas estruturais é a rotação
dos corpos vertebrais. Pode ser verificada pelas apófises espinhosas ou pelos pedículos
dos corpos vertebrais. Mais fácil é observar os pedículos, que parecem dois olhos
simétricos. Em uma escoliose com rotação vertebral, o pedículo da convexidade tende a se
aproximar do meio do corpo vertebral a medida que o outro pedículo tende a se tornar mais
oblíquo e desaparecer.
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CLASSIFICAÇÃO
As escolioses podem ser classificadas como:
1. ESTRUTURADAS:
2.CONGENITAS:
2.1a 2.1b
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2.2a 2.2b
3. FUNCIONAIS:
ESCOLIOSE IDIOPÁTICA
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0 A 3 ANOS
1. INFANTIL:
3 A 10 ANOS
2. JUVENIL:
>10 ANOS
3. ADOLESCENTE:
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enquanto que as flexíveis podem não progredir, mantendo-se estáveis durante todo o
período de crescimento.
OBS: Curvas com valores angulares de até 25º ou 30º graus, uma vez terminado o
crescimento (em média aos 18 anos de idade), em geral não progridem mais. Curvas mais
graves, acima de 40º graus (lombar) ou 50 graus (torácica), progridem apesar de terminado
o crescimento.
O cálculo desta progressão terminado o crescimento, é de aproximadamente 1 grau
por ano, enquanto que, na fase de crescimento rápido é de 1 grau por mês.
TRATAMENTO
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2. ESCOLIOSES ESTRUTURAIS: ( GRAU II)
Porém se a curva está entre 20 e 50 graus, estará
indicado o COLETE DE MILWAUKEE e a FISIOTERAPIA para
manter o tônus muscular.
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esquerdo em antero-posterior, comparadas aos padrões do Atlas de Pyle e Greulich. A
idade menstrual, desenvolvimento dos seios e pêlos pubianos, sinal de Risser (ossificação
da crista ilíaca) e, avaliações das apófises anulares dos corpos vertebrais constituem dados
importantes. O desenvolvimento dos seios e pêlos pubianos ocorrem simultaneamente e
marcam o início da fase de crescimento rápido.
O colete deve ser usado durante 23hs do dia e durante toda a fase de crescimento.
Pode ser retirado apenas 1 hora por dia e se possível associá-lo com a fisioterapia postural.
2. C I F O S E
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Geralmente com o aparecimento da cifose ocorre também uma curva
compensatória - o aumento da lordose lombar.
CLASSIFICAÇÃO:
• POSTURAL DO ADOLESCENTE
• ADQUIRIDAS-> SENIL
3. L O R D O S E
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BIBLIOGRAFIA
1
BRUSQUINI, Sergio, Ortopedia Pediátrica - São Paulo: Atheneu, 1993
1
MANCINI, A. Manuel Illustré D’Orthopedie. Padova: Piccin Nuova Libraria, 1991.
1
SOFCOT, Orttho-Pediatrie 3. Paris: Expansion Scientifique Française, 1994.
1
TACHDJIAN, Mihran, Ortopedia Pediatrica - Mexico: Interamericana, 1995.
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