Gestao Escolar Participativa. Versao 2

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Amélia Daniel Chipondze

Alda das Dores António Tivane

Adalzira Gonçalves Manjate

Célia Bule

Gestão Escolar Participativa

Licenciatura em Ensino Básico

3º Ano Pós-Laboral

Universidade Pedagógica de Maputo

Novembro de 2021
Amélia Daniel Chipondze

Alda das Dores António Tivane

Adalzira Gonçalves Manjate

Célia Bule

Licenciatura em Ensino Básico

3º Ano Pós-Laboral

Trabalho de pesquisa a ser apresentado na Faculdade


de Ciências de Educação e Psicologia, na disciplina
Gestão de Recursos Humanos como forma parcial de
avaliação sob orientação do Professora: Rita Mbebe

Universidade Pedagógica de Maputo


Novembro de 2021

Índice
1. Introdução.................................................................................................................................4

2. Gestão Escolar Participativa.....................................................................................................5

2.1. Conceito de gestão e Gestão Escolar................................................................................5

2.2. Gestão participativa...........................................................................................................5

2.3. Gestão Participativa na escola...........................................................................................7

2.4. O papel Gestor Escolar na gestão participativa................................................................9

2.5. Importância da Interação ou Integração da Escola e Comunidade.................................11

Conclusão......................................................................................................................................13

Bibliografia....................................................................................................................................14
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1. Introdução

O presente trabalho é Intitulado Gestão Participativa Escolar. A qualidade educacional é uma


constante reflexão em todos os educandários devido a vários fatores influentes no processo.
Várias são as estratégias utilizadas, as quais auxiliam no bem estar dos educandos. A gestão
participativa descentraliza das mãos dos gestores decisões fundamentais no processo
educacional. Quando há clareza nas finalidades da escola, seu processo e suas relações de
trabalho dão continuidade às ações pedagógicas pertinentes ao sucesso educacional,
oportunizando reflexões diretas aos problemas dos educandários, buscando soluções coletivas e
democráticas plausíveis à sua realidade.
O tema em questão justifica sua abordagem, por refletir sobre uma administração escolar que
desenvolva práticas de uma gestão participativa, na qual sejam contemplados os anseios da
comunidade que a constitui. Incluem também, considerações sobre a gestão tradicionalista
trazendo pontos relevantes e questionáveis sobre esse formato de gerir, remanescentes de
períodos históricos políticos de restrição da liberdade individual de pensamento e expressão, e da
participação coletiva nas decisões.
O trabalho tem como objectivo geral compreender a estão participativa escolar, e tem como
objectivos específicos indicar o conceito de gestão participativa, identificar os pressupostos de
uma gestão participativa escolar, e identificar as características de um diretor para a
implementação de uma gestão participativa na escola.
Para a efetivação desse trabalho recorreu-se as a pesquisa bibliográfica que consistiu na
confrontação de diferentes literaturas que versam sobre o tema.
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2. Gestão Escolar Participativa

2.1. Conceito de gestão e Gestão Escolar

Originário do latim gestione, o conceito de gestão refere-se à ação e ao efeito de gerir ou de


administrar. Muitas concepções foram dadas para o tema no decorrer dos anos. Andrade (2001),
no Dicionário de sinônimos da língua portuguesa, alerta que, embora a palavra portuguesa
gestão, em seu sentido original, expresse a ação de dirigir, de administrar e de gerir a vida, os
destinos, as capacidades das pessoas, uma parcela da sociedade compreende gestão como
funções burocráticas, destituídas de uma visão humanística, e como uma ação voltada à
orientação do planejamento, da distribuição de bens e da produção desses bens.

Segundo Garay (2011), gestão é o processo de dirigir a organização e, a partir daí, tomar
decisões levando em consideração as demandas do ambiente e os recursos disponíveis. Garay
explica ainda que gestão está relacionada ao chamado processo administrativo, definido por
Fayol, em 1916, como o ato de planejar, organizar, dirigir e controlar os recursos da empresa,
para que os objetivos sejam alcançados

Bordignon e Gracindo (2000) compreendem que gerenciar uma escola é diferente de gerenciar
outras organizações sociais, devido à sua finalidade, estrutura pedagógica e às relações internas e
externa. Na perspectiva de Santos Filho o conceito de gestão escolar leva ao conceito de
compartilhamento de ideias, participação de todos no processo de organização e funcionamento
da escola.

2.2. Gestão participativa

Segundo Likert, gestão participativa é normalmente entendida como uma forma regular e
significante de envolvimento de funcionários duma organização no seu processo decisório, ideia
essa também sustentada por Xavier, Amaral e Marra (1994). (citado por Luck, Heloísa; 1998).
Segundo MARANALDO (1989), “Administração (gestão), Participativa é o conjunto harmónico
de sistemas, condições organizacionais e comportamentos gerências que provocam e incentivam
a participação de todos no processo de administrar os três recursos gerências, obtendo, através
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dessa participação, o total comprometimento com os resultados, medidos como eficiência,


eficácia e qualidade.
Este conceito aborda dois pilares que sustentam a gestão participativa: a "participação de todos"
e o "comprometimento total com os resultados".
 “Participação de todos” significa que, a princípio, nenhuma pessoa, em qualquer nível
hierárquico, deve ser excluída do processo participativo. No entanto, isto implica num
grande risco para a empresa; a gestão participativa pode transformar a empresa numa
"assembleia geral permanente", ou seja, resvalar a participação para o "assembleísmo" ou
"democratismo". Daí, a importância do segundo pilar que vai sustentar a gestão
participativa
 Comprometimento total com os resultados” garante que cada pessoa está consciente da
sua responsabilidade individual com os resultados a serem perseguidos pela equipe ou
pela empresa. Este comprometimento é umas das características mais importantes da
administração participativa, pois disciplina a actuação individual de cada pessoa,
evitando o risco de perder para o “assembleismo”.
A gestão participativa (ou compartilhada), como o próprio nome sugere,
compreende aquela em que todos os agentes envolvidos participam no processo
decisório, partilhando méritos e responsabilidades. Dentro do processo
democrático e descentralizador a gestão participativa escolar propicia igualdade
de condições na participação e distribuição equitativa de poder, responsabilidades
e benefícios. (PARO, 2007)

O conceito de gestão já pressupõe, em si, a idéia de participação, isto é, do trabalho associado e


cooperativo de pessoas na análise de situações, na tomada de decisão sobre seu encaminhamento
e na ação sobre elas, em conjunto, a partir de objetivos organizados entendidos e abraçados por
todos.
Percebe-se que que a gestão participativa pressupõem a participação de todos os membros na
tomada a de decisões, ou seja, para que a gestão seja participativa é preciso que envolva todos os
membros na tomada de decisões, e no caso de contexto escolar é preciso que todos da
comunidade escolar participem nas tomadas de decisões.
De acordo com Weffort (1995), a participação na gestão educacional se produz quando as
pessoas e os grupos têm espaços, não somente para expressar as suas ideias, mas também para
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influenciar nos rumos da instituição, em suas formas de funcionamento. De acordo com a


UNESCO citada por Hora (1994), a participação implica da criação de sistemas educativos mais
flexíveis e mais heterogêneos, onde se respeite a diversidade assim como os ambientes culturais
e naturais de cada indivíduo.
A Gestão Participativa corresponde a um conjunto de princípios e processos que defendem e
permitem o envolvimento regular e significativo dos trabalhadores na definição de metas e
objetivos, na resolução de problemas, no processo de tomada de decisão, no acesso à informação
e no controle da execução
O principal instrumento gestão participativa é o planejamento participativo, que pressupõe, uma
deliberada construção do futuro, do qual participam os diferentes segmentos de uma instituição,
cada um com sua ótica, seus valores e seus anseios, que, com o poder de decisão, estabelecerão
uma política para essa instituição, com a clareza de que são ao mesmo tempo autores e objeto
dessa política, que deve estar em permanente debate, reflexão, problematização, estudo,
aplicação, avaliação e reformulação, em função das próprias mudanças sociais e institucionais.

Desta forma, fundamentado pelos estudos de Hora (1997), é possível perceber que a gestão
participativa está diretamente ligada ao compartilhamento das informações, sendo necessária a
problematização coletiva das ações pedagógicas que devem nortear integralmente todo o
processo educacional de ensino.

2.3. Gestão Participativa na escola

Segundo Lück (2006, p. 11), a gestão escolar se constitui uma dimensão e um enfoque de
atuação que objetiva promover a organização, a mobilização e a articulação de todas as
condições materiais e humanas necessárias para garantir o avanço dos processos socio
educacionais dos estabelecimentos de ensino orientadas para a promoção efetiva da
aprendizagem pelos alunos, de modo a torná-los capazes de enfrentar adequadamente os desafios
da sociedade globalizada e da economia centrada no conhecimento.

No final da década de 70, os educadores e pesquisadores de todo mundo começaram a prestar


maior atenção ao impacto da gestão participativa na eficácia das escolas como organizações. Ao
observar que não é possível para o director solucionar sozinho todos os problemas e questões
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relativos à sua escola, adoptaram a abordagem participativa fundada no princípio de que, para a
organização ter sucesso, é necessário que os directores busquem o conhecimento específico e a
experiência dos seus companheiros de trabalho. Os directores participativos baseiam-se no
conceito de autoridade compartilhada, por meio da qual o poder é delegado a representantes da
comunidade escolar e as responsabilidades são assumidas em conjunto. (Luck,2006)
Segundo Luck; (2006) Ao se referir a escola e sistemas de ensino, o conceito de gestão
participativa envolve além dos professores e outros funcionários, os pais, os alunos e qualquer
outro representante da comunidade que esteja interessado na escola e na melhoria do processo
pedagógico.
Na prespectivca de Carlos Brito (1994) para se ter uma gestão participada é importante que os
órgãos de decisão da escola impliquem todos os professores alunos e funcionários nas tarefas da
escola de modo a obter-se um produto de maior qualidade. Entendendo-se a escola como um
sistema aberto, ela deverá estar em permanente ligação com o meio, com a sociedade para
manutenção de interesses de qualidade seja do ensino ou da administração.
Dentre as formas de participação no processo de gestão da escola, encontram-se as que Lück
(2006, p. 35) considera fundamentais seu conhecimento e análise:
 A participação passiva; quando se observa a participação de professores na realização de
atividades extracurriculares: como, em festas juninas, promoção de campanhas,
atividades de campo dentre outras, ou quando a tomada de decisões para a solução dos
problemas da escola são apontados pelo diretor , servindo as assembleias apenas para
referendar tal decisão
 A participação efetiva na escola é aquela em que os professores coletivamente
organizados discutem e analisam os problemas pedagógicos que vivenciam e que, a partir
dessa análise, definem caminhos para superar dificuldades que julgam carentes de
atenção e assumem compromisso com a transformação nas práticas escolares. Nesse
sentido, os problemas e situações desejados são apontados pelo próprio grupo e não
apenas pelo diretor da escola ou seu representante, gerando dessa forma um sentimento
de autoria e de responsabilidade coletivas pelas ações educacionais, condição
fundamental para sua efetividade.
Na prepectiva de Luck (2006), os objectivos específicos das práticas participativas escolares
são:
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 Garantir significado social às ações e práticas pedagógicas no contexto escolar elevar os


padrões de qualidade da organização escolar e dos resultados de seu trabalho
educacional.
 Envolver a família e a comunidade no processo político-pedagógico escolar;
 Promover o sentido de co-responsabilidade e compromisso coletivo dos participantes da
escola por suas ações;
 Estabelecer maior integração entre currículo escolar e aprendizagem dos alunos e a
realidade; criar ambiente formador de cidadania e aprendizagem de habilidades
participativas. (LÜCK, 2006, p. 52)
A gestão participativa se fundamenta por princípios interligados que se expressam na
democracia como uma vivência social comprometida com o coletivo; se expressa como
condição fundamental para que a organização escolar se traduza em um coletivo atuante,
cujos deveres emanam dele mesmo, a partir da sua maturidade social, e se configuram em
sua expressão e identidade, que se renova e se supera continuamente. (Idem)
Segundo Camargo (2006) A gestão participativa se solidifica mediante um planejamento coletivo
e reflexivo das situações de ensino e de aprendizagem que visam um interesse educacional
comum, as quais compartilham as informações, problematizando situações.

2.4. O papel Gestor Escolar na gestão participativa

O gestor escolar é o responsável pela organização do ambiente de trabalho, ele é o indivíduo que
desempenha o papel de líder e coordena os demais funcionários para que possam alcançar os
seus objetivos. O gestor deve ser capaz de motivar toda sua equipe, fazendo as mudanças
necessárias para o desenvolvimento de cada um.
Para Lück (2010) o processo de liderança no âmbito da gestão educacional é uma característica
inerente na qual a figura do gestor escolar mobiliza, orienta e coordena um determinado grupo de
pessoas para realizarem uma atuação de excelência no intuito do bem comum, dessa maneira,
essas ações devem estar direcionadas na melhoria da qualidade do ensino e aprendizagem dos
alunos atendidos pela instituição escolar. O gestor escolar tem um papel proativo no que se refere
à implantação de ações inovadoras até ao entusiasmo para criação de expectativas que
influenciem na atuação da equipe educacional e nos resultados almejados.
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A organização das ações da instituição escolar é responsabilidade do gestor. Ele deve estar atento
a todas as necessidades da instituição e também dos agentes envolvidos no processo.
O gestor deve planejar suas ações e fixar metas a serem alcançadas, sempre mantendo um
contato direto com toda sua equipe, isso é ponto fundamental para o alcance de seus objetivos.

Planejamento é a mais básica de todas as funções gerenciais, e a habilidade com


que esta função está sendo desempenhada determina o sucesso de todas as
operações. Planejamento pode ser definido como processo de reflexão que
precede a ação e é dirigido 39 para a tomada de decisão agora com vistas no
futuro. (CATELLI, 2002, p. 43).

Nesta oidem de ideia, o gestor escolar não deve ser é um chefe que apenas manda, ele deve ser
um líder que incentiva e acredita no potencial de sua equipe. Sempre propondo novos desafios e
encorajando a todos a participarem.

Liderar é encorajar os outros a trabalhar com entusiasmo, um líder participativo sempre encoraja
a sua equipe a expressar suas idéias. Por meio de uma liderança participativa o gestor consegue
envolver todos, com isso permite que se sintam motivados na busca dos objetivos em comum.
O gestor escolar deve ser conhecedor da legislação educacional, administrar os recursos
financeiros, presta conta as todos, liderar, coordenar e distribuir as atividades entre todos os
membros da equipe. Além de ser um líder o gestor é a pessoas de maior influência no ambiente
escolar, pois é o responsável legal pela instituição, tem o papel de garantir o bom funcionamento
administrativo e pedagógico da escola.

É do diretor da escola a responsabilidade máxima quanto a consecução eficaz da política


educacional do sistema e desenvolvimento pleno dos objetivos educacionais,
organizando, dinamizando e coordenando todos os esforços nesse sentido e controlando
todos os recursos para tal. Devida sua posição central na escola, o desempenho de seu
papel exerce forte influência (tanto positiva, como negativa) sobre todos os setores
pessoais da escola. (LUCK, 2006, p. 32).

O gestor escolar tem papel fundamental na mediação de todos os acontecimentos realizados ou


debatidos no âmbito da escola, sua figura deve transmitir aos integrantes da comunidade escolar
confiança, segurança e expectativas positivas. Pois, será por meio desse tripé que ele configura
sua atuação profissional, almejando sempre o contexto comunicativo no processo de tomada de
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decisão, fazendo com que esses momentos sejam de caráter participativo e democrático, a
construção histórica de uma escola autônoma não é algo fácil e aplicável de um dia para outro,
porém, deve ser trilhado de maneira coletiva onde todos que formam a comunidade escolar
possam se sentir importantes e ativos nesse processo dinâmico e contínuo.

O modelo como o diretor lidera sua escola determina o tipo de gestão praticada. A gestão pode
ser dividida em:
 Autoritária: O líder é o centro de tudo, o poder está concentrado todo em si mesmo. Não
oferece oportunidade para ouros indivíduos exporem suas opiniões, tudo gira em torno de
si.
 Democrática: O líder é um facilitador de tarefas, auxilia na resolução de problemas e
define estratégias para resolver os problemas. Dá sugestões e também recebe, coordena as
atividades.
 Liberal: O líder pouco se manifesta, só quando necessário. A liderança dá completo poder
de decisão ao grupo, nesse tipo de liderança o grupo é o foco de tudo.
Segundo Luck (2006), os diretores participativos baseiam-se no conceito de autoridade
compartilhada, cujo poder é delegado aos representantes da comunidade escolar e as
responsabilidades são assumidas por todos.

Na gestão escolar democrática o diretor é o principal responsável pela escola, mas, divide as
responsabilidades com os demais membros da equipe escolar.
Entre as principais características dos gestores pode-se destacar a capacidade de exercer uma
liderança democrática e distribuir tarefas para sua equipe. O gestor deve conhecer a comunidades
em que a escola está inserida para que possa desenvolver ações que atendam as necessidades de
todos.

2.5. Importância da Interação ou Integração da Escola e Comunidade


A relação escola-comunidade, hoje em dia, é um aspecto essencial para o bom funcionamento do
processo educativo em qualquer instituição escolar. É o espaço ou ambiente que se dá entre a
escola e a comunidade, gerido de forma organizacional pela instituição escolar para expressar e
trocar ideias, planos e/ou projetos relativos à matéria educativa e ao desenvolvimento integral
dos membros da comunidade.
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Em todas as escolas e centros escolares se fomentará a participação da comunidade educativa na


gestão da escola e na solução dos problemas, tanto da escola como da comunidade à qual serve”
(WEFFORT 1995)

O envolvimento da comunidade em aspectos da gestão escolar demonstra que os mecanismos de


participação propiciam a busca por aplicação da democratização, visto que esta tem como foco
incentivar a atuação coletiva,
Lück (2006), a participação das famílias é muitas vezes esperada para tratar de questões da vida
escolar, ou seja, aspectos físicos e materiais e, além disso, tão somente para acompanhar os
filhos com problemas comportamentais ou de aprendizagem.

Há estudos que comprovam que a participação dos pais na escola é essencial. Por isso, a
presença da família na vida escolar tem sido apontada, por meio de várias pesquisas, como um
dos indicadores na determinação da qualidade do ensino, já que pais atuantes e participantes
possuem filhos que aprendem mais.

Portanto, há várias formas de interação escola e família, como pode-se inferir através da seguinte
citação:

O apoio da comunidade é efetivo quando ocorre num ambiente de interação entre a


comunidade e o pessoal da escola, de tal maneira que atuem em conjunto e em
associação como elementos de apoio da aprendizagem e da própria gestão da escola e
não apenas como apoiadores para a melhoria das condições materiais e financeiras da
escola. O apoio da comunidade para as questões nutricionais e de saúde dos alunos tem
demonstrado ser extremamente importante, na promoção de aprendizagem dos alunos,
assim como reforço no desenvolvimento de valores positivos nos alunos (LÜCK, 2006)

Não basta à escola permitir que a família participe, sem promover a própria participação de seus
funcionários, sejam estes professores, gestores, diretores, enfim, todos os que compartilham o
dia-a-dia escolar, que de forma direta e indireta contribuem para o trabalho educativo. Ato de
participar vindo de pais, alunos, funcionários e professores proporciona à escola uma qualidade
em seu trabalho educativo, uma vez que, através desta participação, a escola conseguirá atingir
seus objetivos
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Conclusão

Findo o trabalho pode-se concluir que, a proposta de uma gestão participativa tende a trazer
benefícios para o processo significativo do ensino, mediante um planejamento assíduo e crítico
de suas ações. A gestão participativa caracteriza-se por uma força de atuação consciente, pela
qual os membros da escola reconhecem e assumem seu poder de influenciar na determinação da
dinâmica dessa unidade escola, de sua cultura e de seus resultados.

Uma gestão escolar participativa e compartilhada compreende a participação de toda a


comunidade escolar, num exercício pleno de diálogo e reflexão, promovendo a descentralização
de decisões e conferindo maior autonomia às pessoas para escolher, planejar, elaborar projetos e
agir com responsabilidade compartilhada com o gestor.
O gestor escolar é o agente principal na condução de uma gestão participativa e compartilhada e
no direcionamento de ações para a resolução de problemas, exercendo um importante papel
diante da sociedade, pois a escola é o lócus privilegiado para a aprendizagem das questões de
participação social
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Bibliografia

ANDRADE, Belisário H. C. L. Dicionário de sinônimos da língua portuguesa. Elfez, 2001


BORDIGNON, Genuíno; GRACINDO, Regina Vinhaes. Gestão da educação: o município e a
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CAMARGO, I. Gestão e políticas da educação. Santa Cruz do Sul: EDUNISC, 2006

FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo dicionário da língua portuguesa.Rio de


GAR AY, Angela. Gestão. In: CATTANI, Antonio David; HOZLMANN, Lorena (Org.).
Dicionário de trabalho e tecnologia. 2. ed. Porto Alegre: Zouk, 2011
HORA, D. L. da. Gestão democrática na escola: artes e ofícios da participação coletiva. 2. ed.
Campinas: Papirus, 1997

LÜCK, Heloísa. A gestão participativa na escola /Heloísa Lück. Petrópolis, RJ: Vozes.2006.
MARANALDO, D. Estratégia para a competitividade. São Paulo: Produtivismo, 1989

PARO, Vitor Henrique. Gestão Democrática da escola pública. São Paulo: Ática, 2000.

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WEFFORT, F. Escola, participação e representação formal. Petrópolis: Vozes, 1995.

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