CHARAUDEAU
CHARAUDEAU
CHARAUDEAU
Resumo: Este texto apresenta uma proposta de análise da organização argumentativa de uma reportagem
televisiva e de algumas falas de especialistas sobre a temática ambiental, mais especificamente sobre
aquecimento global e mudanças climáticas. Para isso foi selecionada uma reportagem do telejornal Jornal
Nacional, da Rede Globo, na edição do dia 19 de junho de 2012. Nela foram observados os modos de raciocínio
utilizados pelos cientistas em seus argumentos de refutação da tese de implicação humana como causa das
alterações no clima, como também os tipos de saberes empregados no processo de racionalização
argumentativa. Para as observações e análises dos processos de organização argumentativa da reportagem
foram utilizadas a fundamentação conceitual e a metodologia propostas por Patrick Charaudeau, a partir de
sua concepção de argumentação enquanto uma problemática de influência; bem como o arcabouço teórico e
metodológico de sua perspectiva teórica Semiolinguística. Ideias sobre imaginários sociodiscursivos, discurso
de informação e características do gênero reportagem televisiva vem incorporar o conjunto conceitual em que
se baseia a análise. Pode-se perceber neste trabalho, além da estruturação argumentativa da própria
reportagem, que os argumentos utilizados pelos especialistas sobre o aquecimento global, e percebidos por
meio de trechos de suas falas, se organizam predominantemente em torno de saberes de conhecimento, como se
esperaria de um discurso científico, mesmo que obedecendo a um princípio de simplificação, exigido pelo
dispositivo televisivo. Quanto aos modos de raciocínios empregados, quase sempre ocorrem articulações entre
deduções, cálculos, oposições e analogias, com ênfase no uso dos dois primeiros.
Abstract: This paper presents a proposal for a review of the organization of an argumentative television
report and some speeches of experts on environmental issues, specifically on global warming and climate
change. For this we selected a report in the Jornal Nacional newscast, Rede Globo, the issue of the day June 19,
2012. It was observed modes of reasoning used by scientists in their rebuttal arguments of the thesis as a cause
of human implications of climate change, as well as the types of knowledge used in the process of streamlining
argumentative. For the observations and analyzes of organizational processes of argumentative report were
used the conceptual basis and methodology proposed by Patrick Charaudeau, from his conception of
argumentation as a problematic influence, as well as the theoretical and methodological framework of a
theoretical perspective Sémiolinguistique. Ideas about imaginaire socio-discursif, information discourse and
gender characteristics television report comes incorporate conceptual framework that underlies the corpus
analysis. Can be seen in this work, besides structuring argumentative's own report, the arguments used by
experts on global warming, and perceived through excerpts from their speeches, are organized predominantly
around knowledge of knowledge, as one would expect from scientific discourse, even if obeying a principle of
simplification required by the device television. As the modes of reasoning employed, almost always occurs
articulation between deductions, calculations, opposites and analogies, focusing on the use of the first two.
1
Doutorando em Estudos Linguísticos pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Mestre em Estudos
Linguísticos pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Belo Horizonte, Brasil, e-mail:
[email protected]
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1 Introdução
Este texto apresenta uma discussão modesta sobre algumas ideias relacionadas ao
conceito de argumentação. A proposta é realizar uma análise da organização argumentativa
de uma reportagem televisiva e de algumas falas de especialistas sobre a temática ambiental,
mais especificamente sobre aquecimento global e mudanças climáticas. Para isso foi
selecionada uma reportagem do telejornal Jornal Nacional, da Rede Globo, na edição do dia
19 de junho de 2012, em que se procurou observar quais os modos de raciocínios são
utilizados pelos cientistas para organizar argumentativamente seus discursos e defender suas
teses sobre as alterações no clima.
Em um primeiro momento, o texto apresenta um panorama sobre algumas
características das três dimensões da argumentação, sendo elas a argumentação como
atividade de pensamento, a argumentação enquanto atividade de língua e a argumentação
como discurso. Serão feitas também algumas considerações sobre os tipos de saberes
(conhecimento e crença), sobre discurso de informação, discurso científico na mídia e sobre o
gênero reportagem televisiva.
Para as observações e análises dos processos de organização argumentativa da
reportagem foram utilizadas a fundamentação conceitual e a metodologia2 propostas por
Patrick Charaudeau, a partir de sua concepção de argumentação enquanto uma problemática
de influência.
2
Os instrumentos adotados para as análises são os modos de raciocínio (dedução, analogia, oposição e cálculo)
e os tipos de saberes (de conhecimento e de crença).
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Ascombre notam que a função dos enunciados, seria a de conduzir ou orientar os destinatários
para certas conclusões. Para eles, esta orientação estaria relacionada com uma estrutura
linguística e um sentido, ambos implícitos.
Uma reação à concepção matemática do pensamento lógico será retomada pelos
defensores da chamada Nova Retórica. Entre eles está o trabalho denso e abrangente de
Chaïm Perelman com a proposição de uma nova teoria da argumentação, um novo modo de
compreender a organização dos procedimentos argumentativos. Em seu texto intitulado
Tratado da Argumentação: a nova retórica, Perelman retoma e reformula algumas ideias de
Aristóteles sobre as técnicas de argumentação retórica e dialética. Entretanto o autor dará
preferência à aproximação com a retórica, uma vez que a noção de dialética com o tempo teria
adquirido um sentido pejorativo, distante do original.
Em sua Nova Retórica, o que está em questão é o modelo da racionalidade que
tradicionalmente acabou por reduzir o pensamento lógico à chamada Lógica Formal e seus
métodos de demonstração. Com uma concepção mais ampla sobre a razão, Perelman percebe
que a atividade racional não se reduz ao rigor lógico da demonstração. Ele irá então
estabelecer uma separação entre pensamento demonstrativo e pensamento argumentativo,
procurando mostrar, por meio de uma classificação das operações e dos processos de
argumentação retórica, que esta não pode ser excluída do campo da racionalidade.
Para Perelman, a atividade racional tem uma dimensão prática que permite
fundamentar com certa razoabilidade as preferências dos indivíduos. Para mostrar a coerência
de suas escolhas e com isso ganhar a adesão do auditório o orador precisa argumentar pela via
do razoável. Essa nova lógica a que Perelman chama de Nova Retórica encontra-se então
inserida numa lógica do preferível, portanto dirigida a auditórios particulares em situações
específicas.
Em Perelman (2005), um aspecto fundamental que distingue sua Teoria da
Argumentação da Lógica Formal é a questão da adesão do auditório. Dirá ele: “é em função
de um auditório que qualquer argumentação se desenvolve”. Para isso faz-se necessária a
utilização de uma linguagem comum, pois “toda argumentação visa à adesão dos espíritos, e
por isso mesmo, pressupõe a existência de um contato intelectual” (PERELMAN, 2005, p.
16). A argumentação torna-se eficiente nessa perspectiva, uma vez que a adesão do auditório
às ideias e proposições do orador se efetivará por meio do que o autor chama de Acordos, isto
é, aquilo que é suposto já admitido pelo auditório, seja ele universal ou particular
(especializado). Perelman classifica os tipos de objetos em duas grandes categorias: objetos
do real (fatos, verdades, presunções), com pretensão à validade universal, e objetos do
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lado gera um tipo de saber fundado na experiência, naquilo que pode ser percebido e
experimentado pelo sujeito e compartilhado socialmente, um saber de natureza empírica que o
mundo imprime ao homem.
O saber de crença por sua vez é um tipo de saber cuja verdade encontra-se no próprio
sujeito, em sua singularidade, portanto não é verificável como no conhecimento teórico. É um
saber orientado do homem para o mundo e que produz tipos de saberes ligados a uma
revelação e consequente adesão a determinadas ideologias, doutrinas e dogmas; bem como
tipos de saberes reveladores de opinião, de uma apropriação de determinadas ideias e valores
que colocados em um campo de discussão levam à formação da opinião
(comum/relativa/coletiva).
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Não será considerado aqui o processo de interpretação, apresentado por Charaudeau em Discurso das Mídias,
de 2006.
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informação. Encontra-se, portanto, em uma situação de tensão entre os dois pólos que o
legitimam: a credibilidade (informação) e a sedução (captação). É necessário então que se
efetue um ajuste contínuo entre o ‘registro sério’ caracterizado pela finalidade de informação
e o ‘princípio do prazer’ ligado à finalidade de captação, para que se alcance o objetivo
central da comunicação, que é captar o maior público possível sem comprometer a
credibilidade da informação noticiada.
Quanto à relação estabelecida entre o discurso científico e o discurso de informação
faz-se necessário observar que, no caso deste trabalho, o objeto de análise diz respeito a um
debate científico em torno da temática ambiental tratado na televisão, mais especificamente
por reportagem de telejornal. Os especialistas ouvidos fazem parte da comunidade científica e
tem necessariamente que promover uma simplificação do discurso para se fazer entender por
um grande público4. Além disso, o próprio processo de coleta e tratamento das informações
por parte da equipe de reportagem atua na simplificação e organização dos assuntos de modo
a serem compreendidos pelo maior número de telespectadores possível. Toda a complexidade
dos cálculos realizados pelos cientistas e necessários para a comprovação das hipóteses e
teorias propostas devem ser traduzidos, simplificados e até eliminados da notícia, pois a
linguagem televisual não permite a utilização de dados complexos e em quantidade excessiva,
na organização das informações. O discurso deve ser claro e compreensível para alcançar um
público amplo e diversificado, que é o público de um telejornal de abrangência nacional, em
televisão aberta e em horário nobre.
4
O conceito de vulgarização (Charaudeau, 1997: 62-63) está relacionado com o fato de os meios de
comunicação de massa terem como objetivo atingir o maior número possível de pessoas, isto é, índices elevados
de audiência; ora, para conseguir alcançar esse público abrangente, a mídia utilizaria estratégias e recursos de
captação que poderiam levar a uma ‘vulgarização deformante’ da informação.
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A pregnância é classificada por Charaudeau como a capacidade de determinados fenômenos penetrarem na
afecção humana de tal modo a impregnar de sentimentos e valores sociais e humanos e levar a um
aprofundamento do tratamento de determinados temas e informações. Atualidade, saliência e pregnância são os
principais critérios de noticiabilidade que norteiam os profissionais da informação, na compreensão do autor.
6
O que não deixa de ser natural que ocorra, uma vez que as mídias dentro de sua ‘missão cívica’ de promoção
dos valores democráticos (democracia de massa) só poderiam promover o bem social, entre eles os bens naturais:
a preservação da natureza e do meio-ambiente.
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Nessa mesma edição de 19 de junho do Jornal Nacional foram exibidas outras três
reportagens sobre a Rio+20:
Outro aspecto a ser considerado é que nesses tipos de eventos (Rio+20, Cúpula dos
Povos, C-40) converge uma pluralidade muito vasta de nações, culturas, valores e crenças.
Apesar da multiplicidade de visões e propostas, os discursos parecem convergir em um
imaginário universal, um projeto de sociedade ideal, de um ideal comum para todos os povos,
que poderia ser representado na imagem de um mundo sustentável, com recursos suficientes e
disponíveis, em uma convivência harmoniosa entre os sistemas produtivos e da natureza.
Chamada:
Em meio às discussões sobre o perigo do aquecimento global e a responsabilidade do
homem nas mudanças climáticas, um grupo de cientistas respeitados defende uma
posição diferente da maioria.
PROBLEMATIZAÇÃO
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Procedimento utilizado no telejornalismo que consiste em segmentos de textos com informações, cuja leitura é
realizada pelo repórter e cobertos por imagens na edição. O off é um dos procedimentos que constituem a
reportagem.
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OFF:
Que a temperatura do nosso planeta está aumentando, todos concordam, mas quais
seriam as consequências do aquecimento global? E quem é o grande vilão?
POSICIONAMENTO:
(O HOMEM NÃO É O PRINCIPAL RESPONSÁVEL PELO AQUECIMENTO GLOBAL)
PASSAGEM:8
O relatório da ONU, divulgado em 2007, que se tornou referência da comunidade
científica diz que o homem é o principal responsável pelo aquecimento global. Mas
um grupo de pesquisadores respeitados discorda dessa conclusão e afirma que não há
motivo para alarme.
OFF:
O professor de meteorologia do MIT, o Instituto de Tecnologia de Massachusetts,
disse em uma entrevista pela internet que as mudanças climáticas acontecem em
ciclos e fazem parte da história da Terra:
SONORA:9
"O homem tem pouca influência sobre isso (disse Richard Lindzen) e não há muito o
que fazer para mudar o que está acontecendo”.
PROVAS
Nas falas dos cientistas são apresentadas de modo simplificado e até elíptico as provas
e argumentos que buscam comprovar suas ideias e refutar as teorias catastrofistas e alarmistas
vigentes. Provas estas muitas vezes implícitas, pois na televisão e no discurso de informação
8
Procedimento utilizado pelo repórter na realização da reportagem, que consiste na transmissão direta das
informações pelo repórter, diante da câmera.
9
Procedimento utilizado na reportagem em que são inseridas entrevistas e falas dos personagens e especialistas
ouvidos pela reportagem.
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não há como apresentar e detalhar os cálculos realizados nas pesquisas10. Estas provas
procuram confirmar as proposições de que o aquecimento poderia levar no futuro, até mesmo,
a um aumento na produção de alimentos.
OFF:
O físico da universidade de Princeton, William Happer, concorda e afirma que o
aumento da emissão de gás carbônico na atmosfera pode até aumentar a
produtividade da agricultura.
SONORA:
“A ideia de que haverá uma catástrofe não faz sentido. Acho que no futuro nossos
netos vão até agradecer por esse aumento”.
OFF:
As previsões pessimistas marcaram a carreira do cientista James Lovelock.
Considerado o guru do movimento ambientalista, ele chegou a afirmar que seria
muito tarde para salvar a Terra. Agora, Lovelock admite: [a mudança climática não é
tão rápida nem catastrófica como imaginava].
OFF:
O professor do departamento de Geografia da USP, José Bueno Conti, está entre os
18 cientistas brasileiros que em maio assinaram uma carta aberta à presidente Dilma
Rousseff. No documento, criticavam o alarmismo do movimento ambientalista. Para
Conti, o homem interfere sim no clima, mas somente em escala local, principalmente
nas zonas urbanas.
SONORA:
“As mudanças do clima na escala global, elas são determinadas por fatores de muito
maior escala, por exemplo, os fatores astrofísicos, geológicos e especialmente a
radiação solar, essa é que é a principal causa das alterações climáticas do planeta na
escala maior”.
7 Análises
Para esta aplicação serão considerados três segmentos da reportagem descrita acima
que representam as falas dos especialistas entrevistados. Estas sonoras11 sintetizam
argumentos que se colocam contra as proposições dos cientistas e ambientalistas defensores
da tese segundo a qual as ações do homem e a industrialização promovem o aquecimento
global e mudanças climáticas no planeta.
10
Há trechos de imagens na cobertura do off relativo ao professor Willian Happer em que se percebe um plano
médio que mostra folhas com gráficos, possivelmente de um artigo científico, nas mãos do entrevistado.
11
As falas dos especialistas na reportagem são traduzidas na voz da própria repórter.
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“O homem tem pouca influência sobre isso (disse Richard Lindzen) e não há muito o que
fazer para mudar o que está acontecendo”.
Oposição – O argumento ‘o homem tem pouca influência sobre isso’, parece opor à ideia de
que o homem tem muita responsabilidade, ou seja, seria o grande responsável pelas
alterações no clima (posição ambientalista). Outro possível raciocínio por oposição utilizado
estaria em ‘não há muito o que fazer’, em vez de ‘vamos salvar o planeta’ (posição
ambientalista).
Cálculo – Os argumentos utilizados pelos cientistas são (ou deveriam ser) necessariamente
baseados em cálculos e pesquisas científicas que apresentam certa coerência dentro do campo
de conhecimento em debate, para que possa ter a credibilidade dos dados reconhecida.
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“A ideia de que haverá uma catástrofe não faz sentido. Acho que no futuro nossos netos vão
até agradecer por esse aumento”.
“As mudanças do clima na escala global, elas são determinadas por fatores de muito maior
escala, por exemplo, os fatores astrofísicos, geológicos e especialmente a radiação solar,
essa é que é a principal causa das alterações climáticas do planeta na escala maior”.
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Dedução - O processo responsável pelas mudanças no clima é mais amplo e mais potente que
as forças impostas pelo homem. As forças da natureza são infinitamente maiores que as forças
humanas. Para se produzir tais mudanças são necessárias atividades naturais de dimensões
supra-humanas, que estão além da capacidade do homem de produzir e interferir de modo
efetivo e global.
Analogia - Comparação entre fatores causadores das mudanças climáticas: ‘por exemplo, os
fatores astrofísicos, geológicos e especialmente a radiação solar’. As mudanças estariam,
portanto, associadas aos fatores de grandes dimensões (‘escala global’), que ocorreriam de
tempos em tempos.
Oposição – O raciocínio parece jogar com certas oposições: local-global, fatores globais em
vez de influência local.
Cálculo – Os argumentos utilizados pelos cientistas são (ou deveriam ser) necessariamente
baseados em cálculos e pesquisas científicas que apresentam certa coerência dentro do campo
de conhecimento em debate, para que possa ter a credibilidade dos dados reconhecida.
8 Conclusão
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12
dar ao argumento, ao menos em aparência, todas as garantias do rigor matemático” . Desse
modo, os cientistas buscam demonstrar suas proposições ao mesmo tempo em que refutam as
teorias vigentes.
Referencias
12
Tradução nossa.
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