jl089-17 - Esfcex - Curso de Forma o de Oficiais 256 Pgs Capa
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EsFCEX
Curso de Formação de Oficiais
De acordo com o Edital de Abertura
JL089-2017
DADOS DA OBRA
• Geografia do Brasil
• História do Brasil
• Língua Portuguesa
• Língua Inglesa
• Língua Espanhola
Gestão de Conteúdos
Emanuela Amaral de Souza
Produção Editorial/Revisão
Elaine Cristina
Igor de Oliveira
Camila Lopes
Suelen Domenica Pereira
Capa
Natália Maio
Editoração Eletrônica
Marlene Moreno
Gerente de Projetos
Bruno Fernandes
APRESENTAÇÃO
CURSO ONLINE
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SUMÁRIO
Geografia do Brasil
História do Brasil
Língua Portuguesa
1. Ortografia..........................................................................................................................................................................................................................01
2. Acentuação........................................................................................................................................................................................................................05
3. Classe, estrutura e formação das palavras (morfossemântica)..................................................................................................................08
4. A oração e seus termos (morfossintaxe)..............................................................................................................................................................30
5. Concordância verbal e nominal................................................................................................................................................................................39
6. Regência verbal, regência nominal e emprego de crase..............................................................................................................................44
7. Texto, vocabulário e a construção de sentidos..................................................................................................................................................55
8. Coerência e coesão........................................................................................................................................................................................................59
9. Emprego dos tempos, modos verbais e vozes verbais..................................................................................................................................62
10. Pontuação.......................................................................................................................................................................................................................77
11. Fenômenos semânticos (metáfora, metonímia, sinonímia, antonímia, eufemismo, hiponímia, hiperonímia, ambiguida-
de, vaguidade, polissemia, homonímia, paráfrase)..............................................................................................................................................80
12. Argumentação e pragmática (atos de fala, implicitação, dêixis, máximas conversacionais)......................................................90
Língua Inglesa
Língua Espanhola
1. Lectura e interpretación textual...............................................................................................................................................................................01
2. Acentuación de la palabras/Tonicidad..................................................................................................................................................................01
3. Artículos determinados (contracciones AL y DEL) e indeterminados; demostrativos; posesivos; indefinidos; el uso del
NEUTRO LO............................................................................................................................................................................................................................01
4. Numerales: cardinales y ordinales...........................................................................................................................................................................01
5. Sustantivos: género ; número...................................................................................................................................................................................01
6. Adjetivos: género y número.......................................................................................................................................................................................01
7. Pronombres personales: tónicos y átonos..........................................................................................................................................................01
8. Preposiciones...................................................................................................................................................................................................................01
9. Conjunciones....................................................................................................................................................................................................................01
10. Adverbios.........................................................................................................................................................................................................................01
11. Verbos regulares e irregulares: tiempos simples y compuestos.............................................................................................................01
12. Sinonímia y antonímia...............................................................................................................................................................................................01
13. Semántica: divergencias léxicas entre el portugués y el español.- heterotónicos/heterogenéricos.......................................01
14. Los falsos cognatos.....................................................................................................................................................................................................01
15. Comprensión e interpretación de textos...........................................................................................................................................................01
16. Lectura e interpretación de imágenes................................................................................................................................................................01
GEOGRAFIA DO BRASIL
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GEOGRAFIA DO BRASIL
efetuação de qualquer base de estruturação produtiva ain- plo). Outros países apresentam crescimento de sua indus-
da dependem do resguardo estatal. Enfim, o país abraçou o trialização, como o Brasil, México e Argentina, sobretudo
neoliberalismo econômico como política de Estado. pelo aumento do consumo interno. Isso tudo está asso-
Fonte: http://brasilescola.uol.com.br/geografia/resu- ciado à atual fase da Globalização, na qual as empresas
mo-historico-economico-brasil-internacionalizacao-eco- procuram vantagens competitivas. Daí as grandes empre-
nomia.htm sas transnacionais possuírem filiais espalhadas por grande
parte do planeta.
Na sequência do material serão apresentadas diversas
considerações sobre a industrialização no Brasil.
B) O PROCESSO DE INDUSTRIALIZAÇÃO
BRASILEIRA, OS FATORES DE LOCALIZAÇÃO O Brasil é considerado um país emergente ou em de-
senvolvimento. Apesar disso, está quase um século atrasa-
E AS SUAS REPERCUSSÕES: ECONÔMICAS,
do industrialmente e tecnologicamente em relação às na-
AMBIENTAIS E URBANAS. ções que ingressaram no processo de industrialização no
momento em que a Primeira Revolução Industrial entrou
em vigor, como Inglaterra, Alemanha, França, Estados Uni-
dos, Japão e outros.
A Industrialização é um processo de modernização As indústrias no Brasil se desenvolveram a partir de
pelo qual passam os meios de produção de uma determi- mudanças estruturais de caráter econômico, social e polí-
nada sociedade. É pautada pela ampliação de tecnologias e tico, que ocorreram principalmente nos últimos trinta anos
pelo desenvolvimento da economia de modo geral. do século XIX.
O processo de evolução da indústria, como ela é co- O conjunto de mudanças aconteceu especialmente
nhecida atualmente, demandou um longo período. O pri- nas relações de trabalho, com a expansão do emprego
mórdios de uma industrialização efetiva ocorreram na In- remunerado que resultou em aumento do consumo de
glaterra. Isso porque a indústria altera não só os modos mercadorias, a abolição do trabalho escravo e o ingresso
de se produzir, mas são impactantes também nas relações de estrangeiros no Brasil como italianos, alemães, japone-
sociais. ses, dentre muitas outras nacionalidades, que vieram para
No século XVIII ocorre a chamada Primeira Revolução compor a mão de obra, além de contribuir no povoamen-
Industrial, quando a Inglaterra baseia seu desenvolvimento to do país, como ocorreu na região Sul. Um dos maiores
econômico nas indústrias, promovendo o cercamento dos acontecimentos no campo político foi a proclamação da
campos (enclosures) e empurrando os trabalhadores para República. Diante desses acontecimentos históricos, o pro-
as áreas que se urbanizavam através da produção indus- cesso industrial brasileiro passou por quatro etapas.
trial. Ao mesmo tempo, esse processo libera mão-de-obra • Primeira etapa: essa ocorreu entre 1500 e 1808,
em abundância, amplia o mercado consumidor e dispo- quando o país ainda era colônia. Dessa forma, a metrópole
nibiliza terras à produção capitalista. A Industrialização não aceitava a implantação de indústrias (salvo em casos
promove mudanças que vão muito além da utilização de especiais, como os engenhos) e a produção tinha regime
máquinas, pois representa novas formas de organização artesanal.
social, sobretudo com a forte divisão entre detentores dos • Segunda etapa: corresponde a uma fase que se de-
meios de produção e o proletariado, ou seja, aquele que senvolveu entre 1808 a 1930, que ficou marcada pela che-
vende sua força de trabalho. gada da família real portuguesa em 1808. Nesse período
Na Primeira Revolução Industrial, destaca-se, ainda, o foi concedida a permissão para a implantação de indús-
uso do ferro como matéria prima e do carvão mineral como tria no país a partir de vários requisitos, dentre muitos, a
principal fonte energética. criação, em 1828, de um tributo com taxas de 15% para
A Segunda Revolução Industrial aumentou significati- mercadorias importadas e, em 1844, a taxa tributária foi
vamente a quantidade de países participantes da evolução para 60%, denominada de tarifa Alves Branco. Outro fator
industrial. É uma fase marcada pelo uso do aço, do petró- determinante nesse sentido foi o declínio do café, momen-
leo e da energia elétrica. Países como EUA, Alemanha, Itália, to em que muitos fazendeiros deixaram as atividades do
Japão e mesmo a Inglaterra passaram a produzir em larga campo e, com seus recursos, entraram no setor industrial,
escala, ampliando sua participação no comércio mundial. que prometia grandes perspectivas de prosperidade. As
Já a Terceira Revolução Industrial é marcada pelo avan- primeiras empresas limitavam-se à produção de alimentos,
ço da eletrônica, da informática, da robotização etc. O Ja- de tecidos, além de velas e sabão. Em suma, tratava-se de
pão foi um dos precursores, mas outras economias tam- produtos sem grandes tecnologias empregadas.
bém vivem esse estágio. • Terceira etapa: período que ocorreu entre 1930 e
Vale destacar que, no mundo atual, a industrialização 1955, momento em que a indústria recebeu muitos investi-
se distribui por inúmeras áreas do planeta, expandindo a mentos dos ex-cafeicultores e também em logística. Assim,
produção para além dos centros industriais tradicionais. houve a construção de vias de circulação de mercadorias,
Áreas como os Tigres Asiáticos, por exemplo, se consoli- matérias-primas e pessoas, proveniente das evoluções
dam como grandes espaços de produção, por oferecerem nos meios de transporte que facilitaram a distribuição de
vantagens competitivas às empresas que ali se instalam produtos para várias regiões do país (muitas ferrovias que
(mão de obra barata, qualificada e disciplinada, por exem- anteriormente transportavam café, nessa etapa passaram
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GEOGRAFIA DO BRASIL
a servir os interesses industriais). Foi instalada no país a técnicas industriais e energéticas, e expansão dos meios de
Companhia Siderúrgica Nacional, construída entre os anos comunicação.
de 1942 e 1947, empresa de extrema importância no siste- Fase Antecedente à 2ª Guerra Mundial (1939–1945)
ma produtivo industrial, uma vez que abastecia as indús- A locomotiva a vapor
trias com matéria-prima, principalmente metais. No ano Um dos desenvolvimentos muito significativo para o
de 1953, foi instituída uma das mais promissoras empresas transporte terrestre, foi o surgimento da locomotiva a va-
estatais: a PETROBRAS. por de George Stephenson, no início do século XIX — que
• Quarta etapa: teve início em 1955, e segue até os ampliou a rede de estradas de ferro. Em 1825 uma de suas
dias de hoje. Essa fase foi promovida inicialmente pelo pre- locomotivas tornou-se o primeiro trem de passageiros —
sidente Juscelino Kubitschek, que promoveu a abertura da atingia 24 km/h e ligava Stockton a Darlington. Conseguin-
economia e das fronteiras produtivas, permitindo a entra- te, foi desenvolvida pela mesma pessoa, em 1829, outra
da de recursos em forma de empréstimos e também em locomotiva chamada de Rocket — atingia 60 km/h —, que
investimentos com a instalação de empresas multinacio- inaugurou a construção de uma estrada de ferro de 64 km
nais. Com o ingresso dos militares no governo do país, no entre Liverpool e Manchester. Essa locomotiva constituía-
ano de 1964, as medidas produtivas tiveram novos rumos, se basicamente por um vagão de combustível, um tanque
como a intensificação da entrada de empresas e capitais de d’água e uma cadeira tubular. As primeiras ferrovias foram
origem estrangeira comprometendo o crescimento autô- construídas na Inglaterra, Estado Unidos, Alemanha e Bél-
nomo do país, que resultou no incremento da dependência gica. Esse desenvolvimento facilitou a distribuição de mer-
econômica, industrial e tecnológica em relação aos países cadorias que se tornou mais rápida, barata e eficiente —
de economias consolidadas. No fim do século XX houve esse último deve-se ao transporte de cargas muito mais
um razoável crescimento econômico no país, promovendo pesadas
uma melhoria na qualidade de vida da população brasilei- O automóvel
ra, além de maior acesso ao consumo. Houve também a
estabilidade da moeda, além de outros fatores que foram Outro importante transporte terrestre foi a construção
determinantes para o progresso gradativo do país. do primeiro automóvel pelo engenheiro belga Étienne Le-
Fonte: http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geogra- noir, em 1863. Ele instalou sobre uma carreta de três rodas
um motor de combustão interna (seu funcionamento deve-
fia/a-industrializacao-brasileira.htm
se à queima de combustível no interior de vários cilindros).
Esse rudimentar automóvel tomou uma forma mais pareci-
da com os de hoje a partir da construção do Ford modelo
T, por Henry Ford. Este foi a transformação da carreta a
C) A REDE DE TRANSPORTES BRASILEIRA E motor de Lenoir para um automóvel teria como método de
SUA ESTRUTURA E EVOLUÇÃO. fabricação a produção em série, revolucionando a maneira
de se fabricar carros, e implicando numa venda de mais
de 15 milhões de modelos vendidos, em 1930. O carro era
montado a partir de um conjunto de peças padronizadas.
Posteriormente, surgiria o carro mais popular e mais ven-
A Revolução Industrial é a característica marcante des- dido de todos os tempos: o Fusca. Ele foi projetado na dé-
se período contemporâneo. Ela teve início, porém, nos cada de 1930, pelo engenheiro alemão Ferdinand Porsche,
tempos modernos, mas foi principalmente a partir desta e conseguiu ter mais de 20 milhões de unidades vendidas
época que se difundiu. A Revolução Industrial divide-se da A Primeira Guerra Mundial (1914–1918) foi essen-
seguinte maneira: cial para acelerar o desenvolvimento dos aviões — que
• 1ª Revolução Industrial: de 1760 a 1850, pratica- tinham fins militares. Em 1918 já existia aeroplanos
mente restrita à Inglaterra. Os principais aperfeiçoamentos muito mais rápidos e seguros. Além disso, Jornais ofe-
foram no ramo de tecelagem, tendo também a introdução reciam prêmios àqueles que fizessem façanhas aéreas.
da força a vapor. Assim, em 1919, foi realizado pelos britânicos John Al-
• 2ª Revolução Industrial: de 1850 a 1900, com di- cock e Arthur Brown a primeira travessia transatlântica
fusão pela Europa (Bélgica, França, Alemanha, Itália e, no sem escalas, realizada em 16 horas e meia. Outra faça-
final do século, Rússia), América (Estados Unidos) e Ásia nha foi a travessia transatlântica realizada por um só
(Japão — a partir de 1868). Agora, surgem novas formas de homem, Charles Lindbergh, em 1927.
energia elétrica — como a hidrelétrica —, novos derivados
do petróleo — como a gasolina, sendo utilizada posterior- Os meios de comunicação
mente pelos motores a explosão. Houve também grande Os meios de comunicação teve como precursor o
desenvolvimento do transporte marítimo e terrestre — telégrafo, que através de fios permitia enviar mensa-
como, respectivamente, barcos e locomotivas a vapor. gens por sinais elétricos codificados. O primeiro des-
• 3ª Revolução Industrial: de 1900 até os tempos se aparelho foi inventado por dois ingleses em 1837:
atuais, com a sua expansão pelo mundo inteiro. Compreen- C. Wheatstone e W. Cooke. Mas foi em 1838 que seria
de o aperfeiçoamento dos inventos, tendo principalmente inventado por Samuel Morse o código mais famoso: o
a explosão do processo evolutivo. Assim, apresenta novas código morse. Neste, as letras são representadas por
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GEOGRAFIA DO BRASIL
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GEOGRAFIA DO BRASIL
· Geram uma multiplicidade de serviços e de comércio por modelos de metal aerodinâmicos, na década de 1920.
e atividades produtivas; Sendo, por um alemão em 1939, desenvolvido o primeiro
·Criam emprego; avião a jato, chamado de He 178. Atualmente, existem ja-
· Facilitam a divisão internacional do trabalho; tos — como o Boeing 747 — que pode carregar mais de
- Os transportes rodoviários são os mais indicados, 400 passageiros e executar uma viagem de mais de 12.000
no transporte intracontinental, para transportar pessoas e quilômetros.
mercadorias a curtas distâncias. O primeiro rádio.
- Os transportes ferroviários são os mais indicados, Os meios de comunicação começavam a surgir. Em
no transporte intracontinental, para transportar muitas 1895, é inventado o telégrafo sem fio (precursor do rádio)
pessoas e grandes cargas a médias e a longas distâncias. pelo engenheiro italiano Guglielmo Marconi, que obteve
- Os transportes marítimos são os mais adequados, apoio de outro cientista descobridor das ondas de rádio —
no transporte intercontinental, de grandes cargas a lon- o alemão Heinrich Hertz . Assim, em 1901, Marconi enviou
gas distâncias. a primeira mensagem transatlântica por rádio, sendo trans-
- Os transportes aéreos são os mais rápidos (chegam mitida por código morse, e em 1906, data-se a primeira
mais longe em menos tempo), mas são caros, poluentes e transmissão sonora transatlântica. Os programas de rádio
têm um consumo elevado de combustível, sendo preferido tornaram-se regulares na década de 1920. Os primeiros rá-
nas deslocações a médias e longas distâncias no tráfego de dios eram grandes, mas com a invenção dos transistores,
passageiros devido à sua velocidade, conforto e rapidez. em 1947, reduziu-se seu tamanho.
A transmissão sonora via rádio deve-se à invenção da
Informação do mundo globalizado válvula a vácuo, que constituía o componente básico dos
Antes da Revolução Industrial, as comunicações e os circuitos eletrônicos dos primeiros aparelhos de rádio. Pri-
transportes eram lentos e pouco seguros. Os fluxos comer- meiramente, constitui-se as válvulas diodo, sendo em 1906
ciais, as viagens e o conhecimento de outros lugares eram introduzida a válvula triodo, que possibilitou transmitir,
muito limitados. A evolução dos transportes e das comu- receber e amplificar sinais de rádio, transformando-os em
nicações tem sido tão rápida que quase podemos afirmar sons compreensíveis — como a voz.
que o ser humano vence distâncias, dando-nos a a sen- A captura de imagens e sua reprodução, ou seja, a
sação de que a distância física diminuiu, “encolhendo” o invenção da fotografia, o cinema e a televisão, respecti-
Mundo vamente, ocorreram da seguinte maneira. Na década de
1870, Eadweard Muybridge obteve o efeito de movimen-
Os barcos a vapor to através de fotos sucessivas de movimentos humanos
Nos transportes marítimos, foi essencial a navegação e animais, tiradas com um aparelho de alta velocidade.
que utilizava força a vapor, sendo os primeiros barcos des- Apesar de já na década de 1830 o francês Louis-Jacques
se tipo foram utilizados para transportar passageiros nos Daguerre ter criado um processo fotográfico que utilizava
rios dos Estados Unidos. Esses barcos, através da força do placas de cobre cobertas com prata e iodo — simulando o
vapor, eram movidos por imensas rodas equipadas com movimento —, este era muito precário pois produzia uma
pás — um exemplo é Delta Queen, de 1826. Assim, em cópia de cada fotografia. Um pouco mais tarde, o inglês
1843, o britânico Isambard Kingdom Brunel, desenvolveu William Fox Talbot inventou um processo que utilizava
o Great Britain, provido de um gigantesco casco de ferro uma imagem negativa, permitindo um número ilimitado
e propulsor a hélice — este, respectivamente, possibilitava de cópias positivas da mesma fotografia. Surgia, então, a
maior segurança e transporte de mais carga, além de atin- câmera fotográfica, que utilizava este último processo de
gir-se maior velocidade. revelação de imagens. Esta consistia de uma caixa escura,
Além disso, houve o desenvolvimento de novos instru- com um orifício de um lado, por onde entra a imagem do
mentos de navegação, que possibilitaram aos cartógrafos exterior e a reproduz sobre a parede oposta da câmera. Ela
desenharem mapas com mais exatidão métrica. Assim, te- foi aperfeiçoada colocando-se uma lente em seu orifício, e
mos o sextante (no século XIX) — um aperfeiçoamento do assim obtendo uma imagem mais nítida. Posteriormente,
astrolábio —, que permitiu a localização precisa do nave- em 1826, conseguiu obter o primeiro registro de uma ima-
gador no globo terrestre, a partir de medições dos ângulos gem permanente, através de uma chapa de estanho cober-
entre as estrelas conhecidas e a linha do horizonte (obser- ta com betume sensível à luz. Então, finalmente inventa-se
vava-se no telescópio, e então fazia-se a leitura da escala). a fotografia, retirando a placa e tratando a fotografia qui-
micamente.
Os aviões Consequentemente à criação da fotografia, surge o
A partir deste século, há a introdução de um novo meio cinema. Para isso, foi inventado a câmera cinematográfi-
de locomoção, o transporte aéreo. O primeiro voo foi feito ca, por Étienne-Jules Marey, capaz de tirar doze fotos por
pelos irmãos americanos Orville e Wilbur Wright, em 1903; segundo. Após nove anos foi inventado, por Thomas Edi-
porém, o primeiro voo devidamente homologado foi reali- son, o cinetoscópio (exibia uma série de imagens a certa
zado pelo brasileiro Alberto Santos Dumont, em 1908. As- velocidade, produzindo assim um efeito de movimento).
sim, em seguida, o engenheiro francês Louis Blériot voou, Posteriormente, em 1895, os irmãos franceses Louis e Au-
em 1909, de França à Inglaterra — compreendendo 42 qui- guste Lumière, usaram um dispositivo semelhante a este
lômetros. Esses primeiros aviões eram de madeira e tecido, descrito para a primeira exibição pública cinematográfica.
com suportes de ferro. Foram aperfeiçoados e substituídos Este dispositivo usava uma tira contínua de filme, rodada
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GEOGRAFIA DO BRASIL
à mão num projetor de imagens à tela. Então, na década IBM 5100, o primeiro computador próximo do pessoal.
de 1920, teve-se a invenção de filmes sonoros; em 1932, O primeiro computador pessoal (ou PC — do inglês,
da produção de filmes coloridos, pelo sistema Technicolor. personal computer) produzido em larga escala foi o IBM
Em 1926 teve-se a invenção da televisão, pelo escocês 5100, lançado em 1975. Então, em 1983, foi construído
John Logie Baird. Esse aparelho é concebido a partir da in- pela IBM, o PC XT: compreendia um microprocessador
venção, de Vladimir Zworykin, do iconoscópio (dispositivo 8088 e um disco rígido (dispositivo com certa capacidade
eletrônico que por protetora. Esses cabos têm a capacida- de armazenamento de dados de um computador). Sub-
de de transmitirem sinais digitais ou analógicos, de vídeo sequente, temos o desenvolvimento de outros micropro-
e áudio (televisão, Internet) ou áudio (telefone, rádio). Para cessadores mais avançados, sendo que estes caracterizam
sua transmissão, é necessário um dispositivo transmissor os nomes dos computadores: 286, 386, 486 (cada um com
e outro receptor, sendo que a principal diferença entre a diversos tipos, como o 486 SX e 486 DX)
transmissão de sinais digitais para os analógicos, o seguin- A Interface Gráfica é a utilização do computador por
te: o primeiro precisa de apenas dois tipos de sinais lumi- meios gráficos, que por meio de ícones (símbolo gráfico)
nosos — isso pois o digital consiste em um sistema binário pode-se indicar um comando pelo qual o computador
constituído pelos números 0 e 1 —, já o segundo é ne- deve seguir. Isso é feito através do mouse (periférico que
cessário uma infinidade de sinais luminosos de diferentes move um indicador para executar um comando). Assim, a
intensidades de luz. Interface Gráfica substituiu o teclado para a execução de
Essas revolucionárias redes de telecomunicação per- comandos, simplificando a utilização dos microcomputa-
mitem a transmissão de dados a uma velocidade muito dores. Esta simplificação do modo de utilização do com-
maior que a dos cabos convencionais de cobre — atinge putadores, foi:
a velocidade da luz (300.000 km/s), com a transmissão de · Flexibilizam a localização das atividades econômicas;
até 1 bilhão de bits por segundo (cada bit equivale a uma · Permitem uma melhor e mais rápida distribuição de
unidade de informação no sistema binário). Simplificando, bens (produtos, equipamentos e matérias-primas) e servi-
são pacotes de até 1 bilhão de bits enviados a cada segun- ços, traduzindo-se na subida do nível médio de vida da
do, que viajam à velocidade da luz. E também a uma maior população;
distância sem a necessidade de uso de repetidores (dis- · Permitem a mobilidade da população (casa / trabalho,
positivos utilizados para o sinal não enfraquecer) — 4.000 viagens de negócios, turismo...);
metros contra 1.500 metros dos cabos convencionais. Além · Facilitam o intercâmbio de técnicas e constituem um
fato de aproximação de povos e culturas;
disso, permite uma menor interferência; menor possibili-
· Quebram o isolamento das regiões desfavorecidas;
dade de intercepção, garantindo uma maior segurança de
· Atenuam as assimetrias socioeconômicas regionais;
transmissão de dados; e impossibilidade de causar incên-
· Permitindo a especialização, o aumento de rendimen-
dios devido à não-produção de descargas elétricas. Entre-
to, de produtividade e dispersão das atividades econômi-
tanto, possuem custo mais elevado em relação aos cabos
cas, permitem o desenvolvimento integral das diferentes
convencionais, e exigem equipamentos avançados para
regiões;
sua instalação: a necessidade de ficarem alinhados e não-
· Um sistema de vias de comunicação desenvolvido
submetidos a uma grande pressão — caso contrário, tem
e eficiente (grande acessibilidade) indica a grande mobi-
sua capacidade diminuída — exigem que os equipamentos lidade da comunidade à procura das suas necessidades,
de instalação sejam de grande precisão. assegurando às populações e agentes econômicos iguais
oportunidades de aceder a níveis de serviços elevados e
Os microprocessadores e a informática com características idênticas.
A modernização dos transportes modificou a noção de
O microprocessador é a parte fundamental de um distância. Antigamente a distância física media-se em ter-
computador, mas não somente deste, pois é utilizado tam- mos absolutos (distância em quilômetros), na atualidade
bém para várias outras máquinas: máquinas de lavar e de mede-se em termos relativos (distância-relativa): distância-
costura, calculadoras, televisões e rádios modernos, carros, tempo e distância-custo).
robôs, satélites, etc. O primeiro foi criado pela empresa In- A maior velocidade dos transportes permitiu diminuir
tel, em 1971: foi o i4004 a distância-tempo (corresponde ao tempo utilizado
O microprocessador — que está envolvido por uma para percorrer uma determinada distância). A maior ca-
cápsula chamada chip — compreende a unidade aritmé- pacidade de carga dos transportes e a diminuição dos cus-
tico-lógica (dispositivo que realiza operações de cálculo), tos permitiram reduzir a distância-custo ( corresponde ao
a unidade de controle (dispositivo que comanda outros, custo associado a uma determinada distância).
através de instruções corretas para executar tarefas), os re- A acessibilidade (maior ou menor facilidade com
gistros (dispositivo de memória de dados e de resultados que se atinge um local; depende do tipo de transporte,
das operações das unidades de um microprocessador) e das condições da via, da intensidade do tráfego e dos
buses internos de conexão (bus é um microcabo que co- custos associados) dos lugares pode ser medida utilizan-
necta os dispositivos de um computador, e permite o envio do os indicadores distância-tempo e distância-custo.
de mensagens). Para a comunicação do microprocessador A competitividade dos diferentes modos de trans-
com dispositivos externos, utiliza os buses externos. porte
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GEOGRAFIA DO BRASIL
As principais redes de transporte utilizadas para o es- Segundo a demógrafa Rosana Baeninger, da Unicamp,
tabelecimento de ligações são: a rede rodoviária, a rede o País passa por um novo ciclo de urbanização, marcado
ferroviária, a rede marítima e a rede aérea. A escolha do pelo deslocamento ou migração de curta distância entre
modo transporte a utilizar depende de vários fatores, po- regiões, até mesmo entre municípios próximos – é a cha-
dendo enunciar-se como os mais importantes o custo do mada migração polinucleada.
transporte, o tipo de mercadoria a transportar, a distância Beaninger aponta outras mudanças, como a saturação
a vencer, o tempo gasto no percurso e o tipo de trajeto a econômica das grandes metrópoles, inibindo as ofertas de
percorrer. empregos e a diminuição das fronteiras agrícolas, com o
Fonte: http://hygorbh.blogspot.com.br/ fim dos incentivos governamentais.
A grande novidade é que a população rural de São
Paulo voltou a crescer (0,78%) de 1991 a 2000. O fato é
explicado pela expansão de novas atividades econômicas
no meio rural, como a agroindústria, os condomínios, com
D) A QUESTÃO URBANA BRASILEIRA: serviços (incluindo o trabalho doméstico) e o turismo rural,
PROCESSOS E ESTRUTURAS. com hotéis-fazenda.
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GEOGRAFIA DO BRASIL
préstimos bancários, como são muito pequenas e o nível te, o crescimento vegetativo começou a diminuir, embora
tecnológico é restrito diversas vezes não alcançam uma ainda apresentasse valores altos, típicos de países subde-
boa produtividade e os custos são elevados, dessa forma, senvolvidos.
não conseguem competir no mercado, ou seja, não obtêm Demográfica e economicamente falando, existe uma
lucros. Esse processo favorece o sistema migratório do série de termos utilizados para mensurar e estabelecer es-
campo para a cidade, chamado de êxodo rural. tatísticas sobre as características socioeconômicas e espa-
A problemática referente à distribuição da terra no Bra- ciais de um país ou território. Um dos mais importantes é
sil é produto histórico, resultado do modo como no passa- o conceito de População Economicamente Ativa (PEA).
do ocorreu a posse de terras ou como foram concedidas. Existem várias definições sobre o que seria, precisa-
A distribuição teve início ainda no período colonial mente, a População Economicamente Ativa. O Instituto Bra-
com a criação das capitanias hereditárias e sesmarias, ca- sileiro de Geografia e Estatística (IBGE) define a PEA como
racterizada pela entrega da terra pelo dono da capitania a a mão de obra com a qual o setor produtivo pode contar,
quem fosse de seu interesse ou vontade, em suma, como ou seja, é o número de habitantes em idade e condições
no passado a divisão de terras foi desigual os reflexos são físicas para exercer algum ofício no mercado de trabalho.
percebidos na atualidade e é uma questão extremamente Nessa conceituação, a População Economicamente
polêmica e que divide opiniões. Ativa envolve aquilo que o IBGE classifica como população
ocupada e população desocupada. O primeiro termo re-
Fonte: http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geogra- fere-se aos que possuem algum ofício em um período de
fia/estrutura-fundiaria-brasil.htm referência, sendo esse ofício remunerado, não remunerado,
por conta própria ou como um empregador. Já o segundo
termo refere-se ao grupo de pessoas que não possuem
emprego e que estão aptas a trabalhar, tendo realizado al-
F) A POPULAÇÃO BRASILEIRA: EVOLUÇÃO, gum mínimo esforço para tal.
ESTRUTURA E DINÂMICA.
Dessa forma, em uma definição mais simples, costu-
ma-se dizer que a PEA é a população empregada ou
que possui condições de trabalhar e que realiza algum
esforço para isso. Consequentemente, a População Não
População Brasileira
Economicamente Ativa refere-se às pessoas não classifica-
das como ocupadas e desocupadas, isto é, aquelas que não
População é o conjunto de pessoas que residem em
possuem idade, interesse ou condições de exercer algum
determinado território, que pode ser uma cidade, um esta-
do, um país ou mesmo o planeta como um todo. Ela pode ofício.
ser classificada segunda sua religião, nacionalidade, local A classificação da idade para o enquadramento na PEA
de moradia (urbana e rural), atividade econômica (ativa varia de país para país. Em alguns lugares, engloba-se a
ou inativa) e tem seu comportamento e suas condições de população que possui de 10 a 60 anos. No Brasil e também
vida retratados através de indicadores sociais, como taxas em muitos outros países, a idade mínima é de 15 anos. Por-
de natalidade, mortalidade, expectativa de vida, índices de tanto, além de um conceito econômico, trata-se também
analfabetismo, participação na renda, etc. de um termo demográfico.
O Brasil, em 2013, ultrapassou a casa dos 200 milhões Em países subdesenvolvidos ou em boa parte dos
de habitantes. (aproximadamente 201 milhões). É um país emergentes, a pirâmide etária indica – quase sempre –
populoso, o quinto maior do planeta, porém, não é den- uma população predominantemente jovem, em face das
samente povoado (densidade demográfica de aproxima- elevadas taxas de natalidade e mortalidade. Nesses locais,
damente 23,6 hab/km2. Segundo o IBGE, o país tem atual- a PEA apresenta-se em grande quantidade, o que é o mes-
mente 201,032 milhões de habitantes, contra 199,242 milhões mo que uma mão de obra farta e barata, ocorrência que
em 2012, um crescimento de cerca de 1 por cento. Em 2000, atrai muitas empresas. Em alguns países emergentes e na
a população brasileira era de 177,448 milhões de habitantes. maioria dos desenvolvidos (sobretudo da Europa), há um
Antes da colonização, a população do atual território envelhecimento populacional que resulta das baixas taxas
brasileiro era, segundo estimativas, de dois a cinco milhões de natalidade, mortalidade e alta expectativa de vida. Com
de índios, pertencentes a vários grupos. Os grupos mais isso, proporcionalmente, a PEA é muito baixa, o que pode
numerosos, e que ocupavam as maiores extensões territo- comprometer suas economias.
riais, eram o jê e o tupi-guarani. O Brasil vem assistindo a uma gradativa redução de sua
O crescimento vegetativo ou natural corresponde à di- População Economicamente Ativa, graças a essas mesmas
ferença entre as taxas de natalidade e de mortalidade. No mudanças demográficas. Recentemente, o país deixou de
Brasil, embora essas duas taxas tenham declinado no pe- ser considerado “jovem” e passou a ser classificado como
ríodo de 1940-1960, foi somente a partir da década de 60 “adulto”, graças ao processo de envelhecimento popula-
que o crescimento vegetativo passou a diminuir. cional, ou seja, a elevação da média de idade no território
A partir da década de 60, com a urbanização acelerada nacional.
no Brasil, a taxa de natalidade passou a cair de forma mais Fonte: http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geogra-
acentuada que a taxa de mortalidade. Consequentemen- fia/o-conceito-populacao-economicamente-ativa-pea.htm
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GEOGRAFIA DO BRASIL
Movimentos Migratórios
Impulsionados por motivos diversos, como a fome, a conquista territorial, a fuga a perseguições políticas e religiosas,
as crises econômicas, entre outros, os movimentos migratórios têm se realizado ao longo da história de forma contínua.
Cada época marca seu motivo. A verdade é que os movimentos de população permitiram o povoamento do mundo e
significaram a expansão de etnias, línguas, religiões e conhecimento, num emaranhado processo que dá ao mundo atual
os traços de grande diversidade e riqueza cultural que observamos.
As chamadas Grandes Navegações ou “grandes invasões”, por exemplo, foram responsáveis pela colonização do con-
tinente americano a partir do século XVI; e significaram a difusão da cultura dos europeus, a qual entrou em choque com
as culturas das comunidades indígenas que já habitavam o território.
Esse deslocamento populacional foi estimulado pelo expansionismo territorial das potências europeias da época, que
buscavam fontes de matérias-primas e novos mercados para seus produtos, portanto, tinha motivação geopolítica e eco-
nômica. Essa migração aumentou maciçamente no século XIX e começo do XX.
Paralelamente, perseguições políticas e religiosas, guerras e crises econômicas foram responsáveis por grandes deslo-
camentos humanos da Europa e Ásia para as Américas. Outras partes do mundo sofreram estimulação migratória mais lo-
calizada, como é o caso da Austrália e Nova Zelândia, onde a perspectiva de melhoria de condições de vida, com a possibili-
dade de mobilidade social (ascensão econômica), incentivou especialmente parte da população da Grã-Bretanha a emigrar.
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GEOGRAFIA DO BRASIL
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GEOGRAFIA DO BRASIL
lação. Apesar da maior dinamicidade, o centro-sul possui Curitiba é a metrópole da região, com um parque in-
também as contradições típicas do desigual desenvolvi- dustrial de certo vulto e com crescimento. O vale do Itajaí,
mento socioeconômico brasileiro. ao norte da encosta catarinense, é a zona mais dinâmica de
Região centro-oeste santa Catarina: vales profundos, caracterizam essa área de
Área que possui uma população ainda reduzida e colonização italiana e alemã. Blumenau é o maior centro
constitui, historicamente uma zona de expansão da eco- industrial da região.
nomia paulista, o que explica a presença do maior rebanho A zona serrana gaúcha é uma área de colonização ale-
bovino brasileiro. mã e italiana, apresentando uma estrutura fundiária cal-
Organização econômica – a principal atividade eco- cada na pequena propriedade. À produção agrícola, ex-
nômica do centro-oeste é a pecuária bovina extensiva que tremamente diversificada, vem se somar uma importante
imprimiu a estrutura latifundiária desde a crise da mine- atividade pecuária, que alimenta uma próspera indústria
ração, no século xviii. Há também, extrativismo mineral e frigorífica e de laticínios. Por isso mesmo, o setor agro-in-
vegetal, sendo que agricultura ampliou-se com a abertura dustrial foi o que mais cresceu no sul, no início da década
das fronteiras agrícolas de exportação. Este fato provocou de 90.
intenso conflito pela terra, agravado pelo fluxo migracio- No centro-sul gaúcho, destacam-se duas áreas: a re-
nal. É uma região de fraca densidade, com luta pela terra. gião de porto alegre, metrópole que tem expressivo de-
Pecuária: goiás e pantanal (bovinos) – abastecimento senvolvimento industrial, a “campanha”, caracterizada pe-
dos frigoríficos do oeste paulista. A região sofre grandes los grandes estabelecimentos pastoris – as estâncias, onde
alterações a partir da década de 70, com a expansão da predomina uma pecuária extensiva melhorada.
fronteira agrícola e as pesquisas que viabilizaram o avanço População – o processo de ocupação da região, inicia-
da soja pelo cerrado, como por exemplo, o processo da se com o gado da campanha gaúcha. Oriundo de são Vi-
calagem, adição de calcário ao solo. O enorme crescimento cente, este gado procura as pastagens naturais do sul, não
da agricultura na região vem determinando a necessidade ficando nas matas e serras da região. Imprime o latifúndio,
de alternativas de transportes, como a hidrovia do rio ma- ocupa, mas não estabelece grandes núcleos de povoamen-
deira e a ferronorte. to, confundindo-se com as fronteiras castelhana.
Região sul No litoral do rio grande houve, também, no período
Com uma superfície de 577.723 km2, a região sul com- colonial, o povoamento com casais açorianos, indo até mais
preende os estados do paraná, santa Catarina e rio grande
para o interior (depressão) e fundando porto alegre (guaí-
do sul, constituindo a única região brasileira não tropical.
ba). A mineração do século xvii gerou um povoamento com
O relevo do sul é formado em sua maior parte pelo
núcleo até laguna, pelo estreito litoral sul. Laguna era, em
planalto meridional, que apresenta três patamares li-
fins do século xvii, o ponto de apoio da ocupação brasileira
mitados por escarpas: ao longo do litoral, ergue-se a
no sul, visando a sacramento, no estuário do prata.
primeira escarpa, de altitudes mais elevadas – a serra do
No século xix chegam os imigrantes. Vão estabelecer-
mar, mais para interior, estende-se um planalto cristalino;
se nas matas e serras pouco valorizadas pela pecuária, e
a seguir a chamada “serrinha” forma uma nova escarpa é a
serra geral, limite do planalto basáltico que se estende até só usam a região como trânsito para a venda nas feiras e
o vale do rio paraná. No extremo sudoeste do rio grande são Paulo (exemplo Sorocaba), para abastecer a área mi-
do sul, desenvolve-se a campanha gaúcha, parte brasileira neradora. Estes imigrantes vão: imprimir a pequena pro-
da vasta planície platina (o pampa). priedade; desenvolver a agricultura associada à pecuária;
O clima do sul é subtropical úmido fatos que individua- desenvolver a agricultura de subsistência que dará origem
liza a região no conjunto brasileiro. A pluviosidade é bem à policultura; desenvolver a mão-de-obra familiar. Imigran-
uniforme, e as temperaturas médias são abaixo de 22ºc, tes alemães nos vales férteis; italianos nas encostas; eslavos
registrando-se as mínimas nas zonas mais elevadas onde no oeste e japoneses no norte do paraná, configuram o
ocorrem a neve ocasional. Na vegetação original do sul, ciclo de povoamento.
predominavam as formações florestais: a mata atlântica, Hoje a região perde população para o centro-oeste,
junto ao litoral; a floresta tropical, no norte do paraná; a para a Amazônia e até para fora do país. Fato determinado
floresta subtropical com pinheiros (mata de araucária). pelos seguintes aspectos:
O celeiro do país – a região sul possui, atualmente, • Divisão das propriedades pela herança
uma economia agrícola altamente desenvolvida, que vem • Minifúndios absorvidos por latifúndios com cultu-
passando por um intenso processo de modernização, tor- ras de exportação, a exemplo da soja.
nando-se uma atividade cada vez mais mecanizada e ca- Economia – a existência de extensas áreas de pasta-
pitalizada. gens naturais favoreceu o desenvolvimento da pecuária
O norte do paraná, constitui a área agrícola mais de- extensiva de corte na região sul, há o predomínio da gran-
senvolvida do estado, com uma estrutura fundiária basea- de propriedade e o regime de exploração direta, já que a
da em médias propriedades. Embora o café tivesse sido grande criação é extensiva, exigindo poucos trabalhadores,
o principal produto da região, seu cultivo tem perdido o o que explica o fato de haver uma população rural pouco
caráter monocultor, com a diversificação das lavouras co- numerosa na região.
merciais (soja, trigo, arroz). O restante do estado tem uma A agricultura, que é desenvolvida em áreas florestais,
produção agropecuária ampla e variada, além da explora- com predomínio da pequena propriedade e do trabalho
ção madeireira. familiar, foi iniciada pelos europeus, sobretudo alemães,
11
GEOGRAFIA DO BRASIL
que predominaram na colonização do sul. A policultura é alimentos e bebidas, que vêm-se registrando uma queda
a prática comum na região às vezes com caráter comercial, relativa). Essa tendência vêm-se afirmando no conjunto da
sendo o feijão, a mandioca, o milho, o arroz, a batata, a região, embora o desenvolvimento das indústrias seja dife-
abóbora, a soja, o trigo, as hortaliças e as frutas os produ- renciado ao nível dos estados.
tos mais cultivados. São Paulo destaca-se no contexto nacional como o es-
Em algumas áreas, a produção rural está voltada para tado de maior concentração industrial, especialmente no
a indústria, como a cultura da uva para a fabricação de vi- tocante à indústria pesada. E o interior do estado já des-
nhos, a de tabaco de óleos vegetais, a criação de frangos e ponta hoje como o segundo mercado interno do país.
porcos (associadas à produção de milho) para abastecer as Minas Gerais constitui o segundo centro industrial do
usinas de leite e fábricas de laticínios. país, com uma participação de cerca de 10% no valor da
Diferente das regiões agrícolas “coloniais” é o norte do produção nacional. Em linhas gerais, a região da grande
paraná, que está relacionado com a economia do sudeste, são Paulo abrange o maior parque industrial da américa
sendo uma área de transição entre são Paulo e o sul. Seu latina, além de constituir o maior centro comercial e fi-
povoamento está ligado à expansão da economia paulista. nanceiro do país. A riqueza de recursos minerais esteve na
O extrativismo vegetal é uma atividade de grande im- base do grande desenvolvimento das indústrias siderúrgica
portância no sul do país e o fato de a mata das araucárias e metalúrgica do estado de minas. A maior parte da pro-
ser bastante aberta e relativamente homogênea facilita a dução brasileira de ferro ainda provém do “quadrilátero
sua exportação. As espécies preferidas são o pinheiro-do ferrífero de minas gerais”, sendo o brasil um dos maiores
-paraná, a imbuia e o cedro, aproveitados em serrarias ou produtores mundiais desse minério.
fábricas de papel e celulose. O Rio de Janeiro apesar de estagnado na metade dos
A região sul é pobre em recursos minerais, devido à anos 90, vem crescendo na última metade através de um
sua estrutura geológica. Lá há a ocorrência de cobre no rio processo de “renúncia fiscal” e dos novos ramos privati-
grande do sul e chumbo no paraná, mas o principal pro- zados, os da telecomunicação e da siderurgia. A econo-
duto é o carvão-de-pedra, cuja extração concentra-se em mia do rio de janeiro porém, tem sua maior perspectiva no
santa Catarina. É utilizado em usinas termelétricas locais e crescimento da indústria do petróleo (extração, construção
na siderurgia (misturado ao importado). naval, plataformas, óleos e gasodutos, pólo gásquímico e
novas empresas que ganharam concessão de exploração).
A região sul é a segunda mais industrializada do país,
A produção de termeletricidade também tende a crescer
vindo logo após o sudeste. A principal característica da in-
em função de novos investimentos privados e estatais (an-
dustrialização do sul é o fato de as atividades rurais coman-
gra ii).
darem a atividade industrial. Assim, somente as metrópoles
O problema do rio de janeiro é basicamente para con-
de porto alegre e Curitiba não se encaixam no esquema
sumo interno e necessariamente exige importação de ali-
agroindustrial predominante na região.
mentos e insumos agrícolas. Outro setor de crescimento
Porto alegre é o maior centro urbano-industrial, onde
é o turismo – “a venda do local” – hoje principalmente in-
se localizam indústrias metalúrgicas, químicas, de couros, terna é a rede de escolas e universidades que atrai investi-
de bebidas, de produtos alimentícios e têxteis. Já a indus- mentos diretos.
trialização de Curitiba, o segundo maior centro industrial, é Organização econômica – a importância histórica
mais recente, destacando-se suas metalúrgicas, madeirei- desta região data do desenvolvimento da atividade mine-
ras, fábricas de alimentos e do ramo automobilístico. radora, quando o eixo econômico e político do país trans-
As demais cidades industriais da região são geralmente feriu-se para o centro-sul. Após a mineração, o café, no
mono-industriais ou então abrigam dois gêneros de indús- século xix, valorizou também a área, tanto no vale do pa-
trias, como Caxias do sul (bebidas e metalurgia), pelotas raíba fluminense como no paulista, assim como, no século
(frigoríficos), Lages (madeiras), londrina (alimentos), Blu- xx, este produto impulsiona o oeste de são paulo. Manteve,
menau e Joinville (indústria têxtil), estas duas localidades no entanto, a estrutura fundiária do latifúndio neocolonial
no vale do Itajaí, a região mais próspera de santa Catarina. exportador, sendo que no rio paraíba utilizou-se da mão-
Região Sudeste de-obra escrava negra.
O sudeste é a região mais desenvolvida do brasil, regis- Na era Vargas esta região encontrou sua vocação in-
trando em relação ao conjunto do país, uma participação dustrial. O capital do café e o esforço do estado vão trans-
de cerca de 55% no produto interno bruto (pib), de 66% formá-la em um grande centro industrial, sobretudo, nas
no valor da produção industrial, e concentrando 58% de metrópoles nacionais de são Paulo e rio de janeiro, e na
pessoal ocupado na indústria. regional de belo horizonte.
O processo de industrialização ocorrido no brasil a par- Urbana e industrial, esta região apresenta algumas
tir da década de 50, apoiado tanto na entrada maciça do características marcantes:
capital estrangeiro, quanto na iniciativa privada nacional e Agricultura – como produção elevada – cana-de-açú-
na própria intervenção estatal, baseou-se no desenvolvi- car, café, soja, milho e arroz, utiliza-se, porém, da mão-de
mento dos setores mecânico, metalúrgico, químico, de ma- -obra temporária ou boia-fria, mostrando aí seus graves
terial elétrico e de transportes, consolidando-se a região contrastes sociais e espaciais: ao lado de uma agricultura
como centro da economia nacional. Desde então, aque- moderna há estruturas arcaicas, como a questão social,
les setores industriais acusam participação crescente no técnica e política do vale do Jequitinhonha e norte de mi-
sudeste, em detrimento das indústrias tradicionais (têxtil, nas gerais.
12
GEOGRAFIA DO BRASIL
Pecuária – dinâmica, não só para o abastecimento da Hoje, nos parece tão óbvio que o Brasil seja dividido
carne, como de leite e derivados. Destacam os rebanhos de em cinco regiões, que nem paramos para perguntar por
minas gerais e são Paulo. que ele foi organizado desse jeito. Da mesma forma, não
Concentração industrial – destacamos quatro espaços questionamos por que um estado pertence a determinada
industriais importantes: são Paulo, rio de janeiro, área do região e não a outra. O Brasil é o maior país da América do
quadrilátero ferrífero e cidades médias do oeste paulista. Sul. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geo-
Extrativismo mineral – extração de ferro no quadri- grafia e Estatística (IBGE), sua área é de 8.515.767,049 km2,
látero de minas gerais, que destinado ao mercado externo publicado no DOU nº 234 de 08/12/2015, conforme Re-
(porto e usina de tubarão – e.f. Vitória – minas). solução Nº 07, de 4 de dezembro de 2015. Apenas quatro
Extração de petróleo – bacia de campos-Macaé. países no mundo inteiro -- Rússia, Canadá, China e Estados
Crise social – nas metrópoles do sudeste, destacamos Unidos -- têm território maior do que o brasileiro. Dividir
o grave problema da segregação espacial. Mesmo com o Brasil em regiões facilita o ensino de geografia e a pes-
a redução da migração, a favelização amplia-se, fato que quisa, coleta e organização de dados sobre o país, o seu
constata o elevado processo de segregação do espaço número de habitantes e a idade média da população.
geográfico, com a favelização e a formação de uma enor-
me periferia urbana. A razão é simples: os estados que formam uma grande
Crise ambiental – desmatamento, retirada do mangue, região não são escolhidos ao acaso. Eles têm característi-
poluição da baía de Guanabara, deslizamento de encos- cas semelhantes. As primeiras divisões regionais propostas
tas, problema do lixo, etc, são tônicas na vida da região. A para o país, por exemplo, eram baseadas apenas nos as-
industrialização e a exploração econômica acelerada, sem pectos físicos -- ou seja, ligados à natureza, como clima,
respeito ao meio ambiente e visando ao lucro imediato, vegetação e relevo. Mas logo se começou a levar em conta
seguindo modelos externos, são fatores geradores desta também as características humanas -- isto é, as que resul-
crise vivenciada pela mais dinâmica região do país. tam da ação do homem, como atividades econômicas e
Fonte: http://www.coladaweb.com/geografia-do-bra- o modo de vida da população, para definir quais estados
sil/regiao-centro-sul fariam parte de cada região.
13
GEOGRAFIA DO BRASIL
Brasil dividido = pequenos ‘brasis’ foi aceita pelo presidente da República e adotada em 1942.
Logo ela seria alterada com a criação de novos Territórios
A primeira divisão do território do Brasil em grandes Federais. Em 1942, o arquipélago de Fernando de Noronha
regiões foi proposta em 1913, para ser usada no ensino foi transformado em território e incluído na região Nordes-
de geografia. Os critérios usados para fazê-la foram físi- te. Em 1943, foram fundados os territórios de Guaporé, Rio
cos: levou-se em consideração o relevo, o clima e a vegeta- Branco e Amapá - todos parte da região Norte, o território
ção, por exemplo. Não foi à toa! Na época, a natureza era de Iguaçu foi anexado à região Sul e o de Ponta Porã, colo-
considerada duradoura e as atividades humanas, mutáveis. cado na região Centro-Oeste. É bom lembrar que a divisão
Considerava-se que a divisão regional deveria ser baseada em grandes regiões tinha de acompanhar as transforma-
em critérios que resistissem por bastante tempo. Observe ções que estavam ocorrendo na divisão em estados e terri-
o mapa e veja que interessante: tórios do país. Assim, a divisão regional do Brasil em 1945
Em 1913, o território nacional foi dividido em cinco era a seguinte:
“brasis” e não em regiões. O Brasil Setentrional ou Amazô-
nico reunia Acre, Amazonas e Pará. Maranhão, Piauí, Ceará, Na região Norte, estavam os estados do Amazonas e
Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Alagoas for- Pará, os territórios do Acre, Amapá, Rio Branco e Guaporé.
mavam o Brasil Norte Oriental. O Brasil Oriental agregava A região Nordeste foi dividida em ocidental e oriental. No
Sergipe, Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro - onde ficava Nordeste ocidental, encontravam-se Maranhão e Piauí. No
o Distrito Federal, a sede do governo brasileiro - e Minas oriental, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco
Gerais. São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do e Alagoas, além do território de Fernando de Noronha. Ain-
Sul faziam parte do Brasil Meridional. E Goiás e Mato Gros- da não existia a região Sudeste, mas uma região chamada
so, do Brasil Central. Leste, dividida em setentrional e meridional. Sergipe e Bah-
A forma como foi feita a divisão revela que, na épo- ia estavam na parte setentrional. Na meridional, ficavam
ca, havia uma preocupação muito grande em fortalecer a Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro (na época,
imagem do Brasil como uma nação, uma vez que a Re- sede do Distrito Federal). A região Sul incluía os estados de
pública havia sido proclamada há poucos anos, em 15 de São Paulo, Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul, além
novembro de 1889. A divisão em grandes regiões proposta do território de Iguaçu. E, na região Centro-Oeste, os esta-
em 1913 influenciou estudos e pesquisas até a década de
dos de Mato Grosso e Goiás e o território de Ponta Porã.
1930. Nesse período, surgiram muitas divisões do território
Em 1946, os territórios federais de Iguaçu e Ponta Porã
do Brasil, cada uma usando um critério diferente. Acontece
foram extintos. Em 1960, Brasília foi construída e o Distrito
que, em 1938, foi preciso escolher uma delas para fazer o
Federal, capital do país, foi transferido para o Centro-Oes-
Anuário Estatístico do Brasil, um documento que contém
te. Na região Leste, o antigo Distrito Federal tornou-se o
informações sobre a população, o território e o desenvolvi-
estado da Guanabara. Em 1969, uma nova divisão regional
mento da economia que é atualizado todos os anos. Mas,
para organizar as informações, era necessário adotar uma foi proposta porque a divisão de 1942 já não era consi-
divisão regional para o país. Então, a divisão usada pelo derada útil para o ensino de geografia ou para a coleta e
Ministério da Agricultura foi a escolhida. Observe o mapa e divulgação de dados sobre o país. Veja como ficou o mapa
note quantas diferenças! do Brasil em 1970:
Maranhão e Piauí - que atualmente fazem parte da re-
gião Nordeste - foram incluídos na região Norte, junto com Na região Norte, estão os estados do Acre, Amazonas
o território do Acre e os estados do Amazonas e do Pará. e Pará; Territórios de Rondônia, Roraima e Amapá. Na re-
No Nordeste, ficavam Ceará, Rio Grande do Norte, Paraí- gião Nordeste, os estados de Maranhão, Piauí, Ceará, Rio
ba, Pernambuco e Alagoas. Não existia a região Sudeste, Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e
mas, sim, uma região chamada Este, onde se localizavam Bahia, e o Território de Fernando de Noronha. A região Les-
os estados de Sergipe, Bahia e Espírito Santo. Na região Sul, te sumiu! Quem a substituiu foi a região Sudeste, formada
veja só, estavam o Rio de Janeiro - que, na época, era a ca- por Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, estado da
pital do país - e São Paulo, que hoje fazem parte da região Guanabara e São Paulo. Na região Sul, localizavam-se Pa-
Sudeste. Além deles, ficavam na região Sul os estados do raná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Na região Cen-
Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. A região Centro tro-Oeste, Goiás, Mato Grosso e Distrito Federal (a cidade
-Oeste não existia, mas, sim, a região chamada Centro, onde de Brasília).
estavam Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais, que hoje em
dia localiza-se na região Sudeste. Como a divisão proposta Atualmente, continua em vigor essa proposta em 1970.
em 1913, esta organização do território brasileiro não era Apenas algumas alterações foram feitas. Em 1975, o estado
oficial. Mas, em 1936, o Instituto Brasileiro de Geografia e da Guanabara foi transformado em município do Rio de
Estatística (IBGE) foi criado. E começou uma campanha para Janeiro. Em 1979, Mato Grosso foi dividido, dando origem
adotar uma divisão regional oficial para o Brasil. ao estado do Mato Grosso do Sul. A Constituição Federal
de 1988 dividiu o estado de Goiás e criou o estado de To-
Divisão para valer cantins, que foi incluído na Região Norte. Com o fim dos
Após fazer estudos e analisar diferentes propostas, o territórios federais, Rondônia, Roraima e Amapá tornaram-
IBGE sugeriu que fosse adotada a divisão feita em 1913 se estados e Fernando de Noronha foi anexado ao estado
com algumas mudanças nos nomes das regiões. A escolha de Pernambuco.
14
GEOGRAFIA DO BRASIL
República Federativa do Brasil, com 26 estados e l Dis- marcada pela imigração italiana e alemão (principalmente),
trito Federal, nosso país teve outros sistemas de organiza- possui diversas cidades com grande influência da cultura
ção político-administrativa: capitanias hereditárias (1534- desses países europeus. Possui apenas três estados, e as
1548), governo-geral (1549-1808), vice-reino (1808-1822), três capitais são cidades importantes: Porto Alegre no Rio
monarquia (1822-1889) e república (de 1889 até hoje). Grande do Sul, Florianópolis em Santa Catarina e Curitiba
Desde a década de 1940 existe um centro de estudos e no Paraná.
pesquisa especializado em “descobrir” nosso país, o Ins-
tituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Recen- Estados e Capitais
temente, acompanhamos a divulgação pela mídia de que
o Brasil ultrapassou os 169 milhões de habitantes. Essas Região Norte
informações e outras, como. por exemplo, sobre desempe- - Amapá – AP (Capital: Macapá)
nho econômico ou mortalidade infantil, são de responsa- - Acre - AC (Capital: Rio Branco)
- Roraima - RR (Capital: Boa Vista)
bilidade do IBGE.
- Rondônia – RO (Capital: Porto Velho)
- Amazonas – AM (Capital: Manaus)
O IBGE e a divisão regional do Brasil
- Pará - PA (Capital: Belém)
Foi com o objetivo de conhecer o território nacional e
- Tocantins - TO (Capital: Palmas)
os dados estatísticos da população brasileira que Getúlio Região Nordeste
Vargas fundou o IBGE em 1938. Para realizar essa tarefa, era - Bahia – BA (Capital: Salvador)
preciso considerar as grandes diferenças existentes entre - Sergipe - SE (Capital: Aracaju)
as diversas áreas do país. Dessa forma, entre 1941 e 1945 - Alagoas - AL (Capital: Maceió)
foram feitas as duas primeiras divisões regionais do Brasil, - Paraíba - PB (Capital: João Pessoa)
baseadas no critério de região natural. Compreende-se por - Pernambuco – PE (Capital: Recife)
região natural uma determinada área geográfica que passa - Rio Grande do Norte – RN (Capital: Natal)
a ser caracterizada segundo um ou mais aspectos naturais, - Maranhão - MA (Capital: São Luís)
como o clima, o relevo ou a vegetação, Veja como o IBGE - Piauí - PI (Capital: Teresina)
dividiu inicialmente o Brasil. - Ceará - CE (Capital: Fortaleza)
Apenas em 1969, o IBGE elaborou uma nova divisão re-
gional, adorando dessa vez o critério de regiões homogê- Região Centro-Oeste
neas. O conceito de região homogênea é mais abrangente - Goiás - GO (Capital: Goiânia)
do que o de região natural, pois vai além dos aspectos cria- - Mato Grosso - MT (Capital: Cuiabá)
dos pela natureza, E definido pelo conjunto de elementos - Mato Grosso do Sul - MS (Capital: Campo Grande)
naturais, sociais e econômicos da região. A principal mo- - Distrito Federal – DF
dificação em relação à divisão anterior foi a criação da re-
gião Sudeste, em virtude da cristalização dessa área como Região Sudeste
o “coração econômico do país”. A divisão regional de 1969 - São Paulo – SP (Capital: São Paulo)
continua vigorando, apesar de a Constituição de 1988 ter - Rio de Janeiro - RJ (Capital: Rio de Janeiro)
aprovado algumas modificações; os territórios de Roraima - Espírito Santo - ES (Capital: Vitória)
c do Amapá foram transformados em estados; Fernando de - Minas Gerais - MG (Capital: Belo Horizonte)
Noronha foi anexado ao estado de Pernambuco; o estado
de Tocantins foi desmembrado do estado de Goiás e incor- Região Sul
- Paraná – PR (Capital: Curitiba)
porado à região Norte.
- Rio Grande do Sul – RS (Capital: Porto Alegre)
- Santa Catarina – SC (Capital: Florianópolis).
O Brasil é formado por cinco diferentes regiões: Norte,
Nordeste, Centro-Oeste, Sul e Sudeste. A região Sudeste é
Censos Demográficos
a mais populosa e desenvolvida, e é onde está situada as Os censos populacionais produzem informações im-
cidades de São Paulo e Rio de Janeiro. O nordeste é turisti- prescindíveis para a definição de políticas públicas e a to-
camente conhecido por suas praias, e possui duas grandes mada de decisões de investimento, sejam eles provenien-
cidades: Salvador e Recife. Historicamente a região Nor- tes da iniciativa privada ou de qualquer nível de governo, e
deste foi a mais rica, exportando cana-de-açúcar e madeira constituem a única fonte de referência sobre a situação de
(principalmente o pau-brasil). A região Norte é a menos vida da população nos municípios e em seus recortes inter-
desenvolvida e populosa de todas, e onde está situada a nos, como distritos, bairros e localidades, rurais ou urbanas,
Floresta Amazônica, conhecida mundialmente por sua ex- cujas realidades dependem de seus resultados para serem
tensão e grande quantidade de rios. Suas cidades mais conhecidas e terem seus dados atualizados. A realização de
importantes são: Manaus e Belém. A Região Centro-Oeste um levantamento como o Censo Demográfico representa
abriga a cidade de Brasília, capital do país, que foi construí- o desafio mais importante para um instituto de estatística,
da na década de 60 pelo presidente Juscelino Kubitchek, sobretudo em um país de dimensões continentais como o
e projetada pelo arquiteto Oscar Niemeyer. A região sul é Brasil.
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GEOGRAFIA DO BRASIL
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GEOGRAFIA DO BRASIL
Além da grande quantidade de rios na região existem siva tem aumentado a erosão e a compactação dos solos.
os igarapés (córregos ou riachos); os furos (braços de água A região tem sido devastada nas últimas décadas pela agri-
que ligam um rio a outro ou a um lago); os paranás-mirins cultura comercial policultora (destaque para a soja).
(braços de rios que contornam elevações formando ilhas O Cerrado apresenta dos estratos: o arbóreo-arbustivo
fluviais) e lagos e várzea. e o herbáceo. As árvores de pequeno porte, com troncos e
galhos retorcidos, cascas grossas e raízes profundas, deno-
Solos tam raquitismo, e o lençol freático profundo. A produção
A maior parte do Domínio Amazônico apresenta so- da lenha e de carvão vegetal continua a ocorrer, apesar das
los de baixa fertilidade. Apenas em algumas áreas restritas, proibições e alertas, bem como da prática das queimadas.
ocorrem solos de maior fertilidade natural, como os solos
de várzeas em alguns trechos dos rios regionais e a terras Localização
pretas, solo orgânico bastante fértil (pequenas manchas). O Domínio Geoecológico do Cerrado ocupa quase
todo o Brasil Central, abrangendo não somente a maior
Vegetação
parte da região Centro-Oeste, mas também trechos de Mi-
A floresta amazônica, principal elemento natural do
nas Gerais, parte ocidental da Bahia e sul do Maranhão /
Domínio Geoecológico Amazônico, abrangia quase 40% da
Piauí.
área do País. Além do Brasil, ocupa áreas das Guianas, Ve-
nezuela, Colômbia, Peru, Equador e Bolívia, cobrindo cerca
de 5 milhões de km². Relevo
A floresta Amazônica possui as seguintes características: A principal unidade geomorfológica do Cerrado é o pla-
• Latifoliada: com vegetais de folhas largas e grandes; nalto Central, constituído por terrenos cristalinos, bastante des-
• Heterogênea: apresenta grande variedade de es- gastados pelos processos erosivos, e por terrenos sedimenta-
pécies vegetais, ou grande biodiversidade; res que formam as chapadas e os chapadões.
• Densa: bastante compacta ou intricada com plan- Destacam-se nesse planalto as chapadas dos Parecis,
tas muito próximas uma das outras; dos Guimarães, das Mangabeiras e o Espigão Mestre, que
• Perene: sempre verde, pois não perde as folhas no divide das águas das bacias do São Francisco e Tocantins.
outono-inverno como as florestas temperadas (caducifólias); Na porção sul desse domínio (MS e GO) localiza-se par-
• Higrófila: com vegetais adaptados a um clima bas- te do planalto Meridional, com a presença de rochas vulcâ-
tante úmido; nica (basalto) intercaladas por rochas sedimentares, forman-
• Outros nomes: Hiléia, denominação dada por Ale- do as cuestas Maracaju, Caiapó, etc.
xandre Von Humboldt, Inferno Verde, por Alexandre Ran-
gel e Floresta Latifoliada Equatorial. Solos
Apresenta aspectos diferenciados dependendo, princi- No Domínio do Cerrado predominam os solos pobres
palmente da maior ou menor proximidade dos cursos flu- e bastante ácidos (pH abaixo de 6,5). São solos altamente
viais. Pode ser dividida em três tipos básicos ou florestais: lixiviados e laterizados, que para serem utilizados na agri-
• Caaigapó: ou mata de igapó, localizada ao longo cultura, necessitam de corretivos; utiliza-se normalmente
dos rios nas planícies permanentemente inundadas. São o método da calagem, que é a adição de calcário ao solo,
espécies do Igapó a vitória-régia, piaçava, açaí, cururu, ma- visando à correção do pH.
rajá, etc. Ao sul desse domínio (planalto Meridional) aparecem
• Mata de várzea: localizada nas proximidades dos significativas manchas de terra roxa, de grande fertilidade
rios, parte da floresta que sofre inundações periódicas. natural (região de Dourados e Campo Grande).
Como principais espécies temos a seringueira (Hevea bra-
siliensis), cacaueiro, sumaúma, copaíba, etc.
Hidrografia
• Caaetê: ou mata de terra firme, parte da floresta da
A densidade hidrográfica é baixa; as elevações do
maior extensão localizada nas áreas mais elevadas (baixos
planalto Central (chapadas) funcionam como divisores de
planaltos), que nunca são atingidas pelas enchentes. Além
de apresentar a maior variedade de espécies, possui as ár- águas entre as bacias Amazônica (rios que correm para o
vores de maior porte. São espécies vegetais do Caaetê o norte) e Platina (Paraná e Paraguai que correm para o sul)
angelim, caucho, andiroba, castanheira, guaraná, mogno, e do São Francisco.
pau-rosa, salsaparrilha, sorva, etc. São rios perenes com regime tropical, isto é, as cheias
ocorrem no verão e as vazantes no inverno.
O DOMÍNIO DOS CERRADOS
O Cerrado é um domínio geoecológico característi- Clima
co do Brasil Central, apresentando terrenos cristalinos (as O principal clima do Cerrado é tropical semi-úmido;
chamadas “serras”) e sedimentares (chapadas), com solos apresenta estações do ano bem definidas, uma bastante
muito precários, ácidos, muito porosos, altamente lixivia- chuvosa (verão) e outra seca (inverno); as médias térmicas
dos e laterizados. são elevadas, oscilando entre 20 ºC a 28 ºC e os índices plu-
A expansão contínua da agricultura e pecuária moder- viométricos variam em torno de 1.500 mm.
nas exige o uso de corretivos com calagens e nutrientes, Verifica-se pelo climograma anterior a estação seca no
que é a fertilização artificial do solo. A mecanização inten- meio do ano, destacando-se a queda de temperatura.
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03) A Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais e as regiões novas, as deficiências da circulação, a im-
(INDE) visa possibilidade de viajar durante a estação das chuvas, há
A. à integração de tecnologias, políticas, mecanismos outras que não enfrentam no mesmo grau os geógrafos
e procedimentos de coordenação e monitoramento, pa- acostumados a trabalhar nos países velhos. Nada disso
drões e acordos necessários para facilitar o acesso, com- pode surpreender em regiões cujo povoamento está em
partilhamento, disseminação e uso dos dados geoespa- curso. Mudanças administrativas, incertezas estatísticas,
ciais. vazios cartográficos, eis outras tantas consequências de
B. à criação de uma instituição para armazenar, cole- um estado de coisas que, a cada dia, se modifica. Tão
tar, manipular e analisar os dados geoespaciais, de forma rápidas são as transformações que tudo que se pode es-
a centralizar sua coordenação, garantir sua preservação crever a respeito entra logo na história. Por isso, foi o
e integridade. próprio movimento que eu tentei descrever e explicar:
C. ao estabelecimento das bases físicas que permitam não era possível elaborar uma monografia regional, por
armazenar e divulgar os dados espaciais, garantindo que isso procurei compor o estudo de uma sociedade em
a lei de acesso à informação seja incorporada e praticada movimento.
pelas instituições cartográficas.
D. ao fomento da lei de transparência de acesso aos Fonte: MONBEIG, Pierre. Pioneiros e Fazendeiros de
dados geoespaciais, por meio da integração dos marcos São Paulo. São Paulo: Hucitec, 1984, p.18-19 Nos anos
legais das distintas esferas administrativas, como União, 1930 e 1940, Pierre Monbeig estudou a expansão do
estados e municípios. povoamento em território brasileiro para o oeste de São
E. à criação de mecanismos e políticas para norma- Paulo e o norte do Paraná. Para compreender as socie-
tizar as ações das parcerias público/privada no armaze- dades em movimento, Monbeig empregou a noção de
namento, coleta, manipulação e análise de dados geoes- franjas pioneiras.
paciais.
As franjas pioneiras constituem a expressão geográ-
fica:
Resposta: A
A. do processo contínuo e linear de apropriação de
terras nas áreas extremas de colonização;
04) A formação do espaço geográfico brasileiro teve
B. do refluxo do povoamento em áreas que passaram
início com a chegada dos colonizadores europeus. Du-
por longos processos de depressão econômica;
rante o período anterior à ocupação, a natureza perma-
C. da progressão irregular que marca a passagem dos
neceu preservada, pois os primeiros habitantes viviam
espaços organizados aos que estão se organizando;
em aldeias agrupadas, utilizando apenas o necessário
D. do contato entre regiões densamente povoadas
para a sua subsistência. Com a chegada dos coloniza-
situadas em unidades paisagísticas distintas;
dores, iniciou-se uma nova etapa do relacionamento do E. da incorporação de áreas próximas às fronteiras
homem com a natureza. A respeito desse tema e suas internacionais pela implantação de infraestrutura.
implicações, assinale a opção correta.
A. No século XVI, a ocupação do território ocorreu Resposta: C
com base na diversificação da cultura, principalmente de
produtos não tropicais.
B. Até a década de 1930, os espaços econômicos bra-
sileiros estavam articulados, desenvolvendo atividades
intensas principalmente voltadas para a estruturação de
atividades industriais.
C. A divisão regional do Brasil fundamenta-se na
combinação e predominância dos aspectos naturais, so-
ciais, econômicos e religiosos.
D. Os portugueses conseguiram incorporar, de forma
efetiva, as terras situadas além dos limites de Tordesilhas
por meio do Tratado de Versalhes.
E. Objetivando a acumulação de riquezas, os coloni-
zadores e os que os sucederam transformaram a natu-
reza, por causa do desmatamento e da implantação de
grandes lavouras e pastagens.
Resposta: E
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GEOGRAFIA DO BRASIL
02. (UFRJ – VESTIBULAR – UFRJ/2013)A Zona Por- O texto da reportagem faz referência a duas fases
tuária do Rio de Janeiro vem recebendo muitos inves- distintas da política territorial na Amazônia durante o
timentos públicos e privados com o objetivo de pro- regime militar. Dois exemplos dessa política de ocu-
mover sua renovação física e funcional.Considerando a pação, para o período 1964/1973 e para o período
charge, a nova dinâmica espacial pode ter a seguinte 1973/1985, respectivamente, foram as implantações de:
consequência sobre o processo de urbanização nessa A) polos de turismo e lazer – extensas redes ferro-
região da metrópole carioca:
viárias inter-regionais.
B) centros comerciais fronteiriços – imensas áreas
de monocultura de soja.
C) distritos industriais exportadores – numerosas
áreas de produção de borracha.
D) assentamentos de agricultura familiar – grandes
projetos de grupos empresariais.
E) centros comerciais fronteiriços – pequenas áreas
de monocultura do açúcar.
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GEOGRAFIA DO BRASIL
A alternativa (B) está incorreta, pois nunca houve real 05. (EsSa – SARGENTO – EB/2011) - A formação ve-
investimento em centros de comércio fronteiriços, e a che- getal na qual predominam espécies de palmeiras como
gada da soja à região Norte ocorreu, de modo mais expres- a carnaúba, o babaçu e o buriti, e que é considerada
sivo, na última década, e não durante o regime militar. uma zona de transição entre os domínios da Amazônia
A alternativa (C) está incorreta. A Zona Franca de Ma- e o da Caatinga é a(o)
naus foi, de fato, criada durante o regime militar, em 1967, A) mata dos cocais.
mas a produção de borracha data do final do século XIX B) pantanal.
e início do século XX, quando teve seu auge. Durante o C) manguezal.
regime militar, ainda havia produção de borracha, mas era D) restinga.
extremamente insignificante se comparada à produção do E) pradaria.
início do século, e o governo não investiu nisso nas déca-
das de 1970 e 1980. A mata dos cocais é uma formação vegetal típica da
A alternativa (D) está correta. O regime militar tentou
área de transição entre a região norte e nordeste Brasilei-
povoar o máximo possível a região Norte, como forma de
ra e que ocupa uma faixa que se estende pelos Estados
garantir a ocupação do território e evitar questionamentos
do Maranhão e Piauí, mas também podem ser encontradas
internacionais sobre a soberania da Amazônia. Isso foi feito
formações típicas da mata de cocais em outros estados
por meio de assentamentos de agricultura familiar. Entre-
tanto, a precariedade da região e das condições de ocupa- como Tocantins, Ceará e Bahia.
ção fizeram com que essa política não fosse bem-sucedida. Localizada bem no meio de dois importantes bio-
Ao mesmo tempo, grandes grupos empresariais também mas Brasileiros, a mata de cocais, faz a transição entre
foram estimulados a explorar a região, muito rica em miné- a caatinga, típica do nordeste, a floresta amazônica, típica
rios e outros recursos. da região norte, e o cerrado, mais ao sul.
RESPOSTA: “D”. A árvore símbolo da mata de cocais é o babaçu, mas
também são encontrados, em menor quantidade, o buriti,
04. (UFRJ – VESTIBULAR – UFRJ/2013) – a carnaúba (da qual é extraída uma cera), e a oiticica. No ex-
trato mais baixo da mata de cocais, podemos encontrar uma
grande variedade de arbustos e plantas de menor porte.
RESPOSTA: “A”.
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07.(UERJ – VESTIBULAR – UERJ/2013) – A China deveria ter quatro fusos diferentes. A Terra,
sendo um círculo, tem 360 graus. Sabendo-se que existem
24 fusos horários no globo terrestre, dividimos 360 por
24 e descobrimos que cada fuso equivale a 15 graus. No
enunciado, foi dito que a longitude da China varia entre 74
graus e 134 graus. Subtraindo 74 graus de 134, chega-se a
60 graus, que representa a extensão longitudinal do país.
60 graus (extensão do território chinês) divididos por 15
graus (extensão de cada fuso) é igual a 4, que é o número
de fusos que a China deveria ter em seu território.
RESPOSTA: “B”.
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GEOGRAFIA DO BRASIL
A alternativa (B) está incorreta porque o reconheci- Da leitura do texto, pode-se concluir que
mento do funk em nada se relaciona com grupos políticos. A) mais da metade da população Brasileira é pobre.
Já a alternativa (C) está incorreta porque as políticas B) os estados populosos apresentam problemas sociais.
públicas não buscam privilegiar aspectos pessoais, como a C) as desigualdades regionais no Brasil são elevadas.
promoção de intérpretes. D) a economia Brasileira teve crescimento zero na
Políticas públicas visam a privilegiar o bem público, última década.
como as manifestações culturais do país. A assertiva cor- E) a influencia das condições naturais são pouco
reta é a letra (D). significativas na população.
RESPOSTA: “D”
Porque não se poder inferir do texto que mais da me-
10.(IF/SP – VESTIBULAR – IF/2013) – tade da população Brasileira é pobre. Afirma-se que cerca
de 40% da população do Nordeste vive na pobreza, mas
a realidade nordestina não é a mesma do resto do país. A
alternativa (A) está errada.
A alternativa (B) está incorreta, pois São Paulo é um
Pode colaborar para tornar o Brasil uma “potência estado mais populoso do que o Maranhão, mas apresenta
verde” o fato de o país menos problemas sociais do que o estado nordestino.
A) desenvolver as atividades do agronegócio em A alternativa (C) está correta, pois um dos maiores pro-
áreas de conservação integral. blemas Brasileiros é a grande desigualdade regional. Índi-
B) apresentar forte peso de recursos renováveis na ces de desenvolvimento econômico e social são sempre
matriz energética. mais baixos no Norte e Nordeste do país se comparados
C) se destacar pelo baixo índice de desflorestamen- com o centro-sul Brasileiro. Essa desigualdade vem desde
to do cerrado. a colonização e se perpetua até os dias atuais. Vários pro-
D) impedir o avanço da agropecuária no bioma gramas governamentais foram criados com o objetivo de
amazônico. reduzir a desigualdade, como a SUDAM e a SUDENE, mas
E) apresentar expressiva dispersão da atividade in- os resultados sempre foram bastante limitados.
dustrial. A alternativa (D) está incorreta, pois na década de 2000
o Brasil teve crescimento econômico expressivo. Mesmo na
Porque o desenvolvimento de atividades de agrone- época atual, em que o país tem passado por algumas difi-
gócio em áreas de Conservação integral colabora para a culdades, o crescimento tem sido pequeno, mas positivo.
degradação do meio ambiente, e não para o desenvolvi- A alternativa (E) está incorreta porque as condições cli-
mento sustentável. A alternativa (B) está correta. Cerca de máticas são fator importante para determinar as condições
85% da matriz energética Brasileira é proveniente de hi- de vida da população. Exemplos disso são as áreas que en-
drelétricas, que é considerada uma matriz limpa, se com- frentam seca constante no nordeste do Brasil e no norte de
parada a outras, como a termoelétrica. A matriz hidrelétrica Minas, que são umas das áreas mais pobres do Brasil, onde
gera alguns impactos ambientais, como o alagamento de o Índice de Desenvolvimento humano é muito baixo.
regiões e o desvio do curso dos rios, mas, em termos de RESPOSTA: “C”.
emissão de agentes poluidores da atmosfera, trata-se de
uma matriz energética limpa. 12.(IF/SP – VESTIBULAR – IF/2013) –
A alternativa (C) está incorreta, pois o desmatamento Este produto se destaca como o cultivo que mais
no cerrado é bastante significativo (cerca de 50% da cober- cresceu nas últimas décadas, respondendo hoje pela
tura vegetal original já foi desmatada principalmente para ocupação de cerca de 24 milhões de hectares.
ceder lugar para práticas agropecuárias). Existe, inclusive, Observe no mapa as áreas produtoras.
um programa governamental desde 2009 para tentar redu-
zir o desmatamento no bioma, chamado PP Cerrado.
A alternativa (D) está incorreta, pois existe o avanço da
agropecuária na região amazônica, que é considerada a úl-
tima fronteira de recursos do país, incluindo terras poten-
cialmente agricultáveis.
A alternativa (E) está incorreta porque a atividade indus-
trial no Brasil é bastante concentrada no centro-sul do país.
RESPOSTA: “A”.
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GEOGRAFIA DO BRASIL
As informações apresentadas no texto referem- se Segundo os dados apresentado no mapa, os três Esta-
à produção de dos com o maior índice de população afetada pela seca são o
A) Cana- de- Açúcar. Ceará (60,1%), a Paraíba (56,9%) e o Piauí (55,8%). As obras de
B) Algodão. transposição do rio São Francisco ainda não foram concluídas.
C) Arroz. Atualmente (fevereiro/2014), somente cerca de 50% da obra
D) Cacau. foram concluídos. A transposição é vista pelos defensores do
E) Café. projeto como uma das soluções para a seca que atinge os
estados do Meio-Norte do Nordeste. Por fim, obras contra
Uma vez que o texto do enunciado se refere ao café. a seca tendem a ser de grande vulto e, portanto, caras, de
Segundo a Associação Brasileira da Indústria do Café, modo que as cidades, sozinhas, não seriam capazes de realizá
“atualmente o Brasil é o maior produtor mundial de café, -las, necessitando do apoio dos governos estaduais e federal.
sendo responsável por 30% do mercado internacional, RESPOSTA: “B”.
volume equivalente à soma da produção dos outros seis
maiores países produtores. É também o segundo mercado 17.(UFMT – VESTIBULAR – VUNESP/2012) - A questão
consumidor, atrás somente dos Estados Unidos”. Os prin- da escassez de água é um dos temas ambientais globais
cipais estados produtores são Minas Gerais, São Paulo, Es- da atualidade. O Índice de Dependência de Água (IDA)
pírito Santo e Paraná, mas também há produção expressiva permite análises geográficas e geopolíticas interessantes.
na Bahia e em Rondônia. A mecanização na lavoura de café O IDA mensura a proporção de água renovável, funda-
é crescente, como se observa no texto, e capaz de reduzir mentalmente de origem fluvial, oriunda de fora de de-
custos de produção. terminado país. No fundo, oferece um número para a
RESPOSTA: “E”. dependência de recursos hídricos controlados por países
vizinhos.
16.(UFMT – VESTIBULAR – VUNESP/2012) - O mapa O IDA do Brasil desmente a apreciação do senso co-
mostra os estados do Nordeste Brasileiro atingidos pela mum, segundo a qual não temos maiores dificuldades hí-
dricas. Nosso IDA é de 34%, o que quer dizer que cerca de
seca.
um terço das águas fluviais do país têm origem fora do
território nacional.
(Mundo, agosto de 2012. Adaptado.)
A partir da leitura do texto e de conhecimentos geo-
gráficos, é correto afirmar que há menor dependência
hídrica
A) na Hungria.
B) na Holanda.
C) no Japão.
D) no Egito.
E) no Paraguai.
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20.(PM/RJ – OFICIAL DE POLICIA MILITAR – A ajuda internacional que o Haiti recebeu após o terre-
IBFC/2012) – “Das várias preocupações que cercam os moto de 2010 não incluiu incentivo à imigração. A princípio,
alimentos transgênicos, os efeitos sobre o meio am- foi uma ajuda humanitária, com o envio de profissionais de
biente são uma das principais. É aí que se encontram as saúde e produtos básicos, como água, alimentos e roupas.
maiores incertezas.” Nos dias atuais, há uma missão de paz da ONU no país, que
Marafon, Claudio José. O Desencanto da Terra: Pro- tem o objetivo de estabilizá-lo militar e politicamente, ha-
dução de alimentos, ambiente e sociedade. Rio de Ja- vendo algumas ações no plano da construção civil, mas não
neiro: Garamond, 2011. (Adaptado) no incentivo à imigração. A alternativa (A) está incorreta.
A avaliação do impacto ambiental de transgênicos A alternativa (B) está incorreta, pois não existe protoco-
no Brasil permanece com muitas questões a resolver, o lo de troca de mão de obra entre Brasil e Haiti.
que gera temores por parte de estudiosos e da socieda- A alternativa (C) está incorreta. A MINUSTAH não é um
de civil, já que essa tecnologia também gera aspectos programa nem é do NAFTA, que é uma zona de livre comér-
negativos ao setor produtivo como a: cio entre CANADÁ, Estados Unidos e México. MINUSTAH
A) elevação da produtividade. significa Missão das Nações Unidas para a Estabilização do
B) difusão da biodiversidade. Haiti, a qual visa literalmente à estabilização do país e não
C) proliferação de espécies nativas. incentiva a migração.
D) resistência de pragas a insumos químicos. A alternativa (D) está incorreta, pois as forças de ocu-
pação da MINUSTAH são lideradas pelo Brasil, e não pelos
O aumento de produtividade é um aspecto positivo dos Estados Unidos. Além disso, a missão de paz não tem obje-
transgênicos, e não negativo. A alternativa (A) está incorreta. tivo de reprimir a população. O maior motivo da imigração
A alternativa (B) está incorreta, pois, em regra, não há se relaciona com a situação econômica precária do país, e
difusão de biodiversidade em locais que adotam plantas não com a atuação da MINUSTAH.
transgênicas. Na realidade, muitos transgênicos são utiliza- A alternativa (E) está correta. O crescimento econômico
dos em monoculturas, como soja e milho, e monoculturas do Brasil na última década e a situação precária da econo-
tendem a diminuir a biodiversidade, e não aumentá-la. mia haitiana são fatores essenciais que explicam a migração
A alternativa (C) está incorreta, pois a tendência é de de haitianos para o Brasil.
proliferação de espécies não nativas.
A alternativa (D) está correta. A princípio, afirmava-se RESPOSTA: “E”.
que as plantas transgênicas seriam mais resistentes a pra-
gas. Entretanto, o que se observou, na prática, foi o au-
mento de uso de agrotóxicos em plantações que utilizam
sementes transgênicas, o que significa maior resistência de
pragas a insumos químicos quando se trata de plantações
transgênicas.
RESPOSTA: “D”.
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HISTÓRIA DO BRASIL
1
HISTÓRIA DO BRASIL
A economia colonial: A base da economia colonial era Assim, de 1580 até 1640, o rei da Espanha passou a ser,
o engenho de açúcar. O senhor de engenho era um fazen- ao mesmo tempo, rei de Portugal, dando origem ao perío-
deiro proprietário da unidade de produção de açúcar. Utili- do conhecido como “União Ibérica”.
zava a mão-de-obra africana escrava e tinha como objetivo Portugal havia adotado até então uma política inter-
principal a venda do açúcar para o mercado europeu. Além nacional muito prudente, evitando, tanto quanto possível,
do açúcar destacou-se também a produção de tabaco e atritos nessa área, ciente de sua própria fragilidade. Essa
algodão. situação foi alterada completamente com a sua anexação
As plantações ocorriam no sistema de plantation, ou pela Espanha, já que Portugal herdou, de imediato, todos
seja, eram grandes fazendas produtoras de um único pro- os numerosos inimigos dos Habsburgos. Do ponto de vista
duto, utilizando mão-de-obra escrava e visando o comér- colonial, o mais temível inimigo era a Holanda.
cio exterior.
O Pacto Colonial imposto por Portugal estabelecia
que o Brasil só podia fazer comércio com a metrópole.
A sociedade colonial: A sociedade no período do açú- B. AS ATIVIDADES ECONÔMICAS E A
car era marcada pela grande diferenciação social. No topo
EXPANSÃO COLONIAL: AGRICULTURA,
da sociedade, com poderes políticos e econômicos, esta-
PECUÁRIA, COMÉRCIO E MINERAÇÃO.
vam os senhores de engenho. Abaixo, aparecia uma cama-
da média formada por trabalhadores livres e funcionários
públicos. E na base da sociedade estavam os escravos de
origem africana. Origens
Era uma sociedade patriarcal, pois o senhor de enge- Encontramos a origem do sistema capitalista na passa-
nho exercia um grande poder social. As mulheres tinham gem da Idade Média para a Idade Moderna. Com o renasci-
poucos poderes e nenhuma participação política, deviam mento urbano e comercial dos séculos XIII e XIV, surgiu na
apenas cuidar do lar e dos filhos. A casa-grande era a re- Europa uma nova classe social: a burguesia. Esta nova clas-
sidência da família do senhor de engenho. Nela moravam, se social buscava o lucro através de atividades comerciais.
além da família, alguns agregados. O conforto da casa-
grande contrastava com a miséria e péssimas condições de Neste contexto, surgem também os banqueiros e cam-
higiene das senzalas (habitações dos escravos). bistas, cujos ganhos estavam relacionados ao dinheiro em
Anexação de Portugal. Desde 1556 a Espanha era go- circulação, numa economia que estava em pleno desen-
vernada por Filipe II (1556 - 1598), membro de uma das volvimento. Historiadores e economistas identificam nesta
mais poderosas dinastias europeias: os Habsburgos ou burguesia, e também nos cambistas e banqueiros, ideais
Casa d’Áustria, que além da Espanha detinha o controle embrionários do sistema capitalista: lucro, acúmulo de ri-
do Sacro-Império Romano Germânico, sediado na Áustria, quezas, controle dos sistemas de produção e expansão dos
com influências também sobre a Alemanha e a Itália. negócios.
Nos tempos do reinado de Filipe II, a exploração das
minas de prata da América espanhola havia atingido o seu Primeira Fase: Capitalismo Comercial ou Pré-Capi-
apogeu. Com a entrada da prata do México e do Peru, a talismo
Espanha se transformara, durante o século XVI, na mais po-
derosa nação europeia. Isso levou os historiadores a clas- Este período estende-se do século XVI ao XVIII. Inicia-
sificarem o século XVI como o século da preponderância se com as Grandes Navegações e Expansões Marítimas
espanhola. Tendo em mãos recursos abundantes, Filipe Europeias, fase em que a burguesia mercante começa a
II aliou o poderio econômico a uma agressiva política in- buscar riquezas em outras terras fora da Europa. Os co-
ternacional, da qual resultou a anexação de Portugal (até merciantes e a nobreza estavam a procura de ouro, prata,
então, reino independente) e a independência da Holanda especiarias e matérias-primas não encontradas em solo eu-
(até então, possessão espanhola). ropeu. Estes comerciantes, financiados por reis e nobres, ao
Em 1578, o rei de Portugal, D. Sebastião, morreu na chegarem à América, por exemplo, vão começar um ciclo
batalha de Alcácer-Quibir, no atual Marrocos, em luta con- de exploração, cujo objetivo principal era o enriquecimento
tra os árabes. Com a morte do rei, que não tinha descen- e o acúmulo de capital. Neste contexto, podemos identi-
dentes, o trono de Portugal foi ocupado pelo seu tio-avô, ficar as seguintes características capitalistas: busca do lu-
o velho cardeal D. Henrique, que, no entanto, faleceu em cros, uso de mão-de-obra assalariada, moeda substituindo
1580, naturalmente sem deixar descendência... Com a mor- o sistema de trocas, relações bancárias, fortalecimento do
te deste último, extinguia-se a dinastia de Avis, que se en- poder da burguesia e desigualdades sociais.
contrava no trono desde 1385, com a ascensão de D. João
I, mestre de Avis. Segunda Fase: Capitalismo Industrial
Vários pretendentes se candidataram então ao trono
vago: D. Catarina, duquesa de Bragança, D. Antônio, prior No século XVIII, a Europa passa por uma mudança sig-
do Crato e, também, Felipe II, rei da Espanha, que descen- nificativa no que se refere ao sistema de produção. A Revo-
dia, pelo lado materno, em linha direta, do rei D. Manuel, o lução Industrial, iniciada na Inglaterra, fortalece o sistema
Venturoso, que reinou nos tempos de Cabral. capitalista e solidifica suas raízes na Europa e em outras
2
HISTÓRIA DO BRASIL
regiões do mundo. A Revolução Industrial modificou o sis- ro chegava 5 milhões de nativos, aproximadamente. Estes
tema de produção, pois colocou a máquina para fazer o índios brasileiros estavam divididos em tribos, de acordo
trabalho que antes era realizado pelos artesãos. O dono da com o tronco linguístico ao qual pertenciam: tupi-guarani
fábrica conseguiu, desta forma, aumentar sua margem de (região do litoral), macro-jê ou tapuia (região do Planalto
lucro, pois a produção acontecia com mais rapidez. Se por Central), aruaque (Amazônia) e caraíba (Amazônia).
um lado esta mudança trouxe benefícios (queda no preço Atualmente, calcula-se que apenas 400 mil índios ocu-
das mercadorias), por outro a população perdeu muito. O pam o território brasileiro, principalmente em reservas in-
desemprego, baixos salários, péssimas condições de traba-
dígenas demarcadas e protegidas pelo governo. São cerca
lho, poluição do ar e rios e acidentes nas máquinas foram
problemas enfrentados pelos trabalhadores deste período. de 200 etnias indígenas e 170 línguas. Porém, muitas delas
não vivem mais como antes da chegada dos portugueses.
O lucro ficava com o empresário que pagava um sa- O contato com o homem branco fez com que muitas tribos
lário baixo pela mão-de-obra dos operários. As indústrias, perdessem sua identidade cultural.
utilizando máquinas à vapor, espalharam-se rapidamente
pelos quatro cantos da Europa. O capitalismo ganhava um A sociedade indígena na época da chegada dos por-
novo formato. tugueses
O primeiro contato entre índios e portugueses em
Muitos países europeus, no século XIX, começaram a 1500 foi de muita estranheza para ambas as partes. As duas
incluir a Ásia e a África dentro deste sistema. Estes dois culturas eram muito diferentes e pertenciam a mundos
continentes foram explorados pelos europeus, dentro de completamente distintos. Sabemos muito sobre os índios
um contexto conhecido como neocolonialismo. As popu- que viviam naquela época, graças a Carta de Pero Vaz de
lações destes continentes, foram dominadas a força e tive-
Caminha (escrivão da expedição de Pedro Álvares Cabral )
ram suas matérias-primas e riquezas exploradas pelos eu-
ropeus. Eram também forçados a trabalharem em jazidas e também aos documentos deixados pelos padres jesuítas.
de minérios e a consumirem os produtos industrializados Os indígenas que habitavam o Brasil em 1500 viviam
das fábricas europeias. da caça, da pesca e da agricultura de milho, amendoim, fei-
jão, abóbora, bata-doce e principalmente mandioca. Esta
Terceira Fase: Capitalismo Monopolista-Financeiro agricultura era praticada de forma bem rudimentar, pois
utilizavam a técnica da coivara (derrubada de mata e quei-
Iniciada no século XX, esta fase vai ter no sistema ban- mada para limpar o solo para o plantio).
cário, nas grandes corporações financeiras e no mercado Os índios domesticavam animais de pequeno porte
globalizado as molas mestras de desenvolvimento. Pode- como, por exemplo, porco do mato e capivara. Não co-
mos dizer que este período está em pleno funcionamento nheciam o cavalo, o boi e a galinha. Na Carta de Caminha é
até os dias de hoje. relatado que os índios se espantaram ao entrar em contato
pela primeira vez com uma galinha.
Grande parte dos lucros e do capital em circulação no
As tribos indígenas possuíam uma relação baseada em
mundo passa pelo sistema financeiro. A globalização per-
mitiu as grandes corporações produzirem seus produtos regras sociais, políticas e religiosas. O contato entre as tri-
em diversas partes do mundo, buscando a redução de cus- bos acontecia em momentos de guerras, casamentos, ceri-
tos. Estas empresas, dentro de uma economia de mercado, mônias de enterro e também no momento de estabelecer
vendem estes produtos para vários países, mantendo um alianças contra um inimigo comum.
comércio ativo de grandes proporções. Os sistemas in- Os índios faziam objetos utilizando as matérias-primas
formatizados possibilitam a circulação e transferência de da natureza. Vale lembrar que índio respeita muito o meio
valores em tempo quase real. Apesar das indústrias e do ambiente, retirando dele somente o necessário para a sua
comercio continuarem a lucrar muito dentro deste sistema, sobrevivência. Desta madeira, construíam canoas, arcos e
podemos dizer que os sistemas bancário e financeiro são flechas e suas habitações (oca). A palha era utilizada para
aqueles que mais lucram e acumulam capitais dentro deste fazer cestos, esteiras, redes e outros objetos. A cerâmica
contexto econômico atual. também era muito utilizada para fazer potes, panelas e
utensílios domésticos em geral. Penas e peles de animais
Fonte: http://www.suapesquisa.com/capitalismo/
serviam para fazer roupas ou enfeites para as cerimônias
das tribos. O urucum era muito usado para fazer pinturas
no corpo.
C. OS POVOS INDÍGENAS; ALDEAMENTOS; A organização social dos índios
AÇÃO JESUÍTICA.
Entre os indígenas não há classes sociais como a do
homem branco. Todos têm os mesmo direitos e recebem o
Introdução mesmo tratamento. A terra, por exemplo, pertence a todos
e quando um índio caça, costuma dividir com os habitantes
Historiadores afirmam que antes da chegada dos euro- de sua tribo. Apenas os instrumentos de trabalho (macha-
peus à América havia aproximadamente 100 milhões de ín- do, arcos, flechas, arpões) são de propriedade individual.
dios no continente. Só em território brasileiro, esse núme- O trabalho na tribo é realizado por todos, porém possui
3
HISTÓRIA DO BRASIL
uma divisão por sexo e idade. As mulheres são responsá- estes deuses e espíritos, faziam rituais, cerimônias e fes-
veis pela comida, crianças, colheita e plantio. Já os homens tas. O pajé era o responsável por transmitir estes conheci-
da tribo ficam encarregados do trabalho mais pesado: caça, mentos aos habitantes da tribo. Algumas tribos chegavam
pesca, guerra e derrubada das árvores. a enterrar o corpo dos índios em grandes vasos de cerâ-
Duas figuras importantes na organização das tribos são mica, onde além do cadáver ficavam os objetos pessoais.
o pajé e o cacique. O pajé é o sacerdote da tribo, pois co- Isto mostra que estas tribos acreditavam numa vida após
nhece todos os rituais e recebe as mensagens dos deuses. a morte.
Ele também é o curandeiro, pois conhece todos os chás e
ervas para curar doenças. Ele que faz o ritual da pajelança, Principais etnias indígenas brasileiras na atualidade
onde evoca os deuses da floresta e dos ancestrais para aju- e população estimada
dar na cura. O cacique, também importante na vida tribal,
- Ticuna (35.000), Guarani (30.000), Caiagangue (25.000),
faz o papel de chefe, pois organiza e orienta os índios.
Macuxi (20.000), Terena (16.000), Guajajara (14.000), Xavan-
A educação indígena é bem interessante. Os peque-
nos índios, conhecidos como curumins, aprender desde te (12.000), Ianomâmi (12.000), Pataxó (9.700), Potiguara
pequenos e de forma prática. Costumam observar o que (7.700).
os adultos fazem e vão treinando desde cedo. Quando o
pai vai caçar, costuma levar o indiozinho junto para que Fonte: Funai (Fundação Nacional do Índio).
este aprender. Portanto a educação indígena é bem pratica - De acordo com dados do Censo 2010 (IBGE), o Brasil
e vinculada a realidade da vida da tribo indígena. Quando possuía, em 2010, 896.917 indígenas. Este número corres-
atinge os 13 os 14 anos, o jovem passa por um teste e uma pondia a 0,47% da população do Brasil.
cerimônia para ingressar na vida adulta. Fonte: http://www.suapesquisa.com/indios/
Os contatos entre indígenas e portugueses
Como dissemos, os primeiros contatos foram de es-
tranheza e de certa admiração e respeito. Caminha rela- D. AS CAMADAS SENHORIAIS, OS ESCRAVOS
ta a troca de sinais, presentes e informações. Quando os E OUTROS TRABALHADORES.
portugueses começam a explorar o pau-brasil das matas,
começam a escravizar muitos indígenas ou a utilizar o es-
cambo. Davam espelhos, apitos, colares e chocalhos para
os indígenas em troca de seu trabalho.
O canto que se segue foi muito prejudicial aos povos Nos engenhos de açúcar do Brasil Colonial eram em-
indígenas. Interessados nas terras, os portugueses usaram pregados o trabalho assalariado livre e o trabalho escravo
a violência contra os índios. Para tomar as terras, chegavam africano. Neste texto daremos ênfase às formas e caracte-
a matar os nativos ou até mesmo transmitir doenças a eles rísticas do trabalho escravo colonial.
para dizimar tribos e tomar as terras. Esse comportamento A maioria da população colonial brasileira era com-
violento seguiu-se por séculos, resultando no pequeno nú- posta por africanos e seus descendentes escravizados. O
mero de índios que temos hoje. desenvolvimento da economia colonial era garantido pela
A visão que o europeu tinha a respeito dos índios era mão de obra escrava, que era empregada em diversas
eurocêntrica. Os portugueses achavam-se superiores aos áreas: pecuária, lavoura, coleta, pesca e transporte de pro-
indígenas e, portanto, deveriam dominá-los e colocá-los ao dutos. Os escravizados também realizavam uma diversida-
seu serviço. A cultura indígena era considerada pelos euro- de de atividades desde o plantio (diversas culturas) até a
peus como sendo inferior e grosseira. Dentro desta visão, preparação e o processamento do açúcar.
acreditavam que sua função era convertê-los ao cristianis- As jornadas de trabalho dos trabalhadores escraviza-
mo e fazer os índios seguirem a cultura europeia. Foi assim dos nos engenhos variavam: o plantio (preparação do solo)
que, aos poucos, os índios foram perdendo sua cultura e demandava diariamente aproximadamente 13 horas de la-
também sua identidade. bor; já o corte e a moagem da cana-de-açúcar demanda-
vam 18 horas diárias.
Canibalismo
Os escravos de campos integravam 80% dos traba-
Algumas tribos eram canibais como, por exemplo, os
tupinambás que habitavam o litoral da região sudeste do lhadores escravizados dos engenhos de açúcar e traba-
Brasil. A antropofagia era praticada, pois acreditavam que lhavam plantando, colhendo, guiando boiadas e outros
ao comerem carne humana do inimigo estariam incorpo- animais, pescando, caçando, entre outras coisas. Existiam
rando a sabedoria, valentia e conhecimentos. Desta forma, os escravos que labutavam na produção do açúcar: esses
não se alimentavam da carne de pessoas fracas ou covar- constituíam aproximadamente 10% dos escravizados. As
des. A prática do canibalismo era feira em rituais simbólicos. escravas domésticas, que geralmente trabalhavam na casa-
grande (habitação do senhor de engenho e de sua família),
Religião Indígena exerciam os cargos de faxineiras, cozinheiras, arrumadei-
Cada nação indígena possuía crenças e rituais religio- ras, amas de leite. Os artesãos (oleiro, carpinteiro, ferreiro)
sos diferenciados. Porém, todas as tribos acreditavam nas constituíam, juntamente com os escravos domésticos, os
forças da natureza e nos espíritos dos antepassados. Para outros 10% dos trabalhadores escravizados.
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HISTÓRIA DO BRASIL
O sistema de trabalho nos engenhos era geralmente Outro grupo que também adentrou o interior do Brasil
por tarefas, ou seja, cada escravo exercia uma tarefa diária. e auxiliou no seu desenvolvimento, foram os missionários
Além disso, todos realizavam serviços extras (construção jesuítas. A ordem formada por religiosos da Igreja Cató-
de casas, cercas, consertos, entre outros). lica dedicaram-se a “domesticar” os indígenas através do
Os trabalhadores escravizados que não desempenha- ensino de sua doutrina. Com o objetivo de auxiliar os co-
vam sua tarefa diária sofriam punições e castigos, e os que lonizadores no trato com os nativos, os jesuítas fundaram
tentavam fugir da condição desumana em que se encon- aldeamentos conhecidos como missões ou reduções.
travam, geralmente sofriam sérios castigos físicos. Práticas Econômicas
Nesse período da história do Brasil (dos engenhos de Quando se fala em período colonial, desenvolvemos
açúcar) surgiram vários aspectos e características da socie- uma ideia errônea sobre as práticas econômicas. Os livros
dade brasileira. Os escravos africanos deixaram várias he- falam tanto em cultivo de cana-de-açúcar que absorvemos
ranças culturais. Foi na senzala (habitação dos escravos no a concepção de que no Brasil só havia essa atividade. Po-
engenho) que surgiu a feijoada, prato presente na culinária rém, a criação de gado bovino representou uma prática
brasileira; e a capoeira, que se confundia com uma dan- importante para o desenvolvimento da colônia, seja para
ça, mas que era uma forma de luta desenvolvida entre os atender as necessidades de subsistência e transporte dos
escravos na resistência contra o trabalho escravo – muito engenhos ou para a obtenção de charque e couro.
praticada hoje em dia no Brasil e no mundo. A condução dos rebanhos bovinos era realizada pelos
tropeiros, além de conduzir os animais era da responsa-
Fonte: http://alunosonline.uol.com.br/historia-do-bra- bilidade desses homens comprar e vender o gado. A pe-
sil/trabalho-escravo-africano-nos-engenhos-coloniais. cuária não exigia o emprego de uma grande quantidade
html de trabalhadores, os vaqueiros eram em geral, indígenas e
negros libertos ou fugidos. Geralmente, o pagamento dos
tropeiros era feito através de cabeças de gado. Assim, esses
E. A CONQUISTA DOS SERTÕES; ENTRADAS E homens deram início à formação de seus próprios reba-
BANDEIRAS. nhos, o que possibilitou a rápida expansão dessa atividade.
Quanto mais à pecuária se desenvolvia, crescia a neces-
sidade de conquistar novas terras para a pastagem. Dessa
forma o território seria rapidamente ocupado. O gado era
criado em regime extensivo, ou seja, solto nos pastos, o que
Quando os portugueses chegaram com suas carave-
originou a formação de grandes fazendas no Nordeste.
las no Brasil no ano de 1500, o domínio se limitou a uma
Entradas e Bandeiras
estreita faixa litorânea. O território entre a costa e o meri-
No decorrer do século XVII, as expedições militares
diano de Tordesilhas, chamado de sertão, permaneceu des-
conhecido polos exploradores e ocupado por uma grande conhecidas como bandeiras, desbravaram o território em
variedade de tribos indígenas. No período colonial, parte busca de indígenas e riquezas, principalmente metais pre-
do território brasileiro pertencia a Coroa espanhola, porém ciosos. Os grupos de bandeirantes partiam da Capitania de
a metrópole europeia não havia tomado posse de seus do- São Vicente rumo ao interior do Brasil. Armados e decididos
mínios. a conquistar seus objetivos, os participantes das bandeiras
Expedições Militares agiam por conta própria, utilizando essas expedições parti-
No período entre os anos de 1580 a 1640, em que culares para capturar e comercializar os nativos. Passavam
portugueses e espanhóis estiveram sob a mesma Coroa, longos meses nas matas em busca de pedras preciosas,
os territórios abaixo do meridiano de Tordesilhas foram aventurando-se além do Meridiano de Tordesilhas.
percorridos por expedições militares formadas por aven- Além das bandeiras, as outras expedições desse perío-
tureiros em busca de riquezas, terras e índios. Financiadas do foram às entradas. Financiadas pelo governo, tinham
pelo governo ou por particulares, essas expedições tiveram como finalidade demarcar o território, aprisionar indíge-
participação importante no desbravamento e povoamento nas e explorar as minas de metais preciosos. Ao contrário
do “sertão”. das bandeiras, as entradas costumavam respeitar os limites
Os bandeirantes paulistas (como ficaram conhecidos do Meridiano de Tordesilhas. Os bandeirantes por muito
os desbravadores) durante suas expedições de caça ou tempo foram considerados heróis, homenageados viraram
aprisionamento de indígenas auxiliavam os portugueses a nome de praças, ruas, rodovias e seus bustos até hoje orna-
conquistar as regiões sul e centro-oeste da colônia. mentam algumas cidades, no entanto a historiografia atual
As expedições militares oficiais ocuparam principal- vem revendo essa visão.
mente as regiões norte e nordeste, essa entrada em ter- Apesar de auxiliarem na ocupação do interior, esses
ritórios antes desconhecidos foi uma maneira de garantir importantes personagens da nossa história foram respon-
o domínio português sob as terras recém-descobertas e sáveis por grandes matanças de indígenas e desmatamen-
impedir que outras metrópoles se aventurassem na região. to de nossas florestas. Os bandeirantes aprisionaram cerca
Os criadores de gado adentraram o Nordeste e o Sul do de cem mil nativos. Até mesmo as missões jesuíticas so-
país com seus rebanhos, iniciando uma nova atividade eco- freram ataques dessas expedições, como os indígenas que
nômica, que até os dias de hoje representam uma forte viviam nesses aldeamentos eram preparados para o traba-
característica da economia brasileira. lho, acabavam por ser uma presa cobiçada.
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HISTÓRIA DO BRASIL
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HISTÓRIA DO BRASIL
ministração colonial, o que foi visto com maus olhos pelos podia cumprir as ordens de Napoleão e aderir ao Bloqueio
portugueses que reprimiram os revoltosos violentamente. Continental, pois tinha longa relação comercial com a In-
Foi a única revolta do século XVII. glaterra, por outro lado o governo português temia o exér-
A Guerra dos Emboabas foi um conflito que ocorreu cito francês.
entre 1708 e 1709. O confronto em Minas Gerais aconte- Sem outra alternativa, Portugal aceitou o Bloqueio,
ceu porque os bandeirantes paulistas queriam ter exclusi- mas, continuou comercializando com a Inglaterra. Ao des-
vidade na exploração do ouro recém descoberto no Brasil, cobrir a trama, Napoleão determinou a invasão de Portugal
mas levas e mais levas de portugueses chegavam à colônia em novembro de 1807. Sem condições de resistir à invasão
para investir na exploração. A tensão culminou em conflito francesa, D. João e toda a corte portuguesa fugiram para o
entre as partes. Brasil, sob a proteção naval da marinha inglesa. A Inglaterra
A Guerra dos Mascates aconteceu logo em seguida, ofereceu escolta na travessia do Atlântico, mas em troca
entre 1710 e 1711. O confronto em Pernambuco envolveu exigiu a abertura dos portos brasileiros aos navios ingleses.
senhores de engenho de Olinda e comerciantes portugue- A corte portuguesa partiu às pressas de Lisboa sob as
ses de Recife. A elevação de Recife à categoria de vila desa- vaias do povo, em 29 de novembro de 1807. Na comitiva
gradou a aristocracia rural de Olinda, gerando um conflito. vinha D. João, sua mãe D. Maria I, a princesa Carlota Joa-
O embate chegou ao fim com a intervenção de Portugal e quina; as crianças D. Miguel, D. Maria Teresa, D. Maria Isa-
equiparação entre Recife e Olinda. bel, D. Maria Assunção, D. Ana de Jesus Maria e D. Pedro, o
A Revolta de Filipe dos Santos aconteceu em 1720. futuro imperador do Brasil e mais cerca de 15 mil pessoas
O líder Filipe dos Santos Freire representou a insatisfação entre nobres, militares, religiosos e funcionários da Coroa.
dos donos de minas de ouro em Vila Rica com a cobrança Trazendo tudo o que era possível carregar; móveis, objetos
do quinto e a instalação das Casas de Fundição. A Coroa de arte, jóias, louças, livros, arquivos e todo o tesouro real
Portuguesa condenou Filipe dos Santos à morte e encerrou imperial.
o movimento violentamente. Após 54 dias de viagem a esquadra portuguesa che-
A Inconfidência Mineira, já com caráter de revolta se- gou ao porto de Salvador na Bahia, em 22 de janeiro de
paratista, aconteceu em 1789. A revolta dos mineiros con- 1808. Lá foram recebidos com festas, onde permaneceram
tra a exploração dos portugueses pretendia tornar Minas por mais de um mês.
Gerais independente de Portugal, mas o movimento foi Seis dias após a chegada D. João cumpriu o seu acordo
descoberto antes de ser deflagrado e acabou sendo pu- com os ingleses, abrindo os portos brasileiros às nações
nido com rigidez pela metrópole. Tiradentes foi morto e amigas, isto é, a Inglaterra. Eliminando em parte o mono-
esquartejado em praça pública para servir de exemplo aos pólio comercial português, que obrigava o Brasil a fazer
demais do que aconteceria aos descontentes com Portugal. comércio apenas com Portugal.
A Conjuração Baiana, também separatista, ocorreu Mas o destino da Coroa portuguesa, era a capital da
em 1798. O movimento ocorrido na Bahia pretendia se- colônia, o Rio de Janeiro, onde D. João e sua comitiva de-
parar o Brasil de Portugal e acabar com o trabalho escravo. sembarcaram em 8 de março de 1808 e onde foi instalada
Foi severamente punida pela Coroa Portuguesa. a sede do governo.
Na chegada ao Rio de Janeiro, a Corte portuguesa
Fonte: http://www.infoescola.com/historia/revoltas-do foi recebida com uma grande festa: o povo aglomerou-se
-periodo-colonial-brasileiro/ no porto e nas principais ruas para acompanhar a Família
Real em procissão até a Catedral, onde, após uma missa
em ação de graças, o rei concedeu o primeiro «beija-mão».
A transferência da corte portuguesa para o Rio de Ja-
neiro provocou uma grande transformação na cidade. D.
H. A TRANSFERÊNCIA DA CORTE
João teve que organizar a estrutura administrativa do go-
PORTUGUESA PARA O BRASIL E SEUS verno. Nomeou ministros de Estado, colocou em funciona-
EFEITOS; O PERÍODO JOANINO NO BRASIL. mento diversas secretarias públicas, instalou tribunais de
justiça e criou o Banco do Brasil (1808).
Era preciso acomodar os novos habitantes e tornar a
A Família Real no Brasil cidade digna de ser a nova sede do Império português.
No início do século XIX, a Europa estava agitada pelas O vice-rei do Brasil, D. Marcos de Noronha e Brito cedeu
guerras. Inglaterra e França disputavam a liderança no con- sua residência, O Palácio dos Governadores, no Lago do
tinente europeu. Em 1806, Napoleão Bonaparte, imperador Paço, que passou a ser chamado Paço Real, para o rei e
da França, decretou o Bloqueio Continental, proibindo que sua família e exigiu que os moradores das melhores casas
qualquer país aliado ou ocupado pelas forças francesas co- da cidade fizessem o mesmo. Duas mil residências foram
mercializasse com a Inglaterra. O objetivo do bloqueio era requisitadas, pregando-se nas portas o “P.R.”, que signi-
arruinar a economia inglesa. Quem não obedecesse, seria ficava “Príncipe Regente”, mas que o povo logo traduziu
invadido pelo exército francês. como “Ponha-se na Rua”. Prédios públicos, quartéis, igrejas
Portugal viu-se numa situação delicada. Nessa época, e conventos também foram ocupados. A cidade passou por
Portugal era governado pelo príncipe regente D. João, pois uma reforma geral: limpeza de ruas, pinturas nas fachadas
sua mãe, a rainha D. Maria I, enlouquecera. D. João não dos prédios e apreensão de animais.
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HISTÓRIA DO BRASIL
As mudanças provocaram o aumento da população na Foi uma mudança profunda, mas que não alterou os costu-
cidade do Rio de Janeiro, que por volta de 1820, somava mes da grande maioria da população carioca, composta de
mais de 100 mil habitantes, entre os quais muitos eram es- escravos e trabalhadores assalariados.
trangeiros – portugueses, comerciantes ingleses, corpos Com a vitória das nações europeias contra Napoleão
diplomáticos – ou mesmo resultado do deslocamento da em 1815, ficou decidido que os reis de países invadidos,
população interna que procurava novas oportunidades na pela França deveriam voltar a ocupar seus tronos.
capital.
As construções passaram a seguir os padrões euro- D. João e sua corte não queriam retornar ao empo-
peus. Novos elementos foram incorporados ao mobiliário; brecido Portugal. Então o Brasil foi elevado à categoria de
espelhos, bibelôs, biombos, papéis de parede, quadros, Reino Unido de Portugal e Algarves (uma região ao sul de
instrumentos musicais, relógios de parede. Portugal). O Brasil deixava de ser Colônia de Portugal, ad-
Com a Abertura dos Portos (1808) e os Tratados de quiria autonomia administrativa.
Comércio e Navegação e de Aliança e Amizade (1810) es- Em 1820, houve em Portugal a Revolução Liberal do
tabelecendo tarifas preferenciais aos produtos ingleses, o Porto, terminando com o Absolutismo e iniciando a Mo-
comércio cresceu. O porto do Rio de Janeiro aumentou seu narquia Constitucional. D. João deixava de ser monarca ab-
movimento que passou de 500 para 1200 embarcações soluto e passava a seguir a Constituição do Reino. Dessa
anuais. forma, a Assembleia Portuguesa exigia o retorno do mo-
A oferta de mercadorias e serviços diversificou-se. A narca. O novo governo português desejava recolonizar o
Rua do Ouvidor, no centro do Rio, recebeu o cabeleireiro Brasil, retirando sua autonomia econômica.
da Corte, costureiras francesas, lojas elegantes, joalherias Em 26 de abril de 1821, D. João VI cedendo às pres-
e tabacarias. A novidade mais requintada era os chapéus, sões, volta a Portugal, deixando seu filho D.Pedro como
luvas, leques, flores artificiais, perfumes e sabonetes. príncipe regente do Brasil.
Para a elite, a presença da Corte e o número crescente Se o que define a condição de colônia é o monopó-
de comerciantes estrangeiros trouxeram familiaridade com lio imposto pela metrópole, em 1808 com a abertura dos
novos produtos e padrões de comportamento em moldes portos, o Brasil deixava de ser colônia. O monopólio não
europeus. As mulheres seguindo o estilo francês; usavam mais existia. Rompia-se o pacto colonial e atendia-se as-
vestidos leves e sem armações, com decotes abertos, cin-
sim, os interesses da elite agrária brasileira, acentuando as
tura alta, deixando aparecer os sapatos de saltos baixos.
relações com a Inglaterra, em detrimento das tradicionais
Enquanto os homens usavam casacas com golas altas en-
relações com Portugal.
feitadas por lenços coloridos e gravatas de renda, calções
Esse episódio, que inaugura a política de D. João VI no
até o joelho e meias. Embora apenas uma pequena parte
Brasil, é considerado a primeira medida formal em direção
da população usufruísse desses luxos. Sem dúvida, a vinda
ao “sete de setembro”.
de D. João deu um grande impulso à cultura no Brasil.
Em abril de 1808, foi criado o Arquivo Central, que
Há muito Portugal dependia economicamente da In-
reunia mapas e cartas geográficas do Brasil e projetos de
glaterra. Essa dependência acentua-se com a vinda de D.
obras públicas. Em maio, D. João criou a Imprensa Régia
e, em setembro, surgiu a Gazeta do Rio de Janeiro. Logo João VI ao Brasil, que gradualmente deixava de ser colônia
vieram livros didáticos, técnicos e de poesia. Em janeiro de de Portugal, para entrar na esfera do domínio britânico.
1810, foi aberta a Biblioteca Real, com 60 mil volumes tra- Para Inglaterra industrializada, a independência da Améri-
zidos de Lisboa. ca Latina era uma promissora oportunidade de mercados,
Criaram-se as Escolas de Cirurgia e Academia de Mari- tanto fornecedores, como consumidores.
nha (1808), a Aula de Comércio e Academia Militar (1810) e Com a assinatura dos Tratados de 1810 (Comércio e
a Academia Médico-cirúrgica (1813). A ciência também ga- Navegação e Aliança e Amizade), Portugal perdeu definiti-
nhou com a criação do Observatório Astronômico (1808), vamente o monopólio do comércio brasileiro e o Brasil caiu
do Jardim Botânico (1810) e do Laboratório de Química diretamente na dependência do capitalismo inglês.
(1818).
Em 1813, foi inaugurado o Teatro São João (atual João Em 1820, a burguesia mercantil portuguesa colocou
Caetano). Em 1816, a Missão Francesa, composta de pin- fim ao absolutismo em Portugal com a Revolução do Por-
tores, escultores, arquitetos e artesãos, chegaram ao Rio to. Implantou-se uma monarquia constitucional, o que deu
de Janeiro para criar a Imperial Academia e Escola de Be- um caráter liberal ao movimento. Mas, ao mesmo tempo,
las-Artes. Em 1820, foi a vez da Real Academia de Desenho, por tratar-se de uma burguesia mercantil que tomava o
Pintura, Escultura e Arquitetura-civil. poder, essa revolução assume uma postura recolonizadora
A presença de artistas estrangeiros, botânicos, zoólo- sobre o Brasil. D. João VI retorna para Portugal e seu fi-
gos, médicos, etnólogos, geógrafos e muitos outros que lho aproxima-se ainda mais da aristocracia rural brasileira,
fizeram viagens e expedições regulares ao Brasil, trouxe que sentia-se duplamente ameaçada em seus interesses: a
informações sobre o que acontecia pelo mundo e também intenção recolonizadora de Portugal e as guerras de inde-
tornou este país conhecido, por meio dos livros e artigos pendência na América Espanhola, responsáveis pela divi-
em jornais e revistas que aqueles profissionais publicavam. são da região em repúblicas.
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HISTÓRIA DO BRASIL
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HISTÓRIA DO BRASIL
É claro que D. Pedro decidiu ficar bem menos pelo O processo da independência foi bastante acelerado
povo e bem mais pela aristocracia, que o apoiaria como pelo que ocorreu em Portugal em 1820. A Revolução do
imperador em troca da futura independência não alterar a Porto comandada pela burguesia comercial da cidade do
realidade sócio-econômica colonial. Contudo, o Dia do fico Porto, que foi um movimento que tinha características li-
era mais um passo para o rompimento definitivo com Por- berais para Portugal mas, para o Brasil, significava uma re-
tugal. Graças a homens como José Bonifácio de Andrada colonização.
e Silva (patriarca da independência), Gonçalves Ledo, José As mudanças econômicas no Brasil: Depois da che-
Clemente Pereira e outros, o movimento de independência gada da família real duas medidas de Dom João deram rá-
adquiriu um ritmo surpreendente com o cumpra-se, onde pido impulso à economia brasileira: a abertura dos portos
as leis portuguesas seriam obedecidas somente com o aval e a permissão de montar indústrias que haviam sido proi-
de D. Pedro, que acabou aceitando o título de Defensor bidas por Portugal anteriormente.
Perpétuo do Brasil (13 de maio de 1822), oferecido pela Abriram-se fábricas, manufaturas de tecidos começa-
maçonaria e pelo Senado. Em 3 de junho foi convocada ram a surgir, mas não progrediram por causa da concor-
uma Assembleia Geral Constituinte e Legislativa e em pri- rência dos tecidos ingleses. Bom resultado teve, porém, a
meiro de agosto considerou-se inimigas as tropas portu- produção de ferro com a criação da Usina de Ipanema nas
guesas que tentassem desembarcar no Brasil. províncias de São Paulo e Minas Gerais.
São Paulo vivia um clima de instabilidade para os ir- Outras medidas de Dom João estimularam as ativida-
mãos Andradas, pois Martim Francisco (vice-presidente da des econômicas do Brasil como: Construção de estradas;
Junta Governativa de São Paulo) foi forçado a demitir-se, Os portos foram melhorados. Foram introduzidos no país
sendo expulso da província. Em Portugal, a reação tornava- novas espécies vegetais, como o chá; Promoveu a vinda de
se radical, com ameaça de envio de tropas, caso o príncipe colonos europeus; A produção agrícola voltou a crescer. O
não retornasse imediatamente. açúcar e o algodão, passaram a ser primeiro e segundo lu-
José Bonifácio, transmitiu a decisão portuguesa ao gar nas exportações, no início do século XIX. Neste período
príncipe, juntamente com carta sua e de D. Maria Leopoldi- surgiu o café, novo produto, que logo passou do terceiro
na, que ficara no Rio de Janeiro como regente. No dia sete lugar para o primeiro lugar nas exportações brasileira.
de setembro de 1822 D. Pedro que se encontrava às mar- Medidas de incentivo à Cultura: Além das mudan-
ças comerciais, a chegada da família real ao Brasil também
gens do riacho Ipiranga, em São Paulo, após a leitura das
causou um reboliço cultural e educacional. Nessa época,
cartas que chegaram em suas mãos, bradou: “É tempo... In-
foram criadas escolas como a Academia Real Militar, a Aca-
dependência ou morte... Estamos separados de Portugal”.
demia da Marinha, a Escola de Comércio, a Escola Real de
Chegando no Rio de Janeiro (14 de setembro de 1822), D.
Ciências, Artes e Ofícios, a Academia de Belas-Artes e dois
Pedro foi aclamado Imperador Constitucional do Brasil. Era
Colégios de Medicina e Cirurgia, um no Rio de Janeiro e
o início do Império, embora a coroação apenas se realizas-
outro em Salvador. Foram fundados o Museu Nacional, o
se em primeiro de dezembro de 1822. Observatório Astronômico e a Biblioteca Real, cujo acer-
A independência não marcou nenhuma ruptura com vo era composto por muitos livros e documentos trazidos
o processo de nossa história colonial. As bases sócio-eco- de Portugal. Também foi inaugurado o Real Teatro de São
nômicas (trabalho escravo, monocultura e latifúndio), que João e o Jardim Botânico. Uma atitude muito importante
representavam a manutenção dos privilégios aristocráticos, de dom João foi a criação da Imprensa Régia. Ela editou
permaneceram inalteradas. O “sete de setembro” foi ape- obras de vários escritores e traduções de obras científicas.
nas a consolidação de uma ruptura política, que já come- Foi um período de grande progresso e desenvolvimento.
çara 14 anos atrás, com a abertura dos portos. Ocorreram As Guerras pela Independência
muitas revoltas pela libertação do Brasil, nas quais muitos A Independência havia sido proclamada, mas nem to-
brasileiros perderam a vida. das as províncias do Brasil puderam reconhecer o gover-
Os que morrem achavam que valia a pena sacrificar-se no do Rio de Janeiro e unir-se ao Império sem pegar em
para melhorar a situação do povo brasileiro. Queriam uma armas. As Províncias da Bahia, do Maranhão, do Piauí, do
vida melhor, não só para eles, mas para todos os brasilei- Grão-Pará e, por último, Cisplatina, dominadas ainda por
ros. tropas de Portugal, tiveram que lutar pela sua liberdade,
Mas a Independência do Brasil só aconteceu em 1822. até fins de 1823.
E não foi uma separação total, como aconteceu em outros Na Bahia, a expulsão dos portugueses só foi possível
países da América que, ao ficarem independentes, torna- quando Dom Pedro I enviou para lá uma forte esquadra
ram-se repúblicas governadas por pessoas nascidas no comandada pelo almirante Cochrane, para bloquear Sal-
país libertado. O Brasil independente continuou sendo um vador. Sitiados por terra e por mar, as tropas portuguesas
reino, e seu primeiro imperador foi Dom Pedro I, que era tiveram finalmente que se render em 02 de julho de 1823.
filho do rei de Portugal. Após a vitória na Bahia, a esquadra de Cochrane, se-
Historicamente, o processo da Independência do Brasil guindo para o norte, bloqueou a cidade de São Luís. Esse
ocupou as três primeiras décadas do século XIX e foi mar- bloqueio apressou a derrota dos portugueses não só no
cado pela vinda da família real ao Brasil em 1808 e pelas Maranhão, mas também no Piauí.
medidas tomadas no período de Dom João. A vinda da fa- Do Maranhão um dos navios de Cochrane continuou
mília real fez a autonomia brasileira ter mais o aspecto de até o extremo norte, e, ameaçando a cidade de Belém, faci-
transição. litou a rendição dos portugueses no Grão-Pará.
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HISTÓRIA DO BRASIL
No extremo Sul, a cidade de Montevidéu, sitiada por tica e ideologicamente foi uma aliança entre o Absolutis-
terra e bloqueada por uma esquadra brasileira no rio do mo ibérico e a Contrarreforma religiosa, preocupada com
Prata teve de se entregar. a posse do território recém descoberto e com a conversão
Com o reconhecimento da Independência pela Cispla- dos nativos ao cristianismo. Naturalmente que transcorrido
tina completou-se a união de todas as províncias, sob o mais de 450 anos do lançamento dos seus fundamentos, o
governo de Dom Pedro I, firmando assim o Império Bra- Estado brasileiro assumiu formas diversas, sendo gradati-
sileiro. vamente nacionalizado e colocado a serviço do desenvol-
O Reconhecimento da Independência vimento econômico e social. A transformação seguinte será
Unidas todas as províncias e firmado dentro do territó- a do Estado Imperial brasileiro, legalizada depois da pro-
rio brasileiro o Império, era necessário obter o reconheci- clamação da independência, em 1822, pela Constituição
mento da Independência por parte das nações estrangeiras. outorgada de 1824. D.Pedro I dedica-se a obter a legitimi-
A primeira nação estrangeira a reconhecer a Indepen- dade, contestada por oficiais lusitanos (general Madeira) e
dência do Brasil foram os Estados Unidos em maio de 1824. por líderes populares do Nordeste (Frei Caneca). A Carta
Não houve dificuldades, pois os norte-americanos eram a determinou, além dos poderes tradicionais, executivo-le-
favor da independência de todas as colônias da América. gislativo-judiciário, a implantação de um poder moderador
(Independência dos EUA) (que de fato tornou-se uma sobreposição da autoridade do
O reconhecimento por parte das nações europeia foi imperador). Os objetivos gerais do Estado Imperial, que se
mais difícil porque os principais países da Europa, entre estendeu até 1889, podem ser determinados pela: a) con-
eles Portugal, haviam-se comprometido, no Congresso de solidação da autoridade imperial sobre todo o território
Viena em 1815, a defender o absolutismo, o colonialismo e brasileiro; b) manutenção do regime escravista; c) preser-
a combater as ideias de liberdade. vação da paz interna e do reconhecimento internacional.
Entre as primeiras nações europeias apenas uma foi Constituição da Mandioca (1824): figurando um pas-
favorável ao reconhecimento do Brasil independente: a In- so fundamental para a consolidação da independência na-
glaterra, que não queria nem romper com seu antigo alia- cional, a formulação de uma carta constituinte tornou-se
do, Portugal, nem prejudicar seu comércio com o Brasil. uma das grandes questões do Primeiro Reinado. Mesmo
Foi graças à sua intervenção e às demoradas conversações antes de dar fim aos laços coloniais, Dom Pedro I já ha-
mantidas junto aos governos de Lisboa e do Rio de Janeiro via articulado, em 1822, a formação de uma Assembleia
que Dom João VI acabou aceitando a Independência do Constituinte imbuída da missão de discutir as leis máxi-
Brasil, fixando-se as bases do reconhecimento. mas da nação. Essa primeira assembleia convocou oitenta
A 29 de agosto de 1825 Portugal, através do embaixa- deputados de catorze províncias. Uma das mais delicadas
dor inglês que o representava, assinou o Tratado luso-bra- questões que envolvia as leis elaboradas pela Assembleia,
sileiro de reconhecimento. O Brasil, entretanto, teve que fazia referência à definição dos poderes de Dom Pedro I.
pagar a Portugal uma indenização de dois milhões de libra Em pouco tempo, os constituintes formaram dois grupos
esterlinas, e Dom João VI obteve ainda o direito de usar políticos visíveis: um liberal, defendendo a limitação dos
o título de Imperador do Brasil, que não lhe dava, porém poderes imperiais e dando maior autonomia às províncias;
qualquer direito sobre a antiga colônia. e um conservador que apoiava um regime político centrali-
A seguir as demais nações europeias, uma a uma, reco- zado nas mãos de Dom Pedro. A partir de então, a relação
nheceram oficialmente a Independência e o Império do Brasil. entre o rei e os constituintes não seria nada tranquila.
Em 1826 estava firmada a posição do Brasil no cenário O primeiro anteprojeto da Constituição tendia a esta-
internacional. Enquanto o Brasil era colônia de Portugal, o belecer limites ao poder de ação política do imperador. No
Brasil enfrentou com bravura e venceu os piratas, os fran- entanto, essa medida liberal, convivia com uma orientação
ceses e os holandeses. Ocorreram muitas lutas internas e elitista que defendia a criação de um sistema eleitoral fun-
muitos perderam a sua vida para tentar tornar seu país livre dado no voto censitário. Outro artigo desse primeiro en-
e independente de Portugal. Essa luta durou mais de tre- saio da Constituição estabelecia que os deputados não po-
zentos anos. O processo da Independência foi muito longo deriam ser punidos pelo imperador. Mediante tantas restri-
e por ironia do destino foi um português que a proclamou. ções, Dom Pedro I resolveu dissolver a primeira Assembleia
Constituinte do Brasil.
Logo em seguida, o imperador resolveu nomear um
Conselho de Estado composto por dez membros por-
tugueses. Essa ação política sinalizava o predomínio da
B. A CONSTITUIÇÃO DE 1824. orientação absolutista e a aproximação do nosso gover-
nante junto os portugueses. Dessa maneira, no dia 25 de
março de 1824, Dom Pedro I, sem consultar nenhum outro
poder, outorgou a primeira constituição brasileira. Contra-
O Estado Brasileiro: o Estado no Brasil resultou de ditoriamente, o texto constitucional abrigava característi-
uma enorme operação de conquista e ocupação de parte cas de orientação liberal e autoritária. O governo foi di-
do Novo Mundo, empreendimento no qual se associaram vidido em três poderes: Legislativo, Executivo e Judiciário.
a Coroa portuguesa, através dos seus agentes, e a Igreja Através do Poder Moderador, exclusivamente exercido por
Católica, representada primeiramente pelos jesuítas. Polí- Dom Pedro I, o rei poderia anular qualquer decisão tomada
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HISTÓRIA DO BRASIL
pelos outros poderes. As províncias não possuíam nenhum Todo brasileiro com renda mínima para ser eleitor era
tipo de autonomia política, sendo o imperador responsável obrigado a se alistar para a Guarda Nacional, com a con-
por nomear o presidente e o Conselho Geral de cada uma dição de que fossem homens sadios, na faixa etária de 18
das províncias. a 60 anos. Os únicos que não estavam incluídos nesta lista
O Poder Legislativo era dividido em duas câmaras onde eram os membros das autoridades administrativas, judiciá-
se agrupavam o Senado e a Câmara de Deputados. O sis- rias, policiais, militares e religiosas.
tema eleitoral era organizado de forma indireta. Somente As tropas não eram remuneradas, no entanto tinham
a população masculina, maior de 25 anos e portadora de as obrigações de: prestar serviço até os 60 anos; providen-
uma renda mínima de 100 mil-réis anuais teriam direito ao ciar seu uniforme; fazer a manutenção das armas e equipa-
voto. Esses primeiros votavam em um corpo eleitoral in- mentos que utilizavam e pagar contribuições em dinheiro.
cumbido de votar nos candidatos a senador e deputado. O Durante o período regencial, a Guarda Nacional teve
cargo senatorial era vitalício e só poderia ser pleiteado por importância na articulação do poder central e local nos me-
indivíduos com renda superior a 800 mil-réis. ses seguintes à abdicação de D. Pedro I, contribuiu para
A Igreja Católica foi apontada como religião oficial do o fortalecimento da Regência e beneficiou os mandatários
Estado. Em contrapartida, as demais confissões religiosas locais, já que sua organização era feita por critério de ren-
poderiam ser praticadas em território nacional. Os mem- da, dando a eles poderes e privilégios. Nos anos de 1860 o
bros do clero católico estavam diretamente subordinados número de praças era mais de 500 mil.
ao Estado, sendo esse incumbido de nomear os membros No final do Século 19, no entanto, a Guarda Nacional
da Igreja e fornecer a devida remuneração aos integrantes foi perdendo o espaço e a importância que tivera. Com
dela. a Proclamação da República a chamada “milícia cidadã”
Dessa maneira, a constituição de 1824 perfilou a cria- perdeu ainda mais credibilidade, passando para segundo
ção de um Estado de natureza autoritária em meio a insti- plano, já que o Exército havia ganhado status.
tuições de aparência liberal. A contradição do período aca- Em 1892 foi transferida para o Ministério da Justiça e
bou excluindo a grande maioria da população ao direito Negócios Exteriores, em 1918 passou a ser subordinada ao
de participação política e, logo em seguida, motivando re- Ministério da Guerra, quando foi, de certo modo, absorvida
pelo Exército, e apareceu pela última vez no desfile da In-
beliões de natureza separatista. Com isso, a primeira cons-
dependência, no ano de 1922, mesmo ano em que acabou
tituição apoiou um governo centralizado que, por vezes,
por ser extinta.
ameaçou a unidade territorial e política do Brasil.
Fonte: http://www.infoescola.com/historia-do-brasil/
guarda-nacional/
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Fonte: http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/historia-
dobrasil/ato-adicional-1834.htm
Durante o Período Regencial, várias medidas foram
tomadas com o intuito de se conter as rebeliões provin-
ciais. Em 1831, o ministro Antônio Feijó propôs a criação
da Guarda Nacional, milícia organizada com o intuito de
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HISTÓRIA DO BRASIL
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HISTÓRIA DO BRASIL
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HISTÓRIA DO BRASIL
Muitos foram os movimentos populares que demos- Após a Revolução Francesa (1789), a França decide
traram interesse nos ideais abolicionistas, do qual mere- abolir a escravidão no país, em 1794, porém foi em 1848
ce destaque a Conjuração Baiana ou Revolta dos Alfaiates que o regime escravista desapareceu do país.
(1798), que ocorreu na Bahia. O Reino Unido através da “Ato contra o Comércio de
O movimento popular abolicionista era formado prin- Escravos”, em inglês, Slave Trade Act(1807), proibiu o co-
cipalmente por negros e profissionais liberais, desde alfaia- mércio de escravos; e, mais tarde a “Ata de abolição da
tes, sapateiros, dentre outros, os quais buscavam a separa- escravidão” (Slavery Abolition Act), de 1833, libertou os es-
ção do Império e da Colônia e, consequentemente, pôr fim cravos definitivamente.
ao trabalho escravo no país. Observe que a Inglaterra foi um dos países a pressionar
As Leis Abolicionistas o governo português a acabar com a escravidão na colônia
No Brasil, algumas leis foram paulatinamente benefi- (Brasil), no entanto, dos países da América Latina o Brasil
ciando os escravos: foi o último a abolir a escravidão, em 1888, ficando atrás de
• Lei Eusébio de Queirós (1850): que pôs fim ao Cuba (1886) e Porto Rico (1873)
tráfico de escravos transportados nos “navios negreiros”. Nos Estados Unidos, foi declarada a liberdade dos es-
• Lei do Ventre Livre (1871): a qual libertou a partir cravos no ano 1863, lei promulgada pelo presidente Abrah-
daquele ano, as crianças nascidas de mães escravas. am Lincoln (1809-1865), entretanto; alguns estados do nor-
• Lei dos Sexagenários (1885): que beneficiou os te aboliram a escravidão anos antes, entre 1789 e 1830.
escravos com mais de 65 anos.
• Lei Áurea: promulgada dia 13 de maio de 1888, Fonte: https://www.todamateria.com.br/abolicionis-
pela Princesa Isabel, a qual extinguiu o trabalho escravo mo/
no Brasil, libertando cerca de 700 mil escravos que ainda
havia no país.
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HISTÓRIA DO BRASIL
Por causa das péssimas condições do exército brasilei- Deodoro da Fonseca tornou-se Chefe do Governo Provisó-
ro (mal-organizado e pequeno) o Brasil recorreu à Guarda rio. Em 1891, renunciou e quem assumiu foi o vice-presi-
Nacional e aos Voluntários da Pátria para enfrentar o Pa- dente Floriano Peixoto.
raguai. O militar Floriano, em seu governo, intensificou a re-
Nas batalhas que se seguiram os aliados saíram ven- pressão aos que ainda davam apoio à monarquia.
cedores.
Em 1866, um desentendimento entre Uruguai e Argen- A Constituição de 1891 ( Primeira Constituição Re-
tina fez com que esses dois países se retirassem da Guerra publicana)
e deixassem o Brasil lutando sozinho no conflito. Após o início da República havia a necessidade da
No final desse mesmo ano, as tropas brasileiras foram elaboração de uma nova Constituição, pois a antiga ain-
entregues a Duque de Caxias que reorganizou o exército da seguia os ideais da monarquia. A constituição de 1891
facilitando mais vitórias, dentre elas a queda da resistência garantiu alguns avanços políticos, embora apresentasse
paraguaia em Humaitá (seu principal ponto de defesa) e algumas limitações, pois representava os interesses das eli-
várias outras vitórias. tes agrárias do pais. A nova constituição implantou o voto
Em 1869, Caxias chegou a Assunção; porém, Solano universal para os cidadãos (mulheres, analfabetos, militares
López resistiu e em 1º de março de 1870 foi derrotado e de baixa patente ficavam de fora). A constituição instituiu o
morto. presidencialismo e o voto aberto.
Mesmo com o fim da guerra, a paz só foi estabelecida
em 1876 na Conferência de Buenos Aires. República das Oligarquias
Ao final do conflito, o Paraguai estava destruído. As O período que vai de 1894 a 1930 foi marcado pelo
terras pertencentes aos pequenos produtores foram ven- governo de presidentes civis, ligados ao setor agrário. Estes
didas a estrangeiros, que passavam a cobrar para que os políticos saiam dos seguintes partidos: Partido Republicano
antigos donos pudessem trabalhar nelas. Paulista (PRP) e Partido Republicano Mineiro (PRM). Estes
A guerra também trouxe consequências para o Brasil: dois partidos controlavam as eleições, mantendo-se no po-
a popularidade de D. Pedro II caiu e a oposição aumentou der de maneira alternada. Contavam com o apoio da elite
agrária do país.
com os movimentos abolicionistas e republicanos ganhan-
Dominando o poder, estes presidentes implemen-
do as ruas.
taram políticas que beneficiaram o setor agrário do país,
Estava preparado o terreno para o fim da monarquia.
principalmente, os fazendeiros de café do oeste paulista.
Durante a Guerra do Paraguai, o Brasil viveu uma polí-
Surgiu neste período o tenentismo, que foi um mo-
tica de Conciliação (entre 1853 e 1868), que consistiu numa
vimento de caráter político-militar, liderado por tenentes,
alternância entre liberais e conservadores no poder. Porém
que faziam oposição ao governo oligárquico. Defendiam
vários fatores, dentre eles, a própria Guerra contribuíram
a moralidade política e mudanças no sistema eleitoral (im-
para o término dessa política.
plantação do voto secreto) e transformações no ensino
público do país. A Coluna Prestes e a Revolta dos 18 do
Fonte: http://www.infoescola.com/historia/guerra-do Forte de Copacabana foram dois exemplos do movimento
-paraguai/ tenentista.
Política do Café-com-Leite
A maioria dos presidentes desta época eram políticos
M. O MOVIMENTO REPUBLICANO E O de Minas Gerais e São Paulo. Estes dois estados eram os
ADVENTO DA REPÚBLICA.
mais ricos da nação e, por isso, dominavam o cenário polí-
tico da república. Saídos das elites mineiras e paulistas, os
presidentes acabavam favorecendo sempre o setor agríco-
la, principalmente do café (paulista) e do leite (mineiro). A
Introdução política do café-com-leite sofreu duras críticas de empre-
sários ligados à indústria, que estava em expansão neste
O período que vai de 1889 a 1930 é conhecido como a período.
República Velha. Este período da História do Brasil é marca- Se por um lado a política do café-com-leite privilegiou
do pelo domínio político das elites agrárias mineiras, pau- e favoreceu o crescimento da agricultura e da pecuária na
listas e cariocas. O Brasil firmou-se como um país exporta- região Sudeste, por outro, acabou provocando um aban-
dor de café, e a indústria deu um significativo salto. Na área dono das outras regiões do país. As regiões Nordeste, Nor-
social, várias revoltas e problemas sociais aconteceram nos te e Centro-Oeste ganharam pouca atenção destes políti-
quatro cantos do território brasileiro. cos e tiveram seus problemas sociais agravados.
A República da Espada (1889 a 1894) Política dos Governadores
Em 15 de novembro de 1889, aconteceu a Proclamação Montada no governo do presidente paulista Campos
da República, liderada pelo Marechal Deodoro da Fonseca. Salles, esta política visava manter no poder as oligarquias.
Nos cinco anos iniciais, o Brasil foi governado por militares. Em suma, era uma troca de favores políticos entre gover-
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HISTÓRIA DO BRASIL
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HISTÓRIA DO BRASIL
ela. A partir de fevereiro de 1893, os federalistas se levan- locais marcado pelas oligarquias estatais da época junta-
taram contra os republicanos, levando Floriano a assumir a mente ao governo federal, a fim de garantir o controle do
defesa destes últimos, dando início à Revolta Federalista. poder político.
O resultado foi a ampliação do conflito para o cenário na- Contexto Histórico: Resumo
cional, expandindo-se para os estados de Santa Catarina Durante o governo do paulista Campos Sales (1898-
e Paraná, levando à interferência da milícia paulista para 1902) o poder federal uniu-se às oligarquias esta-
conter os revoltosos. duais concentrada nas mãos dos latifundiários, a fim de
Ao mesmo tempo, no Rio de Janeiro, os oficiais monar- estabelecer uma relação amistosa entre as partes.
quistas da marinha pediam a renúncia de Floriano Peixoto, Dessa forma, a troca de favores era clara: o governo
com o intuito de forçar uma eleição para disputarem-na federal concedia poder e liberdade política e ainda benefí-
com o Almirante Custódio de Melo. A resistência de Floria- cios econômicos para as oligarquias estaduais, que em tro-
no ocasionou a segunda Revolta da Armada, em setem- ca, favoreciam a escolha dos candidatos por meio do voto
bro de 1893. Segunda revolta, pois a primeira ocasionou a aberto, comandadas e manipulada pelos coronéis, os
renúncia de Deodoro da Fonseca em 1891. Entre setembro quais representavam a força local.
de 1893 e março de 1894, a capital do Rio de Janeiro foi Com isso fica claro que as elites locais dominavam a
constantemente bombardeada pelos navios estacionados cena política e econômica dos estados, sendo monopoli-
na Baía de Guanabara, enquanto a resistência era feita em zada por famílias nobres e muitas vezes comandadas pelos
terra pelo exército com o apoio de voluntários. O evento coronéis, num movimento conhecido como “coronelis-
tomaria maiores dimensões ao se unir à Revolta Federalis- mo”, do qual partilhavam a metodologia do voto de ca-
ta e os combates tomarem conta de algumas regiões dos bresto (voto aberto), o que viabilizou a corrupção desde
estados do Sul do país. Com a aquisição emergencial de fraudes eleitorais e compra de votos; ademais, o aumento
novos navios estadunidenses e os combates por terra, Flo- da violência por meio da dominação dos coronéis nos de-
riano e os grupos que o apoiavam puderam vencer os opo- nominados “currais eleitorais”.
sitores e consolidar o regime republicano. Por sua vitória Através da “Comissão Verificadora dos Poderes” a
na contenção dos conflitos Floriano recebeu a alcunha de legitimação dos governadores eleitos nos estados era ma-
nipulada, de forma que reforçava a política dos governado-
“Marechal de Ferro”.
res diante da triagem feito pelos coronéis apoiados e con-
Mas essa consolidação republicana se deu com uma
fiantes do poder federal, e se caso fosse necessário, ocorria
vitória de um projeto republicano específico, o de uma Re-
a exclusão dos políticos da oposição, os quais sofriam a
pública liberal, defendida principalmente pelos cafeiculto-
“degola”, ou seja, a fraude eleitoral e impedidos de tomar
res paulistas, que com a pujança da economia cafeeira, de-
a posse do cargo.
fendiam a autonomia dos estados membros da federação.
A despeito de ser confundida com a política do café
Os outros dois projetos derrotados foram o republicanis-
com leite, donde os fazendeiros de minas (que dominavam
mo radical, que não tinha apoio social, e o republicanismo
a produção leiteira) e os latifundiários paulistas (produto-
positivista, de caráter autoritário, sem respaldo da socieda- res de café) revezavam o poder na presidência do país, a
de civil, sendo seu reduto alguns círculos militares. política dos governadores impulsionou tal estrutura neces-
Com o fortalecimento dos cafeicultores paulistas, Flo- sária para sua consolidação mais adiante. Com efeito, São
riano Peixoto foi obrigado a apoiar o paulista Prudente de Paulo e Minas Gerais dominavam a cena política e econô-
Morais à presidência em 1894. Com sua vitória com 84% mica do país, sendo que na segunda metade do século XIX
dos votos, Prudente de Morais iniciava o primeiro gover- o Brasil era o maior produtor e exportador de café.
no presidencial eleito diretamente na história da república. Afinal desde a Proclamação da República, em 1889,
Mas o controle oligárquico sobre o Estado mostrava que cujo modelo monárquico foi substituído por uma estrutura
seria um governo autoritário, com a exclusão da maior par- presidencialista republicana, donde a figura do presidente
te da população da participação política. Era o fim da Re- passava a ser a mais importante, as oligarquias que pos-
pública da Espada. suíam e controlavam o poder local estatal, passaram a de-
senvolver estratégias junto ao poder federal. Esse método
Fonte: http://alunosonline.uol.com.br/historia-do-bra- de benefício dos grandes fazendeiros e do governo federal
sil/floriano-peixoto-consolidacao-republica.html somente terminou com a Era Vargas (1930-1945) e como
consequência fortaleceu a figura dos coronéis.
Além do governo de Campos Sales, o criador da políti-
ca, outros presidentes do período de república velha usu-
fruíram do sistema da Política dos Governadores, a saber:
B. A “POLÍTICA DOS GOVERNADORES”. Rodrigues Alves (1902 a 1906), Afonso Pena (1906 a 1909),
Nilo Peçanha (1909 a 1910), Hermes da Fonseca (1910 a
1914) Venceslau Brás (1914 a 1918), Delfim Moreira (1918
a 1919), Epitácio Pessoa (1919 a 1922), Arthur Bernardes
A Política dos Governadores foi um acordo político (1922 a 1926) e Washington Luís (1926 a 1930).
firmado durante o período da República Velha (1889- Fonte: https://www.todamateria.com.br/politica-dos-
1930), com o intuito de unir os interesses dos políticos governadores
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HISTÓRIA DO BRASIL
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HISTÓRIA DO BRASIL
O que defendiam Gerais e Rio Grande do Sul que culminou com o golpe de
Este movimento contestava a ação política e social dos Estado que depôs o presidente paulista Washington Luís
governos representantes das oligarquias cafeeiras (coro- em 24 de outubro.
nelismo). Embora tivessem uma posição conservadora e Em 1929 lideranças do estado de São Paulo romperam
autoritária, os tenentes defendiam reformas políticas e so- a aliança com os mineiros representada pela política do ca-
ciais. Queriam a moralidade política no país e combatiam fé-com-leite, e indicaram o paulista Júlio Prestes como can-
a corrupção. didato à presidência da República. Em reação, o Presidente
de Minas Gerais, Antônio Carlos Ribeiro de Andrada apoiou
O movimento tenentista defendia as seguintes mu- a candidatura oposicionista do gaúcho Getúlio Vargas. Em
danças: 1º de março de 1930 houve eleições para presidente da
- Fim do voto de cabresto (sistema de votação baseado República que deram a vitória ao candidato governista Jú-
em violência e fraudes que só beneficiava os coronéis); lio Prestes, que não tomou posse em virtude do golpe de
- Reforma no sistema educacional público do país; estado desencadeado a 3 de outubro de 1930, e foi exilado.
- Mudança no sistema de voto aberto para secreto. Getúlio Vargas assumiu a chefia do “governo provisó-
rio” em 3 de novembro de 1930, data que marca o fim da
Revoltas República Velha.
Os tenentistas chegaram a promover revoltas como, A crise da República Velha havia se prolongado ao lon-
por exemplo, a revolta dos 18 do Forte de Copacabana. go da década de 1920, perdendo visibilidade com a mobi-
Nesta revolta, ocorrida em 5 de julho de 1922, foi durante lização do trabalhador industrial, com as Revoltas nazifacis-
combatido pelas forças oficiais. Outros exemplos de revol- tas e as dissidências políticas que enfraqueceram as gran-
tas tenentistas foram a Revolta Paulista (1924) e a Comu- des oligarquias, ameaçando a estabilidade da tradicional
na de Manaus (1924). A Coluna Prestes, liderada por Luis aliança rural entre os estados de São Paulo e Minas Gerais
Carlos Prestes, enfrentou poucas vezes as forças oficiais. (a “Política do café com leite”).
Os participantes da coluna percorreram milhares de qui- Em 1926, setores que se opunham ao Partido Republi-
lômetros pelo interior do Brasil, objetivando conscientizar cano Paulista (PRP) fundaram o Partido Democrático (PD),
que defendia um programa de educação superior. Mas o
a população contra as injustiças sociais promovidas pelo
maior sinal do desgaste republicano era a superprodução
governo republicano.
de café, alimentada pelo governo com constantes “valori-
zações” do trabalho rural e generosos subsídios públicos.
Enfraquecimento do tenentismo
Crise de 1929
O movimento tenentista perdeu força após a Revolu-
Em Juiz de Fora, o Partido Republicano Mineiro (PRM)
ção de 1930, que levou Getúlio Vargas ao poder. Vargas
passa para a oposição, forma a Aliança Liberal com os seg-
conseguiu produzir uma divisão no movimento, sendo que
mentos progressistas de outros Estados e lança o gaúcho
importantes nomes do tenentismo passaram a atuar como Getúlio Vargas para a presidência, tendo o paraibano João
interventores federais. Outros continuaram no movimento, Pessoa como vice.
fazendo parte, principalmente, da Coluna Prestes. As Eleições e a Revolução
Fonte: http://www.suapesquisa.com/historiadobrasil/ As eleições foram realizadas no dia 1º de março de 1930
tenentismo.htm e deram a vitória a Júlio Prestes que obteve 1.091.709 votos
contra apenas 742.794 dados a Getúlio. Ressaltando que Ge-
túlio teve quase 100% dos votos no Rio Grande do Sul.
A Aliança Liberal recusou-se a aceitar a validade das
eleições, alegando que a vitória de Júlio Prestes era decor-
F. A REVOLUÇÃO DE 1930.
rente de fraude. Além disso, deputados eleitos em estados
onde a Aliança Liberal conseguiu a vitória, não obtiveram
o reconhecimento dos seus mandatos. A partir daí, iniciou-
se uma conspiração, com base no Rio Grande do Sul e em
Significado da Revolução de 30. Minas Gerais.
O movimento de 1930, apesar de sua complexa base A conspiração sofreu um revés em junho com o brado
social (oligarquias dissidentes, tenentes, camadas médias comunista de Luís Carlos Prestes que seria um ex-membro
urbanas) não deve ser visto como uma ruptura na estrutura do movimento tenentista ,mas ele tornou-se adepto das
social, política e econômica do Brasil. A revolução não rom- ideias de Karl Marx assim começou a apoiar o comunis-
peu com o sistema oligárquico, houve tão somente uma mo. Isso o levou ,depois de um tempo, a tentativa frustrada
substituição de oligarquias no poder. A revolução de 30 da intentona comunista pela ANL Logo em seguida outro
colocou um novo governo compromissado com diversos contratempo: morre em acidente aéreo o tenente Siqueira
grupos sociais. Sob este ponto de vista, pode-se dizer que Campos.
o movimento de 1930 patrocinou um “re-arranjo” do Esta- No dia 26 de julho de 1930, João Pessoa foi assassina-
do brasileiro. do por João Dantas em Recife, por questões políticas e de
A República Populista e Regime Militar ordem pessoal, servindo como estopim para a mobilização
Dá-se o nome de Revolução de 1930 ou Revolução de armada. João Dantas seria, logo a seguir, barbaramente as-
30 ao movimento armado liderado pelos estados de Minas sassinado.
21
HISTÓRIA DO BRASIL
Getúlio tentou várias vezes a conciliação com o go- A Segunda República Ou Era Vargas
verno de Washington Luís e só se decidiu pela revolução A chamada Era Vargas está dividida em três momentos:
quando já se aproximava a posse de Júlio Prestes que se Governo Provisório, Governo Constitucional e Estado Novo.
daria em 15 de novembro. A revolução de 1930 iniciou-se, O período inaugurou um novo tipo de Estado, denominado
finalmente, no Rio Grande do Sul em 3 de outubro, às 17 “Estado de compromisso”, em razão do apoio de diversas
horas e 25 minutos. Osvaldo Aranha telegrafou a Juarez forças sociais e políticas: as oligarquias dissidentes, classes
Távora comunicando início da Revolução. Ela rapidamente médias, burguesia industrial e urbana, classe trabalhadora
se alastrou por todo o país. Oito governos estaduais no e o Exército. Neste “Estado de compromisso” não existia
nordeste foram depostos pelos tenentes. nenhuma força política hegemônica, possibilitando o for-
No dia 10, Getúlio Vargas lançou o manifesto “O Rio talecimento do poder pessoal de Getúlio Vargas.
Grande de pé pelo Brasil” e partiu, por ferrovia, rumo à Governo Provisório (1930/1934).
capital federal (então, o Rio de Janeiro). Esperava-se que Aspectos políticos e econômicos
ocorresse uma grande batalha em Itararé (na divisa com o No plano político, o governo provisório foi marcado
Paraná), onde as tropas do governo federal estavam acam- pela Lei Orgânica, que estabelecia plenos poderes a Var-
padas para deter o avanço das forças revolucionárias, lide- gas. Os órgãos legislativos foram extintos, até a elaboração
radas militarmente pelo coronel Góis Monteiro. Porém em de uma nova constituição para o país. Desta forma, Vargas
12 e 13 de outubro ocorreu o Combate de Quatiguá, que exerce o poder executivo e o Legislativo. Os governadores
pode ter sido o maior combate desta Revolução, mesmo perderam seus mandatos – por força da Revolução de 30 –
tendo sido muito pouco estudado. Quatiguá localiza-se a seus nomeados em seus lugares os interventores federais
direita de Jaguariaiva, próxima a divisa entre São Paulo e (que eram escolhidos pelos tenentes). A economia cafeeira
Paraná. receberá atenções por parte do governo federal. Para su-
A batalha não ocorreu em Itararé, já que os generais perar os efeitos da crise de 1929, Vargas criou o Conselho
Tasso Fragoso e Mena Barreto e o Almirante Isaías de No- Nacional do Café, reeditando a política de valorização do
ronha depuseram Washington Luís, em 24 de outubro e café ao comprar e estocar o produto. O esquema provo-
formaram uma junta de governo. Jornais que apoiavam cou a formação de grandes estoques, em razão da falta de
o governo deposto foram empastelados; Júlio Prestes, compradores, levando o governo a realizar a queimados
Washington Luís e vários outros próceres da república ve- excedentes. Houve um desenvolvimento das atividades in-
lha foram exilados. dustriais, principalmente no setor têxtil e node processa-
mento de alimentos. Este desenvolvimento explica-se pela
Cangaço: Revolta E Violência No Nordeste chamada política de substituição de importações.
Ocorreu entre os anos de 1870 a 1940 (setenta anos),
no Nordeste do Brasil. A composição do Governo Provisório
Para alguns pesquisadores, ele foi uma forma pura e Depois de criar um Tribunal Especial - cuja ação foi nula
simples de banditismo e criminalidade. Para outros foi uma - com o objetivo de julgar “os crimes do governo deposto”,
forma de banditismo social, isto é, uma forma de revolta o novo governo organizou um ministério que, pela compo-
reconhecida como algo legítimo pelas pessoas que vivem sição, nos mostra o quanto Getúlio estava compromissado
em condições semelhantes. com os grupos que lhe apoiaram na Revolução:
- general Leite de Castro - ministro do Exército;
Motivos Para O Acontecimento Do Cangaço - almirante Isaías Noronha - ministro da Marinha;
Miséria, fome, secas e injustiças dos coronéis-fazendei- - Afrânio de Melo Franco (mineiro) - ministro do Ex-
ros produziram no semiárido do Nordeste um cenário fa- terior;
vorável à formatação de grupos armados conhecidos como - Osvaldo Aranha (gaúcho) - ministro da Justiça;
cangaceiros. Os cangaceiros praticavam crimes, assaltavam - José Américo de Almeida (paraibano) - ministro da
fazendas e matavam pessoas. Viação;
Os dois mais importantes bandos do cangaço foi o de - José Maria Whitaker (paulista) - ministro da Fazenda;
Antônio Silvino e o de Virgulo o Ferreira da Silva, o Lam- - Assis Brasil (gaúcho) - ministro da Agricultura.
pião, o “Rei do Cangaço”. Dentro ainda da ideia de compromisso, foram criados
Depois que a polícia massacrou o “bando de Lampião”, dois novos ministérios:
em 1938, o cangaço praticamente desapareceu do Nordes- - Educação e Saúde Pública - o mineiro Francisco Cam-
te pos;
22
HISTÓRIA DO BRASIL
- Trabalho, Indústria e Comércio - o gaúcho Lindolfo das camadas médias urbanas. Formou-se a Frente Única
Collor. Paulista, exigindo a nomeação de um interventor paulista e
Para Juarez Távora, pela sua admirável participação re- a reconstitucionalização imediata do país.
volucionária e pelo seu prestígio como homem de ação, Em maio de 1932 houve uma manifestação contra Ge-
foi criada a Delegacia Regional do Norte. Pela chefia políti- túlio que resultou na morte de quatro manifestantes: Mar-
ca dos estados brasileiros do Espírito Santo ao Amazonas, tins, Miragaia, Dráusio e Camargo. Iniciou-se a radicalização
Juarez Távora foi chamado de O Vice-Rei do Norte. do movimento, sendo que o MMDC passou a ser o símbolo
deste momento marcado pela luta armada. Após três meses
A política cafeeira da Era Vargas de combates as forças leais a Vargas forçaram os paulistas à
rendição. Procurando manter o apoio dos paulistas, Getúlio
O capitalismo passava por uma de suas violentas crises Vargas acelerou o processo de redemocratização realizan-
de superprodução. Essas crises cíclicas do capitalismo eram do eleições para uma Assembleia Constituinte que deveria
o resultado da ausência de uma planificação, o que produ- elaborar uma nova constituição para o Brasil.
zia a anarquia da produção social.
As nações industriais com problemas de superprodu- A constituição de 1934.
ção acirravam o imperialismo, superexplorando as nações
agrárias, restringindo os créditos e adotando uma política Promulgada em 16 de novembro de 1934 apresentan-
protecionista, sobretaxando as importações. do os seguintes aspectos:
Neste contexto o café conheceu uma nova e violenta - A manutenção da República com princípios federa-
crise de superprodução, de mercados e de preços, que caí- tivos;
ram de 4 para 1 libra nos primeiros anos da década de 30. - Existência de três poderes independentes entre si:
Como o café era à base da economia nacional, a cri- Executivo, Legislativo e Judiciário;
se poderia provocar sérios problemas para outros setores - Estabelecimento de eleições diretas para o Executivo
econômicos, tais como a indústria e o comércio, o que seria e Legislativo;
- As mulheres adquirem o direito ao voto;
desastroso.
- Representação classista no Congresso (elementos
Era preciso salvar o Brasil dos efeitos da crise mundial
eleitos pelos sindicatos);
de 1929. Era necessário evitar o colapso econômico do País.
- Criado o Tribunal do Trabalho;
Para evitá-lo, o governo instituiu uma nova política cafeei-
- Legislação trabalhista e liberdade de organização sin-
ra, visando o equilíbrio entre a oferta e a procura, a eleva-
dical;
ção dos preços e a contenção dos excessos de produção,
- Estabelecimento de monopólio estatal sobre algumas
pois a produção cafeeira do Brasil era superior à mundial.
atividades industriais;
Para aplicar esta política, Vargas criou, em 1931, o CNC
- Possibilidade da nacionalização de empresas estran-
(Conselho Nacional do Café), que foi substituído em 1933 geiras;
pelo DNC (Departamento Nacional do Café). Dentro desta - Instituído o mandato de segurança, instrumento jurí-
nova política tornou-se fundamental destruir os milhares dico dos direitos do cidadão perante o Estado. A Constitui-
de sacas de café que estavam estocadas. O então ministro ção de 1934 foi inspirada na Constituição de Weimar pre-
da Fazenda, Osvaldo Aranha, através de emissões e impos- servando o liberalismo e mantendo o domínio dos proprie-
tos sobre a exportação, iniciou a destruição do excedente tários visto que a mesma não toca no problema da terra.
do café através do fogo e da água,
De 1931 a 1944, foram queimadas ou jogadas ao mar, Governo Constitucional (1934/1937).
aproximadamente, 80 milhões de sacas. Proibiram-se no- Período marcado pelos reflexos da crise mundial de
vas plantações por um prazo de três anos e reduziram-se 1929:
as despesas de produção através da redução dos salários e - crise econômica,
dos débitos dos fazendeiros em 50%. - desemprego,
Por ter perdido o poder político e pelo fato de ter de - inflação e
se submeter às decisões econômicas do governo federal, - carestia.
as oligarquias cafeeiras se opuseram à política agrária da Neste contexto desenvolvem-se, na Europa, os regi-
Era Vargas. mes totalitários (nazismo e fascismo) – que se opunham
ao socialismo e ao liberalismo econômico. A ideologia na-
Revolução constitucionalista de 1932 zifascista chegou ao Brasil, servindo de inspiração para a
fundação da Ação Integralista Brasileira (AIB), liderada pelo
Movimento ocorrido em São Paulo ligado à demora de jornalista Plínio Salgado. Movimento de extrema direita,
Getúlio Vargas para reconstitucionalizar o país, a nomea- anticomunista, que tinha como lema “Deus, pátria, família”.
ção de um interventor pernambucano para o governo do Defendia a implantação deum Estado totalitário e corpora-
Estado (João Alberto). Mesmo sua substituição por Pedro tivo. A milícia da AIB era composta pelos “camisas verdes”,
de Toledo não diminuiu o movimento. O movimento teve que usavam de violência contra seus adversários. Os inte-
também como fator a tentativa da oligarquia cafeeira re- gralistas receberam apoio da alta burguesia, do clero, da
tomar o poder político. O movimento contou com apoio cúpula militar e das camadas médias urbanas.
23
HISTÓRIA DO BRASIL
Por outro lado, o agravamento das condições de vida mento do poder presidencial; extinção do legislativo; su-
da classe trabalhadora possibilitou a formação de um mo- bordinação do Poder Judiciário ao Poder Executivo; insti-
vimento de caráter progressista, contando com o apoio de tuição dos interventores nos Estados e uma legislação tra-
liberais, socialista, comunistas, tenentes radicais e dos sin- balhista. A Constituição de 1937 eliminava a independência
dicatos – trata-se da Aliança Nacional Libertadora (ANL). sindical e extinguia os partidos políticos. A extinção da AIB
Luís Carlos Prestes, filiado ao Partido Comunista Brasileiro deixou os integralistas insatisfeitos com Getúlio. Em maio
foi eleito presidente de honra. A ANL reivindicava a sus- de 1938 os integralistas tentaram um golpe contra Vargas
pensão do pagamento da dívida externa, a nacionalização – o Putsch Integralista – que consistiu numa tentativa de
das empresas estrangeiras e a realização da reforma agrá- ocupar o palácio presidencial. Vargas reagiu até a chegada
ria. Colocava-se contra o totalitarismo e defendia a demo- a polícia e Plínio Salgado precisou fugir do país.
cracia e um governo popular. Política Trabalhista
A adesão popular foi muito grande, tornando a ANL O Estado Novo procurou controlar o movimento tra-
uma ameaça ao capital estrangeiro e aos interesses oligár- balhador através da subordinação dos sindicatos ao Minis-
quicos. Procurando conter o avanço da frente progressis- tério do Trabalho. Proibiram-se as greves e qualquer tipo
ta o governo federal - por meio da aprovação da Lei de de manifestação. Por outro lado, o Estado efetuou algumas
Segurança Nacional – decretou o fechamento dos núcleos concessões, tais como, o salário mínimo, a semana de tra-
da ANL. A reação, por parte dos filiados e simpatizantes, balho de 44 horas, a carteira profissional, as férias remu-
foi violenta e imediata. Movimentos eclodiram no Rio de neradas. As leis trabalhistas foram reunidas, em 1943, na
Janeiro, Recife, Olinda e Natal – episódio conhecido como Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), regulamentando
Intentona Comunista. as relações entre patrões e empregados. A aproximação
de Vargas junto a classe trabalhadora urbana originou, no
O golpe do Estado Novo Brasil, o populismo – forma de manipulação do trabalhador
No ano de 1937 deveriam ocorrer eleições presiden- urbano, onde o atendimento de algumas reivindicações
ciais para a sucessão de Getúlio Vargas. A disputa presiden- não interfere no controle exercido pela burguesia.
cial foi entre Armando de Sales Oliveira – que contava com Política Econômica
o apoio dos paulistas e de facções de oligarquias de outros O Estado Novo iniciou o planejamento econômico,
Estados. Representava uma oposição liberal ao centralismo procurando acelerar o processo de industrialização brasi-
de Vargas. A outra candidatura era a de José Américo de leiro. O Estado criou inúmeros órgãos com o objetivo de
Almeida, apoiado pelo Rio Grande do Sul, pelas oligarquias coordenar e estabelecer diretrizes de política econômica.
nordestinas e pelos Partidos Republicanos de São Paulo e O governo interveio na economia criando as empresas
Minas Gerais. Um terceiro candidato era Plínio Salgado, da estatais – sem questionar o regime privado. As empresas
Ação Integralista. estatais encontrava-se em setores estratégicos, como a si-
A posição de Getúlio Vargas era muito confusa – não derurgia (Companhia Siderúrgica Nacional), a mineração
apoiando nenhum candidato. Na verdade a vontade de (Companhia Vale do Rio Doce), hidrelétrica (Companhia Hi-
Getúlio era a de continuar no governo, em nome da esta- drelétrica do Vale do São Francisco), mecânica (Fábrica Na-
bilidade e normalidade constitucional; para tanto, contava cional de Motores) e química (Fábrica Nacional de Álcalis).
com apoio de alguns setores da sociedade. O continuísmo
de Vargas recebeu apoio de uma parte do Exército – Góes Política administrativa.
Monteiro e Eurico Gaspar Dutra representavam a alta cú- Procurando centralizar e consolidar o poder político, o
pula militar – surgindo a ideia de um golpe, sob o pretexto governo criou o DASP (Departamento de Administração e
de garantira segurança nacional. O movimento de “salva- Serviço Público), órgão de controle da economia. O outro
ção nacional” – que garantiu a permanência de Vargas no instrumento do Estado Novo foi a criação do DIP (Departa-
poder – foi a divulgação de um falso plano de ação comu- mento de Imprensa e Propaganda), que realizava a propa-
nista para assumir o poder no Brasil. Chamado de Plano ganda do governo. O DIP controlava os meios de comuni-
Cohen, o falso plano serviu de pretexto para o golpe de 10 cação, por meio da censura. Foi o mais importante instru-
de novembro de 1937, decretando o fechamento do Con- mento de sustentação da ditadura que, ao lado da polícia
gresso Nacional, suspensão da campanha presidencial e da secreta, comandada por Filinto Muller, instaurou no Brasil
Constituição de 1934. Iniciava-se o Estado Novo. o período do terror: prisões, repressão, exílios, torturas etc.
O Estado Novo (1937/1945). Como exemplo de propaganda tem-se a criação da Hora
O Estado Novo – período da ditadura de Vargas – do Brasil – que difundia as realizações do governo; o exem-
apresentou as seguintes características: intervencionismo plo do terror fica por conta do caso de Olga Benário, mu-
do Estado na economia e na sociedade e um centralização lher de Prestes, que foi presa e deportada para a Alemanha
política nas mãos do Executivo, anulando o federalismo re- (grávida). Foi assassinada num campo de concentração.
publicano. Há tempos, as indústrias vêm conquistando seu es-
A constituição de 1937. paço no território brasileiro, tornando-se muitas vezes um
Foi outorgada em 10 de novembro de 1937 e redigida dos elementos mais básicos de uma região. Trazem consi-
por Francisco Campos. Baseada na constituição polonesa go, sempre a característica marcante da mudança, tanto na
(daí o apelido de “polaca”) apresentava aspectos fascistas. cultura como na economia, ou até mesmo no espaço que
Principais características: centralização política e fortaleci- ela ocupa e no impacto que ela causará no meio ambiente.
24
HISTÓRIA DO BRASIL
A seguir, veremos um pouco mais sobre as indústrias, econômico com várias áreas desarticuladas, passa a se in-
como e porque um lugar que comporta uma ou várias in- tegrar. Esta integração reflete nossa divisão inter-regional
dústrias se modifica, e modifica a vida de sua população e do trabalho, sendo tipicamente centro-periferia, ou seja,
como os meios de transporte e comunicação podem in- com a região Sudeste polarizando as demais.
fluenciar para a industrialização de uma determinada re- A exemplo do que ocorre em outros países industria-
gião. lizados, existe no Brasil uma grande concentração espacial
Porque as indústrias tendem a se concentrar mais em da indústria no Sudeste. A concentração industrial nesta
uma determinada região? Como fica o desenvolvimento de região é maior no Estado de São Paulo, por motivos his-
uma região pouco industrializada? Essas e outras questões, tóricos. O processo de industrialização, entretanto, não
serão abordadas, tendo como principal objetivo entender atingiu toda a região Sudeste, o que produziu espaços
melhor o papel desta gigante, chamada INDÚSTRIA! geográficos diferenciados e grandes desigualdades dentro
da própria região. A cidade de São Paulo, o ABCD (Santo
Nacionalismo André, São Bernardo do Campo, São Caetano e Diadema)
- Respeito pela formação natural dos povos, ligados e centros próximos, como Campinas, Jundiaí e São José
por laços étnicos, linguísticos e por outros laços culturais; dos Campos possuem uma superconcentração industrial,
- Direito de todos os povos lutarem por sua indepen- elaborando espaços geográficos integrados à região me-
dência como nação; tropolitana de São Paulo. Esta área se tornou o centro da
- Direito dos povos de viverem, com autodetermina- industrialização, que se expandiu nas direções: da Baixada
ção, num território unificado. Santista, da região de Sorocaba e do Vale do Paraíba – Rio
de Janeiro e interior, alcançando Ribeirão Preto e São José
A distribuição espacial das indústrias no Brasil do Rio Preto.
A atividade industrial, antes muito concentrada no As atividades econômicas e industriais nas 5 regiões do Brasil
Sudeste brasileiro, vem sendo melhor distribuída entre as Sudeste
diversas regiões do país. Atualmente, seguindo uma ten- Como descrito anteriormente, a região Sudeste é a que
dência mundial, o Brasil vem passando por um processo possui a maior concentração industrial do país.
de descentralização industrial, chamada por alguns autores Nesta área, os principais tipos de indústrias são: au-
de desindustrialização, que vem ocorrendo intra-regio- tomobilística, petroquímica, alimentares, de minerais não
nalmente e também entre as regiões. metálicos, têxtil, de vestuário, metalúrgica, mecânica, etc. É
Dentro da região Sudeste, essa desindustrialização um centro industrial bem desenvolvido, marcado pela va-
está ocorrendo no ABCD Paulista, sendo que as indús- riedade e volume de produção.
trias buscam menores custos de produção do interior Várias empresas multinacionais operam nos setores
paulista, como no Vale do Paraíba e ao longo da Rodo- automobilísticos de máquinas e motores, produtos quí-
via Fernão Dias, que liga São Paulo a Belo Horizonte. Estas micos, petroquímicos, etc. As empresas governamentais
áreas oferecem, além de incentivos fiscais, menores custos atuam principalmente nos setores de siderurgia. Petróleo
de mão-de-obra, transportes menos congestionados e, por e metalurgia, enquanto empresas nacionais ocupam áreas
tratarem-se de cidades-médias, melhor qualidade de vida, diversificadas.
o que é vital para polos tecnológicos. O grande interesse de empresas multinacionais é prin-
A desconcentração industrial entre as regiões vem cipalmente pela mão-de-obra mais barata, pelo forte mer-
determinando o crescimento de cidades-médias dotadas cado consumidor e pela exportação dos produtos indus-
de boa infraestrutura e com centros formadores de mão- triais a preços mais baixos. Quem observa a saída de navios
de-obra qualificada, geralmente universidades. Além dis- dos portos de Santos e do Rio de Janeiro tem oportunida-
so, percebe-se um movimento de indústrias tradicionais, de de verificar quantos produtos industriais saem do Brasil
de uso intensivo de mão-de-obra, como a de calçados e para outros países.
vestuários para o Nordeste, atraídas sobretudo, pela mão- A cidade do Rio de Janeiro, caracterizada durante
de-obra extremamente barata. muito tempo como capital administrativa do Brasil até a
A concentração industrial no Nordeste criação de Brasília, possui também um grande parque in-
A distribuição espacial da indústria brasileira, com dustrial. Porém, não possui as mesmas características de
acentuada concentração em São Paulo, foi determinada alta produção e concentração como a São Paulo. Consti-
pelo processo histórico, pois no momento do início da efe- tui-se também, de empresas de vários tipos, destacando-se
tiva industrialização, o estado tinha, devido à cafeicultura, as indústrias de refino de petróleo, estaleiros, indústria de
os principais fatores para instalação das mesmas, podendo material de transporte, tecelagem, metalurgia, papel, têxtil,
citar: capital, mercado consumidor, mão-de-obra e trans- vestuário, alimentos, etc.
portes. Minas Gerais, tem um passado ligado à mineração, e,
Além disso, a atuação estatal através de diversos pla- devido a isso, assumiu importância no setor metalúrgico
nos governamentais, como o Plano de Metas, acentuou após a 2 Guerra Mundial e passou a produzir principalmen-
esta concentração no Sudeste, destacando novamente São te aço, ferro-gusa e cimento para as principais fábricas do
Paulo. A partir desse processo industrial e, respectiva con- Sudeste. A cidade de Belo Horizonte tornou-se um centro
centração, o Brasil, que não possuía um espaço geográfico industrial diversificado, com indústrias que vão desde o
nacional integrado, tendo uma estrutura de arquipélago extrativismo até setor automobilístico.
25
HISTÓRIA DO BRASIL
Além do triângulo São Paulo, Rio de Janeiro e Belo da produção de bens de capital e de indústrias de ponta em
Horizonte, existem no Sudeste outras áreas industriais, a condições de concorrência com as indústrias de São Paulo.
maioria apresentando ligação direta com algum produto Nordeste
ou com a ocorrência de matéria-prima. É o caso de Vol- A industrialização dessa região vem se modificando,
ta Redonda, Ipatinga, Timóteo, João Monlevade e Ouro modernizando, mas sofre a concorrência com as indústrias
Branco, entre outras, ligadas à siderurgia. Outros centros do Centro-Sul, principalmente de São Paulo, que utilizam
industriais estão ligados à produção local, como Campos um maquinário tecnologicamente mais sofisticado.
e Macaé, Três Corações, Araxá e Itaperuna, Franca e Nova A agroindústria açucareira é uma das mais importantes,
Serrana, Araguari e Uberlândia, entre outras. visando, sobretudo, a exportação do açúcar e do álcool.
O estado do Espírito Santo é o menos industrializado As indústrias continuam a tendência de intensificar a
do Sudeste, tendo centros industriais especializados como: produção ligada à agricultura e as novas indústrias meta-
Aracruz, Ibiraçu, Cachoeiro de Itapemirim. Vitória, a capital lúrgicas, químicas, mecânicas e outras.
do Estado, tem atividades econômicas diversificadas, re- A exploração petrolífera no Recôncavo Baiano trouxe
lacionadas à sua situação portuária e às indústrias ligadas à para a região indústrias ligadas à produção, refino e utili-
usina siderúrgica de Tubarão. zação de derivados do petróleo.
No Sudeste, outras atividades estão muito ligadas à Essa nova indústria de alta tecnologia e capital intenso,
vida urbana e industrial: comércio, serviço público, pro- não absorve a mão-de-obra que passa a se subempregar
fissionais liberais, educação, serviços bancários, de comu- na área de serviços ou fica desempregada.
nicação, de transporte, etc. Quanto maior a cidade, maior As indústrias estão concentradas nas mãos de poucos
variedade de profissionais aparecem ligados às atividades empresários e os salários pagos são muito baixos, acarre-
urbanas. tando o empobrecimento da população operária.
Como em São Paulo, Rio e Belo Horizonte concentram- O sistema industrial do Nordeste, concentrado na
se a maior produção industrial do país, a circulação de Zona da Mata, tem pouca integração interna. Encontra-
pessoas e mercadorias é muito intensa na região. Milhares se somente em alguns pontos dispersos e concentra-se,
de pessoas estão envolvidas na comercialização, transporte sobretudo, nas regiões metropolitanas: Recife, Salvador e
e distribuição dos produtos destinados à industrialização, Fortaleza.
ao consumo interno ou à exportação. Considerada tam- Com vistas à política do Governo Federal para o Pro-
bém o centro cultural do país, a região possui uma vas- grama de Corredores da Exportação, instituído no final da
ta rede de prestação de serviços em todos os ramos, com década de 70, com o intuito de atender o escoamento da
grande capacidade de expansão, graças ao crescimento de produção destinada ao mercado externo, foram realizadas
suas cidades. obras nos terminais açucareiros dos portos de Recife e Ma-
Sul ceió.
A industrialização do Sul, tem muita vinculação com a A rede rodoviária está mais integrada a outras regiões
produção agrária, visa o abastecimento do mercado inter- do que dentro do próprio Nordeste. A construção da rodo-
no e as exportações. via, ligando o Nordeste ao Sudeste e ao Sul, possibilitou o
O imigrante foi um elemento muito importante no iní- abastecimento do Nordeste com produtos industrializados
cio da industrialização como mercado consumidor e no no Sudeste e o deslocamento da população nordestina em
processo industrial de produtos agrícolas, muitas vezes em direção ao mesmo.
estrutura familiar e artesanal. Centro-Oeste
A industrialização de São Paulo implicou na incorpo- Na década de 60, a industrialização a nível nacional ad-
ração do espaço do Sul como fonte de matéria-prima. Im- quire novos padrões. As indústrias de máquinas e insumos
plicou também na incapacidade de concorrência das in- agrícolas, instaladas no Sudeste, tiveram mercado consu-
dústrias do sul, que passaram a exportar seus produtos midor certo no Centro-Oeste, ao incentivarem o cultivo de
tradicionais como calçados e produtos alimentares, para produtos para exportação em grandes áreas mecanizadas.
o exterior. Com as transformações espaciais ocasionadas A partir da década de 70, o Governo Federal implantou
pela expansão da soja, o Sul passou a ter investimentos uma nova política econômica visando à exportação. Para
estrangeiros em indústrias de implementos agrícolas. atender às necessidades econômicas brasileiras e a sua
A indústria passou a se diversificar para produzir bens participação dentro da divisão internacional do trabalho,
intermediários para as indústrias de São Paulo. Nesse sen- caberia ao Centro-Oeste à função de produtor de grãos e
tido, o Sul passou a complementar a produção do Sudeste. carnes para exportação.
Daí considerarmos o Sul como sub-região do Centro-Sul. Com tudo isso, o Centro-Oeste tornou-se a segunda
Objetivando a integração brasileira com os países do região em criação de bovinos do País, sendo esta a ativida-
Mercosul, a indústria do Sul conta com empresas no setor de econômica mais importante da sub-região. Sua produ-
petroquímico, carboquímico, siderúrgico e em indústrias ção de carne visa o mercado interno e externo.
de ponta. Existem grandes matadouros e frigoríficos que indus-
A reorganização e modernização da indústria do trializam os produtos de exportação. O abastecimento re-
Sul necessita também de uma política nacional que possi- gional é feito pelos matadouros de porte médio e mata-
bilite o aproveitamento das possibilidades de integração da douros municipais, além dos abates clandestinos que não
agropecuária e da indústria, à implantação e crescimento passam pela fiscalização do Serviço de Inspeção Federal.
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HISTÓRIA DO BRASIL
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HISTÓRIA DO BRASIL
Em geral, os dois primeiros, PTB e PSD costumavam se uma semana fazendo greve de fome. No dia 30 de dezem-
unir à época das eleições, pois seus programas tinham mais bro de 1968 foi divulgada uma lista de políticos cassados:
pontos coincidentes entre si, em detrimento da UDN. Além 11 deputados federais, entre os quais Márcio Moreira Al-
disso, os dois partidos foram criados por Getúlio Vargas ves. Carlos Lacerda teve os direitos políticos suspensos. No
perto do fim do Estado Novo, para compor o novo cenário dia seguinte, o presidente Costa e Silva falou em rede de
democrático que se aproximava. rádio e tv, afirmando que o AI-5 havia sido não a melhor,
Por outro lado, o partido campeão de votos e domi- mas a única solução e que havia salvo a democracia e esta-
nante no Congresso Nacional era o PSD, que não estava belecido a volta às origens do regime.
tão intimamente ligado às elites, mas também distante No início de 1969 Lacerda viajou para a Europa e, em
das classes mais pobres. Corroborando tal equidistância, maio, seguiu para a África como enviado especial de O Es-
o PSD, no final do período, ao contrário da imagem lega- tado de São Paulo e do Jornal da Tarde. Em 16 de janeiro
da de maior simpatia ao programa do PTB, estava mais de 1969 foi divulgada nova lista de 43 cassados com 35
ligado à agenda da conservadora UDN. Tal fato vai ligar- deputados, 2 senadores e 1 ministro do STF, Peri Constant
se à implementação do golpe de 1964, pois o PTB rumava Bevilacqua. O regime militar estava se tornando uma dita-
para uma maior radicalização, aliando-se a forças cada vez dura mais e mais violenta, a imprensa da época (Folha de
mais à esquerda, como o PCB, que mesmo na clandesti- São Paulo) veladamente afirmava que o AI-5 foi o “golpe
nidade, operava discretamente aliando-se aos trabalhistas. dentro do golpe”, expressão esta que acabou virando cha-
O medo da incerteza sobre até que ponto iria tal guinada vão entre a população.
para a esquerda do partido do presidente João Goulart deu A Emenda Constitucional: No dia 17 de outubro, foi
o apoio da classe média aos militares para que dessem o promulgada pela junta militar a Emenda Constitucional nº
golpe, com o intuito de restabelecer o equilíbrio do status 1, incorporando dispositivos do AI-5 à constituição, estabe-
quo político. A intervenção militar deveria ser temporária, lecendo o que ficou conhecido como Constituição de 1969.
tal como ocorreu com a intervenção que permitiu Jusceli- Em 25 de outubro, Médici e Rademaker foram eleitos pelo
no Kubitschek tomar posse como presidente eleito. Subiu Congresso por 293 votos, havendo 76 abstenções, corres-
ao poder o general Castelo Branco, que deveria ocupar o pondentes à bancada do MDB. O novo presidente tomou
posse no dia 30 de novembro.
mandato temporariamente até as eleições de 1965. Mas a
Após o Golpe de 1964: Logo após o golpe de 1964,
percepção dos militares de que deveriam permanecer no
em seus primeiros 4 anos, a ditadura foi endurecendo e
poder, para “terminar o seu trabalho” predominou, e uma
fechando o regime aos poucos. O período compreendido
nova ditadura, que poria fim ao período liberal se instalou.
entre 1968 até 1975 foi determinante para a nomenclatu-
ra histórica conhecida como “anos de chumbo”. Dezoito
Fonte: http://www.infoescola.com/historia/republica
milhões de eleitores brasileiros sofreram das restrições im-
-liberal-no-brasil/
postas por seguidos Atos Institucionais que ignoravam e
cancelavam a validade da Constituição Brasileira, criando
um Estado de exceção, suspendendo a democracia.
Querendo impor um modelo sócio, político e econômi-
J. A INTERVENÇÃO MILITAR, SUA NATUREZA co para o Brasil, a ditadura militar no entanto tentou forjar
E TRANSFORMAÇÕES ENTRE 1964 E 1985. AS um ambiente democrático, e não se destacou por um go-
MUDANÇAS INSTITUCIONAIS DURANTE O vernante definido ou personalista. Durante sua vigência, a
PERÍODO. ditadura militar não era oficialmente conhecida por este
nome, mas pelo nome de “Revolução” - os golpistas de
1964 sempre denominaram assim seu feito - e seus gover-
nos eram considerados “revolucionários”. A visão crítica do
regime só começou a ser permitida a partir de 1974, quan-
O AI-5 e o Fechamento do Regime Militar: Para en- do o general Ernesto Geisel determinou a abertura lenta e
frentar a crise Costa e Silva editou, em 13 de dezembro de gradual da vida sócio-política do país.
1968, o AI-5 que permitia ao governo decretar o recesso Bipolarização: Durante a eclosão do golpe de 1964
legislativo e intervir nos estados sem as limitações da cons- havia duas correntes ideológicas no Brasil, sendo uma de
tituição, a cassar mandatos eletivos, decretar confisco dos esquerda e outra de direita. Aquelas correntes tinham mo-
bens “de todos quantos tenham enriquecido ilicitamente” vimentos populares de ambas facções, acredita-se finan-
e suspender por 10 anos os direitos políticos de qualquer ciados com capital externo. Além da polarização, existia
cidadão. Ou seja, apertou ainda mais o regime. O AC 38 de- também um forte sentimento antigetulista, dizem alguns
cretou o recesso do Congresso por tempo indeterminado. motivador do movimento militar que derrubou Jango.
Foram presos jornalistas e políticos que haviam se manifes- Lista dos principais movimentos de direita e esquer-
tado contra o regime, entre eles o ex-presidente Juscelino da
Kubitschek, e ex-governador Carlos Lacerda, além de de- A esquerda
putados estaduais e federais do MDB e mesmo da ARENA. - Mais de mil sindicatos de trabalhadores foram fun-
Lacerda foi preso e conduzido ao Regimento Marechal dados até 1964
Caetano de Farias, da Polícia Militar do Estado da Guanaba- - Surge o Comando Geral dos Trabalhadores (CGT)
ra, sendo libertado por estar com a saúde debilitada, após - Pacto de Unidade e Ação (PUA aliança intersindical)
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HISTÓRIA DO BRASIL
- União Nacional dos Estudantes (UNE) Começa a haver vazamentos de dados e informações para
- Ação Popular (católicos de esquerda) órgãos de direitos humanos internacionais, sendo portanto
- Instituto Superior de Estudos Brasileiros (Iseb - reu- urgente a interrupção de toda e qualquer informação de
nindo intelectuais de esquerda) eventos que possam ocasionar algum tipo de protesto da
- Frente de Mobilização Popular (FMP, liderada por opinião pública internacional e o espalhamento de notícias
Leonel Brizola) indesejáveis em território nacional. Também são criados tri-
- União dos Lavradores e Trabalhadores Agrícolas do bunais de censura, com a finalidade de julgar rapidamente
Brasil órgãos de comunicações que porventura burlem a ordem
- Ligas camponesas estabelecida, com seu fechamento e lacramento imediato
- Organizações de luta contra o regime militar e pela em caso de necessidade institucional.
instalação do regime comunista (inclusive surgidas após o A estratégia política do governo Geisel: Tratava-se
golpe) da já referida “abertura lenta, gradual e segura” idealiza-
- Ação Libertadora Nacional (ALN) da por Golbery. Lenta e gradual, para o militares não per-
- Comando de Libertação Nacional (COLINA) derem o controle do processo. Segura, para evitar que as
- MNR forças políticas derrubadas em 1964 voltassem ao poder.
- Molipo Seria muito simplismo, entretanto, supor que a “abertura”
- Movimento Revolucionário 8 de Outubro (MR-8] tenha sido planejada e implementada só por essa razão.
- PCB Outros motivos foram decisivos para a sua adoção. Em
- PCBR primeiro lugar, Geisel e seu grupo tinham perfeita cons-
- Partido Operário Comunista (POC) ciência de que a situação do país, especialmente a eco-
- POLOP nômica, tornara-se complicada. As crescentes dificuldades
- VAR-Palmares econômicas decorrentes do colapso do “milagre”, descritas
- Vanguarda Popular Revolucionária (VPR) anteriormente, geravam focos de descontentamento entre
A direita setores empresariais, classes médias e operariado. O novo
- Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais (IPES) governo sabia que manter uma ditadura num quadro de
- Instituto Brasileiro de Ação Democrática (Ibad) crescimento econômico e relativa prosperidade era muito
- Campanha da Mulher pela Democracia (Camde, fi- diferente de mantê-la numa situação de crise econômica.
nanciada pelo Ipes) A falta de liberdade política aliada à queda nos lucros e à
- União Cívica Feminina (UCF, sob orientação do Ipes) grave crise social era uma combinação perigosa, que po-
- Associação dos Dirigentes Cristãos de Empresas deria fazer explodir o sistema político, com consequências
(Adce, ligada ao Ipes) imprevisíveis para o interesse dominantes.
- Movimento Anticomunista (MAC, formado por uni- Em segundo lugar, os militares sabiam que as medidas
versitários) econômicas para enfrentar a crise seriam impopulares e
- Frente da Juventude Democrática (formada por estu- provocariam descontentamentos, inclusive entre podero-
dantes anticomunistas radicais) sos grupos econômicos. Havia o temor de que o desgaste
- Comando de Caça aos Comunistas (o famoso CCC que o governo iria sofrer com essas medidas atingisse o
que era formado por estudantes anticomunistas radicais) Exército. Os fracassos do governo se confundiram com os
- Esquadrões da Morte (formados por policiais para o do Exército. Para esse grupo de militares liderados por Gei-
assassinato de opositores) sel, afastar-se, o mais rápido possível, do Executivo era uma
A Invasão da UNE: Em Ibiúna, São Paulo, realizou-se forma de preservar a instituição e evitar a sua desmoraliza-
em 12 de outubro de 1968 o trigésimo congresso da UNE. ção e desgaste perante a nação. Isso, pensavam, seria o fim,
A polícia invade a reunião e prende 1240 estudantes, mui- pois para eles o Exército e o conjunto das Forças Armadas
tos são feridos, alguns gravemente; quando levados para eram os principais pilares da República. Diante desses pro-
a prisão são torturados e muitas moças abusadas sexual- blemas havia, pelo menos, duas alternativas. Ou o gover-
mente pelos policiais. Aqueles que tentam protestar contra no reorientava a economia visando atenuar a crise social,
a violência são espancados e humilhados publicamente, melhorar os salários, diminuir a concentração de renda e
os familiares que tentam entrar com habeas-corpus são fi- recuperar o sistema público de saúde e educação, ou im-
chados pelo SNI e ameaçados pelas forças de segurança. plementava reformas políticas que criassem canais para
Alguns pais, por serem funcionários de instituições públi- que o descontentamento popular pudesse se manifestar,
cas, perdem seus empregos e são perseguidos pelas for- desde que preservada a estabilidade política, ou seja, os
ças de repressão; alguns repórteres que presenciaram os interesses essenciais das elites econômicas e políticas.
espancamentos têm seus equipamentos destruídos pelos Ora, era óbvio que a elite empresarial, base de apoio
policiais, sendo dada ordem para nada ser publicado ou do governo, não iria admitir alterações no modelo eco-
divulgado pelos meios de comunicação. nômico. No decorrer da década de 1964 - 1974, ele fora
Criação do Conselho Superior de Censura: Em fun- responsável pelo espetacular enriquecimento dessa fração
ção dos acontecimentos que estão por atropelar a histó- da sociedade brasileira. A elite econômica, a partir daquele
ria, é criado no dia 22 de novembro de 1968 o Conselho momento, passou a lutar com unhas e dentes para preser-
Superior de Censura, cuja função é centralizar e coordenar var essa forma de produzir riqueza e miséria em larga es-
as ações dos escritórios de censura espalhados pelo país. cala: o modelo econômico brasileiro. Em resumo, a “aber-
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HISTÓRIA DO BRASIL
tura política” visava realizar mudanças graduais no sistema de avançarem na Europa, tinham na América do Sul um
político para atingir dois objetivos simultâneos. Primeiro, interesse secundário. Ao contrário, a defesa dos interesses
transferir o poder aos civis que apoiaram o golpe de 1964. dos EUA, quer dizer, das “democracias” contra o nazi-fas-
Segundo, manter o selvagem sistema de acumulação ca- cismo, poderia comprometer a política interna de Vargas.
pitalista criado pelos militares e pelos grupos econômicos No entanto, as pressões norte-americanas foram in-
dominantes. tensas, contaram com o apoio de outros países latino-a-
Repressão: esta era a ordem política no Brasil na época mericanos e utilizou-se de diversos mecanismos, desde
da Segunda Guerra. O aquele que foi considerado o mais eficiente - a liberação de
Estado Novo, decretado em 10 de novembro de 1937, recursos para a construção da Usina de Volta Redonda - até
fechou o Congresso, impôs a censura à imprensa, prendeu um novo modelo de relação, batizado de “política de boa
líderes políticos e sindicais e colocou interventores nos go- vizinhança”, pelo presidente F. Roosevelt dos EUA. Intelec-
verno estaduais. Com um estilo populista, Getúlio Vargas tuais brasileiros visitaram os EUA, e mesmo o general Góis
montou um poderoso esquema de propaganda pessoal Monteiro - germanófilo - ficou encantado em conhecer os
ao criar o Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP), estúdios Disney.
claramente inspirado no aparelho nazista de propaganda A América estava dividida e as posições pareciam irre-
idealizado por Joseph Goebbels. A Hora do Brasil, intro- dutíveis. “E quando o chanceler brasileiro (Oswaldo Aranha)
duzida nas rádios brasileiras e chamada ironicamente pela se agiganta à estatura dos grandes estadistas do século. Ele
intelectualidade de “Fala Sozinho”, mostrava os feitos do consegue salvar a partida perdida, dando ganho aparente-
governo, escondendo a repressão política praticada contra mente ao adversário. Com uma lucidez absoluta, sente que
uma sociedade pouco organizada na época. Vargas criou o a fórmula inicial não poderia mais ser atingida com una-
salário mínimo e instituiu a Consolidação das Leis do Tra- nimidade. As pressões dos países do Eixo - que conhecia
balho (CLT), entre outros benefícios sociais, o que o levou e repelira - atuavam na Conferência. Mas, importante que
a ser aclamado como “pai dos pobres” pela população de era a ruptura imediata, (...) não era o princípio em causa, o
baixa renda. principal. Este era a unidade continental, a solidariedade
Em 1940, um ano após eclodir na Europa, a guerra ain- entre as nações americanas, a reação unânime à agressão.
da não ameaçava diretamente o Brasil. A ideologia nazis- Porque, firmado esse princípio, tudo o mais seria atraído
ta, contudo, fascinava os homens que operavam o Estado por ele. Oswaldo Aranha é a grande figura da III Reunião de
Novo a tal ponto que Francisco Campos, o autor da Cons- Consulta. Sem ele, teria perecido, naquela ocasião, a unida-
tituição de 1937, chegou a propor à embaixada alemã no de continental. (...) A Europa ocupada, a Inglaterra subjuga-
Brasil a realização de uma “exposição anticomintern”, com da, a Rússia invadida, não .precisariam os Exércitos nazistas
a qual pretendia demonstrar a falência do modelo políti- atravessar os oceanos. As quintas-colunas se aprestariam
co comunista. Mais tarde, o chefe da polícia (um órgão de em tomar conta dos governos americanos. A Nova Ordem
atuação similar à da Polícia Federal de hoje), Filinto Muller, nazista teria, afinal, triunfado no mundo. (...) A Conferência
enviou policiais brasileiros para um “estágio” na Gestapo. do Rio de Janeiro teve uma importância decisiva nos desti-
Góes Monteiro, o chefe do Estado Maior do Exército, foi nos da humanidade. Pela primeira vez, em face de um caso
mais longe. Participou de manobras do exército alemão e concreto, positivo e definido, foi posta à prova a estrutura
ameaçou romper com a Inglaterra quando os britânicos do pan-americanismo. Pela primeira vez todo um continen-
apreenderam o navio Siqueira Campos, que trazia ao Brasil te se declarou unido para uma ação comum, em defesa de
armas compradas dos alemães. um ideal comum, a Liberdade”.
Existem divergentes interpretações sobre a postura de Em 22 de agosto de 1942, Vargas reúne-se com seu
Vargas frente a eclosão da II Guerra. A visão tradicional, novo ministério: “diante da comprovação de dos atos de
considera o presidente como um político habilidoso, que guerra contra a nossa soberania, foi reconhecida a situação
protelou o quanto pôde a formalização de uma posição de beligerância entre o Brasil e as nações agressoras - Ale-
diante do conflito, na medida em que poderia obter ga- manha e Itália”. Em 31 de agosto foi declarado o estado de
nhos, do ponto de vista econômico, dos dois lados. O gran- guerra em todo o território nacional.
de sonho do presidente era a industrialização do Brasil e,
nesse sentido, pretendia obter recursos externos. Em 1940
o ministro Souza Costa publicou um Plano Quinquenal,
que previa o reequipamento das ferrovias, a construção da
Usina Hidrelétrica de Paulo Afonso, a instalação de uma K. O “MILAGRE ECONÔMICO”.
indústria aeronáutica e a construção da Usina Siderúrgica
de Volta Redonda, reforçando o nacionalismo econômico.
Outra visão considera a posição de Vargas frente a
Guerra como expressão de uma contradição, na medida O que foi
em que o país dependia de forma mais acentuada da eco- O período da História do Brasil entre os anos de 1969
nomia norte-americana e ao mesmo tempo possui uma es- e 1973 foi marcado por forte crescimento da economia.
trutura política semelhante à dos países do Eixo. A posição Nesta época o Brasil era uma Ditadura Militar, governado
favorável a Alemanha poderia comprometer o desenvolvi- pelo general Médici. O termo “milagre” está relacionado
mento econômico do país, uma vez que os nazistas, apesar com este rápido e excepcional crescimento econômico
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HISTÓRIA DO BRASIL
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HISTÓRIA DO BRASIL
João Figueiredo, buscando pressionar o Legislativo a apro- Esse período foi um dos mais importantes da história
var a chamada Emenda Dante de Oliveira, de autor do par- do país no que diz respeito às lutas e movimentos, ele con-
lamentar mato-grossense, e que restituía o voto direto para tribuiu decisivamente, através das pressões organizadas,
presidente. A campanha pelas Diretas-Já marcou a década para a conquista de vários direitos sociais, que foram ins-
de 80 no Brasil, e uniu personalidades de todos os campos critos posteriormente em leis na nova Constituição Federal
em torno do desejo do voto, que acabaria frustrado, pois a de 1988.
Emenda não foi aprovada. O candidato apoiado pelo povo,
porém, venceria as eleições indiretas, mas, causando nova Fonte: http://movimentossociaisde1970.blogspot.com.
frustração no povo, morreria antes de assumir. Seu nome: br/2013/09/movimentos-sociais-1970.html
Tancredo Neves; em seu lugar, assumiria seu vice, José Sar-
ney, um verdadeiro democrático de última hora, político
originário da ARENA, o partido de apoio do Regime Militar,
e de seu sucessor, o PDS.
N. A CAMPANHA PELAS ELEIÇÕES DIRETAS
Fonte: http://www.infoescola.com/historia-do-brasil/
redemocratizacao/
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HISTÓRIA DO BRASIL
No dia 25 de abril de 1984, o Congresso Nacional se re- Com a nova constituição, o direito maior de um cidadão
uniu para votar a emenda que tornaria possível a eleição di- que vive em uma democracia foi conquistado: foi determi-
reta ainda naquele ano. A população não pode acompanhar nada a eleição direta para os cargos de Presidente da Repú-
a votação dentro do plenário. Os militares temendo manifes- blica, Governador de Estado (e do Distrito Federal), Prefeito,
tações reforçaram a segurança ao redor do Congresso Na- Deputado (Federal, Estadual e Distrital), Senador e Vereador.
cional. Tanques, metralhadoras e muitos homens sinalizavam A nova Constituição também previu uma maior responsabili-
que aquela proposta não era bem-vinda. dade fiscal. Ela ainda ampliou os poderes do Congresso Na-
Para que a emenda fosse aprovada, eram necessários cional, tornando o Brasil um país mais democrático.
2/3 dos votos. A expectativa era grande. Foram 298 votos a Pela primeira vez uma Constituição brasileira define a
favor e 65 contra e 3 abstenções (outros 112 deputados não função social da propriedade privada urbana, prevendo a
compareceram). Para ser aprovada, a proposta precisava de existência de instrumentos urbanísticos que, interferindo no
320 votos. direito de propriedade (que a partir de agora não mais seria
Com o fim do sonho, restava ainda a eleição indireta, considerado inviolável), teriam por objetivo romper com a
quando dois civis disputariam o cargo. Paulo Maluf (PDS) e lógica da especulação imobiliária. A definição e regulamen-
Tancredo Neves (PMDB) foram os indicados. Com o apoio tação de tais instrumentos, porém, deu-se apenas com a pro-
das mesmas lideranças das Diretas Já, Tancredo Neves ven- mulgação do Estatuto da Cidade em 2001.
ceu a disputa.
Estrutura
A Constituição de 1988 está dividida em 10 títulos (o
Fonte: http://www.infoescola.com/historia/diretas-ja/
preâmbulo não conta como título). As temáticas de cada tí-
tulo são:
Preâmbulo - introduz o texto constitucional. De acordo
com a doutrina majoritária, o preâmbulo não possui força
O. A CONSTITUIÇÃO DE 1988.
de lei.
Princípios Fundamentais - anuncia sob quais princípios
será dirigida a República Federativa do Brasil.
Constituição Brasileira de 1988 Direitos e Garantias Individuais - elenca uma série de
A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 direitos e garantias individuais, coletivos, sociais, de nacio-
é a lei fundamental e suprema do Brasil, servindo de parâ- nalidade e políticos. As garantias ali inseridas (muitas delas
metro de validade a todas as demais espécies normativas, si- inexistentes em Constituições anteriores) representaram um
tuando-se no topo da pirâmide normativa. É a sétima a reger marco na história brasileira.
o Brasil desde a sua Independência. Organização do Estado - define o pacto federativo, ali-
Desde 1964 estava o Brasil sob o regime da ditadura mi- nhavando as atribuições de cada ente da federação (União,
litar, e desde 1967 (particularmente subjugado às alterações Estados, Distrito Federal e Municípios). Também define situa-
decorrentes dos Atos Institucionais) sob uma Carta Magna ções excepcionais de intervenção nos entes federativos, além
imposta pelo governo. de versar sobre administração pública e servidores públicos.
O sistema de exceção, em que as garantias individuais e Organização dos Poderes - define a organização e atri-
sociais eram diminuídas (ou mesmo ignoradas), e cuja finali- buições de cada poder (Poder Executivo, Poder Legislativo
dade era garantir os interesses da ditadura (internalizado em e Poder Judiciário), bem como de seus agentes envolvidos.
conceitos como segurança nacional, restrição das garantias Também define os processos legislativos (inclusive para
fundamentais, etc.) fez crescer, durante o processo de aber- emendar a Constituição).
tura política, o anseio por dotar o Brasil de uma nova Consti- Defesa do Estado e das Instituições - trata do Estado
tuição, defensora dos valores democráticos. Anseio este que de Defesa, Estado de Sítio, das Forças Armadas e das Polícias.
se tornou necessidade após o fim da ditadura militar e a re- Tributação e Orçamento - define limitações ao poder
de tributar do Estado, organiza o sistema tributário e esmiú-
democratização do Brasil, a partir de 1985.
ça os tipos de tributos e a quem cabe cobrá-los. Trata ainda
da repartição das receitas e de normas para a elaboração do
Ideologias Manifestas na CF/88
orçamento público.
Independentemente das controvérsias de cunho político, Ordem Econômica e Financeira - regula a atividade
a Constituição Federal de 1988 assegurou diversas garantias econômica e também eventuais intervenções do Estado na
constitucionais, com o objetivo de dar maior efetividade aos economia. Discorre ainda sobre as normas de política urba-
direitos fundamentais, permitindo a participação do Poder na, política agrícola e política fundiária.
Judiciário sempre que houver lesão ou ameaça de lesão a Ordem Social - trata da Seguridade Social (incluin-
direitos. do Previdência Social), Saúde, Assistência Social, Educação,
Para demonstrar a mudança que estava havendo no Cultura, Desporto, Meios de Comunicação Social, Ciência e
sistema governamental brasileiro, que saíra de um regime Tecnologia, Meio Ambiente, Família, além de dar atenção
autoritário recentemente, a Carta Magna de 1988 qualificou especial aos seguintes segmentos: crianças, jovens, idosos e
como crimes inafiançáveis a tortura e as ações armadas con- populações indígenas.
tra o estado democrático e a ordem constitucional, criando Disposições Gerais - artigos esparsos versando sobre
assim dispositivos constitucionais para bloquear golpes de temáticas variadas e que não foram inseridas em outros tí-
quaisquer natureza. tulos em geral por tratarem de assuntos muito específicos.
34
HISTÓRIA DO BRASIL
Disposições Transitórias - faz a transição entre a Consti- Os Remédios Constitucionais previstos no art. 5º da
tuição anterior e a nova. Também estão incluídos dispositivos CF/88 são:
de duração determinada. - Habeas Data - sua finalidade é garantir ao particular o
Características acesso informações que dizem ao seu respeito constantes do
Rigidez - a Constituição exige um processo legislativo registro de banco de dados de entidades governamentais ou
mais elaborado, consensual e solene para a elaboração de de caráter público ou correção destes dados, quando o par-
emendas constitucionais de que o processo comum exigido ticular não preferir fazer por processo sigiloso, administrativo
para todas as demais espécies normativas. ou judicial (art. 5º, LXXII, da CF).
Pontos em Destaque e Emendas Constitucionais - Ação Popular - objetiva anular ato lesivo ao patrimônio
O artigo 60 da constituição estabelece as regras que re- público e punir seus responsáveis art. 5º, LXXIII, da CF e Lei
gem o processo de criação e aprovação de emendas cons- n.º 4.171/65).
titucionais. Uma emenda pode ser proposta pelo Congresso - Habeas Corpus - instrumento tradicionalíssimo de ga-
Federal (um terço da Câmara dos Deputados ou do Senado rantia de direito, assegura a reparação ou prevenção do di-
Federal), pelo Presidente da República ou pela maioria das reito de ir e vir, constrangido por ilegalidade ou por abuso de
assembleias dos governos estaduais. Uma emenda é aprova- poder (art. 5º, LXVIII, da CF).
da somente se uma maioria absoluta (três quintos) da Câma- - Mandado de Segurança - usado de modo individual
ra dos Deputados e Senado Federal aprovarem a proposta. (art. 5º, LXIX, da CF). Tem por fim proteger direito líquido e
As emendas constitucionais devem ser elaboradas res- certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data.
peitando certas limitações. Há limitações materiais (conheci- - Mandado de Segurança Coletivo - usado de modo co-
das como cláusulas pétreas, art. 60, §4º), limitações circuns- letivo (art. 5º, LXX, da CF). Tem por finalidade proteger o di-
tanciais (art.60, §1º), limitações formais ou procedimentais reito de partidos políticos, organismos sindicais, entidades de
(art. 60, I, II, III, §3º), e ainda há uma forma definida de delibe- classe e associação legalmente constituídas em defesa dos
ração (art. 60, §2º) e promulgação (art. 60, §3º). interesses de seus membros ou associados.
Implicitamente considera-se que o art. 60 da CF/88 é ir- - Mandado de Injunção - usado para viabilizar o exercício
de um direito constitucionalmente previsto e que depende
reformável pois alterações no art. 60 permitiriam uma revisão
de regulamentação (art. 5º, LXXI, da CF).
completa da Constituição. Nos casos não abordados pelo art.
Política Urbana e Transferências de Recursos
60 é possível propor emendas. Os órgãos competentes para
Entre outros elementos inovadores, esta Constituição
submeter emendas são: a Câmara dos Deputados, o Senado
destaca-se das demais na medida em que pela primeira vez
Federal, o Presidente da República e de mais da metade das
estabelece um capítulo sobre política urbana, expresso nos
Assembleias Legislativas das unidades da Federação, mani-
artigos 182 e 183. Até então, nenhuma outra Constituição
festando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus
definia o município como ente federativo: a partir desta, o
membros.
município passava efetivamente a constituir uma das esferas
A emenda constitucional de revisão, conforme o art 3º
de poder e a ela era dada uma autonomia e atribuições iné-
da ADCT (Ato das Disposições Constitucionais Transitórias),
ditas até então.
além de possuir implicitamente as mesmas limitações mate- Com isso Constituição de 1988 favoreceu os Estados e
riais e circunstanciais, e os mesmos sujeitos legitimados que Municípios, transferindo-lhes a maior parte dos recursos,
o procedimento comum de emenda constitucional, também porém sem a correspondente transferência de encargos e
possuía limitação temporal - apenas uma revisão constitucio- responsabilidades. O Governo Federal continuou com os
nal foi prevista, 5 anos após a promulgação, sendo realizada mesmos custos e com fonte de receita bastante diminuídas.
em 1993. No entanto, ao contrário das emendas comuns, ela Metade do imposto de renda (IR) e do imposto sobre pro-
tinha um procedimento de deliberação parlamentar mais dutos industrializados (IPI) - os principais da União - foi au-
simples para reformar o texto constitucional pela maioria ab- tomaticamente distribuída aos Estados e Municípios. Além
soluta dos parlamentares, em sessão unicameral e promulga- disso, cinco outros tributos foram transferidos para a base de
ção dada pela Mesa do Congresso Nacional. cálculo do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Servi-
A Constituição brasileira já sofreu 62 reformas em seu ços (ICMS). Ao mesmo tempo, os constituintes ampliaram as
texto original, sendo 56 emendas constitucionais sendo a funções do Governo Federal.
última feita no dia 20 de dezembro de 2007, e 6 emendas Assim, a Carta de 88 promoveu desequilíbrios graves
constitucionais de revisão. A única revisão constitucional ge- no campo fiscal, que têm repercutindo nos recursos para
ral prevista pela Lei Fundamental brasileira aconteceu em 5 programas sociais ao induzir a União a buscar receitas não
de Outubro de 1993. partilháveis com os Estados e Municípios, contribuindo para
Remédios Constitucionais o agravamento da ineficiência e da iniquilidade do sistema
A Constituição de 1988 incluiu dentre outros direitos, tributário e do predomínio de impostos indiretos e contribui-
ações e garantias, os denominados “Remédios Constitucio- ções. Consequentemente houve uma crescente carga sobre
nais”. Por Remédios Constitucionais entende-se as garantias tributos tais como o imposto sobre operações financeiras
constitucionais, ou seja, instrumentos jurídicos para tornar (IOF), contribuição de fim social (FINSOCIAL), contribuição
efetivo o exercício dos direitos constitucionais. social sobre o lucro líquido (CSLL), entre outros.
35
HISTÓRIA DO BRASIL
36
HISTÓRIA DO BRASIL
lembrado ainda por dois fatos que, em última instância, tam- B. instituiu política econômica nacional-desenvolvimen-
bém têm consequências econômicas: a descoberta da cama- tista, que aliava o Estado, a empresa privada e a industriali-
da pré-sal de petróleo e a vitória da candidatura do Rio de zação.
Janeiro para sediar as Olimpíadas de 2016. C. passou por um golpe entendido como preventivo, em
Ainda no primeiro mandato, seu governo ficou marca- virtude da falta de governabilidade no Congresso Nacional.
do pelo escândalo do mensalão, que agora começou a ser D. adotou prática de contenção da industrialização em
julgado no Supremo Tribunal Federal. Segundo a denúncia benefício da agricultura cafeeira.
da Procuradoria Geral da República, houve compra de apoio E. revogou o programa de metas estabelecido durante o
político para a aprovação de projetos do interesse do gover- segundo governo de Getúlio Vargas.
no no Congresso. O Ministério Público denunciou 36 pessoas Resposta: B
pelo mensalão – Lula não foi incluído na ação penal.
Dilma Rousseff 03) No Brasil, a abolição da escravatura
Eleita em 2010, após derrotar José Serra no 2º turno, Dil- A. impediu a inserção do Brasil no sistema capitalista de
ma Rousseff , então ministra-chefe da Casa Civil do governo produção.
Lula, é a primeira mulher a assumir a Presidência da Repúbli- B. implantou vasta mão de obra no mercado de trabalho
ca. No primeiro ano de mandato, demitiu ministros envolvi- que substituiu a mão de obra imigrante.
dos em denúncias de corrupção. Apesar de rechaçar a fama C. aconteceu em concomitância com uma política de in-
de “faxineira ética”, viu sua popularidade aumentar após as serção dos ex-escravos na sociedade.
quedas dos políticos. D. resultou de um longo processo iniciado com a ex-
No campo econômico, a grande conquista tem sido a tinção do tráfico, em 1850, e posteriormente, com a Lei do
queda dos juros, uma herança indesejada da época do Plano Ventre Livre.
Real. Atualmente, a taxa básica de juros (a Selic) se encontra E. ocorreu por decisão isolada da corte, sem pressão da
na mínima histórica, de 8%. O movimento forçou os bancos a população ou de parte da elite nacional.
reduzirem margens historicamente altas, que são prejudiciais Resposta: D
para a economia real. Além disso, a presidenta tem lançado
pacotes de estímulo, para evitar que as finanças domésticas
04) Com relação à religiosidade africana e indígena no
sejam contaminadas pela persistente crise internacional. As
Brasil colonial, assinale a opção correta.
ações envolveram reduções tributárias e investimentos pú-
A. Os rituais africanos não eram tolerados, mesmo se
blicos diretos.
tivessem o consentimento do feitor e ocorressem sob vigi-
Fonte: http://ultimosegundo.ig.com.br/politi-
lância.
ca/2012-08-20/relembre-os-principais-legados-dos-presi-
B. As tribos canibais, como os Aimorés, praticavam o ca-
dentes-da-era-democratica.html
nibalismo como oferenda aos deuses.
Exercícios C. Os africanos conseguiram preservar o candomblé ao
trocarem seus símbolos por símbolos católicos.
01) Acerca da resistência dos escravos à escravatura no D. O culto da religiosidade consistiu em uma forma de
Brasil colonial, assinale a opção correta. resistência dos escravos ao processo de aculturação imposto
A. A fuga foi, dado o amplo conhecimento do território, pelo sistema escravocrata.
a forma de resistência mais adotada pelos índios, que, por E. As crenças indígenas e africanas, apesar de assimila-
razões espirituais, evitavam o suicídio. rem aspectos do catolicismo, não foram influenciadas mu-
B. O envenenamento de senhores, o aborto e o suicídio tuamente.
consistiram formas comuns de resistência dos escravos, que Resposta: D
desconsideravam a prática de sabotagem dos engenhos de
açúcar, pela grande vigilância que sofriam. 05) A respeito da Balaiada, uma das revoltas que con-
C. O quilombo de Palmares não apenas simbolizou a re- vulsionou o Brasil durante o período regencial, entre 1838 e
sistência negra à escravatura como representou uma possibi- 1840, no Maranhão, assinale a opção correta.
lidade real de organização social alternativa. A. Apesar de alguns êxitos no campo de batalha, a Ba-
D. Os quilombos não apresentavam real ameaça ao sis- laiada não conseguiu ocupar qualquer cidade maranhense.
tema colonial, o que tornou desnecessária a intervenção da B. Embora essa revolta tenha apresentado um sentido
Coroa para sua contenção. social, foi irrelevante o número de escravos fugidos que dela
E. Os índios pouco se rebelaram contra a escravidão, em participou.
virtude das alianças mantidas com os portugueses na luta C. A Balaiada concentrou-se no norte do Maranhão, área
contra tribos inimigas. dominada por grandes produtores de algodão.
Resposta: C D. O governo imperial, ocupado em debelar outros mo-
vimentos revoltosos, decidiu não enviar tropas para comba-
02) No período republicano no Brasil, o governo de Jus- ter os balaios.
celino Kubitschek E. Iniciada a partir de várias disputas entre setores da eli-
A. reduziu a dependência brasileira dos Estados Unidos te local, a revolta em questão acabou adquirindo feições de
da América ao aumentar a dependência em relação à Ingla- levante popular.
terra. Resposta: E
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HISTÓRIA DO BRASIL
ANOTAÇÕES
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LÍNGUA PORTUGUESA
1. Ortografia...........................................................................................................................................................................................................................01
2. Acentuação........................................................................................................................................................................................................................05
3. Classe, estrutura e formação das palavras (morfossemântica)..................................................................................................................08
4. A oração e seus termos (morfossintaxe)..............................................................................................................................................................30
5. Concordância verbal e nominal...............................................................................................................................................................................39
6. Regência verbal, regência nominal e emprego de crase..............................................................................................................................44
7. Texto, vocabulário e a construção de sentidos..................................................................................................................................................55
8. Coerência e coesão........................................................................................................................................................................................................59
9. Emprego dos tempos, modos verbais e vozes verbais..................................................................................................................................62
10. Pontuação.......................................................................................................................................................................................................................77
11. Fenômenos semânticos (metáfora, metonímia, sinonímia, antonímia, eufemismo, hiponímia, hiperonímia, ambiguida-
de, vaguidade, polissemia, homonímia, paráfrase)..............................................................................................................................................80
12. Argumentação e pragmática (atos de fala, implicitação, dêixis, máximas conversacionais)......................................................90
LÍNGUA PORTUGUESA
O fonema z:
1. ORTOGRAFIA
Escreve-se com S e não com Z:
*os sufixos: ês, esa, esia, e isa, quando o radical é subs-
tantivo, ou em gentílicos e títulos nobiliárquicos: freguês, fre-
A ortografia é a parte da língua responsável pela gra- guesa, freguesia, poetisa, baronesa, princesa, etc.
fia correta das palavras. Essa grafia baseia-se no padrão *os sufixos gregos: ase, ese, ise e ose: catequese, meta-
morfose.
culto da língua.
*as formas verbais pôr e querer: pôs, pus, quisera, quis,
As palavras podem apresentar igualdade total ou par- quiseste.
cial no que se refere a sua grafia e pronúncia, mesmo ten- *nomes derivados de verbos com radicais terminados
do significados diferentes. Essas palavras são chamadas em “d”: aludir - alusão / decidir - decisão / empreender - em-
de homônimas (canto, do grego, significa ângulo / canto, presa / difundir - difusão
do latim, significa música vocal). As palavras homônimas *os diminutivos cujos radicais terminam com “s”: Luís -
dividem-se em homógrafas, quando têm a mesma grafia Luisinho / Rosa - Rosinha / lápis - lapisinho
(gosto, substantivo e gosto, 1ª pessoa do singular do verbo *após ditongos: coisa, pausa, pouso
gostar) e homófonas, quando têm o mesmo som (paço, pa- *em verbos derivados de nomes cujo radical termina
lácio ou passo, movimento durante o andar). com “s”: anális(e) + ar - analisar / pesquis(a) + ar - pesquisar
Quanto à grafia correta em língua portuguesa, devem-
Escreve-se com Z e não com S:
se observar as seguintes regras:
*os sufixos “ez” e “eza” das palavras derivadas de adjeti-
vo: macio - maciez / rico - riqueza
O fonema s: *os sufixos “izar” (desde que o radical da palavra de ori-
gem não termine com s): final - finalizar / concreto - concre-
Escreve-se com S e não com C/Ç as palavras substan- tizar
tivadas derivadas de verbos com radicais em nd, rg, rt, pel, *como consoante de ligação se o radical não terminar
corr e sent: pretender - pretensão / expandir - expansão / com s: pé + inho - pezinho / café + al - cafezal ≠ lápis + inho
ascender - ascensão / inverter - inversão / aspergir aspersão - lapisinho
/ submergir - submersão / divertir - diversão / impelir - im-
pulsivo / compelir - compulsório / repelir - repulsa / recorrer O fonema j:
- recurso / discorrer - discurso / sentir - sensível / consentir
Escreve-se com G e não com J:
- consensual *as palavras de origem grega ou árabe: tigela, girafa, ges-
so.
Escreve-se com SS e não com C e Ç os nomes deri- *estrangeirismo, cuja letra G é originária: sargento, gim.
vados dos verbos cujos radicais terminem em gred, ced, *as terminações: agem, igem, ugem, ege, oge (com pou-
prim ou com verbos terminados por tir ou meter: agredir cas exceções): imagem, vertigem, penugem, bege, foge.
- agressivo / imprimir - impressão / admitir - admissão /
ceder - cessão / exceder - excesso / percutir - percussão / Observação: Exceção: pajem
regredir - regressão / oprimir - opressão / comprometer - *as terminações: ágio, égio, ígio, ógio, ugio: sortilégio, li-
compromisso / submeter - submissão tígio, relógio, refúgio.
*quando o prefixo termina com vogal que se junta com *os verbos terminados em ger e gir: eleger, mugir.
*depois da letra “r” com poucas exceções: emergir, surgir.
a palavra iniciada por “s”. Exemplos: a + simétrico - assimé-
*depois da letra “a”, desde que não seja radical termina-
trico / re + surgir - ressurgir do com j: ágil, agente.
*no pretérito imperfeito simples do subjuntivo. Exem-
plos: ficasse, falasse Escreve-se com J e não com G:
*as palavras de origem latinas: jeito, majestade, hoje.
Escreve-se com C ou Ç e não com S e SS os vocábulos *as palavras de origem árabe, africana ou exótica: jiboia,
de origem árabe: cetim, açucena, açúcar manjerona.
*os vocábulos de origem tupi, africana ou exótica: cipó, *as palavras terminada com aje: aje, ultraje.
Juçara, caçula, cachaça, cacique
*os sufixos aça, aço, ação, çar, ecer, iça, nça, uça, uçu, O fonema ch:
uço: barcaça, ricaço, aguçar, empalidecer, carniça, caniço,
Escreve-se com X e não com CH:
esperança, carapuça, dentuço
*as palavras de origem tupi, africana ou exótica: abacaxi,
*nomes derivados do verbo ter: abster - abstenção / muxoxo, xucro.
deter - detenção / ater - atenção / reter - retenção *as palavras de origem inglesa (sh) e espanhola (J): xam-
*após ditongos: foice, coice, traição pu, lagartixa.
*palavras derivadas de outras terminadas em te, to(r): *depois de ditongo: frouxo, feixe.
marte - marciano / infrator - infração / absorto - absorção *depois de “en”: enxurrada, enxoval.
1
LÍNGUA PORTUGUESA
2
LÍNGUA PORTUGUESA
RESOLUÇÃO HÍFEN
1-) O exercício quer a alternativa que apresenta cor- O hífen é um sinal diacrítico (que distingue) usado
reção ortográfica. Na primeira lacuna utilizaremos “há”, já para ligar os elementos de palavras compostas (couve-flor,
que está empregado no sentido de “existir”; na segunda, ex-presidente) e para unir pronomes átonos a verbos (ofe-
“consenso” com “s”; na terceira, “acerca” significa “a res- receram-me; vê-lo-ei).
peito de”, o que se encaixa perfeitamente no contexto. “Há Serve igualmente para fazer a translineação de pala-
cerca” = tem cerca (de arame, cerca viva, enfim...); “a cerca” vras, isto é, no fim de uma linha, separar uma palavra em
= a cerca está destruída (arame, madeira...) duas partes (ca-/sa; compa-/nheiro).
6-) A questão envolve colocação pronominal e orto- 8. Nas formações com os prefixos pós-, pré- e pró-:
grafia. Comecemos pela mais fácil: ortografia! A palavra pré-natal, pré-escolar, pró-europeu, pós-graduação, etc.
“por isso” é escrita separadamente. Assim, já descartamos
duas alternativas (“A” e “E”). Quanto à colocação pronomi- 9. Na ênclise e mesóclise: amá-lo, deixá-lo, dá-se, abra-
nal, temos a presença do advérbio “não”, que sabemos ser ça-o, lança-o e amá-lo-ei, falar-lhe-ei, etc.
um “ímã” para o pronome oblíquo, fazendo-nos aplicar a
regra da próclise (pronome antes do verbo). Então, a for- 10. Nas formações em que o prefixo tem como segun-
ma correta é “mas não A matem” (por que A e não LHE? do termo uma palavra iniciada por “h”: sub-hepático, ele-
Porque quem mata, mata algo ou alguém, objeto direto. tro-higrómetro, geo-história, neo-helênico, extra-humano,
O “lhe” é usado para objeto indireto. Se não tivéssemos a semi-hospitalar, super- -homem.
conjunção “mas” nem o advérbio “não”, a forma “matem-
na” estaria correta, já que, após vírgula, o ideal é que utili- 11. Nas formações em que o prefixo ou pseudo prefixo
zemos ênclise – pronome oblíquo após o verbo). termina na mesma vogal do segundo elemento: micro-on-
das, eletro-ótica, semi-interno, auto-observação, etc.
3
LÍNGUA PORTUGUESA
Obs: O hífen é suprimido quando para formar outros 03.Assinale a alternativa incorreta quanto ao emprego
termos: reaver, inábil, desumano, lobisomem, reabilitar. do hífen, respeitando-se o novo Acordo.
A) O semi-analfabeto desenhou um semicírculo.
- Lembre-se: ao separar palavras na translineação (mu- B) O meia-direita fez um gol de sem-pulo na semifinal
dança de linha), caso a última palavra a ser escrita seja for- do campeonato.
mada por hífen, repita-o na próxima linha. Exemplo: escre- C) Era um sem-vergonha, pois andava seminu.
verei anti-inflamatório e, ao final, coube apenas “anti-”. Na D) O recém-chegado veio de além-mar.
linha debaixo escreverei: “-inflamatório” (hífen em ambas E) O vice-reitor está em estado pós-operatório.
as linhas).
04.Segundo o novo Acordo, entre as palavras pão duro
Não se emprega o hífen: (avarento), copo de leite (planta) e pé de moleque (doce) o
hífen é obrigatório:
1. Nas formações em que o prefixo ou falso prefixo A) em nenhuma delas.
termina em vogal e o segundo termo inicia-se em “r” ou B) na segunda palavra.
“s”. Nesse caso, passa-se a duplicar estas consoantes: antir- C) na terceira palavra.
religioso, contrarregra, infrassom, microssistema, minissaia, D) em todas as palavras.
microrradiografia, etc. E) na primeira e na segunda palavra.
2. Nas constituições em que o prefixo ou pseudopre- 05.Fez um esforço __ para vencer o campeonato __.
fixo termina em vogal e o segundo termo inicia-se com Qual alternativa completa corretamente as lacunas?
vogal diferente: antiaéreo, extraescolar, coeducação, autoes- A) sobreumano/interregional
trada, autoaprendizagem, hidroelétrico, plurianual, autoes- B) sobrehumano-interregional
cola, infraestrutura, etc. C) sobre-humano / inter-regional
D) sobrehumano/ inter-regional
3. Nas formações, em geral, que contêm os prefixos E) sobre-humano /interegional
“dês” e “in” e o segundo elemento perdeu o h inicial: desu-
mano, inábil, desabilitar, etc. GABARITO
4. Nas formações com o prefixo “co”, mesmo quando 01. B 02. B 03. A 04. E 05. C
o segundo elemento começar com “o”: cooperação, coo-
brigação, coordenar, coocupante, coautor, coedição, coexistir, RESOLUÇÃO
etc.
1-)
5. Em certas palavras que, com o uso, adquiriram noção A) autocrítica
de composição: pontapé, girassol, paraquedas, paraquedis- C) pontapé
ta, etc. D) supermercado
6. Em alguns compostos com o advérbio “bem”: benfei- E) infravermelhos
to, benquerer, benquerido, etc.
2-)B) Nas circunvizinhanças há uma casa mal-assom-
Questões sobre Hífen brada.
3-) A) O semianalfabeto desenhou um semicírculo.
01.Assinale a alternativa em que o hífen, conforme o
novo Acordo, está sendo usado corretamente: 4-)
A) Ele fez sua auto-crítica ontem. a) pão-duro / b) copo-de-leite (planta) / c) pé de mo-
B) Ela é muito mal-educada. leque (doce)
C) Ele tomou um belo ponta-pé. a) Usa-se o hífen nas palavras compostas que não
D) Fui ao super-mercado, mas não entrei. apresentam elementos de ligação.
E) Os raios infra-vermelhos ajudam em lesões. b) Usa-se o hífen nos compostos que designam espé-
cies animais e botânicas (nomes de plantas, flores, frutos,
02.Assinale a alternativa errada quanto ao emprego do raízes, sementes), tenham ou não elementos de ligação.
hífen: c) Não se usa o hífen em compostos que apresentam
A) Pelo interfone ele comunicou bem-humorado que elementos de ligação.
faria uma superalimentação.
B) Nas circunvizinhanças há uma casa malassombrada. 5-) Fez um esforço sobre-humano para vencer o cam-
C) Depois de comer a sobrecoxa, tomou um antiácido. peonato inter-regional.
D) Nossos antepassados realizaram vários anteproje- - Usa-se o hífen diante de palavra iniciada por h.
tos. - Usa-se o hífen se o prefixo terminar com a mesma
E) O autodidata fez uma autoanálise. letra com que se inicia a outra palavra
4
LÍNGUA PORTUGUESA
acento agudo (´) – Colocado sobre as letras «a», «i», Antes Agora
«u» e sobre o «e» do grupo “em” - indica que estas letras assembléia assembleia
representam as vogais tônicas de palavras como Amapá, idéia ideia
caí, público, parabéns. Sobre as letras “e” e “o” indica, além geléia geleia
da tonicidade, timbre aberto.Ex.: herói – médico – céu (di- jibóia jiboia
tongos abertos) apóia (verbo apoiar) apoia
paranóico paranoico
5
LÍNGUA PORTUGUESA
Quando a vogal do hiato for “i” ou “u” tônicos, acom- A regra prevalece também para os verbos conter, ob-
panhados ou não de “s”, haverá acento. Ex.: saída – faísca ter, reter, deter, abster.
– baú – país – Luís ele contém – eles contêm
ele obtém – eles obtêm
Observação importante: ele retém – eles retêm
Não serão mais acentuados “i” e “u” tônicos, formando ele convém – eles convêm
hiato quando vierem depois de ditongo: Ex.:
Antes Agora Não se acentuam mais as palavras homógrafas que
bocaiúva bocaiuva antes eram acentuadas para diferenciá-las de outras seme-
feiúra feiura lhantes (regra do acento diferencial). Apenas em algumas
Sauípe Sauipe exceções, como:
A forma verbal pôde (terceira pessoa do singular do
O acento pertencente aos encontros “oo” e “ee” foi
pretérito perfeito do modo indicativo) ainda continua sen-
abolido. Ex.:
do acentuada para diferenciar-se de pode (terceira pessoa
Antes Agora do singular do presente do indicativo). Ex:
crêem creem Ela pode fazer isso agora.
lêem leem Elvis não pôde participar porque sua mão não deixou...
vôo voo
enjôo enjoo O mesmo ocorreu com o verbo pôr para diferenciar da
preposição por.
- Agora memorize a palavra CREDELEVÊ. São os verbos - Quando, na frase, der para substituir o “por” por “co-
que, no plural, dobram o “e”, mas que não recebem mais locar”, estaremos trabalhando com um verbo, portanto:
acento como antes: CRER, DAR, LER e VER. “pôr”; nos outros casos, “por” preposição. Ex:
Faço isso por você.
Repare: Posso pôr (colocar) meus livros aqui?
1-) O menino crê em você
Os meninos creem em você. Questões sobre Acentuação Gráfica
2-) Elza lê bem!
Todas leem bem! 01. “Cadáver” é paroxítona, pois:
3-) Espero que ele dê o recado à sala. A) Tem a última sílaba como tônica.
B) Tem a penúltima sílaba como tônica.
Esperamos que os garotos deem o recado!
C) Tem a antepenúltima sílaba como tônica.
4-) Rubens vê tudo!
D) Não tem sílaba tônica.
Eles veem tudo!
02. Assinale a alternativa correta.
* Cuidado! Há o verbo vir: A palavra faliu contém um:
Ele vem à tarde! A) hiato
Eles vêm à tarde! B) dígrafo
C) ditongo decrescente
Não se acentuam o “i” e o “u” que formam hiato quan- D) ditongo crescente
do seguidos, na mesma sílaba, de l, m, n, r ou z. Ra-ul, ru
-im, con-tri-bu-in-te, sa-ir, ju-iz 03. Em “O resultado da experiência foi, literalmen-
te, aterrador.” a palavra destacada encontra-se acentuada
Não se acentuam as letras “i” e “u” dos hiatos se esti- pelo mesmo motivo que:
verem seguidas do dígrafo nh. Ex: ra-i-nha, ven-to-i-nha. A) túnel
B) voluntário
Não se acentuam as letras “i” e “u” dos hiatos se vierem C) até
precedidas de vogal idêntica: xi-i-ta, pa-ra-cu-u-ba D) insólito
E) rótulos
As formas verbais que possuíam o acento tônico na
raiz, com “u” tônico precedido de “g” ou “q” e seguido de
04. Assinale a alternativa correta.
“e” ou “i” não serão mais acentuadas. Ex.: A) “Contrário” e “prévias” são acentuadas por serem
Antes Depois paroxítonas terminadas em ditongo.
apazigúe (apaziguar) apazigue B) Em “interruptor” e “testaria” temos, respectivamen-
averigúe (averiguar) averigue te, encontro consonantal e hiato.
argúi (arguir) argui C) Em “erros derivam do mesmo recurso mental” as
palavras grifadas são paroxítonas.
Acentuam-se os verbos pertencentes à terceira pessoa D) Nas palavras “seguida”, “aquele” e “quando” as par-
do plural de: ele tem – eles têm / ele vem – eles vêm (verbo tes destacadas são dígrafos.
vir) E) A divisão silábica está correta em “co-gni-ti-va”, “p-
si-có-lo-ga” e “a-ci-o-na”.
6
LÍNGUA PORTUGUESA
05. Todas as palavras abaixo são hiatos, EXCETO: 3-) ex – pe - ri – ên - cia : paroxítona terminada em
A) saúde ditongo crescente (semivogal + vogal)
B) cooperar a-) Tú –nel: paroxítona terminada em L
C) ruim b-) vo – lun - tá – rio : paroxítona terminada em diton-
D) creem go
E) pouco c-) A - té – oxítona
d-) in – só – li – to : proparoxítona
06. “O episódio aconteceu em plena via pública de e-) ró – tu los – proparoxítona
Assis. Dez mulheres começaram a cantar músicas pela paz
mundial. A partir daquele momento outras pessoas que 4-)
passavam por ali decidiram integrar ao grupo. Rapidamen- a-) correta
te, uma multidão aderiu à ideia. Assim começou a forma- b-) inteRRuptor: não é encontro consonantal, mas sim
ção do maior coral popular de Assis”. O vocábulo subli- DÍGRAFO
nhado tem sua acentuação gráfica justificada pelo mesmo c-) todas são, exceto MENTAL, que é oxítona
motivo das palavras: d-) são dígrafos, exceto QUANDO, que “ouço” o som
A) eminência, ímpio, vácuo, espécie, sério do U, portanto não é caso de dígrafo
B) aluá, cárie, pátio, aéreo, ínvio e-) cog – ni - ti – va / psi – có- lo- ga
C) chinês, varíola, rubéola, período, prêmio
D) sábio, sábia, sabiá, curió, sério 5-) sa - ú - de / co - o - pe – rar / ru – im /
cre - em / pou - co (ditongo)
07. Assinale a opção CORRETA em que todas as pala-
vras estão acentuadas na mesma posição silábica. 6-) e - pi - só - dio - paroxítona terminada em di-
A) Nazaré - além - até - está - também. tongo
B) Água - início - além - oásis - religião. a-) ok
C) Município - início - água - século - oásis b-) a – lu –á :oxítona, então descarte esse item
D) Século - símbolo - água - histórias - missionário c-) chi – nês : oxítona, idem
E) Missionário - símbolo - histórias - século – município d-) sa – bi – á : idem
08. Considerando as palavras: também / revólver / lâm- 7-)
pada / lápis. Assinale a única alternativa cuja justificativa de
a-) oxítona – TODAS
acentuação gráfica não se refere a uma delas:
b-) paroxítona – paroxítona – oxítona – paroxítona –
A) palavra paroxítona terminada em - is
não acentuada
B) palavra proparoxítona terminada em - em
c-) paroxítona – idem – idem – proparoxítona – paro-
C) palavra paroxítona terminada em - r
xítona
D) palavra proparoxítona - todas devem ser acentua-
d-) proparoxítona – idem – paroxítona – idem – idem
das
e-) paroxítona – proparoxítona – paroxítona – proparo-
09. Assinale a alternativa incorreta: xítona – paroxítona
A) Os vocábulos sábio, régua e decência são paroxíto-
nos terminadas em ditongos crescentes. 8-) tam – bém: oxítona / re – vól – ver: paroxítona / lâm
B) O vocábulo armazém é acentuado por ser um oxíto- – pa – da: proparoxítona / lá – pis :paroxítona
no terminado em em. a-) é a regra do LÁPIS
C) Os vocábulos baú e cafeína são hiatos. b-) todas as proparoxítonas são acentuadas, indepen-
D) O vocábulo véu é acentuado por ser um oxítono dente de sua terminação
terminado em u. c-) regra para REVÓLVER
d-) relativa à palavra lâmpada
GABARITO
01. B 02. C 03. B 04. A 05. E 9-) As alternativas A, B e C contêm afirmativas corretas.
06. A 07. A 08. B 09. D Na D, há erro, pois véu é monossílabo acentuado por ter-
minar em ditongo aberto.
RESOLUÇÃO
1-) Separando as sílabas: Ca – dá – ver: a penúltima
sílaba é a tônica (mais forte; nesse caso, acentuada). Penúl-
tima sílaba tônica = paroxítona
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LÍNGUA PORTUGUESA
Indica a nacionalidade ou o lugar de origem do ser. Os adjetivos simples flexionam-se no plural de acor-
Observe alguns deles: do com as regras estabelecidas para a flexão numérica dos
Estados e cidades brasileiros: substantivos simples. Por exemplo: mau e maus, feliz e feli-
Alagoas alagoano zes, ruim e ruins boa e boas
Amapá amapaense
Aracaju aracajuano ou aracajuense Caso o adjetivo seja uma palavra que também exerça
Amazonas amazonense ou baré função de substantivo, ficará invariável, ou seja, se a palavra
Belo Horizonte belo-horizontino que estiver qualificando um elemento for, originalmente,
Brasília brasiliense um substantivo, ela manterá sua forma primitiva. Exemplo:
Cabo Frio cabo-friense a palavra cinza é originalmente um substantivo; porém, se
Campinas campineiro ou campinense estiver qualificando um elemento, funcionará como adje-
tivo. Ficará, então, invariável. Logo: camisas cinza, ternos
Adjetivo Pátrio Composto cinza.
Veja outros exemplos:
Na formação do adjetivo pátrio composto, o primeiro Motos vinho (mas: motos verdes)
elemento aparece na forma reduzida e, normalmente, eru- Paredes musgo (mas: paredes brancas).
dita. Observe alguns exemplos: Comícios monstro (mas: comícios grandiosos).
África afro- / Cultura afro-americana
Alemanha germano- ou teuto-/Competições teuto Adjetivo Composto
-inglesas
América américo- / Companhia américo-africana É aquele formado por dois ou mais elementos. Nor-
Bélgica belgo- / Acampamentos belgo-franceses malmente, esses elementos são ligados por hífen. Apenas
China sino- / Acordos sino-japoneses o último elemento concorda com o substantivo a que se
Espanha hispano- / Mercado hispano-português refere; os demais ficam na forma masculina, singular. Caso
Europa euro- / Negociações euro-americanas um dos elementos que formam o adjetivo composto seja
França franco- ou galo- / Reuniões franco-italia- um substantivo adjetivado, todo o adjetivo composto fica-
nas rá invariável. Por exemplo: a palavra rosa é originalmente
Grécia greco- / Filmes greco-romanos um substantivo, porém, se estiver qualificando um elemen-
Inglaterra anglo- / Letras anglo-portuguesas to, funcionará como adjetivo. Caso se ligue a outra pala-
Itália ítalo- / Sociedade ítalo-portuguesa vra por hífen, formará um adjetivo composto; como é um
Japão nipo- / Associações nipo-brasileiras substantivo adjetivado, o adjetivo composto inteiro ficará
Portugal luso- / Acordos luso-brasileiros invariável. Por exemplo:
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LÍNGUA PORTUGUESA
Os adjetivos flexionam-se em grau para indicar a inten- Observe alguns superlativos sintéticos:
sidade da qualidade do ser. São dois os graus do adjetivo: benéfico beneficentíssimo
o comparativo e o superlativo. bom boníssimo ou ótimo
comum comuníssimo
Comparativo cruel crudelíssimo
difícil dificílimo
Nesse grau, comparam-se a mesma característica atri- doce dulcíssimo
buída a dois ou mais seres ou duas ou mais característi- fácil facílimo
cas atribuídas ao mesmo ser. O comparativo pode ser de fiel fidelíssimo
igualdade, de superioridade ou de inferioridade. Observe
os exemplos abaixo: Superlativo Relativo: ocorre quando a qualidade de
Sou tão alto como você. = Comparativo de Igualdade
um ser é intensificada em relação a um conjunto de seres.
No comparativo de igualdade, o segundo termo da com-
Essa relação pode ser:
paração é introduzido pelas palavras como, quanto ou quão.
De Superioridade: Clara é a mais bela da sala.
De Inferioridade: Clara é a menos bela da sala.
Sou mais alto (do) que você. = Comparativo de Supe-
rioridade Analítico
Note bem:
No comparativo de superioridade analítico, entre os
dois substantivos comparados, um tem qualidade supe- 1) O superlativo absoluto analítico é expresso por meio
rior. A forma é analítica porque pedimos auxílio a “mais...do dos advérbios muito, extremamente, excepcionalmente,
que” ou “mais...que”. etc., antepostos ao adjetivo.
2) O superlativo absoluto sintético apresenta-se sob
O Sol é maior (do) que a Terra. = Comparativo de Supe- duas formas : uma erudita, de origem latina, outra popular,
rioridade Sintético de origem vernácula. A forma erudita é constituída pelo
radical do adjetivo latino + um dos sufixos -íssimo, -imo
Alguns adjetivos possuem, para o comparativo de su- ou érrimo. Por exemplo: fidelíssimo, facílimo, paupérrimo. A
perioridade, formas sintéticas, herdadas do latim. São eles: forma popular é constituída do radical do adjetivo portu-
bom /melhor, pequeno/menor, mau/pior, alto/superior, guês + o sufixo -íssimo: pobríssimo, agilíssimo.
grande/maior, baixo/inferior. 3) Em vez dos superlativos normais seriíssimo, preca-
Observe que: riíssimo, necessariíssimo, preferem-se, na linguagem atual,
a) As formas menor e pior são comparativos de supe- as formas seríssimo, precaríssimo, necessaríssimo, sem o de-
rioridade, pois equivalem a mais pequeno e mais mau, res- sagradável hiato i-í.
pectivamente.
b) Bom, mau, grande e pequeno têm formas sintéticas Advérbio
(melhor, pior, maior e menor), porém, em comparações fei-
tas entre duas qualidades de um mesmo elemento, deve- O advérbio, assim como muitas outras palavras exis-
se usar as formas analíticas mais bom, mais mau,mais gran- tentes na Língua Portuguesa, advém de outras línguas.
de e mais pequeno. Por exemplo: Assim sendo, tal qual o adjetivo, o prefixo “ad-” indica a
ideia de proximidade, contiguidade. Essa proximidade faz
Pedro é maior do que Paulo - Comparação de dois ele- referência ao processo verbal, no sentido de caracterizá-lo,
mentos. ou seja, indicando as circunstâncias em que esse processo
Pedro é mais grande que pequeno - comparação de se desenvolve.
duas qualidades de um mesmo elemento. O advérbio relaciona-se aos verbos da língua, no sen-
tido de caracterizar os processos expressos por ele. Contu-
Sou menos alto (do) que você. = Comparativo de In- do, ele não é modificador exclusivo desta classe (verbos),
ferioridade pois também modifica o adjetivo e até outro advérbio. Se-
Sou menos passivo (do) que tolerante. guem alguns exemplos:
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LÍNGUA PORTUGUESA
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LÍNGUA PORTUGUESA
- Não se deve usar artigo antes das palavras casa ( no Dividem-se em:
sentido de lar, moradia) e terra ( no sentido de chão firme), - ADITIVAS: expressam a ideia de adição, soma. Ex.
a menos que venham especificadas. Gosto de cantar e de dançar.
Eles estavam em casa. Principais conjunções aditivas: e, nem, não só...mas
Eles estavam na casa dos amigos. também, não só...como também.
Os marinheiros permaneceram em terra.
Os marinheiros permanecem na terra dos anões. - ADVERSATIVAS: Expressam ideias contrárias, de opo-
sição, de compensação. Ex. Estudei, mas não entendi nada.
- Não se emprega artigo antes dos pronomes de trata- Principais conjunções adversativas: mas, porém, contu-
mento, com exceção de senhor(a), senhorita e dona: Vossa do, todavia, no entanto, entretanto.
excelência resolverá os problemas de Sua Senhoria.
- ALTERNATIVAS: Expressam ideia de alternância.
- Não se une com preposição o artigo que faz parte do Ou você sai do telefone ou eu vendo o aparelho.
nome de revistas, jornais, obras literárias: Li a notícia em O Principais conjunções alternativas: Ou...ou, ora...ora,
Estado de S. Paulo. quer...quer, já...já.
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LÍNGUA PORTUGUESA
- CONCLUSIVAS: Servem para dar conclusões às ora- Diferença entre orações causais e explicativas
ções. Ex. Estudei muito, por isso mereço passar.
Principais conjunções conclusivas: logo, por isso, pois Quando estudamos Orações Subordinadas Adverbiais
(depois do verbo), portanto, por conseguinte, assim. (OSA) e Coordenadas Sindéticas (CS), geralmente nos de-
paramos com a dúvida de como distinguir uma oração
- EXPLICATIVAS: Explicam, dão um motivo ou razão. Ex. causal de uma explicativa. Veja os exemplos:
É melhor colocar o casaco porque está fazendo muito frio lá 1º) Na frase “Não atravesse a rua, porque você pode ser
fora. atropelado”:
Principais conjunções explicativas: que, porque, pois a) Temos uma CS Explicativa, que indica uma justificati-
(antes do verbo), porquanto. va ou uma explicação do fato expresso na oração anterior.
b) As orações são coordenadas e, por isso, indepen-
Conjunções subordinativas dentes uma da outra. Neste caso, há uma pausa entre as
orações que vêm marcadas por vírgula.
- CAUSAIS Não atravesse a rua. Você pode ser atropelado.
Principais conjunções causais: porque, visto que, já que,
Outra dica é, quando a oração que antecede a OC
uma vez que, como (= porque).
(Oração Coordenada) vier com verbo no modo imperativo,
Ele não fez o trabalho porque não tem livro.
ela será explicativa.
- COMPARATIVAS Façam silêncio, que estou falando. (façam= verbo im-
Principais conjunções comparativas: que, do que, tão... perativo)
como, mais...do que, menos...do que.
Ela fala mais que um papagaio. 2º) Na frase “Precisavam enterrar os mortos em outra
cidade porque não havia cemitério no local.”
- CONCESSIVAS a) Temos uma OSA Causal, já que a oração subordinada
Principais conjunções concessivas: embora, ainda que, (parte destacada) mostra a causa da ação expressa pelo
mesmo que, apesar de, se bem que. verbo da oração principal. Outra forma de reconhecê-la é
Indicam uma concessão, admitem uma contradição, colocá-la no início do período, introduzida pela conjunção
um fato inesperado. Traz em si uma ideia de “apesar de”. como - o que não ocorre com a CS Explicativa.
Embora estivesse cansada, fui ao shopping. (= apesar de Como não havia cemitério no local, precisavam enterrar
estar cansada) os mortos em outra cidade.
Apesar de ter chovido fui ao cinema. b) As orações são subordinadas e, por isso, totalmente
dependentes uma da outra.
- CONFORMATIVAS
Principais conjunções conformativas: como, segundo,
conforme, consoante Interjeição
Cada um colhe conforme semeia.
Expressam uma ideia de acordo, concordância, confor- Interjeição é a palavra invariável que exprime emo-
midade. ções, sensações, estados de espírito, ou que procura agir
sobre o interlocutor, levando-o a adotar certo comporta-
- CONSECUTIVAS mento sem que, para isso, seja necessário fazer uso de es-
Expressam uma ideia de consequência. truturas linguísticas mais elaboradas. Observe o exemplo:
Principais conjunções consecutivas: que (após “tal”, Droga! Preste atenção quando eu estou falando!
“tanto”, “tão”, “tamanho”).
Falou tanto que ficou rouco.
No exemplo acima, o interlocutor está muito bravo.
Toda sua raiva se traduz numa palavra: Droga! Ele poderia
- FINAIS
Expressam ideia de finalidade, objetivo. ter dito: - Estou com muita raiva de você! Mas usou sim-
Todos trabalham para que possam sobreviver. plesmente uma palavra. Ele empregou a interjeição Droga!
Principais conjunções finais: para que, a fim de que, As sentenças da língua costumam se organizar de for-
porque (=para que), ma lógica: há uma sintaxe que estrutura seus elementos e
os distribui em posições adequadas a cada um deles. As in-
- PROPORCIONAIS terjeições, por outro lado, são uma espécie de “palavra-fra-
Principais conjunções proporcionais: à medida que, se”, ou seja, há uma ideia expressa por uma palavra (ou um
quanto mais, ao passo que, à proporção que. conjunto de palavras - locução interjetiva) que poderia ser
À medida que as horas passavam, mais sono ele tinha. colocada em termos de uma sentença. Veja os exemplos:
Bravo! Bis!
- TEMPORAIS bravo e bis: interjeição = sentença (sugestão): “Foi
Principais conjunções temporais: quando, enquanto, muito bom! Repitam!”
logo que. Ai! Ai! Ai! Machuquei meu pé... ai: interjeição = senten-
Quando eu sair, vou passar na locadora. ça (sugestão): “Isso está doendo!” ou “Estou com dor!”
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LÍNGUA PORTUGUESA
A interjeição é um recurso da linguagem afetiva, em - Animação ou Estímulo: Vamos!, Força!, Coragem!, Eia!,
que não há uma ideia organizada de maneira lógica, como Ânimo!, Adiante!, Firme!, Toca!
são as sentenças da língua, mas sim a manifestação de um - Aplauso ou Aprovação: Bravo!, Bis!, Apoiado!, Viva!,
suspiro, um estado da alma decorrente de uma situação Boa!
particular, um momento ou um contexto específico. Exem- - Concordância: Claro!, Sim!, Pois não!, Tá!, Hã-hã!
plos: - Repulsa ou Desaprovação: Credo!, Irra!, Ih!, Livra!,
Ah, como eu queria voltar a ser criança! Safa!, Fora!, Abaixo!, Francamente!, Xi!, Chega!, Basta!, Ora!
ah: expressão de um estado emotivo = interjeição - Desejo ou Intenção: Oh!, Pudera!, Tomara!, Oxalá!
Hum! Esse pudim estava maravilhoso! - Desculpa: Perdão!
hum: expressão de um pensamento súbito = interjei- - Dor ou Tristeza: Ai!, Ui!, Ai de mim!, Que pena!, Ah!,
ção Oh!, Eh!
- Dúvida ou Incredulidade: Qual!, Qual o quê!, Hum!,
Epa!, Ora!
O significado das interjeições está vinculado à maneira
- Espanto ou Admiração: Oh!, Ah!, Uai!, Puxa!, Céus!,
como elas são proferidas. Desse modo, o tom da fala é que
Quê!, Caramba!, Opa!, Virgem!, Vixe!, Nossa!, Hem?!, Hein?,
dita o sentido que a expressão vai adquirir em cada contex-
Cruz!, Putz!
to de enunciação. Exemplos: - Impaciência ou Contrariedade: Hum!, Hem!, Irra!,
Psiu! = contexto: alguém pronunciando essa expres- Raios!, Diabo!, Puxa!, Pô!, Ora!
são na rua; significado da interjeição (sugestão): “Estou te - Pedido de Auxílio: Socorro!, Aqui!, Piedade!
chamando! Ei, espere!” - Saudação, Chamamento ou Invocação: Salve!, Viva!,
Psiu! = contexto: alguém pronunciando essa expres- Adeus!, Olá!, Alô!, Ei!, Tchau!, Ô, Ó, Psiu!, Socorro!, Valha-
são em um hospital; significado da interjeição (sugestão): me, Deus!
“Por favor, faça silêncio!” - Silêncio: Psiu!, Bico!, Silêncio!
Puxa! Ganhei o maior prêmio do sorteio! - Terror ou Medo: Credo!, Cruzes!, Uh!, Ui!, Oh!
puxa: interjeição; tom da fala: euforia
Puxa! Hoje não foi meu dia de sorte! Saiba que: As interjeições são palavras invariáveis, isto
puxa: interjeição; tom da fala: decepção é, não sofrem variação em gênero, número e grau como os
nomes, nem de número, pessoa, tempo, modo, aspecto e
As interjeições cumprem, normalmente, duas funções: voz como os verbos. No entanto, em uso específico, algu-
1) Sintetizar uma frase exclamativa, exprimindo alegria, mas interjeições sofrem variação em grau. Deve-se ter claro,
tristeza, dor, etc. neste caso, que não se trata de um processo natural dessa
Você faz o que no Brasil? classe de palavra, mas tão só uma variação que a linguagem
Eu? Eu negocio com madeiras. afetiva permite. Exemplos: oizinho, bravíssimo, até loguinho.
Ah, deve ser muito interessante.
Locução Interjetiva
2) Sintetizar uma frase apelativa
Cuidado! Saia da minha frente. Ocorre quando duas ou mais palavras formam uma ex-
pressão com sentido de interjeição. Por exemplo : Ora bo-
As interjeições podem ser formadas por: las! Quem me dera! Virgem Maria! Meu Deus! Ó
- simples sons vocálicos: Oh!, Ah!, Ó, Ô. de casa! Ai de mim! Valha-me Deus! Graças a Deus!
Alto lá! Muito bem!
- palavras: Oba!, Olá!, Claro!
- grupos de palavras (locuções interjetivas): Meu Deus!,
Observações:
Ora bolas!
- As interjeições são como frases resumidas, sintéticas.
Por exemplo: Ué! = Eu não esperava por essa!, Perdão! =
A ideia expressa pela interjeição depende muitas ve- Peço-lhe que me desculpe.
zes da entonação com que é pronunciada; por isso, pode
ocorrer que uma interjeição tenha mais de um sentido. Por - Além do contexto, o que caracteriza a interjeição é o
exemplo: seu tom exclamativo; por isso, palavras de outras classes
Oh! Que surpresa desagradável! (ideia de contra- gramaticais podem aparecer como interjeições.
riedade) Viva! Basta! (Verbos)
Oh! Que bom te encontrar. (ideia de alegria) Fora! Francamente! (Advérbios)
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LÍNGUA PORTUGUESA
- Não se deve confundir a interjeição de apelo “ó” com Classificação dos Numerais
a sua homônima “oh!”, que exprime admiração, alegria,
tristeza, etc. Faz-se uma pausa depois do” oh!” exclamativo Cardinais: indicam contagem, medida. É o número bá-
e não a fazemos depois do “ó” vocativo. sico: um, dois, cem mil, etc.
“Ó natureza! ó mãe piedosa e pura!” (Olavo Bilac) Ordinais: indicam a ordem ou lugar do ser numa série
Oh! a jornada negra!” (Olavo Bilac) dada: primeiro, segundo, centésimo, etc.
Fracionários: indicam parte de um inteiro, ou seja, a
- Na linguagem afetiva, certas interjeições, originadas divisão dos seres: meio, terço, dois quintos, etc.
de palavras de outras classes, podem aparecer flexionadas Multiplicativos: expressam ideia de multiplicação dos
no diminutivo ou no superlativo: Calminha! Adeusinho! seres, indicando quantas vezes a quantidade foi aumenta-
Obrigadinho! da: dobro, triplo, quíntuplo, etc.
Usadas com muita frequência na língua falada informal, Separando os números em centenas, de trás para fren-
quando empregadas na língua escrita, as interjeições cos- te, obtêm-se conjuntos numéricos, em forma de centenas
tumam conferir-lhe certo tom inconfundível de coloquiali- e, no início, também de dezenas ou unidades. Entre esses
dade. Além disso, elas podem muitas vezes indicar traços conjuntos usa-se vírgula; as unidades ligam-se pela con-
pessoais do falante - como a escassez de vocabulário, o junção “e”.
temperamento agressivo ou dócil, até mesmo a origem 1.203.726 = um milhão, duzentos e três mil, setecentos
geográfica. É nos textos narrativos - particularmente nos e vinte e seis.
diálogos - que comumente se faz uso das interjeições com 45.520 = quarenta e cinco mil, quinhentos e vinte.
o objetivo de caracterizar personagens e, também, graças à
sua natureza sintética, agilizar as falas. Natureza sintética e Flexão dos numerais
conteúdo mais emocional do que racional fazem das inter-
jeições presença constante nos textos publicitários. Os numerais cardinais que variam em gênero são um/
uma, dois/duas e os que indicam centenas de duzentos/du-
Fonte: zentas em diante: trezentos/trezentas; quatrocentos/quatro-
http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf89. centas, etc. Cardinais como milhão, bilhão, trilhão, variam
php em número: milhões, bilhões, trilhões. Os demais cardinais
são invariáveis.
Os numerais ordinais variam em gênero e número:
Numeral primeiro segundo milésimo
primeira segunda milésima
Numeral é a palavra que indica os seres em termos primeiros segundos milésimos
numéricos, isto é, que atribui quantidade aos seres ou os primeiras segundas milésimas
situa em determinada sequência.
Os quatro últimos ingressos foram vendidos há pouco. Os numerais multiplicativos são invariáveis quando
[quatro: numeral = atributo numérico de “ingresso”] atuam em funções substantivas: Fizeram o dobro do esforço
e conseguiram o triplo de produção.
Eu quero café duplo, e você? Quando atuam em funções adjetivas, esses numerais
...[duplo: numeral = atributo numérico de “café”] flexionam-se em gênero e número: Teve de tomar doses tri-
plas do medicamento.
A primeira pessoa da fila pode entrar, por favor! Os numerais fracionários flexionam-se em gênero e
...[primeira: numeral = situa o ser “pessoa” na sequên- número. Observe: um terço/dois terços, uma terça parte/
cia de “fila”] duas terças partes
Os numerais coletivos flexionam-se em número: uma
Note bem: os numerais traduzem, em palavras, o que dúzia, um milheiro, duas dúzias, dois milheiros.
os números indicam em relação aos seres. Assim, quando É comum na linguagem coloquial a indicação de grau
a expressão é colocada em números (1, 1°, 1/3, etc.) não se nos numerais, traduzindo afetividade ou especialização de
trata de numerais, mas sim de algarismos. sentido. É o que ocorre em frases como:
Além dos numerais mais conhecidos, já que refletem a “Me empresta duzentinho...”
ideia expressa pelos números, existem mais algumas pala- É artigo de primeiríssima qualidade!
vras consideradas numerais porque denotam quantidade, O time está arriscado por ter caído na segundona. (=
proporção ou ordenação. São alguns exemplos: década, segunda divisão de futebol)
dúzia, par, ambos(as), novena.
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LÍNGUA PORTUGUESA
*Para designar papas, reis, imperadores, séculos e partes em que se divide uma obra, utilizam-se os ordinais até décimo
e a partir daí os cardinais, desde que o numeral venha depois do substantivo:
Ordinais Cardinais
João Paulo II (segundo) Tomo XV (quinze)
D. Pedro II (segundo) Luís XVI (dezesseis)
Ato II (segundo) Capítulo XX (vinte)
Século VIII (oitavo) Século XX (vinte)
Canto IX (nono) João XXIII ( vinte e três)
*Para designar leis, decretos e portarias, utiliza-se o ordinal até nono e o cardinal de dez em diante:
Artigo 1.° (primeiro) Artigo 10 (dez)
Artigo 9.° (nono) Artigo 21 (vinte e um)
*Ambos/ambas são considerados numerais. Significam “um e outro”, “os dois” (ou “uma e outra”, “as duas”) e são lar-
gamente empregados para retomar pares de seres aos quais já se fez referência.
Pedro e João parecem ter finalmente percebido a importância da solidariedade. Ambos agora participam das atividades
comunitárias de seu bairro.
Obs.: a forma “ambos os dois” é considerada enfática. Atualmente, seu uso indica afetação, artificialismo.
Cardinais Ordinais Multiplicativos Fracionários
um primeiro - -
dois segundo dobro, duplo meio
três terceiro triplo, tríplice terço
quatro quarto quádruplo quarto
cinco quinto quíntuplo quinto
seis sexto sêxtuplo sexto
sete sétimo sétuplo sétimo
oito oitavo óctuplo oitavo
nove nono nônuplo nono
dez décimo décuplo décimo
onze décimo primeiro - onze avos
doze décimo segundo - doze avos
treze décimo terceiro - treze avos
catorze décimo quarto - catorze avos
quinze décimo quinto - quinze avos
dezesseis décimo sexto - dezesseis avos
dezessete décimo sétimo - dezessete avos
dezoito décimo oitavo - dezoito avos
dezenove décimo nono - dezenove avos
vinte vigésimo - vinte avos
trinta trigésimo - trinta avos
quarenta quadragésimo - quarenta avos
cinqüenta quinquagésimo - cinquenta avos
sessenta sexagésimo - sessenta avos
setenta septuagésimo - setenta avos
oitenta octogésimo - oitenta avos
noventa nonagésimo - noventa avos
cem centésimo cêntuplo centésimo
duzentos ducentésimo - ducentésimo
trezentos trecentésimo - trecentésimo
quatrocentos quadringentésimo - quadringentésimo
quinhentos quingentésimo - quingentésimo
seiscentos sexcentésimo - sexcentésimo
setecentos septingentésimo - septingentésimo
oitocentos octingentésimo - octingentésimo
novecentos nongentésimo ou noningentésimo - nongentésimo
mil milésimo - milésimo
milhão milionésimo - milionésimo
bilhão bilionésimo - bilionésimo
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LÍNGUA PORTUGUESA
Fim ou finalidade = Vou ao médico para começar o tra- Fala-se de Roberta. Ele quer participar do desfile da nos-
tamento. sa escola neste ano.
Instrumento = Escreveu a lápis. [nossa: pronome que qualifica “escola” = concordância
Posse = Não posso doar as roupas da mamãe. adequada]
Autoria = Esse livro de Machado de Assis é muito bom. [neste: pronome que determina “ano” = concordância
Companhia = Estarei com ele amanhã. adequada]
Matéria = Farei um cartão de papel reciclado. [ele: pronome que faz referência à “Roberta” = concor-
Meio = Nós vamos fazer um passeio de barco. dância inadequada]
Origem = Nós somos do Nordeste, e você? Existem seis tipos de pronomes: pessoais, possessivos,
Conteúdo = Quebrei dois frascos de perfume. demonstrativos, indefinidos, relativos e interrogativos.
Oposição = Esse movimento é contra o que eu penso.
Preço = Essa roupa sai por R$ 50 à vista. Pronomes Pessoais
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LÍNGUA PORTUGUESA
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LÍNGUA PORTUGUESA
A chamada segunda pessoa indireta manifesta-se quando utilizamos pronomes que, apesar de indicarem nosso inter-
locutor (portanto, a segunda pessoa), utilizam o verbo na terceira pessoa. É o caso dos chamados pronomes de tratamento,
que podem ser observados no quadro seguinte:
Pronomes de Tratamento
Também são pronomes de tratamento o senhor, a senhora e você, vocês. “O senhor” e “a senhora” são empregados no
tratamento cerimonioso; “você” e “vocês”, no tratamento familiar. Você e vocês são largamente empregados no português
do Brasil; em algumas regiões, a forma tu é de uso frequente; em outras, pouco empregada. Já a forma vós tem uso restrito
à linguagem litúrgica, ultraformal ou literária.
Observações:
a) Vossa Excelência X Sua Excelência : os pronomes de tratamento que possuem “Vossa (s)” são empregados em rela-
ção à pessoa com quem falamos: Espero que V. Ex.ª, Senhor Ministro, compareça a este encontro.
*Emprega-se “Sua (s)” quando se fala a respeito da pessoa.
Todos os membros da C.P.I. afirmaram que Sua Excelência, o Senhor Presidente da República, agiu com propriedade.
- Os pronomes de tratamento representam uma forma indireta de nos dirigirmos aos nossos interlocutores. Ao tratar-
mos um deputado por Vossa Excelência, por exemplo, estamos nos endereçando à excelência que esse deputado suposta-
mente tem para poder ocupar o cargo que ocupa.
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LÍNGUA PORTUGUESA
b) indicar cálculo aproximado: Ele já deve ter seus 40 - Também aparecem como pronomes demonstrativos:
anos. - o(s), a(s): quando estiverem antecedendo o “que” e
puderem ser substituídos por aquele(s), aquela(s), aquilo.
c) atribuir valor indefinido ao substantivo: Marisa tem Não ouvi o que disseste. (Não ouvi aquilo que disseste.)
lá seus defeitos, mas eu gosto muito dela. Essa rua não é a que te indiquei. (Esta rua não é aquela
que te indiquei.)
3- Em frases onde se usam pronomes de tratamento,
o pronome possessivo fica na 3ª pessoa: Vossa Excelência - mesmo(s), mesma(s): Estas são as mesmas pessoas
trouxe sua mensagem? que o procuraram ontem.
20
LÍNGUA PORTUGUESA
- próprio(s), própria(s): Os próprios alunos resolveram - Pronomes Indefinidos Adjetivos: qualificam um ser
o problema. expresso na frase, conferindo-lhe a noção de quantidade
aproximada. São eles: cada, certo(s), certa(s).
- semelhante(s): Não compre semelhante livro. Cada povo tem seus costumes.
Certas pessoas exercem várias profissões.
- tal, tais: Tal era a solução para o problema.
Note que: Ora são pronomes indefinidos substantivos,
Note que: ora pronomes indefinidos adjetivos:
- Não raro os demonstrativos aparecem na frase, em algum, alguns, alguma(s), bastante(s) (= muito, muitos),
construções redundantes, com finalidade expressiva, para demais, mais, menos, muito(s), muita(s), nenhum, nenhuns,
salientar algum termo anterior. Por exemplo: Manuela, essa nenhuma(s), outro(s), outra(s), pouco(s), pouca(s), qualquer,
é que dera em cheio casando com o José Afonso. Desfrutar quaisquer, qual, que, quanto(s), quanta(s), tal, tais, tanto(s),
das belezas brasileiras, isso é que é sorte! tanta(s), todo(s), toda(s), um, uns, uma(s), vários, várias.
Menos palavras e mais ações.
- O pronome demonstrativo neutro ou pode represen- Alguns se contentam pouco.
tar um termo ou o conteúdo de uma oração inteira, caso
em que aparece, geralmente, como objeto direto, predi- Os pronomes indefinidos podem ser divididos em va-
cativo ou aposto: O casamento seria um desastre. Todos o riáveis e invariáveis. Observe:
pressentiam. Variáveis = algum, nenhum, todo, muito, pouco, vário,
tanto, outro, quanto, alguma, nenhuma, toda, muita, pouca,
- Para evitar a repetição de um verbo anteriormente vária, tanta, outra, quanta, qualquer, quaisquer, alguns, ne-
expresso, é comum empregar-se, em tais casos, o verbo nhuns, todos, muitos, poucos, vários, tantos, outros, quantos,
fazer, chamado, então, verbo vicário (= que substitui, que algumas, nenhumas, todas, muitas, poucas, várias, tantas,
faz as vezes de): Ninguém teve coragem de falar antes que outras, quantas.
ela o fizesse. Invariáveis = alguém, ninguém, outrem, tudo, nada,
algo, cada.
- Em frases como a seguinte, este se refere à pessoa
São locuções pronominais indefinidas: cada qual,
mencionada em último lugar; aquele, à mencionada em
cada um, qualquer um, quantos quer (que), quem quer (que),
primeiro lugar: O referido deputado e o Dr. Alcides eram
seja quem for, seja qual for, todo aquele (que), tal qual (=
amigos íntimos; aquele casado, solteiro este. [ou então: este
certo), tal e qual, tal ou qual, um ou outro, uma ou outra, etc.
solteiro, aquele casado]
Cada um escolheu o vinho desejado.
- O pronome demonstrativo tal pode ter conotação
Indefinidos Sistemáticos
irônica: A menina foi a tal que ameaçou o professor?
Ao observar atentamente os pronomes indefinidos,
- Pode ocorrer a contração das preposições a, de, em percebemos que existem alguns grupos que criam oposi-
com pronome demonstrativo: àquele, àquela, deste, desta, ção de sentido. É o caso de: algum/alguém/algo, que têm
disso, nisso, no, etc: Não acreditei no que estava vendo. (no sentido afirmativo, e nenhum/ninguém/nada, que têm
= naquilo) sentido negativo; todo/tudo, que indicam uma totalidade
Pronomes Indefinidos afirmativa, e nenhum/nada, que indicam uma totalidade
negativa; alguém/ninguém, que se referem à pessoa, e
São palavras que se referem à terceira pessoa do dis- algo/nada, que se referem à coisa; certo, que particulariza,
curso, dando-lhe sentido vago (impreciso) ou expressando e qualquer, que generaliza.
quantidade indeterminada. Essas oposições de sentido são muito importantes na
Alguém entrou no jardim e destruiu as mudas recém construção de frases e textos coerentes, pois delas muitas
-plantadas. vezes dependem a solidez e a consistência dos argumen-
tos expostos. Observe nas frases seguintes a força que os
Não é difícil perceber que “alguém” indica uma pessoa pronomes indefinidos destacados imprimem às afirmações
de quem se fala (uma terceira pessoa, portanto) de forma de que fazem parte:
imprecisa, vaga. É uma palavra capaz de indicar um ser hu- Nada do que tem sido feito produziu qualquer resultado
mano que seguramente existe, mas cuja identidade é des- prático.
conhecida ou não se quer revelar. Classificam-se em: Certas pessoas conseguem perceber sutilezas: não são
- Pronomes Indefinidos Substantivos: assumem o lu- pessoas quaisquer.
gar do ser ou da quantidade aproximada de seres na frase.
São eles: algo, alguém, fulano, sicrano, beltrano, nada, nin- Pronomes Relativos
guém, outrem, quem, tudo.
Algo o incomoda? São aqueles que representam nomes já mencionados
Quem avisa amigo é. anteriormente e com os quais se relacionam. Introduzem
as orações subordinadas adjetivas.
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LÍNGUA PORTUGUESA
O racismo é um sistema que afirma a superioridade de - O pronome “quem” se refere a pessoas e vem sempre
um grupo racial sobre outros. precedido de preposição.
(afirma a superioridade de um grupo racial sobre ou- É um professor a quem muito devemos.
tros = oração subordinada adjetiva). (preposição)
O pronome relativo “que” refere-se à palavra “sistema”
e introduz uma oração subordinada. Diz-se que a palavra - “Onde”, como pronome relativo, sempre possui an-
“sistema” é antecedente do pronome relativo que. tecedente e só pode ser utilizado na indicação de lugar: A
O antecedente do pronome relativo pode ser o prono- casa onde morava foi assaltada.
me demonstrativo o, a, os, as.
Não sei o que você está querendo dizer. - Na indicação de tempo, deve-se empregar quando
Às vezes, o antecedente do pronome relativo não vem ou em que.
expresso. Sinto saudades da época em que (quando) morávamos
Quem casa, quer casa. no exterior.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Os pronomes pessoais oblíquos podem ser átonos ou - O verbo estiver no infinitivo impessoal regido da pre-
tônicos: os primeiros não são precedidos de preposição, posição “a”:
diferentemente dos segundos que são sempre precedidos Naquele instante os dois passaram a odiar-se.
de preposição. Passaram a cumprimentar-se mutuamente.
- Pronome oblíquo átono: Joana me perguntou o que
eu estava fazendo. - O verbo estiver no gerúndio:
- Pronome oblíquo tônico: Joana perguntou para mim Não quis saber o que aconteceu, fazendo-se de despreo-
o que eu estava fazendo. cupada.
Despediu-se, beijando-me a face.
Colocação Pronominal
A colocação pronominal é a posição que os prono- - Houver vírgula ou pausa antes do verbo:
mes pessoais oblíquos átonos ocupam na frase em relação Se passar no concurso em outra cidade, mudo-me no
ao verbo a que se referem. São pronomes oblíquos átonos: mesmo instante.
me, te, se, o, os, a, as, lhe, lhes, nos e vos. Se não tiver outro jeito, alisto-me nas forças armadas.
O pronome oblíquo átono pode assumir três posições
Mesóclise
na oração em relação ao verbo:
1. próclise: pronome antes do verbo
A mesóclise acontece quando o verbo está flexionado
2. ênclise: pronome depois do verbo
no futuro do presente ou no futuro do pretérito:
3. mesóclise: pronome no meio do verbo
A prova realizar-se-á neste domingo pela manhã. (= ela
se realizará)
Próclise Far-lhe-ei uma proposta irrecusável. (= eu farei uma
A próclise é aplicada antes do verbo quando temos: proposta a você)
- Palavras com sentido negativo:
Nada me faz querer sair dessa cama. Questões sobre Pronome
Não se trata de nenhuma novidade.
01. (ESCREVENTE TJ SP – VUNESP/2012).
- Advérbios: Restam dúvidas sobre o crescimento verde. Primeiro, não
Nesta casa se fala alemão. está claro até onde pode realmente chegar uma política ba-
Naquele dia me falaram que a professora não veio. seada em melhorar a eficiência sem preços adequados para
o carbono, a água e (na maioria dos países pobres) a terra.
- Pronomes relativos: É verdade que mesmo que a ameaça dos preços do carbono
A aluna que me mostrou a tarefa não veio hoje. e da água faça em si diferença, as companhias não podem
Não vou deixar de estudar os conteúdos que me falaram. suportar ter de pagar, de repente, digamos, 40 dólares por
- Pronomes indefinidos: tonelada de carbono, sem qualquer preparação. Portanto,
Quem me disse isso? elas começam a usar preços-sombra. Ainda assim, ninguém
Todos se comoveram durante o discurso de despedida. encontrou até agora uma maneira de quantificar adequada-
mente os insumos básicos. E sem eles a maioria das políticas
- Pronomes demonstrativos: de crescimento verde sempre será a segunda opção.
Isso me deixa muito feliz! (Carta Capital, 27.06.2012. Adaptado)
Aquilo me incentivou a mudar de atitude!
Os pronomes “elas” e “eles”, em destaque no texto, re-
- Preposição seguida de gerúndio: ferem- -se, respectivamente, a
Em se tratando de qualidade, o Brasil Escola é o site mais (A) dúvidas e preços.
indicado à pesquisa escolar. (B) dúvidas e insumos básicos.
(C) companhias e insumos básicos.
- Conjunção subordinativa: (D) companhias e preços do carbono e da água.
Vamos estabelecer critérios, conforme lhe avisaram. (E) políticas de crescimento e preços adequados.
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LÍNGUA PORTUGUESA
02. (AGENTE DE APOIO ADMINISTRATIVO – FCC – Há pessoas que, mesmo sem condições, compram produ-
2013- adap.). Fazendo-se as alterações necessárias, o tre- tos______ não necessitam e______ tendo de pagar tudo______
cho grifado está corretamente substituído por um prono- prazo.
me em: Assinale a alternativa que preenche as lacunas, correta
A) ...sei tratar tipos como o senhor. − sei tratá-lo e respectivamente, considerando a norma culta da língua.
B) ...erguendo os braços desalentado... − erguendo- A) a que … acaba … à
lhes desalentado B) com que … acabam … à
C) ...que tem de conhecer as leis do país? − que tem C) de que … acabam … a
de conhecê-lo? D) em que … acaba … a
D) ...não parecia ser um importante industrial... − não E) dos quais … acaba … à
parecia ser-lhe
E) incomodaram o general... − incomodaram-no
08. (AGENTE DE APOIO SOCIOEDUCATIVO – VUNESP
– 2013-adap.). Assinale a alternativa que substitui, correta e
03.(AGENTE DE DEFENSORIA PÚBLICA – FCC – 2013-
adap.). A substituição do elemento grifado pelo pronome respectivamente, as lacunas do trecho.
correspondente, com os necessários ajustes, foi realizada ______alguns anos, num programa de televisão, uma jo-
de modo INCORRETO em: vem fazia referência______ violência______ o brasileiro estava
A) mostrando o rio= mostrando-o. sujeito de forma cômica.
B) como escolher sítio= como escolhê-lo. A) Fazem... a ... de que
C) transpor [...] as matas espessas= transpor-lhes. B) Faz ...a ... que
D) Às estreitas veredas[...] nada acrescentariam = C) Fazem ...à ... com que
nada lhes acrescentariam. D) Faz ...à ... que
E) viu uma dessas marcas= viu uma delas. E) Faz ...à ... a que
04. (PAPILOSCOPISTA POLICIAL – VUNESP – 2013). 09. (TRF 3ª REGIÃO- TÉCNICO JUDICIÁRIO - /2014)
Assinale a alternativa em que o pronome destacado está As sereias então devoravam impiedosamente os tripu-
posicionado de acordo com a norma-padrão da língua. lantes.
(A) Ela não lembrava-se do caminho de volta. ... ele conseguiu impedir a tripulação de perder a ca-
(B) A menina tinha distanciado-se muito da família. beça...
(C) A garota disse que perdeu-se dos pais. ... e fez de tudo para convencer os tripulantes...
(D) O pai alegrou-se ao encontrar a filha.
(E) Ninguém comprometeu-se a ajudar a criança.
Fazendo-se as alterações necessárias, os segmentos
05. (ESCREVENTE TJ SP – VUNESP 2011). Assinale a grifados acima foram corretamente substituídos por um
alternativa cujo emprego do pronome está em conformi- pronome, na ordem dada, em:
dade com a norma padrão da língua. (A) devoravam-nos − impedi-la − convencê-los
(A) Não autorizam-nos a ler os comentários sigilosos. (B) devoravam-lhe − impedi-las − convencer-lhes
(B) Nos falaram que a diplomacia americana está aba- (C) devoravam-no − impedi-las − convencer-lhes
lada. (D) devoravam-nos − impedir-lhe − convencê-los
(C) Ninguém o informou sobre o caso WikiLeaks. (E) devoravam-lhes − impedi-la − convencê-los
(D) Conformado, se rendeu às punições.
(E) Todos querem que combata-se a corrupção. 10. (AGENTE DE VIGILÂNCIA E RECEPÇÃo – VUNESP
06. (PAPILOSCOPISTA POLICIAL - VUNESP - 2013). – 2013- adap.). No trecho, – Em ambos os casos, as câmeras
Assinale a alternativa correta quanto à colocação pronomi- dos estabelecimentos felizmente comprovam os aconteci-
nal, de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa. mentos, e testemunhas vão ajudar a polícia na investiga-
(A) Para que se evite perder objetos, recomenda-se ção. – de acordo com a norma-padrão, os pronomes que
que eles sejam sempre trazidos junto ao corpo. substituem, corretamente, os termos em destaque são:
(B) O passageiro ao lado jamais imaginou-se na situa- A) os comprovam … ajudá-la.
ção de ter de procurar a dona de uma bolsa perdida. B) os comprovam …ajudar-la.
(C) Nos sentimos impotentes quando não consegui-
C) os comprovam … ajudar-lhe.
mos restituir um objeto à pessoa que o perdeu.
D) lhes comprovam … ajudar-lhe.
(D) O homem se indignou quando propuseram-lhe
E) lhes comprovam … ajudá-la.
que abrisse a bolsa que encontrara.
(E) Em tratando-se de objetos encontrados, há uma
tendência natural das pessoas em devolvê-los a seus do- GABARITO
nos.
01. C 02. E 03. C 04. D 05. C
07. (AGENTE DE APOIO OPERACIONAL – VUNESP – 06. A 07. C 08. E 09. A 10. A
2013).
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LÍNGUA PORTUGUESA
RESOLUÇÃO 8-)
Faz alguns anos, num programa de televisão, uma
1-) jovem fazia referência à violência a que o brasileiro
Restam dúvidas sobre o crescimento verde. Primeiro, estava sujeito de forma cômica.
não está claro até onde pode realmente chegar uma po- Faz, no sentido de tempo passado = sempre no sin-
lítica baseada em melhorar a eficiência sem preços ade- gular
quados para o carbono, a água e (na maioria dos países
pobres) a terra. É verdade que mesmo que a ameaça dos 9-)
preços do carbono e da água faça em si diferença, as com- devoravam - verbo terminado em “m” = pronome
panhias não podem suportar ter de pagar, de repente, di- oblíquo no/na (fizeram-na, colocaram-no)
gamos, 40 dólares por tonelada de carbono, sem qualquer impedir - verbo transitivo direto = pede objeto direto;
preparação. Portanto, elas começam a usar preços-som- “lhe” é para objeto indireto
bra. Ainda assim, ninguém encontrou até agora uma ma- convencer - verbo transitivo direto = pede objeto dire-
neira de quantificar adequadamente os insumos básicos. to; “lhe” é para objeto indireto
E sem eles a maioria das políticas de crescimento verde (A) devoravam-nos − impedi-la − convencê-los
sempre será a segunda opção.
10-)
2-) – Em ambos os casos, as câmeras dos estabelecimen-
A) ...sei tratar tipos como o senhor. − sei tratá-los tos felizmente comprovam os acontecimentos, e testemu-
nhas vão ajudar a polícia na investigação.
B) ...erguendo os braços desalentado... − erguendo-os
felizmente os comprovam ... ajudá-la
desalentado
(advérbio)
C) ...que tem de conhecer as leis do país? − que tem de
conhecê-las ?
D) ...não parecia ser um importante industrial... − não
parecia sê-lo
Substantivo
3-)
Tudo o que existe é ser e cada ser tem um nome. Subs-
transpor [...] as matas espessas= transpô-las tantivo é a classe gramatical de palavras variáveis, as quais
denominam os seres. Além de objetos, pessoas e fenôme-
4-) nos, os substantivos também nomeiam:
(A) Ela não se lembrava do caminho de volta. -lugares: Alemanha, Porto Alegre...
(B) A menina tinha se distanciado muito da família. -sentimentos: raiva, amor...
(C) A garota disse que se perdeu dos pais. -estados: alegria, tristeza...
(E) Ninguém se comprometeu a ajudar a criança -qualidades: honestidade, sinceridade...
-ações: corrida, pescaria...
5-)
(A) Não nos autorizam a ler os comentários sigilosos. Morfossintaxe do substantivo
(B) Falaram-nos que a diplomacia americana está aba-
lada. Nas orações de língua portuguesa, o substantivo em
(D) Conformado, rendeu-se às punições. geral exerce funções diretamente relacionadas com o ver-
(E) Todos querem que se combata a corrupção. bo: atua como núcleo do sujeito, dos complementos ver-
bais (objeto direto ou indireto) e do agente da passiva.
6-) Pode ainda funcionar como núcleo do complemento no-
(B) O passageiro ao lado jamais se imaginou na situa- minal ou do aposto, como núcleo do predicativo do sujeito,
ção de ter de procurar a dona de uma bolsa perdida. do objeto ou como núcleo do vocativo. Também encontra-
(C) Sentimo-nos impotentes quando não conseguimos mos substantivos como núcleos de adjuntos adnominais e
restituir um objeto à pessoa que o perdeu. de adjuntos adverbiais - quando essas funções são desem-
(D) O homem indignou-se quando lhe propuseram penhadas por grupos de palavras.
que abrisse a bolsa que encontrara.
(E) Em se tratando de objetos encontrados, há uma Classificação dos Substantivos
tendência natural das pessoas em devolvê-los a seus do-
nos. 1- Substantivos Comuns e Próprios
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LÍNGUA PORTUGUESA
Qualquer “povoação maior que vila, com muitas casas No segundo caso, utilizaram-se duas palavras no plu-
e edifícios, dispostos em ruas e avenidas” será chamada ral.
cidade. Isso significa que a palavra cidade é um substantivo No terceiro caso, empregou-se um substantivo no
comum. singular (enxame) para designar um conjunto de seres da
Substantivo Comum é aquele que designa os seres de mesma espécie (abelhas).
uma mesma espécie de forma genérica: cidade, menino, O substantivo enxame é um substantivo coletivo.
homem, mulher, país, cachorro. Substantivo Coletivo: é o substantivo comum que,
Estamos voando para Barcelona. mesmo estando no singular, designa um conjunto de seres
da mesma espécie.
O substantivo Barcelona designa apenas um ser da es-
pécie cidade. Esse substantivo é próprio. Substantivo Pró- Substantivo coletivo Conjunto de:
prio: é aquele que designa os seres de uma mesma espécie assembleia pessoas reunidas
de forma particular: Londres, Paulinho, Pedro, Tietê, Brasil. alcateia lobos
acervo livros
2 - Substantivos Concretos e Abstratos antologia trechos literários selecionados
arquipélago ilhas
LÂMPADA MALA banda músicos
bando desordeiros ou malfeitores
Os substantivos lâmpada e mala designam seres com banca examinadores
existência própria, que são independentes de outros seres. batalhão soldados
São substantivos concretos. cardume peixes
caravana viajantes peregrinos
Substantivo Concreto: é aquele que designa o ser que cacho frutas
existe, independentemente de outros seres. cáfila camelos
cancioneiro canções, poesias líricas
Obs.: os substantivos concretos designam seres do colmeia abelhas
mundo real e do mundo imaginário.
chusma gente, pessoas
Seres do mundo real: homem, mulher, cadeira, cobra,
concílio bispos
Brasília, etc.
congresso parlamentares, cientistas.
Seres do mundo imaginário: saci, mãe-d’água, fantas-
elenco atores de uma peça ou filme
ma, etc.
esquadra navios de guerra
enxoval roupas
Observe agora:
falange soldados, anjos
Beleza exposta
Jovens atrizes veteranas destacam-se pelo visual. fauna animais de uma região
feixe lenha, capim
O substantivo beleza designa uma qualidade. flora vegetais de uma região
frota navios mercantes, ônibus
Substantivo Abstrato: é aquele que designa seres que girândola fogos de artifício
dependem de outros para se manifestar ou existir. horda bandidos, invasores
Pense bem: a beleza não existe por si só, não pode ser junta médicos, bois, credores, examina-
observada. Só podemos observar a beleza numa pessoa dores
ou coisa que seja bela. A beleza depende de outro ser para júri jurados
se manifestar. Portanto, a palavra beleza é um substantivo legião soldados, anjos, demônios
abstrato. leva presos, recrutas
Os substantivos abstratos designam estados, qualida- malta malfeitores ou desordeiros
des, ações e sentimentos dos seres, dos quais podem ser manada búfalos, bois, elefantes,
abstraídos, e sem os quais não podem existir: vida (estado), matilha cães de raça
rapidez (qualidade), viagem (ação), saudade (sentimento). molho chaves, verduras
multidão pessoas em geral
3 - Substantivos Coletivos ninhada pintos
nuvem insetos (gafanhotos, mosquitos,
Ele vinha pela estrada e foi picado por uma abelha, ou- etc.)
tra abelha, mais outra abelha. penca bananas, chaves
Ele vinha pela estrada e foi picado por várias abelhas. pinacoteca pinturas, quadros
Ele vinha pela estrada e foi picado por um enxame. quadrilha ladrões, bandidos
ramalhete flores
Note que, no primeiro caso, para indicar plural, foi ne- rebanho ovelhas
cessário repetir o substantivo: uma abelha, outra abelha, récua bestas de carga, cavalgadura
mais outra abelha... repertório peças teatrais, obras musicais
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LÍNGUA PORTUGUESA
Chuva - subst. Fem. 1 - água caindo em gotas sobre a terra. - Epicenos: têm um só gênero e nomeiam bichos: a
O substantivo chuva é formado por um único elemento cobra macho e a cobra fêmea, o jacaré macho e o jacaré
ou radical. É um substantivo simples. fêmea.
- Sobrecomuns: têm um só gênero e nomeiam pes-
Substantivo Simples: é aquele formado por um único soas: a criança, a testemunha, a vítima, o cônjuge, o gênio,
elemento. o ídolo, o indivíduo.
Outros substantivos simples: tempo, sol, sofá, etc. Veja - Comuns de Dois Gêneros: indicam o sexo das pes-
agora: O substantivo guarda-chuva é formado por dois ele- soas por meio do artigo: o colega e a colega, o doente e a
mentos (guarda + chuva). Esse substantivo é composto. doente, o artista e a artista.
Substantivo Composto: é aquele formado por dois ou
mais elementos. Outros exemplos: beija-flor, passatempo. Saiba que: Substantivos de origem grega terminados
em ema ou oma, são masculinos: o fonema, o poema, o
Substantivos Primitivos e Derivados
sistema, o sintoma, o teorema.
Meu limão meu limoeiro,
- Existem certos substantivos que, variando de gêne-
meu pé de jacarandá...
ro, variam em seu significado: o rádio (aparelho receptor)
e a rádio (estação emissora) o capital (dinheiro) e a capital
O substantivo limão é primitivo, pois não se originou
(cidade)
de nenhum outro dentro de língua portuguesa.
Substantivo Primitivo: é aquele que não deriva de
Formação do Feminino dos Substantivos Biformes
nenhuma outra palavra da própria língua portuguesa. O
substantivo limoeiro é derivado, pois se originou a partir
da palavra limão. - Regra geral: troca-se a terminação -o por –a: aluno
Substantivo Derivado: é aquele que se origina de ou- - aluna.
tra palavra. - Substantivos terminados em -ês: acrescenta-se -a ao
masculino: freguês - freguesa
Flexão dos substantivos - Substantivos terminados em -ão: fazem o feminino
O substantivo é uma classe variável. A palavra é variá- de três formas:
vel quando sofre flexão (variação). A palavra menino, por - troca-se -ão por -oa. = patrão – patroa
exemplo, pode sofrer variações para indicar: - troca-se -ão por -ã. = campeão - campeã
Plural: meninos Feminino: menina -troca-se -ão por ona. = solteirão - solteirona
Aumentativo: meninão Diminutivo: menininho Exceções: barão – baronesa ladrão- ladra sultão
- sultana
Flexão de Gênero
Gênero é a propriedade que as palavras têm de indicar - Substantivos terminados em -or:
sexo real ou fictício dos seres. Na língua portuguesa, há - acrescenta-se -a ao masculino = doutor – doutora
dois gêneros: masculino e feminino. Pertencem ao gênero - troca-se -or por -triz: = imperador - imperatriz
masculino os substantivos que podem vir precedidos dos
artigos o, os, um, uns. Veja estes títulos de filmes: - Substantivos com feminino em -esa, -essa, -isa: côn-
O velho e o mar sul - consulesa / abade - abadessa / poeta - poetisa / duque
Um Natal inesquecível - duquesa / conde - condessa / profeta - profetisa
Os reis da praia
- Substantivos que formam o feminino trocando o -e
Pertencem ao gênero feminino os substantivos que final por -a: elefante - elefanta
podem vir precedidos dos artigos a, as, uma, umas:
A história sem fim - Substantivos que têm radicais diferentes no masculi-
Uma cidade sem passado no e no feminino: bode – cabra / boi - vaca
As tartarugas ninjas
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LÍNGUA PORTUGUESA
- Substantivos que formam o feminino de maneira es- Masculinos: o tapa, o eclipse, o lança-perfume, o dó
pecial, isto é, não seguem nenhuma das regras anteriores: (pena), o sanduíche, o clarinete, o champanha, o sósia, o
czar – czarina réu - ré maracajá, o clã, o hosana, o herpes, o pijama, o suéter, o
soprano, o proclama, o pernoite, o púbis.
Formação do Feminino dos Substantivos Uniformes
Femininos: a dinamite, a derme, a hélice, a omoplata, a
Epicenos: cataplasma, a pane, a mascote, a gênese, a entorse, a libido,
Novo jacaré escapa de policiais no rio Pinheiros. a cal, a faringe, a cólera (doença), a ubá (canoa).
Não é possível saber o sexo do jacaré em questão. Isso - São geralmente masculinos os substantivos de ori-
ocorre porque o substantivo jacaré tem apenas uma forma gem grega terminados em -ma: o grama (peso), o quilo-
para indicar o masculino e o feminino. grama, o plasma, o apostema, o diagrama, o epigrama, o
telefonema, o estratagema, o dilema, o teorema, o trema, o
Alguns nomes de animais apresentam uma só forma
eczema, o edema, o magma, o estigma, o axioma, o traco-
para designar os dois sexos. Esses substantivos são cha-
ma, o hematoma.
mados de epicenos. No caso dos epicenos, quando houver
a necessidade de especificar o sexo, utilizam-se palavras Exceções: a cataplasma, a celeuma, a fleuma, etc.
macho e fêmea.
A cobra macho picou o marinheiro. Gênero dos Nomes de Cidades
A cobra fêmea escondeu-se na bananeira.
Com raras exceções, nomes de cidades são femininos.
Sobrecomuns: A histórica Ouro Preto.
Entregue as crianças à natureza. A dinâmica São Paulo.
A acolhedora Porto Alegre.
A palavra crianças refere-se tanto a seres do sexo mas- Uma Londres imensa e triste.
culino, quanto a seres do sexo feminino. Nesse caso, nem Exceções: o Rio de Janeiro, o Cairo, o Porto, o Havre.
o artigo nem um possível adjetivo permitem identificar o
sexo dos seres a que se refere a palavra. Veja: Gênero e Significação
A criança chorona chamava-se João.
A criança chorona chamava-se Maria. Muitos substantivos têm uma significação no masculi-
no e outra no feminino. Observe: o baliza (soldado que, que
Outros substantivos sobrecomuns: à frente da tropa, indica os movimentos que se deve realizar
a criatura = João é uma boa criatura. Maria é uma boa em conjunto; o que vai à frente de um bloco carnavalesco,
criatura. manejando um bastão), a baliza (marco, estaca; sinal que
o cônjuge = O cônjuge de João faleceu. O cônjuge de marca um limite ou proibição de trânsito), o cabeça (chefe),
Marcela faleceu a cabeça (parte do corpo), o cisma (separação religiosa, dissi-
dência), a cisma (ato de cismar, desconfiança), o cinza (a cor
Comuns de Dois Gêneros: cinzenta), a cinza (resíduos de combustão), o capital (dinhei-
Motorista tem acidente idêntico 23 anos depois. ro), a capital (cidade), o coma (perda dos sentidos), a coma
(cabeleira), o coral (pólipo, a cor vermelha, canto em coro),
a coral (cobra venenosa), o crisma (óleo sagrado, usado na
Quem sofreu o acidente: um homem ou uma mulher?
administração da crisma e de outros sacramentos), a crisma
É impossível saber apenas pelo título da notícia, uma
(sacramento da confirmação), o cura (pároco), a cura (ato de
vez que a palavra motorista é um substantivo uniforme.
curar), o estepe (pneu sobressalente), a estepe (vasta planície
A distinção de gênero pode ser feita através da análise de vegetação), o guia (pessoa que guia outras), a guia (docu-
do artigo ou adjetivo, quando acompanharem o substanti- mento, pena grande das asas das aves), o grama (unidade de
vo: o colega - a colega; o imigrante - a imigrante; um jovem peso), a grama (relva), o caixa (funcionário da caixa), a caixa
- uma jovem; artista famoso - artista famosa; repórter fran- (recipiente, setor de pagamentos), o lente (professor), a lente
cês - repórter francesa (vidro de aumento), o moral (ânimo), a moral (honestidade,
- A palavra personagem é usada indistintamente nos bons costumes, ética), o nascente (lado onde nasce o Sol), a
dois gêneros. nascente (a fonte), o maria-fumaça (trem como locomotiva
a) Entre os escritores modernos nota-se acentuada a vapor), maria-fumaça (locomotiva movida a vapor), o pala
preferência pelo masculino: O menino descobriu nas nuvens (poncho), a pala (parte anterior do boné ou quepe, antepa-
os personagens dos contos de carochinha. ro), o rádio (aparelho receptor), a rádio (estação emissora), o
b) Com referência a mulher, deve-se preferir o femini- voga (remador), a voga (moda, popularidade).
no: O problema está nas mulheres de mais idade, que não
aceitam a personagem. Flexão de Número do Substantivo
- Diz-se: o (ou a) manequim Marcela, o (ou a) modelo Em português, há dois números gramaticais: o singular,
fotográfico Ana Belmonte. que indica um ser ou um grupo de seres, e o plural, que
Observe o gênero dos substantivos seguintes: indica mais de um ser ou grupo de seres. A característica
do plural é o “s” final.
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O sujeito indeterminado surge quando não se quer Os homens sensíveis (sujeito) pedem amor sincero às
ou não se pode identificar claramente a que o predicado mulheres de opinião.
da oração refere--se. Existe uma referência imprecisa ao
sujeito, caso contrário, teríamos uma oração sem sujeito. O predicado acima apresenta apenas uma palavra que
Na língua portuguesa o sujeito pode ser indetermina- se refere ao sujeito: pedem. As demais palavras ligam-se
do de duas maneiras: direta ou indiretamente ao verbo.
- com verbo na terceira pessoa do plural, desde que o A existência (sujeito) é frágil (predicado).
sujeito não tenha sido identificado anteriormente:
Bateram à porta; O nome frágil, por intermédio do verbo, refere-se ao
Andam espalhando boatos a respeito da queda do mi- sujeito da oração. O verbo atua como elemento de ligação
nistro. entre o sujeito e a palavra a ele relacionada.
- com o verbo na terceira pessoa do singular, acrescido O predicado verbal é aquele que tem como núcleo
do pronome se. Esta é uma construção típica dos verbos
significativo um verbo:
que não apresentam complemento direto:
Chove muito nesta época do ano;
Precisa-se de mentes criativas;
Senti seu toque suave;
Vivia-se bem naqueles tempos;
Trata-se de casos delicados; O velho prédio foi demolido.
Sempre se está sujeito a erros. Os verbos acima são significativos, isto é, não servem
apenas para indicar o estado do sujeito, mas indicam pro-
O pronome se funciona como índice de indetermina- cessos.
ção do sujeito.
O predicado nominal é aquele que tem como núcleo
As orações sem sujeito, formadas apenas pelo predi- significativo um nome; esse nome atribui uma qualidade
cado, articulam-se a partir de um verbo impessoal. A men- ou estado ao sujeito, por isso é chamado de predicativo
sagem está centrada no processo verbal. Os principais ca- do sujeito. O predicativo é um nome que se liga a outro
sos de orações sem sujeito com: nome da oração por meio de um verbo.
- os verbos que indicam fenômenos da natureza: Nos predicados nominais, o verbo não é significativo,
Amanheceu repentinamente; isto é, não indica um processo. O verbo une o sujeito ao
Está chuviscando. predicativo, indicando circunstâncias referentes ao estado
do sujeito:
- os verbos estar, fazer, haver e ser, quando indicam “Ele é senhor das suas mãos e das ferramentas.”
fenômenos meteorológicos ou se relacionam ao tempo em
geral: Na frase acima o verbo ser poderia ser substituído por
Está tarde. estar, andar, ficar, parecer, permanecer ou continuar, atuan-
Ainda é cedo. do como elemento de ligação entre o sujeito e as palavras
Já são três horas, preciso ir; a ele relacionadas.
Faz frio nesta época do ano; A função de predicativo é exercida normalmente por
Há muitos anos aguardamos mudanças significativas; um adjetivo ou substantivo.
Faz anos que esperamos melhores condições de vida;
O predicado verbo-nominal é aquele que apresen-
O predicado é o conjunto de enunciados que numa
ta dois núcleos significativos: um verbo e um nome. No
dada oração contém a informação nova para o ouvinte.
predicado verbo-nominal, o predicativo pode referir-se ao
Nas orações sem sujeito, o predicado simplesmente enun-
sujeito ou ao complemento verbal.
cia um fato qualquer:
Chove muito nesta época do ano; O verbo do predicado verbo-nominal é sempre sig-
Houve problemas na reunião. nificativo, indicando processos. É também sempre por in-
Nas orações que surge o sujeito, o predicado é aquilo termédio do verbo que o predicativo se relaciona com o
que se declara a respeito desse sujeito. termo a que se refere.
Com exceção do vocativo, que é um termo à parte, O dia amanheceu ensolarado;
tudo o que difere do sujeito numa oração é o seu predi- As mulheres julgam os homens inconstantes
cado. No primeiro exemplo, o verbo amanheceu apresenta
Os homens (sujeito) pedem amor às mulheres (predica- duas funções: a de verbo significativo e a de verbo de liga-
do); ção. Esse predicado poderia ser desdobrado em dois, um
Passou-me (predicado) uma ideia estranha (sujeito) pelo verbal e outro nominal:
pensamento (predicado). O dia amanheceu;
O dia estava ensolarado.
Para o estudo do predicado, é necessário verificar se
seu núcleo está num nome ou num verbo. Deve-se consi- No segundo exemplo, é o verbo julgar que relaciona
derar também se as palavras que formam o predicado re- o complemento homens como o predicativo inconstantes.
ferem-se apenas ao verbo ou também ao sujeito da oração.
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O aposto pode ser classificado, de acordo com seu va- Coordenadas Sindéticas
lor na oração, em: Ao contrário da anterior, são orações coordenadas en-
a) explicativo: A linguística, ciência das línguas huma- tre si, mas que são ligadas através de uma conjunção coor-
nas, permite-nos interpretar melhor nossa relação com o denativa. Esse caráter vai trazer para esse tipo de oração
mundo. uma classificação. As orações coordenadas sindéticas são
b) enumerativo: A vida humana compõe-se de muitas classificadas em cinco tipos: aditivas, adversativas, alterna-
coisas: amor, arte, ação. tivas, conclusivas e explicativas.
c) resumidor ou recapitulativo: Fantasias, suor e sonho,
tudo isso forma o carnaval. Orações Coordenadas Sindéticas Aditivas: suas prin-
d) comparativo: Seus olhos, indagadores holofotes, fixa- cipais conjunções são: e, nem, não só... mas também, não
ram-se por muito tempo na baía anoitecida. só... como, assim... como.
Não só cantei como também dancei.
O vocativo é um termo que serve para chamar, invocar Nem comprei o protetor solar, nem fui à praia.
ou interpelar um ouvinte real ou hipotético.
Comprei o protetor solar e fui à praia.
A função de vocativo é substantiva, cabendo a subs-
tantivos, pronomes substantivos, numerais e palavras subs-
Orações Coordenadas Sindéticas Adversativas: suas
tantivadas esse papel na linguagem.
João, venha comigo! principais conjunções são: mas, contudo, todavia, entretan-
Traga-me doces, minha menina! to, porém, no entanto, ainda, assim, senão.
Fiquei muito cansada, contudo me diverti bastante.
PERÍODO COMPOSTO POR COORDENAÇÃO Ainda que a noite acabasse, nós continuaríamos dan-
çando.
O período composto caracteriza-se por possuir mais Não comprei o protetor solar, mas mesmo assim fui à
de uma oração em sua composição. Sendo assim: praia.
- Eu irei à praia. (Período Simples = um verbo, uma
oração) Orações Coordenadas Sindéticas Alternativas: suas
- Estou comprando um protetor solar, depois irei à principais conjunções são: ou... ou; ora...ora; quer...quer;
praia. (Período Composto =locução verbal, verbo, duas seja...seja.
orações) Ou uso o protetor solar, ou uso o óleo bronzeador.
- Já me decidi: só irei à praia, se antes eu comprar um Ora sei que carreira seguir, ora penso em várias carreiras
protetor solar. (Período Composto = três verbos, três ora- diferentes.
ções). Quer eu durma quer eu fique acordado, ficarei no quar-
to.
Cada verbo ou locução verbal corresponde a uma
oração. Isso implica que o primeiro exemplo é um perío- Orações Coordenadas Sindéticas Conclusivas: suas
do simples, pois tem apenas uma oração, os dois outros principais conjunções são: logo, portanto, por fim, por con-
exemplos são períodos compostos, pois têm mais de uma seguinte, consequentemente, pois (posposto ao verbo)
oração. Passei no concurso, portanto irei comemorar.
Há dois tipos de relações que podem se estabelecer Conclui o meu projeto, logo posso descansar.
entre as orações de um período composto: uma relação de Tomou muito sol, consequentemente ficou adoentada.
coordenação ou uma relação de subordinação. A situação é delicada; devemos, pois, agir
Duas orações são coordenadas quando estão juntas
em um mesmo período, (ou seja, em um mesmo bloco de
Orações Coordenadas Sindéticas Explicativas: suas
informações, marcado pela pontuação final), mas têm, am-
principais conjunções são: isto é, ou seja, a saber, na verda-
bas, estruturas individuais, como é o exemplo de:
Estou comprando um protetor solar, depois irei à praia. de, pois (anteposto ao verbo).
(Período Composto) Só passei na prova porque me esforcei por muito tempo.
Podemos dizer: Só fiquei triste por você não ter viajado comigo.
1. Estou comprando um protetor solar. Não fui à praia, pois queria descansar durante o Do-
2. Irei à praia. mingo.
Separando as duas, vemos que elas são independentes.
É esse tipo de período que veremos agora: o Período PERÍODO COMPOSTO POR SUBORDINAÇÃO
Composto por Coordenação.
Quanto à classificação das orações coordenadas, te- Observe o exemplo abaixo de Vinícius de Moraes:
mos dois tipos: Coordenadas Assindéticas e Coordenadas “Eu sinto que em meu gesto existe o
Sindéticas. teu gesto.”
Oração Principal Oração Subordinada
Coordenadas Assindéticas
São orações coordenadas entre si e que não são liga- Observe que na oração subordinada temos o verbo
das através de nenhum conectivo. Estão apenas justapos- “existe”, que está conjugado na terceira pessoa do singular
tas. do presente do indicativo. As orações subordinadas que
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Meu pai insiste em que eu estude. (Meu pai in- * Dica: geralmente há a presença dos dois pontos!
siste nisso) (:)
Oração Subordinada Substantiva Objetiva Indireta
2) ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS
Obs.: em alguns casos, a preposição pode estar elíptica
na oração. Uma oração subordinada adjetiva é aquela que possui
Marta não gosta (de) que a chamem de senhora. valor e função de adjetivo, ou seja, que a ele equivale. As
Oração Subordinada Substantiva Objetiva orações vêm introduzidas por pronome relativo e exercem
Indireta a função de adjunto adnominal do antecedente. Observe
o exemplo:
d) Completiva Nominal
A oração subordinada substantiva completiva nominal Esta foi uma redação bem-sucedida.
completa um nome que pertence à oração principal e tam- Substantivo Adjetivo (Adjunto Ad-
bém vem marcada por preposição. nominal)
Sentimos orgulho de seu comportamento.
Complemento Nominal Note que o substantivo redação foi caracterizado pelo
adjetivo bem-sucedida. Nesse caso, é possível formarmos
Sentimos orgulho de que você se comportou. (Senti- outra construção, a qual exerce exatamente o mesmo pa-
mos orgulho disso.) pel. Veja:
Oração Subordinada Substantiva Completiva No-
minal Esta foi uma redação que fez sucesso.
Oração Principal Oração Subordinada
Lembre-se: as orações subordinadas substantivas ob- Adjetiva
jetivas indiretas integram o sentido de um verbo, enquanto
que orações subordinadas substantivas completivas nomi- Perceba que a conexão entre a oração subordinada ad-
nais integram o sentido de um nome. Para distinguir uma jetiva e o termo da oração principal que ela modifica é feita
da outra, é necessário levar em conta o termo complemen- pelo pronome relativo “que”. Além de conectar (ou relacio-
tado. Essa é, aliás, a diferença entre o objeto indireto e o nar) duas orações, o pronome relativo desempenha uma
complemento nominal: o primeiro complementa um verbo, função sintática na oração subordinada: ocupa o papel que
o segundo, um nome. seria exercido pelo termo que o antecede.
Obs.: para que dois períodos se unam num período
e) Predicativa composto, altera-se o modo verbal da segunda oração.
A oração subordinada substantiva predicativa exerce Atenção: Vale lembrar um recurso didático para reco-
papel de predicativo do sujeito do verbo da oração princi- nhecer o pronome relativo que: ele sempre pode ser subs-
pal e vem sempre depois do verbo ser. tituído por: o qual - a qual - os quais - as quais
Nosso desejo era sua desistência. Refiro-me ao aluno que é estudioso.
Predicativo do Sujeito Essa oração é equivalente a:
Refiro-me ao aluno o qual estuda.
Nosso desejo era que ele desistisse. (Nosso desejo
era isso) Forma das Orações Subordinadas Adjetivas
Oração Subordinada Substantiva Predica-
tiva Quando são introduzidas por um pronome relativo e
apresentam verbo no modo indicativo ou subjuntivo, as
Obs.: em certos casos, usa-se a preposição expletiva orações subordinadas adjetivas são chamadas desenvolvi-
“de” para realce. Veja o exemplo: A impressão é de que não das. Além delas, existem as orações subordinadas adjetivas
fui bem na prova. reduzidas, que não são introduzidas por pronome relativo
f) Apositiva (podem ser introduzidas por preposição) e apresentam o
A oração subordinada substantiva apositiva exerce verbo numa das formas nominais (infinitivo, gerúndio ou
função de aposto de algum termo da oração principal. particípio).
Ele foi o primeiro aluno que se apresentou.
Fernanda tinha um grande sonho: a felicidade! Ele foi o primeiro aluno a se apresentar.
Aposto
No primeiro período, há uma oração subordinada ad-
(Fernanda tinha um grande sonho: isso.) jetiva desenvolvida, já que é introduzida pelo pronome
relativo “que” e apresenta verbo conjugado no pretérito
Fernanda tinha um grande sonho: ser feliz! perfeito do indicativo. No segundo, há uma oração subor-
Oração Subordinada Substantiva dinada adjetiva reduzida de infinitivo: não há pronome re-
Apositiva lativo e seu verbo está no infinitivo.
reduzida de infinitivo
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Classificação das Orações Subordinadas Adjetivas Naquele momento, senti uma das maiores emoções de
minha vida.
Na relação que estabelecem com o termo que caracte- Quando vi a estátua, senti uma das maiores emoções de
rizam, as orações subordinadas adjetivas podem atuar de minha vida.
duas maneiras diferentes. Há aquelas que restringem ou
especificam o sentido do termo a que se referem, indivi- No primeiro período, “naquele momento” é um ad-
dualizando-o. Nessas orações não há marcação de pausa, junto adverbial de tempo, que modifica a forma verbal
sendo chamadas subordinadas adjetivas restritivas. Existem “senti”. No segundo período, esse papel é exercido pela
também orações que realçam um detalhe ou amplificam oração “Quando vi a estátua”, que é, portanto, uma oração
dados sobre o antecedente, que já se encontra suficien- subordinada adverbial temporal. Essa oração é desenvol-
temente definido, as quais denominam-se subordinadas vida, pois é introduzida por uma conjunção subordinativa
adjetivas explicativas. (quando) e apresenta uma forma verbal do modo indicati-
Exemplo 1: vo (“vi”, do pretérito perfeito do indicativo). Seria possível
Jamais teria chegado aqui, não fosse a gentileza de um reduzi-la, obtendo-se:
homem que passava naquele momento. Ao ver a estátua, senti uma das maiores emoções de
Oração Subordinada Adjetiva Restritiva minha vida.
Nesse período, observe que a oração em destaque res- A oração em destaque é reduzida, pois apresenta uma
tringe e particulariza o sentido da palavra “homem”: trata- das formas nominais do verbo (“ver” no infinitivo) e não é
se de um homem específico, único. A oração limita o uni- introduzida por conjunção subordinativa, mas sim por uma
verso de homens, isto é, não se refere a todos os homens, preposição (“a”, combinada com o artigo “o”).
mas sim àquele que estava passando naquele momento. Obs.: a classificação das orações subordinadas adver-
biais é feita do mesmo modo que a classificação dos ad-
Exemplo 2: juntos adverbiais. Baseia-se na circunstância expressa pela
O homem, que se considera racional, muitas vezes oração.
age animalescamente.
Oração Subordinada Adjetiva Explicativa
Circunstâncias Expressas
pelas Orações Subordinadas Adverbiais
Nesse período, a oração em destaque não tem sentido
restritivo em relação à palavra “homem”; na verdade, essa
a) Causa
oração apenas explicita uma ideia que já sabemos estar
A ideia de causa está diretamente ligada àquilo que
contida no conceito de “homem”.
provoca um determinado fato, ao motivo do que se declara
Saiba que: A oração subordinada adjetiva explicativa
na oração principal. “É aquilo ou aquele que determina um
é separada da oração principal por uma pausa que, na es-
crita, é representada pela vírgula. É comum, por isso, que acontecimento”.
a pontuação seja indicada como forma de diferenciar as Principal conjunção subordinativa causal: PORQUE
orações explicativas das restritivas; de fato, as explicativas Outras conjunções e locuções causais: como (sempre
vêm sempre isoladas por vírgulas; as restritivas, não. introduzido na oração anteposta à oração principal), pois,
pois que, já que, uma vez que, visto que.
3) ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS As ruas ficaram alagadas porque a chuva foi muito forte.
Como ninguém se interessou pelo projeto, não houve al-
Uma oração subordinada adverbial é aquela que exer- ternativa a não ser cancelá-lo.
ce a função de adjunto adverbial do verbo da oração prin- Já que você não vai, eu também não vou.
cipal. Dessa forma, pode exprimir circunstância de tempo,
modo, fim, causa, condição, hipótese, etc. Quando desen- b) Consequência
volvida, vem introduzida por uma das conjunções subor- As orações subordinadas adverbiais consecutivas ex-
dinativas (com exclusão das integrantes). Classifica-se de primem um fato que é consequência, que é efeito do que
acordo com a conjunção ou locução conjuntiva que a in- se declara na oração principal. São introduzidas pelas con-
troduz. junções e locuções: que, de forma que, de sorte que, tanto
que, etc., e pelas estruturas tão...que, tanto...que, tamanho...
Durante a madrugada, eu olhei você dormindo. que.
Oração Subordinada Adverbial Principal conjunção subordinativa consecutiva: QUE
(precedido de tal, tanto, tão, tamanho)
Observe que a oração em destaque agrega uma cir- É feio que dói. (É tão feio que, em consequência, causa
cunstância de tempo. É, portanto, chamada de oração su- dor.)
bordinada adverbial temporal. Os adjuntos adverbiais são Nunca abandonou seus ideais, de sorte que acabou con-
termos acessórios que indicam uma circunstância refe- cretizando-os.
rente, via de regra, a um verbo. A classificação do adjunto Não consigo ver televisão sem bocejar. (Oração Reduzi-
adverbial depende da exata compreensão da circunstância da de Infinitivo)
que exprime. Observe os exemplos abaixo:
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LÍNGUA PORTUGUESA
c) Condição f) Conformidade
Condição é aquilo que se impõe como necessário para As orações subordinadas adverbiais conformativas in-
a realização ou não de um fato. As orações subordinadas dicam ideia de conformidade, ou seja, exprimem uma re-
adverbiais condicionais exprimem o que deve ou não ocor- gra, um modelo adotado para a execução do que se decla-
rer para que se realize ou deixe de se realizar o fato expres- ra na oração principal.
so na oração principal. Principal conjunção subordinativa conformativa: CON-
Principal conjunção subordinativa condicional: SE FORME
Outras conjunções condicionais: caso, contanto que, Outras conjunções conformativas: como, consoante e
desde que, salvo se, exceto se, a não ser que, a menos que, segundo (todas com o mesmo valor de conforme).
sem que, uma vez que (seguida de verbo no subjuntivo). Fiz o bolo conforme ensina a receita.
Se o regulamento do campeonato for bem elaborado, Consoante reza a Constituição, todos os cidadãos têm
certamente o melhor time será campeão. direitos iguais.
Uma vez que todos aceitem a proposta, assinaremos o
g) Finalidade
contrato.
As orações subordinadas adverbiais finais indicam a
Caso você se case, convide-me para a festa.
intenção, a finalidade daquilo que se declara na oração
principal.
d) Concessão
Principal conjunção subordinativa final: A FIM DE QUE
As orações subordinadas adverbiais concessivas in- Outras conjunções finais: que, porque (= para que) e a
dicam concessão às ações do verbo da oração principal, locução conjuntiva para que.
isto é, admitem uma contradição ou um fato inesperado. A Aproximei-me dela a fim de que ficássemos amigos.
ideia de concessão está diretamente ligada ao contraste, à Felipe abriu a porta do carro para que sua namorada
quebra de expectativa. entrasse.
Principal conjunção subordinativa concessiva: EMBORA
Utiliza-se também a conjunção: conquanto e as locu- h) Proporção
ções ainda que, ainda quando, mesmo que, se bem que, pos- As orações subordinadas adverbiais proporcionais ex-
to que, apesar de que. primem ideia de proporção, ou seja, um fato simultâneo ao
Só irei se ele for. expresso na oração principal.
A oração acima expressa uma condição: o fato de “eu” Principal locução conjuntiva subordinativa proporcio-
ir só se realizará caso essa condição seja satisfeita. nal: À PROPORÇÃO QUE
Compare agora com: Outras locuções conjuntivas proporcionais: à medida
Irei mesmo que ele não vá. que, ao passo que. Há ainda as estruturas: quanto maior...
A distinção fica nítida; temos agora uma concessão: (maior), quanto maior...(menor), quanto menor...(maior),
irei de qualquer maneira, independentemente de sua ida. A quanto menor...(menor), quanto mais...(mais), quanto mais...
oração destacada é, portanto, subordinada adverbial con- (menos), quanto menos...(mais), quanto menos...(menos).
cessiva. À proporção que estudávamos, acertávamos mais ques-
Observe outros exemplos: tões.
Embora fizesse calor, levei agasalho. Visito meus amigos à medida que eles me convidam.
Conquanto a economia tenha crescido, pelo menos me- Quanto maior for a altura, maior será o tombo.
tade da população continua à margem do mercado de con-
sumo. i) Tempo
Foi aprovado sem estudar (= sem que estudasse / embo- As orações subordinadas adverbiais temporais acres-
centam uma ideia de tempo ao fato expresso na oração
ra não estudasse). (reduzida de infinitivo)
principal, podendo exprimir noções de simultaneidade, an-
terioridade ou posterioridade.
e) Comparação
Principal conjunção subordinativa temporal: QUANDO
As orações subordinadas adverbiais comparativas es-
Outras conjunções subordinativas temporais: enquan-
tabelecem uma comparação com a ação indicada pelo ver- to, mal e locuções conjuntivas: assim que, logo que, todas as
bo da oração principal. vezes que, antes que, depois que, sempre que, desde que, etc.
Principal conjunção subordinativa comparativa: COMO Quando você foi embora, chegaram outros convidados.
Ele dorme como um urso. Sempre que ele vem, ocorrem problemas.
Saiba que: É comum a omissão do verbo nas orações Mal você saiu, ela chegou.
subordinadas adverbiais comparativas. Por exemplo: Terminada a festa, todos se retiraram. (= Quando termi-
Agem como crianças. (agem) nou a festa) (Oração Reduzida de Particípio)
Oração Subordinada Adverbial Comparativa
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LÍNGUA PORTUGUESA
2) Nos casos referentes a sujeito representado por 10) No caso de o sujeito aparecer representado por ex-
substantivo coletivo, o verbo permanece na terceira pes- pressões que indicam porcentagens, o verbo concordará
soa do singular: A multidão, apavorada, saiu aos gritos. com o numeral ou com o substantivo a que se refere essa
Observação: porcentagem: 50% dos funcionários aprovaram a decisão
- No caso de o coletivo aparecer seguido de adjunto da diretoria. / 50% do eleitorado apoiou a decisão.
adnominal no plural, o verbo permanecerá no singular ou
poderá ir para o plural: Observações:
Uma multidão de pessoas saiu aos gritos. - Caso o verbo apareça anteposto à expressão de por-
Uma multidão de pessoas saíram aos gritos. centagem, esse deverá concordar com o numeral: Aprova-
ram a decisão da diretoria 50% dos funcionários.
3) Quando o sujeito é representado por expressões - Em casos relativos a 1%, o verbo permanecerá no sin-
partitivas, representadas por “a maioria de, a maior parte gular: 1% dos funcionários não aprovou a decisão da dire-
de, a metade de, uma porção de” entre outras, o verbo tanto toria.
pode concordar com o núcleo dessas expressões quanto - Em casos em que o numeral estiver acompanhado de
com o substantivo que a segue: A maioria dos alunos resol- determinantes no plural, o verbo permanecerá no plural:
veu ficar. A maioria dos alunos resolveram ficar. Os 50% dos funcionários apoiaram a decisão da diretoria.
4) No caso de o sujeito ser representado por expres- 11) Nos casos em que o sujeito estiver representado
sões aproximativas, representadas por “cerca de, perto de”, por pronomes de tratamento, o verbo deverá ser empre-
o verbo concorda com o substantivo determinado por elas: gado na terceira pessoa do singular ou do plural: Vossas
Cerca de mil candidatos se inscreveram no concurso. Majestades gostaram das homenagens. Vossa Majestade
agradeceu o convite.
5) Em casos em que o sujeito é representado pela ex-
pressão “mais de um”, o verbo permanece no singular: Mais
12) Casos relativos a sujeito representado por substan-
de um candidato se inscreveu no concurso de piadas.
Observação: tivo próprio no plural se encontram relacionados a alguns
- No caso da referida expressão aparecer repetida ou aspectos que os determinam:
associada a um verbo que exprime reciprocidade, o verbo, - Diante de nomes de obras no plural, seguidos do ver-
necessariamente, deverá permanecer no plural: bo ser, este permanece no singular, contanto que o predi-
Mais de um aluno, mais de um professor contribuíram cativo também esteja no singular: Memórias póstumas de
na campanha de doação de alimentos. Brás Cubas é uma criação de Machado de Assis.
Mais de um formando se abraçaram durante as soleni- - Nos casos de artigo expresso no plural, o verbo tam-
dades de formatura. bém permanece no plural: Os Estados Unidos são uma po-
tência mundial.
6) Quando o sujeito for composto da expressão “um - Casos em que o artigo figura no singular ou em que
dos que”, o verbo permanecerá no plural: Esse jogador foi ele nem aparece, o verbo permanece no singular: Estados
um dos que atuaram na Copa América. Unidos é uma potência mundial.
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2) Nos casos em que o sujeito composto aparecer an- c) Um substantivo e mais de um adjetivo
teposto ao verbo, este permanecerá no plural: O pai e seus - antecede todos os adjetivos com um artigo.
dois filhos compareceram ao evento. Falava fluentemente a língua inglesa e a espanhola.
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(C) Ainda assim, temos certeza que ninguém encontrou 08. (TRF - 4ª REGIÃO – TÉCNICO JUDICIÁRIO –
até agora uma maneira adequada para que os insumos bá- FCC/2010) Observam-se corretamente as regras de con-
sicos sejam quantificado. cordância verbal e nominal em:
(D) Ainda assim, temos certeza de que ninguém encon- a) O desenraizamento, não só entre intelectuais como
trou até agora uma maneira adequada para que os insu- entre os mais diversos tipos de pessoas, das mais sofistica-
mos básicos seja quantificado. das às mais humildes, são cada vez mais comuns nos dias
(E) Ainda assim, temos certeza de que ninguém encon- de hoje.
trou até agora uma maneira adequada de se quantificarem b) A importância de intelectuais como Edward Said e
os insumos básicos. Tony Judt, que não se furtaram ao debate sobre questões
05. (FUNDAÇÃO CASA/SP - AGENTE ADMINISTRATIVO polêmicas de seu tempo, não estão apenas nos livros que
- VUNESP/2011 - ADAPTADA) Observe as frases do texto: escreveram.
I. Cerca de 75 por cento dos países obtêm nota nega- c) Nada indica que o conflito no Oriente Médio entre
tiva... árabes e judeus, responsável por tantas mortes e tanto so-
II. ... à Venezuela, de Chávez, que obtém a pior classi- frimento, estejam próximos de serem resolvidos ou pelo
menos de terem alguma trégua.
ficação do continente americano (2,0)...
d) Intelectuais que têm compromisso apenas com a
Assim como ocorre com o verbo “obter” nas frases I e
verdade, ainda que conscientes de que esta é até certo
II, a concordância segue as mesmas regras, na ordem dos
ponto relativa, costumam encontrar muito mais detratores
exemplos, em:
que admiradores.
(A) Todas as pessoas têm boas perspectivas para o e) No final do século XX já não se via muitos intelec-
próximo ano. Será que alguém tem opinião diferente da tuais e escritores como Edward Said, que não apenas era
maioria? notícia pelos livros que publicavam como pelas posições
(B) Vem muita gente prestigiar as nossas festas juninas. que corajosamente assumiam.
Vêm pessoas de muito longe para brincar de quadrilha.
(C) Pouca gente quis voltar mais cedo para casa. Quase 09. (TRF - 2ª REGIÃO - TÉCNICO JUDICIÁRIO - FCC/2012)
todos quiseram ficar até o nascer do sol na praia. O verbo que, dadas as alterações entre parênteses propos-
(D) Existem pessoas bem intencionadas por aqui, mas tas para o segmento grifado, deverá ser colocado no plural,
também existem umas que não merecem nossa atenção. está em:
(E) Aqueles que não atrapalham muito ajudam. (A) Não há dúvida de que o estilo de vida... (dúvidas)
(B) O que não se sabe... (ninguém nas regiões do pla-
06. (TRF - 5ª REGIÃO - TÉCNICO JUDICIÁRIO - FCC/2012) neta)
Os folheteiros vivem em feiras, mercados, praças e locais de (C) O consumo mundial não dá sinal de trégua... (O
peregrinação. consumo mundial de barris de petróleo)
O verbo da frase acima NÃO pode ser mantido no plu- (D) Um aumento elevado no preço do óleo reflete-se
ral caso o segmento grifado seja substituído por: no custo da matéria-prima... (Constantes aumentos)
(A) Há folheteiros que (E) o tema das mudanças climáticas pressiona os es-
(B) A maior parte dos folheteiros forços mundiais... (a preocupação em torno das mudanças
(C) O folheteiro e sua família climáticas)
(D) O grosso dos folheteiros
(E) Cada um dos folheteiros 10. (CETESB/SP – ESCRITURÁRIO - VUNESP/2013) Assi-
07. (TRF - 5ª REGIÃO - TÉCNICO JUDICIÁRIO - FCC/2012) nale a alternativa em que a concordância das formas ver-
Todas as formas verbais estão corretamente flexionadas bais destacadas está de acordo com a norma-padrão da
em: língua.
(A) Fazem dez anos que deixei de trabalhar em higie-
(A) Enquanto não se disporem a considerar o cordel
nização subterrânea.
sem preconceitos, as pessoas não serão capazes de fruir
(B) Ainda existe muitas pessoas que discriminam os
dessas criações poéticas tão originais.
trabalhadores da área de limpeza.
(B) Ainda que nem sempre detenha o mesmo status
(C) No trabalho em meio a tanta sujeira, havia altos
atribuído à arte erudita, o cordel vem sendo estudado hoje riscos de se contrair alguma doença.
nas melhores universidades do país. (D) Eu passava a manhã no subterrâneo: quando era
(C) Rodolfo Coelho Cavalcante deve ter percebido que sete da manhã, eu já estava fazendo meu serviço.
a situação dos cordelistas não mudaria a não ser que eles (E) As companhias de limpeza, apenas recentemente,
mesmos requizessem o respeito que faziam por merecer. começou a adotar medidas mais rigorosas para a proteção
(D) Se não proveem do preconceito, a desvalorização e de seus funcionários.
a pouca visibilidade dessa arte popular tão rica só pode ser
resultado do puro e simples desconhecimento. GABARITO
(E) Rodolfo Coelho Cavalcante entreveu que os proble-
mas dos cordelistas estavam diretamente ligados à falta de 01. A 02. A 03. A 04. E 05. A
representatividade. 06. E 07. |B 08. D 09. D 10. C
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d) Intelectuais que têm compromisso apenas com a ver- A mãe agrada o filho. -> agradar significa acariciar,
dade, ainda que conscientes de que esta é até certo ponto contentar.
relativa, costumam encontrar muito mais detratores que ad- A mãe agrada ao filho. -> agradar significa “causar
miradores. agrado ou prazer”, satisfazer.
e) No final do século XX já não se via (viam) muitos in- Logo, conclui-se que “agradar alguém” é diferente de
telectuais e escritores como Edward Said, que não apenas “agradar a alguém”.
era (eram) notícia pelos livros que publicavam como pelas
posições que corajosamente assumiam. Saiba que:
O conhecimento do uso adequado das preposições é
9-) um dos aspectos fundamentais do estudo da regência ver-
(A) Não há dúvida de que o estilo de vida... (dúvidas) = bal (e também nominal). As preposições são capazes de
“há” permaneceria no singular modificar completamente o sentido do que se está sendo
(B) O que não se sabe ... (ninguém nas regiões do plane- dito. Veja os exemplos:
ta) = “sabe” permaneceria no singular Cheguei ao metrô.
(C) O consumo mundial não dá sinal de trégua ... (O con- Cheguei no metrô.
sumo mundial de barris de petróleo) = “dá” permaneceria no
singular No primeiro caso, o metrô é o lugar a que vou; no se-
(D) Um aumento elevado no preço do óleo reflete-se no gundo caso, é o meio de transporte por mim utilizado. A
custo da matéria-prima... Constantes aumentos) = “reflete” oração “Cheguei no metrô”, popularmente usada a fim de
passaria para “refletem-se” indicar o lugar a que se vai, possui, no padrão culto da lín-
(E) o tema das mudanças climáticas pressiona os esfor- gua, sentido diferente. Aliás, é muito comum existirem di-
ços mundiais... (a preocupação em torno das mudanças cli- vergências entre a regência coloquial, cotidiana de alguns
máticas) = “pressiona” permaneceria no singular verbos, e a regência culta.
Para estudar a regência verbal, agruparemos os verbos
10-) Fiz as correções: de acordo com sua transitividade. A transitividade, porém,
(A) Fazem dez anos = faz (sentido de tempo = singular) não é um fato absoluto: um mesmo verbo pode atuar de
(B) Ainda existe muitas pessoas = existem diferentes formas em frases distintas.
(C) No trabalho em meio a tanta sujeira, havia altos riscos
(D) Eu passava a manhã no subterrâneo: quando era sete Verbos Intransitivos
da manhã = eram
(E) As companhias de limpeza, apenas recentemente, co- Os verbos intransitivos não possuem complemento. É
meçou = começaram importante, no entanto, destacar alguns detalhes relativos
aos adjuntos adverbiais que costumam acompanhá-los.
A regência verbal estuda a relação que se estabelece en- Os verbos transitivos diretos são complementados por
tre os verbos e os termos que os complementam (objetos objetos diretos. Isso significa que não exigem preposição
diretos e objetos indiretos) ou caracterizam (adjuntos adver- para o estabelecimento da relação de regência. Ao em-
biais). pregar esses verbos, devemos lembrar que os pronomes
O estudo da regência verbal permite-nos ampliar nossa oblíquos o, a, os, as atuam como objetos diretos. Esses pro-
capacidade expressiva, pois oferece oportunidade de conhe- nomes podem assumir as formas lo, los, la, las (após formas
cermos as diversas significações que um verbo pode assu- verbais terminadas em -r, -s ou -z) ou no, na, nos, nas (após
mir com a simples mudança ou retirada de uma preposi- formas verbais terminadas em sons nasais), enquanto lhe e
ção. Observe: lhes são, quando complementos verbais, objetos indiretos.
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São verbos transitivos diretos, dentre outros: abando- - Simpatizar e Antipatizar - Possuem seus complemen-
nar, abençoar, aborrecer, abraçar, acompanhar, acusar, ad- tos introduzidos pela preposição “com”.
mirar, adorar, alegrar, ameaçar, amolar, amparar, auxiliar, Antipatizo com aquela apresentadora.
castigar, condenar, conhecer, conservar,convidar, defender, Simpatizo com os que condenam os políticos que gover-
eleger, estimar, humilhar, namorar, ouvir, prejudicar, prezar, nam para uma minoria privilegiada.
proteger, respeitar, socorrer, suportar, ver, visitar.
Na língua culta, esses verbos funcionam exatamente Verbos Transitivos Diretos e Indiretos
como o verbo amar:
Amo aquele rapaz. / Amo-o. Os verbos transitivos diretos e indiretos são acompa-
Amo aquela moça. / Amo-a. nhados de um objeto direto e um indireto. Merecem desta-
Amam aquele rapaz. / Amam-no. que, nesse grupo: Agradecer, Perdoar e Pagar. São verbos
Ele deve amar aquela mulher. / Ele deve amá-la. que apresentam objeto direto relacionado a coisas e obje-
to indireto relacionado a pessoas. Veja os exemplos:
Obs.: os pronomes lhe, lhes só acompanham esses ver- Agradeço aos ouvintes a audiência.
bos para indicar posse (caso em que atuam como adjuntos Objeto Indireto Objeto Direto
adnominais).
Quero beijar-lhe o rosto. (= beijar seu rosto) Paguei o débito ao cobrador.
Prejudicaram-lhe a carreira. (= prejudicaram sua car- Objeto Direto Objeto Indireto
reira)
Conheço-lhe o mau humor! (= conheço seu mau hu- - O uso dos pronomes oblíquos átonos deve ser feito
mor) com particular cuidado. Observe:
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Pedi-lhe que se mantivesse em silêncio. Obs.: como o objeto direto do verbo “aspirar” não é
Objeto Indireto Oração Subordinada Substantiva pessoa, mas coisa, não se usam as formas pronominais áto-
Objetiva Direta nas “lhe” e “lhes” e sim as formas tônicas “a ele (s)”, “ a ela
(s)”. Veja o exemplo: Aspiravam a uma existência melhor. (=
Saiba que: Aspiravam a ela)
- A construção “pedir para”, muito comum na lingua-
gem cotidiana, deve ter emprego muito limitado na língua ASSISTIR
culta. No entanto, é considerada correta quando a palavra - Assistir é transitivo direto no sentido de ajudar, pres-
licença estiver subentendida. tar assistência a, auxiliar. Por exemplo:
Peço (licença) para ir entregar-lhe os catálogos em casa. As empresas de saúde negam-se a assistir os idosos.
Observe que, nesse caso, a preposição “para” introduz As empresas de saúde negam-se a assisti-los.
uma oração subordinada adverbial final reduzida de infini-
tivo (para ir entregar-lhe os catálogos em casa). - Assistir é transitivo indireto no sentido de ver, presen-
ciar, estar presente, caber, pertencer. Exemplos:
- A construção “dizer para”, também muito usada po- Assistimos ao documentário.
pularmente, é igualmente considerada incorreta. Não assisti às últimas sessões.
Essa lei assiste ao inquilino.
Preferir
Na língua culta, esse verbo deve apresentar objeto in- Obs.: no sentido de morar, residir, o verbo “assistir” é
direto introduzido pela preposição “a”. Por Exemplo: intransitivo, sendo acompanhado de adjunto adverbial de
Prefiro qualquer coisa a abrir mão de meus ideais. lugar introduzido pela preposição “em”: Assistimos numa
Prefiro trem a ônibus. conturbada cidade.
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Apresentamos a seguir vários nomes acompanhados da preposição ou preposições que os regem. Observe-os atenta-
mente e procure, sempre que possível, associar esses nomes entre si ou a algum verbo cuja regência você conhece.
Substantivos
Admiração a, por Devoção a, para, com, por Medo a, de
Aversão a, para, por Doutor em Obediência a
Atentado a, contra Dúvida acerca de, em, sobre Ojeriza a, por
Bacharel em Horror a Proeminência sobre
Capacidade de, para Impaciência com Respeito a, com, para com, por
Adjetivos
Acessível a Diferente de Necessário a
Acostumado a, com Entendido em Nocivo a
Afável com, para com Equivalente a Paralelo a
Agradável a Escasso de Parco em, de
Alheio a, de Essencial a, para Passível de
Análogo a Fácil de Preferível a
Ansioso de, para, por Fanático por Prejudicial a
Apto a, para Favorável a Prestes a
Ávido de Generoso com Propício a
Benéfico a Grato a, por Próximo a
Capaz de, para Hábil em Relacionado com
Compatível com Habituado a Relativo a
Contemporâneo a, de Idêntico a Satisfeito com, de, em, por
Contíguo a Impróprio para Semelhante a
Contrário a Indeciso em Sensível a
Curioso de, por Insensível a Sito em
Descontente com Liberal com Suspeito de
Desejoso de Natural de Vazio de
Advérbios
Longe de Perto de
Obs.: os advérbios terminados em -mente tendem a seguir o regime dos adjetivos de que são formados: paralela a;
paralelamente a; relativa a; relativamente a.
Fonte: http://www.soportugues.com.br/secoes/sint/sint61.php
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03.(Agente de Defensoria Pública – FCC – 2013-adap.). (A) Ele tentava convencer duas senhoras a assumir a
... constava simplesmente de uma vareta quebrada em responsabilidade pelo problema.
partes desiguais... (B) A menina tinha o receio a levar uma bronca por ter
O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que se perdido.
o grifado acima está empregado em: (C) A garota tinha apenas a lembrança pelo desenho
A) Em campos extensos, chegavam em alguns casos a de um índio na porta do prédio.
extremos de sutileza. (D) A menina não tinha orgulho sob o fato de ter se
B) ...eram comumente assinalados a golpes de macha- perdido de sua família.
do nos troncos mais robustos. (E) A família toda se organizou para realizar a procura
C) Os toscos desenhos e os nomes estropiados deso- à garotinha.
rientam, não raro, quem...
D) Koch-Grünberg viu uma dessas marcas de caminho 07. (Analista de Sistemas – VUNESP – 2013). Assinale
na serra de Tunuí...
a alternativa que completa, correta e respectivamente, as
E) ...em que tão bem se revelam suas afinidades com o
lacunas do texto, de acordo com as regras de regência.
gentio, mestre e colaborador...
Os estudos _______ quais a pesquisadora se reportou já
assinalavam uma relação entre os distúrbios da imagem
04. (Agente Técnico – FCC – 2013-adap.).
... para lidar com as múltiplas vertentes da justiça... corporal e a exposição a imagens idealizadas pela mídia.
O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que A pesquisa faz um alerta ______ influência negativa que
o da frase acima se encontra em: a mídia pode exercer sobre os jovens.
A) A palavra direito, em português, vem de directum, A) dos … na
do verbo latino dirigere... B) nos … entre a
B) ...o Direito tem uma complexa função de gestão das C) aos … para a
sociedades... D) sobre os … pela
C) ...o de que o Direito [...] esteja permeado e regulado E) pelos … sob a
pela justiça.
D) Essa problematicidade não afasta a força das aspi- 08. (Analista em Planejamento, Orçamento e Finanças
rações da justiça... Públicas – VUNESP – 2013). Considerando a norma-padrão
E) Na dinâmica dessa tensão tem papel relevante o da língua, assinale a alternativa em que os trechos desta-
sentimento de justiça. cados estão corretos quanto à regência, verbal ou nominal.
A) O prédio que o taxista mostrou dispunha de mais
05. (Escrevente TJ SP – Vunesp 2012) Assinale a alter- de dez mil tomadas.
nativa em que o período, adaptado da revista Pesquisa B) O autor fez conjecturas sob a possibilidade de haver
Fapesp de junho de 2012, está correto quanto à regência um homem que estaria ouvindo as notas de um oboé.
nominal e à pontuação. C) Centenas de trabalhadores estão empenhados de
(A) Não há dúvida que as mulheres ampliam, rapida- criar logotipos e negociar.
mente, seu espaço na carreira científica ainda que o avanço D) O taxista levou o autor a indagar no número de
seja mais notável em alguns países, o Brasil é um exemplo, tomadas do edifício.
do que em outros. E) A corrida com o taxista possibilitou que o autor re-
(B) Não há dúvida de que, as mulheres, ampliam ra- parasse a um prédio na marginal.
pidamente seu espaço na carreira científica; ainda que o
avanço seja mais notável, em alguns países, o Brasil é um
09. (Assistente de Informática II – VUNESP – 2013). As-
exemplo!, do que em outros.
sinale a alternativa que substitui a expressão destacada na
(C) Não há dúvida de que as mulheres, ampliam ra-
frase, conforme as regras de regência da norma-padrão da
pidamente seu espaço, na carreira científica, ainda que o
língua e sem alteração de sentido.
avanço seja mais notável, em alguns países: o Brasil é um
exemplo, do que em outros. Muitas organizações lutaram a favor da igualdade de
(D) Não há dúvida de que as mulheres ampliam rapida- direitos dos trabalhadores domésticos.
mente seu espaço na carreira científica, ainda que o avanço A) da
seja mais notável em alguns países – o Brasil é um exemplo B) na
– do que em outros. C) pela
(E) Não há dúvida que as mulheres ampliam rapida- D) sob a
mente, seu espaço na carreira científica, ainda que, o avan- E) sobre a
ço seja mais notável em alguns países (o Brasil é um exem-
plo) do que em outros. GABARITO
06. (Papiloscopista Policial – VUNESP – 2013). Assina- 01. D 02. D 03. A 04. A 05. D
le a alternativa correta quanto à regência dos termos em 06. A 07. C 08. A 09. C
destaque.
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RESOLUÇÃO 6-)
(B) A menina tinha o receio de levar uma bronca por
1-) ... a que ponto a astronomia facilitou a obra das ter se perdido.
outras ciências ... (C) A garota tinha apenas a lembrança do desenho de
Facilitar – verbo transitivo direto um índio na porta do prédio.
A) ...astros que ficam tão distantes ... = verbo de li- (D) A menina não tinha orgulho do fato de ter se per-
gação dido de sua família.
B) ...que a astronomia é uma das ciências ... = verbo (E) A família toda se organizou para realizar a procura
de ligação pela garotinha.
C) ...que nos proporcionou um espírito ... = verbo tran-
sitivo direto e indireto 7-) Os estudos aos quais a pesquisadora se re-
E) ...onde seu corpo não passa de um ponto obscuro = portou já assinalavam uma relação entre os distúrbios da
verbo transitivo indireto imagem corporal e a exposição a imagens idealizadas pela
mídia.
2-) ... pediu ao delegado do bairro que desse um jeito
A pesquisa faz um alerta para a influência negativa
nos filhos do sueco.
que a mídia pode exercer sobre os jovens.
Pedir = verbo transitivo direto e indireto
A) ...que existe uma coisa chamada EXÉRCITO... = tran-
sitivo direto 8-)
B) ...como se isso aqui fosse casa da sogra? =verbo de B) O autor fez conjecturas sobre a possibilidade de ha-
ligação ver um homem que estaria ouvindo as notas de um oboé.
C) ...compareceu em companhia da mulher à delega- C) Centenas de trabalhadores estão empenhados em
cia... =verbo intransitivo criar logotipos e negociar.
E) O delegado apenas olhou-a espantado com o atrevi- D) O taxista levou o autor a indagar sobre o número de
mento. =transitivo direto tomadas do edifício.
E) A corrida com o taxista possibilitou que o autor re-
3-) ... constava simplesmente de uma vareta quebrada parasse em um prédio na marginal.
em partes desiguais...
Constar = verbo intransitivo 9-) Muitas organizações lutaram pela igualdade de
B) ...eram comumente assinalados a golpes de macha- direitos dos trabalhadores domésticos.
do nos troncos mais robustos. =ligação
C) Os toscos desenhos e os nomes estropiados deso- CRASE
rientam, não raro, quem... =transitivo direto
D) Koch-Grünberg viu uma dessas marcas de caminho A palavra crase é de origem grega e significa “fusão”,
na serra de Tunuí... = transitivo direto “mistura”. Na língua portuguesa, é o nome que se dá à
E) ...em que tão bem se revelam suas afinidades com o “junção” de duas vogais idênticas. É de grande importân-
gentio, mestre e colaborador...=transitivo direto cia a crase da preposição “a” com o artigo feminino “a”
(s), com o “a” inicial dos pronomes aquele(s), aquela (s),
4-) ... para lidar com as múltiplas vertentes da justiça... aquilo e com o “a” do relativo a qual (as quais). Na escri-
Lidar = transitivo indireto ta, utilizamos o acento grave ( ` ) para indicar a crase. O
B) ...o Direito tem uma complexa função de gestão das uso apropriado do acento grave depende da compreensão
sociedades... =transitivo direto
da fusão das duas vogais. É fundamental também, para o
C) ...o de que o Direito [...] esteja permeado e regulado
entendimento da crase, dominar a regência dos verbos e
pela justiça. =ligação
nomes que exigem a preposição “a”. Aprender a usar a cra-
D) Essa problematicidade não afasta a força das aspira-
ções da justiça... =transitivo direto e indireto se, portanto, consiste em aprender a verificar a ocorrência
E) Na dinâmica dessa tensão tem papel relevante o simultânea de uma preposição e um artigo ou pronome.
sentimento de justiça. =transitivo direto Observe:
Vou a + a igreja.
5-) A correção do item deve respeitar as regras de pon- Vou à igreja.
tuação também. Assinalei apenas os desvios quanto à re-
gência (pontuação encontra-se em tópico específico) No exemplo acima, temos a ocorrência da preposição
(A) Não há dúvida de que as mulheres ampliam, “a”, exigida pelo verbo ir (ir a algum lugar) e a ocorrência
(B) Não há dúvida de que (erros quanto à pon- do artigo “a” que está determinando o substantivo femini-
tuação) no igreja. Quando ocorre esse encontro das duas vogais e
(C) Não há dúvida de que as mulheres, (erros quanto elas se unem, a união delas é indicada pelo acento grave.
à pontuação) Observe os outros exemplos:
(E) Não há dúvida de que as mulheres ampliam rapi- Conheço a aluna.
damente, seu espaço na carreira científica, ainda que, o Refiro-me à aluna.
avanço seja mais notável em alguns países (o Brasil é um
exemplo) do que em outros.
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LÍNGUA PORTUGUESA
No primeiro exemplo, o verbo é transitivo direto (conhecer algo ou alguém), logo não exige preposição e a crase não pode
ocorrer. No segundo exemplo, o verbo é transitivo indireto (referir--se a algo ou a alguém) e exige a preposição “a”. Portanto, a
crase é possível, desde que o termo seguinte seja feminino e admita o artigo feminino “a” ou um dos pronomes já especificados.
- diante da maioria dos pronomes e das expressões de tratamento, com exceção das formas senhora, senhorita e dona:
Diga a ela que não estarei em casa amanhã.
Entreguei a todos os documentos necessários.
Ele fez referência a Vossa Excelência no discurso de ontem.
Peço a Vossa Senhoria que aguarde alguns minutos.
Os poucos casos em que ocorre crase diante dos pronomes podem ser identificados pelo método: troque a palavra
feminina por uma masculina, caso na nova construção surgir a forma ao, ocorrerá crase. Por exemplo:
Refiro-me à mesma pessoa. (Refiro-me ao mesmo indivíduo.)
Informei o ocorrido à senhora. (Informei o ocorrido ao senhor.)
Peça à própria Cláudia para sair mais cedo. (Peça ao próprio Cláudio para sair mais cedo.)
- diante da palavra “moda”, com o sentido de “à moda de” (mesmo que a expressão moda de fique subentendida):
O jogador fez um gol à (moda de) Pelé.
Usava sapatos à (moda de) Luís XV.
Estava com vontade de comer frango à (moda de) passarinho.
O menino resolveu vestir-se à (moda de) Fidel Castro.
- na indicação de horas:
Acordei às sete horas da manhã.
Elas chegaram às dez horas.
Foram dormir à meia-noite.
- em locuções adverbiais, prepositivas e conjuntivas de que participam palavras femininas. Por exemplo:
à tarde às ocultas às pressas à medida que
à noite às claras às escondidas à força
à vontade à beça à larga à escuta
às avessas à revelia à exceção de à imitação de
à esquerda às turras às vezes à chave
à direita à procura à deriva à toa
à luz à sombra de à frente de à proporção que
à semelhança de às ordens à beira de
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LÍNGUA PORTUGUESA
Crase diante de Nomes de Lugar Crase com os Pronomes Relativos A Qual, As Quais
Alguns nomes de lugar não admitem a anteposição do A ocorrência da crase com os pronomes relativos a
artigo “a”. Outros, entretanto, admitem o artigo, de modo qual e as quais depende do verbo. Se o verbo que rege es-
que diante deles haverá crase, desde que o termo regente ses pronomes exigir a preposição “a”, haverá crase. É possí-
exija a preposição “a”. Para saber se um nome de lugar ad- vel detectar a ocorrência da crase nesses casos utilizando a
mite ou não a anteposição do artigo feminino “a”, deve-se substituição do termo regido feminino por um termo regido
masculino. Por exemplo:
substituir o termo regente por um verbo que peça a prepo-
A igreja à qual me refiro fica no centro da cidade.
sição “de” ou “em”. A ocorrência da contração “da” ou “na” O monumento ao qual me refiro fica no centro da cidade.
prova que esse nome de lugar aceita o artigo e, por isso, Caso surja a forma ao com a troca do termo, ocorrerá a
haverá crase. Por exemplo: crase. Veja outros exemplos:
Vou à França. (Vim da [de+a] França. Estou na [em+a] São normas às quais todos os alunos devem obedecer.
França.) Esta foi a conclusão à qual ele chegou.
Cheguei à Grécia. (Vim da Grécia. Estou na Grécia.) Várias alunas às quais ele fez perguntas não souberam
Retornarei à Itália. (Vim da Itália. Estou na Itália) responder nenhuma das questões.
Vou a Porto Alegre. (Vim de Porto Alegre. Estou em Por- A sessão à qual assisti estava vazia.
to Alegre.)
Crase com o Pronome Demonstrativo “a”
*- Dica da Zê!: use a regrinha “Vou A volto DA, crase
A ocorrência da crase com o pronome demonstrativo “a”
HÁ; vou A volto DE, crase PRA QUÊ?” também pode ser detectada através da substituição do ter-
Ex: Vou a Campinas. = Volto de Campinas. mo regente feminino por um termo regido masculino. Veja:
Vou à praia. = Volto da praia. Minha revolta é ligada à do meu país.
Meu luto é ligado ao do meu país.
- ATENÇÃO: quando o nome de lugar estiver especifi- As orações são semelhantes às de antes.
cado, ocorrerá crase. Veja: Os exemplos são semelhantes aos de antes.
Retornarei à São Paulo dos bandeirantes. = mesmo Suas perguntas são superiores às dele.
que, pela regrinha acima, seja a do “VOLTO DE” Seus argumentos são superiores aos dele.
Irei à Salvador de Jorge Amado. Sua blusa é idêntica à de minha colega.
Seu casaco é idêntico ao de minha colega.
Crase diante dos Pronomes Demonstrativos A Palavra Distância
Aquele (s), Aquela (s), Aquilo Se a palavra distância estiver especificada, determinada,
a crase deve ocorrer. Por exemplo: Sua casa fica à distância de
Haverá crase diante desses pronomes sempre que o 100km daqui. (A palavra está determinada)
termo regente exigir a preposição “a”. Por exemplo: Todos devem ficar à distância de 50 metros do palco. (A
Refiro-me a + aquele atentado. palavra está especificada.)
Preposição Pronome
Refiro-me àquele atentado. Se a palavra distância não estiver especificada, a crase
não pode ocorrer. Por exemplo:
Os militares ficaram a distância.
O termo regente do exemplo acima é o verbo transi-
Gostava de fotografar a distância.
tivo indireto referir (referir-se a algo ou alguém) e exige Ensinou a distância.
preposição, portanto, ocorre a crase. Observe este outro Dizem que aquele médico cura a distância.
exemplo: Reconheci o menino a distância.
Aluguei aquela casa.
Observação: por motivo de clareza, para evitar ambigui-
O verbo “alugar” é transitivo direto (alugar algo) e não dade, pode-se usar a crase. Veja:
exige preposição. Logo, a crase não ocorre nesse caso. Veja Gostava de fotografar à distância.
outros exemplos: Ensinou à distância.
Dediquei àquela senhora todo o meu trabalho. Dizem que aquele médico cura à distância.
Quero agradecer àqueles que me socorreram.
Casos em que a ocorrência da crase é FACULTATIVA
Refiro-me àquilo que aconteceu com seu pai.
- diante de nomes próprios femininos:
Não obedecerei àquele sujeito. Observação: é facultativo o uso da crase diante de no-
Assisti àquele filme três vezes. mes próprios femininos porque é facultativo o uso do ar-
Espero aquele rapaz. tigo. Observe:
Fiz aquilo que você disse. Paula é muito bonita. Laura é minha amiga.
Comprei aquela caneta. A Paula é muito bonita. A Laura é minha amiga.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Como podemos constatar, é facultativo o uso do artigo Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na
feminino diante de nomes próprios femininos, então pode- ordem dada:
mos escrever as frases abaixo das seguintes formas: A) à – a – a
Entreguei o cartão a Paula. Entreguei o cartão a Ro- B) a – a – à
berto. C) à – a – à
Entreguei o cartão à Paula. Entreguei o cartão ao Ro- D) à – à – a
berto. E) a – à – à
- diante de pronome possessivo feminino: 03 “Nesta oportunidade, volto ___ referir-me ___ proble-
Observação: é facultativo o uso da crase diante de pro- mas já expostos ___ V. Sª ___ alguns dias”.
nomes possessivos femininos porque é facultativo o uso do a) à - àqueles - a - há
artigo. Observe: b) a - àqueles - a - há
Minha avó tem setenta anos. Minha irmã está esperan- c) a - aqueles - à - a
do por você. d) à - àqueles - a - a
A minha avó tem setenta anos. A minha irmã está es- e) a - aqueles - à - há
perando por você.
Sendo facultativo o uso do artigo feminino diante de 04.(Agente Técnico – FCC – 2013-adap.) Claro que não
pronomes possessivos femininos, então podemos escrever me estou referindo a essa vulgar comunicação festiva e
as frases abaixo das seguintes formas: efervescente.
Cedi o lugar a minha avó. Cedi o lugar a meu avô. O vocábulo a deverá receber o sinal indicativo de crase
Cedi o lugar à minha avó. Cedi o lugar ao meu avô. se o segmento grifado for substituído por:
A) leitura apressada e sem profundidade.
- depois da preposição até: B) cada um de nós neste formigueiro.
Fui até a praia. ou Fui até à praia. C) exemplo de obras publicadas recentemente.
Acompanhe-o até a porta. ou Acompanhe-o D) uma comunicação festiva e virtual.
até à porta. E) respeito de autores reconhecidos pelo público.
A palestra vai até as cinco horas da tarde. ou A
palestra vai até às cinco horas da tarde. 05. (Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária – VU-
NESP – 2013).
Questões sobre Crase O Instituto Nacional de Administração Prisional (INAP)
também desenvolve atividades lúdicas de apoio______ res-
01.( Escrevente TJ SP – Vunesp/2012) No Brasil, as dis- socialização do indivíduo preso, com o objetivo de prepará-
cussões sobre drogas parecem limitar-se ______aspectos ju- -lo para o retorno______ sociedade. Dessa forma, quando em
rídicos ou policiais. É como se suas únicas consequências liberdade, ele estará capacitado______ ter uma profissão e
estivessem em legalismos, tecnicalidades e estatísticas cri- uma vida digna.
minais. Raro ler ____respeito envolvendo questões de saúde (Disponível em: www.metropolitana.com.br/blog/
pública como programas de esclarecimento e prevenção, de qual_e_a_importancia_da_ressocializacao_de_presos. Aces-
tratamento para dependentes e de reintegração desses____ so em: 18.08.2012. Adaptado)
vida. Quantos de nós sabemos o nome de um médico ou
clínica ____quem tentar encaminhar um drogado da nossa Assinale a alternativa que preenche, correta e respecti-
própria família? vamente, as lacunas do texto, de acordo com a norma-pa-
(Ruy Castro, Da nossa própria família. Folha de S.Pau- drão da língua portuguesa.
lo, 17.09.2012. Adaptado) A) à … à … à
As lacunas do texto devem ser preenchidas, correta e B) a … a … à
respectivamente, com: C) a … à … à
(A) aos … à … a … a D) à … à ... a
(B) aos … a … à … a E) a … à … a
(C) a … a … à … à
(D) à … à … à … à 06. O Ministro informou que iria resistir _____ pressões
(E) a … a … a … a contrárias _____ modificações relativas _____ aquisição da
casa própria.
02. (Agente de Apoio Administrativo – FCC – 2013).Leia a) às - àquelas _ à
o texto a seguir. b) as - aquelas - a
Foi por esse tempo que Rita, desconfiada e medrosa, cor- c) às àquelas - a
reu ______ cartomante para consultá-la sobre a verdadeira d) às - aquelas - à
causa do procedimento de Camilo. Vimos que ______ carto- e) as - àquelas - à
mante restituiu--lhe ______ confiança, e que o rapaz repreen-
deu-a por ter feito o que fez. 07. (Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária – VU-
(Machado de Assis. A cartomante. In: Várias histórias. NESP – 2013-adap) O acento indicativo de crase está cor-
Rio de Janeiro: Globo, 1997, p. 6) retamente empregado em:
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LÍNGUA PORTUGUESA
A) Tendências agressivas começam à ser relacionadas - a referir = antes de verbo no infinito não há crase;
com as dificuldades para lidar com as frustrações de seus - quem faz referência, faz referência A algo ou A al-
desejos. guém ( a regência do verbo pede preposição)
B) A agressividade impulsiva deve-se à perturbações - antes de pronome de tratamento não há crase (exce-
nos mecanismos biológicos de controle emocional. ção à senhora, que admite artigo);
C) A violência urbana é comparada à uma enfermidade. - há no sentido de tempo passado.
D) Condições de risco aliadas à exemplo de impunida-
de alimentam a violência crescente nas cidades. 4-) Claro que não me estou referindo à leitura apressa-
E) Um ambiente desfavorável à formação da personali- da e sem profundidade.
dade atinge os mais vulneráveis. a cada um de nós neste formigueiro. (antes de prono-
08. (Agente de Vigilância e Recepção – VUNESP – 2013). me indefinido)
O sinal indicativo de crase está correto em: a exemplo de obras publicadas recentemente. (palavra
A) Este cientista tem se dedicado à uma pesquisa na masculina)
área de biotecnologia. a uma comunicação festiva e virtual. (artigo indefini-
B) Os pais não podem ser omissos e devem se dedicar do)
à educação dos filhos. a respeito de autores reconhecidos pelo público. (pa-
C) Nossa síndica dedica-se integralmente à conservar lavra masculina)
as instalações do prédio.
D) O bombeiro deve dedicar sua atenção à qualquer 5-) O Instituto Nacional de Administração Prisio-
detalhe que envolva a segurança das pessoas. nal (INAP) também desenvolve atividades lúdicas de
E) É função da política é dedicar-se à todo problema apoio___à__ ressocialização do indivíduo preso, com o ob-
que comprometa o bem-estar do cidadão. jetivo de prepará--lo para o retorno___à__ sociedade. Dessa
forma, quando em liberdade, ele estará capacitado__a___
09. (Agente Educacional – VUNESP – 2013). Assinale ter uma profissão e uma vida digna.
a alternativa em que a sequência da frase a seguir traz o - Apoio a ? Regência nominal pede preposição;
uso correto do acento indicativo de crase, de acordo com a - retorno a? regência nominal pede preposição;
- antes de verbo no infinitivo não há crase.
norma-padrão da língua portuguesa.
6-) O Ministro informou que iria resistir _às__ pressões
Um bom conhecimento de matemática é indispensável
contrárias àquelas_ modificações relativas __à_ aquisição
A) à todo e qualquer estudante.
da casa própria.
B) à estudantes de nível superior.
- resistir a? regência verbal pede preposição;
C) à quem pretende carreiras no campo de exatas.
- contrária a? regência nominal pede preposição;
D) à construção do saber nas mais diversas áreas.
- relativas a? regência nominal pede preposição.
E) à uma boa formação profissional.
7-)
GABARITO A) Tendências agressivas começam à ser relacionadas
com as dificuldades para lidar com as frustrações de seus
01. B 02. A 03. B 04. A 05. D desejos. (antes de verbo no infinitivo não há crase)
06. A 07. E 08. B 09. D B) A agressividade impulsiva deve-se à perturbações
nos mecanismos biológicos de controle emocional. (se
RESOLUÇÃO o “a” está no singular e antecede palavra no plural, não há
crase)
1-) limitar-se _aos _aspectos jurídicos ou policiais. C) A violência urbana é comparada à uma enfermidade.
Raro ler __a__respeito (antes de palavra masculina (artigo indefinido)
não há crase) D) Condições de risco aliadas à exemplo de impunida-
de reintegração desses_à_ vida. (reintegrar a + a de alimentam a violência crescente nas cidades. (palavra
vida = à) masculina)
o nome de um médico ou clínica __a_quem tentar en- E) Um ambiente desfavorável à formação da personali-
caminhar um drogado da nossa própria família? (antes de dade atinge os mais vulneráveis. = correta (regência nomi-
pronome indefinido/relativo) nal: desfavorável a?)
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LÍNGUA PORTUGUESA
D) O bombeiro deve dedicar sua atenção à qualquer - Comentar - é relacionar o conteúdo apresentado
detalhe que envolva a segurança das pessoas. (pronome com uma realidade, opinando a respeito.
indefinido) - Resumir – é concentrar as ideias centrais e/ou secun-
E) É função da política é dedicar-se à todo problema dárias em um só parágrafo.
que comprometa o bem-estar do cidadão. (pronome in- - Parafrasear – é reescrever o texto com outras pala-
definido) vras.
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LÍNGUA PORTUGUESA
- Ler todo o texto, procurando ter uma visão geral do Na linha 1, o elemento “ele” tem como referente tex-
assunto; tual “O riso”.
- Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa ( ) CERTO ( ) ERRADO
a leitura;
3-) (ANEEL – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CESPE/2010)
- Ler, ler bem, ler profundamente, ou seja, ler o texto
Só agora, quase cinco meses depois do apagão que atin-
pelo menos duas vezes;
giu pelo menos 1.800 cidades em 18 estados do país, surge
- Inferir;
uma explicação oficial satisfatória para o corte abrupto e
- Voltar ao texto quantas vezes precisar;
generalizado de energia no final de 2009.
- Não permitir que prevaleçam suas ideias sobre as do Segundo relatório da Agência Nacional de Energia Elé-
autor; trica (ANEEL), a responsabilidade recai sobre a empresa es-
- Fragmentar o texto (parágrafos, partes) para melhor tatal Furnas, cujas linhas de transmissão cruzam os mais de
compreensão; 900 km que separam Itaipu de São Paulo.
- Verificar, com atenção e cuidado, o enunciado de Equipamentos obsoletos, falta de manutenção e de in-
cada questão; vestimentos e também erros operacionais conspiraram para
- O autor defende ideias e você deve percebê-las. produzir a mais séria falha do sistema de geração e distri-
buição de energia do país desde o traumático racionamento
Fonte: de 2001.
http://www.tudosobreconcursos.com/materiais/portu- Folha de S.Paulo, Editorial, 30/3/2010 (com adapta-
gues/como-interpretar-textos ções).
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LÍNGUA PORTUGUESA
Considerando os sentidos e as estruturas linguísticas C) “Não se pode esquecer a ajuda técnica e material...”
do texto acima apresentado, julgue os próximos itens. D) “... gesto humanitário que só enobrece esses países.”
A oração “que atingiu pelo menos 1.800 cidades em 18 E) “... demonstrando coragem e desprendimento, des-
estados do país” tem, nesse contexto, valor restritivo. ceram na mina...”
( ) CERTO ( ) ERRADO (DCTA – TÉCNICO 1 – SEGURANÇA DO TRABALHO –
VUNESP/2013 - ADAPTADA) Leia o texto para responder às
4-) (CORREIOS – CARTEIRO – CESPE/2011) questões de números 6 a 8.
Um carteiro chega ao portão do hospício e grita:
— Carta para o 9.326!!! Férias na Ilha do Nanja
Um louco pega o envelope, abre-o e vê que a carta está
em Meus amigos estão fazendo as malas, arrumando as
branco, e um outro pergunta: malas nos seus carros, olhando o céu para verem que tempo
— Quem te mandou essa carta? faz, pensando nas suas estradas – barreiras, pedras soltas,
— Minha irmã. fissuras* – sem falar em bandidos, milhões de bandidos entre
— Mas por que não está escrito nada? as fissuras, as pedras soltas e as barreiras...
Meus amigos partem para as suas férias, cansados de
— Ah, porque nós brigamos e não estamos nos falando!
tanto trabalho; de tanta luta com os motoristas da contra-
Internet: <www.humortadela.com.br/piada> (com
mão; enfim, cansados, cansados de serem obrigados a viver
adaptações). numa grande cidade, isto que já está sendo a negação da
própria vida.
O efeito surpresa e de humor que se extrai do texto E eu vou para a Ilha do Nanja.
acima decorre Eu vou para a Ilha do Nanja para sair daqui. Passarei as
A) da identificação numérica atribuída ao louco. férias lá, onde, à beira das lagoas verdes e azuis, o silêncio
B) da expressão utilizada pelo carteiro ao entregar a cresce como um bosque. Nem preciso fechar os olhos: já es-
carta no hospício. tou vendo os pescadores com suas barcas de sardinha, e a
C) do fato de outro louco querer saber quem enviou moça à janela a namorar um moço na outra janela de outra
a carta. ilha.
D) da explicação dada pelo louco para a carta em bran- (Cecília Meireles, O que se diz e o que se entende.
co. Adaptado)
E) do fato de a irmã do louco ter brigado com ele.
*fissuras: fendas, rachaduras
5-) (DETRAN/RN – VISTORIADOR/EMPLACADOR – FGV
PROJETOS/2010) 6-) (DCTA – TÉCNICO 1 – SEGURANÇA DO TRABALHO
– VUNESP/2013) No primeiro parágrafo, ao descrever a
Painel do leitor (Carta do leitor) maneira como se preparam para suas férias, a autora mos-
tra que seus amigos estão
Resgate no Chile (A) serenos.
(B) descuidados.
Assisti ao maior espetáculo da Terra numa operação de (C) apreensivos.
salvamento de vidas, após 69 dias de permanência no fundo (D) indiferentes.
de uma mina de cobre e ouro no Chile. (E) relaxados.
Um a um os mineiros soterrados foram içados com
7-) (DCTA – TÉCNICO 1 – SEGURANÇA DO TRABALHO
sucesso, mostrando muita calma, saúde, sorrindo e cum-
– VUNESP/2013) De acordo com o texto, pode-se afirmar
primentando seus companheiros de trabalho. Não se pode
que, assim como seus amigos, a autora viaja para
esquecer a ajuda técnica e material que os Estados Unidos,
(A) visitar um lugar totalmente desconhecido.
Canadá e China ofereceram à equipe chilena de salvamen- (B) escapar do lugar em que está.
to, num gesto humanitário que só enobrece esses países. E, (C) reencontrar familiares queridos.
também, dos dois médicos e dois “socorristas” que, demons- (D) praticar esportes radicais.
trando coragem e desprendimento, desceram na mina para (E) dedicar-se ao trabalho.
ajudar no salvamento.
(Douglas Jorge; São Paulo, SP; www.folha.com.br – pai- 8-) (DCTA – TÉCNICO 1 – SEGURANÇA DO TRABALHO
nel do leitor – 17/10/2010) – VUNESP/2013) Ao descrever a Ilha do Nanja como um
lugar onde, “à beira das lagoas verdes e azuis, o silêncio
Considerando o tipo textual apresentado, algumas ex- cresce como um bosque” (último parágrafo), a autora su-
pressões demonstram o posicionamento pessoal do leitor gere que viajará para um lugar
diante do fato por ele narrado. Tais marcas textuais podem (A) repulsivo e populoso.
ser encontradas nos trechos a seguir, EXCETO: (B) sombrio e desabitado.
A) “Assisti ao maior espetáculo da Terra...” (C) comercial e movimentado.
B) “... após 69 dias de permanência no fundo de uma (D) bucólico e sossegado.
mina de cobre e ouro no Chile.” (E) opressivo e agitado.
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LÍNGUA PORTUGUESA
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LÍNGUA PORTUGUESA
10-) Coerência
Dentre as alternativas apresentadas, a que reafirma a
ideia do excerto (não há muita saída, não há escolhas) é: - assenta-se no plano cognitivo, da inteligibilidade do
“Se você está em casa, não pode sair. Se você está na rua, texto;
não pode entrar”. - situa-se na subjacência do texto; estabelece conexão
RESPOSTA: “A”. conceitual;
- relaciona-se com a macroestrutura; trabalha com o
todo, com o aspecto global do texto;
- estabelece relações de conteúdo entre palavras e fra-
8. COERÊNCIA E COESÃO ses.
Coesão
Coesão e Coerência
- assenta-se no plano gramatical e no nível frasal;
- situa-se na superfície do texto, estabelece conexão
Não basta conhecer o conteúdo das partes de um tra-
sequencial;
balho: introdução, desenvolvimento e conclusão. Além de
- relaciona-se com a microestrutura, trabalha com as
saber o que se deve (e o que não se deve) escrever em partes componentes do texto;
cada parte constituinte do texto, é preciso saber escrever - Estabelece relações entre os vocábulos no interior
obedecendo às normas de coerência e coesão. Antes de das frases.
mais nada, é necessário definir os termos: coerência diz res-
peito à articulação do texto, à compatibilidade das ideias, Coerência e coesão são responsáveis pela inteligibili-
à lógica do raciocínio, a seu conteúdo. Coesão refere-se à dade ou compreensão do texto. Um texto bem redigido
expressão linguística, ao nível gramatical, às estruturas fra- tem parágrafos bem estruturados e articulados pelo enca-
sais e ao emprego do vocabulário. deamento das ideias neles contidas. As estruturas frasais
Coerência e coesão relacionam-se com o processo de devem ser coerentes e gramaticalmente corretas, no que
produção e compreensão do texto. A coesão contribui para diz respeito à sintaxe. O vocabulário precisa ser adequado
a coerência, mas nem sempre um texto coerente apresenta e essa adequação só se consegue pelo conhecimento dos
coesão. Pode ocorrer que o texto sem coerência apresente significados possíveis de cada palavra. Talvez os erros mais
coesão, ou que um texto tenha coesão sem coerência. Em comuns de redação sejam devidos à impropriedade do vo-
outras palavras: um texto pode ser gramaticalmente bem cabulário e ao mau emprego dos conectivos (conjunções,
construído, com frases bem estruturadas, vocabulário cor- que têm por função ligar uma frase ou período a outro). Eis
reto, mas apresentar ideias sem nexo, sem uma sequência alguns exemplos de impropriedade do vocabulário, colhi-
dos em redações sobre censura e os meios de comunica-
lógica: há coesão, mas não coerência. Por outro lado, um
ção e outras.
texto pode apresentar ideias coerentes e bem encadeadas,
sem que no plano da expressão as estruturas frasais sejam “Nosso direito é frisado na Constituição.”
gramaticalmente aceitáveis: há coerência, mas não coesão. Nosso direito é assegurado pela Constituição. = correta
A coerência textual subjaz ao texto e é responsável
pela hierarquização dos elementos textuais, ou seja, ela “Estabelecer os limites as quais a programação deveria
tem origem nas estruturas profundas, no conhecimento do estar exposta.”
mundo de cada pessoa, aliada à competência linguística. Estabelecer os limites aos quais a programação deveria
Deduz-se que é difícil ensinar coerência textual, intima- estar sujeita. = correta
mente ligada à visão de mundo, à origem das ideias no
pensamento. A coesão, porém, refere-se à expressão lin- “A censura deveria punir as notícias sensacionalistas.”
guística, aos processos sintáticos e gramaticais do texto. A censura deveria proibir (ou coibir) as notícias sensa-
O seguinte resumo caracteriza coerência e coesão: cionalistas ou punir os meios de comunicação que veiculam
tais notícias. = correta
Coerência: rede de sintonia entre as partes e o todo de
um texto. Conjunto de unidades sistematizadas numa ade- “Retomada das rédeas da programação.”
quada relação semântica, que se manifesta na compatibi- Retomada das rédeas dos meios de comunicação, no
lidade entre as ideias. (Na linguagem popular: “dizer coisa que diz respeito à programação. = correta
com coisa” ou “uma coisa bate com outra”).
O emprego de vocabulário inadequado prejudica mui-
Coesão: conjunto de elementos posicionados ao longo
tas vezes a compreensão das ideias. É importante, ao redi-
do texto, numa linha de sequência e com os quais se es-
gir, empregar palavras cujo significado seja conhecido pelo
tabelece um vínculo ou conexão sequencial. Se o vínculo enunciador, e cujo emprego faça parte de seus conheci-
coesivo faz-se via gramática, fala-se em coesão gramatical. mentos linguísticos. Muitas vezes, quem redige conhece o
Se se faz por meio do vocabulário, tem-se a coesão lexical. significado de determinada palavra, mas não sabe empre-
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LÍNGUA PORTUGUESA
gá-la adequadamente, isso ocorre frequentemente com o Encontrei belas palavras e não duvido da sensibilidade
emprego dos conectivos (preposições e conjunções). Não delas (palavras cheias de sensibilidade).
basta saber que as preposições ligam nomes ou sintagmas
nominais no interior das frases e que as conjunções ligam Para evitar a falta de coerência e coesão na articulação
frases dentro do período; é necessário empregar adequa- das frases, aconselha-se levar em conta as seguintes suges-
damente tanto umas como outras. É bem verdade que, na tões para o emprego correto dos articuladores sintáticos
maioria das vezes, o emprego inadequado dos conectivos (conjunções, preposições, locuções prepositivas e locuções
remete aos problemas de regência verbal e nominal. conjuntivas).
Exemplos: - Para dar ideia de oposição ou contradição, a articu-
lação sintática faz-se por meio de conjunções adversativas:
“Estar inteirada com os fatos” significa participação, in- mas, porém, todavia, contudo, no entanto, entretanto. Podem
teração. também ser empregadas as conjunções concessivas e locu-
“Estar inteirada dos fatos” significa ter conhecimento ções prepositivas para introduzir a ideia de oposição aliada
dos fatos, estar informada. à concessão: embora, ou muito embora, apesar de, ainda que,
conquanto, posto que, a despeito de, não obstante.
“Ir de encontro” significa divergir, não concordar. - A articulação sintática de causa pode ser feita por meio
“Ir ao encontro” quer dizer concordar. de conjunções e locuções conjuntivas: pois, porque, como,
por isso que, visto que, uma vez que, já que. Também podem
“Ameaça de liberdade de expressão e transmissão de ser empregadas as preposições e locuções prepositivas: por,
ideias” significa a liberdade não é ameaça; por causa de, em vista de, em virtude de, devido a, em conse-
“Ameaça à liberdade de expressão e transmissão de quência de, por motivo de, por razões de.
ideias”, isto é, a liberdade fica ameaçada. - O principal articulador sintático de condição é o “se”:
Se o time ganhar esse jogo, será campeão. Pode-se também
Quanto à regência verbal, convém sempre consul- expressar condição pelo emprego dos conectivos: caso, con-
tanto que, desde que, a menos que, a não ser que.
tar um dicionário de verbos, pois muitos deles admitem
- O emprego da preposição “para” é a maneira mais co-
duas ou três regências diferentes; cada uma, porém, tem
mum de expressar finalidade. “É necessário baixar as taxas
um significado específico. Lembre-se, a propósito, de que
de juros para que a economia se estabilize” ou para a econo-
as dúvidas sobre o emprego da crase decorrem do fato
mia estabilizar-se. “Teresa vai estudar bastante para fazer boa
de considerar-se crase como sinal de acentuação apenas,
prova.” Há outros articuladores que expressam finalidade: a
quando o problema refere-se à regência nominal e verbal.
fim de, com o propósito de, na finalidade de, com a intenção
Exemplos: de, com o objetivo de, com o fito de, com o intuito de.
- A ideia de conclusão pode ser introduzida por meio
O verbo assistir admite duas regências: dos articuladores: assim, desse modo, então, logo, portanto,
assistir o/a (transitivo direto) significa dar ou prestar pois, por isso, por conseguinte, de modo que, em vista disso.
assistência (O médico assiste o doente): Para introduzir mais um argumento a favor de determinada
Assistir ao (transitivo indireto): ser espectador (Assisti conclusão emprega- -se ainda. Os articuladores aliás,
ao jogo da seleção). além do mais, além disso, além de tudo, introduzem um ar-
gumento decisivo, cabal, apresentado como um acréscimo,
Pedir o =n(transitivo direto) significa solicitar, pleitear para justificar de forma incontestável o argumento contrário.
(Pedi o jornal do dia). - Para introduzir esclarecimentos, retificações ou desen-
Pedir que =,contém uma ordem (A professora pediu volvimento do que foi dito empregam-se os articuladores:
que fizessem silêncio). isto é, quer dizer, ou seja, em outras palavras. A conjunção
Pedir para = pedir permissão (Pediu para sair da clas- aditiva “e” anuncia não a repetição, mas o desenvolvimento
se); significa também pedir em favor de alguém (A Diretora do discurso, pois acrescenta uma informação nova, um dado
pediu ajuda para os alunos carentes) em favor dos alunos, novo, e se não acrescentar nada, é pura repetição e deve ser
pedir algo a alguém (para si): (Pediu ao colega para ajudá evitada.
-lo); pode significar ainda exigir, reclamar (Os professores - Alguns articuladores servem para estabelecer uma
pedem aumento de salário). gradação entre os correspondentes de determinada escala.
No alto dessa escala acham-se: mesmo, até, até mesmo; no
O mau emprego dos pronomes relativos também pode plano mais baixo: ao menos, pelo menos, no mínimo.
levar à falta de coesão gramatical. Frequentemente, em-
prega-se no qual ou ao qual em lugar do que, com prejuízo
da clareza do texto; outras vezes, o emprego é desnecessá- Correlação Verbal
rio ou inadequado.
“Pela manhã o carteiro chegou com um envelope para Damos o nome de correlação verbal à coerência que,
mim no qual estava sem remetente”. (Chegou com um en- em uma frase ou sequência de frases, deve haver entre as
velope que (o qual) estava sem remetente). formas verbais utilizadas. Ou seja, é preciso que haja articu-
lação temporal entre os verbos, que eles se correspondam,
“Encontrei apenas belas palavras o qual não duvido da de maneira a expressar as ideias com lógica. Tempos e mo-
sensibilidade...” dos verbais devem, portanto, combinar entre si.
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LÍNGUA PORTUGUESA
presente do indicativo + pretérito perfeito composto 4-) (TRF - 4ª REGIÃO – TÉCNICO JUDICIÁRIO –
do subjuntivo: Espero que ele tenha feito o dever. FCC/2010) Se a tendência se mantiver, teremos cada vez
pretérito imperfeito do indicativo + mais-que-perfei- mais...
to composto do subjuntivo: Queria que ele tivesse feito o Ao substituir o segmento grifado acima por “Caso a
dever. tendência”, a continuação que mantém a correção e o sen-
tido da frase original é:
futuro do subjuntivo + futuro do presente do indicati- a) se mantenha, teremos cada vez mais...
vo: Se você fizer o dever, eu ficarei feliz. b) fosse mantida, teríamos cada vez mais...
c) se manter, teremos cada vez mais...
pretérito imperfeito do subjuntivo + futuro do pretérito d) for mantida, teremos cada vez mais...
do indicativo: Se você fizesse o dever, eu leria suas respostas. e) seja mantida, teríamos cada vez mais...
pretérito mais-que-perfeito composto do subjuntivo +
futuro do pretérito composto do indicativo: Se você tivesse 5-) (PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS/SP -
feito o dever, eu teria lido suas respostas. AGENTE OPERACIONAL – VUNESP/2012 - ADAPTADA)
Assinale a alternativa que apresenta o trecho – ... o dou-
futuro do subjuntivo + futuro do presente do indicati- torando enviou seu estudo para a Sociedade Britânica de
vo: Quando você fizer o dever, dormirei. Psicologia para apreciação e não esperava que houvesse
tanta publicidade. – reescrito de acordo com a norma-pa-
futuro do subjuntivo + futuro do presente composto drão, com indicação de ação a se realizar e correta corre-
do indicativo: Quando você fizer o dever, já terei dormido. lação verbal.
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LÍNGUA PORTUGUESA
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LÍNGUA PORTUGUESA
- Radical: é a parte invariável, que expressa o significa- ** fazer, ser e estar (quando indicam tempo)
do essencial do verbo. Por exemplo: fal-ei; fal-ava; fal-am. Faz invernos rigorosos no Sul do Brasil.
(radical fal-) Era primavera quando a conheci.
- Tema: é o radical seguido da vogal temática que in- Estava frio naquele dia.
dica a conjugação a que pertence o verbo. Por exemplo: ** Todos os verbos que indicam fenômenos da natu-
fala-r reza são impessoais: chover, ventar, nevar, gear, trovejar,
São três as conjugações: 1ª - Vogal Temática - A - (fa- amanhecer, escurecer, etc. Quando, porém, se constrói,
lar), 2ª - Vogal Temática - E - (vender), 3ª - Vogal Temática “Amanheci mal- -humorado”, usa-se o verbo “ama-
- I - (partir). nhecer” em sentido figurado. Qualquer verbo impessoal,
- Desinência modo-temporal: é o elemento que de- empregado em sentido figurado, deixa de ser impessoal
signa o tempo e o modo do verbo. Por exemplo: para ser pessoal.
Amanheci mal-humorado. (Sujeito desinencial: eu)
falávamos ( indica o pretérito imperfeito do indicativo.)
Choveram candidatos ao cargo. (Sujeito: candidatos)
falasse ( indica o pretérito imperfeito do subjuntivo.)
Fiz quinze anos ontem. (Sujeito desinencial: eu)
- Desinência número-pessoal: é o elemento que de-
signa a pessoa do discurso ( 1ª, 2ª ou 3ª) e o número (sin- ** São impessoais, ainda:
gular ou plural): 1. o verbo passar (seguido de preposição), indicando
falamos (indica a 1ª pessoa do plural.) tempo: Já passa das seis.
falavam (indica a 3ª pessoa do plural.) 2. os verbos bastar e chegar, seguidos da preposição
de, indicando suficiência: Basta de tolices. Chega de blas-
Observação: o verbo pôr, assim como seus derivados fêmias.
(compor, repor, depor, etc.), pertencem à 2ª conjugação, 3. os verbos estar e ficar em orações tais como Está
pois a forma arcaica do verbo pôr era poer. A vogal “e”, bem, Está muito bem assim, Não fica bem, Fica mal, sem re-
apesar de haver desaparecido do infinitivo, revela-se em ferência a sujeito expresso anteriormente. Podemos, ainda,
algumas formas do verbo: põe, pões, põem, etc. nesse caso, classificar o sujeito como hipotético, tornando-
se, tais verbos, então, pessoais.
Formas Rizotônicas e Arrizotônicas 4. o verbo deu + para da língua popular, equivalente
de “ser possível”. Por exemplo:
Ao combinarmos os conhecimentos sobre a estrutura Não deu para chegar mais cedo.
dos verbos com o conceito de acentuação tônica, perce- Dá para me arrumar uns trocados?
bemos com facilidade que nas formas rizotônicas o acento
* Unipessoais: são aqueles que, tendo sujeito, conju-
tônico cai no radical do verbo: opino, aprendam, nutro, por
gam-se apenas nas terceiras pessoas, do singular e do
exemplo. Nas formas arrizotônicas, o acento tônico não cai plural.
no radical, mas sim na terminação verbal: opinei, aprende- A fruta amadureceu.
rão, nutriríamos. As frutas amadureceram.
Classificação dos Verbos Obs.: os verbos unipessoais podem ser usados como
verbos pessoais na linguagem figurada: Teu irmão amadu-
Classificam-se em: receu bastante.
- Regulares: são aqueles que possuem as desinências
normais de sua conjugação e cuja flexão não provoca alte- Entre os unipessoais estão os verbos que significam
rações no radical: canto cantei cantarei cantava vozes de animais; eis alguns: bramar: tigre, bramir: crocodi-
cantasse. lo, cacarejar: galinha, coaxar: sapo, cricrilar: grilo
- Irregulares: são aqueles cuja flexão provoca altera-
ções no radical ou nas desinências: faço fiz farei fi- Os principais verbos unipessoais são:
zesse. 1. cumprir, importar, convir, doer, aprazer, parecer, ser
- Defectivos: são aqueles que não apresentam conju- (preciso, necessário, etc.):
gação completa. Classificam-se em impessoais, unipessoais Cumpre trabalharmos bastante. (Sujeito: trabalharmos
bastante.)
e pessoais:
Parece que vai chover. (Sujeito: que vai chover.)
* Impessoais: são os verbos que não têm sujeito. Nor-
É preciso que chova. (Sujeito: que chova.)
malmente, são usados na terceira pessoa do singular. Os
principais verbos impessoais são: 2. fazer e ir, em orações que dão ideia de tempo, segui-
** haver, quando sinônimo de existir, acontecer, reali- dos da conjunção que.
zar-se ou fazer (em orações temporais). Faz dez anos que deixei de fumar. (Sujeito: que deixei de
Havia poucos ingressos à venda. (Havia = Existiam) fumar.)
Houve duas guerras mundiais. (Houve = Aconteceram) Vai para (ou Vai em ou Vai por) dez anos que não vejo
Haverá reuniões aqui. (Haverá = Realizar-se-ão) Cláudia. (Sujeito: que não vejo Cláudia)
Deixei de fumar há muitos anos. (há = faz) Obs.: todos os sujeitos apontados são oracionais.
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LÍNGUA PORTUGUESA
* Pessoais: não apresentam algumas flexões por motivos morfológicos ou eufônicos. Por exemplo:
- verbo falir. Este verbo teria como formas do presente do indicativo falo, fales, fale, idênticas às do verbo falar - o que
provavelmente causaria problemas de interpretação em certos contextos.
- verbo computar. Este verbo teria como formas do presente do indicativo computo, computas, computa - formas de
sonoridade considerada ofensiva por alguns ouvidos gramaticais. Essas razões muitas vezes não impedem o uso efetivo de
formas verbais repudiadas por alguns gramáticos: exemplo disso é o próprio verbo computar, que, com o desenvolvimento
e a popularização da informática, tem sido conjugado em todos os tempos, modos e pessoas.
- Abundantes: são aqueles que possuem mais de uma forma com o mesmo valor. Geralmente, esse fenômeno costuma
ocorrer no particípio, em que, além das formas regulares terminadas em -ado ou -ido, surgem as chamadas formas curtas
(particípio irregular). Observe:
- Anômalos: são aqueles que incluem mais de um radical em sua conjugação. Por exemplo: Ir, Pôr, Ser, Saber (vou, vais,
ides, fui, foste, pus, pôs, punha, sou, és, fui, foste, seja).
- Auxiliares: São aqueles que entram na formação dos tempos compostos e das locuções verbais. O verbo principal,
quando acompanhado de verbo auxiliar, é expresso numa das formas nominais: infinitivo, gerúndio ou particípio.
Vou espantar as moscas.
(verbo auxiliar) (verbo principal no infinitivo)
Obs.: os verbos auxiliares mais usados são: ser, estar, ter e haver.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Afirmativo Negativo
sê tu não sejas tu
seja você não seja você
sejamos nós não sejamos nós
sede vós não sejais vós
sejam vocês não sejam vocês
Presente Pret. Perf. Pret. Imper. Pret.Mais-Que-Perf. Fut. Do Pres. Fut. Do Preté.
hei houve havia houvera haverei haveria
hás houveste havias houveras haverás haverias
há houve havia houvera haverá haveria
havemos houvemos havíamos houvéramos haveremos haveríamos
haveis houvestes havíeis houvéreis havereis haveríeis
hão houveram haviam houveram haverão haveriam
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LÍNGUA PORTUGUESA
Presente Pret. Perf. Pret. Imper. Preté.Mais-Que-Perf. Fut. Do Pres. Fut. Do Preté.
Tenho tive tinha tivera terei teria
tens tiveste tinhas tiveras terás terias
tem teve tinha tivera terá teria
temos tivemos tínhamos tivéramos teremos teríamos
tendes tivestes tínheis tivéreis tereis teríeis
têm tiveram tinham tiveram terão teriam
- Pronominais: São aqueles verbos que se conjugam com os pronomes oblíquos átonos me, te, se, nos, vos, se, na
mesma pessoa do sujeito, expressando reflexibilidade (pronominais acidentais) ou apenas reforçando a ideia já implícita no
próprio sentido do verbo (reflexivos essenciais). Veja:
- 1. Essenciais: são aqueles que sempre se conjugam com os pronomes oblíquos me, te, se, nos, vos, se. São poucos:
abster-se, ater-se, apiedar-se, atrever-se, dignar-se, arrepender-se, etc. Nos verbos pronominais essenciais a reflexibilidade já
está implícita no radical do verbo. Por exemplo: Arrependi-me de ter estado lá.
A ideia é de que a pessoa representada pelo sujeito (eu) tem um sentimento (arrependimento) que recai sobre ela
mesma, pois não recebe ação transitiva nenhuma vinda do verbo; o pronome oblíquo átono é apenas uma partícula inte-
grante do verbo, já que, pelo uso, sempre é conjugada com o verbo. Diz-se que o pronome apenas serve de reforço da ideia
reflexiva expressa pelo radical do próprio verbo.
Veja uma conjugação pronominal essencial (verbo e respectivos pronomes):
Eu me arrependo
Tu te arrependes
Ele se arrepende
Nós nos arrependemos
Vós vos arrependeis
Eles se arrependem
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LÍNGUA PORTUGUESA
- 2. Acidentais: são aqueles verbos transitivos diretos 2ª pessoa do singular: Radical + ES Ex.: teres(tu)
em que a ação exercida pelo sujeito recai sobre o obje- 1ª pessoa do plural: Radical + MOS Ex.: termos (nós)
to representado por pronome oblíquo da mesma pessoa 2ª pessoa do plural: Radical + DES Ex.: terdes (vós)
do sujeito; assim, o sujeito faz uma ação que recai sobre 3ª pessoa do plural: Radical + EM Ex.: terem (eles)
ele mesmo. Em geral, os verbos transitivos diretos ou tran- Por exemplo: Foste elogiado por teres alcançado uma
sitivos diretos e indiretos podem ser conjugados com os boa colocação.
pronomes mencionados, formando o que se chama voz
reflexiva. Por exemplo: Maria se penteava. - Gerúndio: o gerúndio pode funcionar como adjetivo
A reflexibilidade é acidental, pois a ação reflexiva pode ou advérbio. Por exemplo:
ser exercida também sobre outra pessoa. Por exemplo: Saindo de casa, encontrei alguns amigos. (função de ad-
Maria penteou-me. vérbio)
Nas ruas, havia crianças vendendo doces. (função de
Observações: adjetivo)
- Por fazerem parte integrante do verbo, os pronomes
oblíquos átonos dos verbos pronominais não possuem Na forma simples, o gerúndio expressa uma ação em
função sintática. curso; na forma composta, uma ação concluída. Por exem-
- Há verbos que também são acompanhados de pro- plo:
nomes oblíquos átonos, mas que não são essencialmente Trabalhando, aprenderás o valor do dinheiro.
pronominais, são os verbos reflexivos. Nos verbos refle- Tendo trabalhado, aprendeu o valor do dinheiro.
xivos, os pronomes, apesar de se encontrarem na pessoa
idêntica à do sujeito, exercem funções sintáticas. Por exem- - Particípio: quando não é empregado na formação
plo: dos tempos compostos, o particípio indica geralmente o
Eu me feri. = Eu(sujeito) - 1ª pessoa do singular me resultado de uma ação terminada, flexionando-se em gê-
(objeto direto) - 1ª pessoa do singular nero, número e grau. Por exemplo:
Terminados os exames, os candidatos saíram.
Modos Verbais
Quando o particípio exprime somente estado, sem
Dá-se o nome de modo às várias formas assumidas nenhuma relação temporal, assume verdadeiramente a
pelo verbo na expressão de um fato. Em Português, exis- função de adjetivo (adjetivo verbal). Por exemplo: Ela foi a
tem três modos: aluna escolhida para representar a escola.
Indicativo - indica uma certeza, uma realidade: Eu
sempre estudo. Tempos Verbais
Subjuntivo - indica uma dúvida, uma possibilidade:
Talvez eu estude amanhã. Tomando-se como referência o momento em que se
Imperativo - indica uma ordem, um pedido: Estuda fala, a ação expressa pelo verbo pode ocorrer em diversos
agora, menino. tempos. Veja:
Além desses três modos, o verbo apresenta ainda for- - Presente - Expressa um fato atual: Eu estudo neste
mas que podem exercer funções de nomes (substantivo, colégio.
adjetivo, advérbio), sendo por isso denominadas formas - Pretérito Imperfeito - Expressa um fato ocorrido
nominais. Observe: num momento anterior ao atual, mas que não foi comple-
- Infinitivo Impessoal: exprime a significação do ver- tamente terminado: Ele estudava as lições quando foi inter-
bo de modo vago e indefinido, podendo ter valor e função rompido.
de substantivo. Por exemplo: - Pretérito Perfeito - Expressa um fato ocorrido num
Viver é lutar. (= vida é luta) momento anterior ao atual e que foi totalmente terminado:
É indispensável combater a corrupção. (= combate à) Ele estudou as lições ontem à noite.
- Infinitivo Pessoal: é o infinitivo relacionado às três - Futuro do Presente - Enuncia um fato que deve
pessoas do discurso. Na 1ª e 3ª pessoas do singular, não ocorrer num tempo vindouro com relação ao momento
apresenta desinências, assumindo a mesma forma do im- atual: Ele estudará as lições amanhã.
pessoal; nas demais, flexiona-se da seguinte maneira:
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- Futuro do Pretérito - Enuncia um fato que pode ocorrer posteriormente a um determinado fato passado: Se eu ti-
vesse dinheiro, viajaria nas férias.
2. Tempos do Subjuntivo
- Presente - Enuncia um fato que pode ocorrer no momento atual: É conveniente que estudes para o exame.
- Pretérito Imperfeito - Expressa um fato passado, mas posterior a outro já ocorrido: Eu esperava que ele vencesse o
jogo.
Obs.: o pretérito imperfeito é também usado nas construções em que se expressa a ideia de condição ou desejo. Por
exemplo: Se ele viesse ao clube, participaria do campeonato.
- Futuro do Presente - Enuncia um fato que pode ocorrer num momento futuro em relação ao atual: Quando ele vier
à loja, levará as encomendas.
Obs.: o futuro do presente é também usado em frases que indicam possibilidade ou desejo. Por exemplo: Se ele vier à
loja, levará as encomendas.
Presente do Indicativo
Pretérito mais-que-perfeito
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Presente do Subjuntivo
Para se formar o presente do subjuntivo, substitui-se a desinência -o da primeira pessoa do singular do presente do
indicativo pela desinência -E (nos verbos de 1ª conjugação) ou pela desinência -A (nos verbos de 2ª e 3ª conjugação).
Para formar o imperfeito do subjuntivo, elimina-se a desinência -STE da 2ª pessoa do singular do pretérito perfeito, ob-
tendo-se, assim, o tema desse tempo. Acrescenta-se a esse tema a desinência temporal -SSE mais a desinência de número
e pessoa correspondente.
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Futuro do Subjuntivo
Para formar o futuro do subjuntivo elimina-se a desinência -STE da 2ª pessoa do singular do pretérito perfeito, ob-
tendo-se, assim, o tema desse tempo. Acrescenta-se a esse tema a desinência temporal -R mais a desinência de número e
pessoa correspondente.
Modo Imperativo
Imperativo Afirmativo
Para se formar o imperativo afirmativo, toma-se do presente do indicativo a 2ª pessoa do singular (tu) e a segunda
pessoa do plural (vós) eliminando-se o “S” final. As demais pessoas vêm, sem alteração, do presente do subjuntivo. Veja:
Imperativo Negativo
Para se formar o imperativo negativo, basta antecipar a negação às formas do presente do subjuntivo.
Observações:
- No modo imperativo não faz sentido usar na 3ª pessoa (singular e plural) as formas ele/eles, pois uma ordem, pedido
ou conselho só se aplicam diretamente à pessoa com quem se fala. Por essa razão, utiliza-se você/vocês.
- O verbo SER, no imperativo, faz excepcionalmente: sê (tu), sede (vós).
Infinitivo Pessoal
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- Passiva: quando o sujeito é paciente, recebendo a ação Obs.: o agente não costuma vir expresso na voz passiva
expressa pelo verbo. Por exemplo: sintética.
O trabalho foi feito por ele. Curiosidade: A palavra passivo possui a mesma raiz la-
sujeito paciente ação agente da pas- tina de paixão (latim passio, passionis) e ambas se relacio-
siva nam com o significado sofrimento, padecimento. Daí vem
o significado de voz passiva como sendo a voz que expres-
- Reflexiva: quando o sujeito é ao mesmo tempo agente sa a ação sofrida pelo sujeito. Na voz passiva temos dois
e paciente, isto é, pratica e recebe a ação. Por exemplo: elementos que nem sempre aparecem: SUJEITO PACIENTE
O menino feriu-se. e AGENTE DA PASSIVA.
Obs.: não confundir o emprego reflexivo do verbo com a Conversão da Voz Ativa na Voz Passiva
noção de reciprocidade: Os lutadores feriram-se. (um ao ou-
tro) Pode-se mudar a voz ativa na passiva sem alterar subs-
tancialmente o sentido da frase.
Formação da Voz Passiva Gutenberg inventou a imprensa (Voz Ativa)
Sujeito da Ativa objeto Direto
A voz passiva pode ser formada por dois processos: ana-
lítico e sintético. A imprensa foi inventada por Gutenberg (Voz Pas-
1- Voz Passiva Analítica siva)
Constrói-se da seguinte maneira: Verbo SER + particípio Sujeito da Passiva Agente da Passiva
do verbo principal. Por exemplo:
A escola será pintada. Observe que o objeto direto será o sujeito da passiva, o
O trabalho é feito por ele. sujeito da ativa passará a agente da passiva e o verbo ativo
assumirá a forma passiva, conservando o mesmo tempo.
Obs.: o agente da passiva geralmente é acompanhado Observe mais exemplos:
da preposição por, mas pode ocorrer a construção com a - Os mestres têm constantemente aconselhado os alu-
preposição de. Por exemplo: A casa ficou cercada de soldados. nos.
- Pode acontecer ainda que o agente da passiva não es- Os alunos têm sido constantemente aconselhados pelos
mestres.
teja explícito na frase: A exposição será aberta amanhã.
- A variação temporal é indicada pelo verbo auxiliar
- Eu o acompanharei.
(SER), pois o particípio é invariável. Observe a transformação
Ele será acompanhado por mim.
das frases seguintes:
a) Ele fez o trabalho. (pretérito perfeito do indicativo)
Obs.: quando o sujeito da voz ativa for indeterminado,
O trabalho foi feito por ele. (pretérito perfeito do indica-
não haverá complemento agente na passiva. Por exemplo:
tivo) Prejudicaram-me. / Fui prejudicado.
b) Ele faz o trabalho. (presente do indicativo) Saiba que:
O trabalho é feito por ele. (presente do indicativo) - Aos verbos que não são ativos nem passivos ou refle-
xivos, são chamados neutros.
c) Ele fará o trabalho. (futuro do presente) O vinho é bom.
O trabalho será feito por ele. (futuro do presente) Aqui chove muito.
- Nas frases com locuções verbais, o verbo SER assume o - Há formas passivas com sentido ativo:
mesmo tempo e modo do verbo principal da voz ativa. Ob- É chegada a hora. (= Chegou a hora.)
serve a transformação da frase seguinte: Eu ainda não era nascido. (= Eu ainda não tinha nas-
O vento ia levando as folhas. (gerúndio) cido.)
As folhas iam sendo levadas pelo vento. (gerúndio) És um homem lido e viajado. (= que leu e viajou)
Obs.: é menos frequente a construção da voz passiva - Inversamente, usamos formas ativas com sentido
analítica com outros verbos que podem eventualmente fun- passivo:
cionar como auxiliares. Por exemplo: A moça ficou marcada Há coisas difíceis de entender. (= serem entendidas)
pela doença. Mandou-o lançar na prisão. (= ser lançado)
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Pretérito perfeito do indicativo: Quis, quiseste, quis, 2- Separa partes de frases que já estão separadas por
quisemos, quisestes, quiseram. vírgulas.
- Alguns quiseram verão, praia e calor; outros, monta-
Presente do subjuntivo: Queira, queiras, queira, quei- nhas, frio e cobertor.
ramos, queirais, queiram.
3- Separa itens de uma enumeração, exposição de mo-
Ver tivos, decreto de lei, etc.
Presente do indicativo: Vejo, vês, vê, vemos, vedes, - Ir ao supermercado;
veem. - Pegar as crianças na escola;
- Caminhada na praia;
Pretérito perfeito do indicativo: Vi, viste, viu, vimos, - Reunião com amigos.
vistes, viram.
Dois pontos
Futuro do presente do indicativo:Verei, verás, verá, 1- Antes de uma citação
veremos, vereis, verão. - Vejamos como Afrânio Coutinho trata este assunto:
Futuro do subjuntivo: Vir, vires, vir, virmos, virdes, vi- 2- Antes de um aposto
rem. - Três coisas não me agradam: chuva pela manhã, frio à
tarde e calor à noite.
Vir
Presente do indicativo: Venho, vens, vem, vimos, vin- 3- Antes de uma explicação ou esclarecimento
des, vêm. - Lá estava a deplorável família: triste, cabisbaixa, viven-
do a rotina de sempre.
Pretérito perfeito do indicativo: Vim, vieste, veio, vie-
mos, viestes, vieram. 4- Em frases de estilo direto
Maria perguntou:
Futuro do presente do indicativo: Virei, virás, virá, vi- - Por que você não toma uma decisão?
remos, vireis, virão.
Ponto de Exclamação
Futuro do subjuntivo: Vier, vieres, vier, viermos, vier- 1- Usa-se para indicar entonação de surpresa, cólera,
des, vierem. susto, súplica, etc.
- Sim! Claro que eu quero me casar com você!
2- Depois de interjeições ou vocativos
10. PONTUAÇÃO - Ai! Que susto!
- João! Há quanto tempo!
Ponto de Interrogação
Os sinais de pontuação são marcações gráficas que Usa-se nas interrogações diretas e indiretas livres.
servem para compor a coesão e a coerência textual, além “- Então? Que é isso? Desertaram ambos?” (Artur Aze-
de ressaltar especificidades semânticas e pragmáticas. Ve- vedo)
jamos as principais funções dos sinais de pontuação co-
nhecidos pelo uso da língua portuguesa. Reticências
1- Indica que palavras foram suprimidas.
Ponto - Comprei lápis, canetas, cadernos...
1- Indica o término do discurso ou de parte dele.
- Façamos o que for preciso para tirá-la da situação em 2- Indica interrupção violenta da frase.
que se encontra. “- Não... quero dizer... é verdad... Ah!”
- Gostaria de comprar pão, queijo, manteiga e leite.
- Acordei. Olhei em volta. Não reconheci onde estava. 3- Indica interrupções de hesitação ou dúvida
- Este mal... pega doutor?
2- Usa-se nas abreviações - V. Exª. - Sr.
4- Indica que o sentido vai além do que foi dito
Ponto e Vírgula ( ; ) - Deixa, depois, o coração falar...
1- Separa várias partes do discurso, que têm a mesma
importância. Vírgula
- “Os pobres dão pelo pão o trabalho; os ricos dão pelo
pão a fazenda; os de espíritos generosos dão pelo pão a vida; Não se usa vírgula
os de nenhum espírito dão pelo pão a alma...” (VIEIRA) *separando termos que, do ponto de vista sintático, li-
gam-se diretamente entre si:
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(C) Não há dúvida de que as mulheres, ampliam ra- 08. A frase em que deveria haver uma vírgula é:
pidamente seu espaço, na carreira científica, ainda que o A) Comi uma fruta pela manhã e outra à tarde.
avanço seja mais notável, em alguns países: o Brasil é um B) Eu usei um vestido vermelho na festa e minha irmã
exemplo, do que em outros. usou um vestido azul.
(D) Não há dúvida de que as mulheres ampliam rapida- C) Ela tem lábios e nariz vermelhos.
mente seu espaço na carreira científica, ainda que o avanço D) Não limparam a sala nem a cozinha.
seja mais notável em alguns países – o Brasil é um exemplo
– do que em outros. GABARITO
(E) Não há dúvida que as mulheres ampliam rapida-
mente, seu espaço na carreira científica, ainda que, o avan- 01. C 02. C 03. B 04. D 05. E
ço seja mais notável em alguns países (o Brasil é um exem- 06. B 07. B 08. B
plo) do que em outros. RESOLUÇÃO
05. (Papiloscopista Policial – Vunesp – 2013 – adap.).
Assinale a alternativa em que a frase mantém-se correta 1- Assinalei com um (X) as pontuações inadequadas
(A) Diante da testemunha, o homem abriu a bolsa e,
após o acréscimo das vírgulas.
embora, (X) experimentasse , (X) a sensação de violar uma
(A) Se a criança se perder, quem encontrá-la, verá na
intimidade, procurou a esmo entre as coisinhas, tentando
pulseira instruções para que envie, uma mensagem eletrô-
encontrar algo que pudesse ajudar a revelar quem era a
nica ao grupo ou acione o código na internet. sua dona.
(B) Um geolocalizador também, avisará, os pais de (B) Diante , (X) da testemunha o homem abriu a bolsa
onde o código foi acionado. e, embora experimentasse a sensação , (X) de violar uma
(C) Assim que o código é digitado, familiares cadastra- intimidade, procurou a esmo entre as coisinhas, tentando
dos, recebem automaticamente, uma mensagem dizendo encontrar algo que pudesse ajudar a revelar quem era a
que a criança foi encontrada. sua dona.
(D) De fabricação chinesa, a nova pulseirinha, chega (D) Diante da testemunha, o homem , (X) abriu a bolsa
primeiro às, areias do Guarujá. e, embora experimentasse a sensação de violar uma inti-
(E) O sistema permite, ainda, cadastrar o nome e o te- midade, procurou a esmo entre as coisinhas, tentando , (X)
lefone de quem a encontrou e informar um ponto de re- encontrar algo que pudesse ajudar a revelar quem era a
ferência sua dona.
(E) Diante da testemunha, o homem abriu a bolsa e,
06. Assinale a série de sinais cujo emprego correspon- embora , (X) experimentasse a sensação de violar uma in-
de, na mesma ordem, aos parênteses indicados no texto: timidade, procurou a esmo entre as coisinhas, tentando ,
“Pergunta-se ( ) qual é a ideia principal desse pará- (X) encontrar algo que pudesse ajudar a revelar quem era
grafo ( ) A chegada de reforços ( ) a condecoração ( ) o a sua dona.
escândalo da opinião pública ou a renúncia do presidente (
) Se é a chegada de reforços ( ) que relação há ( ) ou mos- 2-) Quando se trata de trabalho científico , duas coisas
trou seu autor haver ( ) entre esse fato e os restantes ( )”. devem ser consideradas : uma é a contribuição teórica
A) vírgula, vírgula, interrogação, interrogação, interro- que o trabalho oferece ; a outra é o valor prático que
gação, vírgula, vírgula, vírgula, ponto final possa ter.
B) dois pontos, interrogação, vírgula, vírgula, interroga-
ção, vírgula, travessão, travessão, interrogação vírgula, dois pontos, ponto e vírgula
C) travessão, interrogação, vírgula, vírgula, ponto final,
3-) Assinalei com (X) onde estão as pontuações inade-
travessão, travessão, ponto final, ponto final
quadas
D) dois pontos, interrogação, vírgula, ponto final, tra-
A) Duas explicações , (X) do treinamento para consul-
vessão, vírgula, vírgula, vírgula, interrogação
tores iniciantes receberam destaque , (X) o conceito de
E) dois pontos, ponto final, vírgula, vírgula, interroga- PPD e a construção de tabelas Price; mas por outro lado,
ção, vírgula, vírgula, travessão, interrogação faltou falar das metas de vendas associadas aos dois temas.
C) Duas explicações do treinamento para consultores
07. (SRF) Das redações abaixo, assinale a que não está iniciantes receberam destaque ; (X) o conceito de PPD e a
pontuada corretamente: construção de tabelas Price , (X) mas por outro lado, faltou
A) Os candidatos, em fila, aguardavam ansiosos o re- falar das metas de vendas associadas aos dois temas.
sultado do concurso. D) Duas explicações do treinamento para consultores
B) Em fila, os candidatos, aguardavam, ansiosos, o re- iniciantes , (X) receberam destaque: o conceito de PPD e a
sultado do concurso. construção de tabelas Price , (X) mas, por outro lado, faltou
C) Ansiosos, os candidatos aguardavam, em fila, o re- falar das metas de vendas associadas aos dois temas.
sultado do concurso. E) Duas explicações , (X) do treinamento para consul-
D) Os candidatos ansiosos aguardavam o resultado do tores iniciantes , (X) receberam destaque ; (X) o conceito
concurso, em fila. de PPD e a construção de tabelas Price , (X) mas por outro
E) Os candidatos aguardavam ansiosos, em fila, o resul- lado, faltou falar das metas , (X) de vendas associadas aos
tado do concurso. dois temas.
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Segundo essa divisão, a ela cabe, também, o estudo Variações sociais ou culturais: Estão diretamente li-
dos chamados Vícios de linguagem, tais como a ambigui- gadas aos grupos sociais de uma maneira geral e também
dade, barbarismo, cacofonia, estrangeirismo, colisão, eco, ao grau de instrução de uma determinada pessoa. Como
solecismo e obscuridade. exemplo, citamos as gírias, os jargões e o linguajar caipira.
As gírias pertencem ao vocabulário específico de cer-
A linguagem é a característica que nos difere dos de- tos grupos, como os surfistas, cantores de rap, tatuadores,
mais seres, permitindo-nos a oportunidade de expressar entre outros. Os jargões estão relacionados ao profissiona-
sentimentos, revelar conhecimentos, expor nossa opinião lismo, caracterizando um linguajar técnico. Representando
a classe, podemos citar os médicos, advogados, profissio-
frente aos assuntos relacionados ao nosso cotidiano e, so-
nais da área de informática, dentre outros.
bretudo, promovendo nossa inserção ao convívio social. E Vejamos um poema sobre o assunto:
dentre os fatores que a ela se relacionam, destacam-se os
níveis da fala, que são basicamente dois: o nível de forma- Vício na fala
lidade e o de informalidade.
O padrão formal está diretamente ligado à linguagem Para dizerem milho dizem mio
escrita, restringindo-se às normas gramaticais de um modo Para melhor dizem mió
geral. Razão pela qual nunca escrevemos da mesma ma- Para pior pió
neira que falamos. Este fator foi determinante para a que Para telha dizem teia
a mesma pudesse exercer total soberania sobre as demais. Para telhado dizem teiado
Quanto ao nível informal, por sua vez, representa o E vão fazendo telhados.
estilo considerado “de menor prestígio”, e isto tem gera- Oswald de Andrade
do controvérsias entre os estudos da língua, uma vez que,
para a sociedade, aquela pessoa que fala ou escreve de
Figuras
maneira errônea é considerada “inculta”, tornando-se des-
ta forma um estigma. Segundo Mauro Ferreira, a importância em reconhecer
Compondo o quadro do padrão informal da lingua- figuras de linguagem está no fato de que tal conhecimen-
gem, estão as chamadas variedades linguísticas, as quais to, além de auxiliar a compreender melhor os textos literá-
representam as variações de acordo com as condições rios, deixa-nos mais sensíveis à beleza da linguagem e ao
sociais, culturais, regionais e históricas em que é utilizada. significado simbólico das palavras e dos textos.
Dentre elas destacam-se: Definição: Figuras de linguagem são certos recursos
não--convencionais que o falante ou escritor cria para dar
Variações históricas: Dado o dinamismo que a lín- maior expressividade à sua mensagem.
gua apresenta, a mesma sofre transformações ao longo do
tempo. Um exemplo bastante representativo é a questão Metáfora
da ortografia, se levarmos em consideração a palavra far-
mácia, uma vez que a mesma era grafada com “ph”, con- É o emprego de uma palavra com o significado de ou-
tra em vista de uma relação de semelhanças entre ambas. É
trapondo-se à linguagem dos internautas, a qual se fun-
uma comparação subentendida.
damenta pela supressão do vocábulos. Analisemos, pois, o Minha boca é um túmulo.
fragmento exposto: Essa rua é um verdadeiro deserto.
Antigamente Comparação
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Catacrese Ironia
É o emprego de uma palavra no sentido figurado por Consiste na inversão dos sentidos, ou seja, afirmamos
falta de um termo próprio. o contrário do que pensamos.
O menino quebrou o braço da cadeira. Que alunos inteligentes, não sabem nem somar.
A manga da camisa rasgou. Se você gritar mais alto, eu agradeço.
Metonímia Onomatopeia
É a substituição de uma palavra por outra, quando Consiste na reprodução ou imitação do som ou voz
existe uma relação lógica, uma proximidade de sentidos natural dos seres.
que permite essa troca. Ocorre metonímia quando empre- Com o au-au dos cachorros, os gatos desapareceram.
gamos: Miau-miau. – Eram os gatos miando no telhado a noite
- O autor pela obra. toda.
Li Jô Soares dezenas de vezes. (a obra de Jô Soares)
Aliteração
- o continente pelo conteúdo.
O ginásio aplaudiu a seleção. (ginásio está substituindo Consiste na repetição de um determinado som conso-
os torcedores) nantal no início ou interior das palavras.
O rato roeu a roupa do rei de Roma.
- a parte pelo todo.
Vários brasileiros vivem sem teto, ao relento. (teto subs- Elipse
titui casa)
Consiste na omissão de um termo que fica subentendi-
- o efeito pela causa. do no contexto, identificado facilmente.
Suou muito para conseguir a casa própria. (suor substi- Após a queda, nenhuma fratura.
tui o trabalho)
Zeugma
Perífrase
Consiste na omissão de um termo já empregado an-
É a designação de um ser através de alguma de suas teriormente.
características ou atributos, ou de um fato que o celebri- Ele come carne, eu verduras.
zou.
A Veneza Brasileira também é palco de grandes espetá- Pleonasmo
culos. (Veneza Brasileira = Recife)
A Cidade Maravilhosa está tomada pela violência. (Ci- Consiste na intensificação de um termo através da sua
dade Maravilhosa = Rio de Janeiro) repetição, reforçando seu significado.
Nós cantamos um canto glorioso.
Antítese
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Podemos afirmar que assim se denominam em virtude Era uma estrela tão alta!
de apresentarem algum tipo de modificação na estrutura Era uma estrela tão fria!
da oração, tendo em vista os reais e já ressaltados objetivos Era uma estrela sozinha
da enunciação (do discurso) – sendo o principal conferir Luzindo no fim do dia.
ênfase a ela. [...]
Assim sendo, comecemos entendendo que, em termos Manuel Bandeira
convencionais, a estrutura sintática da nossa língua se per-
faz de uma sequência, demarcada pelos seguintes elemen- Notamos a utilização de termos que se repetem suces-
tos: sivamente em cada verso da criação de Manuel Bandeira.
SUJEITO + PREDICADO + COMPLEMENTO Polissíndeto
(Nós) CHEGAMOS ATRASADOS À REUNIÃO. Figura cuja principal característica se define pela repe-
tição enfática do conectivo, geralmente representado pela
Temos, assim, um sujeito oculto – nós; um predicado
conjunção coordenada “e”. Observemos um verso extraí-
verbal – chegamos atrasados; e um complemento, repre-
do de uma criação de Olavo Bilac, intitulada “A um poeta”:
sentado por um adjunto adverbial de lugar – à reunião.
Quando há uma ruptura dessa sequência lógica, mate- “Trabalha e teima, e lima, e sofre, e sua!”
rializada pela inversão de termos, repetição ou até mesmo
omissão destes, é justamente aí que as figuras em questão Assíndeto
se manifestam. Desse modo, elas se encontram muito pre-
sentes na linguagem literária, na publicitária e na lingua- Diferentemente do que ocorre no polissíndeto, mani-
gem cotidiana de forma geral. Vejamos cada uma delas de festado pela repetição da conjunção, no assíndeto ocorre a
modo particular: omissão deste. Vejamos: Vim, vi, venci (Júlio César)
Depreendemos que se trata de orações assindéticas,
Elipse justamente pela omissão do conectivo “e”.
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03. Assinale a alternativa que apresenta um antônimo 07. Assinale o único exemplo cuja lacuna deve ser
para o termo destacado em – …“No início das aulas, eu preenchida com a primeira alternativa da série dada nos
achava meio chato, mas depois fui me interessando”, disse. parênteses:
A) Estimulante. A) Estou aqui _______ de ajudar os flagelados das en-
B) Cansativo. chentes. (afim- a fim).
C) Irritante. B) A bandeira está ________. (arreada - arriada).
D) Confuso. C) Serão punidos os que ________ o regulamento. (in-
E) Improdutivo. flingirem - infringirem).
D) São sempre valiosos os ________ dos mais velhos.
04. (AGENTE DE ESCOLTA E VIGILÂNCIA PENITEN- (concelhos - conselhos).
CIÁRIA – VUNESP – 2013). Analise as afirmações a seguir. E) Moro ________ cem metros da praça principal. (a cer-
I. Em – Há sete anos, Fransley Lapavani Silva está preso ca de - acerca de).
por homicídio. – o termo em destaque pode ser substituí-
do, sem alteração do sentido do texto, por “faz”. 08. Assinale a alternativa correta, considerando que à
II. A frase – Todo preso deseja a libertação. – pode ser direita de cada palavra há um sinônimo.
reescrita da seguinte forma – Todo preso aspira à liberta- a) emergir = vir à tona; imergir = mergulhar
ção. b) emigrar = entrar (no país); imigrar = sair (do país)
III. No trecho – ... estou sendo olhado de forma dife- c) delatar = expandir; dilatar = denunciar
rente aqui no presídio devido ao bom comportamento. –
d) deferir = diferenciar; diferir = conceder
pode-se substituir a expressão em destaque por “em razão
e) dispensa = cômodo; despensa = desobrigação
do”, sem alterar o sentido do texto.
De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa,
GABARITO
está correto o que se afirma em
A) I, II e III.
01. A 02. D 03. A 04. A
B) III, apenas.
05. D 06. E 07. E 08. A
C) I e III, apenas.
D) I, apenas.
E) I e II, apenas. RESOLUÇÃO
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LÍNGUA PORTUGUESA
III. No trecho – ... estou sendo olhado de forma dife- Chegamos à conclusão de que se trata de palavras
rente aqui no presídio devido ao bom comportamento. – idênticas no que se refere à grafia, mas será que possuem
pode-se substituir a expressão em destaque por “em razão o mesmo significado?
do”, sem alterar o sentido do texto. = correta Existe uma parte da gramática normativa denominada
Semântica. Ela trabalha a questão dos diferentes significa-
5-) dos que uma mesma palavra apresenta de acordo com o
1 - Assisti ao concerto do balé Bolshoi; contexto em que se insere.
2 - Daqui a pouco vão dizer que há (= existe) Tomando como exemplo as frases já mencionadas,
vida em Marte. analisaremos os vocábulos de mesma grafia, de acordo
3 – As sessões da câmara são verdadeiros pro- com seu sentido denotativo, isto é, aquele retratado pelo
gramas de humor. dicionário.
4- Há dias que não falo com Alfredo. (= Na primeira, a palavra “mão” significa habilidade, efi-
tempo passado) ciência diante do ato praticado. Nas outras que seguem o
significado é de: participação, interação mediante a uma
6-) tarefa realizada; mão como parte do corpo humano e por
Adolescentes vivendo em famílias que não lhes trans- último simboliza o roubo, visto de maneira pejorativa.
mitiram valores sociais altruísticos, formação moral e não Reportando-nos ao conceito de Polissemia, logo per-
lhes impuseram limites de disciplina. cebemos que o prefixo “poli” significa multiplicidade de
O sentido contrário (antônimo) de altruísticos, nesse algo. Possibilidades de várias interpretações levando-se em
trecho, é de egoísmo consideração as situações de aplicabilidade.
Altruísmo é um tipo de comportamento encontrado Há uma infinidade de outros exemplos em que pode-
nos seres humanos e outros seres vivos, em que as ações mos verificar a ocorrência da polissemia, como por exem-
de um indivíduo beneficiam outros. É sinônimo de filan- plo:
tropia. No sentido comum do termo, é muitas vezes per- O rapaz é um tremendo gato.
cebida, também, como sinônimo de solidariedade. Esse O gato do vizinho é peralta.
conceito opõe-se, portanto, ao egoísmo, que são as incli- Precisei fazer um gato para que a energia voltasse.
nações específica e exclusivamente individuais (pessoais ou Pedro costuma fazer alguns “bicos” para garantir sua
coletivas). sobrevivência
O passarinho foi atingido no bico.
7-) Polissemia e homonímia
A) Estou aqui a fim de de ajudar os flagelados das
enchentes. (afim = O adjetivo “afim” é empregado para in- A confusão entre polissemia e homonímia é bastante
dicar que uma coisa tem afinidade com a outra. Há pessoas comum. Quando a mesma palavra apresenta vários signifi-
que têm temperamentos afins, ou seja, parecidos) cados, estamos na presença da polissemia. Por outro lado,
B) A bandeira está arriada . (arrear = colocar quando duas ou mais palavras com origens e significados
arreio no cavalo) distintos têm a mesma grafia e fonologia, temos uma ho-
C) Serão punidos os que infringirem o regulamen- monímia.
to. (inflingirem = aplicarem a pena) A palavra “manga” é um caso de homonímia. Ela pode
D) São sempre valiosos os conselhos dos mais ve- significar uma fruta ou uma parte de uma camisa. Não é
lhos; (concelhos= Porção territorial ou parte administrativa polissemia porque os diferentes significados para a palavra
de um distrito). manga têm origens diferentes, e por isso alguns estudiosos
E) Moro a cerca de cem metros da praça principal. mencionam que a palavra manga deveria ter mais do que
(acerca de = Acerca de é sinônimo de “a respeito de”.). uma entrada no dicionário.
“Letra” é uma palavra polissêmica. Letra pode significar
8-) o elemento básico do alfabeto, o texto de uma canção ou
b) emigrar = entrar (no país); imigrar = sair (do país) = a caligrafia de um determinado indivíduo. Neste caso, os
significados invertidos diferentes significados estão interligados porque remetem
c) delatar = expandir; dilatar = denunciar = signifi- para o mesmo conceito, o da escrita.
cados invertidos
d) deferir = diferenciar; diferir = conceder = signifi- Polissemia e ambiguidade
cados invertidos
e) dispensa = cômodo; despensa = desobrigação = Polissemia e ambiguidade têm um grande impacto na
significados invertidos interpretação. Na língua portuguesa, um enunciado pode
ser ambíguo, ou seja, apresenta mais de uma interpreta-
Polissemia ção. Essa ambiguidade pode ocorrer devido à colocação
específica de uma palavra (por exemplo, um advérbio) em
Consideremos as seguintes frases: uma frase. Vejamos a seguinte frase: Pessoas que têm uma
Paula tem uma mão para cozinhar que dá inveja! alimentação equilibrada frequentemente são felizes. Neste
Vamos! Coloque logo a mão na massa! caso podem existir duas interpretações diferentes. As pes-
As crianças estão com as mãos sujas. soas têm alimentação equilibrada porque são felizes ou são
Passaram a mão na minha bolsa e nem percebi. felizes porque têm uma alimentação equilibrada.
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De igual forma, quando uma palavra é polissêmica, ela Questões sobre Denotação e Conotação
pode induzir uma pessoa a fazer mais do que uma inter-
pretação. Para fazer a interpretação correta é muito impor- 1-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAU-
tante saber qual o contexto em que a frase é proferida. LO - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – VUNESP/2013) O
sentido de marmóreo (adjetivo) equivale ao da expressão
Na língua portuguesa, uma PALAVRA (do latim parabo- de mármore. Assinale a alternativa contendo as expressões
la, que por sua vez deriva do grego parabolé) pode ser de- com sentidos equivalentes, respectivamente, aos das pala-
finida como sendo um conjunto de letras ou sons de uma vras ígneo e pétreo.
língua, juntamente com a ideia associada a este conjunto. (A) De corda; de plástico.
(B) De fogo; de madeira.
Sentido Próprio e Figurado das Palavras (C) De madeira; de pedra.
Pela própria definição acima destacada podemos per- (D) De fogo; de pedra.
ceber que a palavra é composta por duas partes, uma delas (E) De plástico; de cinza.
relacionada a sua forma escrita e os seus sons (denominada
significante) e a outra relacionada ao que ela (palavra) ex- 2-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAU-
pressa, ao conceito que ela traz (denominada significado). LO - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – VUNESP/2013
Em relação ao seu SIGNIFICADO as palavras subdivi- - ADAPTADO) Para responder à questão, considere a se-
dem-se assim: guinte passagem: Sem querer estereotipar, mas já estereoti-
- Sentido Próprio - é o sentido literal, ou seja, o senti- pando: trata-se de um ser cujas interações sociais terminam,
do comum que costumamos dar a uma palavra. 99% das vezes, diante da pergunta “débito ou crédito?”.
- Sentido Figurado - é o sentido “simbólico”, “figura- Nesse contexto, o verbo estereotipar tem sentido de
do”, que podemos dar a uma palavra. (A) considerar ao acaso, sem premeditação.
Vamos analisar a palavra cobra utilizada em diferentes (B) aceitar uma ideia mesmo sem estar convencido
contextos: dela.
1. A cobra picou o menino. (cobra = réptil peçonhento) (C) adotar como referência de qualidade.
2. A sogra dele é uma cobra. (cobra = pessoa desagra- (D) julgar de acordo com normas legais.
(E) classificar segundo ideias preconcebidas.
dável, que adota condutas pouco apreciáveis)
3. O cara é cobra em Física! (cobra = pessoa que co-
3-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAU-
nhece muito sobre alguma coisa, “expert”)
LO - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – VUNESP/2013 -
No item 1 aplica-se o termo cobra em seu sentido co-
ADAPTADA) Para responder a esta questão, considere as
mum (ou literal); nos itens 2 e 3 o termo cobra é aplicado
palavras destacadas nas seguintes passagens do texto:
em sentido figurado.
Desde o surgimento da ideia de hipertexto...
Podemos então concluir que um mesmo significante ... informações ligadas especialmente à pesquisa aca-
(parte concreta) pode ter vários significados (conceitos). dêmica,
... uma “máquina poética”, algo que funcionasse por
Denotação e Conotação analogia e associação...
- Denotação: verifica-se quando utilizamos a palavra Quando o cientista Vannevar Bush [...] concebeu a
com o seu significado primitivo e original, com o sentido ideia de hipertexto...
do dicionário; usada de modo automatizado; linguagem ... 20 anos depois de seu artigo fundador...
comum. Veja este exemplo: Cortaram as asas da ave para
que não voasse mais. As palavras destacadas que expressam ideia de tempo
Aqui a palavra em destaque é utilizada em seu sentido são:
próprio, comum, usual, literal. (A) algo, especialmente e Quando.
(B) Desde, especialmente e algo.
MINHA DICA - Procure associar Denotação com Di- (C) especialmente, Quando e depois.
cionário: trata-se de definição literal, quando o termo é uti- (D) Desde, Quando e depois.
lizado em seu sentido dicionarístico. (E) Desde, algo e depois.
- Conotação: verifica-se quando utilizamos a palavra
com o seu significado secundário, com o sentido amplo (ou 4-) (TRF - 5ª REGIÃO - TÉCNICO JUDICIÁRIO - FCC/2012)
simbólico); usada de modo criativo, figurado, numa lingua- A importância de Rodolfo Coelho Cavalcante para o mo-
gem rica e expressiva. Veja este exemplo: vimento cordelista pode ser comparada à de outros dois
Seria aconselhável cortar as asas deste menino, antes grandes nomes...
que seja tarde demais. Sem qualquer outra alteração da frase acima e sem
Já neste caso o termo (asas) é empregado de forma fi- prejuízo da correção, o elemento grifado pode ser subs-
gurada, fazendo alusão à ideia de restrição e/ou controle de tituído por:
ações; disciplina, limitação de conduta e comportamento. (A) contrastada.
(B) confrontada.
Fonte: http://www.tecnolegis.com/estudo-dirigido/ (C) ombreada.
oficial-de-justica-tjm-sp/lingua-portuguesa-sentido-pro- (D) rivalizada.
prio-e-figurado-das-palavras.html (E) equiparada.
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5-) (PREFEITURA DE SERTÃOZINHO – AGENTE COMU- É verdade que, no seu “bullying” político, eles não estão
NITÁRIO DE SAÚDE – VUNESP/2012) No verso – Não te nem aí para a cidade, que é de todos – e que, por algum mo-
abras com teu amigo – o verbo em destaque foi empregado tivo, parecem querer levar ao colapso.
em sentido figurado. Pois, já que a lei não permite prendê-los por vandalismo,
Assinale a alternativa em que esse mesmo verbo “abrir” saque, formação de quadrilha, desacato à autoridade, resis-
continua sendo empregado em sentido figurado. tência à prisão e nem mesmo por ataque aos órgãos públicos,
(A) Ao abrir a porta, não havia ninguém. talvez seja possível enquadrá-los por sujar a rua.
(B) Ele não pôde abrir a lata porque não tinha um abri- (Ruy Castro, Por sujar a rua. Folha de S.Paulo, 21.08.2013.
dor. Adaptado)
(C) Para aprender, é preciso abrir a mente.
(D) Pela manhã, quando abri os olhos, já estava em casa. Na oração – ... parecem querer levar ao colapso. – (3.º
(E) Os ladrões abriram o cofre com um maçarico. parágrafo), o termo em destaque é sinônimo de
(A) progresso.
6-) (SABESP/SP – ATENDENTE A CLIENTES 01 – FCC/2014 (B) descaso.
- ADAPTADA) Atenção: Para responder à questão, considere (C) vitória.
o texto abaixo. (D) tédio.
(E) ruína.
A marca da solidão
8-) (BNDES – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – BN-
Deitado de bruços, sobre as pedras quentes do chão de DES/2012) Considere o emprego do verbo levar no trecho:
paralelepípedos, o menino espia. Tem os braços dobrados e a “Uma competição não dura apenas alguns minutos. Leva
testa pousada sobre eles, seu rosto formando uma tenda de anos”. A frase em que esse verbo está usado com o mesmo
penumbra na tarde quente. sentido é:
Observa as ranhuras entre uma pedra e outra. Há, den- (A) O menino leva o material adequado para a escola.
tro de cada uma delas, um diminuto caminho de terra, com (B) João levou uma surra da mãe.
pedrinhas e tufos minúsculos de musgos, formando pequenas (C) A enchente leva todo o lixo rua abaixo.
plantas, ínfimos bonsais só visíveis aos olhos de quem é capaz (D) O trabalho feito com empenho leva ao sucesso.
de parar de viver para, apenas, ver. Quando se tem a marca (E) O atleta levou apenas dez segundos para terminar
da solidão na alma, o mundo cabe numa fresta. a prova.
(SEIXAS, Heloísa. Contos mais que mínimos. Rio de Ja-
neiro: Tinta negra bazar, 2010. p. 47) Resolução
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- Paráfrases: é quando, com as nossas palavras, apre- No entanto, a definição de sofismo mudou bastante ao
sentamos a ideia de outro autor. longo dos séculos. Na Grécia Antiga, por exemplo, o termo
Frase de Karl Marx: “A religião é o ópio do povo.” era utilizado no sentido de “transmitir sabedoria” através
“Marx considera que a religião é uma forma de aliena- de técnicas de retórica e argumentação.
ção. Nela verifica-se a fractura entre o mundo concreto e Etimologicamente, sofismo deriva do grego sophisma,
um mundo ideal, entre o mundo em que o homem vive e em que sophia ou sophos significam respectivamente “sa-
o mundo em que ele desejaria viver. Por que razão surge bedoria” e “sábio”. Esta palavra passou a denotar todo tido
esse mundo ideal? Marx diz que o mundo celeste é o resul- de conhecimento sobre os assuntos humanos gerais.
tado de um protesto da criatura oprimida contra o mundo Os sofistas da Grécia Antiga eram conhecidos por se-
em que vive e sofre. Ou seja, procura-se um refúgio no rem importantes professores, que viajavam pelas cidades e
mundo divino porque o mundo em que o homem vive é ensinavam aos seus alunos a arte da retórica, que era muito
desumano.” importante para quem desejasse seguir na vida política.
Luis Rodrigues. Acesso em: 23/02/16 Os sofistas eram considerados mestres nas técnicas de
discurso, fazendo com que o interlocutor acreditasse rapi-
Argumento por alusão histórica damente naquilo que falava, sendo verdade ou não.
O principal compromisso dos sofistas era fazer com
Assim como na argumentação por citação, a intertex- que o público acreditasse naquilo que diziam, e não com
tualidade é uma das intenções dessa estratégia. Há, além a busca pela verdade ou em instigar este sentimento no
disso, a relação com a argumentação por exemplificação, interlocutor.
uma vez que fatos históricos também são meios que po- Sócrates foi um dos principais opositores ao pensa-
dem comprovar determinada afirmação/reflexão crítica. mento sofista, além de detestar as elevadas taxas que os
Dessa forma, temos, com a alusão histórica, dois be- professores sofistas cobravam de seus alunos.
nefícios: possibilidade de comprovar a nossa opinião e dar Platão e Aristóteles também foram importantes filóso-
maior credibilidade ao texto, uma vez que ser entendedor fos que desafiaram o sofismo, que a partir de então passou
da história é demonstrar autoridade no assunto recortado. a ter uma conotação pejorativa como uma forma de deso-
O autor, ao fazer uso dessa estratégia argumentativa, nestidade intelectual.
estará comparando o passado e o presente e, a partir daí,
tecerá sua reflexão crítica em relação ao recorte histórico
realizado. Observe: Falácia
“Há exatos 122 anos, era declarada ilegal a proprieda- Falácia significa erro, engano ou falsidade. Normal-
de de um ser humano sobre outro no Brasil. mente, é uma ideia errada que é transmitida como verda-
Contudo, a Lei Áurea – curta, grossa e lacônica – não deira, enganando outras pessoas.
previu nenhuma forma de inserir milhões de recém--liber- No âmbito da lógica, uma falácia consiste no ato de
tos como cidadãos do país, muitos menos alguma com- chegar a uma determinada conclusão errada a partir de
pensação pelos anos de cárcere para que pudessem co- proposições que são falsas.
meçar uma vida independente. Para substituir os escravos, A filosofia de Aristóteles abordou a chamada “falácia
veio a imigração de mão de obra estrangeira, agora assala- formal” como um sofisma, ou seja, um raciocínio errado
riada. Os fazendeiros não precisavam mais comprar traba- que tenta passar como verdadeiro, normalmente com o in-
lhadores, podiam apenas pagar-lhes o mínimo necessário tuito de ludibriar outras pessoas.
à subsistência. Ou nem isso. Falácia também pode ser sinônimo de ardil ou logro,
Enquanto isso, o trabalho escravo moderno deu lugar uma atitude que tem como objetivo obter vantagem sobre
a formas contemporâneas de escravidão, em que trata-se outra pessoa, enganando-a. Muitas vezes está relacionado
o trabalhador como animal, explora-se sua força física aos com a falta de honestidade.
limites da exaustão e cria-se maneiras de prendê-lo à terra, Com origem no termo em latim fallacia, esta palavra
seja por dívidas ilegais, seja por qualquer outra forma.” indica a característica ou propriedade de algo que é falaz,
ou seja, engana ou ilude.
Fonte:
http://portugues.uol.com.br/redacao/tres-estrategias Fonte:
-argumentativas-para-melhorar-sua-redacao.html https://www.significados.com.br
Sofismo
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(E) O interesse de todos os cidadãos estão (está) vol- c) Será preciso, talvez: redefinir a infância, já que
tados (voltado) para o momento eleitoral, que expõem (ex- as crianças de hoje ao que tudo indica, nada têm a ver
põe) as diferentes opiniões existentes na sociedade. com as de ontem.
d) Será preciso, talvez redefinir a infância? - já que
RESPOSTA: “A”. as crianças de hoje ao que tudo indica, nada têm a ver
com as de ontem.
9-) (TRE/AL – ANALISTA JUDICIÁRIO – FCC/2010) e) Será preciso, talvez, redefinir a infância, já que
A frase que admite transposição para a voz passiva é: as crianças de hoje, ao que tudo indica, nada têm a ver
(A) O cúmulo da ilusão é também o cúmulo do sa- com as de ontem.
grado.
(B) O conceito de espetáculo unifica e explica uma Devido à igualdade textual entre os itens, a apresenta-
grande diversidade de fenômenos. ção da alternativa correta indica quais são as inadequações
(C) O espetáculo é ao mesmo tempo parte da so- nas demais.
ciedade, a própria sociedade e seu instrumento de uni-
ficação. RESPOSTA: “E”.
(D) As imagens fluem desligadas de cada aspecto
da vida (...). 12-) (POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO ACRE –
(E) Por ser algo separado, ele é o foco do olhar ilu- ALUNO SOLDADO COMBATENTE – FUNCAB/2012)
dido e da falsa consciência. No trecho: “O crescimento econômico, se associado à
ampliação do emprego, PODE melhorar o quadro aqui
(A) O cúmulo da ilusão é também o cúmulo do sagra- sumariamente descrito.”, se passarmos o verbo desta-
do. cado para o futuro do pretérito do indicativo, teremos
(B) O conceito de espetáculo unifica e explica uma a forma:
grande diversidade de fenômenos. A) puder.
- Uma grande diversidade de fenômenos é unificada e B) poderia.
explicada pelo conceito... C) pôde.
(C) O espetáculo é ao mesmo tempo parte da socieda- D) poderá.
de, a própria sociedade e seu instrumento de unificação. E) pudesse.
(D) As imagens fluem desligadas de cada aspecto da
vida (...). Conjugando o verbo “poder” no futuro do pretérito do
(E) Por ser algo separado, ele é o foco do olhar iludido Indicativo: eu poderia, tu poderias, ele poderia, nós pode-
e da falsa consciência.
ríamos, vós poderíeis, eles poderiam. O sujeito da oração
é crescimento econômico (singular), portanto, terceira pes-
RESPOSTA: “B”.
soa do singular (ele) = poderia.
10-) (MPE/AM - AGENTE DE APOIO ADMINISTRA-
RESPOSTA: “B”.
TIVO - FCC/2013) “Quando a gente entra nas serrarias,
13-) (TRE/AP - TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2011)
vê dezenas de caminhões parados”, revelou o analista
Entre as frases que seguem, a única correta é:
ambiental Geraldo Motta.
Substituindo-se Quando por Se, os verbos subli- a) Ele se esqueceu de que?
nhados devem sofrer as seguintes alterações: b) Era tão ruím aquele texto, que não deu para dis-
(A) entrar − vira tribui-lo entre os presentes.
(B) entrava − tinha visto c) Embora devessemos, não fomos excessivos nas
(C) entrasse − veria críticas.
(D) entraria − veria d) O juíz nunca negou-se a atender às reivindica-
(E) entrava − teria visto ções dos funcionários.
e) Não sei por que ele mereceria minha conside-
Se a gente entrasse (verbo no singular) na serraria, ve- ração.
ria = entrasse / veria.
(A) Ele se esqueceu de que? = quê?
RESPOSTA: “C”. (B) Era tão ruím (ruim) aquele texto, que não deu para
distribui-lo (distribuí-lo) entre os presentes.
11-) (TRE/AL – ANALISTA JUDICIÁRIO – FCC/2010) (C) Embora devêssemos (devêssemos) , não fomos ex-
A pontuação está inteiramente adequada na frase: cessivos nas críticas.
a) Será preciso, talvez, redefinir a infância já que as (D) O juíz (juiz) nunca (se) negou a atender às reivindi-
crianças de hoje, ao que tudo indica nada mais têm a cações dos funcionários.
ver com as de ontem. (E) Não sei por que ele mereceria minha consideração.
b) Será preciso, talvez redefinir a infância: já que
as crianças, de hoje, ao que tudo indica nada têm a ver, RESPOSTA: “E”.
com as de ontem.
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LÍNGUA INGLESA
2. Compreensão de Pontos Principais: exige que tenha- b) Skimming (ler ou examinar superficialmente; desna-
mos maior atenção na busca das informações principais tar; retirar aquilo de maior peso ou importância): é uma
espalhadas pelo texto, observando cada parágrafo distin- técnica que permite rapidez e eficiência na busca de algum
tamente para identificar dados específicos que o autor quis direcionamento inicial acerca do texto. Realizar o skimming
destacar. significa ler rapidamente o texto para saber o assunto prin-
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LÍNGUA INGLESA
cipal trabalhado pelo autor. Esta atividade de leitura nos plesmente ir direto ao ponto aonde podemos encontrar tal
proporciona um nível de compreensão geral, visando nos informação. Isso é o scanning, significa encontrar respostas
dar uma visão global, aberta e ampla do texto. Ao reali- de uma forma rápida e direta sem perder tempo relendo
zarmos o skimming, não podemos nos deter em detalhes o texto todo. Esta técnica em geral deve ser aplicada após
como palavras novas nem palavras das quais nos esquece- uma ou mais leituras completas do texto em questão. As-
mos. Estamos em busca do assunto principal e do sentido sim o leitor diminuirá o risco de confundir informações,
geral do texto. perder tempo ou de dar respostas erradas. Se desejar, o es-
tudante pode ler o que os exercícios pedirão antes de fazer
c) Prediction: Com esta estratégia o leitor lança mão do o scanning, pois assim ele irá selecionar mais facilmente o
seu próprio conhecimento, através das experiências de vida que for mais importante para responder àquelas questões
que possui, e da informação linguística e contextual. Após direcionando-se melhor.
realizar o skimming, o leitor precisa concentrar-se para
tentar ativar as informações que já possui sobre o tema e f) Lexical Inference (inferência lexical): Inferir significa
prever que tipos de palavras, frases ou argumentos podem deduzir. Às vezes será preciso deduzir o sentido de um ter-
estar presentes naquele texto. É um momento de reflexão. mo, decifrando o que ele quer dizer. Mas isso não pode ser
É a hora de buscar na memória tudo o que foi lido, estu- feito de qualquer maneira. Para inferirmos bem, é necessá-
dado, discutido, e visto na mídia a respeito daquele tema. rio entender o significado daquela palavra desconhecida
Além do mais, esta é uma estratégia de leitura que também através do contexto no qual ela está inserida, observando
permite ao leitor prever o que vem a seguir em um texto. as palavras vizinhas, as frases anteriores e posteriores, o
Trata-se do desenvolvimento sequenciado do pensamento. parágrafo onde ela está, as noções gerais que temos do
Isso só é possível porque quem escreve, o faz de maneira texto, etc. Precisamos observar o meio no qual a palavra
organizada, porque as pessoas pensam de maneira seme- está posta. Neste caso teremos de nos fazer valer de nos-
lhante e porque alguns tipos de textos possuem estruturas sos conhecimentos de classes gramaticais (substantivos,
previsíveis levando nós leitores a atingir certas formas de adjetivos, preposições, verbo, etc.), de afixos, de singular
compreensão. Quanto mais experiente for o leitor, maior e plural, conhecimento sobre a estrutura de textos, etc.
será sua capacidade de prever. Nesta etapa, passamos a as- Tudo isso em conjunto pode ajudar numa aproximação do
sociar o assunto do texto com as dicas tipográficas usadas sentido real daquele termo que não sabemos.
pelo autor para transmitir significados.
É preciso lembrar que estas estratégias serão mais ou
d) Grifo de palavras cognatas, das palavras já conheci- menos eficazes dependendo do tamanho do vocabulário
das pelo leitor e das repetidas: Muito comuns entre as lín- que você possui e também do seu nível de conhecimento
guas inglesa e portuguesa, os cognatos são termos bas- gramatical.
tante parecidos tanto na escrita como no significado em
ambas as línguas. Há estudos que relacionaram as palavras que mais
Grifar todas estas palavras em um texto é um recur- aparecem em textos e livros técnicos em língua inglesa.
so psicológico e técnico que visa mostrar e provar visual- Desses estudos foram feitas diferentes listas com as 318
mente para o leitor que ele tem conhecimento de muitas palavras que mais caem nos textos, as 500 mais, as 700
das palavras daquele texto e de que, assim, ele é capaz de mais, etc. Para facilitar seu estudo, incluímos aqui as 318
fazer uso dessas informações para responder às questões mais comuns para serem estudadas. Ao memorizar estas
propostas. Trata-se de um recurso que usamos para dar palavras você obterá um magnífico subsídio preparando-
mais relevância e importância às palavras que já sabemos se para enfrentar qualquer texto.
em um texto, pois é nelas que nos apoiaremos para re- Você verá que várias destas palavras já são conheci-
solver exercícios e para entender os textos. É muito mais das por você, assim, na verdade, terá que memorizar bem
inteligente voltar nosso foco para as palavras que têm al- menos destas. Um número bem significativo delas está
gum significado para nós do que destacar aquelas que não presente em qualquer tipo de texto. Quanto mais palavras
conhecemos. Além disso, ao grifar, você acaba relendo as você souber, mais poderá grifar! Apoie-se nelas e bom es-
informações de uma maneira mais lenta, o que faz com que tudo!
perceba certos detalhes que não havia percebido antes. É
uma forma de quantificar em porcentagem aproximada o 001 although embora
quanto se sabe daquele texto. É preciso lembrar que há um 002 able capaz
número muito grande de palavras repetidas nos textos e 003 about sobre, aproximadamente
isso facilita para o estudante, pois ele poderá grifar mais de 004 above acima
uma vez a mesma palavra. 005 according to de acordo com
006 after depois, após
e) Scanning: esta técnica de leitura visa dar agilidade na 007 again novamente, de novo
busca por informações específicas. Muitas vezes, após ler 008 against contra
um texto, nós queremos reencontrar alguma frase ou al- 009 age idade
guma palavra já lida anteriormente. Para efetuar esta busca 010 air ar
não precisamos ler o texto inteiro de novo, podemos sim- 011 all tudo
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LÍNGUA INGLESA
Os nomes também podem receber uma ação quando Existem algumas formas irregulares de plural. Alguns
funcionam como objeto do verbo. Quando atuam como exemplos comuns são:
sujeitos ou objetos, os substantivos podem ser apenas uma
palavra, frases, ou cláusulas. woman women
man men
Exemplos: child children
tooth teeth
-The plane crashed. (substantivo como sujeito da frase) foot feet
goose geese
-He kicked the dog. (substantivo como objeto direto mouse mice
do verbo) louse lice
person people
-To bungee jump is dangerous. (frase verbo-nominal
agindo como substantivo na posição de sujeito) Para alguns terminados em -f ou -fe, trocamos estas
letras por -ves. Para outros, apenas usamos -s:
-What we thought was the best thing to do. (cláusula
nominal agindo como substantivo na posição de sujeito) Leaf leaves
Knife knives
A maioria dos substantivos forma o plural com o Wife wives
acréscimo de -s. Por exemplo: Life lives
Singular Plural Roof roofs
car cars Belief beliefs
cap caps Safe safes
Chief chiefs
Quando o nome termina em -y e é precedido por Outros terminados em -f admitem plural de duas ma-
consoante, faz-se o plural com -ies. neiras:
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LÍNGUA INGLESA
Há vários substantivos que são somente usados no sin- SUBSTANTIVOS CONTÁVEIS E NÃO CONTÁVEIS
gular. Eles concordam com verbo e pronomes no singular,
mesmo se transmitirem ideia de plural. Estes não podem Contáveis são aqueles substantivos que podemos
ser precedidos pelos artigos indefinidos a/an, por isso, enumerar e contar, ou seja, que podem possuir tanto for-
muitas vezes, utilizamos alguma expressão quantificadora ma singular quanto plural. Eles são chamados de countable
antes deles. Veja: nouns ou de count nouns, em inglês.
I have a piece of information for you. (Eu tenho uma Por exemplo, podemos contar pencil. Podemos dizer
informação para você) one pencil, two pencils, three pencils, etc.
Can you give a word of advice? (Você pode me dar al-
gum conselho?) Incontáveis são os substantivos que não possuem forma
He bought beautiful pieces of furniture for the be- no plural. Eles são chamados de uncountable nouns, de
droom. (Ele comprou lindos móveis para o quarto) non-countable nouns, ou até de non-count nouns, em in-
I bring some news for your day. (Eu trago algumas no- glês. Podem ser precedidos por alguma unidade de me-
tícias para o seu dia) dida ou quantificador. Em geral, eles indicam substâncias,
líquidos, pós, conceitos, etc., que não podemos dividir em
GENEROS DOS SUBSTANTIVOS elementos separados. Por exemplo, não podemos contar
“water”. Podemos, sim, contar “bottles of water” ou “liters
Em inglês, existem três tipos de gêneros para os subs- of water”, mas não podemos contar a palavra “water”.
tantivos: feminino, masculino e neutro. Os substantivos
femininos, quando estiverem no singular, podem ser tro- Outros exemplos de substantivos incontáveis são: mu-
cados pelo pronome “she”. Os substantivos masculinos, sic, art, love, happiness, advice, information, news, furnitu-
quando no singular, podem ser trocados por “he”. re, luggage, rice, sugar, butter, water, milk, coffee, electri-
city, gas, power, money, etc.
Os substantivos neutros são usados para fazer refe-
rência a coisas ou animais, ou, ainda, para expressar uma Em geral, estudantes de língua inglesa têm dificuldade
ideia que sirva para ambos os sexos. Nesse último caso, de saber quando um substantivo é contável e quando é
podemos trocar o substantivo no singular pelo pronome não-contável. As dicas são sempre conferir a informação
pessoal “it”. No caso do plural, para todos os substantivos num bom dicionário e também tentar memorizar alguns
dos mais comuns para agilizar o seu estudo. Nos dicioná-
utilizamos o pronome pessoal “they”.
rios, normalmente você encontra o símbolo [U] para iden-
Exemplos:
tificar os uncountable nouns e [C] para os countable nouns.
My mother sent me a kiss. => She sent me a kiss. (Minha
Em várias situações necessitamos de fazer o uso de
mãe/Ela mandou-me um beijo)
determinantes/quantificadores em conjunto com substan-
My brother loves soccer. => He loves soccer. (Meu irmão/
tivos contáveis e incontáveis.
Ele ama futebol)
Is it a boy or a girl? (É menino ou menina?)
Há determinantes específicos para os incontáveis: a
little, little, less, much.
O gênero pode ser reconhecido em palavras de duas
formas distintas: Exemplos:
Por anteposição ou posposição de palavras ou afixos: I have a little time to exercise today. (Eu tenho algum
vários substantivos femininos são terminados pelo sufixo tempo para me exercitar hoje)
-ess, por exemplo. She has little patience with her students. (Ela tem pou-
ca paciência com seus alunos)
Actor (ator) – Actress (atriz) He demonstrates less aptitude. (Ele demonstra menos
Prince (príncipe) – Princess (princesa) aptidão)
Waiter (garçom) – Waitress (garçonete) Judy and her husband have much money. (Judy e seu
marido têm muito dinheiro)
Por palavras diferentes: o masculino é determinado por
uma palavra e o feminino, por outra: E há alguns específicos para uso com substantivos con-
táveis: a few, few, fewer, many.
Husband (esposo) – wife (esposa)
Brother (irmão) – sister (irmã) Exemplos:
Boy (garoto) – girl (garota)
Nephew (sobrinho) – niece (sobrinha) There are a few coins in my wallet. (Há algumas moe-
Father (pai) – mother (mãe) das na minha carteira)
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Few people went to the show. (Poucas pessoas foram MODIFICADORES DE SUBSTANTIVOS
ao show)
We can see fewer cars on the streets today. (Podemos Modifiers são palavras, locuções, frases, ou cláusulas
ver menos carros nas ruas hoje) que qualificam o significado de outras palavras. O termo é
He has many friends. (Ele tem muitos amigos) bem genérico: qualquer parte da fala que funciona como
Existe ainda o determinante a lot of que pode ser uti- um adjetivo ou advérbio é um modificador.
lizado tanto para substantivos contáveis como incontáveis. Note: Nos exemplos abaixo, o modifier está em itálico e
a palavra que ele modifica está sublinhada; a função do
Exemplo: modificador está descrita entre parênteses.
I have a lot of money.
I have much money. Adjetivos — descrevem ou modificam nomes. Uma
locução adjetiva ou cláusula adjetiva funciona da mesma
There are a lot of cars in the street tonight. maneira que uma simples palavra funcionaria.
There are many cars in the street tonight.
Exemplo: The yellow balloon flew away over
Há dois tipos de pronomes possessivos: adjetivos e the crying child. (O adjetivo yellow modifica o substantivo
substantivos. balloon; crying modifica o nome child)
Os pronomes possessivos adjetivos vem antes do Modifiers são palavras, locuções, frases, ou cláusulas
substantivo. que qualificam o significado de outras palavras. O termo é
Os pronomes possessivos substantivos podem vir bem genérico: qualquer parte da fala que funciona como
após o substantivo ou podem substituir o substantivo a um adjetivo ou advérbio é um modificador.
qual se referem assim reduzindo a frase.
Note: Nos exemplos abaixo, o modifier está em itálico e
Exemplos: a palavra que ele modifica está sublinhada; a função do
modificador está descrita entre parênteses.
His kid is playing with hers. (O filho dele está brincan-
do com o dela) Adjetivos — descrevem ou modificam nomes. Uma
(His – pronome possessivo adjetivo, antes do subs- locução adjetiva ou cláusula adjetiva funciona da mesma
tantivo kid. Hers – pronome possessivo substantivo, maneira que uma simples palavra funcionaria.
substituindo o substantivo kid, para evitar a repetição da
mesma palavra várias vezes na mesma frase). Exemplo: The yellow balloon flew away over
the crying child. (O adjetivo yellow modifica o substantivo
My friends went to the club with yours. (Meus ami- balloon; crying modifica o nome child)
gos foram ao clube com os seus)
Artigos — são palavras que acompanham os substanti-
Our mother likes pizza. (Nossa mãe gosta de pizza) vos e tem função de classifica-los.
Example: The killer selected a knife from an antique
Did you prefer his presentation or hers? (Você prefe- collection. (The, a, e an são artigos que especificam ou de-
riu a apresentação dele ou a dela?) limitam seus respectivos substantivos)
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LÍNGUA INGLESA
ATENÇAO: Não podemos confundir este ‘s possessivo Na língua inglesa, os artigos indefinidos são: a e an.
com o ‘s (abreviação de is) Ambos são traduzidos como: um ou uma. O artigo indefi-
nido no inglês não tem plural. Só podemos usar a/an antes
Exemplos: de substantivos que estejam no singular. Utilizamos a antes
João’s a doctor. de palavras iniciadas com som de consoante e an antes de
(João é UM médico) palavras que iniciam com som de vogal.
Exemplos:
João’s doctor.
A cow.
(O médico de João)
An elephant.
Outros detalhes quanto ao ‘s. Determinantes, também conhecidos como quantifica-
Caso existam múltiplos “donos” o ‘s vai apenas no úl- dores, são usados antes de substantivos para fazer referên-
timo. cia a algo específico ou a um grupo em geral.
Exemplo: Os determinantes/quantificadores gerais são:
Kate and Cindy’s parents. -a, an, a few, a little, any, enough, every, few, little,
(Os pais de Kate e Cindy) many, much, no, other, several, some.
Caso o “dono” seja terminado em S por conta de sua Exemplos (os substantivos quantificados estão subli-
pluralidade, fazemos apenas o acréscimo do ‘ . nhados):
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LÍNGUA INGLESA
ADJETIVOS: GRAU COMPARATIVO E SUPERLATI- Christopher is less famous than Brad. (Christopher é
VO: REGULARES E IRREGULARES. INDEFINIDOS. menos famoso do que Brad)
Your city is less hot than mine. (Sua cidade é menos
ADJETIVOS E COMPARATIVOS quente do que a minha)
Adjetivos são palavras ou grupo de palavras que indi- This language is less difficult than the others. (Esta lín-
cam características dos substantivos, definindo-os, delimi- gua é menos difícil do que as outras)
tando-os ou modificando-os.
Os graus de comparativo devem ser utilizados apenas
Ao contrário do que ocorre na língua portuguesa, os quando estamos comparando duas pessoas ou duas coi-
adjetivos em inglês não possuem forma singular, plural, sas. Por outro lado os graus de superlativo (como veremos
masculina nem feminina. Existe apenas a forma singular abaixo) são utilizados quando estamos comparando três
para ambos os sexos. ou mais pessoas ou coisas. Geralmente as frases se referem
a uma totalidade (da classe, da cidade, etc.).
She is beautiful. => They are beautiful.
Passemos então a estudar, agora, o grau superlativo:
His car is red. => Their cars are red.
Grau Superlativo de Superioridade (the + adjetivo
Anna is intelligent. Jack is intelligent. curto + est) = (o mais...)
Quando o(s) adjetivo(s) aparece(m) junto a um subs- (cheap): This is the cheapest restaurant in town. (Este é
tantivo, tal abjetivo(s) deve(m) vir antes do substantivo: o restaurante mais barato da cidade)
(tall): Jennifer is the tallest girl in the group. (Jennifer é
This is a big city. a garota mais alta do grupo)
They live in a huge white house. (dry): This is the driest region of the state. (Esta é a
Marcos is a soccer player. região mais seca do estado)
Os adjetivos em inglês também possuem graus diver-
Grau Superlativo de Superioridade (the most + adjeti-
sos, assim como ocorre em português. Veja:
vo longo) = (o mais...)
Grau Comparativo de Igualdade (as + adjetivo + as) =
This is the most modern TV set nowadays. (Este é o apare-
(tão/tanto... quanto)
lho de TV mais moderno do momento)
He is the most handsome actor in the movies. (Ele é o
Dereck is as short as Fred. (Dereck é tão baixo quanto Fred)
ator mais bonito do cinema)
That motorcycle is as fast as this one. (Aquela moto é
tão rápida quanto esta) Messy is the most famous soccer player now. (Messy
Julie is as beautiful as Sharon. (Julie é tão bela quanto é o jogador de futebol mais famoso agora)
Sharon)
Grau Superlativo de Inferioridade (the least + adjetivo)
Grau Comparativo de Superioridade (adjetivo curto + = (o menos...)
er + than) = (mais... do que..) This is the least important detail. (Este é o detalhe
(strong): Tim is stronger than Peter. (Tim é mais forte menos importante)
do que Peter)
(tall): An elephant is taller than a lion. (Um elefante é I’m always the least nervous during the tests. (Sempre
mais alto que um leão) sou o menos nervoso durante as provas)
(thin): Nancy is thinner than Sue. (Nancy é mais magra
do que Sue) That region is the least safe of the city. (Aquela região
é a menos segura da cidade)
Grau Comparativo de Superioridade (more + adjetivo
longo + than) = (mais... do que..) Há algumas adaptações que precisamos fazer na es-
crita dos adjetivos quando acrescentamos -er e -est para
Dave is more intelligent than his brother. (Dave é formarmos, consecutivamente, seus comparativos e super-
mais inteligente que seu irmão) lativos. Observe:
He is more careful than his father as a driver. (Ele é
mais cuidadoso que seu pai como motorista) Aos que já são terminados em -e, acrescentamos ape-
This house is more comfortable than the other. (Esta nas -r (no comparativo) ou -st (no superlativo):
casa é mais confortável que a outra)
wide (largo) wider the widest
Grau Comparativo de Inferioridade (less + adjetivo + late (tarde) later the latest
than) = (menos... do que...)
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Àqueles adjetivos curtos terminados em -y, substituí- He never buys any fruit. (Ele nunca compra fruta ne-
mos o -y por -i e depois colocamos -er ou -est: nhuma)
She never met any celebrity. (Ela nunca encontrou
pretty (bonita) prettier the prettiest nenhuma celebridade)
dirty (sujo) dirtier the dirtiest
-O artigo indefinido no pode ser utilizado quando o
Quando o adjetivo for curto e terminar com a sequên- verbo estiver na forma afirmativa. A frase não pode conter
cia consoante+vogal+consoante, dobra-se a última con- nenhuma outra palavra de sentido negativo:
soante antes de acrescentar -er ou -est:
I have no idea to give you. (Não tenho nenhuma ideia
thin (magro/fino) thinner the thinnest para te dar)
fat (gordo) fatter the fattest I have no job to do today. (Não tenho nenhum traba-
lho para fazer hoje)
Vamos estudar agora alguns adjetivos que possuem I have no place to go on my vacation. (Não tenho
formas irregulares: nenhum lugar para ir durante minhas férias)
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He hurt himself with a knife. I need something from the drugstore. (Eu preciso de
(Ele machucou a si mesmo com a faca) algo da farmácia.)
Let’s have dinner sometime tonight. (Vamos jantar
*O Pronome Reflexivo também é empregado certas alguma hora hoje a noite.)
vezes para dar ênfase à pessoa que pratica a ação dizendo
que ele mesmo por si só praticou tal ação. Para tanto, po- ANY (Algum, nenhum, qualquer)
demos posicioná-lo logo após o sujeito ou no fim da frase. Utilizamos any nas perguntas e respostas negativas,
Este tipo de estrutura também é conhecida como Emphatic antes do substantivo.
pronouns. Nas perguntas any se requere a qualquer quantidade,
por exemplo quando perguntando se você tem qualquer
Exemplos: quantidade de dinheiro.
Carlos himself did the homework.
(O próprio Carlos fez a tarefa.) Do you have any money?
.
Marilyn herself wrote that message. Nas negativas, any tem a função de nada, zero, vazio,
(A própria Marilyn escreveu aquela mensagem.) etc. Não podemos fazer negativas em Inglês negando no
auxiliar e em seguida com no quando queremos empre-
*Os Pronomes Reflexivos podem ser precedidos pela gar esta função:
preposição by. Nesse caso, dão o sentido de que alguém There aren’t no fruits in the kitchen.
fez algo sozinho, sem ajuda ou companhia de ninguém. There aren’t any fruits in the kitchen.
Exemplo: There are no fruits in the kitchen. (“Auxiliar no infiniti-
vo + no” também é correto.)
Did you go to the party by yourself? => Você foi à
festa sozinho? ANY – Formas compostas
That old man wants to live by himself. => Aquele se- Anybody = anyone = Alguém, ninguém, qualquer um
nhor quer viver sozinho. Anywhere = Algum lugar, nenhum lugar, qualquer
lugar
PRONOMES INDEFINIDOS Anything = Alguma coisa, nenhuma coisa, qualquer
coisa
Os pronomes indefinidos, também conhecidos como
Indefinite Pronouns são utilizados para falar de lugares, Exemplos:
coisas e pessoas indefinidos, de modo vago ou impreciso. Is anybody out there? (Tem alguém aí?)
You can buy bread anywhere (Você consegue com-
SOME (Algum, alguma, alguns, algumas): prar pão em qualquer lugar.)
É utilizado nas frases afirmativas e antes do substan- Do you have anything interesting? (Você tem alguma
tivo. coisa interessante?)
There are some trees in the park. EVERY – (Todo, toda) – Formas compostas
Paul and Linda have some money. Everybody = everyone = todos, todas, todo mundo.
(De modo vago estamos dizendo que existe uma Everywhere = todos os lugares.
quantidade razoável de árvores no parque e que Paul e Everything = tudo.
Linda tem uma quantidade razoável de dinheiro.)
Exemplos:
O some também é utilizado, principalmente nos res- Everybody at the party is happy. (Todos na festa es-
taurantes ou por um anfitrião, ao se oferecer uma comida, tão felizes.)
bebida ou serviço: (O pronome everybody concorda com o verbo no
Would you like some water? singular.)
Would you like some privacy? You can see pollution everywhere now. (Você conse-
SOME – Formas compostas gue ver poluição em todos os lugares agora.)
Somebody = someone = alguém. I have to buy everything today. (Eu tenho que com-
Somewhere = em algum lugar. prar tudo hoje.)
Something = alguma coisa / algo.
Sometime = alguma vez / alguma hora. NO (Nenhum, nenhuma)
Deve ser usado sempre seguido de substantivo quan-
Exemplos: do o verbo está na forma afirmativa, mas a idéia é negati-
There is somebody at the door. (Tem alguém na por- va. (comentamos sobre isso na explicação do any)
ta.)
Liz lives somewhere in Atlanta. (Liz vive em algum Exemplos:
lugar em Atlanta.) a) There are no towels here.
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LÍNGUA INGLESA
b) There is no cream in your cup. The hotel where I stayed was very expensive. (O hotel
onde eu fiquei era muito caro)
NO – Formas compostas
Nobody = no one = ninguém. Whose (cujo, cuja, de quem): usado para indicar posse.
No way = de modo algum. Informações a serem unidas: This is the boy. The boy’s
Nowhere = em lugar algum. father is my boss.
Nothing = nada. This is the boy whose father is my boss. (Este é o garo-
to cujo pai é meu patrão)
Exemplos:
Nobody helped me. (Ninguém me ajudou.) That (que): talvez seja o mais usado. Refere-se a coisas e
No way you are going to that party. (De modo algum pessoas. Pode substituir who e which.
você irá para aquela festa.) Informações a serem unidas: I saw a little girl. I saw the
It is raining nowhere. (Está chovendo em lugar al- little girl a minute ago.
gum.) Where is the little girl that I saw a minute ago?
Nothing makes him happy. (Nada o faz feliz.)
PRONOMES INTERROGATIVOS
NONE (nenhum, nenhuma, ninguém ou nada)
Utilizado no começo ou no fim da frase, ele é utiliza- Os Pronomes Interrogativos, Question Words, são uti-
do quando o verbo está na forma afirmativa, mas a idéia lizados para obtermos informações mais específicas a res-
é negativa. None é usado no lugar de um pronome ou peito de algo ou alguém. As perguntas formuladas com
substantivo. eles são conhecidas por wh-questions porque todos os
pronomes interrogativos possuem as letras wh. Na grande
Exemplos: maioria das vezes, os Interrogativos são posicionados antes
Do you have any money? de verbos auxiliares ou modais, no início de frases.
None.
What – O que, que, qual (usado para questões com
None of them is my brother. (Nenhum deles é meu opções mais amplas de resposta):
irmão.) What time is it now? (Que horas são agora?)
What are you doing here? (O que você está fazendo
PRONOMES RELATIVOS aqui?)
Which (que): usado para coisas e animais. Whom – Quem (mais formal, geralmente antecedido
Informações a serem unidas: I watched a film. The film de preposição):
was fantastic. With whom did you go to the park? (Com quem você
The film which I watched was fantastic. (O filme que eu foi ao parque?)
assisti foi fantástico) To whom were you speaking last night? (Com quem
Where (onde, em que, no qual, na qual): refere-se a você estava falando ontem à noite?)
lugares. Whose – De quem:
Informações a serem unidas: I stayed in a hotel. The Whose pen is this? (De quem é esta caneta?)
hotel was very expensive. Whose mansion is that? (De quem é aquela mansão?)
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LÍNGUA INGLESA
Which – Qual, quais (usado para questões com opções VERBOS (MODOS, TEMPOS E FORMAS ): REGU-
limitadas de resposta): LARES E IRREGULARES. AUXILIARES E IMPESSOAIS.
Which of those girls is your sister? (Qual daquelas me- MODAIS. TWO-WORD VERBS.VOZ ATIVA E VOZ PAS-
ninas é a sua irmã?) SIVA. O GERÚNDIO E SEU USO ESPECÍFICO
Which color do you prefer: yellow or blue? (Qual cor Quanto à forma, podemos classificar os verbos ingle-
você prefere: amarelo ou azul?) ses em Regulares, Irregulares e Modais.
Existem diversas formas compostas dos pronomes in- São chamados de regulares os verbos que geralmente
terrogativos. Podemos juntar outras palavras a eles antes seguem a mesma regra.
dos verbos auxiliares, para especificar alguma informação. No caso do presente, verbos regulares são aqueles que
Veja: recebem S:
Play – plays, sing – sings.
What kind of movies do you like? (Que tipo de filmes
você gosta?) No caso do passado, verbos regulares são aqueles que
recebem ed:
What sports do you practice? (Que esportes você pra- Play – played, cook – cooked.
tica?)
What soccer team are you a fan of? (Para que time de Verbos irregulares são aqueles que não seguem uma
futebol você torce?) mesma regra.
How often do you go to the gym? (Com que frequên-
cia você vai à academia?) Tanto no caso do presente ou do passado, os verbos
How long is the Amazon river? (Qual o comprimento sofrem modificações individuais.
do rio Amazonas?)
How much does this newspaper cost? (Quanto custa Presente:
este jornal?)
How many brothers do you have? (Quantos irmãos
have – has, do – does.
você tem?)
How good are you at tennis? (O quanto você é bom
Passado:
em tênis?)
How old are you? (Quantos anos você tem?)
Sing – sang, eat – ate.
How far is São Paulo from Rio? (Qual a distância entre
São Paulo e Rio?)
Os verbos irregulares não têm uniformidade quanto à
How deep is this river? (Quão profundo é este rio?)
escrita do passado simples e do particípio. Confira os três
Quando uma pergunta questiona sobre o sujeito da últimos exemplos na tabela abaixo.
oração, não se usa verbo auxiliar. Assim, o pronome inter-
rogativo inicia a pergunta seguido das outras palavras na Simple Past
ordem afirmativa. Observe: Infinitivo Tradução
Past tense Participle
Who knows? (Quem sabe?) to accept accepted accepted aceitar
What happened? (O que aconteceu?) adicionar,
Who likes to eat vegetables? (Quem gosta de comer to add added added
somar
vegetais?)
to arrive arrived arrived chegar
What broke the window? (O que quebrou a janela?)
Who speaks English in this room? (Quem fala inglês to be was, were been ser, estar
nesta sala?) começar,
Why go now? (Por que ir agora?) to begin began begun
iniciar
How many people survived the accident? (Quantas
pessoas sobreviveram ao acidente?) to buy bought bought comprar
Which came first: the egg or the chicken?
Abaixo segue uma tabela dos verbos mais utilizados
Em muitos casos, as perguntas são finalizadas por pre- na língua inglesa. Assim como as palavras mais comuns
posições que complementam seu sentido: (aquela lista não possui verbos) os verbos também são par-
te fundamental das frases. Quanto mais verbos o estudante
Where are you from? (De onde você é?) souber – mais facilmente ele entenderá todas as frases de
What is your city like? (Como é a sua cidade?) um texto.
Who did you play against? (Contra quem você jogou?)
Where did you send the letter to? (Para onde você en-
viou a carta?)
What is this for? (Para que é isto?)
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TEMPOS VERBAIS
PRESENTE CONTÍNUO: indica algo que acontece no exato momento da fala. As frases neste tempo verbal mostram o
que alguém está fazendo (gerúndio). Necessita do verbo to be (am, is, are) e mais algum outro verbo com terminação -ing
(-ando, endo, -indo, -ondo):
*O pronome it é usado para coisas e animais. Pode referir-se a pessoas quando não se sabe o sexo.
Tudo o que foi descrito nestas frases está acontecendo agora, neste exato momento. Por isso usamos o presente con-
tínuo. Para tornar todas estas frases negativas, basta posicionar a palavra not após o to be, ou fazer uma contração ente
eles (am not, isn’t, aren’t).
I am not writing a book. (Apenas esta forma não pode ser contraída)
You aren’t reading.
He isn’t listening to music.
She isn’t making lunch.
It isn’t playing with a ball.
We aren’t learning together.
You aren’t studying English.
They aren’t traveling.
Agora, para transformarmos as frases em interrogações, devemos mudar a posição do to be. Precisamos posicioná-lo
(am, is, are) antes dos sujeitos das frases. As outras palavras permanecem em suas posições originais. Claro que não pode-
mos esquecer do ponto de interrogação. Veja:
Am I writing a book?
Are you reading?
Is he listening to music?
Is she making lunch?
Is It playing with a ball?
Are we learning together?
Are you studying English?
Are they traveling?
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Note que am é usado na primeira pessoa do singular, Did she watch the movie? (Ela assistiu o filme?)
is na terceira do singular e are nas outras. Did it bark all night? (Ele/Ela latiu a noite toda?)
Did we stay here? (Nós ficamos aqui?)
Para negarmos, usamos not logo após o to be ou faze- Did you play very well? (Vocês jogaram muito bem?)
mos contração entre eles. Did they park far? (Eles estacionaram longe?)
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LÍNGUA INGLESA
FUTURO IMEDIATO: Utilizamos o futuro imediato Sheila and Susan have already been to New York.
para expressar algo que já foi planejado e por isso existe a (Sheila e Susan já estiveram em Nova Iorque)
certeza de que irá acontecer. Por ser algo que temos cer- I have already made my bed. (Eu já arrumei minha
teza que iremos fazer o futuro imediato acaba sendo usa- cama)
do frequentemente para expressar ações que acontecerão
num futuro bem próximo, por isso chamado de imediato. As formas negativas podem serão:
A estrutura do futuro imediato é o sujeito + o verbo to be
no presente (am, is, are) + going to + verbo principal + I haven’t made my bed. (Eu não arrumei minha cama)
complemento. Mike hasn’t seen the ocean. (Mike não viu o oceano)
Sheila and Susan haven’t been to New York. (Sheila e
I’m going to visit my mother tonight (Eu irei visitar mi- Susan não foram a Nova Iorque)
nha mãe hoje a noite.)
Jack is going to swim tomorrow. (Jack irá nadar ama- Se quisermos, podemos acrescentar no final da frase a
nhã.) palavra yet, que significa “ainda”, para modificar um pouco
It is going to rain in a few minutes. (Irá chover em al- o sentido da conversa:
guns minutos.) (apenas nas negativas)
Como o futuro imediato é composto do to be, para fa- I haven’t made my bed yet. (Eu ainda não arrumei mi-
zermos frases interrogativas e negativas, basta utilizar as nha cama)
mesmas regras acrescentando not após o to be, ou colo- Mike hasn’t seen the ocean yet. (Mike ainda não viu o
cando o mesmo antes do sujeito para a interrogativa. oceano)
Sheila and Susan haven’t been to New York yet. (Sheila
Steve is not going to dance samba. (Steve não irá dan- e Susan ainda não foram a Nova Iorque)
çar samba.)
They aren’t going to play soccer. (Eles não irão jogar Para fazermos perguntas no present perfect, basta co-
futebol.) locar have ou has antes do sujeito da frase. Às vezes, fa-
zemos uso da palavra ever, que significa “alguma vez”, em
Is he going to buy a new car? (Ele vai comprar um carro perguntas:
novo?) (o uso da palavra ever é opcional)
Are you going to call Ann? (Você irá ligar pra Ann?)
Have you bought Milk for the baby? (Você comprou
Apenas em conversas e diálogos informais o going to leite para o bebê?)
pode ser substituído pela expressão/abreviação gonna: Has he talked to the police officer? (Ele falou com o
policial?)
I’m gonna study tonight. (Eu irei estudar hoje a noite.) Has Tina ever traveled to Salvador? (A Tina viajou a Sal-
Are you gonna help me? (Você irá me ajudar?) vador alguma vez?)
Have you ever seen a famous person? (Você alguma
PRESENTE PERFEITO: formado pela utilização do auxi- vez viu uma pessoa famosa?)
liar have ou has (has para he, she, it) mais a forma do parti-
cípio de outro verbo (conhecida como “a terceira forma do PRESENTE PERFEITO CONTÍNUO: formado pela uti-
verbo”). Indica dois tipos de situações. lização do auxiliar have ou has (has para he, she, it) mais o
presente perfeito do verbo be e o gerúndio do verbo prin-
Quando a ação é contínua, que têm acontecido por um cipal. Esta forma verbal enfatiza uma ação que começou no
certo período e que ainda não acabaram, que continuam passado e que contina se repetindo até hoje.
acontecendo.
I have been playing tennis for one hour. (Eu estou
I have worked here for five years. (Tenho trabalhado jogando tennis há uma hora)
aqui há cinco anos) Daniel has been waiting for two hours. (Daniel está
She has gone to the club a lot lately. (Ela tem ido muito esperando a duas horas)
ao clube ultimamente) Anna has been teaching in the university since April.
Dave and Mike have studied together since 2010. (Anna tem lecionado na universidade desde Abril.)
(Dave e Mike têm estudado juntos desde 2010)
As formas negativas serão:
Quando descrevemos situações que já ocorreram, mas
que não sabemos quando. O tempo é indefinido, não inte- She has not been working at that company for three
ressa, ou simplesmente não importa, pois o que importa é years (Ela não trabalha naquela companhia a três anos).
o fato acontecido. I haven’t been watching much television lately. (Eu
não tenho assistido muita televisão ultimamente).
Mike has seen the ocean for the first time. (Mike viu o Roberto hasn’t been feeling well in the past few days.
oceano pela primeira vez) (Roberto não tem se sentido bem nos últimos dias).
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Para fazermos perguntas no present perfect continuos, Para montarmos interrogações, basta posicionar o au-
basta colocar have ou has antes do sujeito da frase. xiliary desejado antes do sujeito da frase.
Has David been doing his homework everyday? (David O auxiliar também pode facilitar as coisas nas respos-
está fazendo sua tarefa todos os dias?). tas. Ele pode substituir o verbo e todos os seus comple-
Have Donald and Mike been training for the race? mentos. Assim, se alguém faz um pergunta muito longa,
(Donald e Mike estão treinando para aquela corrida?). você pode responder rapidamente:
Have you been playing video games all day? (Você
está jogando video games o dia inteiro?) Do you always go to work by car on weekdays? (Você
sempre vai para o trabalho de carro nos dias da semana?).
PASSADO PERFEITO: usado para dizer que alguma
coisa ocorreu antes de outra no passado. Formado por had Sua resposta pode ser, simplesmente, “Yes, I do”.
mais o particípio de algum verbo. Veja no próximo exem- Estas respostas curtas são conhecidas como short ans-
plo que há duas situações acontecendo, mas, aquela que wers.
aconteceu primeiro está usando o past perfect. E aquela
que aconteceu em seguida está no passado simples. Am- Os verbos auxiliares seguidos de um verbo principal são
bas as orações estão unidas por when. usados praticamente só em perguntas ou frases negativas:
I had already left when my father called home. (Eu já Do you like pizza? (Você gosta de pizza?)
tinha saído quando meu pai ligou para casa) I don’t like pizza (Eu não gosto de pizza)
Não é extremamente necessário que haja duas ora- Numa frase afirmativa diríamos:
ções. Pode have apenas uma. Veja;
I like pizza. (Eu gosto de pizza)
David had bought meat for the barbecue this mor-
As formas does e doesn’t são usadas quando o sujeito
ning. (David tinha comprado carne para o churrasco hoje
da frase no presente for terceira pessoa do singular (he,
de manhã)
she, it).
A negativa é formada com had not ou hadn’t. Para per-
I don’t eat pizza. (Eu não como pizza)
guntar, devemos posicionar o had antes do sujeito.
You don’t eat pizza. (Você não come pizza)
She doesn’t eat pizza. (Ela não come pizza)
He hadn’t gone to the bar. (Ele não tinha ido ao bar)
He doesn’t eat pizza. (Ele não come pizza)
Had you brought me those documents? (Você tinha me It doesn’t eat pizza. (Ela/Ele não come pizza)
trazido aqueles documentos?) We don’t eat pizza. (Nós não comemos pizza)
VERBOS AUXILIARES You don’t eat pizza. (Vocês não comem pizza)
They don’t eat pizza. (Eles não comem pizza)
Em perguntas você pode mudar o tempo verbal de Do I eat pizza? (Eu como pizza?)
uma frase simplesmente alterando o verbo auxiliar. Por Do you eat pizza? (Você come pizza?)
exemplo: Does she eat pizza? (Ela come pizza?)
Does he eat pizza? (Ele come pizza?)
Do you work? = Você trabalha? Does it eat pizza? (Ela/Ele come pizza?)
Does He work? = Ele trabalha? Do we eat pizza? (Nós comemos pizza?)
Did you work? = Você trabalhou? Do you eat pizza? (Vocês comem pizza?)
Will you work? = Você vai trabalhar? Do they eat pizza? (Eles comem pizza?)
Do you play volleyball? = Você joga vôlei? Os verbos modais são distintos dos regulares e irregu-
lares pois possuem características próprias:
A presença de um verbo auxiliar numa frase nos indica em
que tempo verbal ela está (no presente, no passado ou no Não precisam de auxiliares na formação de negativas
futuro), dependendo do auxiliar que foi usado. Do e does e interrogativas;
indicam tempo presente, did indica tempo passado, e will Sempre após os modais, usamos um verbo regular ou
indica tempo futuro. irregular no infinitivo, mas sem o “to”;
Não sofrem alteração na terceira pessoa do singular
Suas formas negativas são don’t (do not), didn’t (did do presente. Logo, nunca recebem “s”, “es” ou “ies” para
not) e won’t (will not). he/she/it.
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LÍNGUA INGLESA
São verbos modais: can, could, may, might, should, -A forma negativa mustn’t (must not) exprime uma
must, ought to. proibição ou faz uma advertência:
Visitors must not feed the animals. (Visitantes estão
May, Might (poder): proibidos de alimentar os animais)
You mustn’t miss the 9:00 train. (Você não pode perder
-May pode ser usado para pedir permissão: o trem das 9:00)
May I open the window? (Posso abrir a janela?)
May I use your bathroom? (Posso usar seu banheiro?) Can (poder):
-May e Might podem indicar possibilidade mais certa -Pode ser usado para expressar talentos e habilidades
ou probabilidade mais remota: no presente:
It may rain. (Pode chover) => may indica algo com They can sing really well. (Eles podem cantar realmen-
mais certeza do que might. te muito bem)
It might rain. (Pode chover) => a probabilidade de cho- I can speak English. (Eu sei falar Inglês)
ver é pequena.
He might come to the party, but I don’t think he will. -Pode ser usado para pedir permissão:
(Ele pode vir à festa, mas não creio que virá) Can I drink water, teacher? (Posso ir beber água, pro-
-May e might podem ser usados para exprimir um pro- fessor?)
pósito, uma aspiração ou uma esperança: Can I see your homework? (Posso ver sua tarefa?)
May he rest in peace. (Que ele repouse em paz)
I hope that he might like this cake. (Espero que ele pos- -Há duas formas negativas, can’t e cannot:
sa gostar deste bolo) He can’t dance at all. (Ele não sabe dançar nada)
May all your dreams come true. (Que todos os seus Tim cannot control his feelings. (Tim não consegue
sonhos se realizem) controlar seus sentimentos)
-Para dizermos algo no passado e no futuro, ao invés de
may e might, normalmente usamos os verbos “to be allowed Could (conseguia, podia, poderia):
to” ou “to be permitted to”, que significam “ser permitido”:
He will be allowed to leave prison. (Ser-lhe-á permitido sair -Usamos could para expressar ideias como sendo o
da prisão) passado de Can:
I wasn’t allowed to enter without a uniform. (Não me When I was a teenager I could swim better. (Quando
deixaram entrar sem um uniforme) eu era adolescente eu podia nadar melhor)
I could run, now I can’t anymore. (Eu podia correr, mas
-May e might não são usados na inter- agora não consigo mais)
rogativa exprimindo probabilidade ou possi-
bilidade. Usamos to think, to be likely e can: -Para pedir permissão, could é mais educado e formal
Do you think he is listening for us? que Can:
(Você acha que ele está nos ouvindo?) Could you help me? (Você poderia me ajudar?)
Is it likely to happen? (É possível/provável que isso aconteça?) Could I borrow your cell phone? (Eu poderia pegar
Can this plan come true? (Pode- emprestado seu celular?)
rá este plano se tornar realidade?)
Should e Ought to (deveria):
-May e Might podem ser empregados na negativa,
mas sem contração: -Usamos para expressar nossa opinião, para dar su-
He may or may not agree with you. (Ele pode concordar gestão ou conselho:
ou não com você) He should travel more. (Ele deveria viajar mais)
I ought to go right now. (Eu deveria ir imediatamente)
Must (precisar, dever, ter que): -As formas negativas são Shouldn’t e Ought not to.
You shouldn’t talk like that. (Você não deveria falar
-Must é usado no presente e no futuro. Must pode ex- daquele jeito)
primir ordem, necessidade, obrigação, dever. É equivalente I ought not to see her. (Eu não deveria vê-la)
a have to (ter que):
I must go now. (Preciso ir agora) PHRASAL VERBS (VERBOS DE DUAS PALAVRAS)
You must obey your parents. (Você deve obedecer a
seus pais) O Inglês tem uma grande variedade de two-word verbs
You must follow your doctor’s advice. (Você tem que (verbos de duas palavras). Talvez o melhor termo para iden-
seguir os conselhos do seu médico) tificá-los seja phrasal verbs (verbos frasais), assim chama-
He has worked a lot; he must be tired. (Ele trabalhou dos pelo fato de serem compostos, possuindo mais de uma
muito; deve estar cansado) palavra, parecendo-se com um tipo de frase. Um phrasal
verb é composto por um verbo regular ou irregular junto
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LÍNGUA INGLESA
com alguma partícula, que pode ser uma preposição ou Quanto a posição do phrasal verb.
um advérbio, ou ambos. Os phrasal verbs têm significados Quando falamos de substantivos a grande maioria dos
novos, diferentes das palavras que os compõem lidas sepa- phrasal verbs aceitam ser colocados de duas maneiras:
radamente. Eles precisam ser entendidos como um grupo e
não com suas palavras de forma isolada. I’ll hang up my coat. / I’ll hang my coat up. (Eu vou
pendurar o meu casaco)
Para ver a diferença, considere o significado do verbo O substantivo pode vir após o phrasal verb ou no meio
to turn segundo o Dicionário Cambridge e, em seguida, as dele.
sentenças com phrasal verbs derivados do mesmo verbo:
Entretanto, quando falamos de pronomes, eles obriga-
“TURN verb [I/T] (GO AROUND) to move or cause so- toriamente devem vir no meio do phrasal verb:
mething to move in a circle around a central point or line.” =
Mover ou fazer com que algo se movimente em círculos ao I’ll hang it up (Eu vou pendurar [o meu casaco.])
redor de um ponto ou de uma linha central. Let’s help him out. (Vamos ajudar ele.)
Fred turned on the light. (Fred acendeu a luz) VOZ ATIVA E PASSIVA
Mary turned down the gas. (Mary diminuiu o gas)
Ralph turned up the stereo. (Ralph aumentou o volume Há duas vozes verbais: ativa e passiva
do aparelho de som)
Susan turned over the pancake. (Susan virou a panque- A voz ativa é a voz “normal” do verbo, pois é com ela
ca) que normalmente nos comunicamos. Nela o foco é o sujei-
The committee turned down the request. (O comitê re- to fazendo uma ação sobre o objeto. Observe os exemplos
cusou o pedido) sob a ótica da ordem normal das palavras numa frase (Su-
jeito+verbo+objeto):
Para entender como um two-word verb funciona, você
tem que refletir sobre o significado básico de “turned”. Ge- Cats eat fish. (Gatos comem peixes)
ralmente, se for possível substituir o verbo e sua preposição
por outra palavra, uma palavra que signifique exatamente A voz passiva é menos comum de ser usada. Ela é mais
a mesma coisa, então, o verbo é realmente um two-word formal. Nela o foco é sobre o objeto que está recebendo a
verb. Poderíamos reescrever as frases da seguinte maneira: ação. Neste caso o sujeito recebe muita pouca atenção ou
as vezes nem aparece na frase. Se compararmos com a voz
Fred put the light in the “on” position. (Fred pôs a luz ativa, veremos uma inversão no posicionamento do sujeito
na posição “ligada”) e do objeto.
Mary lowered the gas. (Mary reduziu o gás)
Ralph raised the volume on the stereo. (Ralph aumen- Fish are eaten by cats. (Peixes são comidos por gatos)
tou o volume do som)
Susan flipped the pancake. (Susan girou a panqueca) A voz passiva é comumente utilizada pelos meio de co-
The committee refused the request. (O comitê recusou municação para a divulgação de crimes, uma vez que não
o pedido) se sabe a quantidade ou o sexo dos bandidos.
Muitos phrasal verbs não têm objeto: The bank was robbed last night (O banco foi roubado
noite passada.)
After their fight, Susan and Paul made up. (Após a bri- É incorreto dizer “alguém” roubou o banco. Alguém?
ga, Susan e Paul fizeram as pazes) Apenas uma pessoa?
During the wedding, the groom passed out. (Durante o
casamento, o noivo passou mal) A estrutura da voz passiva é bem simples: sujeito + be
+ verbo principal no particípio.
Contudo, outros phrasal verbs pedem objeto: O be deve ser conjugado conforme o tempo verbal da
They put up with the inconvenience. (Eles toleraram a frase. Exemplo: am, is, are para o presente. Was, were para
inconveniência) o passado, will be para o futuro, etc. Assim como o verbo
We decided on the rose wallpaper. (Nós seleciona- principal também deve sofrer as modificações necessárias.
mos o papel de parede rosa) Por fim, a voz passiva existe em todos os tempos ver-
The scientists wrote up their research. (Os cientistas es- bais.
creveram algo sobre sua pesquisa)
The traffic cop wrote up the offender. (O guarda de Exemplos:
trânsito deu uma multa ao infrator)
Fred flipped off the policeman. (Fred fez um gesto Simple present: It is made in Brazil. (É feito no Brasil)
ofensivo para o policial) Present continuous: It is being made in Brazil. (Está
sendo feito no Brasil)
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LÍNGUA INGLESA
Present perfect: It has been made in Brazil. (Tem sido Atividades seguidas do verbo go:
feito no Brasil) Exemplos:
Simple past: Parks are destroyed by our bad habits. Let’s go bowling this weekend.
(Parques são destruídos por nossos maus hábitos) (Vamos jogar boliche este fim de semana.)
Simple past: Many people were called by this company.
(Muitas pessoas foram chamadas por esta empresa) They went jogging yesterday morning.
(Eles foram caminhar ontem de manhã.)
A voz passiva também é utilizada para dar foto ao ob-
jeto mas por fim informando quem foi o autor da obra ou
do acontecimento. Para isso nós utilizamos a preposição
DISCURSO DIRETO E INDIRETO.
by.
Podemos relatar o que alguém disse de duas manei-
Kennedy was killed by Lee Harvey Oswald. (Kennedy foi
morto por Lee Harvey Oswald) ras:
I’m looking forward to meeting your parents. Direct Speech: Indirect Speech:
(Eu estou ansioso para conhecer os seus pais.) Today That day
Yesterday The day before
Para transformar um verbo em substantivo:
Last night The night before
Exemplos:
Now Then
Dancing is his favorite activity.
(Dançar é sua atividade favorita.) Here There
Tomorrow The next day
Swimming is good for you. This That
(Nadar faz bem pra você.) These Those
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LÍNGUA INGLESA
-Quando se relata uma ordem ou comando de alguém, -First Conditional: usado para falar sobre prováveis
usa-se o infinitivo no discurso indireto. eventos no futuro se alguma coisa vier a acontecer (If+pre-
He said: “Close the door”. (Ele me disse: “Feche a por- sent tense; future tense will). Exemplos:
ta”)
He told me to close the door. (Ele me disse para fechar If I pass the exam, I will have a big party! (Se eu passar
a porta) no exame, eu farei uma grande festa!)
He said: “Don’t close the door”. (Ele me disse: “Não fe-
che a porta”) If you don’t stop talking, I will send you to the principal.
He told me not to close the door. (Ele me disse para (Se você não parar de falar, eu vou te enviar ao diretor)
não fechar a porta)
-Second Conditional: usado para falar sobre situações
-Quando se relata uma pergunta, coloca-se a frase na improváveis ou impossíveis (If+past tense; would, could,
forma afirmativa fazendo as devidas transformações: might). Exemplos:’’
She said: Where is Bill? If I won the lottery, I would give all the money to an or-
She asked where Bill was. (Ela perguntou onde Bill estava) phanage. (Se eu ganhasse na loteria, eu daria todo dinheiro
a um orfanato)
He said: “Is Mary here?”
He asked if Mary was there. (Ele perguntou se Mary People might behave differently if they had the chance
estava lá) to repeat their lives. (As pessoas poderiam se comportar
-Should, Could, Must, Might e Would não alteram sua diferentemente se elas tivessem a chance de repetir suas
forma: vidas)
She said: “I could go”. -Third Conditional: usado para especular sobre o pas-
She said that she could go. (Ela disse que ela poderia ir) sado (If+past perfect; would have, could have, might ha-
-Say é usado com ou sem objeto indireto precedido de ve+past participle). Exemplos:
to. No discurso indireto, tell é usado com objeto indireto
precedido de to. If we had saved more money, we would have gone to
Bill said: “I love Ann”. (Bill disse: “Eu amo Ana”) Canada last year. (Se nós tivéssemos economizado mais di-
Bill said that he loved Ann. (Bill disse que amava Ana)
nheiro, nós teríamos ido ao Canadá ano passado)
Bill said to Ann: “I love you”. (Bill disse para Ana: “Eu te
amo”)
If you had told me the truth, I wouldn’t have asked the
teacher. (Se você tivesse me dito a verdade, eu não teria
Bill told Ann that he loved her. (Bill disse para Ana que
perguntado ao professor)
a amava)
-Em frases que apresentam sugestões o verbo intro- ADVÉRBIOS: TIPOS: FREQUÊNCIA, MODO, LU-
dutório do discurso indireto é to suggest. E a forma let’s é GAR, TEMPO, INTENSIDADE, DÚVIDA, AFIRMAÇÃO.
alterada para we should. EXPRESSÕES ADVERBIAIS.
He said: “Let’s take a taxi”. ADVÉRBIOS
He suggested (that) we should take a taxi.
Advérbios são palavras que modificam:
SENTENÇAS CONDICIONAIS.
- Um verbo (He ate slowly. = Ele comeu lentamente) -
MODO CONDICIONAL Como ele comeu?
- Um adjetivo (He drove a very slow car. = Ele pilotou
Passemos a falar, então, de sentenças Condicionais um carro muito lento) - Como era a rapidez do carro?
com a palavra if (tradução: se). Eles são normalmente usa- - Outro advérbio (She walked quite slowly down the
dos para falar sobre possíveis eventos e seus efeitos. Exis- aisle. = Ela andou bem lentamente pelo corredor) - Com
tem quatro tipos principais: que lentidão ela andou?
-Zero Conditional: não é um condicional verdadei- Advérbios frequentemente nos dizem quando, onde,
ro, pois ambos os eventos descritos vêm a ocorrer (If/ por que, ou em quais condições alguma coisa acontece ou
When+present tense; present tense). Exemplos: aconteceu. Os advérbios são geralmente classificados em:
If I stay up late, I feel awful the next day. (Se eu fico Advérbios de Afirmação: certainly, certamente; indeed,
acordado até tarde, sinto-me mau no outro dia) sem dúvida; obviously, obviamente; yes, sim; surely, certa-
mente; etc.
When the moon passes between the earth and the sun,
there is an eclipse. (Quando a lua passa entre a terra e o sol, Advérbios de Dúvida: maybe, possivelmente; perhaps,
há um eclipse) talvez; possibly, possivelmente; etc.
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LÍNGUA INGLESA
Advérbios de Frequência: daily, diariamente; mon- São Paulo is far bigger than Recife. (São Paulo é muito
thly, mensalmente; occasionally, ocasionalmente; often/ maior que Recife)
frequently, frequentemente; yearly, anualmente; seldom/ The test was pretty easy. (A prova estava um tanto fácil)
rarely, raramente; weekly, semanalmente; always, sempre;
never, nunca; sometimes, às vezes; hardly ever, quase nun- Duas ou mais palavras podem ser usadas em conjunto,
ca, raramente; usually/generally, geralmente; etc. formando, assim, as Locuções Adverbiais, como:
Advérbios de Intensidade: completely, completamente; Locução Adverbial de Afirmação: by all means, certa-
enough, suficientemente, bastante; entirely, inteiramente; mente; in fact, de fato, na verdade; no doubt, sem dúvida;
much, muito; nearly, quase, aproximadamente; pretty, bas- of course, com certeza, certamente, naturalmente; etc.
tante; quite, completamente; slightly, ligeiramente; equally,
igualmente; exactly, exatamente; greatly, grandemente; Locução Adverbial de Dúvida: very likely, provavelmen-
very, muito; sufficiently, suficientemente; too, muito, de- te.
masiadamente; largely, grandemente; little, pouco; merely,
meramente; etc. Locução Adverbial de Frequência: again and again, re-
petidamente; day by day, dia a dia; every other day, dia sim,
Advérbios de Lugar: anywhere, em qualquer lugar; dia não; hardly ever, raramente; every now and then, once
around, ao redor; below, abaixo; everywhere, em todo in a while, de quando em quando; etc.
lugar; far, longe; here, aqui; near, perto; nowhere, em ne-
nhum lugar; there, lá; where, onde; etc. Locução Adverbial de Intensidade: at most, no máximo;
little by little, pouco a pouco; more or less, mais ou menos;
Advérbios de Modo: actively, ativamente; wrongly, er- next to nothing, quase nada; on the whole, ao todo; to a
roneamente; badly, mal; faithfully, fielmente; fast, rapida- certain extent, até certo ponto; to a great extent, em gran-
mente; gladly, alegremente; quickly, rapidamente; simply, de parte; etc.
simplesmente; steadily, firmemente; truly, verdadeiramen-
te; well, bem; etc. Locução Adverbial de Lugar: at home, em casa; at the
seaside, à beira-mar; far and near, por toda parte; on board,
Advérbios de Negação: no, not, não. a bordo; on shore, em terra firme; to and from, para lá e
para cá; etc.
Advérbios de Ordem: firstly, primeiramente; secondly,
em segundo lugar; thirdly, em terceiro lugar; etc. Locução Adverbial de Modo: arm in arm, de braços da-
Advérbios de Tempo: already, já; always, sempre; early, dos; at random, ao acaso; fairly well, razoavelmente; hand
cedo; immediately, imediatamente; late, tarde; lately, ulti- in hand, de mãos dadas; head over heels, de cabeça para
mamente; never, nunca; now, agora; soon, em breve, bre- baixo; just so, assim mesmo; neck and neck, emparelhados;
vemente; still, ainda; then, então; today, hoje; tomorrow, on credit, a crédito.
amanhã; when, quando; yesterday, ontem; etc. Locução Adverbial de Negação: by no means, de ma-
neira alguma; in no case, em hipótese alguma; none of that,
Advérbios Interrogativos: how, como; when, quando; nada disso; not at all, absolutamente; etc.
where, onde; why, por que; etc.
Locução Adverbial de Tempo: all of a sudden, subita-
Alguns exemplos: mente; at first, a princípio; at present, atualmente; at once,
imediatamente; from now on, doravante, daqui em diante;
She moved slowly and spoke quietly. (Ela se moveu in after years, em anos vindouros; sooner or late, mais cedo
lentamente e falou sussurrando) ou mais tarde; up to now, até agora; in a jiffy, in a trice, in
She still lives there now. (Ela ainda mora lá agora) a twinkling of an eye, in two shakes of a dog’s tail, in two
It’s starting to get dark now. (Está começando a ficar ticks, em um momento, num abrir e fechar de olhos; etc.
escuro agora)
She finished her tea first. (Primeiramente ela terminou Mais exemplos:
seu chá)
She left early. (Ela saiu cedo) She has lived on the island all her life. (Ela viveu na ilha
Oscar is a very bright man. (Oscar é um homem muito a vida toda)
brilhante) She takes the boat every day. (Ela pega o barco todos
The children behaved very badly. (As crianças se com- os dias)
portaram muito mal) He ate too much and felt sick. (Ele comeu em excesso
This apartment is too small for us. (Esse apartamento é e ficou enjoado)
pequeno demais para nós) I like studying English very much. (Gosto muito de es-
The coffee is too sweet. (O café está doce demais) tudar Inglês)
Jack is much taller than Peter. (Jack é muito mais alto
do que Peter)
30
LÍNGUA INGLESA
Preposições são palavras que usamos junto aos nomes Outras preposições, seus significados e exemplos com
e pronomes para mostrar sua relação com outros elemen- frases:
tos da frase. Apresentamos as principais preposições e seu
uso: About: sobre, a respeito de: Tell me about your expe-
riences.
In: usamos com nomes de meses, anos, estações, par- Above: acima de: John’s apartment is above mine.
tes do dia, cidades, estados, países, continentes. Across: através de, do outro lado: The dog ran across
the forest.
I was Born in January. After: depois de: She always wakes up after 9:00.
He lived here in 2012. Against: contra: The car crashed against the wall.
The classes start in the summer. Among: entre (vários ítens): The little boy was among
He works in the morning/in the afternoon, in the eve- many criminals.
ning. Around: em volta de: They traveled all around the cou-
I have a house in Belo Horizonte. ntry.
She lives in Paraná but works in Argentina. Before: antes de: She always arrives before 7 o’clock.
Steven has worked in Europe since 2011. Behind: atrás de: Tim sits behind Peter.
Below: abaixo de: Answer the questions below.
On: usado para dias da semana, datas (mês+dia), datas Beside/Next to: ao lado de: The microphone is beside/
comemorativas, ruas, praças e avenidas. next to the monitor.
Besides: além de: Besides English, she can also speak
I go to the church on Saturdays and on Sundays. Spanish.
Their baby was born on April 10TH. Between: entre (dois ítens): He was sitting between two
I always have fun on New Year’s Day. beatuful girls.
The supermarket is on Brazil street. Beyond: além de, após, atrás de: The lake is beyond the
The shopping mall is on Portugal square. mountains.
But: exceto: Everybody went to the party, but Chris.
At: usado com horas, com palavra night, com endere- By: por, junto, ao lado de: Let’s sleep by the fireplace.
ços (rua+número), lugares numa cidade. Down: abaixo, para baixo: Their house is down the hill.
Up: acima, para cima: Their house is halfway up the hill.
I got up at 7:00. During: durante: He was in the army during the war.
The store is at 456 Lincoln street. For: a favor de: Who’s not for us is against us.
He arrived late at night. For: por, para, há (tempo): Do it for me! Fish is good for
My father is at the airport now. health. They’ve lived here for many years.
From: de (origem): Where is he from?
Na dúvida, algumas das seguintes sugestões podem In front of: na frente de: Peter sits in front of the teacher
ajudar, mas lembre-se: o uso das preposições nem sempre in the classroom.
segue a regra geral. Confira sempre num dicionário as pos- Inside/outside: dentro de/fora de: Let the dog sleep in-
sibilidades de uso. side/outside the house.
Instead of: em vez de: You should study more instead
Use in para indicar “dentro de alguma coisa”: of playing video-games.
Into: para dentro, em: The plane disappeared into the
In the box cloud.
In the refrigerator Near: perto de: The post office is near here.
In a shop Off: para fora (de uma superfície): Mark fell off his mo-
In a garden torcycle.
In France Out of: para fora de: Put these books out of the box.
Over: sobre, acima de, por cima de, mais que: There
Use on para indicar contato: were over 1.000 people in the show.
Through: através de: The guys walked through the fo-
On a bookshelf rest.
On a plate Till/until: até (tempo): The message will arrive until to-
On the grass morrow.
To: para: Teresa will go to Italy next week.
Use at para indicar um lugar definido. Nesse caso, seu Towards: para, em direção a: The boy threw the rock
sentido é o de “junto a”, “na”: towards the window.
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LÍNGUA INGLESA
Under: em baixo de: The cat sleeps under the bed. Exemplos:
With/without: com/sem: Come with me. I can’t live wi-
thout you. Jack and Jill went to the mountains.
Within: dentro de: I will go there within a week. The water was warm, but I didn’t enter.
I went swimming although it was cold.
CONJUNÇÕES Russia is a beautiful country. It’s very cold, though.
Uma conjunção é uma palavra ou grupo de palavras I don’t care what you did as long as you love me.
(locuções conjuntivas ou locuções adverbiais) que juntam He is so strong that broke the brick with his fist.
duas partes de uma sentença ou que unem uma cláusula
dependente subordinada a uma cláusula principal. As con- DERIVAÇÃO DE PALAVRAS PELOS PROCESSOS
junções auxiliam na coesão textual, garantindo a interliga-
DE PREFIXAÇÃO E SUFIXAÇÃO.
ção de ideias.
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LÍNGUA INGLESA
Solid liquid and screenplays. For a while he was even a contract writer at
Sober drunk MGM. And he could always be counted on for a spur-of-the-
Speaker listener moment aphorism, putdown or sharply worded critique of
Sour sweet American foreign policy. Perhaps more than any other Ame-
Sorrow joy rican writer except Norman Mailer or Truman Capote, Mr.
Stand lie Vidal (VERB 1) great pleasure in being a public figure. He
Straight crooked twice ran for office – in 1960, when he was the Democratic
Strong weak Congressional candidate for the 29th District in upstate New
Success failure York, and in 1982, when he campaigned in California for a
Sunny cloudy seat in the Senate – and (CONJ) he lost both times, he often
Take give conducted himself as a sort of unelected shadow president.
Tall short He once said, “There is not one human problem that (MO-
Tame wild DAL 1) not be solved if people (MODAL 2) simply do as I
Teacher pupil advise.”
Thick thin
Tight slack, loose (Adapted from http://www.nytimes.com/2012/08/01/
Top bottom books/gore-vidal-elegant-writer-dies-at-86.html?_r=1&n-
Transparent opaque l=todaysheadlines&emc=tha2_20120801)
Truth untruth, lie
Up down 1. As preposições corretas para preencher os espaços
Vacant occupied (PREP 1), (PREP 2) e (PREP 3) são respectivamente:
Valuable valueless (A) on - in - on
Victory defeat (B) at - on - in
Virtue vice (C) on - at - in
Visible invisible (D) at - at - on
Voluntary compulsory (E) in - in – at
Vowel consonant
With without 2. Em quais das alternativas abaixo “some” tem o
mesmo significado de “He published some 25 novels?”
QUESTÕES I. The following pages summarize some of the
highlights of a truly eventful year.
As questões foram retiradas da prova de Inglês do II. This means a lot more tolerance that some would
Concurso Público de ingresso para provimento de cargos like to give.
de Professor de Ensino Fundamental II e Ensino médio, III. Just as she was about to excuse herself and leave, a
Setembro de 2012. Caderno de Prova ‘I09’, Tipo ‘001’ da white woman of some seventy years came up to her.
Prefeitura Municipal de São Paulo. (As perguntas foram tra- IV. Some researchers have begun questioning whether
duzidas para o Português pelo autor do material). an automatic system is the right choice for this task.
V. Some marine life was saved by teams of workers
TEXTO - removing the heavy oil.
Atenção: As questões de números 1 a 7 referem-se ao VI. Some question whether these are ethical practices.
texto abaixo. VII. Some 200 different chemicals have been linked to
mammary tumors in animals and people.
Prolific, Elegant, Acerbic Writer VIII. A few days later her car was found some twenty
NYT, August 1, 2012 miles away.
By CHARLES McGRATH
(A) III, VII e VIII.
Gore Vidal, the elegant, acerbic all-around man of let- (B) I, IV e V.
ters who presided with a certain relish over what he declared (C) II, VI e VII.
to be the end of American civilization, died (PREP 1) Tues- (D) III, IV e V.
day (PREP 2) his home (PREP 3) the Hollywood Hills section (E) II, III e VI.
of Los Angeles, where he moved in 2003, after years of living
in Ravello, Italy. He was 86. The cause was complications of 3. O verbo correto para preencher o espaço (VERB 1)
pneumonia, his nephew Burr Steers said by telephone. é:
Mr. Vidal was, at the end of his life, an Augustan figure (A) gave.
who believed himself to be the last of a breed, and he was (B) took.
probably right. Few American writers have been more versa- (C) made.
tile or gotten more mileage from their talent. He published (D) did.
some 25 novels, two memoirs and several volumes of stylish, (E) set.
magisterial essays. He also wrote plays, television dramas
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LÍNGUA INGLESA
5. Os verbos modais corretos para preencher os espa- In the past, when trying to find places to work, in-
ços (MODAL 1) e (MODAL 1) são: dependent workers, small businesses, and organizations
(A) should - will. often had to choose between several scenarios, all with
(B) must - might. their attendant advantages and disadvantages: working
(C) can - must. from home; working from a coffee shop, library, or other
(D) could - would. public venue; or leasing an executive suite or other com-
(E) would - should. mercial space.
Is there a better way to work? Yes. Enter coworking.
6. De acordo com o texto, Gore Vidal: Coworking takes freelancers, indie workers, and en-
(A) lived in Ravello until his death in 2003. trepreneurs who feel that they have been dormant or
(B) lived in Los Angeles for 9 years. isolated working alone at home or who have been mi-
(C) moved to Ravello in 2003. grating from a coffee shop to a friend’s garage or lan-
(D) was proud to be an American. guishing in a sterile business center – to a space where
(E) travelled around the world during his lifetime. they can truly roost.
“We can come out of hiding,” a coworker tells us,
7. Podemos deduzir a partir do texto que o autor: “and be in a space that’s comfortable, friendly, and has
(A) also believes Gore Vidal was a unique writer. an aesthetic appeal that’s a far cry from the typical cook-
(B) does not agree with Gore Vidal’s way of criticizing ie-cutter office environment.”
American foreign policy. For many, it might be puzzling to pay for a well-
(C) Normal Mailer and Truman Capote were not as well equipped space teeming with other people, even with
the chance of free coffee and inspiration. You might ask
known as Gore Vidal.
yourself, “Well, why pay for a place to work when I’m
(D) Gore Vidal was a versatile writer but not very prolific.
perfectly comfortable at home and paying nothing?” Or,
(E) Gore Vidal was, in fact, a humble man.
“Isn’t the whole point of telecommuting or starting my
own business a chance to avoid ‘going to the office’?”
As questões de números 8 e 9 referem-se às frases abaixo.
Coworking may sound like an unnecessary expense,
but let’s consider what you get from being a part of the
Forty-eight years is almost enough time (VERB1) a re- space.
cord. LARISA LATYNINA, a gymnast (REL1) career record of 18 At its most basic level, coworking is the phenome-
Olympic medals was surpassed by Michael Phelps, (REL2) won non of workers coming together in a shared or collabo-
gold in swimming the anchor leg in the 4 x 200 freestyle relay. rative workspace or one or more of these reasons: to re-
duce costs by having shared facilities and equipment, to
(Adapted from http://www.nytimes.com/2012/08/01/ access a community of fellow entrepreneurs, and to seek
sports/olympics/gymnast-larisa-latynina-is-elegant-remin- out collaboration within and across fields. Coworking
der-ofolympics-history.html?nl=todaysheadlines&emc=- spaces offer an exciting alternative for people longing to
tha3_20120801) escape the confines of their cubicle walls, the isolation
of working solo at home, or the inconveniences of public
8. O verbo correto para preencher o espaço (VERB1) é: venues.
(A) to hold. The benefits and cost-savings in productivity and
(B) for hold. overall happiness and well-being reaped from cowork-
(C) for to hold. ing are also potentially huge. Enthusiasm and creativi-
(D) to holding. ty become contagious and multiply when you diversi-
(E) for to holding. ty your work environment with people from different
fields or backgrounds. At coworking spaces, members
GABARITO pass each other during the day, conversations get going,
1-A and miraculously idea-fusion happens with everyone
2-B benefitting from the shared thinking and brainstorming.
3-E Differences matter. Coworking hinges on the be-
4-D lief that innovation and inspiration come from the
5-B cross-pollination of different people in different fields
6-A or specializations. Random opportunities and discover-
7-A ies that arise from interactions with others play a large
8-D role In coworking.
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LÍNGUA INGLESA
To see this in action on a large scale, think about Goo- son with AD might need help in many areas, including
gle. Google made the culture of sharing and collaboration eating and getting dressed. For some people in the ear-
in the workplace legend. It deployed “grouplets” for initia- ly or middle stages of the disease, medicine might help
tives that cover broader changes through the organization. symptoms, such as memory loss, from getting worse
One remarkable story of a successful Google grouplet for a limited time. Other drugs may help people feel
involved getting engineers to write their own testing code less worried or depressed. Dealing with Alzheimer’s
to reduce the incidence of bugs in software code. Think- disease can be extremely difficult, but planning ahead
ing creatively, the grouplet came up with a campaign and getting support can lighten the lead. AD usually
based on posting episodes discussing new and interest- begins after age 60, and risk goes up with age. The risk
ing testing techniques on the bathroom stalls. “Testing is also higher if a family member has had AD. Scientists
on the Toilet” spread fast and garnered both rants and are working to better understand AD. Ongoing studies
raves. Soon, people were hungry for more, and the cam- are looking at whether some things can help prevent or
paign ultimately developed enough inertia to become a
delay the disease. Areas that are being explored include
de facto part of the coding culture. They moved out of the
exercise, eating omega-3 fatty acids, and keeping your
restrooms and into the mainstream.
brain active.
Keith Sawyer, a professor of psychology and educa-
tion at Washington University in St. Louis, MO, has written
widely on collaboration and innovation. In his study of Available: www.womenshealth.gov
jazz performances, Keith Sawyer made this observation,
“The group has the ideas, not the individual musicians.” Read the sentence below and choose the alternative
Some of the most famous products were born out of this that presents a synonym to the underlined word.
mosh pit of interaction – in contrast to the romantic idea
of a lone working genius driving change. According to “Ongoing studies are looking at whether some
Sawyer, more often than not, true innovation emerges things can help prevent or delay the disease.”
from an improvised process and draws from trial-by-er-
ror and many inputs. A) Cut down.
Unexpected insights emerge from the group dynam- B) Suspended.
ic. If increasing interaction among different peer groups C) Ended.
within a single company could lead to promising results D) Continuous.
imagine the possibilities for solopreneurs, small business-
es, and indie workers – if only they could reach similar A palavra “ongoing” quer dizer algo contínuo, em
levels of peer access as those experienced by their bigger andamento. Cut down – cortar, diminuir. Suspended – sus-
counterparts. It is this potential that coworking tries to penso. Ended – terminado. Continuous – contínuo.
capture for its members.
RESPOSTA: “D”.
Available: http://workawesome.com (adapted)
03. (INSTITUTO RIO BRANCO – DIPLOMATA – CES-
The expression indie workers, found in lines 10 and PE/2012)
90, refers to
(OBS: Os números das linhas na questão podem variar Darkness and light
por conta da diagramação do material.)
A) Retired civil servants.
Caravaggio’s art is made from darkness and light.
B) Lazy businessmen aiming for profit.
His pictures present spotlight moments of extreme and
C) Self-employed independent professionals.
D) Expert employees at international organizations. often agonized human experience. A man is decapitat-
E) Workaholic employers in large companies. ed in his bedchamber, blood spurting from a deep gash
A questão pede que o candidato determine. A expressão in his neck. A woman is shot in the stomach with a bow
“indie workers” se refere a. Indie é uma abreviação para inde- and arrow at point-blank range.
pendent, neste caso, trabalhadores independentes. Caravaggio’s images freeze time but also seem to
hover on the brink of their own disappearance. Faces
RESPOSTA: “C”. are brightly illuminated. Details emerge from darkness
with such uncanny clarity that they might be halluci-
02. (ANVISA – ANALISTA ADMINISTRATIVO – CE- nations. Yet always the shadows encroach, the pools of
TRO/2013) blackness that threaten to obliterate all. Looking at this
picture is like looking at the world of flashes of light-
Alzheimer’s disease ning.
Alzheimer’s disease (AD) is a form of dementia, Caravaggio’s life is like his art, a series of lightning
which is a brain disorder. It damages nerve cells in the flashes in the darkness of nights. He is a man who can
brain. This affects your ability to remember things, never be known in full because almost all that he did,
think clearly, and care for yourself. AD begins slowly, said and thought is lost in the irrecoverable past. He
and symptoms get worse with time. Eventually, a per- was one of the most electrifying original artists ever to
37
LÍNGUA INGLESA
have lived, yet we have only one solitary sentence from A) Aside from.
him on the subject of painting – the sincerity of which is, B) Similar to.
in any case, questionable, since it was elicited from him C) Contrasted with.
when he was under interrogation for the capital crime of D) Resembling.
libel. E) Despite.
When Caravaggio emerges from the obscurity of the
past he does so, like the characters in his own paintings, as A questão pede que o candidato determine. A palavra
a man in extremis. He lived much of his life as a fugitive, “unlike” (o contrário) é o mesmo que. Aside from – além de.
and that is how he is preserved in history – a man on the Similar to – similar à. Contrasted with – contrastadas com. Re-
run, heading for the hills, keeping to the shadows. But he sembling – semelhante. Despite – apesar de.
is caught, now and again, but the sweeping beam of a
searchlight. Each glimpse is different. He appears in many RESPOSTA: “C”.
guises and moods. Caravaggio throws stones at the house
of his landlady and sings ribald songs outside her window. 05. (FUNASA – TODOS OS CARGOS – CESPE/2013)
He has a fight with a waiter about the dressing on a plate The difficulty for health policy makers the world
of artichokes. His life is a series of intriguing and vivid over is this: it is simply not possible to promote healthier
tableaux – scenes that abruptly switch from low farce to lifestyles through presidential decree or through being
high drama. overprotective towards people and the way they choose
to live. Recent history has proved that one-size-fits-all
New York - London. W. W. Norton & Company, 2010 solutions are no good when public health challenges vary
(adapted) from one area of the country to the next. But we can-
not sit back while, in spite of all this, so many people are
In line 5, “at point-blank range” means suffering such severe lifestyle-driven ill health and such
A) In a cold-blooded manner. acute health inequalities.
B) Summarily. Internet: www.gov.uk (adapted)
C) Without intention. The expression “the world over” (L.1) is synonymous
D) Fatally. with “in some parts of the world”.
E) Within a short distance. (OBS: Os números das linhas na questão podem variar
por conta da diagramação do material.)
A questão pede que o candidato determine. Na linha A) Certo.
cinco “at point-blank range” (à queima-roupa) significa. In a B) Errado.
cold-blooded manner – de forma a sangue-frio. Summarily
– sumariamente. Without intention – sem intenção. Fatally – A questão pede que o candidato determine. A expressão
fatalmente. Within a short distance – a uma curta distância. “the world over” (no mundo todo) é sinônimo com “in some
RESPOSTA: “E”. parts of the world” (em algumas partes do mundo).
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1
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canadiense (canadense), chino (chinês) Número dos Adjetivos (Número de los Adjetivos)
Os adjetivos formam plural da mesma forma que os
Gênero dos Adjetivos (Género de los Adjetivos) substantivos.
a) Os adjetivos masculinos terminados em o ou e mu- manzana roja (maçã vermelha) - manzanas rojas (maçãs
dam a terminação para a na formação do feminino. vermelhas) prueba fácil (prova fácil) - pruebas fáciles (provas
feo (feio) - fea (feia) fáceis)
grandote (grandalhão) - grandota (grandalhona)
b) Nos adjetivos masculinos terminados em an, in, on, or Lembre-se:
e nos gentílicos terminados em consoante, acrescenta-se -a Simples é a forma plural referente a simple (singular).
na formação do feminino. una idea simple (uma ideia simples) - unas ideas simples
soñador (sonhador) - soñadora (sonhadora) (umas ideias simples)
inglés (inglês) - inglesa (inglesa)
c) Os adjetivos invariáveis mantêm a mesma forma quan- ADVÉRBIOS - ADVERBIOS
do acompanham substantivos masculinos ou femininos.
Un hombre feliz. (Um homem feliz.) - Una mujer feliz. O advérbio é uma palavra que pode modificar um verbo,
(Uma mulher feliz.) um adjetivo ou a outro advérbio. É sempre invariável. Alguns,
hermano menor (irmão menor) - hermana menor (irmã quando se referem ao substantivo, tomam caráter adjetivo.
menor) Os advérbios se dividem em:
Apócope
Chama-se apócope a supressão da letra ou da sílaba final
em alguns adjetivos.
2
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mientras poco
ahora (agora) luego (depois) casi (quase)
(enquanto) ** (pouco)
mucho muy
anteayer temprano (muito) * (muito) *
entonces (então)
(anteontem) (cedo)
bastante
más (mais)
(bastante)
mañana entretanto
ayer (ontem) menos además
(manhã) (enquanto isso) **
(menos) (além disso)
anoche
(ontem à hoy (hoje) aún (ainda) * * o advérbio muy é usado diante de adjetivos e advérbios:
noite)
muy fácil (muito fácil)
anteanoche muy lejos (muito longe)
pronto (em aun
(anteontem à * o advérbio mucho é usado diante de substantivos e
pouco tempo) (inclusive) *
noite) antes ou depois de verbos em qualquer forma:
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02- De acuerdo con el texto, el monto de los incumpli- Gobierno no se muestra seguro
mientos tributarios: Ni el propio Gobierno está seguro de que una rebaja en
a) es similar al del ejercicio anterior. las tasas de interés –actualmente en 4% –pueda contribuir a
b) está en vía ejecutiva. frenar la acentuada revaluación (más del 18,8% en los últimos
c) tiene garantías de cobrarse. meses) que afecta a varios sectores de la economía.
d) es mayor que el ingreso esperado con el alza de im- Los empresarios achacan al actual nivel de las tasas de in-
puestos. terés parte de la galopante apreciación del peso que le resta
e) ha menguado en lo que va de año. competitividad a las exportaciones colombianas. Consideran
que esta diferencia de intereses está propiciando el ingreso
03- Según el texto, la baja de los ingresos: de los llamados capitales golondrinas (de poca duración en
a) se deriva de las medidas cautelares. la economía) que están debilitando el dólar.
b) es fruto de una fiscalización ineficiente. El ministro de Hacienda, Óscar Iván Zuluaga no se mos-
c) alcanza los 37 mil millones de euros. tro muy seguro de que el pretendido recorte sea una buena
d) es semejante a la del año fiscal 2008. decisión en los actuales momentos en que la inflación sigue
e) se debe a la debilidad de la actividad. cediendo. Admitió, sin embargo, que con las medidas adop-
tadas “hemos evitado que se revalúe “ el dólar.
Ecuador busca repatriar USD 500 millones (El espectador.com 19.10.09)
Ecuador repatriaría la próxima semana 500 millones de
dólares de sus reservas internacionales de corto plazo, como 07- Según el texto, en materia de tasas de interés, los
parte de las medidas que anunció para enfrentar el embate de empresarios colombianos:
la crisis global, informó hoy la ministra de Finanzas, Elsa Viteri. a) abogan por la apreciación.
Ecuador, el socio más pequeño de la OPEP, anunció en b) muestran inseguridad.
agosto pasado que repatriará 1.600 millones de dólares de c) discrepan del gobierno.
la reserva internacional para aumentar el crédito productivo d) relacionan los tipos con la inflación.
e irrigar dinero a la inversión. Esa decisión en relación con e) están conformes.
el dinero depositado en financieras del exterior, que a me-
diados de agosto se ubicó en 4.000 millones de dólares, fue 08- En el texto se dice que las tasas de interés que se
justificada por el Gobierno con el argumento de que con su practican actualmente:
economía dolarizada desde el 2.000 no se requiere de reser- a) elevan la cotización del dólar.
vas y se constituyen en ahorro nacional. b) perjudican las exportaciones.
La economía del país, productor de petróleo, banana y c) deben mantenerse.
flores y con 14 millones de habitantes, se contrajo un 1,06 d) impiden la apreciación del peso.
por ciento en el segundo trimestre del 2009, frente a una ex- e) acentúan la inflación.
pansión de un 8,28 por ciento en el mismo lapso del 2.008.
(El Universal, 16.10.09) Comercio Chile-China
De acuerdo a un informe de Aduanas, China se conso-
04- En el texto se dice que el gobierno ecuatoriano ha lidó como el principal destino de las exportaciones chilenas
decido: con embarques por US$ 8.257 millones –en un intercambio
a) invertir recursos en sus reservas internacionales. bilateral de US$ 11.881 millones– y el único de los socios
b) inyectar dinero en la economía. comerciales hacia donde nuestros envíos crecieron (6,3%)
c) repatriar sus reservas externas. durante los primeros nueve meses de este año (los envíos
d) expandir sus recursos financieros en un 8,28%. totales menguaron un 35%). El incremento registrado en los
e) destinar fondos foráneos al sector productivo. embarques al gigante asiático fue muy superior a las caídas
entre 20% y 68% anotadas en el resto de los países con los
05- De acuerdo con el texto, el regreso de fondos depo- que Chile mantiene intercambio comercial, incluso socios tan
sitados en el extranjero: importantes como la Unión Europea, Aladi y Nafta, destinos a
a) justifica el uso oficial de la moneda estadounidense. los que Chile exportó productos por un monto menor a US$
b) busca fortalecer al país en la OPEP. 6.700 millones.
c) desincentiva el producto interno bruto. Las exportaciones chilenas a Estados Unidos cayeron un
d) reduce las reservas y el ahorro nacional. 32% al pasar de US$ 6.625 millones a US$ 4.495 millones;
e) se explica por la expansión de la economía local. mientras los envíos a Japón bajaron 45% de US$ 3.493 mil-
lones a US$ 1.501 millones. En relación a Europa, El informe
06- Según el texto, la economía ecuatoriana: de Aduanas mostró que la cantidad embarcada también dis-
a) recibirá recursos extranjeros. minuyó en los primeros nueve meses del año (49%) respecto
b) se dolarizará. del mismo lapso de 2.008, debido a La disminución de los
c) se ha recuperado este año. envíos a Italia y Holanda.
d) intenta capear la crisis global. (Diario Financiero, 20.10.09 (texto adaptado)
e) encogió un 8,28% el año pasado.
12
LÍNGUA ESPANHOLA
09- En el texto se dice que las exportaciones chilenas: 02- De acuerdo con el texto, las actividades económicas
a) se han reducido a US$ 6.700 millones. marginales en España:
b) rebasan las expectativas para el período. a) disminuirán si suben los impuestos.
c) tuvieron un alza de 35%. b) han aumentado.
d) se han diversificado. c) elevarán las cotizaciones al tesoro.
e) sólo crecieron hacia un destino. d) garantizan un aumento de los ingresos públicos.
e) ocupan a cerca de un millón de parados.
10- De acuerdo con el texto, en el informe de Aduanas
se dice que: 03- Dentro del texto, la palabra «chapuzas» significa:
a) el intercambio con China creció en ambas direcciones. a) pequeñas contravenciones.
b) los envíos a Estados Unidos se redujeron al 32%. b) obras sin arte ni esmero.
c) Europa es la que compró menos productos chilenos. c) contratos temporales.
d) las exportaciones totales de Chile se contrajeron. d) cursos de reciclaje profesional.
e) el comercio exterior chileno da señales de recuperación. e) subsidios fraudulentos.
Respostas: 01-A / 02-D / 03-E / 04-B / 05-A / 06-D / Período recesivo hasta 2010: UNAM
07-C / 08-B / 09-E / 10-D José Luis Calva Téllez, académico del Instituto de Investi-
gaciones Económicas de la Universidad Nacional Autónoma
Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil – 2009 – ESAF de México (UNAM), dijo que de aprobarse el paquete eco-
nómico del presidente Felipe Calderón, habría una pérdida
ESPANHOL en 2010 de 200 mil empleos y una contracción del Producto
La calle está tranquila Interno Bruto (PIB) de 1.8 por ciento. Para ese especialista, la
Zapatero ha declarado a Newsweek que para compro- inflación alcanzaría 6.1 por ciento anual a causa de las alzas
bar que España no se hunde «sólo hay que salir a la calle». de impuestos; y el déficit de la cuenta corriente se situaría en
Subraya así la paradoja de que no exista conflictividad social 12 mil millones de dólares.
con cuatro millones de parados. Tiene razón en parte, aun- Destacó que esos resultados negativos estarán influen-
que quizá debería preguntarse por qué la calle está tranquila ciados aún por la recesión económica del país, por la carga
y entonces su análisis no podría ser tan complaciente. Se- fiscal que se enfrentaría con la aprobación del presupuesto
gún publicamos hoy, la economia sumergida ha aumentado económico como lo presentó el Ejecutivo federal ante el
el 30% en el verano que ahora finaliza. Es el cálculo de los Congreso; y por la baja inversión que habrá por parte del
inspectores de Trabajo, que han estimado en 320 millones de sector privado. “La Secretaría de Hacienda y Crédito Público
euros la recaudación en multas para 2009, una cifra récord. está esperando que la economía de Estados Unidos levante a
Así pues, en el auge de la economía sumergida – de la que un México, pero en aquel país la recuperación se está enfocando
país no puede sentirse orgulloso, sino todo lo contrario – está a amortizar deudas y por consecuencia el consumo seguirá
la explicación de la calma de la calle, puesto que los parados deprimido”, indicó.
optan por las «chapuzas» para ir tirando. Aquí estaría la ex- (Excélsior, 22/09/09)
plicación de otro dato que Zapatero comentó, asombrado,
ante el Comité Federal: sólo 28.000 parados sin ingresos han 04- En el texto, la locución “de aprobarse” tiene valor:
solicitado los 420 euros, cuando los posibles beneficiarios de a) condicional.
esta medida son en torno a un millón. Como el subsidio lle- b) concesivo.
va aparejada la obligación de asistir a cursos de formación, c) temporal.
tal vez la mayoría de estos desempleados sin ingresos en d) causal.
realidad sí cobran por algún trabajo, aunque no declaran, ni e) imperativo.
cotizan. Ello quiere decir que la política social de Zapatero
se vuelve contra él y contra los que él dice proteger. El em- 05- De acuerdo con las declaraciones del académico de
pleo que se crea es clandestino por las rigideces del mercado La UNAM, recogidas en el texto, en 2010:
laboral y al subir los impuestos aumentará la economía del a) la inflación anual se elevará al 6,1%.
dinero negro. b) igual el sector privado invierte menos.
(El mundo, 22/09/09) c) a lo mejor se expande el PIB.
d) se enfocará la amortización de deudas.
01- En el texto se dice que en España no hay conflictivi- e) puede que desaparezcan empleos en México.
dad social:
a) por la solidez institucional. Los 17 mil chilenos con mayores ingresos entregan el
b) gracias a las prestaciones públicas asistenciales. 35% del impuesto a la renta
c) a pesar del desempleo. En Chile 1.329.297 personas pagan impuestos a la renta,
d) debido a la eficacia de la política laboral del gobierno. ya sea bajo la modalidad de segunda categoría o de global
e) pese al aumento de la recaudación por multas. complementario. A estas se suman otras 6.346.693 que si bien
son formalmente contribuyentes para los registros del Servicio
de Impuestos Internos (SII), en la práctica están en el primer
tramo impositivo, que es cero. De este 1,32 millón de chilenos,
13
LÍNGUA ESPANHOLA
el 1,27% está en el tramo más alto de impuestos – con una tasa debido a las dificultades para conseguir fondos que están
marginal del 40% – que es para quienes tienen ingresos de restringidos por la enorme demanda internacional de las na-
cerca de $5,5 millones de pesos mensuales o más. En conjunto, ciones desarrolladas para SUS paquetes de estímulo.
pagan más tributos al año que los bancos o todo el sector co- “A raíz de la crisis el papel del Estado ha crecido a niveles
mercio. De acuerdo con los datos del SII, este grupo es el res- que eran inimaginables años atrás”, dijo Fox, pero el Estado
ponsable del 35,1% de la recaudación por impuesto a la renta; dispone de menos recursos, de forma tal que “este momento
es decir, US$ 908 millones del total de US$ 2.589 millones que exige más de los ciudadanos que pagan impuestos, especial-
los contribuyentes chilenos aportan por este concepto. mente de aquéllos con más ingresos, que deberían tener que
Para el socio principal de Ernst & Young, Cristián Levefre, afrontar una mayor carga tributaria”, indicó. La funcionaria
la cifra demuestra que el grueso del aporte de impuestos lo destacó que según la Organización de Cooperación Económi-
entregan quienes más dinero reciben. Según él, existe una ca y Desarrollo menos de un 4% de los ingresos públicos en
discriminación entre los contribuyentes de los tramos altos. América Latina provienen de pagos de impuestos personales,
Los independientes – muchos de ellos empresarios – tienen comparado con un 27% en las naciones industrializadas.
opciones de desarrollar una planificación tributaria para re- (El Nacional, 29/09/09)
ducir el pago y los dependientes no las tienen. A su juicio,
Chile debería impulsar beneficios para este segmento, como 10- Según el texto, la reactivación económica de América
los que hay en economías más desarrolladas, como EE.UU., Latina tras la crisis financiera global:
Inglaterra y España, donde se deduce por pago de colegios e a) supondrá una mayor regulación de la intervención estatal.
intereses de créditos hipotecarios. b) demandará entre 350 y 400 mil millones de dólares.
(El Mercurio, 25/09/09) c) recabará más de toda la ciudadanía.
d) exigirá entre 350 y 400 millones de dólares.
06- Según el texto, el cobro del impuesto sobre la renta e) incidirá en los paquetes de estímulo de los países de-
en Chile: sarrollados.
a) se concentra en los mayores ingresos.
b) incluye a la mayoría de la población. Respostas: 01-C / 02-B / 03-B / 04-A / 05-E / 06-A /
c) alcanza al 35% de los trabadores. 07-C / 08-D / 09-E / 10-D
d) castiga a los autónomos.
e) es menor entre los empleados bancarios. Analista de Finanças e Controle – 2012 - ESAF
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LÍNGUA ESPANHOLA
01- De acuerdo con los expertos del banco holandés a) idea de excepción.
ING, El déficit fiscal previsto por las autoridades españolas: b) contraposición de ideas.
a) llegará a 21 mil millones de euros en 2012 y 2013. c) adición de otro elemento.
b) se logrará a duras penas. d) solamente.
c) no se alcanzará. e) afrenta.
d) contribuirá al saneamiento del sistema financiero.
e) supondrá ayudas externas superiores al 5% del PIB. CGR imputó Responsabilidad Fiscal al Ex Gobernador
Luis Alfredo Ramos y dos de sus ex secretarios
02- Según las previsiones del ING, el desfase entre ingre- La Contraloría General de la República (CGR) imputó
sos y gastos de las cuentas públicas españolas en 2012 y 2013: cargos de responsabilidad fiscal, por un presunto detrimen-
a) será consecuencia de la recesión y de incumplimientos to patrimonial superior a $18 mil millones de pesos, contra
en las autonomías. el ex Gobernador de Antioquia, Luis Alfredo Ramos Botero,
b) superará en 5,3% lo previsto por el gobierno. los ex secretarios de Infraestructura Física, Mauricio Restrepo
c) exigirá financiación externa dentro del sistema europeo. Gutiérrez y María Cristina Mesa Zapata, 10 consorcios y unio-
d) se deberá a la crisis del sector inmobiliario. nes temporales que abarcan 20 empresas de obras civiles y
e) estará por debajo del 5% del PIB. la Fundación para el Buen Gobierno (hoy Fundación Cubo).
La decisión se origina al verificar, en más de 22 indagaciones
Europa ha fracasado en la política de empleo: OIT preliminares y procesos fiscales, que hubo deficiencias en
Los gobiernos europeos han fracasado en la política de la planeación contractual, demoras injustificadas en la eje-
empleo, según reporta la Organización Internacional Del Tra- cución de las obras contratadas y adiciones no justificadas,
bajo (OIT) en su nuevo informe “Mundo del trabajo”, donde entre otras irregularidades.
señala que con sus programas de ahorro, los países europeos, De otra parte, es importante señalar que en desarrollo de
sobre todo los del sur, no se han centrado en crear puestos las indagaciones preliminares y procesos de responsabilidad
de trabajo, sino en recortar el déficit. El autor principal del fiscal que se adelantaron en su momento sobre estos hechos,
informe, Raymond Torres, apela en su análisis a los países a en las vigencias 2008 a 2010, se presentaron situaciones irre-
que emprendan “un cambio dramático” en el rumbo político. gulares en la actuación de funcionarios de la CGR de la ge-
Agrega que la estrategia de los países europeos de reducir el rencia departamental de Antioquia de esa época, que fueron
déficit apuntaba a allanar el camino a una mayor inversión y puestos en conocimiento de la Fiscalía General de la Nación,
crecimiento; “pero esas expectativas no se han cumplido”, por Regional Medellín.
su incapacidad de estimular la inversión privada. (Adaptado de Controlaría General de la República de
El director de la investigación señala que “la intensa con- Colombia, 16.04.12)
centración de muchos países de la eurozona en La política de
ahorro ha profundizado la crisis de empleo y podría conducir 05- En el texto se dice que la Contraloría General de Co-
a más recesión en Europa”. Por el contrario, aquellos países lombia:
que apuestan por una política de fomentar el empleo arrojan a) calculó pérdidas patrimoniales de $18 mil millones de
mejores datos económicos. “Tenemos que observar bien esa pesos, imputables al ex Gobernador de Antioquia.
experiencia y sacar conclusión de ello”, añadió. Desde 2011 el b) informó a la Fiscalía sobre la participación de funcio-
desempleo vuelve a crecer. narios de la CGR en actos de cohecho.
Y especialmente problemático considera esta agencia de c) abrió 22 procesos contra el ex Gobernador de Antio-
la ONU el desempleo juvenil y de larga duración. Para los paí- quia y funcionarios de su gobierno.
ses industrializados, la OIT no espera una recuperación en las d) reconoció la implicación de funcionarios suyos en El
cifras del desempleo hasta 2016, cuando habrá cifras como desvío de recursos públicos.
las de antes de la crisis de 2008. e) acusó al ex Gobernador y descubrió irregularidades en
la actuación de funcionarios de la CGR.
La Jornada en línea 30.04.12 http://www.jornada.
unam.mx/ Respostas: 01-D / 02-B / 03-A / 04-C / 05-A
Últimas/2012/04/30/103310864-acusa-oit-a-euro-
pa-de-fracasar-en-la política-de-empleo) ENGENHARIA – 2011 - CESGRANRIO
ESPANHOL
03- Según el texto, la política europea de empleo ha fra- Texto I
casado porque: Wikileaks y la transparencia energética
a) se han incumplido los programas de austeridad. Las filtraciones de Wikileaks que están sacudiendo a la
b) ha aumentado el desempleo juvenil. opinión pública mundial también hablan de energía y no, en
c) ha habido un cambio de modelo productivo. este caso, para contar cotilleos sino para mostrar la inseguridad
d) ha continuado alto el déficit fiscal. que rodea la geopolítica del gas, del petróleo y de la energía
e) ha faltado incentivo a la inversión. nuclear. Los negocios del gas que tanto perjudican a la segu-
ridad europea, el descontrol en torno a la energía nuclear y la
04- En las líneas 5 y 6 del texto (…no se han centrado en búsqueda de uranio, las cifras infladas del petróleo, los riesgos
crear puestos de trabajo, sino en recortar el déficit), La pala- en torno a oleoductos y rutas de abastecimiento, el desastre de
bra “sino” denota: la cumbre de Copenhague sobre cambio climático, son algunas
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LÍNGUA ESPANHOLA
de las revelaciones de estos documentos del Departamento de Javier García Breva es presidente de la Fundación Re-
Estado norteamericano que confirman y ratifican los riesgos de novables.
mantener un sistema energético dependiente al 100% de fuen- Fuente: El País
tes energéticas que no podemos controlar en absoluto, ni en Disponible en: http://calentamientoglobalclima.org/
sus costes, ni en sus precios ni en sus riesgos. (Adaptado)
En Wikileaks también se puede leer cómo el Ministro del
Petróleo de Arabia Saudí apoyó decididamente la energía solar 01- El fragmento del Texto I que permite identificar una
para evitar la mala imagen de los países petroleros que se opo- crítica explícita del autor es:
nían a la reducción de emisiones en la cumbre de Copenhague. (A) “El precio del CO2 se va a multiplicar hasta 2020 (…).”
El mismo doble lenguaje que se utiliza con las energías reno- (línea 25-26)
vables se aplica también a la lucha contra el cambio climático. (B) “Cada vez es más evidente que la pasividad va a resul-
El precio del CO2 se va a multiplicar hasta 2020 y su impacto tar más cara.” (línea 30-31)
en la economía va a ser mayor a partir de 2012, cuando los
(C) “La contaminación atmosférica ya provoca más muer-
derechos de emisión no se repartan gratuitamente; mientras,
tes que la carretera (…).” (línea 31-32)
tan sólo una décima parte de las empresas lo tienen en cuenta.
(D) “La Agencia Española de Meteorología ha anunciado
Cada vez es más evidente que la pasividad va a resultar más
cara. La contaminación atmosférica ya provoca más muertes que un incremento de 6 grados de la temperatura en los próxi-
la carretera y se extiende como una nueva epidemia invisible con mos 60 años.” (línea 38-40)
costes cada vez mayores. En nuestras costas es frecuente ver (E) “La crisis de 2008 tuvo su origen en la subida de los
cómo todos los años se repone la arena de las playas y los daños precios del crudo en el verano de 2004 (…).” (línea 51-52)
de sus paseos marítimos por los fenómenos cada vez más extre-
mos del clima y de los mares. La Agencia Española de Meteoro- 02- La lectura del primer párrafo posibilita inferir que Wi-
logía ha anunciado un incremento de 6 grados de la temperatura kileaks a veces tiene como objetivo reproducir:
en los próximos 60 años cuando el riesgo admitido tan solo es (A) descontrol
de 2 grados. ¿Alguien ha calculado el coste económico y de bie- (B) riesgos
nestar de un cambio tan espectacular? Ningún gobierno piensa (C) chismes
en periodos de décadas y a pesar de que las evidencias crecen, (D) inseguridad
se prefiere un discurso más complaciente o simplemente ignorar (E) filtraciones
el riesgo del cambio climático. Los resultados de la cumbre de
Cancún esconden una nueva falta de transparencia y la misma 03- Acerca de las palabras costas (línea 34) y costa (línea
codicia que está en el origen de la crisis financiera de 2008 y de 59) se afirma que:
la que en estos momentos ya se está gestando. (A) la primera tiene como idea fatiga o dispendio causa-
La crisis de 2008 tuvo su origen en la subida de los precios do por algo.
del crudo en el verano de 2004 que acabó provocando la subi- (B) la segunda se refiere a orilla, sea del mar, de un río o
da de los tipos de interés y la ruina de las hipotecas basura. Seis de un lago.
años después el petróleo vuelve a encarecerse; ahora debería- (C) la segunda forma parte de una locución equivalente
mos estar advertidos. Todo el mundo parece saber el coste de a: A expensas de, por cuenta de.
las renovables pero nadie conoce el coste real de los combus- (D) la última significa parte posterior del tronco de un
tibles fósiles y de la energía nuclear a medio y largo plazo. (...) Y animal y solo se usa en plural.
aún a costa de no difundir que los pequeños avances registra- (E) poseen significados equivalentes con una simple di-
dos, como la reducción de emisiones en el sector energético, se
ferencia de número.
han debido a la mayor producción de renovables.
Urge resolver estas contradicciones: no se puede defender
04- De acuerdo con el autor:
la creación de empleo a través de la economía verde con una
(A) la contaminación atmosférica, además del gran nú-
regulación que los destruye y deslocaliza la industria nacional de
renovables; no se puede defender las renovables en los discursos mero de muertes que ya ha provocado, sigue aumentando y
e imponer, a la vez, un mayor consumo de carbón y de gas. Es presupone costes todavía mayores.
preciso pasar de una cultura energética que promueve el mayor (B) la ruina de las hipotecas basura y la subida de los
consumo de combustibles fósiles a otra que se base en el ahorro tipos de interés son los hechos que deflagraron las crisis de
de energía y de emisiones de CO2. No se trata de crear nuevos 2004 y 2008.
impuestos, sino de incentivar fiscalmente los hábitos de ahorro (C) los resultados de la cumbre realizada en Cancún han
sobre el despilfarro y promover de esta manera el uso racional de escondido las consecuencias negativas de la crisis financiera
la energía. Hace años lo conseguimos con la cultura del agua y de 2008.
hoy nadie lo cuestiona. Hagamos lo mismo con la energía. Esa es (D) el impacto del precio del CO2 en la economía em-
la propuesta de corresponsabilidad de la Fundación Renovables, pezará en el año de 2012 y seguirá hasta 2020, a partir de la
porque esa nueva cultura energética no corresponde en exclu- repartición de sus derechos gratuitos de emisión.
siva al consumidor eléctrico sino a todos los consumidores de (E) es imprescindible la defensa de las renovables en los
energía, en las empresas, el transporte, los hogares y las ciuda- discursos y, a la vez, la imposición de un gran consumo de
des. Es una cuestión de equidad y de transparencia, la misma que carbón y de gas.
nos hace creer firmemente que la sociedad civil no ha muerto.
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LÍNGUA ESPANHOLA
05- El último párrafo posibilita inferir que él término ah- ADMINISTRAÇÃO – 2011 - CESGRANRIO
orro (línea 71) en el texto significa el resultado de: ESPANHOL
(A) diferenciar, variar, desunir o desviar. Texto I
(B) evitar un gasto o consumo mayor. Lo que nos enseñan a los economistas
(C) exceder de lo debido. Muhammad Yunus
(D) contravenir a lo razonable. Discurso de aceptación del premio “Ayuda a la Auto-ayu-
(E) quebrantar un precepto. da” de la Fundación Stromme. 26 de septiembre de 1997,
Oslo, Noruega. No me enseñaron a entender la iniciativa per-
06- El conectivo sino en “No se trata de crear nuevos sonal. Me enseñaron, como a todos los estudiantes de cien-
impuestos, sino de incentivar fiscalmente los hábitos de ah- cias económicas, a creer que toda la gente, a medida que va
orro sobre el despilfarro y promover de esta manera el uso creciendo, debe prepararse para conseguir empleo en el mer-
racional de la energía” (línea 72-75) denota idea de: cado laboral. Si Ud. No logra conseguir un puesto, se inscribe
(A) concomitancia para recibir ayuda del gobierno. Pero no podía sustentar estas
(B) coincidencia creencias cuando me enfrenté a la vida real de los pobres en
(C) espacio Bangladesh. Para la mayoría de ellos, el mercado de trabajo
(D) explicación no significaba mucho. Para sobrevivir, se concentraban en sus
(E) adversidad propias actividades económicas. Pero las instituciones políti-
cas y económicas no se daban cuenta de su lucha. Eran re-
07- La historia del Texto II se desarrolla desde: chazados por las instituciones formales, sin haber hecho nada
(A) relato de experiencia para merecerlo. Me asombraba ver como sufrían los pobres
(B) contra argumentación porque no podían conseguir una pequeña suma de capital de
(C) elementos de fábulas trabajo - la cantidad que necesitaban era inferior a un dólar
(D) simultaneidad de hechos por persona. Algunos de ellos sólo podían conseguir el dinero
(E) crítica a la humanidad en condiciones muy injustas. Tenían que vender los bienes al
prestamista al precio arbitrario que él decidía.
08- El conocimiento acerca de las tiras cómicas y los ele- Creamos instituciones y políticas basadas en la manera en
mentos no verbales permiten afirmar que la conversación en que hacemos suposiciones sobre nosotros y otros. Aceptamos
el Texto II se establece entre el chico y: el hecho que siempre habrá pobres entre nosotros. Por eso he-
(A) un personaje que no forma parte de la tira. mos tenido gente pobre entre nosotros. Si hubiéramos creído
(B) el muñeco que tiene en las manos. que la pobreza es inaceptable para nosotros, y que no debe
(C) otro personaje en la propia tira. pertenecer a un mundo civilizado, habríamos creado institucio-
(D) sus amigos. nes y políticas apropiadas para crear um mundo sin pobreza.
(E) la conciencia ambiental. Queríamos ir a la Luna - y fuimos a ella. Queríamos comuni-
carnos unos con otros muy rápidamente - por lo que hicimos
09- En el segundo cuadro de la tira se identifica: los cambios necesarios en la tecnología de las comunicacio-
(A) narración omnisciente en tercera persona. nes. Logramos lo que queremos lograr. Si no estamos logrando
(B) oposición a lo que se dice el primer cuadro. algo, mi primera sospecha recae sobre la intensidad de nuestro
(C) contradicción entre los elementos verbales. deseo de lograrlo. Creo firmemente que podemos crear un
(D) remisión a otro texto de conocimiento general. mundo sin pobreza, si queremos. En ese mundo, el único lu-
(E) antagonismo en lo que se refiere a la totalidad de la gar para ver la pobreza es en un museo. Cuando los escolares
historia. visiten el museo de pobreza, se horrorizarán al ver la miseria e
indignidad de los seres humanos. Culparán a sus antepasados
10- Acerca de los Textos I y II se asevera que: por tolerar esta condición inhumana de una manera masiva.
(A) el segundo presenta lenguaje informal con exceso de Grameen me ha enseñado dos cosas: primero, nuestra
jergas. base de conocimientos sobre las personas y como actúan to-
(B) el enunciador del Texto I es neutro e imparcial. davía es inadecuada; segundo, cada persona es muy impor-
(C) los dos presentan foco descriptivo de los objetos. tante. Cada persona tiene gran potencial. Ella sola puede influir
(D) la temática acerca del medio ambiente es común. en las vidas de otros en comunidades, y naciones - dentro y
(E) solamente el Texto II presenta una crítica explícita. más allá de su propio tiempo. Cada uno de nosotros tene-
mos en nuestro interior mucho más de lo que hemos tenido
Respostas: 01-B / 02-C / 03-C / 04-A / 05-B / 06-E / 07-A oportunidad de explorar hasta ahora. A menos que creemos
/ 08-C / 09-D / 10-D un ambiente favorable para descubrir los límites de nuestro
potencial, nunca sabremos lo que tenemos dentro. Grameen
me ha dado fe, una fe inquebrantable en la creatividad de los
seres humanos. Esto me lleva a creer que los seres humanos no
nacen para sufrir la desdicha del hambre y la pobreza. Sufren
ahora, y sufrieron en el pasado porque ignoramos al tema.
Disponible en: <http://isis.faces.ula.ve/computa-
cion/emvi/textos/
yunus-economia.htm>. Acceso en: 09 oct. 2011.
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10- El Texto II presenta la idea de que: estructurales disponibles a nivel europeo, la introducción de
(A) la historia universal se cuenta para ilusionar y engañar una tasa a las transacciones financieras, la creación de una base
a los excluidos. imponible justa y la lucha contra el fraude fiscal. (EFE)
(B) la prensa local y la prensa roja ignoran a los desfavo- Disponible en: :
recidos. <http://laverdad.es/agencias/20110916/economia/
sindicatos-europeos-presentan-receta-con-
(C) las supersticiones son insuficientes para cambiar la tra-201109161528>.
vida de la gente pobre. Acceso en: 30 sept. 2011. Adaptado.
(D) los desfavorecidos cuentan con la lluvia para mejorar
sus cosechas. 01- Además de la voz del autor, la noticia reúne voces de
(E) los nadie aceptaron su destino y ya no esperan por otras personas, cuya función sería aportarle al texto:
mejores días. (A) autoridad
(B) cohesión
Respostas: 01-E / 02-D / 03-B / 04-A / 05-C / 06-E / 07-D (C) creatividad
/ 08-E / 09-B / 10-C (D) oposición
(E) realidad
TÉCNICO(A) DE ARQUIVO – 2011 - CESGRANRIO
ESPANHOL 02- En el quinto párrafo, se puede sustituir el término
Texto I ralentización (línea 26), sin perjudicar el sentido del texto, por:
Sindicatos europeos presentan su receta contra la crisis (A) especulación
Crisis en Europa (B) financiación
La Confederación Europea de Sindicatos (CES) presentó hoy (C) lentificación
su receta contra la crisis en Breslavia (Polonia), donde se cele- (D) restructuración
bra una reunión de ministros de Finanzas de la Unión Europea. (E) sindicalización
La CES ha convocado una manifestación para el sábado en la
03- El Texto I aborda actitudes y comportamientos de
ciudad polaca, en la que calcula que participarán unos 40.000
personas y entidades. Con relación a eso, ¿cuál de las siguien-
trabajadores de toda Europa.
tes lecturas encuentra correspondencia de sentido en el texto?
La “euro manifestación” recorrerá las calles de Breslavia para
(A) El presidente de los sindicatos, Ignacio Fernández
mostrar el desencanto con las medidas de austeridad y pedir a
Toxo, asevera que no se puede permitir de ninguna forma
los titulares de Economía comunitarios medidas urgentes que
que los mercados financieros y las agencias de calificación
permitan la creación de empleo en el continente.
sean los que manejen la situación.
“Después de dos años de una crisis devastadora, los líderes (B) El secretario general de la CCOO afirma que los Fon-
europeos deben apostar por la solidaridad y no dejar que los dos estructurales disponibles a nivel europeo y el Fraude
mercados financieros y a las agencias de calificación tomen el Fiscal son los principales responsables de la crisis que se ha
mando”, explicó la secretaria general de la CES, Bernadette Ségol. instaurado en Europa.
El presidente de la CES y secretario general de CCOO (Es- (C) La Confederación Europea de Sindicatos (CES) pro-
paña), Ignacio Fernández Toxo, lamentó las malas políticas de- puso medidas de austeridad que impiden a los titulares de la
sarrolladas por la Unión Europea (UE), especialmente “a partir de Economía seguir con la creación de empleo en el continente.
mayo de 2010”, ya que “han puesto el acento en la reducción del (D) La secretaria general de la CES se compadece del au-
déficit público, lo que a su vez está provocando una ralentización mento de los paros, de la calidad precaria de las condiciones
en la salida de la crisis y el aumento del desempleo”, dijo. de trabajo y también de la presión sobre los salarios y sobre
Toxo presidirá la manifestación de mañana, que transcurrirá el sistema de relaciones laborales.
por la capital de la Silesia polaca mientras los ministros de Econo- (E) Los poloneses han hecho una manifestación en Bres-
mía de la UE mantienen a escasos metros un encuentro informal lavia en contra las medidas de austeridad y las medidas ur-
para debatir el futuro del rescate a Grecia y las medidas para su- gentes que permiten la creación de empleo en el continente.
perar la crisis del euro.
“Es preciso resolver de forma urgente el segundo rescate 04- En el tercer y cuarto párrafo del Texto I, se encuen-
griego y es preciso enviar un mensaje urgente al mundo finan- tran varias comillas. La justificación para su uso es:
ciero que deje claro que Europa está dispuesta a sostener la mo- (A) 3er - destacan una palabra que forma parte del cas-
neda única”, explicó el sindicalista español, quien defendió que tellano.
así se evitarán movimientos especulativos como los que provo- (B) 3er - determinan enumeración de elementos.
caron “una situación dramática como la vivida en el pasado mes (C) 4o - marcan la introducción de voz distinta a la del
de agosto”. autor.
“Nos encontramos en un tiempo muy difícil y en ocasiones (D) 4o - traducen un equívoco del autor.
sentimos que estamos al borde del colapso”, reconoció Ségol, (E) En los dos párrafos porque señalan el discurso di-
que lamentó el aumento del paro, la precariedad laboral y la recto libre.
presión sobre los salarios y el sistema de relaciones laborales. La
CES recordó que sus recetas pasan por la solidaridad en Europa,
incluyendo la activación de los eurobonos, el uso de los fondos
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05- En el texto I, el conectivo mientras (línea 29) tiene Artículo 19 asegura que la periodista cuenta con una am-
sentido de: plia red de apoyo y que su estado anímico es bueno. “Ella es
(A) adversidad una persona muy fuerte, muy consciente de los riesgos que
(B) analogía sufre, pero a la vez muy apegada a sus convicciones. Por eso
(C) causa sabe que esta lucha no es sólo por ella, sino también por
(D) comprobación muchos otros periodistas”.
(E) concomitancia La activista empezó a recibir amenazas y agresiones des-
pués de publicar en el año 2005 el libro Los Demonios del
06- En el texto I, a escasos metros (líneas 30-31) es una Edén, en el que denunció una red de pornografía infantil que
locución: habría actuado con el conocimiento y la protección de políti-
(A) causal cos y empresarios de los estados de Quintana Roo y Puebla.
(B) consecutiva Internet: <http://internacional.elpais.com> (adaptado).
(C) temporal
(D) de lugar 01- Según el texto, Lydia Cacho:
(E) de conformidad A) es una periodista que fue amenazada cuando estaba
07- Una de las conclusiones a la cual se puede llegar por en su oficina.
medio del análisis de la viñeta es que: B) afirmó que jamás regresará a México.
(A) el autor del chiste en un dado momento se dirige C) recibió una llamada amenazadora por equívoco; en
directamente hacia el lector. realidad, la amenaza iba dirigida a un compañero.
(B) el tema regional elegido dificulta la comprensión del D) está escondida en algún lugar de México.
texto. E) ejerce una profesión que está relacionada con la infor-
(C) la coherencia se construye por medio de elementos mación y la investigación.
no verbales.
(D) la última viñeta comprueba la compasión del banquero. 02- El vocablo “suceso” (R.5) podría sustituirse correcta-
(E) ambos los interlocutores utilizan el tratamiento formal. mente por:
08- En el Texto II, en “Ya sabes lo que dice nuestra publi- A) investigación.
cidad”, el lo se refiere a: B) presunto.
(A) Entre “banco” y “cobran” solo hay una letra de dife- C) secuestro.
rencia. D) hecho.
(B) Para nosotros tú eres lo más importante. E) éxito.
(C) ¿Qué más quieren?
(D) Queremos tu sangre, tus huesos, tu piel. 03- De acuerdo con el texto:
(E) Te queremos a ti. A) Lydia Cacho muestra señales de arrepentimiento del
trabajo que realiza.
Respostas: 01-A / 02-C / 03-D / 04-C / 05-E / 06-D / 07-A B) las amenazas que Lydia Cacho está recibiendo son re-
/ 08-B cientes.
C) el Estado ha respondido rápida y eficazmente a la si-
Oficial Combatente – 2012 - CESP tuación vivida por Lydia Cacho.
Espanhol D) en 2005 Lydia Cacho publicó una obra en la que de-
La periodista Lydia Cacho abandona nuncia la ocurrencia de abuso infantil con el beneplacito de
México tras las últimas amenazas algunos políticos y empresarios.
La periodista Lydia Cacho ha decidido abandonar México E) Lydia Cacho se siente bastante abandonada por sus
después de haber recibido varias amenazas de muerte en las compañeros en su lucha.
últimas semanas. Cacho ha aclarado que su marcha es tem-
poral. “Sólo Salí mientras hacemos estrategia de seguridad. Respostas: 01-E / 02-D / 03-D
Nadie me sacará de mi hogar”.
El último suceso que empujó a la escritora a tomar esta PROFESSOR DE ESPANHOL – 2011 - CLICK
decisión fue la amenaza recibida mientras se encontraba en su Espanhol
domicilio de Cancún. La página web de Amnistía Internacional El daño del tabaco se manifiesta desde el primer cigarrillo
México cuenta que Cacho atendió una llamada al creer Un estudio detecta anomalías genéticas en todos los
que se trataba de un compañero de trabajo que intentaba pulmones expuestos al humo los genes de los pulmones se
localizarla. alteran desde el primer momento en que entran en contacto
Ricardo González, portavoz de Artículo 19, ha confir- con el humo del tabaco. Así lo ha descubierto un trabajo del
mado que la periodista estará “momentáneamente fuera de Hospital Presbiteriano de Nueva York y la facultad de Medici-
México hasta que se den las condiciones para que pueda de- na Cornell, que han analizado material de 121 personas. Entre
sarrollar su vida dentro con normalidad”. La asociación que ellas había fumadores habituales, ocasionales y no fumadores.
defiende los derechos de los profesionales de la comunica- Para medir su exposición al humo se buscaron los metabolitos
ción considera que el Estado ha respondido de manera “muy de la nicotina en su orina. Y el resultado fue una relación di-
lenta y a cuentagotas” en este caso. recta: a más exposición, más alteraciones genéticas y esto es
lo importante en este caso, que no había humo sin cambios.
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LÍNGUA ESPANHOLA
“Hemos encontrado efectos directos en el funcionamien- 04- “Hemos encontrado efectos directos en el funciona-
to de los genes de las células de la pared de los bronquios miento de los genes de las células de la pared de los bron-
y alveolos incluso a los niveles más bajos de exposición” al quios y alveolos incluso a los niveles más bajos de exposi-
humo, ha dicho Ronald Crystal, director del estudio. Lógica- ción” - La palabra destacada en negrito del fragmento
mente, “el efecto genético es mucho menor”entre quienes no podría ser perfectamente sustituida sin alteraciones en
fuman “que en los fumadores habituales, pero eso no impli- el significado de la oración por:
ca que no haya consecuencias para su salud”. “Esos defectos a) habría una perfecta sustitución con el empleo de
genéticos son como los canarios que se usaban en las minas “aun”.
para detectar el grisú”, continúa su explicación Crystal. “En b) podrá ser sustituida por “por lo menos”.
los no fumadores pía un poco; en los fumadores, gritan”. Los c) podría ser sustituida por “también”.
autores creen que sus conclusiones son un claro apoyo para d) habría una perfecta sustitución con el empleo de
las regulaciones más restrictivas del tabaco de segunda mano “aún”.
(el que inhalan los no fumadores).
El trabajo lo ha publicado American Journal of Respiratory En el texto, los personajes hablan , hablan entre ellos ,
and Critical Care Medicine. exponer ideas. Cuando el narrador cuenta lo que decían, la
http://www.elpais.com/articulo/sociedad/dano/taba narrativa inserta una línea que no es el suyo , cita habla de
co/manifiesta/primer/cigarrillo/elpepusoc/2010082 su compañero . Hay tres formas principales para reproducir
0elpepusoc_5/Tes el discurso de los personajes : el habla directa, indirecta y
habla del discurso indirecto libre .
01- En el siguiente fragmento del artículo de perió-
dico – “Los genes de los pulmones se alteran desde el primer citación directa
momento en que entran en contacto con el humo del taba- “Lejos de los ojos...”
co…”- la palabra destacada en negrito está:
a) mal empleada, pues debido a la palabra momento, lo - ¡Padre mío! John Aguiar dijo con un tono de resenti-
miento que ha embrujado al Comandante .
correcto sería la apócope “primer”
- ¿Qué es? Preguntado esto.
b) mal empleada, pues la palabra momento en español
John Aguiar no respondió. Frente y El Comandante ar-
es femenina
rugou cuestionó el hijo ruptura silenciosa . No lea más adi-
c) adecuadamente empleada, pues está acompañada
vinado algo desastroso ; desastroso , significaba para
por el artículo masculino en el singular
los cálculos de la configuración política o asuntos polí-
d) adecuadamente utilizada, pues acompaña el artículo
tico- civil, como el mejor nombre.
masculino en el singular y la palabra momento
- ... Si usted comenzó diciendo Commander te des por
02- “Así lo ha descubierto un trabajo del Hospital vencido .
Presbiteriano de Nueva York y la facultad de Medicina - Que yo saliendo? Alegremente interrumpió el hijo .
Cornell, que han analizado material de 121 personas” – Machado de Assis . Cuentos . 26 Ed Sao Paulo , Áti-
Sería posible decir que el autor ha utilizado el Pretérito ca, 2002 , p . 43 .
Perfecto del Indicativo en las dos situaciones destacadas
porque: El narrador introduce el discurso de los personajes, un
a) al autor le gusta este tiempo del Pretérito ya que es padre y su hijo, y luego , como quien pasa la palabra a ellos
compuesto. y les permite hablar. Vemos que las partes introductorias
b) el autor se refiere a un estudio y descubierta recientes, pertenecen al narrador (por ejemplo, Juan Aguiar dijo con
por eso emplea el Pasado Perfecto. un tono de resentimiento que está embrujado Comandan-
c) ha sido apenas una opción verbal más, una vez que te ) y las líneas , los personajes, (por ejemplo, Mi padre).
cualquier tiempo del pasado desarrollaría la misma función. El estilo directo es el recurso de citar el discurso de otro
d) el autor se refiere a un estudio y descubierta muy an- en el que el narrador introduce el discurso del otro, y luego
tiguos, por eso emplea el Pasado Perfecto. reproduce literalmente su intervención .
Las comillas son:
03- La expresión señalada en el siguiente fragmento
del texto equivaldría, en portugués, a: - El discurso de los personajes es, en principio , anun-
“Los autores creen que sus conclusiones son un claro apoyo ciada por un verbo ( dijo y se detuvo y le preguntó si el niño
para las regulaciones más restrictivas del tabaco de segunda y empezó a decir que si el padre) llamado “verbo de decir”
mano (el que inhalan los no fumadores)” (cómo reclutar, réplica, indicando , Get- operar declaran y
a) do cigarro mais barato. similares) que puede aparecer antes o después de la mitad
b) do cigarro de menor qualidade. del discurso de los personajes (en nuestro caso, se produjo
c) do fumo restrito. después);
d) do fumo passivo. - El discurso de los personajes aparecen claramente
separado del narrador habla, entre comillas , dos puntos,
guiones o comas;
21
LÍNGUA ESPANHOLA
- Pronombres personales, tiempos verbales y palabras cuenta que las frases en estilo directo tiene las formas in-
que denotan el espacio y el tiempo (por ejemplo, los pro- terrogativas, exclamativas e imperativas que se convierten,
nombres demostrativos y adverbios de lugar y tiempo) se en el discurso indirecto, en las oraciones declarativas .
utilizan en relación con el carácter de la persona, el mo-
mento en que habla dice “yo”, el espacio en que se encuen- Ella me preguntó: ¿quién está ahí?
tra aquí y es tiempo de hablar es ahora. Ella preguntó quién estaba allí.
Estilo Indirecto Las interjecciones y los vocativos desaparecen en el
discurso directo o estilo indirecto tiene su valor semántico
Observar un fragmento del mismo cuento de Machado explícito, es decir , se traduce el significado que expresan.
de Assis :
El loro dijo: ¡Oh! Aquí viene el zorro.
“Un día, Serafina Tavares recibió una carta diciéndole El loro dijo admirado (explicación del valor semántico
que nunca volver a casa de su padre, por lo que has de- de la interjección ¡oh!) Que la distancia llegó el zorro.
mostrado en los últimos tiempos malo de la película que Si el discurso citado (el habla Personaje) incluye un “yo”
había estado allí .” o “usted” que no se encuentran entre las personas que ci-
tan el discurso (discurso del narrador) , se convierten en
Idem . Ibid, p. 48 . un “él”, como el discurso citado contiene una “aquí” no se
corresponde con el lugar de su entrega citando el discurso
En este caso el narrador menciona que Tavares dijo , se convierte en un”no”.
Serafina, utiliza otro procedimiento: no reproduce literal-
mente las palabras de Tavares, pero se comunica con sus Peter dijo que en París: - Aquí me siento bien.
palabras, lo que dice el personaje. El discurso de Tavares no
llega al lector directamente, sino por una indirecta, es decir, I (el discurso citado persona que no está citando el dis-
a través de las palabras del narrador. Por esta razón, este curso) lo convierte; aquí (espacio discurso citado que es
recurso se llama el estilo indirecto. diferente del lugar donde se pronunció el discurso citando
Entre las principales marcas de estilo indirecto son: a) se convierte allí:
- Los informes de los personajes también se ha intro- - Pedro dijo que se sentía bien allí.
ducido por un verbo de decir;
- Los informes de los personajes son directamente Si la persona citada expresión, es decir, el discurso del
cláusula subordinada objetivo sustantivo del verbo que de- personaje (yo, tú, él) tiene un correspondiente citando el
cir y por lo tanto, se separan de la voz del narrador por una discurso, que ocupa el estado que tiene en esta última.
partícula introductoria normalmente “ que” o “ si “;
- Pronombres personales, tiempos verbales y palabras María me dijo: - Te quiero .
que denotan el espacio y el tiempo (como los pronombres
demostrativos y adverbios de lugar y tiempo) se utilizan y El discurso de “usted”, citado corresponde al “ yo” de
se comparan con el narrador , cuando habla y el espacio citar . Así que “usted” es “yo”:
que se encuentra .
- María me dijo que me amaba .
La aprobación de Estilo indirecto directo a voz
Con respecto a los tiempos, el más común es que el
Pedro dijo: verbo es decir, en el tiempo presente o pasado . Cuando
- Voy a estar aquí mañana. el verbo es decir, en este discurso y el personaje está en el
regalo presente, pasado o futuro , los tiempos siguen sien-
En el discurso directo, el personaje de Peter dice “yo”; do el paso de estilo directo a indirecto. Si el verbo está en
“aquí” es el lugar donde el personaje es; “Mañana” es el día tiempo pasado que decir, los cambios que se producen en
siguiente, cuando se habla. Si pasamos esta frase al estilo el discurso del personaje son las siguientes:
indirecto será:
Discurso directo - Estilo indirecto
Peter dijo que estaría allí al día siguiente . Presente - Pasado continuo
Perfect Present - pluscuamperfecto Pasado
En el estilo indirecto, el “yo” es porque va a haber al- Futuro - Future perfect
guien que habla el narrador; sería futuro anterior es: tiene
que ver con el tiempo pasado habla del narrador (dijeron) Joaquim dijo: - Comprar todo.
el tiempo, y no el discurso del personaje, como se hará; no - Joaquim dijo que compró todo.
es el espacio en el que el personaje (no el narrador) tenía
que ser; Al día siguiente es el día que viene después del Joaquim dijo: - Yo compré todo.
momento de su designado discurso del personaje . - Joaquim dijo que había comprado todo.
En la transición de directo a indirecto, debe tenerse en
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LÍNGUA ESPANHOLA
Joaquim dijo - me voy a comprar todo. Esta forma de citación del habla de otras personas tie-
- Joaquim dijo que compraría todo. ne sus propias características que son a la vez el discurso
directo e indirecto. Las características de discurso indirecto
Discurso indirecto libre libre son:
“(...) Al día siguiente Fabiano volvió a la ciudad, pero - Allí verbos significan anunciando los discursos de los
cercana a la operación señaló que las operaciones de Vi- personajes ;
tória, como de costumbre, diferían del jefe. Nos quejamos - Estos no son hechos de partículas como “ que” y “es”
y nos dieron la explicación habitual: la diferencia se deriva no separados por puntuacion ;
de los intereses . - El discurso indirecto libre contiene , ya que el discurso
directo , frases e interjecciones interrogativas , imperativas
No estaba satisfecho: había trampa. Fue duro, sí señor, y exclamativas y otros elementos expresivos ;
se podía ver perfectamente que era horrible, pero la mujer - Los pronombres personales y demostrativos , las pa-
tenía granos. Seguramente hubo un error en el libro blan- labras indicadoras de espacio y tiempo se utilizan de la
co. No descubrió el error, y Fabiano perdió los estribos . misma manera como en el discurso indirecto. Por lo tanto ,
Pasar toda una vida por lo que el muñón , la entrega de lo el verbo ser, en el ejemplo anterior , se produce en el tiem-
que se entregó a él! Lo que estaba en lo cierto? Trabajando po imperfecto , no el presente ( es ) como en el discurso
como carta emancipación negro y nunca conseguir! directo . Del mismo modo que el pronombre se produce en
Graciliano Ramos. Vidas estéril. la forma que, como en el estilo indirecto .
28 Ed Sao Paulo Martins, 1971 , p . 136 .
En este texto, dos voces se mezclan: el narrador y Fa- Funciones de los diferentes modos de citar el discurso
biano. No hay indicadores que aclaren exactamente donde de otros
el narrador comienza a hablar y dónde empieza el perso-
naje. No hay duda de que el plazo inicial se traduce en que El efecto directo de la palabra crea un sentido de la ver-
el narrador habla . Esto es cierto, ni siquiera se ajustaba dad . Esto se debe a la cama o el oyente tiene la impresión
(principio del párrafo segundo), es la voz del narrador que de que cualquier persona que cita preservada la integridad
está al mando de la narrativa. En la oración no estaba en- del discurso citado , es decir , que reprodujo es auténtico.
gañando, empieza a ser una mezcla de voces : desde el Es como si hubiera oído a la persona citada en sus propias
punto de vista de las marcas gramaticales, no hay ninguna palabras y por lo tanto con la misma carga de subjetividad.
pista a la conclusión de que la voz es que Fabiano se cita; Este tipo de servicio permite , por ejemplo , que utilizan
desde el punto de vista del significado, sin embargo, uno variante de carácter lingüística con el fin de proporcionar
puede pensar en un reclamo asignado. señales para caracterizarlo . Sirva como ejemplo la siguien-
Ahora tome este pasaje: “Fue duro, sí señor, se podía te sección , un diálogo entre los personajes del campo, un
ver perfectamente que era horrible, pero la mujer tenía farmacéutico y un agricultor , cuyo discurso se transcribe
granos. Seguramente hubo un error en el papel blanco. en el discurso directo por el narrador :
“Por el contenido de verdad es una forma de decir, todo lo
que nos lleva a imaginar donde la voz de Fabiano haciendo Un viejo bronceado señaló por los suelos , el azul de la
eco en el discurso del narrador. Es como si el narrador , sin ventana abierta.
abandonar su propio idioma hace de su discurso, fue in- - ¿Cómo estás , Elesbão ?
corporando las denuncias y sospechas del personaje, cuyo - Su bendición ...
idioma pertenece a las expresiones de tipo bruto, sí señor - Lleno de enfermedades?
y su esposa tenían granos. Incluso la repetición de palabras - Sí , señó .
y presumiblemente algunos entonación exclamativa confir- - Por el dolor, las dificultades?
man esta inferencia . - Sí , señó .
Para entender mejor lo que es el discurso indirecto li- - De los males ...
bre, nos enfrentamos a una línea de texto con la ley corres- El farmacéutico se rió tímpano desmesurada . Usted es
pondiente y en el estilo indirecto: Brasil. Luego preguntó :
- Lo que me Elesbão ?
- El discurso indirecto libre - Para que necesitan un dólar y Duns Genor . Mi ar-
Lo que estaba en lo cierto ? roizinho Bío bien, bien canalizando así . Necesito algunos
comestibles para coiêta . El suh brinda conmigo Nho Salim.
- Discurso directo Entonces yo le vendo arroiz mermo .
Fabiano le preguntó : - Esta ley esto? - ¿Hablas en serio , Elesbão ?
- Así que sí, señó !
- Estilo Indirecto - ¿Cuánto se debe pro Nho Salim ?
Fabiano le preguntó si era correcto - Un poquito .
23
LÍNGUA ESPANHOLA
Oswaldo de Andrade. Zona Cero . En resumen, esto demuestra una implicación con el
2 ª Ed. Río de Janeiro , Civilización Brasileña , 1974 personaje del narrador, las voces de ambos se mezclan
, p . 7-8 . como si fueran uno solo o, hablando de otra forma, como
si el narrador se había puesto completamente la máscara
En cuanto al discurso indirecto , puede ser de dos tipos, del personaje, acercándolo al lector sin la intermediación
cada uno de lo que crea un sentido diferente del propósito. de su marca.
- Discurso reportado que analiza el contenido: elimina Vea cómo en este pasaje: “El José tímida” Antonio Al-
los elementos emocionales o afectivos en el discurso direc- cantara Machado, el narrador, haciendo uso del discurso
to, así como preguntas, exclamaciones o formas imperati- indirecto libre, lleva al lector a compartir la vergüenza de
vas, por lo que produce un efecto de sentido de la objeti- carácter, fingiendo estar contaminados por ella:
vidad analítica. De hecho, el narrador le revela sólo el con-
tenido del discurso del personaje, no de la manera que ella ( ...) Más pronto no podía caminar . Llovizna, siempre
dice. Con esto se establece una distancia entre su posición garoava. Pero no había niebla tan felizmente. Decidido. ¿Le
y el carácter, allanando el camino para la replicación y el va el camino de la Lapa. Si usted encontrara a la mujer ade-
comentario . Este tipo de despersonalizar el estilo indirecto cuada. Si usted no encuentra la paciencia. Habría buscar.
citado discurso en nombre de una objetividad analítica. De Se va a casa. Después de todo, era un muggle. Cuando no
este modo se crea la impresión de que el narrador se ana- pudo querido. Ahora querían era difícil.
liza el discurso citado de una manera racional y sin ningún Orange- de -china . En : Jabón Paulistanas .
tipo de implicación emocional. El estilo indirecto en este Primero Ed Belo Horizonte, Itatiaia / São Paulo,
caso no tiene que ver con la individualidad del hablante en Edusp , 1998 , p . 184 .
la forma en que dice las cosas. Así es la forma preferida en
los textos de carácter filosófico, la ciencia, la política, etc., Podemos, tranquilamente, ser bem-sucedidos numa
Cuando se expone a las opiniones de los demás con el fin interpretação de texto. Para isso, devemos observar o se-
de criticarlos, rechazarlas o aceptarlas. guinte:
- Estilo Indirecto analizar la expresión, sirve para po-
ner de relieve cómo más decirlo que lo que se dice; Por - Ler todo o texto, procurando ter uma visão geral do
ejemplo, las palabras del vocabulario típicos del carácter assunto;
antes mencionado, su manera de pronunciar ellos, etc . En - Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa
este caso, las palabras resaltadas o frases entre comillas. a leitura, vá até o fim, ininterruptamente;
Véase, en este ejemplo. Eca de Queiroz: - Ler, ler bem, ler profundamente, ou seja, ler o texto
pelo menos umas três vezes;
Descubierto ... de repente , una mañana , no debería - Ler com perspicácia, sutileza, malícia nas entrelinhas;
traicionar Amaro “, porque era su Papa Charlie “ . Y dijo - Voltar ao texto tantas quantas vezes precisar;
al abad ; la hizo sonrojar buena sesenta y cuatro años de - Não permitir que prevaleçam suas ideias sobre as do
edad ( ... ) . autor;
El crimen del padre Amaro. - Partir o texto em pedaços (parágrafos, partes) para
Puerto, Lello y el hermano , S. D. , vol . I, p. 314. melhor compreensão;
- Centralizar cada questão ao pedaço (parágrafo, parte)
Imaginemos, además, que una persona que desea de- do texto correspondente;
nunciar la manera torpe que había sido contestada por un - Verificar, com atenção e cuidado, o enunciado de
representante de una empresa, ha dicho lo siguiente : cada questão;
- Quando duas alternativas lhe parecem corretas, pro-
En un momento dado, me dijo que si yo no estaba sa- curar a mais exata ou a mais completa;
tisfecho, afirmando que era “el obispo” y que él ya no era - Quando o autor apenas sugerir ideia, procurar um
“cuidar” a “ tipinhos” como yo. fundamento de lógica objetiva;
- Cuidado com as questões voltadas para dados su-
En ambos casos, las comillas se usan para resaltar cier- perficiais;
tas formas de decir a los personajes típicos y citados para - Não se deve procurar a verdade exata dentro daquela
mostrar cómo interpreta el narrador. En el ejemplo de Eca resposta, mas a opção que melhor se enquadre no sentido
de Queiroz, “porque él era el papá de su Charlie” contiene do texto;
una expresión del carácter Amelia y muestra un cierto gra- - Às vezes a etimologia ou a semelhança das palavras
do de ironía y malicia del narrador. En el segundo ejemplo, denuncia a resposta;
las citas de relieve la insatisfacción del narrador con la tor- - Procure estabelecer quais foram as opiniões expostas
peza y el desprecio hacia los clientes del empleado. pelo autor, definindo o tema e a mensagem;
El discurso indirecto libre está a medio camino de la - O autor defende ideias e você deve percebê-las;
subjetividad y la objetividad. Tiene muchas funciones. Por - Esclarecer o vocabulário;
ejemplo, da verosimilitud a un texto que quieres expresar - Entender o vocabulário;
pensamientos, deseos, en fin, la vida interior de un perso- - Viver a história;
naje. - Ative sua leitura;
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LÍNGUA ESPANHOLA
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LÍNGUA ESPANHOLA
Una formación integral e integrada supone incidir en El Estado de Rio posee también muchos establecimien-
todas las dimensiones, ya que todas ellas están profunda- tos industriales. ¿Pero dónde están las fabricas cariocas,
mente imbricadas. Todas las dimensiones están relaciona- que no se ven?
das, vinculadas, son parte de un todo y no se puede inter- Para verlas hay que recorrer todo el Estado de Rio, que
pretar una sin las otras. es casi del tamaño de un país cómo Portugal, por ejemplo.
En este sentido, la formación debería ser integral, no Sabe, amigo, cuanto más paseo en esta capital, más me
por agregar materias nuevas y más contenidos, sino por el siento maravillado.
enfoque. Integral porque concibe al ser humano como una Siempre encuentro nuevos barrios atrás de las mon-
totalidad mente-cuerpo-emoción, y al aprendizaje como tañas.
un proceso de construcción colectiva. Creemos, finalmen- Cómo hay esas montañas, imaginamos que allí se aca-
te, que una comunidad educativa cimentada en personas ba la ciudad.
desarrolladas plenamente, con capacidad de amar, es un No creía que Rio fuera tan grande.
apasionante desafío para la formación del profesorado. Si, existen centenas de montañas y montes entre los
Tradução: barrios,
¿Cuántos son nichos barrios?
Dimensões da Formação Docente Llegan casi a doscientos, y algunos tienen doscientos a
cuatrocientos mil habitantes.
Marcos Sarasola / Cecilia Von Sanden Podria decirme cuales son los principales?
Como nó! Meyer, etc ,,,
Nessa ideia de uma visão integral da formação docente
toma em conta diferentes aspectos. Existe uma dimensão As Indústrias deste País
cultural (inter-subjetiva), relacionada com a construção co-
letiva de significados comuns que se vão fazendo implícitos Desejaria visitar o Estado de São Paulo.
para uma determinada comunidade até se transformar em Disseram-me que é o maior centro industrial sul-ame-
supostos básicos: cultura organizacional.
ricano.
Existe uma dimensão subjetiva que é a da percepção
Sem dúvida, é o Estado do Rio o segundo.
dos educadores, como vive cada qual, com sua própria his-
Temos no Rio umas sete mil fábricas, sendo vinte gran-
tória, sua formação e sua prática. Existe uma dimensão ob-
des fábricas de tecidos.
jetiva da formação docente na que situamos os diferentes
O Estado do Rio possui também muitos estabeleci-
currículos, metodologias, ferramentas, recursos auxiliares e
mentos industriais.
tecnologias. E estas três dimensões, também estão condi-
cionadas por uma quarta: o contexto no qual se desenro- Mas onde estão essas fábricas cariocas, que não se
lam (geográfico, social, econômico, cultural e político), do veem?
sistema educativo e do centro de formação. Para vê-las faz-se preciso percorrer todo o Estado do
Uma formação integral e integrada supõe incidir em Rio, que é quase do tamanho de um país como Portugal,
todas as dimensões, já que todas elas estão profundamen- por exemplo.
te ligadas. Todas as dimensões estão relacionadas, vincula- Sabe, amigo, quanto mais passeio nesta capital, mais
das, são parte de um todo e não se pode interpretar uma me sinto maravilhado. Sempre encontro novos bairros
sem as outras. atrás das montanhas.
Neste sentido, a formação deveria ser integral, não por Não acreditava fosse tão grande o Rio.
agregar matérias novas e más conteúdos, e sim pelo enfo- Sim, existem centenas de montanhas e montes entre
que. Integral porque concebe ao ser humano como uma os bairros.
totalidade mente-corpo-emoção, e ao aprendizado como Quantos são ditos bairros?
um processo de construção coletiva. Cremos, finalmente, Chegam quase a duzentos, e alguns têm de 200.000 a
que uma comunidade educativa construída em pessoas 400.000 habitantes.
desenvolvidas plenamente, com capacidade de amar, é um Poderia dizer-me quais são os principais?
apaixonante desafio para a formação docente. Pois, não! - Meyer, Penha , cascadura, Tijuca, Botafogo,
Madureira, Copacabana, São Cristóvão, Jacarepaguá.
Exercícios:
Traduzir para o Português:
Traduzir para o Português o trecho a seguir:
Se cree usted que vendrá la Tercera Guerra Mundial?
Las Industrias de este País Si no fuere posible amonizar a los intereses comercia-
les de las grandes potencias, habrá guerra.
Desearía visitar al Estado de San Pablo. El motivo de las luchas entre naciones es siempre el
Me han dicho que es el mayor centro industrial suda- mismo.
mericano. ¿Por qué atacó a Alemania el mundo (2ª Guerra)?
Sin duda. Y el Estado de Rio es el segundo, Las razones son simples: El pueblo alemán trabajaba
Tenemos en Rio unas siete mil fábricas, siendo veinte activamente. Sus mercaderías eran mejores y más baratas.
grandes fabricas de tejidos.
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LÍNGUA ESPANHOLA
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LÍNGUA ESPANHOLA
Me desperté con llanto en la garganta, 6. Con base en el texto, la intención de Tobías fue:
y las carnes doliéndome de pena, a) loable;
y el corazón doliéndome de olvido. b) indigna;
c) egoísta;
José Maria Souvirón d) excéntrica;
e) reprochable.
Texto l
7. La opción cuja secuencia no se completa es:
Tobías a) mar, so, playa;
b) iglesia, cura, misa;
Un día estaba Tobías en la plaza, esperando el autobús, c) cocina, casa, paraguas;
cuando se le acercó un muchacho muy joven que le dijo: d) luna, noche, estrellas;
- Por favor, ¿puede usted darme fuego? e) farmacia, medicinas, enfermo.
- Enciende del mío - le dijo Tobías, sin quitarse el cigar-
rillo de la boca. 8. La opción donde no aparece un par de antónimos
EI muchacho, a pesar de sus esfuerzos, no pude llegar es:
con su cigarrillo al de Tobías porque este era bastante alto. a) alto-bajo;
Al fin, tras inútiles esfuerzos, dijo: b) venir-salir;
- Lo siento, señor; pero no alcanzo su cigarrillo. ¿Puede c) llena-vacía;
bajarlo un poco, por favor? d) bella-hermosa;
- Más lo siento yo - respondió Tobías - ; cuando crezcas e) moderna-antigua.
lo suficiente y consigas alcanzar, entonces podrás fumar.
9. En una escuela, solo no se ve:
Juan D. Luque Durán a) maestro, tiza, libras;
1. Tobías estaba en b) alumnos, mapas, dibujos;
a) la playa; c) reglas, cerdos, estantes;
b) una plaza; d) mesas, sillas, antejos
c) una finca; e) pupitres, lápices, cuadernos.
d) la carretera;
e) la urbanización. 10. Coche es el mismo que
a) barco;
2. Tobías estaba esperando b) ómnibus;
a) el tren; c) tranvía;
b) el taxi; d) aeroplano;
c) el carro; e) diligencia.
d) el tranvía;
e) el ómnibus. 11. Numere la columna de la derecha para la de la iz-
quierda, según la contestación:
3. Tobías le dijo al muchacho que ¿Qué día es hoy?
a) no tenia fuego; ¿Quién ha escrito?
b) comprara fósforos; ¿Cuál es su dirección?
c) no fumara cigarros; ¿A cuánto estamos hoy?
d) el tabaco hacia daño; ¿Cuándo cae el día del trabajo?
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LÍNGUA ESPANHOLA
() Se conmemora esta fiesta el primero de Mayo 19. Cuando uno va a viajar al exterior, él prevíamente:
( ) Hoy es lunes a) zapatos;
( ) Calle Cuba, 25 b) guantes;
( ) Mi hermana c) lápices;
( ) Estamos as do de Enero d) sombrero;
La numeración correcta está en la opción: e) pasaporte.
a) 3- 1- 5- 4- 2
b) 1- 3- 4- 2- 5
Texto II
c) 5 - 1- 3- 2- 4
d) 1- 3- 5- 4- 2
e) 4- 2- 3- 1- 5 Millonarios
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Texto lll
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Instrucción - Marque a opción correcta en las cuestio- nazarena temblaba el arco de una aureola... Su túnica era
nes de 01 a 19. azul y bordada con estrellas con el cielo de Arabia en las
noches serenas, y el manto era rojo, como el mar de Egipto,
Texto I y el báculo en que se apoyaba era de oro, florecido en lo
alto con tres lirios blancos de plata: Al verse en su pre-
La Adoración De Los Reyes sencia, los tres Reyes inclinaron. El anciano sonrió con el
candor de un niño, y, franqueándoles la entrada, dijo con
Desde la puesta del sol se alzaba el cántico de los pas- santa alegría:
tores en torno de las hogueras, y desde la puesta del sol,
guiados por aquella otra luz que apareció inmóvil sobre - Pasad!
una colina, caminaban los tres Santos Reyes. Ramón del Valle
Jinetes en camellos blancos, iban los tres en la frescura
apacible de la noche atravesando el destierro. Las estrel- “ Desde la puesta del sol (...) “
las fulguran en el cielo, y la pedrería de las coronas reales El término subrayado puede ser reemplazado por
fulguraba en sus frentes. Una brisa suave hacía flamear los a) el ocaso;
recamados mantos: El de Gaspar era de púrpura de Corinto: b) la mañana;
ElI de Melchor era de púrpura de Tiro: El de Baltasar era de c) el levante;
púrpura de Menfis. Esclavos negros, que caminaban a pie d) el mediodía;
enterrando sus sandalias en la arena, guiaban los camellos e) la medianoche.
con una mano puesta en el cabezal de cuero escarlata.
Ondulaban sueltos los corvos rendajes, y entre sus fle- 2. “Jinetes en camellos blancos (...)”
cos de seda temblaban cascabeles de oro. Los Reyes Ma- Jinete es quien
a) mercadea con camellos;
gos cabalgaban en fila: Baltasar el Egipcio iba adelante, y
b) desconoce la equitación;
su barba luenga, que descendía por el pecho, era a veces
c) conduce una cabalgadura;
esparcida sobre los hombros... Cuando estuvieron a las
d) conoce bien los camellos;
puertas de la ciudad, se arrodillaron los camellos, y los tres
e) cuida de las cabalgaduras.
Reyes se apearon, y, despojándose las coronas, hicieron
oración sobre las arenas.
3. Escarlata es el color
a) del sol;
Y Baltasar dijo:
b) del mar;
- Es llegado el término de nuestra jornada...
c) de la arena;
d) de la sangre;
Y Melchor dijo: e) de los árboles.
- Adoremos al que nació Rey de Israel...
4 - (...) alzaba los cánticos (...)
Y Gaspar dijo: Alzar es lo mismo que
- Los ojos le verán, y todo será purificado en nosotros!... a) bajar;
b) cantar;
Entonces volvieron a montar en sus camellos y entra- c) levantar;
ron en la ciudad por la Puerta Romana, y, guiados por la d) edificar;
estrella, llegaron al establo donde había nacido el Niño. Allí e) construir.
los esclavos negros, como eran idólatras, y nada compren-
dían, llamaron con rudas voces: 5. (...) hacía flamear (...)
Abrid! ... Abrid la puerta a nuestros señores! Flamear es lo mismo que
a) ondear;
Entonces los tres Reyes se inclinaron sobre los arzones b) quemar;
y hablaron a sus esclavos. Y su cedió que los tres Reyes les c) alargar;
decían en voz baja: d) extender;
e) inflamar.
- ¡Cuidad de despertar al Niño! 6. (...) temblaban cascabeles de oro (...)
Cascabel es
Y aquellos esclavos, llenos de temeroso respeto, que- a) un látigo;
daron mudos, y los camellos, que permanecían inmóviles b) un cencerro;
ante la puerta, llamaron blandamente con la pezuña, y casi c) una culebra;
al mismo tiempo aquella puerta de viejo y oloroso cedro d) una cascada;
se abrió sin ruido. Un anciano de calva sien y nevada barba e) una cubierta.
asomó en el umbral: sobre el armiño de cabellera luenga y
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19. La comitiva de los Reyes fue recibida por: 27. Numere las acciones de los discípulos según el or-
a) un niño; den en que aparecen en el texto:
b) un viejo; a) Oyeron las palabras del Maestro.
c) un joven; b) Vieron a Jesús.
d) una mujer; c) Fueron llevados a recordar el pasado.
e) un esclavo. d) Recibieron un reproche.
a) 2, 1, 3, 4
20. “ Tardo el paso (...)” “(...) tardos de corazón b) 2, 3, 1, 4
Los términos subrayados significan, respectiva- c) 3, 2, 1, 4
mente d) 4, 3, 1, 2
a) lento, torpes; e) 4, 2, 3, 1
b) corto, torpes;
c) pesado, lentos; 28. El Maestro de escuela sólo no usa en el aula:
d) perezoso, lentos; a) tiza;
e) pesado, pequeños. b) lápiz;
c) pizarra;
21. “(...) arribados al lugar (...)” d) borrador;
Es decir que e) periódico.
a) habían llegado al destino;
b) estaban lejos del destino; 29. El alumno solo no lleva
c) estaban cerca del destino; a) regla;
d) estaban muy arriba de donde deseaban llegar; b) libro;
e) no tenían confianza en la estrada que seguían.. c) pupitre;
d) estuche;
22. “(...) de su tristeza y orfandad’
e) cuaderno,
Orfandad, en el texto significa
a) una gran pérdida;
30. La cocinera solo no usa
b) una gran soledad;
a) fogón;
c) la pérdida del padre;
b) sartén;
d) la pérdida de la madre;
c) cuchara;
e) la pérdida de los progenitores.
d) plancha;
23. En el texto queda dicho que la vaciedad del sepulcro e) cuchillo.
a) derramó la fe por los demás;
b) ofuscó la fe de los discípulos; 31. El sastre sólo no usa
c) alargó la fe de los discípulos; a) tela;
d) no alteró la fe de ellos en nada; b) aguja;
e) confirmó de la fe era en sueño apenas. c) línea;
d) tijera;
24. No se refiere a los discípulos la opinión: e) cuchillo.
a) varón justo;
b) lardo el paso; 32. solo no es parte de una casa
c) la cabeza caída; a) techo;
d) turbios los ojos; b) pared;
e) tardos de corazón, c) tejado;
d) cadena;
25. “Ahora todo parecía un sueño” e) ventana.
Lo que está dicho quiere decir que:
a) todo en la vida as un sueño; 33. solo no es parte del cuerpo humano
b) el pasado no decía nada a ellos; a) cola;
c) los discípulos sólo sabían soñar; b) cuello;
d) no era fácil acreditar en lo que ocurría; c) rodilla;
e) todo el pasado cayó en el olvido de los discípulos. d) mejilla;
e) tobillo.
26. Los discípulos conocieron al Maestro por:
a) la voz;
b) el paso;
c) el ropaje;
d) el aspecto;
e) la actitud.
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Complete las cuestiones 34 a 37 / según el cuadro. tipo de garantía para ser cobrada. La más incierta es la que
está en vía ejecutiva (Hacienda intenta ya adoptar medidas
A - lunes B - martes como el embargo para cobrarla) y la que fi gura en periodo
C – jueves D - viernes de notifi cación (la fase previa). Ambas partidas suman casi
16.000 millones hasta fi nal de julio. Sólo com recuperar
34. El día que precede al sábado es___________ esas cantidades, el fi sco ingresaría más dinero que con la
subida de impuestos aprobada para 2010, que se acerca a
35. El día de trabajo en la semana es___________ 11.000 millones.
(Elpais.es, 12.10.09 (Texto adaptado)
36. El ___________es el segundo día de trabajo semanal.
37. A _________ sigue viernes. 01- En el texto se dice que los cofres públicos españoles:
a) sufren pérdidas.
Use el cuadro para las cuestiones 38 a 40.
b) son independientes del sistema tributario.
A - sombrero
c) se destinan al pago de deudas del Estado.
C - falda
d) están inmunes a la depresión.
B - guantes
e) recibirán recursos de 40 mil millones de euros.
38. En la cabeza se lleva __________.
02- De acuerdo con el texto, el monto de los incumpli-
39. Son las mujeres que usan___________ mientos tributarios:
a) es similar al del ejercicio anterior.
40. Cuando hace frío se cubren las manos con_________ b) está en vía ejecutiva.
c) tiene garantías de cobrarse.
Gabarito d) es mayor que el ingreso esperado con el alza de im-
puestos.
e) ha menguado en lo que va de año.
1-A 11-B 21 -A 31 - E
2-C 12-D 22-A 32 - D
03- Según el texto, la baja de los ingresos:
3.D 13-D 23-C 33 -A
4-C 14-B 24-A 84.- D a) se deriva de las medidas cautelares.
5-A 15-D 25-D 35-A b) es fruto de una fi scalización inefi ciente.
6-B 16.A 26-E 36- B c) alcanza los 37 mil millones de euros.
7.A 17-B 27-A 87-G d) es semejante a la del año fi scal 2008.
8-E 18 C 20.C 38-A e) se debe a la debilidad de la actividad.
9-D 19 B 29-C 39-C
10-C 20-A 30-D 40-B Ecuador busca repatriar USD 500 millones
Analista Tributário da Receita Federal do Brasil – Ecuador repatriaría la próxima semana 500 millones
2009 de dólares de sus reservas internacionales de corto plazo,
como parte de las medidas que anunció para enfrentar el
Hacienda acelera los embargos preventivos para embate de la crisis global, informó hoy la ministra de Finan-
cobrar las deudas zas, Elsa Viteri. Ecuador, el socio más pequeño de la OPEP,
anunció em agosto pasado que repatriará 1 600 millones
La recesión somete a las arcas del Estado a un doble de dólares de la reserva internacional para aumentar el cré-
perjuicio: los ingresos caen por la atonía de la actividad y, dito productivo e irrigar dinero a la inversión. Esa decisión
a la vez, los incumplimientos tributarios se disparan. El Mi- en relación com el dinero depositado en fi nancieras del
nisterio de Economía y Hacienda de España admite que esa exterior, que a mediados de agosto se ubicó en 4 000 mil-
deuda está creciendo y se propone extremar las medidas lones de dólares, fue justifi cada por el Gobierno con el
para intentar cobrarla. La necesidad es acuciante: en un año argumento de que con su economía dolarizada desde el
en que el Gobierno prevé ingresar como mínimo 40.000 2000 no se requiere de reservas y se constituyen en ahorro
millones de euros menos de lo que proyectó inicialmente, nacional.
cada euro recaudado cuenta. La economía del país, productor de petróleo, banano
y flores y con 14 millones de habitantes, se contrajo un
Entre enero y agosto de este año se han adoptado me- 1,06 por ciento en el segundo trimestre del 2009, frente
didas cautelares por valor de 753 millones, cantidad 24%
a uma expansión de un 8,28 por ciento en el mismo lapso
superior a la de todo el ejercicio 2008, según datos de la
del 2008.
Agencia Tributaria (AT), que tiene 37.000 millones de deuda
(El Universal, 16.10.09)
pendiente, con datos a 31 de julio. De esa cantidad, una
deuda de algo más de 12.000 millones cuenta com algún
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07- Según el texto, en materia de tasas de interés, los Respostas: 01-A / 02-D / 03-E / 04-B / 05-A / 06-D /
empresarios colombianos: 07-C / 08-B / 09-E / 10-D
a) abogan por la apreciación.
b) muestran inseguridad. Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil - 2009
c) discrepan del gobierno.
d) relacionan los tipos con la infl ación. ‘La calle’ está tranquila
e) están conformes.
Zapatero ha declarado a Newsweek que para compro-
08- En el texto se dice que las tasas de interés que se var que España no se hunde «sólo hay que salir a la calle».
practican Subraya así la paradoja de que no exista confl ictividad so-
actualmente: cial con cuatro millones de parados. Tiene razón em par-
a) elevan la cotización del dólar. te, aunque quizá debería preguntarse por qué la calle está
b) perjudican las exportaciones. tranquila y entonces su análisis no podría ser tan compla-
c) deben mantenerse. ciente. Según publicamos hoy, la economia sumergida ha
d) impiden la apreciación del peso. aumentado el 30% en el verano que ahora finaliza. Es el
e) acentúan la infl ación. cálculo de los inspectores de Trabajo, que han estimado
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en 320 millones de euros la recaudación en multas para ante el Congreso; y por la baja inversión que habrá por par-
2009, una cifra récord. Así pues, en el auge de la economía te del sector privado. “La Secretaría de Hacienda y Crédito
sumergida – de la que un país no puede sentirse orgullo- Público está esperando que la economía de Estados Unidos
so, sino todo lo contrario – está la explicación de la calma levante a México, pero en aquel país la recuperación se está
de la calle, puesto que los parados optan por las «chapu- enfocando a amortizar deudas y por consecuencia el con-
zas» para ir tirando. Aquí estaría la explicación de otro dato sumo seguirá deprimido”, indicó.
que Zapatero comentó, asombrado, ante el Comité Fede-
ral: sólo 28.000 parados sin ingresos han solicitado los 420 (Excélsior, 22/09/09)
euros, cuando los posibles benefi ciarios de esta medida
son en torno a um millón. Como el subsidio lleva apareja- 04- En el texto, la locución “de aprobarse” tiene valor:
da la obligación de asistir a cursos de formación, tal vez la a) condicional.
mayoría de estos desempleados sin ingresos en realidad sí b) concesivo.
cobran por algún trabajo, aunque no declaran, ni cotizan. c) temporal.
Ello quiere decir que la política social de Zapatero se vuelve d) causal.
contra él y contra los que él dice proteger. El empleo que e) imperativo.
se crea es clandestino por las rigideces del mercado laboral
y al subir los impuestos aumentará la economía del dinero 05- De acuerdo con las declaraciones del académico de
negro. la UNAM, recogidas en el texto, en 2010:
(El mundo, 22/09/09) a) la infl ación anual se elevará al 6,1%.
b) igual el sector privado invierte menos.
01- En el texto se dice que en España no hay confl ic- c) a lo mejor se expande el PIB.
tividad social: d) se enfocará la amortización de deudas.
a) por la solidez institucional. e) puede que desaparezcan empleos en México.
b) gracias a las prestaciones públicas asistenciales.
c) a pesar del desempleo.
Los 17 mil chilenos con mayores ingresos entregan
d) debido a la efi cacia de la política laboral del go-
el 35% del impuesto a la renta
bierno.
e) pese al aumento de la recaudación por multas.
En Chile, 1.329.297 personas pagan impuestos a la ren-
ta, ya sea bajo la modalidad de segunda categoría o de glo-
02- De acuerdo con el texto, las actividades económi-
bal complementario. A estas se suman otras 6.346.693 que
cas marginales en España:
si bien son formalmente contribuyentes para los registros
a) disminuirán si suben los impuestos.
del Servicio de Impuestos Internos (SII), en la práctica están
b) han aumentado.
c) elevarán las cotizaciones al tesoro. en el primer tramo impositivo, que es cero. De este 1,32
d) garantizan un aumento de los ingresos públicos. millón de chilenos, el 1,27% está en el tramo más alto de
e) ocupan a cerca de un millón de parados. impuestos – con una tasa marginal del 40% –, que es para
quienes tienen ingresos de cerca de $5,5 millones de pesos
03- Dentro del texto, la palabra «chapuzas» signifi ca: mensuales o más. En conjunto, pagan más tributos al año
a) pequeñas contravenciones. que los bancos o todo el sector comercio. De acuerdo com
b) obras sin arte ni esmero. los datos del SII, este grupo es el responsable del 35,1% de
c) contratos temporales. la recaudación por impuesto a la renta; es decir, US$ 908
d) cursos de reciclaje profesional. millones del total de US$ 2.589 millones que los contribu-
e) subsidios fraudulentos. yentes chilenos aportan por este concepto.
Periodo recesivo hasta 2010: UNAM Para el socio principal de Ernst & Young, Cristián Le-
vefre, la cifra demuestra que el grueso del aporte de im-
José Luis Calva Téllez, académico del Instituto de Inves- puestos lo entregan quienes más dinero reciben. Según él,
tigaciones Económicas de la Universidad Nacional Autóno- existe uma discriminación entre los contribuyentes de los
ma de México (UNAM), dijo que de aprobarse el paquete tramos altos. Los independientes – muchos de ellos empre-
económico del presidente Felipe Calderón, habría una pér- sarios – tienen opciones de desarrollar una planifi cación
dida en 2010 de 200 mil empleos y una contracción del tributaria para reducir el pago y los dependientes no las tie-
Producto Interno Bruto (PIB) de 1.8 por ciento. Para esse nen. A su juicio, Chile debería impulsar benefi cios para este
especialista, la infl ación alcanzaría 6.1 por ciento anual a segmento, como los que hay en economías más desarrol-
causa de las alzas de impuestos; y el défi cit de la cuenta ladas, como EE.UU., Inglaterra y España, donde se deduce
corriente se situaría en 12 mil millones de dólares. por pago de colegios e intereses de créditos hipotecarios.
Destacó que esos resultados negativos estarán infl
uenciados aún por la recesión económica del país, por la (El Mercurio, 25/09/09)
carga fi scal que se enfrentaría con la aprobación del pre-
supuesto económico como lo presentó el Ejecutivo federal
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06- Según el texto, el cobro del impuesto sobre la renta 10- Según el texto, la reactivación económica de Amé-
em Chile: rica Latina tras la crisis fi nanciera global:
a) se concentra en los mayores ingresos. a) supondrá una mayor regulación de la intervención
b) incluye a la mayoría de la población. estatal.
c) alcanza al 35% de los trabadores. b) demandará entre 350 y 400 mil millones de dólares.
d) castiga a los autónomos. c) recabará más de toda la ciudadanía.
e) es menor entre los empleados bancarios. d) exigirá entre 350 y 400 millones de millones de dó-
lares.
07- En el texto se aconseja: e) incidirá en los paquetes de estímulo de los países
a) aumentar los tributos al sector bancario. desarrollados.
b) disminuir los intervalos impositivos.
c) introducir deducciones por determinados pagos. Respostas: 01-C / 02-B / 03-B / 04-A / 05-E / 06-A /
07-C / 08-D / 09-E / 10-D
d) reducir la tasa marginal de los tramos de impuestos.
e) gravar más a los independientes.
Necesidad de préstamos
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ANOTAÇÕES
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