3.1. Resolução TJRJ-OE Nº 09-2017
3.1. Resolução TJRJ-OE Nº 09-2017
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TEXTO INTEGRAL
RESOLUÇÃO 9/2017
RESOLUÇÃO TJ/OE/RJ N.º 09/2017
Institui a Estratégia de Tecnologia da Informação e Comunicação do Poder Judiciário do Estado do
Rio de Janeiro.
O ÓRGÃO ESPECIAL DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA, no uso de suas atribuições legis, conferidas pelo
disposto no inciso XXIII, do art. 17, da Lei de Organização e Divisão Judiciária do Estado do Rio de
Janeiro ﴾LODJ﴿, e tendo em vista o decidido na sessão administrativa realizada no dia 07 de agosto
de 2017 ﴾Processo 2016‐000230﴿;
CONSIDERANDO os macrodesafios do Poder Judiciário do Estado do Rio de Janeiro para o
período 2015‐2020, em especial o que trata da "Melhoria da infraestrutura e governança de TI";
CONSIDERANDO a Resolução n.º 211 de 15/12/2015, do Conselho Nacional de Justiça, que
instituiu a Estratégia Nacional de Tecnologia da Informação e Comunicação do Poder Judiciário
﴾ENTIC‐JUD﴿, para o período 2015‐2020;
CONSIDERANDO a necessidade de assegurar a convergência dos recursos humanos,
administrativos e financeiros empregados pelos segmentos do Poder Judiciário no que concerne à
Tecnologia da Informação e Comunicação;
CONSIDERANDO a Lei 11.419, de 19 de dezembro de 2006, que dispõe sobre a informatização do
processo judicial, bem como as Resoluções CNJ 91/2009, 121/2010, 182/2013, 185/2013,
192/2014, 194/2014 e 198/2014;
CONSIDERANDO a edição dos Acórdãos 1603/2008, 2308/2010, 2585/2012, 1200/2014 e
3051/2015, todos do Plenário do Tribunal de Contas da União, que recomendam a promoção de
ações voltadas para a normatização e o aperfeiçoamento dos controles e processos de
governança, de gestão e de uso de TI, inclusive com o estabelecimento de estratégias que visem a
minimizar a rotatividade do pessoal efetivo atuante na área, de modo a assegurar a entrega de
resultados efetivos para o Judiciário;
CONSIDERANDO a necessidade de integração das ações no campo da tecnologia da informação,
visando eficiência, celeridade e prestação jurisdicional efetiva;
CONSIDERANDO a Resolução TJ/OE nº 16/2015, que aprovou o Planejamento Estratégico
Institucional do Poder Judiciário do Estado do Rio de Janeiro;
CONSIDERANDO os estudos realizados no âmbito da Diretoria Geral de Tecnologia da Informação
﴾DGTEC﴿ sobre governança e gestão de TI;
CONSIDERANDO a importância de se estabelecer objetivos, princípios e diretrizes de governança
de TI alinhados às recomendações constantes da norma NBR ISO/IEC 38500:2009 que trata da
governança corporativa de tecnologia da informação e às boas práticas do Control Objectives for
Informationand Related Technology ﴾Cobit﴿ e do Information Technology Infrastructure Library
﴾ITIL﴿ de outros modelos de governança e gestão de TI reconhecidos internacionalmente;
CONSIDERANDO a importância de se estabelecer objetivos, princípios e diretrizes de Segurança da
Informação alinhados às recomendações constantes da norma NBR ISO/IEC 27001:2013 que trata
da segurança da informação;
RESOLVE:
Art. 1º. O Tribunal de Justiça deverá manter serviços de tecnologia da informação e comunicação
de dados ﴾TIC﴿ necessários à adequada prestação jurisdicional, observando os referenciais
estabelecidos nesta Resolução e nas Resoluções do Conselho Nacional de Justiça e o seu
planejamento estratégico.
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Art. 2º. A estrutura organizacional, o quadro de pessoal, a gestão de ativos e os processos do setor
responsável pela gestão de trabalho da área de TIC do Tribunal deverão estar adequados às
melhores práticas preconizadas pelos padrões nacionais e internacionais para as áreas de
governança e de gerenciamento de serviços de TI em atenção à presente Resolução.
CAPÍTULO I
DAS ESTRUTURAS ORGANIZACIONAIS E MACROPROCESSOS DE TIC
Art. 3º. As funções gerenciais e as atividades estratégicas identificadas através dos macroprocessos
abaixo, da área de TIC devem ser executadas, preferencialmente, por servidores efetivos do
quadro permanente.
Art. 4º. O Tribunal deverá constituir e manter estruturas organizacionais adequadas e compatíveis
com a relevância e demanda de TIC, considerando, no mínimo, os seguintes macroprocessos e
atividades estratégicas:
I ‐ macroprocesso de governança e de gestão:
a﴿ de planejamento;
b﴿ orçamentária;
c﴿ de aquisições e contratações de soluções;
d﴿ de projetos;
e﴿ de capacitação.
II ‐ macroprocesso de segurança da informação:
a﴿ de continuidade de serviços essenciais;
b﴿ de incidentes de segurança;
c﴿ de riscos.
III ‐ macroprocesso de software:
a﴿ de escopo e requisitos;
b﴿ de arquitetura;
c﴿ de processos de desenvolvimento e sustentação.
IV ‐ macroprocesso de serviços e relacionamento com os usuários:
a﴿ de catálogo;
b﴿ de requisições;
c﴿ de incidentes;
d﴿ de ativos de microinformática;
e﴿ de central de serviços;
f﴿ análise de negócios;
g﴿ projetos especiais operacionais.
V ‐ macroprocesso de infraestrutura:
a﴿ de disponibilidade;
b﴿ de capacidade;
c﴿ de ativos de infraestrutura e de telecomunicação corporativas.
§1º A coordenação dos macroprocessos deverá ser executada preferencialmente por servidores do
quadro permanente em regime de dedicação exclusiva.
§2º As estruturas organizacionais de que tratam o caput deverão privilegiar a departamentalização
por função e possuir níveis hierárquicos de decisão, quais sejam estratégico ou institucional, tático
ou gerencial, e operacional, a fim de garantir a plena execução dos macroprocessos previstos.
§3º Caberá à Diretoria Geral de Tecnologia da Informação e Comunicação de Dados ‐ DGTEC
definir os seus processos, observando as boas práticas pertinentes ao tema, criando um ambiente
favorável à melhoria contínua.
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Art. 5º. A DGTEC deverá apresentar estudo no prazo de 180 ﴾cento e oitenta﴿ dias, a contar da data
da publicação desta resolução, contendo proposta de reestruturação organizacional de sua
Diretoria para atender os macroprocessos relacionados no artigo anterior, exceto aqueles que
sejam de competência de outros órgãos da estrutura do TJERJ.
CAPÍTULO II
DO QUADRO DE PESSOAL DE TIC
Art. 6º. O Tribunal deverá manter quadro de pessoal permanente de profissionais da área de TIC,
compatível com a demanda e o seu porte, de forma a atender os requisitos e quantitativos
mínimos estabelecidos no anexo da Resolução CNJ n.º 211/2015. vide anexo
Parágrafo único. Para se calcular o quantitativo mínimo deverá ser adotar como critérios, dentre
outros, o número de usuários internos e externo de recursos de TIC, o grau de informatização, o
número de estações de trabalho, nunca sendo inferior ao quantitativo estabelecido na formula do
anexo da Resolução CNJ n.º 211/2015.
Art. 7º. A Diretoria de Gestão de Pessoas ﴾DGPES﴿, juntamente com a Diretoria Geral de Tecnologia
da Informação e Comunicação de Dados ﴾DGTEC﴿, no prazo de 180 ﴾cento e oitenta﴿ dias, a contar
da data da publicação desta resolução, deverá elaborar proposta para recompor gradativamente o
quadro efetivo de profissionais da área de TIC de forma que o TJERJ possa manter um quadro
mínimo de acordo com a formula estabelecida no anexo da Resolução CNJ n.º 211/2015.
Art. 8º. A proposta deverá conter, no mínimo:
I. estudo do quantitativo de servidores efetivos ideal e mínimo, considerando aspectos de
portfólio de projetos e serviços e o esforço necessário para o atingimento das metas do
planejamento estratégico, além da formula estabelecida pelo CNJ;
II. política para promover a fixação de recursos humanos na área de TIC;
III. estudo para criação de cargos efetivos e especialidades específicas para a área de TIC;
IV. estudo para criação de gratificação específica para a área de TIC.
§ 1º. A gratificação específica mencionada neste artigo será exclusivamente para os servidores
lotados na DGTEC e com formação na área de Tecnologia da Informação e Comunicação, com
critérios objetivos de produtividade que contemplem:
I. desempenho do servidor, com o objetivo de aumentar a eficiência dos processos de Tecnologia
da Informação e Comunicação;
II. grau de responsabilidade ou atribuição técnica específica do servidor, a fim de estimular a
colaboração de alto nível e evitar a evasão de especialistas em determinada área;
III. projetos de especial interesse para o órgão, de forma a obter um melhor aproveitamento dos
recursos humanos existentes.
§ 2º. A percepção da gratificação específica difere daquela associada ao exercício das funções
gerenciais da estrutura organizacional.
§ 3º. Deverá ser realizada análise de rotatividade de pessoal a cada 2 ﴾dois﴿ anos, para avaliar a
efetividade das medidas adotadas na política definida pelo órgão e minimizar a evasão de
servidores do quadro permanente.
Art. 9º. A DGPES juntamente com a DGTEC deverá elaborar e implantar plano anual de capacitação
para desenvolver as competências necessárias à operacionalização e gestão dos serviços de TIC.
Parágrafo único. O plano anual de capacitação deverá promover e suportar, de forma contínua, o
alinhamento das competências técnicas e gerenciais do quadro de pessoal de TIC às melhores
práticas de governança e gestão de TIC, bem como sua atualização tecnológica.
Art. 10. Cabe a DGTEC apresentar proposta para funcionamento do plantão na área de TIC,
contemplando a necessidade de suporte aos sistemas judiciais e demais serviços essenciais, para
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CAPÍTULO IV
DA INTEGRAÇÃO E DA DISPONIBILIZAÇÃO
Art. 15. Deve ser garantida a integração entre sistemas do primeiro, segundo graus,
administrativas e Tribunais Superiores.
Parágrafo único. Os sistemas administrativos do TJERJ deverão ser integrados, possibilitando a
geração de relatórios gerenciais com dados cruzados das diversas unidades organizacionais do
Tribunal.
Art. 16. As informações sobre processos, seus andamentos e o inteiro teor dos atos judiciais neles
praticados devem ser disponibilizados na internet, ressalvadas as exceções legais ou
regulamentares.
CAPÍTULO V
INFRAESTRUTURA DE TIC
Art. 17. O nivelamento de infraestrutura de TIC deve obedecer aos seguintes requisitos mínimos:
I. uma estação de trabalho do tipo desktop para cada usuário interno que faça uso de sistemas e
serviços disponibilizados, preferencialmente com o segundo monitor ou monitor que permita a
divisão de tela para aqueles que estejam utilizando o processo eletrônico;
II. uma estação de trabalho do tipo desktop ou um computador portátil com acesso à rede para
cada usuário interno nas salas de sessão e de audiência, e uma tela para acompanhamento dos
usuários externos, quando possível;
III. uma impressora para cada ambiente de trabalho, ao menos, com tecnologia de impressão
frente e verso e em rede sempre que possível, com qualidade adequada à execução dos serviços e
suficiente para atender a demanda de impressão;
IV. links de comunicação entre as unidades e o órgão suficientes para suportar o tráfego de dados
e garantir a disponibilidade exigida pelos sistemas de informação, especialmente o processo
judicial, com o máximo de comprometimento de banda de 80%;
V. dois links de comunicação do órgão com a internet, mas com operadoras distintas para acesso
à rede de dados, com o máximo de comprometimento de banda de 80%;
VI. conexão à rede de dados para cada dispositivo que necessite de recursos de rede;
VII. um scanner para cada ambiente de trabalho, ao menos, que demande recursos de
digitalização de documentos que tenha capacidade compatível com essa demanda.
VIII. uma solução de gravação audiovisual de audiência para cada sala de sessão e de audiência,
compatível com o MNI;
IX. um ambiente de processamento central ﴾DataCenter﴿ com requisitos mínimos de segurança e
de disponibilidade estabelecidos em normas nacionais e internacionais, que abrigue os
equipamentos principais de processamento e de armazenamento de dados; de segurança e ativos
de rede centrais, para maximizar a segurança e a disponibilidade dos serviços essenciais e de
sistemas estratégicos do órgão;
X. uma solução de backup com capacidade suficiente para garantir a salvaguarda das informações
digitais armazenadas, incluindo tecnologias para armazenamento de longo prazo e cópia dos
backups mais recentes, em local distinto do local primário do órgão, de modo a prover
redundância e atender à continuidade do negócio caso de desastre;
XI. uma solução de armazenamento de dados e respectivos softwares de gerência, em que a
capacidade líquida não ultrapasse 80% do limite máximo de armazenamento;
XII. um parque de equipamentos servidores suficientes para atender às necessidades de
processamento de dados dos sistemas e serviços do órgão, com comprometimento médio de até
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80% de sua capacidade máxima, e em número adequado para garantir disponibilidade em caso de
falha dos equipamentos;
XIII. uma solução de videoconferência corporativa pelo menos, para a sede de cada tribunal;
XIV. uma central de serviços de, no mínimo, 1º e de 2º níveis para atendimento de requisições
efetuadas pelos usuários internos e tratamento de incidentes no que se refere ao uso de serviços e
sistemas essenciais;
XV. rede sem fio para a promoção dos serviços ofertados aos usuários e respeitando a política de
segurança da informação de cada órgão, sempre que possível.
§ 1º. As especificações do parque tecnológico devem ser compatíveis com as necessidades dos
serviços, obedecendo aos padrões internacionais de qualidade e requisitos mínimos.
§ 2º. Deverão ser definidos processos para gestão dos ativos de infraestrutura de TIC do Tribunal,
de acordo com as melhores práticas preconizadas pelos padrões nacionais e internacionais,
notadamente no que tange ao registro e acompanhamento da localização de cada equipamento.
§ 3º. Para o atendimento do disposto no inciso I deste artigo, o posto de trabalho deve estar
ocupado, devendo a DGTEC fazer a retirada do equipamento no caso de movimentação do
respectivo usuário.
§ 4º. Os itens de nivelamento de infraestrutura contidos neste artigo deverão atender as
especificações, a temporalidade de uso e a obsolescência a serem regulados em instrumentos
aplicáveis e específicos.
Art. 18. As despesas com infraestrutura de TIC terão preferência sobre as demais, salvo
determinação expressa da Administração, competindo à Administração adotar as medidas
necessárias para o cumprimento da presente Resolução.
Parágrafo único. Enquanto não atendido o disposto no artigo 16 desta Resolução, os
investimentos em TIC deverão ter prioridade sobre os demais, salvo determinação expressa da
Alta Administração do Tribunal de Justiça, competindo a Diretoria Geral de Planejamento
Coordenação e Finanças a fiscalização e cumprimento da prioridade.
CAPÍTULO VI Ver Mapa Mental
DA ESTRUTURA DE GOVERNANÇA, GESTÃO E SEGURANÇA
Seção I
Do Comitê de Governança de Tecnologia da Informação
Art. 19. O atual Comitê Gestor de TI do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, passa a se
chamar Comitê de Governança de Tecnologia da Informação e Comunicação do Tribunal de
Justiça do Estado do Rio de Janeiro ‐ CGTIC, para atendimento da Resolução CNJ n.º 211/2015,
objetivando o estabelecimento de políticas e diretrizes para integração dos sistemas que
compõem a plataforma operacional, assim como promover o alinhamento da área de TIC com a
área de negócio e definir a linhas gerais de estrutura de TIC.
§ 1º. O Comitê de Governança de Tecnologia da Informação e Comunicação do Tribunal de Justiça
do Estado do Rio de Janeiro ‐ CGTIC é órgão colegiado de natureza deliberativa e de caráter
permanente, com responsabilidades de cunho estratégico e executivo, dentro de sua área de
atuação.
§ 2º. O Comitê de Governança de Tecnologia da Informação e Comunicação do Tribunal de Justiça
do Estado do Rio de Janeiro ‐ CGTIC deverá contar com estrutura mínima compatível com suas
atribuições.
Art. 20. O Comitê de Governança de Tecnologia da Informação e Comunicação do Tribunal de
Justiça do Estado do Rio de Janeiro ‐ CGTIC será composto pelos seguintes membros da Alta
Administração: 6 membros da AA
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§ 3º. O CDGTIC é vinculado ao CGTIC, devendo dar ciência de suas decisões operacionais e táticas,
sempre que possível com antecedência e submeter as propostas estratégicas.
Art. 29. Compete ao Comitê de Diretores de Gestão de Tecnologia da Informação e Comunicação
de Dados, no âmbito do TJERJ, dentre outras atribuições deferidas pelo CGTIC:
I. propor a criação e acompanhar indicadores de desempenho táticos e operacionais que auxiliem
o monitoramento dos serviços de TIC, visando a melhoria contínua dos mesmos;
II. promover a adequação e o acompanhamento de indicadores de desempenho operacionais de
TIC propostos pelo CNJ;
III. recomendar padrões e procedimentos técnicos operacionais para todos os usuários de TIC do
TJERJ;
IV. propor ao CGTIC a definição de processos de trabalho, métodos, técnicas, ferramentas,
arquitetura e padrões aplicáveis ao provimento de soluções de TIC, em conformidade com os
princípios e diretrizes estabelecidos nesta Resolução e frameworks de mercado;
V. apoiar tecnicamente o CGTIC no planejamento estratégico, projetos e demandas de TIC;
VI. apresentar ao CGTIC relatório sobre os indicadores de desempenho dos serviços de TIC
adotados pelo TJERJ;
VII. auxiliar o CGTIC em tudo que for necessário para o desempenho de suas atribuições.
Seção III
Do Comitê Gestor de Segurança da Informação
Art. 30. Fica instituído, no âmbito do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, o Comitê
Gestor de Segurança da Informação do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro ‐ CGSI,
com o objetivo de elaborar e aplicar política, gestão e processo de segurança da informação e
comunicação a serem desenvolvidos em todos os níveis da instituição e em harmonia com as
diretrizes nacionais preconizadas pelo CNJ e das normas internacionais de segurança da
informação baseadas em Confidencialidade, Integridade, Disponibilidade e Autenticidade.
§ 1º. O CGSI é órgão colegiado de natureza deliberativa e de caráter permanente, com
responsabilidades de cunho estratégico e executivo, dentro de sua área de atuação, vinculado ao
CGTIC.
§ 2º. O CGSI deverá contar com estrutura mínima compatível com suas atribuições.
Art. 31. O CGSI será composto pelos seguintes membros Alta Administração:
I. o Presidente do CGTIC, que o presidirá;
II. o Desembargador Presidente da COSEG
III. o Juiz Coordenador do CGTIC;
IV. um Juiz Auxiliar da Presidência do Tribunal de Justiça;
V. um Juiz Auxiliar da Corregedoria Geral da Justiça;
VI. um Juiz indicado pela Presidência do Tribunal de Justiça.
VII. um juiz de Direito indicado pela AMAERJ;
Parágrafo único. Para o desempenho de suas funções, o CGSI contará com um representante do
órgão responsável pelo apoio aos Órgãos Colegiados Administrativos para secretariá lo.
Art. 32. O CGSI contará com a participação de:
I. os seguintes Diretores Gerais:
a﴿ o Diretor Geral de Tecnologia da Informação e Comunicação de Dados;
b﴿ o Diretor Geral de Segurança Institucional;
c﴿ o Diretor Geral de Comunicação e de Difusão do Conhecimento.
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§ 4º. As comissões ou grupos de trabalho deverão submeter à apreciação do CGSI pareceres sobre
as solicitações ou alterações propostas para avaliação e aprovação.
CAPÍTULO VII
GOVERNANÇA E GESTÃO DE TIC
Art. 34. O Tribunal, mediante proposta do Comitê de Governança de Tecnologia da Informação e
Comunicação do Tribunal de Justiça, deve elaborar e manter um Planejamento Estratégico de
Tecnologia da Informação ‐ PETIC quinquenal, alinhado às diretrizes estratégicas institucionais e
nacionais.
Parágrafo único. Deverá ser elaborado, com base no PETIC, o Plano Diretor de Tecnologia da
Informação e Comunicação ‐ PDTIC, também quinquenal.
Art. 35. O Tribunal deve elaborar e aplicar Política de Segurança da Informação, por meio do
Comitê Gestor de Segurança da Informação, alinhada com as diretrizes nacionais e institucionais.
Art. 36. A Política de Governança de Tecnologia da Informação e Comunicação do Tribunal de
Justiça ﴾PGTIC/TJERJ﴿ observará os princípios, objetivos e diretrizes estabelecidos nesta Resolução,
bem como as disposições constitucionais, legais e regimentais vigentes.
Parágrafo único. As normas gerais e específicas de governança de TIC, emanadas no âmbito do
Tribunal, são consideradas parte integrante da política a que se refere esta Resolução.
Art. 37. Considera se Solução de TIC o conjunto formado por elementos de tecnologia da
informação e processos de trabalho que se integram para produzir resultados que atendam às
necessidades deste Tribunal.
Parágrafo único. Para os fins do disposto no caput deste artigo, as soluções de TIC são
classificadas, segundo a sua natureza, em:
I. corporativas, quando provocarem impacto significativo sobre os resultados e o funcionamento
do Tribunal; ou
II. departamentais, quando destinadas ao atendimento de necessidades de uma unidade ou de um
conjunto reduzido de unidades, sem impacto significativo sobre os resultados e o funcionamento
do Tribunal.
Art. 38. A PGTIC/TJERJ tem por finalidade assegurar o alinhamento das práticas de governança, de
gestão e de uso da TIC com as estratégias de negócio do Tribunal e o respectivo planejamento
estratégico, observados os seguintes objetivos específicos:
I. contribuir para a sustentabilidade, o cumprimento da missão, a melhoria dos resultados
institucionais, o cumprimento do Planejamento estratégico, bem como ao PETIC e o PDTIC, em
benefício da sociedade;
II. prover mecanismos de transparência e controle da governança e da gestão de TIC;
III. estabelecer diretrizes para o planejamento e a organização da TIC, bem como para atividades
relacionadas ao provimento, à gestão e ao uso de soluções de TIC; e
IV. definir papéis e responsabilidades dos atores envolvidos na governança e gestão de TIC.
Art. 39. A governança, a gestão e o uso de TIC no âmbito do TJERJ orientam se, no que couber,
pelas boas práticas preconizadas por normas e modelos adotados como referência pelo Tribunal
Contas da União, do Estado e do CNJ no exercício do controle externo relativo ao tema, e pelos
seguintes princípios:
I. definição formal de autoridade e responsabilidade por decisões e ações;
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II. alinhamento dos planos e ações de TIC às estratégias de negócio, ao planejamento estratégico,
ao plano plurianual e às necessidades do Tribunal;
III. otimização dos processos de trabalho e do uso de recursos do Tribunal;
IV. formalização de diretrizes, processos de trabalho e procedimentos;
V. identificação e gestão de riscos organizacionais, de tecnologia e de ambiente;
VI. produção, disseminação e preservação de conhecimentos referentes a processos de trabalho e
regras de negócio associados a soluções de TIC;
VII. conformidade com disposições legais e atos administrativos do CNJ e do Tribunal; e
VIII. monitoração e avaliação regular, pela alta Administração, do alcance das metas definidas nos
planos de TIC ﴾PETIC e PDTIC﴿ e da conformidade e desempenho dos processos que suportam a
política de governança de TIC.
Art. 40. O planejamento e a organização da TIC observarão as seguintes diretrizes:
I. integração entre as áreas de negócio e de TIC por meio de diálogo permanente e adoção de
linguagem comum;
II. compreensão do negócio e dos processos de trabalho do Tribunal, com o objetivo de identificar
oportunidades que possam ser alavancadas pelo uso da TIC;
III. coordenação centralizada das iniciativas para atendimento às necessidades de negócio do
Tribunal relacionadas à TIC, por meio do Comitê de Governança;
IV. inclusão, nos planos estratégicos, táticos e operacionais do Tribunal, de objetivos institucionais
específicos para TIC, alinhados às estratégias de negócio;
V. elaboração de planos de TIC que contemplem objetivos de médio e de longo prazo, bem como
prioridades e iniciativas de curto prazo, de forma alinhada aos planos e às prioridades
institucionais;
VI. elaboração de indicadores e fixação de metas para avaliação do alcance dos objetivos
estabelecidos, em função dos benefícios esperados para o negócio do Tribunal;
VII. desenvolvimento continuado de competências multidisciplinares, técnicas e gerenciais,
necessárias ao exercício pleno de todas as atribuições dos servidores da área de TIC, com incentivo
à obtenção das certificações profissionais correspondentes, de acordo com as necessidades
evidenciadas pelos planos e prioridades institucionais;
VIII. ampla participação das unidades organizacionais na elaboração dos planos de TIC;
IX. transparência na execução dos planos de TIC;
X. formulação de propostas de provimento de soluções de TIC adequadas às necessidades de
negócio e compatíveis com a capacidade de alocação de recursos, sendo certo que em caso de
contenção de recursos/despesas os investimentos de TIC terão preferência em relação aos demais;
XI. alocação prioritária de recursos para provimento de soluções de TIC que sejam estratégicas ao
negócio do Tribunal; e
XII. avaliação periódica independente sobre a conformidade dos procedimentos e estruturas de
TIC com a legislação, com normas internas e com as melhores práticas internacionalmente
reconhecidas.
Art. 41. As aquisições de bens e contratação de serviços de TIC deverão atender às determinações
do Conselho Nacional de Justiça, e sempre que possível, as recomendações e acórdãos do TCU e
do TCE.
Art. 42. No provimento de soluções de TIC, a DGTEC deverá observar primeiramente no repositório
nacional disponibilizado pelo CNJ se já existe edital ou contrato de solução de TIC idêntica ou
similar utilizada pelas Cortes Superiores por outro Tribunal que atenda ao TJERJ.
Art. 43. Caberá ao órgão de licitações do TJERJ disponibilizar no repositório nacional do CNJ todos
os editais, contratos de TIC e seus anexos, assim que forem homologados.
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Art. 44. Para os fins do disposto nesta Resolução, o provimento de soluções de sistema de TIC
compreende as seguintes modalidades:
I. desenvolvimento: construção de soluções, com recursos próprios ou de terceiros, para atender a
necessidades específicas do Tribunal;
II. aquisição: adoção de soluções construídas externamente ao Tribunal, por meio de contratação,
doação, comodato, recebimento de outros órgãos e entidades ou utilização de software livre; e
III. manutenção: alteração de solução existente para correção de erros, melhoria de qualidade,
incorporação de novas funcionalidades, mudança nas regras de negócio ou adaptação a novas
tecnologias.
Parágrafo único. Qualquer que seja a modalidade adotada, a abordagem de provimento de
soluções de TIC classifica se, segundo a responsabilidade das unidades envolvidas, em:
I. centralizada, quando o desenvolvimento, a aquisição ou a manutenção da solução é realizada
pela DGTEC; ou
II. descentralizada, quando o desenvolvimento, a aquisição ou a manutenção da solução é
realizada por outra unidade do Tribunal, sob orientação da DGTEC.
Art. 45. O provimento de soluções de sistema de TIC observará as seguintes diretrizes:
I. concepção de soluções com foco na otimização dos processos de trabalho do Tribunal, na
integração de soluções e na reutilização de dados e componentes, observando o disposto nesta
Resolução;
II. consideração, quando da concepção de soluções de TIC a serem desenvolvidas ou adquiridas,
de requisitos não funcionais relevantes, em especial dos requisitos de segurança da informação e
dos requisitos relativos à disponibilidade, ao desempenho e à usabilidade da solução;
III. adoção de arquitetura e padrões tecnológicos que satisfaçam aos critérios técnicos definidos
pela DGTEC e pelo Comitê de Governança de TIC e que se baseiem preferencialmente em padrões
de mercado e em diretrizes de interoperabilidade;
IV. preservação dos direitos de propriedade intelectual do Tribunal sobre códigos, documentos e
outros elementos integrantes de soluções que sejam desenvolvidas especificamente para a
instituição, com recursos próprios ou de terceiros;
V. realização, previamente à implantação das soluções de TIC, dos testes necessários para
assegurar o correto funcionamento e a aderência das soluções às regras de negócio e aos
requisitos especificados;
VI. definição, mensuração e revisão periódica de acordos de níveis de serviço;
VII. planejamento e gestão do ambiente de TIC e dos processos operacionais que o suportam com
foco no cumprimento dos níveis de serviço acordados para as soluções de TIC;
VIII. atuação proativa com vistas à identificação de lacunas de conhecimento e ao
desenvolvimento de competências dos usuários previamente à implantação de novas soluções de
TIC, bem como de forma continuada;
IX. adoção da modalidade de provimento que se revelar justificadamente mais adequada à
realização das estratégias e ao alcance dos objetivos institucionais, com base em critérios
definidos nos planos estratégicos de TIC ﴾PETIC/PDTIC﴿ ou em normas internas;
X. adoção preferencial da abordagem de desenvolvimento seguro;
XI. adoção preferencial da abordagem centralizada para provimento de soluções de natureza
corporativa; e
XII. adoção preferencial de abordagem descentralizada para provimento de soluções de natureza
departamental.
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Art. 46. Propostas de solicitações e alterações dos sistemas de informáticas somente deverão ser
encaminhadas ao CGTIC após análise e aprovação dos Diretores Gerais, devidamente
fundamentadas, através de documento padronizado, previsto em Rotina Administrativa ﴾RAD﴿ da
DGTEC, para contratação de soluções de TIC.
Art. 47. Compete a DGTEC, para efeito do disposto nesta Resolução, dentre outras atribuições
determinadas pelo CGTIC e em atos normativos do TJERJ:
I. auxiliar o CGTIC, as unidades gestoras, e a Presidência do TJERJ na identificação de
oportunidades de informatização de processos de trabalho e na formulação de demandas para
provimento de novas soluções;
II. realizar o provimento centralizado e descentralizado de soluções de TIC e assegurar seu
funcionamento em conformidade com os níveis de serviço acordados com as unidades gestoras
de soluções;
III. submeter ao CGTIC as demandas relativas ao provimento centralizado e descentralizado de
novas soluções de TIC;
IV. encaminhar ao CGTIC todos os processos de sua competência devida instruídos para
deliberação;
V. oferecer ambiente computacional e suporte adequados ao provimento e ao uso de soluções de
TIC;
VI. apoiar o CGTIC no planejamento e na execução de ações de desenvolvimento de competências
relativas ao provimento, à governança, à gestão e ao uso de TIC;
VII. propor a alocação de recursos orçamentários destinados à tecnologia da informação ao CGTIC;
VIII. apresentar ao CGTIC relatório do uso de recursos para contratação de bens e serviços de TIC;
IX. propor os ajustes necessários a fim de otimizar o uso dos recursos orçamentários destinados à
TIC;
X. efetuar mensurações e coleta de dados com vistas a fornecer ao CGTIC informações relativas ao
provimento, à gestão e ao uso de TIC que forem necessárias ao desempenho das atividades do
comitê; e
XI. auxiliar o CGTIC em tudo que for necessário para o desempenho de suas atribuições.
CAPÍTULO VIII
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 48. A Presidência do Tribunal de Justiça fica autorizada a estabelecer por meio de Ato
Normativo o processo de contratação de soluções de TIC, contemplando o disposto nos arts. 40 a
44, normas e boas práticas utilizadas pela Administração Pública Federal e recomendações dos
Tribunais de Contas do Estado e da União.
Art. 49. A DGTEC deverá providenciar em 90 ﴾noventa﴿ dias a contar da publicação da presente
Resolução a implementação do PETIC e do PDTIC 2015‐2020, bem como, revisar os respectivos
documentos, no que couber, nos termos previstos nesta Resolução encaminhar ao CGTIC para
deliberação.
Art. 50. A DGTEC no prazo de 90 ﴾noventa﴿ dias a contar da publicação da presente Resolução,
deverá instituir junto ao gabinete do Diretor Geral equipe técnica responsável por acompanhar as
decisões, regulamentações, atos normativos do CNJ, TCU e TCE a respeito dos temas tratados na
presente Resolução, bem como o disposto na legislação federal e estadual.
Parágrafo único. Sempre que ocorrer modificação das normas e decisões que serviram de fonte
inspiradora a presente Resolução a DGTEC deverá instaurar procedimento administrativo
sugerindo a modificação da presente resolução para deliberação do CGTIC.
Art. 51. O CGSI deverá providenciar em 180 ﴾cento e oitenta﴿ dias, a contar da data da publicação,
do ato de nomeação de seus membros, a revisão do sistema do modelo de segurança de TIC.
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15/09/2017 .: SophiA Biblioteca Terminal Web :.
Art. 52. Os casos omissos na aplicação dos dispositivos desta Resolução serão resolvidos pelos
respectivos Comitês dentro de suas atribuições.
Art. 53. A presente Resolução entrará em vigor na data de sua publicação, revogando as
disposições em contrário e em especial a Resolução TJ/OE n.º 28/2013.
Rio de Janeiro, 07 de agosto de 2017.
Desembargador MILTON FERNANDES DE SOUZA
Presidente do Tribunal de Justiça
Este texto não substitui o publicado no Diário Oficial.
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