Meteorologia

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Origem e evolução da meteorologia

Meteorologia é a ciência que estuda a atmosfera e seus fenômenos. O


nome tem origem em uma obra escrita por Aristóteles c. 340 a.C.,
meteórica, que reunia o conhecimento da época sobre clima e tempo. A
palavra grega “meteoros” (μετέωρος) significa “suspenso no céu”.

Outros avanços no campo meteorológico desenvolvem instrumentos


mais seguros. Galileu construiu um termômetro em 1607, seguido pela
invenção do barômetro de Evangelista Torricelli em 1643. A primeira
ação sobre a dependência da pressão atmosférica na altura é feita por
Blaise Pascal e René Descartes.

O anemômetro para a medição da velocidade do vento é construído em


1667 por Robert Hooke, enquanto Horace de Saussure completa a lista
dos instrumentos meteorológicos mais importantes em 1780 com o
higrômetro capilar, que mede a umidade.

Para coordenar essa troca de informações, foi fundada em 1873 a


Organização Meteorológica Internacional (IMO, na sigla em inglês), que padronizou técnicas de
observação. Ela foi sucedida em 1950 pela Organização Meteorológica Mundial (WMO), uma
agência da Organização das Nações Unidas.

O século 20 foi marcado pelo desenvolvimento de equipamentos, como balões atmosféricos para
sondagens verticais. Na metade do século, com o fim da Segunda Guerra Mundial, radares
militares passaram a ser utilizados para medições
meteorológicas, e novos computadores permitiram
análise e previsão mais precisas.

O primeiro satélite meteorológico bem-sucedido


foi o TIROS-1, lançado em abril de 1960, que
registrava e transmitia imagens feitas por duas
câmeras. Ele foi o primeiro do programa Satélite de
Observação Televisivo Infravermelho (Television
Infrared Observation Satellites) da NASA.

Hoje são muitos os avanços da ciência em quanto a meteorologia, como por exemplo são
desarrolhados experimentos de controle para os furacões do Pacífico Leste.
Diferenças entre tempo e clima
Os dois conceitos têm significados diferentes na meteorologia.

O tempo se refere às condições atmosféricas ou meteorológicas registradas em um período de


tempo curto, o que é, portanto, a condição atual da atmosfera, que pode mudar de um
instante ao outro.

As variações de temperatura, umidade relativa do ar, pluviosidade são responsáveis pelo


dinamismo das condições meteorológicas, portanto, do tempo. Essas variações podem ou não
ser acentuadas, de acordo com a época do ano. Há meses em que as chuvas são mais
constantes, outros em que não há chuvas. Há meses em que as temperaturas estão mais
elevadas, e outros em que elas caem.

Principais elementos do tempo

→ Temperatura;
→ Umidade do ar;
→ Chuva;
→ Vento;

O clima, por outro lado, é uma condição duradoura do ambiente atmosférico e equivale ao
conjunto dos tipos de tempos mais comuns em um determinado lugar ao longo de um período
de aproximadamente 30 anos. Representa, portanto, um padrão geral das condições
meteorológicas (variações anuais de temperatura, umidade, pressão atmosférica. Que também
determinam os tipos de fenômenos meteorológicos). Ele se refere às condições que
prevalecem em uma região ou em toda a Terra, e pode ser estudado com uma análise das
tendências históricas.

Sendo assim, quando falam em clima, os cientistas estão se referindo à situação do planeta
todo, ao longo do tempo. Ou seja, mesmo que esteja fazendo mais frio que a média em uma
região específica, o mundo como um todo está, na média, mais quente - é isso que apontam
centenas de estudos feitos por cientistas no mundo todo ao longo de décadas.

O clima é influenciado por elementos e fatores climáticos, que fazem com que a atmosfera
tenha características distintas dependendo da localização no mundo. Por esse motivo, há
vários tipos de climas.
Principais fatores do clima

→ Latitude;
→ Altitude;
→ Maritimidade e continentalidade;
→ Massas de ar;
→ Correntes marítimas;
→ Localização geográfica;

Principais elementos do clima

→ Radiação;
→ Temperatura
→ Pressão Atmosférica;
→ Umidade do ar
Diferentes formações de nuvens
As nuvens apresentam-se na atmosfera sobre as mais variadas formas. A compreensão
de suas características e tipos ajuda-nos a entender melhor alguns fenômenos
meteorológicos.

As nuvens que habitam os céus de nosso planeta nada mais são do que gotículas de água
condensadas e acumuladas na troposfera, sendo responsáveis por boa parte dos principais
efeitos meteorológicos por nós sentidos e observados. Resumidamente, o calor solar irradiado
sobre a superfície aquece a água e provoca a formação do vapor, que ascende e, ao encontrar
as temperaturas mais baixas, passa pelo processo de condensação.

Dependendo das condições de temperatura, altitude, pressão e outros fatores, as nuvens


apresentam diferentes formas, características e propriedades físico-químicas, por isso, são
classificadas a partir de diferentes tipologias. Com base
na altitude, as nuvens mais comuns na troposfera são
agrupadas em quatro famílias: Nuvens altas, médias,
baixas e nuvens com desenvolvimento vertical. As nuvens
das três primeiras famílias são produzidas por
levantamento brando sobre áreas extensas. Estas nuvens
se espalham lateralmente e são chamadas estratiformes.
Nuvens com desenvolvimento vertical geralmente
cobrem pequenas áreas e são associadas com
levantamento bem mais vigoroso. São chamadas nuvens
cumuliformes. Nuvens altas normalmente tem bases
acima de 6000m; nuvens médias geralmente tem base
entre 2000 a 6000m, nuvens baixas tem base até 2000m.
Estes números não são fixos. Há variações sazonais e
latitudinais. Em altas latitudes ou durante o inverno em latitudes médias as nuvens altas são
geralmente encontradas em altitudes menores, com base na aparência, distinguem-se três
tipos: cirrus, cumulus e stratus. Cirrus são nuvens fibrosas, altas, brancas e finas. Stratus são
camadas que cobrem grande parte ou todo o céu. Cumulus são massas individuais globulares
de nuvens, com aparência de domos salientes. Qualquer nuvem reflete uma destas formas
básicas ou é combinação delas.

Nuvens Baixas
Cumulus: as nuvens do tipo Cumulus apresentam desenvolvimento vertical, com a altura de
suas bases oscilando entre 0 km e 3 km. São nuvens frequentemente isoladas com base
horizontal e topo geralmente não muito elevado e um pouco arredondado. Comumente se
apresentam na cor branca e, às vezes, em um cinza mais claro, indicando, quase sempre, um
tempo mais calmo e sem chuvas. A imagem no início deste texto ilustra bem um exemplo de
nuvem do tipo cumulus.

Cumulonimbus: muito conhecidas por serem “nuvens de tempestades” e “nuvens de


trovoadas”, as cumulonimbus também apresentam desenvolvimento vertical, com bases
variando entre 1000 e 3000 metros e topos com
mais de 10000 metros de altura. O seu topo
apresenta o aspecto de uma bigorna graças às
massas de ar nas altitudes superiores.

Stratus: nuvens baixas que se apresentam em


camadas homogêneas e suaves, sendo muito
parecidas com a nimbostratus, diferenciando-se
destas por serem mais baixas e uniformes. São
confundidas também com as altostratus, que são
nuvens ainda mais altas e que, ao contrário da
stratus, permitem a passagem da luz do sol.
Costumam produzir chuvas bem fracas ou garoas.

Stratocumulus: nuvem que se apresenta em formato


de um lençol descontínuo ou contínuo e possui um
aspecto acinzentado ou uma cor branca com manchas
escuras. São as principais responsáveis pelas grandes
turbulências em aviões em virtude de suas
velocidades de deslocamento.
Nimbostratus: são nuvens baixas e escuras que
geralmente ocasionam chuvas não muito fortes,
porém mais duradouras. Impedem totalmente a
passagem da luz do sol e apresentam uma cor
cinza, além de uma forma não muito bem definida
e uma base difusa, baixa e muito espessa.

Nuvens Médias

Altocumulus: são nuvens que se apresentam em forma


de pequenos tufos que lembram algodões,
relativamente separados entre si e com pequenas
espessuras. As altocumulus sempre apresentam um
lado mais claro e outro com uma coloração cinza
escura. Não formam chuvas, mas a sua presença pela
manhã costuma indicar a ocorrência de tempestades
ao final do dia.

Altostratus: nuvens cinzentas ou azuladas dispostas em


aparência de lençol que permitem uma relativa passagem da
luz solar por encobrirem apenas parcialmente o sol, mas sem
a forma de halos, como acontecem com a cirrostratus. Um
“macete” para identificar uma altostratus é olhar para o
chão e ver se há a formação de sombras, caso isso ocorra,
então não será uma altostratus, e sim a cirrostratus.
Nuvens altas

Cirrus: É o tipo mais comum de nuvem presente


no céu. Formam-se na parte mais alta da
troposfera e estão associadas a dias bons e
ensolarados. Sua aparência é constituída por
formas de linhas finas e compridas que
acompanham o deslocamento dos ventos.

Cirrostratus: assemelha-se à nuvem stratus e também à


altostratus, diferenciando-se por ser mais alta e mais
fina, mantendo a aparência de lençol sobre o céu.
Permite uma grande passagem de luz solar e, em alguns
casos, a formação de halos solares, como o da imagem
abaixo.

Cirrocumulus:
apresentam formas de
pequenos círculos e são
muito semelhantes às
altocumulus, diferenciando-se
apenas por apresentar a cor
branca. Ocupam grandes
áreas e podem aparecer
tanto em sequências quanto
em formas isoladas.
Simbologia para registrar fenômenos nas
cartas meteorológicas
Em cartas temáticas como as cartas meteorológicas o uso de símbolos para a identificarmos o
fenômeno que está acontecendo é essencial, caso contrário não seria uma carta
meteorológica, são símbolos simples e de fácil entendimento pois caracterizam exatamente o
que é.

Informações para melhor compreensão das cartas


SÍMBOLOS DE FENÔMENOS SIGWX

CICLONE TROPICAL CHUVISCO

LINHA DE INSTABILIDADE
CHUVA

TURBULÊNCIA MODERADA NEVE

TURBULÊNCIA SEVERA PANCADA

ONDAS OROGRÁFICAS GRANIZO

NEVE LEVANTADA PELO VENTO EM ÁREA


GELO MODERADO EM AERONAVES
EXTENSA

NÉVOA FORTE DE AREIA OU


GELO SEVERO EM AERONAVES POEIRA

TEMPESTADE DE AREIA OU POEIRA EM


NEVOEIRO EM ÁREA EXTENSA
ÁREA EXTENSA

MATERIAIS RADIOATIVOS NA
ATMOSFERA NÉVOA SECA EM ÁREA EXTENSA

ERUPÇÃO VULCÂNICA
NÉVOA ÚMIDA EM ÁREA EXTENSA

MONTANHAS OBSCURECIDAS FUMAÇA EM ÁREA EXTENSA


PRECIPITAÇÃO CONGELANTE

FRENTES, ZONAS DE CONVERGÊNCIA E OUTROS SÍMBOLOS USADOS

FRENTE FRIA À SUPERFÍCIE ALTURA MÁXIMA DA TROPOPAUSA

FRONTOGÊNESIS DE FRENTE FRIA ALTURA MÍNIMA DA TROPOPAUSA

FRONTÓLISIS DE FRENTE FRIA NÍVEL DA TROPOPAUSA

FRENTE QUENTE À SUPERFÍCIE LINHA DE CONVERGÊNCIA

FRONTOGÊNESIS DE FRENTE NÍVEL DE CONGELAÇÃO


QUENTE

ZONA DE CONVERGÊNCIA
FRONTÓLISIS DE FRENTE QUENTE INTERTROPICAL

FRENTE OCLUSA À SUPERFÍCIE ESTADO DO MAR

FRENTE SEMI-ESTACIONÁRIA TEMPERATURA DA SUPERFÍCIE DO


À SUPERFÍCIE
MAR

VENTO FORTE À SUPERFÍCIE EM


FRONTOGÊNESIS DE FRENTE SEMI
ÁREA EXTENSA
ESTACIONÁRIA

FRONTÓLISIS DE FRENTE SEMI


ESTACIONÁRIA

ABREVIATURAS USADAS PARA DESCREVER NUVENS


TIPOS

CI - CIRRUS SC - STRATOCUMULUS
CC - CIRROCUMULUS ST - STRATUS
CS - CIRROSTRATUS CU- CUMULUS
AC - ALTOCUMULUS CB - CUMULUNIMBUS
AS - ALTOSTRATUS TCU - CUMULUS EM FORMA DE
TORRES
NS - NIMBOSTRATUS QUANTIDADES
NUVENS (EXCETO CB)
FEW - POUCO (1 A 2 OITAVOS)
SCT - ESPARSO (3 A 4 OITAVOS)
BKN - NUBLADO (5 A 7 OITAVOS)
OVC - ENCOBERTO (8 OITAVOS)

NUVENS (SOMENTE CB)

ISOL - CB INDIVIDUAIS (ISOLADOS)

OCNL - CB BEM SEPARADOS (OCASIONAIS)

FRQ - CB COM PEQUENA OU NENHUMA SEPARAÇÃO (FREQÜENTES)

EMBD - CB EMBUTIDOS EM CAMADAS DE OUTRAS NUVENS OU ENCOBERTOS POR NÉVOA


SECA (EMBUTIDOS)

ALTURAS

Nas cartas SWH e SWM, as alturas das nuvens são indicadas em níveis de voo (FL), topo sobre a
base. Quando XXX for usado, os topos ou as bases estarão fora da camada da atmosfera a que
se refere a carta.

Exemplos: 060 XXX

020 025

Nas cartas SWL, as alturas são indicadas como altitudes acima do nível médio do mar e a
abreviatura SFC é usada para indicar o nível do solo.

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