A bandeira do Brasil foi criada em 1889 após a proclamação da República. O período entre 1889-1894 foi governado por militares e chamado de República da Espada. De 1894-1930, o poder ficou nas mãos de grandes proprietários de terra, principalmente cafeicultores de São Paulo, período chamado de República das Oligarquias.
A bandeira do Brasil foi criada em 1889 após a proclamação da República. O período entre 1889-1894 foi governado por militares e chamado de República da Espada. De 1894-1930, o poder ficou nas mãos de grandes proprietários de terra, principalmente cafeicultores de São Paulo, período chamado de República das Oligarquias.
A bandeira do Brasil foi criada em 1889 após a proclamação da República. O período entre 1889-1894 foi governado por militares e chamado de República da Espada. De 1894-1930, o poder ficou nas mãos de grandes proprietários de terra, principalmente cafeicultores de São Paulo, período chamado de República das Oligarquias.
A bandeira do Brasil foi criada em 1889 após a proclamação da República. O período entre 1889-1894 foi governado por militares e chamado de República da Espada. De 1894-1930, o poder ficou nas mãos de grandes proprietários de terra, principalmente cafeicultores de São Paulo, período chamado de República das Oligarquias.
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BRASIL REPUBLICANO
A atual bandeira do Brasil foi elaborada em 19 de novembro de 1889, logo
depois da proclamação da República. Ela foi projetada por Raimundo Teixeira Mendes e por Miguel Lemos, com desenho de Décio Vilares. Seu hasteamento é obrigatório em escolas públicas e particulares pelo menos uma vez na semana. As repartições públicas devem hasteá-la em dias de festa e baixá-la à meia altura do mastro, em caso de luto oficial. Na Praça dos Três Poderes em Brasília (DF), a bandeira fica permanentemente hasteada.
A república da Espada (1889 – 1894)
A participação do exército na proclamação da República garantiu aos milita res a chefia do novo governo. Esse período da República brasileira, governada por militares, é denominado República de Espada. O marechal Deodoro da Fonseca foi escolhido para chefiar o novo governo. Imediatamente tomaram-se medidas para consolidar o novo regime Entre outras decisões, uma Assembleia Constituinte foi convocada para escrever a nova Constituição do Brasil, promulgada em 24 de fevereiro de 1891. A consolidação do regime republicano foi tumultuada. O marechal Deodoro contou com o apoio dos militares. Sua proposta política centralizadora se opunha ao federalismo do Congresso, porta-voz dos cafeicultores paulistas. Esse choque político levou Deodoro da Fonseca a renunciar em novembro de 1891. Em seu lugar, assumiu o vice-presidente, o marechal Floriano Peixoto. O governo do Marechal Floriano Peixoto teve o apoio de uma aliança controlada pelos cafeicultores. paulistas, cuja atuação foi fundamental no enfrentamento de rebeliões que ameaçavam a República, como a Revolução Federalista, no Rio Grande do Sul, e a Revolta da Armada, no Rio de Janeiro. Após a repressão das revoltas, o governo do Brasil voltaria às mãos dos civis. A República agora seria governada pela elite cafeeira.
A República das Oligarquias (1894-1930)
Com o presidente Prudente de Moraes, cafeicultor e paulista, iniciou-se a
República das Oligarquias. O termo oligarquia é muito adequado para denominar a república brasileira desse período, em que o poder esteve nas mãos dos grandes proprietários de terra e sob a direção, na maior parte do tempo, dos cafeicultores paulistas. O governo de Prudente de Moraes (1894-1898) foi marcado pelo agravamento da situação financeira do país e pela guerra contra Canudos, no sertão da Bahia. Prudente de Moraes foi sucedido pelo também paulista Campos Sales (1898-1902), criador da política dos governadores, que consistia na troca de favores entre o governo federal e as oligarquias dominantes em cada estado. A política dos governadores fortaleceu o poder local, dando origem a outro fenômeno. República das Oligarquias, o coronelismo, que consistia na interferência dos coronéis, grandes proprietários rurais, na política local por meio do controle exercido sobre o voto. Assim os eleitores das áreas rurais, em troca de favores, como um emprego, roupas e até alimentos, votavam nos candidatos indicados pelos coronéis, já que a Constituição de 1891 admitia o voto aberto. Essa prática ficou conhecida como voto de cabresto. Durante a República das "Oligarquias, os cargos federais mais importantes, como o de presidente da república, foram dominados particularmente pelas oligarquias dos estados de São Paulo e Minas Gerais, economicamente mais poderosos. A hegemonia de paulistas e mineiros na presidência da república, que se alternaram sucessivamente no poder, ficou conhecida como política do café com leite.
Transformações econômicas e sociais
Apesar do domínio do café como principal produto de exportação, durante as primeiras décadas da república brasileira houve um notável desenvolvimento Industrial. Aos poucos vários setores da sociedade passaram a questionar o domínio das oligarquias, indicando reformas políticas, sociais e económicas. Nesse período, no campo das artes, também seriam lançadas novas bases para se repensar a cultura brasileira. Em fevereiro de 1922, em São Paulo, aconteceria a Semana de Arte Moderna. organizada por um grupo de artistas que apresentaram suas obras no Teatro Municipal, entre os dias 13 e 17. Os participantes da Semana propunham uma ruptura com as manifestações artísticas tradicionais defendiam o uso de uma linguagem mais simples que valorizasse temas da cultura brasileira.
A crise da República das Oligarquias
Para a eleição presidencial de 1930, o presidente Washington Luís, representante de São Paulo, lançou a candidatura de outro paulista, Júlio Prestes. quando caberia a Minas Gerais indicar seu sucessor. Esse fato, associado à insatisfação das elites dos estados excluídos do governo do país, levou à formação da Aliança Liberal, que lançaria a candidatura de Getúlio Vargas, representante do Rio Grande do Sul, ao cargo de presidente, apoiado pelo governo de Minas Gerais. Para agravar a situação, João Pessoa, candidato à vice-presidência pela Paraíba, foi assassinado em julho de 1930. A oposição se revoltou e tropas.se posicionaram em locais estratégicos nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Diante da ameaça de uma guerra civil, o presidente Washington Luís se viu obrigado a renunciar e Getúlio Vargas, chefe do movimento revoltoso, assumiu provisoriamente o poder. Esse movimento ficou conhecido como Revolução de 1930. A Guerra de Canudos A comunidade de Canudos foi criada pelo beato António Conselheiro António Vicente Mendes Maciel), no sertão da Bahia, após anos de peregrinação e pregação pelo Nordeste. Católico fervoroso, Conselheiro era monarquista, falava contra a república e contra os impostos. Em 1996, moradores de Canudos foram cobrar a entrega de madeira comprada por Conselheiro, que, porém, não havia sido entregue por comerciantes de Juazeiro incidente que teria causado o pra com as forças do governo. Esses fatos resultaram em quatro expedições militares contra Canudos, envolvendo o governo federal no conflito. Em1897 arraial foi destruído por uma expedição de 10 mil homens, transformando-se num dos episódios mais sangrentos das lutas dos sertanejos.
A Era Vargas (1930-1945)
Com a Revolução de 1930, Getúlio Vargas chegou ao poder para governar o país por quinze anos. Até 1945 Vargas adotou diversas medidas para desenvolver a indústria, o comércio e a agricultura. De caráter nacionalista, essas medidas visavam ao desenvolvimento do Brasil, principalmente no momento em que o mundo atravessava a crise económica de 1929 e a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), incorporando a seu governo os princípios de intervenção do Estado na economia e a promoção de políticas sociais.
A revolta dos paulistas
Durante o Governo Provisório de Getúlio Vargas (1930-1934), foram adotadas medidas para regular a produção e os lucros obtidos com o café; para proteger os setores industriais; e para regulamentar a relação entre os trabalha dores e os patrões. Em São Paulo, a oposição ao novo governo se reorganizou. Em 9 de julho de 1932 teve início a Revolução Constitucionalista, na qual o estado passou a lutar contra o governo federal. A exigência mais importante do movimento era a elaboração de uma nova Constituição para o Brasil. Entretanto, isolados, os paulistas não resistiram às tropas leais ao governo e foram derrotados militarmente. Embora os paulistas tenham sido derrotados convocação de uma 'Assembleia Constituinte em 1933 significou uma vitória política. Em 1934 a Constituição foi promulga da e Vargas foi eleito presidente da República de maneira indireta com mandato até 1938, quando eleições direitas seriam realizadas. A Constituição de 1934 A Constituição de 1934 apresentou novos aspectos em comparação com a Constituição de 1891, entre os quais a instituição do voto secreto e extensivo às mulheres. Veja alguns deles. Proibição de diferentes salários para um mesmo trabalho; regulamentação do trabalho feminino e dos menores, do descanso semanal e das férias remuneradas. Instituição da pluralidade e da autonomia sindical.
O legado da Era Vargas: populismo ou ditadura?
As eleições de 1938 se aproximavam, porém Vargas e seu grupo não tinham
planos de entregar o poder. Assim, em 10 de novembro de 1937, alegando a existência de uma conspiração para a tomada do poder, Vargas decretou o Estado Novo (1937-1945).
Getúlio Vargas suspendeu a Constituição e passou a governar por decreto.
fechou o Congresso, nomeou interventores para os estados, proibiu os partidos políticos e o Brasil recebeu uma nova Constituição. O Estado Novo, seguindo a tendência iniciada em 1930, desenvolveu também uma política cultural. Já em 1931 foi criado o Ministério da Educação e Saúde. A cultura brasileira tornou-se um patrimônio nacional, e passou a ser oficialmente incentivada. Diversos artistas e intelectuais passaram a trabalhar junto ao Ministério da Educação, ao Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN, mais tarde IPHAN), entre outras instituições criadas pelo governo. Por outro lado, como se tratava de uma ditadura o Estado desenvolveu uma política repressiva, de censura à imprensa controlada pelo Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP), que cuidava da imagem pública de Vargas, apresentando-o como o grande líder, defensor dos pobres. A política destinada às classes populares, denominada populismo, tinha caráter contraditório. Ao mesmo tempo que as medidas consagravam direitos, subordinavam as organizações sindicais aos interesses políticos do Estado Novo. Nesse sentido, o estabelecimento, em 1º de maio de 1941, da Justiça do Trabalho, entidade prevista pela Constituição de 1934, e a promulgação, em 1943, da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), podem ser consideradas o ápice do populismo do Estado Novo.