Lei Estadual 7669 82 Lei Orgânica Estadual Do MP RS

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LEI N. 7.669, DE 17 DE JUNHO DE 1982.

Promulga a Lei Orgânica do Ministério Público.

TÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1.º O Ministério Público é instituição


permanente, essencial à função jurisdicional do Estado,
incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime
democrático, dos interesses sociais e dos interesses individuais
indisponíveis.2

§ 1.º São princípios institucionais do Ministério


Público a unidade, a indivisibilidade e a independência funcional.3

§ 2.º Todos os atos e julgamentos dos órgãos do


Ministério Público serão públicos e fundamentadas todas as
decisões, sob pena de nulidade, podendo ser limitada a presença,
em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados ou
somente a estes, nos casos em que a preservação do direito à

1
Alterada pelas Leis n.s 7.744/82, 7.755/82, 7.834/83, 7.997/85, 8.147/86, 8.149/86, 8.155/86,
8.161/86, 8.267/86, 8.651/88, 8.871/89, 9.195/91, 9.505/92, 9.686/92, 9.727/92, 9.763/92,
10.558/95, 10.730/96, 10.871/96, 10.927/97, 11.003/97, 11.168/98, 11.252/98, 11.282/98,
11.295/98, 11.297/98, 11.301/99, 11.350/99, 11.356/99, 11.410/00, 11.484/00, 11.486/00,
11.581/2001, 11.582/2001, 11.583/2001, 11.584/2001, 11.577/2001, 11.655/2001, 11.723/2002,
11.733/2002, 11.734/2002, 11.809/2002, 11.850/2002, 11.851/2002, 11.852/2002, 11.978/2003,
11.997/2003, 11.998/2003, 12.008/2003, 12.015/2003, 12.040/2003, 12.267/2005,
12.268/2005, 13.283/2009, 13.291/2009, 13.385/2010, 13.385/2010, 13.386/2010,
13.387/2010, 13.440/2010, 13.517/2010, 13.560/2010, 13.724/2011, 13.732/2011,
13.847/2011, 13.999/2012, 14.031/2012, 14.114/2012, 14.332/2013, LEC 14.333/2013, LEC
14.334/2012, 14.416/2014, 14.417/2014, LEC 14.771/2015 LEC 14.844/2016, LEC 14.883/2016.
2
Redação de caput do art. 1º e de seu parágrafo único dada pela Lei n. 11.301/99.
3
Parágrafo único renumerado pela Lei n. 12.796/2007.

181
intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse
público à informação.4

§ 3.º As decisões administrativas do Ministério


Público serão motivadas e, quando for o caso, tomadas em
sessão pública.5

§ 4.º As atividades no âmbito do Ministério Público,


por sua essencialidade, serão ininterruptas, sendo vedadas férias
coletivas, funcionando em plantão permanente nos dias em que
não houver expediente normal.6

Art. 2.º Ao Ministério Público é assegurada


autonomia funcional, administrativa e financeira, cabendo-lhe,
especialmente:7

I - praticar atos próprios de gestão;

II - praticar atos e decidir sobre a situação funcional


e administrativa do pessoal, ativo e inativo, da carreira e dos
serviços auxiliares, organizados em quadros próprios;

III - elaborar suas folhas de pagamento e expedir os


competentes demonstrativos;

IV - adquirir bens e contratar serviços, efetuando a


respectiva contabilização;

V - propor ao Poder Legislativo a criação e a


extinção de seus cargos, bem como a fixação e o reajuste dos
vencimentos de seus membros;

4
Parágrafo acrescentado pela Lei n. 12.796/2007.
5
Parágrafo acrescentado pela Lei n. 12.796/2007.
6
Parágrafo acrescentado pela Lei n. 12.796/2007.
7
Redação de caput do art. 2º e de seus respectivos incisos e parágrafos conferidos pela Lei n.
11.301/99.

182
VI - prover a política remuneratória e os planos de
carreira dos seus membros e dos seus servidores;

VII - propor ao Poder Legislativo a criação e a


extinção dos cargos de seus serviços auxiliares, bem como a
fixação e o reajuste dos vencimentos de seus servidores;

VIII - prover os cargos iniciais da carreira e dos


serviços auxiliares, bem como nos casos de remoção, promoção e
demais formas de provimento derivado;

IX - editar atos de aposentadoria, exoneração e


outros que importem em vacância de cargos de carreira e dos
serviços auxiliares, bem como os de disponibilidade de membros
do Ministério Público e de seus servidores;

X - organizar suas secretarias e os serviços


auxiliares das Procuradorias e das Promotorias de Justiça;

XI - compor os seus órgãos de administração;

XII - elaborar os regimentos internos dos seus


órgãos colegiados e os da própria Instituição;

XIII - exercer outras competências dela decorrentes.

§ 1.º As decisões do Ministério Público, fundadas


em sua autonomia funcional, administrativa e financeira,
obedecidas as formalidades legais, têm eficácia plena e
executoriedade imediata, ressalvada a competência constitucional
do Poder Judiciário e do Tribunal de Contas.

§ 2.º O Ministério Público elaborará sua proposta


orçamentária conjuntamente com os Poderes de Estado, dentro
dos limites estabelecidos na Lei de Diretrizes Orçamentárias,
encaminhando-a, diretamente, ao Governador do Estado, que a
submeterá ao Poder Legislativo.

183
§ 3.º Os recursos correspondentes às suas
dotações orçamentárias próprias e globais, compreendidos os
créditos suplementares e especiais, ser-lhe-ão entregues até o dia
vinte de cada mês, sem vinculação a qualquer tipo de despesa.

§ 4.º A fiscalização contábil, financeira,


orçamentária, operacional e patrimonial do Ministério Público,
quanto à legalidade, legitimidade, moralidade, publicidade,
eficiência, eficácia, economicidade, aplicação de subvenções, de
recursos financeiros próprios e renúncia de receitas, será exercida
pela Assembleia Legislativa, com auxílio do Tribunal de Contas,
mediante controle externo e pelo sistema de controle interno
estabelecido através de Provimento do Procurador-Geral de
Justiça.

TÍTULO II
DA ORGANIZAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO
CAPÍTULO I
DOS ÓRGÃOS DO MINISTÉRIO PÚBLICO 8

Art. 3.º O Ministério Público compreende: Órgãos de


Administração Superior, Órgãos de Administração, Órgãos de
Execução e Órgãos auxiliares.9

8
Redação da Lei n. 11.003, de 19/08/1997.
9
Redação do “caput” e dos parágrafos dada pela Lei n. 11.003, de 19/08/1997.

184
§ 1.º São Órgãos da Administração Superior do
Ministério Público:

I - a Procuradoria-Geral de Justiça;

II - o Colégio de Procuradores de Justiça;

III - o Conselho Superior do Ministério Público;

IV - a Corregedoria-Geral do Ministério Público.

§ 2.º São, também, Órgãos de Administração do


Ministério Público:

I - as Procuradorias de Justiça;

II - as Promotorias de Justiça;

§ 3.º São Órgãos de Execução do Ministério


Público:

I - o Procurador-Geral de Justiça;

II - o Conselho Superior do Ministério Público;

III - os Procuradores de Justiça;

IV - os Promotores de Justiça.

§ 4.º São Órgãos Auxiliares do Ministério Público:10

I - a SubProcuradoria-Geral de Justiça para


Assuntos Jurídicos;

II - a SubProcuradoria-Geral de Justiça para


Assuntos Administrativos;

10
Redação do parágrafo 4º e de seus incisos alterada pela Lei Complementar n. 15.005/2017

185
III - a SubProcuradoria-Geral de Justiça para
Assuntos Institucionais;

IV - a SubProcuradoria-Geral de Justiça de Gestão


Estratégica11;

V - Os Centros de Apoio Operacional;

V - o Gabinete de Pesquisa e Planejamento;

VI - o Gabinete de Articulação e Gestão Integrada;12

VII - o Centro de Estudos e Aperfeiçoamento


Funcional;

VIII - os Órgãos de Apoio Administrativo;

IX - os Estagiários.

Seção I
Da Procuradoria-Geral de Justiça13

Art. 4.º O Procurador-Geral de Justiça é o chefe do


Ministério Público, incumbindo-lhe a sua administração e a da
Procuradoria-Geral de Justiça.14
§ 1.º O Procurador-Geral de Justiça será nomeado
pelo Governador do Estado, para um mandato de 2 (dois) anos,
dentre os Membros do Ministério Público com mais de 10 (dez)
anos de efetivo exercício na carreira e, no mínimo, 35 (trinta e

11
Redação alterada pela Lei Complementar n. 15.005/2017.
12
Redação alterada pela Lei Complementar n. 15.005/2017.
13
Título da Seção I com redação alterada pela Lei n. 11.350/99.
14
Caput do artigo 4º, incisos e parágrafos com redação alterada pela Lei n. 11.350/99.

186
cinco) anos de idade implementados até a data da posse,
indicados em lista tríplice.15
§ 2.º Será permitida uma recondução por igual
período, observado o mesmo procedimento.

§ 3.º A formação da lista tríplice de que trata o § 1.º


far-se-á mediante voto secreto, no terceiro sábado do mês de
maio do ano da eleição, podendo o Membro do Ministério Público
em efetivo exercício votar em até 3 (três) nomes habilitados.16

§ 4.º O Procurador-Geral de Justiça tomará posse


em sessão pública e solene do Colégio de Procuradores.

§ 5.º O Procurador-Geral de Justiça tem


prerrogativas e representação de Chefe de Poder.

§ 6.º O Procurador-Geral de Justiça, mediante edital


amplamente divulgado, convocará a eleição para a formação da
lista tríplice com, no mínimo, 60 (sessenta) dias de antecedência,
nomeando a Comissão Eleitoral, na forma do artigo 5.º e seus
parágrafos.

§ 7.º O Membro do Ministério Público que pretender


concorrer deverá apresentar sua candidatura à Comissão Eleitoral
até 40 (quarenta) dias antes da eleição.17

§ 8.º É inelegível para a lista tríplice o Membro do


Ministério Público que não tenha se afastado, no prazo de 40
(quarenta) dias antes da eleição, de qualquer dos seguintes
cargos ou funções:18

I - Procurador-Geral de Justiça, SubProcurador-


Geral de Justiça para Assuntos Jurídicos, SubProcurador-Geral

15
Redação alterada pela Lei n. 13.662/2011.
16
Redação do parágrafo alterada pela Lei n. 13.662/2011.
17
Redação alterada pela Lei n. 13.662/2011.
18
Redação alterada pela Lei n. 13.662/2011.

187
de Justiça para Assuntos Administrativos, SubProcurador-Geral
de Justiça para Assuntos Institucionais e SubProcurador-Geral de
Justiça de Gestão Estratégica;19

II - Corregedor-Geral do Ministério Público e


SubCorregedor-Geral do Ministério Público;20

III - Membros que exerçam funções de confiança no


âmbito do Ministério Público;21

IV - dirigentes de entidades classistas e culturais,


vinculadas ao Ministério Público;

V - o membro do Ministério Público que estiver


exercendo mandato no Conselho Nacional do Ministério
Público ou no Conselho Nacional de Justiça. 22

§ 9.º São inelegíveis os membros do Ministério


Público que:

I - aposentados ou quem, por qualquer modo, se


encontre afastado da carreira;

II - tiverem sido condenados por crimes dolosos, com


decisão transitada em julgado;

III - tiverem sido condenados a pena disciplinar e


desde que não reabilitados;

IV - estiverem inscritos ou integrarem as listas a que


se referem os artigos 94, "caput", e 104, parágrafo único, inciso II,
da Constituição Federal.

19
Redação do parágrafo 4º e de seus incisos alterada pela Lei Complementar n. 15.005/2017.
20
Redação alterada pela Lei n. 11.734/2002.
21
Redação alterada pela Lei n. 13.662/2011.
22
Inciso acrescentado pela Lei n. 12.796/2007.

188
§ 10. Se o Procurador-Geral de Justiça pretender
concorrer, para fim de recondução, deverá apresentar sua
candidatura à Comissão Eleitoral até 40 (quarenta) dias antes da
eleição.

§ 10-A. No caso do afastamento do Procurador-


Geral de Justiça previsto no parágrafo anterior, assumirá
interinamente o cargo o Procurador de Justiça mais antigo na
carreira, sendo-lhe vedada a participação na Comissão Eleitoral
de que trata o ¨caput¨ do artigo 5.º desta Lei.23

§ 11. Dentro de 72 (setenta e duas) horas, após o


encerramento do prazo para a apresentação de candidaturas, a
Comissão Eleitoral divulgará, através do Diário Oficial, observada
a ordem alfabética, os nomes dos candidatos à formação da lista
tríplice que preencherem os requisitos legais.

§ 12. O prazo para impugnação de candidaturas


será de 5 (cinco) dias a contar da data da publicação da nominata
dos candidatos à formação da lista tríplice.

§ 13. A impugnação poderá ser feita por qualquer


membro do Ministério Público no exercício de suas funções, por
escrito, à Comissão Eleitoral, que terá 72 (setenta e duas) horas
para decidir.

§ 14. Decorrido o prazo do parágrafo 12, não


havendo impugnações, os nomes serão homologados pela
Comissão Eleitoral, que fará a divulgação, no âmbito do Ministério
Público, da nominata dos elegíveis.

§ 15. No caso de não haver número suficiente de


candidatos à formação da lista tríplice, serão considerados
elegíveis todos os Membros do Ministério Público com mais de 10
(dez) anos de efetivo exercício na carreira e, no mínimo, 35 (trinta
e cinco) anos de idade, que não manifestarem recusa expressa no

23
Parágrafo acrescentado pela Lei n. 11.734/2002.

189
prazo de 30 (trinta) dias antes da eleição, ressalvadas as
hipóteses do § 8.º.

§ 15. No caso de não haver número suficiente de


candidatos à formação da lista tríplice, serão considerados
elegíveis todos os Membros do Ministério Público com mais de 10
(dez) anos de efetivo exercício na carreira e, no mínimo, 35 (trinta
e cinco) anos de idade, que não manifestarem recusa expressa no
prazo de 30 (trinta) dias antes da eleição, ressalvadas as
hipóteses do § 8.º, limitando ao número de três, observada a
antiguidade.24

Art. 5.º A eleição para a formação da lista tríplice


será presidida e apurada por uma Comissão Eleitoral constituída
pelos três Procuradores de Justiça mais antigos no cargo, em
efetivo exercício, e que se tenham manifestado, expressamente,
pela recusa em concorrer em ofício dirigido ao Procurador-Geral
de Justiça, sob a presidência do mais antigo entre eles, observado
o seguinte:25

I - será realizada no horário compreendido entre as


8h e as 17h, ininterruptamente, no edifício-sede da Procuradoria-
Geral de Justiça;

II - encerrada a votação e feita a apuração dos votos,


a Comissão Eleitoral organizará a lista em ordem decrescente de
votação, devendo nela constar o número de votos de cada
integrante, o número de votos nulos e brancos e, ainda, o índice
de abstenção, proclamando a composição da lista com os três
candidatos mais votados;

III - em caso de empate no número de votos para


compor a lista, obedecer-se-á, para desempate, a antiguidade na
carreira. Persistindo o empate, preferirá o mais idoso;

24
Redação alterada pela Lei n. 13.662/2011. Redação alterada pela Lei n. 14.971/2016.
25
Caput do art. 5º, incisos e parágrafos com redação alterada pela Lei n. 11.350/99.

190
IV - cada candidato à lista tríplice poderá indicar, à
Comissão Eleitoral, até 72 (setenta e duas) horas antes da
eleição, um fiscal, integrante da carreira, para acompanhar a
votação, a apuração dos votos, a organização da lista tríplice e a
proclamação dos eleitos.

§ 1.º Exceto para os membros do Ministério Público


com atuação na Capital do Estado, é admitido o voto por via
postal, desde que postado na Comarca de atuação do eleitor e
recebido no Protocolo da Procuradoria-Geral de Justiça até o
encerramento da votação.

§ 1.º A eleição referida no “caput” deste artigo será


regulamentada pelo Órgão Especial do Colégio de Procuradores
de Justiça, por meio de Resolução, admitindo o voto por meio
eletrônico e vedando o voto por procuração.26

§ 2.º A lista tríplice será entregue ao Governador do


Estado pelo Procurador-Geral de Justiça em exercício no primeiro
dia útil após a eleição.

§ 3.º Caso o Chefe do Poder Executivo não efetive a


nomeação do Procurador-Geral de Justiça nos 15 (quinze) dias
que se seguirem ao recebimento da lista, será investido no cargo
o membro do Ministério Público mais votado, para o exercício do
mandato, na forma do artigo 108, § 1.º, da Constituição Estadual.

§ 4.º A Presidência da Comissão Eleitoral poderá


requisitar os servidores necessários ao desenvolvimento dos
trabalhos.

Art. 6.º Ocorrendo vacância no cargo de


Procurador-Geral de Justiça, assumirá o Procurador de Justiça
indicado, em sessão extraordinária do Órgão Especial do Colégio

26
Redação alterada pela Lei n. 14.971/2016.

191
de Procuradores, convocada e presidida pelo Corregedor-Geral
do Ministério Público, que deverá marcar nova eleição no prazo
de 60 (sessenta) dias, nos termos dos artigos 4.º e 5.º desta Lei.27

§ 1.º São formas de vacância a destituição, a


renúncia, a exoneração, a aposentadoria e a morte.

§ 2.º Nos impedimentos e suspeições, a função de


Procurador-Geral de Justiça será exercida, interinamente, pelo
Procurador de Justiça mais antigo na carreira.

Art. 7.º O Procurador-Geral de Justiça poderá ser


destituído por deliberação da maioria da Assembleia Legislativa,
nos casos e na forma da lei complementar estadual.28

Seção II
Do Colégio de Procuradores de Justiça
e do seu Órgão Especial29

Art. 8.º Ao Colégio de Procuradores de Justiça,


presidido pelo Procurador-Geral de Justiça e composto por todos
os Procuradores de Justiça em exercício do cargo, compete:30

I - opinar, por solicitação do Procurador-Geral de


Justiça ou de um quarto (1/4) de seus integrantes, sobre matéria
relativa à autonomia do Ministério Público, bem como sobre outras
de interesse institucional;

II - propor, na forma desta Lei, ao Poder Legislativo,


a destituição do Procurador-Geral de Justiça, pelo voto de 2/3
(dois terços) de seus membros e por iniciativa da maioria absoluta

27
Caput do art. 6º e seus parágrafos com redação alterada pela Lei n. 11.350/99.
28
Caput do art. 7º com redação alterada pela Lei n. 11.350/99.
29
Título alterado pela Lei n. 11.252/98.
30
Redação do caput do art. 8º e de seus respectivos incisos e alíneas dada pela Lei n. 11.252/98.

192
de seus integrantes em caso de abuso de poder, conduta
incompatível ou grave omissão nos deveres do cargo, assegurada
ampla defesa;

III - deliberar, pelo voto de dois terços de seus


membros, sobre a admissibilidade de representação de membro
do Ministério Público para a destituição do Procurador-Geral de
Justiça e constituir a respectiva Comissão de Sindicância;

IV - julgar, assegurada a ampla defesa, a


representação para destituição do Procurador-Geral de Justiça,
arquivando-a ou propondo a destituição à Assembleia Legislativa;

V - eleger o Corregedor-Geral do Ministério


31
Público;

VI - destituir o Corregedor-Geral do Ministério


Público, pelo voto de dois terços de seus membros, em caso de
abuso de poder, conduta incompatível ou grave omissão nos
deveres do cargo, por representação do Procurador-Geral de
Justiça ou da maioria de seus integrantes, assegurada ampla
defesa;

VII - eleger, dentre seus membros, em votação


secreta, os integrantes do Órgão Especial e dar-lhes posse;

VIII - aprovar a proposta orçamentária do Ministério


Público, elaborada pelo Procurador-Geral de Justiça;

IX - dar posse ao Procurador-Geral do Ministério


Público, ao Corregedor-Geral do Ministério Público e aos
membros do Conselho Superior do Ministério Público e seus
suplentes;32

31
Redação alterada pela Lei n. 11.734/2002.
32
Redação alterada pela Lei n. 11.734/2002.

193
X - recomendar à Corregedoria-Geral do Ministério
Público a instauração de processo administrativo-disciplinar contra
membro do Ministério Público;

XI - julgar recurso, nos termos do seu regimento


interno, contra decisão:
a) de vitaliciamento, ou não, de membro do
Ministério Público, no prazo de trinta dias;
b) condenatória em processo administrativo-
disciplinar;
c) proferida em reclamação sobre o quadro geral de
antiguidade;
d) de disponibilidade e remoção compulsória de
membro do Ministério Público, por motivo de
interesse público;
e) de recusa prevista no parágrafo 3.º do artigo 15
da Lei n. 8.625, de 12 de fevereiro de 1993, no
prazo de trinta dias;
f) de autorização ou de interrupção de afastamento
de membro do Ministério Público para frequentar
curso ou seminário de aperfeiçoamento e estudo
no País ou no exterior;

XII - rever, mediante requerimento do Corregedor-


Geral do Ministério Público, decisão de absolvição proferida pelo
Conselho Superior do Ministério Público em processo
administrativo-disciplinar, cuja pena em abstrato seja suspensão
e/ou demissão, e decisão de permanência ou confirmação na
carreira de Promotor de Justiça;

XIII - propor, ao Procurador-Geral de Justiça, a


criação de cargos no Ministério Público e no quadro de seus
serviços auxiliares, modificações na Lei Orgânica e providências
relacionadas ao desempenho das funções institucionais;

XIV - rever, mediante requerimento de legítimo


interessado, decisões de arquivamento de inquérito policial,

194
representações ou de peças de informações determinadas pelo
Procurador-Geral de Justiça, nos casos de sua atribuição
originária, sorteando, dentre seus membros, o que deverá oficiar
sendo procedente a revisão;

XV - decidir sobre pedido de revisão de processo


administrativo-disciplinar, no prazo de trinta dias;

XVI - deliberar, por iniciativa de um quarto de seus


integrantes ou do Procurador-Geral de Justiça, para que este
ajuíze ação civil de decretação de perda do cargo de membro
vitalício do Ministério Público, nos casos previstos em lei;

XVII - opinar sobre anteprojetos de lei de iniciativa do


Ministério Público;

XVIII - Conhecer e deliberar sobre relatório


reservado, emitido pela Corregedoria-Geral do Ministério Público
em correições e inspeções nas Procuradorias de Justiça;

XIX - sortear, dentre os Procuradores de Justiça em


exercício, os membros para integrar comissão processante
quando o indiciado for Procurador de Justiça;

XX - provocar a apuração da responsabilidade


criminal de membro do Ministério Público quando, em processo
administrativo-disciplinar, verificar a existência de crime de ação
pública;

XXI - eleger quatro integrantes do Conselho Superior


do Ministério Público e seus suplentes;

XXII - autorizar Procurador de Justiça, a pedido da


Corregedoria-Geral do Ministério Público, a auxiliar em correições
e inspeções especialmente designadas;

195
XXIII - aprovar a concessão de comenda a pessoas
que tenham contribuído para o aperfeiçoamento e o
aprimoramento da Instituição;

XXIV - elaborar seu Regimento Interno;

XXV - desempenhar outras atribuições que lhe forem


conferidas por lei.

Art. 9.º Excedendo de quarenta o número de


Procuradores de Justiça, o Colégio de Procuradores funcionará
em Órgão Especial.33

§ 1.º O Colégio de Procuradores exercerá as


atribuições previstas pelos incisos VIII a XXV do artigo 8.º desta
Lei, por seu Órgão Especial.

§ 2.º O Órgão Especial do Colégio de Procuradores


reunir-se-á, ordinariamente, uma vez por mês e,
extraordinariamente, por convocação de seu Presidente ou a
requerimento de oito Procuradores de Justiça, pelo menos.

§ 3.º É facultado ao titular continuar a exercer suas


funções no Órgão Especial do Colégio de Procuradores durante
as férias, mediante prévia comunicação ao Presidente.

§ 4.º As decisões do Órgão Especial do Colégio de


Procuradores serão motivadas e publicadas, por extrato, salvo
nas hipóteses legais de sigilo.

§ 4.º As decisões do Órgão Especial do Colégio de


Procuradores serão motivadas e publicadas, por extrato, salvo
nas hipóteses do § 5.º.34

33
Redação do caput do art. 9º e de seus respectivos parágrafos dada pela Lei n. 11.252/98.
34
Redação alterada pela Lei n. 14.771/2015.

196
§ 5.º As sessões do Órgão Especial do Colégio de
Procuradores serão públicas, assim como públicos serão os
julgamentos referentes aos processos administrativo-
disciplinares, admitindo-se a decretação de sigilo, mediante
decisão fundamentada, apenas nas hipóteses em que a
preservação da intimidade não prejudique o interesse público à
informação (art. 93, IX, da Constituição Federal).35

Art. 10. O Órgão Especial do Colégio de


Procuradores será composto pelos doze Procuradores de Justiça
mais antigos no cargo e por doze Procuradores de Justiça eleitos
pelos demais, para um mandato de dois anos, além do
Procurador-Geral de Justiça, seu Presidente, que terá voto
qualificado, e do Corregedor-Geral do Ministério Público, estes
membros natos.36

§ 1.º Os Procuradores de Justiça eleitos para


integrarem o Órgão Especial do Colégio de Procuradores serão
substituídos, nos casos de vacância e de impedimento, pelos
suplentes, assim considerados os doze Procuradores de Justiça
que se seguirem na votação, pela ordem.

§ 2.º Os Procuradores de Justiça que integrarem o


Órgão Especial pelo critério de antiguïdade serão substituídos,
nos casos de vacância e de impedimento, pelos demais
Procuradores de Justiça, observada, igualmente, a ordem de
antiguidade no cargo, ainda que eleitos para o mesmo Órgão,
caso em que serão, igualmente, substituídos na forma do
parágrafo anterior.

§ 3.º Quando não houver inscritos em número


suficiente para o preenchimento das vagas de titular e suplente,
serão considerados habilitados todos os Procuradores de Justiça
que não sejam inelegíveis e que não manifestarem recusa.37

35
Parágrafo acrescentado pela Lei n. 14.771/2015.
36
Redação do caput do art. 10 e de seus respectivos parágrafos dada pela Lei n. 11.252/98.
37
Parágrafo acrescentado pela Lei n. 13.999/2012.

197
§ 4.º Será permitida uma reeleição.38

§ 5.º Sempre que houver vagas às funções do


Órgão Especial do Colégio de Procuradores, a critério e proposta
do Colegiado, será realizada eleição para o restante dos
mandatos, preferencialmente por meio eletrônico.39

§ 6.º O Procurador-Geral de Justiça presidirá as


sessões do Órgão Especial do Colégio de Procuradores sem
direito a voto nos procedimentos disciplinares.40
Seção III
Do Conselho Superior

Art. 11. O Conselho Superior do Ministério Público,


com atribuição de fiscalizar e superintender a atuação do
Ministério Público, bem como a de velar pelos seus princípios
institucionais, compõe-se do Procurador-Geral de Justiça, seu
Presidente, do Corregedor-Geral do Ministério Público, estes
membros natos, e de nove Procuradores de Justiça que não
estejam afastados da carreira.41

§ 1.º Os Procuradores de Justiça serão eleitos, no


mês de junho, através de votação secreta, para mandato de 2
(dois) anos, sendo 5 (cinco), nos anos ímpares, pelos membros
do Ministério Público em exercício, e 4 (quatro), nos anos pares,
pelo Órgão Especial do Colégio de Procuradores do Ministério
Público.

38
Parágrafo acrescentado pela Lei n. 13.999/2012.
39
Parágrafo acrescentado pela Lei n. 13.999/2012.
40
Redação do parágrafo acrescentada pela Lei n. 12.497/2006. Parágrafo renumerado pela Lei n.
13.999/2012.
41
Redação do caput e dos parágrafos 1º, 2º e 3º dada pela Lei n. 11.168/98.

198
§ 2.º Os suplentes serão escolhidos, a cada eleição,
em número igual ao de titulares, pela ordem de votação, para
substituí-los em suas faltas e impedimentos.

§ 3.º Será permitida uma reeleição.42

§ 4.º Quando não houver inscritos em número


suficiente para o preenchimento das vagas de titular e suplente,
serão considerados habilitados todos os Procuradores de Justiça
que não sejam inelegíveis e que não manifestarem recusa.43

§ 5.º Sempre que houver vagas às funções do


Conselho Superior do Ministério Público, a critério e proposta do
Colegiado, será realizada eleição para o restante dos mandatos,
preferencialmente por meio eletrônico.44

§ 6.º O Conselho Superior reunir-se-á


semanalmente, desde que presentes cinco Conselheiros, pelo
menos. Suas decisões serão fundamentadas e tomadas por
maioria de votos, cabendo ao Presidente, salvo nas votações
secretas, também o voto de desempate.45

§ 7.º Aplica-se aos membros do Conselho Superior


do Ministério Público o disposto no § 1.º do art. 10 desta lei.46

§ 8.º É vedado:47

I - o exercício de função de integrante do Conselho


Superior do Ministério Público quando o membro estiver no

42
Redação alterada pela Lei n. 13.999/2012.
43
Parágrafo acrescentado pela Lei n. 13.999/2012.
44
Parágrafo acrescentado pela Lei n. 13.999/2012.
45
Parágrafo renumerado pela Lei n. 11.168/98. Parágrafo renumerado pela Lei n. 13.999/2012.
46
Parágrafo renumerado pela Lei n. 11.168/98; redação alterada pela Lei n. 11.734/2002. Parágrafo
renumerado pela Lei n. 13.999/2012.
47
Parágrafo alterado pela Lei n. 12.796/2007. Parágrafo renumerado pela Lei n. 13.999/2012.

199
exercício de mandato no Conselho Nacional do Ministério Público
e no Conselho Nacional de Justiça;

II - a acumulação do exercício de função de


confiança com a função de integrante do Conselho Superior do
Ministério Público.

§ 9.º Estão impedidos de integrar o Conselho


Superior do Ministério Público os Procuradores de Justiça que
sejam parentes entre si, até o terceiro grau, e os cônjuges, nestas
hipóteses decidindo-se em favor do mais antigo no cargo.48

§ 10. O Procurador-Geral de Justiça presidirá as


sessões do Conselho Superior do Ministério Público sem direito a
voto nos procedimentos disciplinares.49

Art. 12. A eleição dos membros do Conselho


Superior será realizada de acordo com instruções baixadas pelo
Procurador-Geral de Justiça, observadas as seguintes normas:

I - publicação de aviso no Diário Oficial, fixando


horário, não inferior a seis horas diárias, e o local da votação, na
sede da Procuradoria-Geral de Justiça;

II - adoção de medidas que assegurem o sigilo do


voto;

III - proibição de voto por portador ou procurador,


admitindo-se, todavia, o voto por via postal, desde que recebido
no protocolo da Secretaria da Procuradoria-Geral de Justiça, até o
encerramento da votação, bem como o voto por meio eletrônico,
com regras definidas em ato normativo pelo Procurador-Geral de
Justiça;50

48
Parágrafo renumerado pela Lei n. 13.999/2012.
49
Parágrafo acrescentado pela Lei n. 12.497/2006. Parágrafo renumerado pela Lei n. 13.999/2012.
50
Redação alterada pela Lei n. 13.999/2012.

200
IV - apuração pública realizada por dois membros do
Ministério Público, escolhidos pelo Procurador-Geral e sob sua
presidência, logo após o encerramento da votação;

V - imediata proclamação dos eleitos.

Parágrafo único. Em caso de empate, será


considerado eleito o Procurador de Justiça mais antigo na
carreira. Persistindo o empate, será considerado eleito o que tiver
exercido menor número de vezes o mandato de Conselheiro.

Seção IV
Da Corregedoria-Geral do Ministério Público51

Art. 13. O Corregedor-Geral do Ministério Público


será eleito pelo Colégio de Procuradores, dentre os Procuradores
de Justiça, para mandato de 2 (dois) anos, permitida uma
recondução, observado o mesmo procedimento.52

§ 1.º O Corregedor-Geral do Ministério Público é


membro nato do Órgão Especial do Colégio de Procuradores e do
Conselho Superior do Ministério Público.53

§ 2.º O Corregedor-Geral do Ministério Público não


terá direito a voto, nas sessões do Órgão Especial do Colégio de
Procuradores e do Conselho Superior do Ministério Público, nos
procedimentos disciplinares.54

§ 3.º Não poderá exercer a função de Corregedor-


Geral do Ministério Público o membro que estiver exercendo

51
Redação da Lei n. 11.297/98.
52
Caput e parágrafo único com redação da Lei n. 11.297/98.
53
Renumerado pela Lei n. 12.497/2006.
54
Parágrafo acrescentado pela Lei n. 12.497/2006.

201
mandato no Conselho Nacional do Ministério Público e no
Conselho Nacional de Justiça.55

Art. 14. A Corregedoria-Geral do Ministério Público


é órgão orientador e fiscalizador das atividades funcionais e da
conduta dos membros do Ministério Público, incumbindo-lhe,
dentre outras atribuições:56
I - realizar correições e inspeções;

II - realizar inspeções nas Procuradorias de Justiça,


remetendo relatório reservado ao Órgão Especial do Colégio de
Procuradores;

III - propor, ao Conselho Superior do Ministério


Público, o não vitaliciamento de membro do Ministério Público;

IV - fazer recomendações, sem caráter vinculativo, a


órgão de execução;

V - instaurar, de ofício ou por provocação dos


demais órgãos da Administração Superior do Ministério Público,
processo disciplinar contra membro da Instituição, presidindoo e
aplicando as sanções administrativas cabíveis.

VI - encaminhar ao Procurador-Geral de Justiça os


processos administrativo-disciplinares que incumba a este decidir;

VII - remeter aos demais órgãos da Administração


Superior do Ministério Público informações necessárias ao
desempenho de suas atribuições;

VIII - apresentar ao Procurador-Geral de Justiça, na


primeira quinzena de fevereiro, relatório com dados estatísticos
sobre as atividades das Procuradorias e das Promotorias de
Justiça, relativas ao ano anterior.

55
Parágrafo acrescentado pela Lei n. 12.796/2007.
56
Caput e incisos com redação da Lei n. 11.297/98.

202
Art. 15. O Corregedor-Geral do Ministério Público
indicará, ao Procurador-Geral de Justiça, que o designará, um
Procurador de Justiça para as funções de SubCorregedor-Geral
do Ministério Público que o auxiliará em correições e inspeções
nas Procuradorias de Justiça e no controle de vacâncias e
provimentos das Promotorias e Procuradorias de Justiça,
substituindo-o em eventuais faltas, impedimentos e suspeições.57

§ 1.º O Corregedor-Geral do Ministério Público será


assessorado por Promotores de Justiça de entrância final,
denominados Promotores-Corregedores, por ele indicados e
designados pelo Procurador-Geral de Justiça.

§ 2.º Recusando-se o Procurador-Geral de Justiça a


designar o Procurador de Justiça e os Promotores de Justiça que
lhe foram indicados, o Corregedor-Geral do Ministério Público
poderá submeter a indicação à deliberação do Colégio de
Procuradores.

§ 3.º No caso de impedimento do Corregedor-Geral


do Ministério Público e do SubCorregedor-Geral do Ministério
Público, o Órgão Especial do Colégio de Procuradores indicará
um Procurador de Justiça para substituí-los em caso específico.

CAPÍTULO II
DOS ÓRGÃOS AUXILIARES
Seção I
Do Gabinete da Procuradoria-Geral de Justiça58

Art. 16. O Gabinete da Procuradoria-Geral de


Justiça será chefiado por um Procurador de Justiça ou Promotor

57
Caput e parágrafos com redação da Lei n. 11.297/98.
58
Redação da Lei n. 11.003/97.

203
de Justiça de entrância final, da livre escolha do Procurador-Geral
de Justiça.
Art. 16. O Gabinete da Procuradoria-Geral de
Justiça será chefiado por um Membro do Ministério Público, com
mais de 10 (dez) anos de efetivo exercício na carreira e, no
mínimo, 35 (trinta e cinco) anos de idade, implementados até a
data da posse, de livre escolha do Procurador-Geral de Justiça.59

Parágrafo único. São atribuições do Chefe de


Gabinete:

I - assistir e assessorar o Procurador-Geral de


Justiça em suas atividades sociais e políticas;

II - orientar a organização da pauta e da agenda do


Procurador-Geral de Justiça;

III - dirigir os serviços do Gabinete, cabendo-lhe:

a) despachar o expediente do Gabinete;

b) preparar o expediente para o despacho


do Procurador-Geral de Justiça;
c) exercer outras atribuições que lhe sejam
conferidas ou delegadas pelo Procurador-Geral de
Justiça.60

Seção II
Dos Subprocuradores-gerais de Justiça61

59
Redação do caput do art. 16 alterada pela Lei Complementar n. 14.883/2016.
60
Redação do “caput” do art. 16 e de seu parágrafo único dada pela Lei n. 11.003/97.
61
Redação da Lei n. 11.003/97.

204
Art. 17. Os SubProcuradores-Gerais de Justiça
para Assuntos Jurídicos, para Assuntos Administrativos e para
Assuntos Institucionais, com atuação delegada, serão escolhidos,
livremente, pelo Procurador-Geral de Justiça dentre os
Procuradores ou Promotores de Justiça da mais elevada
entrância, com mais de 10 (dez) anos de efetivo exercício na
carreira e, no mínimo, 35 (trinta e cinco) anos de idade,
implementados até a data da posse.

Art. 17. O SubProcurador-Geral de Justiça para


Assuntos Jurídicos, com atuação delegada, será escolhido,
livremente, pelo Procurador-Geral de Justiça dentre os
Procuradores de Justiça e Promotores de Justiça da mais elevada
entrância, com mais de 10 (dez) anos de efetivo exercício na
carreira e, no mínimo, 35 (trinta e cinco) anos de idade,
implementados até a data da posse.62

§ 1.º Ao SubProcurador-Geral de Justiça para


Assuntos Jurídicos compete:
I - substituir o Procurador-Geral em suas faltas;

II - Coordenar os serviços da Assessoria;63

III - Coordenar o recebimento e a distribuição dos


processos oriundos dos Tribunais, entre os Procuradores de
Justiça com atuação perante os respectivos colegiados,
obedecida a respectiva classificação ou designação;
IV - remeter, mensalmente, ao Corregedor-Geral do
Ministério Público, relatório dos processos recebidos e dos
pareceres emitidos pelos Procuradores de Justiça junto aos
Tribunais;

V - elaborar, anualmente, o relatório geral do


movimento processual e dos trabalhos realizados pela Assessoria,

62
Redação do caput do Art. 17 alterada pela Lei Complementar n. 14.883/2016.
63
Redação alterada pela Lei n. 11.734/2002.

205
remetendo-o ao Procurador-Geral de Justiça e ao Corregedor-
Geral do Ministério Público;64
VI - exercer outras atribuições que lhe sejam
conferidas ou delegadas.

§ 2.º Ao SubProcurador-Geral de Justiça para


Assuntos Administrativos compete:

I - substituir o Procurador-Geral, na falta do


SubProcurador-Geral para Assuntos Jurídicos;

II - assistir o Procurador-Geral de Justiça no


desempenho de suas funções administrativas e legislativas;

III - executar a política administrativa da instituição;

IV – dirigir as atividades do Gabinete de Pesquisa e


Planejamento e os serviços da Biblioteca;

IV - REVOGADO;65

V - elaborar anteprojetos de lei sobre matéria de


interesse do Ministério Público, acompanhando sua tramitação;

VI - aprovar a indicação ou designar servidores para


responderem pelo expediente das unidades subordinadas, em
caráter permanente ou em substituição;

VII - Coordenar a elaboração da proposta


orçamentária do Ministério Público e encaminhá-la ao Procurador-
Geral;

VIII - supervisionar as atividades administrativas que


envolvam membros do Ministério Público;

64
Redação alterada pela Lei n. 11.734/2002.
65
Revogado pela Lei n. 15.005/2017.

206
IX - coordenar a elaboração do Plano Anual de
Atividades e o Relatório Anual;

X - coordenar as atividades de Promotor-Assessor


designado para secretariar os Órgãos Colegiados;66

XI - exercer outras atribuições que lhe sejam


conferidas ou delegadas.

§ 3.º Ao SubProcurador-Geral de Justiça para


Assuntos Institucionais compete:67
I - substituir o Procurador-Geral de Justiça na falta
dos Subprocuradores-Gerais de Justiça para Assuntos Jurídicos e
para Assuntos Administrativos, respectivamente;

II - assistir o Procurador-Geral de Justiça no


desempenho de suas funções;

III - ressalvadas as atribuições da Corregedoria-


Geral do Ministério Público, prestar assistência aos órgãos de
execução e auxiliares do Ministério Público no planejamento e
execução de suas atividades de natureza funcional;

IV - assistir o Procurador-Geral de Justiça na


promoção da integração dos órgãos de execução do Ministério
Público, visando estabelecer a ação institucional;

V - promover a cooperação entre o Ministério Público


e as entidades envolvidas com a atividade penal e nãocriminal;

VI - fornecer ao Procurador-Geral de Justiça e ao


Corregedor-Geral do Ministério Público o relatório anual de suas
atividades;

66
Redação alterada pela Lei n. 11.734/2002.
67
Parágrafo 3º e seus incisos acrescentados pela Lei n. 11.410/00.

207
VII - exercer outras atribuições que lhe sejam
conferidas ou delegadas.

§ 4.º REVOGADO 68

§ 5.º Para a execução da atribuição constante no


inciso III do parágrafo 3.º deste artigo, o SubProcurador-Geral de
Justiça para Assuntos Institucionais providenciará em obter a
manifestação prévia de todos os agentes do Ministério Público,
levando o resultado de tal manifestação à Chefia da Instituição,
que ouvirá o Colégio de Procuradores antes de adotar a política
institucional que entender adequada.69

§ 6.º Ao SubProcurador-Geral de Justiça de Gestão


Estratégica compete:70

I - substituir o Procurador-Geral de Justiça na falta


dos Subprocuradores-Gerais de Justiça para Assuntos Jurídicos,
para Assuntos Administrativos e para Assuntos Institucionais;

II - assistir o Procurador-Geral de Justiça no


desempenho de suas funções;

III - exercer outras funções que lhe sejam conferidas


ou delegadas;

IV - acompanhar a edição de atos normativos e o


trâmite de procedimentos junto ao Conselho Nacional do
Ministério Público.

§ 7.º São vinculados à SubProcuradoria-Geral de


Justiça de Gestão Estratégica o Gabinete de Articulação e Gestão

68
Parágrafo renumerado pela Lei n. 11.410/00; REVOGADO pela Lei n. 11.734/2002.
69
Parágrafo acrescentado pela Lei n. 11.410/00.
70
Parágrafo e incisos acrescentados pela Lei Complementar n. 15.005/2017

208
Integrada, o Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional e a
Unidade de Concursos.71

Art. 17-A. Os Subprocuradores-Gerais de Justiça


para Assuntos Administrativos, para Assuntos Institucionais e de
Gestão Estratégica, com atuação delegada, serão escolhidos,
livremente, pelo Procurador-Geral de Justiça dentre Membros do
Ministério Público, com mais de 10 (dez) anos de efetivo exercício
na carreira e, no mínimo, 35 (trinta e cinco) anos de idade,
implementados até a data da posse. 72

Seção III
Da Assessoria e do Gabinete de Pesquisa e Planejamento
Da Assessoria e do Gabinete de Articulação e Gestão
Integrada73

Art. 18. A Procuradoria-Geral de Justiça contará


com quarenta assessores, dentre Procuradores de Justiça e
Promotores de Justiça de entrância final, de livre escolha do
Procurador-Geral de Justiça.
Art. 18. A Procuradoria-Geral de Justiça poderá
contar com até 40 (quarenta) assessores, dentre Membros do
Ministério Público, com mais de 10 (dez) anos de efetivo exercício
na carreira e, no mínimo, 35 (trinta e cinco) anos de idade,
implementados até a data da posse, de livre escolha do
Procurador-Geral de Justiça.74

71
Parágrafo acrescentado pela Lei Complementar n. 15.005/2017.
72
Redação acrescentada na Lei n. 7.669/82, pela Lei Complementar n. 14.883/2016, e alterada
pela Lei n. 15.005/2017.
73
Redação da Lei n. 11.003/97, alterada pela Lei n. 15.005/2017.
74
Redação do caput do Art. 18 alterada pela Lei Complementar n. 14.883/2016.

209
§ 1.º Compete à Assessoria auxiliar o Procurador-
Geral de Justiça em suas atribuições legais.

§ 2.º O Gabinete de Pesquisa e Planejamento está


vinculado à Subprocuradora-Geral de Justiça para Assuntos
Administrativos, tendo as seguintes atribuições:

I – recolher e fornecer, sistematicamente, material


legislativo, doutrinário e jurisprudencial sobre assuntos de
interesse dos membros do Ministério Público para o exercício de
suas atividades;

II – colaborar na elaboração de projetos de lei sobre


matéria de interesse do Ministério Público;

III – prestar assistência à Administração do Ministério


Público no planejamento das atividades institucionais e
administrativas;

IV – colaborar nas demais publicações do Ministério


Público.

§ 2.º REVOGADO75

I - REVOGADO76
II - REVOGADO77

III - REVOGADO78

IV - REVOGADO79

75
Revogado pela Lei n. 15.005/2017.
76
Revogado pela Lei n. 15.005/2017.
77
Revogado pela Lei n. 15.005/2017.
78
Revogado pela Lei n. 15.005/2017.
79
Revogado pela Lei n. 15.005/2017.

210
§ 3.º Quando a escolha recair sobre Promotores de
Justiça de entrância inicial ou intermediária, deverá ser observada
a limitação do percentual máximo de 20% (vinte por cento) da
Assessoria da Administração Superior, sendo vedada a indicação
de mais de um Promotor de Justiça por Comarca. 80

Art. 18-A. O Gabinete de Articulação e Gestão


Integrada está vinculado à SubProcuradoria-Geral de Justiça de
Gestão Estratégica, tendo as seguintes atribuições:81

I - assistir e assessorar o SubProcurador-Geral de


Justiça de Gestão Estratégica e o Procurador-Geral de Justiça em
seu programa de gestão;

II - estabelecer diretrizes para a adoção de


programas e modelos de gestão no âmbito do Ministério Público e
para a formação de gestores da instituição;

III - propor readequações na estrutura organizacional


da Procuradoria-Geral de Justiça e dos Órgãos de Administração;

Seção IV
Da Procuradoria de Fundações

Art. 19. À Procuradoria de Fundações, dirigida por


um Procurador de Justiça escolhido livremente pelo Procurador-
Geral, compete:

I - a elaboração de pareceres pertinentes a qualquer


assunto sobre fundações;
II - auxiliar o Procurador-Geral:

80
Parágrafo acrescentado pela Lei Complementar n. 14.883/2016.
81
Artigo e incisos acrescentados pela Lei n. 15.005/2017.

211
a) na aprovação dos estatutos das fundações
e das alterações neles introduzidas, bem como
na promoção das alterações que entender
necessárias;

b) na autorização da venda de bens imóveis das


fundações e na constituição de ônus reais sobre
eles;
c) na homologação da aprovação das contas das
fundações.

Art. 20. REVOGADO82

CAPÍTULO III
DOS ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO DO MINISTÉRIO
PÚBLICO83
Seção I
Das Procuradorias de Justiça84

Art. 21. As Procuradorias de Justiça são órgãos de


administração do Ministério Público, com cento e vinte e cinco
(125) cargos de Procuradores de Justiça e serviços auxiliares
necessários ao desempenho de suas funções.85

§ 1.º A constituição e as atribuições das


Procuradorias de Justiça e dos cargos de Procuradores de Justiça
serão fixadas mediante proposta do Procurador-Geral de Justiça,
aprovada pelo Órgão Especial do Colégio de Procuradores, com
voto da maioria absoluta de seus integrantes, que deverá conter a
denominação das Procuradorias de acordo com a respectiva área
de atuação, o número de cargos de Procuradores de Justiça que

82
Artigo 20 e seus parágrafos revogados pela Lei n. 11.486/2000.
83
Redação alterada pela Lei n. 11.282/98.
84
Redação alterada pela Lei n. 11.282/98.
85
Redação do caput e de seus parágrafos alterada pela Lei n. 11.282/98.

212
as integrarão e normas de organização interna e de
funcionamento.86

§ 2.º A exclusão, inclusão ou outra modificação na


constituição ou nas atribuições das Procuradorias de Justiça ou
dos cargos de Procuradores de Justiça serão fixadas mediante
proposta do Procurador-Geral de Justiça, aprovada pelo Órgão
Especial do Colégio de Procuradores, com voto da maioria
absoluta de seus integrantes.87

§ 3.º Visando à distribuição equitativa dos


processos, a divisão interna dos serviços das Procuradorias de
Justiça sujeitar-se-á a critérios objetivos definidos pelo Órgão
Especial do Colégio de Procuradores que proporá a designação
de Procuradores de Justiça Substitutos para atuarem em regimes
de exceção quando necessário.

§ 4.º Poderá a Procuradoria de Justiça, por


consenso, definir a distribuição dos processos, submetendo a
decisão ao Órgão Especial do Colégio de Procuradores.

§ 5.º Os cargos de Procurador de Justiça de


movimento reduzido, assim considerados por proposição do
Procurador-Geral de Justiça, aprovada pelo Órgão Especial do
Colégio de Procuradores, quando vagos, poderão ser declarados
desativados.

§ 6.º Enquanto não ocorrer a desativação nos


termos do parágrafo anterior, as atribuições correspondentes
poderão ser integradas às do outro cargo de Procurador de
Justiça.

§ 7.º As Procuradorias de Justiça farão reuniões


periódicas de seus integrantes, sob a presidência do
SubProcurador-Geral de Justiça para Assuntos Jurídicos, para

86
Redação alterada pela Lei n. 11.486/2000.
87
Redação alterada pela Lei n. 11.486/2000.

213
fixação de orientações, sem caráter vinculativo, com
encaminhamento ao Procurador-Geral de Justiça e para
deliberação sobre matéria administrativa, com comparecimento
obrigatório, salvo motivo justificado, devendo ser lavrada ata
registrando o que foi discutido.

§ 8.º O Procurador-Geral de Justiça, ouvido o Órgão


Especial do Colégio de Procuradores, poderá instituir
Procuradorias de Justiça Especializadas.

§ 9.º As Procuradorias de Justiça encaminharão,


para aprovação do Órgão Especial do Colégio de Procuradores,
proposta de regimento interno destinada a regular o
funcionamento de seus serviços administrativos e a coordenação
das atividades desenvolvidas no desempenho de suas
atribuições.

§ 10. As Procuradorias de Justiça, por seus cargos,


poderão funcionar descentralizadamente, a fim de assegurar o
pleno exercício das funções e atribuições dos órgãos do Ministério
Público.88
Art. 22. Os integrantes de cada Procuradoria de
Justiça escolherão dois Procuradores de Justiça para exercerem,
durante o período de um ano, permitida uma recondução
consecutiva, as funções de coordenador e seu substituto, que
serão os responsáveis pelos serviços administrativos, competindo-
lhes, sem prejuízo das normais atribuições:89

I - propor, ao Procurador-Geral de Justiça, a escala


de férias de seus integrantes;
II - organizar o arquivo geral da Procuradoria de
Justiça, recolhendo e classificando as cópias de todos os
trabalhos forenses elaborados pelos seus integrantes, bem como
o material legislativo, doutrinário e jurisprudencial;

88
Parágrafo acrescentado pela Lei n. 12.796/2007.
89
Redação do caput e dos incisos dada pela Lei n. 11.282/98.

214
III - remeter, até o final do mês de dezembro, ao
SubProcurador-Geral de Justiça para Assuntos Jurídicos e ao
Corregedor-Geral do Ministério Público, o relatório anual das
atividades da Procuradoria de Justiça;

IV - fiscalizar a distribuição eqüitativa dos autos ou


outro expediente em que deva funcionar Procurador de Justiça;

V - propor, à SubProcuradoria-Geral de Justiça para


Assuntos Administrativos, a organização dos serviços auxiliares
da Procuradoria de Justiça, distribuindo tarefas e fiscalizando
trabalhos executados.

Seção II90
Das Promotorias de Justiça

Art. 23. As Promotorias de Justiça são órgãos de


administração do Ministério Público com, pelo menos, um cargo
de Promotor de Justiça e serviços auxiliares necessários ao
desempenho de suas funções.91
§ 1.º As Promotorias de Justiça poderão ser judiciais
ou extrajudiciais, especializadas, gerais ou cumulativas, locais,
regionais ou itinerantes.92

§ 2.º As atribuições das Promotorias de Justiça e


dos cargos de Promotores de Justiça que as integram serão
fixadas mediante proposta do Procurador-Geral de Justiça,
aprovada pelo Órgão Especial do Colégio de Procuradores.

§ 3.º A divisão interna, a exclusão, a inclusão ou


outra modificação nas atribuições das Promotorias de Justiça ou
dos cargos de Promotores de Justiça que as integram serão

90
Título da Seção II inserido pela Lei n. 11.486/2000.
91
Redação do artigo 23, caput, e de seus parágrafos, incisos e alíneas, alterada pela Lei n.
11.486/2000.
92
Redação alterada pela Lei n. 12.796/2007.

215
efetuadas mediante proposta do Procurador-Geral de Justiça,
aprovada, por maioria absoluta, pelo Órgão Especial do Colégio
de Procuradores.

§ 4.º Para os efeitos do parágrafo anterior, os


Promotores de Justiça, havendo consenso entre eles, poderão
propor ao Procurador-Geral de Justiça a divisão interna, a
exclusão, a inclusão ou outra modificação das atribuições da
Promotoria de Justiça em que estiverem classificados, que ouvirá
a Corregedoria-Geral do Ministério Público, apreciará a proposta e
a encaminhará à deliberação do Órgão Especial do Colégio de
Procuradores.

§ 5.º O Procurador-Geral de Justiça poderá, com a


concordância do Promotor de Justiça titular, por ato
fundamentado, designar outro Promotor de Justiça para funcionar
em feito determinado, de atribuição daquele.

§ 6.º As Promotorias de Justiça da Capital são


divididas em áreas cível, criminal, regional, especializada e de
plantão:93

I - na área cível, haverá as seguintes Promotorias:

a) Promotoria de Justiça Cível, Registros


Públicos e Acidentes do Trabalho;

b) Promotoria de Justiça da Fazenda Pública e


dos Juizados Especiais Cíveis;

c) Promotoria de Justiça de Família e Sucessões;

d) Promotoria de Justiça de Falências e


Recuperação de Empresas;94

93
Redação do § 6º alterada pela Lei n. 11.655/2001.
94
Alterada pela Lei n. 12.474/2006.

216
II - na área criminal, haverá as seguintes
Promotorias:

a) Promotoria de Justiça Criminal;

b) Promotoria de Justiça do Tribunal do Júri;

c) Promotoria de Justiça Militar;

d) Promotoria de Justiça de Controle e de Execução


Criminal95;

e) Promotoria de Justiça dos Juizados Especiais


Criminais.

III - na área regional, haverá as seguintes


Promotorias de Justiça:

a) Promotoria de Justiça Regional do Sarandi;

b) Promotoria de Justiça Regional do Alto Petrópolis;

c) Promotoria de Justiça Regional do Partenon;

d) Promotoria de Justiça Regional da Tristeza;

e) Promotoria de Justiça Regional do 4.º Distrito;

f) Promotoria de Justiça Regional da Restinga.

IV - na área especializada, haverá as seguintes


Promotorias de Justiça:

a) Promotoria de Justiça da Infância e da Juventude;

95
Alterada pela Lei n. 12.015/2003. PJ transformada em PJ de Execução Criminal e PJ de
Controle Externo da Atividade Policial, ambas Especializadas - Lei n. 14.332/2013.

217
b) Promotoria de Justiça de Defesa do Meio
Ambiente;

c) Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor;

d) Promotoria de Justiça de Defesa dos Direitos


Humanos;96

e) Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio


Público;

f) Promotoria de Justiça Especializada Criminal;

g) Promotoria de Justiça de Execução Criminal;97

h) Promotoria de Justiça de Habitação e Defesa da


Ordem Urbanística;98

i) Promotoria de Justiça de Controle Externo da


Atividade Policial,99
j) Promotoria de Justiça Especializada de Combate à
Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher100.

V - na área de plantão, haverá a seguinte Promotoria


de Justiça:101

a) Promotoria de Justiça de Plantão.

§ 7.º Nas comarcas do interior do Estado, haverá


uma ou mais Promotorias de Justiça, com um ou mais cargos
numerados de Promotor de Justiça, que poderão exercer funções

96
Redação alterada pela Lei n. 11.851/2002.
97
Redação alterada pela Lei n. 12.015/2003; alterada pela Lei n. 14.332/2013.
98
Alínea criada pela Lei n. 12.159/2004.
99
Alínea acrescentada pela Lei n. 14.332/2013.
100
Promotoria de Justiça criada pela Lei n. 15.169/2018.
101
Inciso V e sua alínea “a” inseridos pela Lei n. 11.655/2001.

218
judiciais ou extrajudiciais, cíveis ou criminais, especializadas,
gerais ou cumulativas.

§ 8.º Havendo mais de um membro do Ministério


Público com funções idênticas ou concorrentes na mesma
Promotoria de Justiça, a denominação do cargo será precedida do
número indicativo da ordem de sua criação.

§ 9.º A elevação ou rebaixamento da Comarca não


importa em alteração funcional do titular do cargo de Promotor de
Justiça correspondente, que poderá optar por nela ter exercício ou
ter sua remoção para outra Promotoria de Justiça de entrância
idêntica àquela anteriormente ocupada, desde que haja cargo
vago.

§ 10. Os cargos de Promotor de Justiça de reduzido


movimento, assim considerados por proposição do Procurador-
Geral de Justiça, aprovada pelo Órgão Especial do Colégio de
Procuradores, quando vagos, poderão ser desativados.

§ 11. Enquanto não ocorrer a desativação prevista


no parágrafo anterior, as atribuições correspondentes poderão ser
integradas às de outro cargo, ou cargos, de Promotor de Justiça,
da mesma ou de outra Promotoria de Justiça.

§ 12. Os serviços auxiliares das Promotorias de


Justiça, destinados a dar suporte administrativo necessário ao seu
funcionamento e ao desempenho das funções dos Promotores de
Justiça, serão instituídos e organizados por ato do Procurador-
Geral de Justiça.

§ 13. Nas comarcas do interior com mais de um


cargo de Promotor de Justiça, haverá um Diretor da(s)
Promotoria(s) e seu substituto, escolhidos dentre e pelos
Promotores de Justiça locais e designados pelo Procurador-Geral
de Justiça, pelo prazo de um ano, admitida a recondução,
competindo-lhes, sem prejuízo de suas atribuições normais e de

219
outras fixadas em ato regulamentar do Procurador-Geral de
Justiça:102

I - atestar a efetividade dos servidores do Ministério


Público lotados na(s) Promotoria(s) de Justiça e dos estagiários;

II - implementar a Política de Gestão Administrativa


na(s) Promotoria(s) de Justiça;

III - supervisionar, conforme diretrizes fixadas pela


SubProcuradoria-Geral de Justiça para Assuntos Administrativos,
a padronização e a organização administrativa dos serviços
auxiliares da(s) Promotoria(s) de Justiça;

IV - representar o Ministério Público nas solenidades


oficiais no interior do Estado ou indicar membro que possa fazê-lo;

V - remeter ao SubProcurador-Geral de Justiça para


Assuntos Administrativos o relatório anual das atividades da
gestão da(s) Promotoria(s) de Justiça;

VI - solicitar ao Procurador-Geral de Justiça a


designação de estagiários e de voluntários, nos termos da
legislação em vigor;

VII - encaminhar ao Procurador-Geral de Justiça


sugestões para a elaboração do planejamento e da gestão
estratégica do Ministério Público;

VIII - delegar, na falta do substituto, em caráter


excepcional e eventual, a integrante da(s) Promotoria(s) de
Justiça o exercício de suas funções, sem ônus, comunicando ao
Procurador-Geral de Justiça;

IX - receber e encaminhar ao Coordenador


Administrativo Regional e/ou à SubProcuradoria-Geral de Justiça

102
Redação alterada pela Lei n. 13.847/2011.

220
para Assuntos Administrativos, as demandas encaminhadas pelos
Coordenadores de cada Promotoria, onde houver;

X - zelar pela manutenção e conservação das


instalações físicas e dos equipamentos da Promotoria de Justiça;

XI - autorizar a utilização das instalações físicas da


Promotoria de Justiça para atividades de cunho comunitário,
cultural e educacional.

§ 14. Os Promotores de Justiça Substitutos serão


designados em casos de vacância e no lugar dos titulares nas
suas faltas, impedimentos, suspeições, licenças ou férias, atuando
em todos os processos que, no período, receberem e participando
das audiências, e auxiliarão os demais Promotores de Justiça, por
designação do Procurador-Geral de Justiça, sempre que a
necessidade ou a conveniência do serviço o exigir.

§ 15. A Corregedoria-Geral do Ministério Público


organizará, dentre os Promotores de Justiça, a escala de plantão.
103

§ 16. Nas comarcas do interior do Estado com


apenas um cargo de Promotor de Justiça, o Procurador-Geral de
Justiça designará este como Diretor da Promotoria de Justiça para
que exerça, sem ônus para o Ministério Público, as atribuições
previstas no § 13 deste artigo e outras fixadas em ato
regulamentar do Procurador-Geral de Justiça.104

§ 17. Não havendo interessados em exercer as


funções previstas no § 13, o Procurador-Geral de Justiça
designará como Diretor da(s) Promotoria(s) e seu substituto os
Promotores de Justiça mais antigos na comarca; havendo recusa,
sucessivamente, proceder-se-á mediante sorteio.105

103
Redação alterada pela Lei n. 11.655/2001.
104
Parágrafo acrescentado pela Lei n. 13.847/2011.
105
Parágrafo acrescentado pela Lei n. 13.847/2011.

221
§ 18. Em cada Promotoria de Justiça da Comarca
de Porto Alegre haverá um Diretor da Promotoria e seu substituto,
escolhidos dentre e pelos seus integrantes e designados pelo
Procurador-Geral de Justiça, pelo prazo de um ano, admitida a
recondução, competindo-lhes, sem prejuízo de suas atribuições
normais e de outras fixadas em ato regulamentar do Procurador-
Geral de Justiça, as atribuições previstas no § 13, salvo as
previstas nos incisos IV e IX.106

§ 19. Na ausência do Diretor titular ou de seu


substituto desempenhará as respectivas funções quem substituir o
primeiro na Promotoria de Justiça.107

Art. 24. REVOGADO108

Art. 24-A. Nas comarcas do interior do Estado com


mais de 1 (uma) Promotoria de Justiça, haverá um Coordenador
em cada Promotoria de Justiça (Cível, Criminal e Especializada),
escolhido pelos Promotores de Justiça dela integrantes e
designado pelo Procurador-Geral de Justiça, pelo prazo de um
ano, admitida recondução, competindo-lhe, sem ônus para o
Ministério Público e sem prejuízo de suas atribuições normais e
de outras fixadas em ato regulamentar do Procurador-Geral de
Justiça:109

I - distribuir e fiscalizar, no âmbito da Promotoria de


Justiça, tarefas a serem executadas pelos serviços auxiliares;

II - Coordenar, no âmbito da Promotoria de Justiça,


as iniciativas conjuntas relacionadas com a atividade-fim;

106
Parágrafo acrescentado pela Lei n. 13.847/2011.
107
Parágrafo acrescentado pela Lei n. 13.847/2011.
108
Artigo revogado pela Lei n. 11.577/2001.
109
Artigo acrescentado pela Lei n. 13.847/2011.

222
III - sugerir o aperfeiçoamento das rotinas dos
serviços auxiliares ao Diretor da(s) Promotoria(s) de Justiça.

Parágrafo único. Na Comarca de Porto Alegre,


exercerá as atribuições de Coordenador da Promotoria de Justiça
o respectivo Diretor da Promotoria de Justiça.

TÍTULO III
DAS ATRIBUIÇÕES E PRERROGATIVAS DOS ÓRGÃOS
DO MINISTÉRIO PÚBLICO
CAPÍTULO I
DO PROCURADORGERAL

Art. 25. Além das atribuições previstas nas


Constituições Federal e Estadual, na Lei Orgânica Nacional e em
outras leis, compete ao Procurador-Geral de Justiça:110

I - exercer a chefia do Ministério Público,


representando-o judicial e extrajudicialmente;

II - encaminhar ao Poder Legislativo os projetos de


lei de iniciativa do Ministério Público, após submetê-los à
apreciação do Órgão Especial do Colégio de Procuradores;

III - elaborar o relatório das atividades anuais do


Ministério Público para submetê-lo à Assembleia Legislativa;

110
Caput do art. 25, incisos e alíneas com redação alterada pela Lei n. 11.350/99.

223
IV - comparecer à Assembleia Legislativa para
relatar as atividades anuais e as necessidades do Ministério
Público;

V - elaborar, até trinta dias após a posse, o plano de


atividades do Ministério Público;

VI - elaborar a proposta orçamentária do Ministério


Público, submetendo-a ao Órgão Especial do Colégio de
Procuradores;

VII - dirigir os serviços administrativos da


Procuradoria-Geral de Justiça;

VIII - praticar todos os atos referentes à carreira dos


membros e dos servidores do Ministério Público, tais como
nomear, remover, promover, exonerar, demitir, colocar em
disponibilidade, reverter, aproveitar, designar para exercer
atividades administrativas e aposentar, bem como conceder
vantagens pessoais;

IX - integrar, como membro nato, convocar e presidir


as sessões do Colégio de Procuradores, do seu Órgão Especial e
do Conselho Superior do Ministério Público, ouvindo-os nos casos
previstos em lei;

X - nomear:

a) os membros do Órgão Especial do Colégio de


Procuradores e do Conselho Superior do
Ministério Público e respectivos suplentes;
b) o Corregedor-Geral do Ministério Público, no
prazo de dez dias a contar da eleição;

XI - designar:

a) o SubProcurador-Geral de Justiça para


Assuntos Jurídicos, o SubProcurador-Geral de
224
Justiça para Assuntos Administrativos, o
SubProcurador-Geral de Justiça para Assuntos
Institucionais, o Procurador das Fundações, o
Chefe de Gabinete, o Diretor do Centro de
Estudos e Aperfeiçoamento Funcional, os
Coordenadores dos Centros de Apoio
Operacional, os Procuradores-Assessores e os
Promotores-Assessores;

a) o SubProcurador-Geral de Justiça para Assuntos


Jurídicos, o SubProcurador-Geral de Justiça para
Assuntos Administrativos, o SubProcurador-
Geral de Justiça para Assuntos Institucionais, o
SubProcurador-Geral de Justiça de Gestão
Estratégica, o Procurador das Fundações, o
Chefe de Gabinete, o Diretor do Centro de
Estudos e Aperfeiçoamento Funcional, os
Coordenadores dos Centros de Apoio
Operacional, os Procuradores-Assessores e os
Promotores-Assessores;111

b) os Promotores de Justiça responsáveis pela


direção dos serviços administrativos das
Promotorias de Justiça e seus substitutos;

c) o Procurador de Justiça e os Promotores de


Justiça de entrância final, por indicação do
Corregedor-Geral do Ministério Público para
exercerem as funções de SubCorregedor-Geral
do Ministério Público e de Promotores-
Corregedores;

c) o Procurador de Justiça e os Promotores de


Justiça de entrância final, por indicação do
Corregedor-Geral do Ministério Público para

111
Redação alterada pela Lei n. 11.734/2002; alterada pela Lei Complementar n. 14.333/2013, e
novamente alterada pela Lei 15.005/2017.

225
exercerem as funções de SubCorregedor-Geral
do Ministério Público e de Promotores-
Corregedores, limitados em até 13 (treze)
Membros do Ministério Público. 112

d) os membros do Ministério Público para oficiar


junto à Justiça Eleitoral de primeira instância;

e) os membros do Ministério Público para


representar a Instituição em órgãos externos;

f) os membros do Ministério Público para atuar em


plantão nas férias forenses;
g) os estagiários do Ministério Público e dispensá-
los da função a pedido, a requerimento dos
órgãos do Ministério Público junto aos quais
servirem e, obrigatoriamente, quando concluírem
o curso;

XII - designar, motivadamente, em caráter


excepcional e temporário, ouvido o Conselho Superior do
Ministério Público:

a) membro do Ministério Público para acompanhar


inquérito policial ou diligência investigatória,
devendo recair a escolha sobre aquele com
atribuição para, em tese, oficiar no feito, segundo
as regras ordinárias de distribuição de serviços;

b) Procurador de Justiça para atuar junto a qualquer


órgão jurisdicional de segundo grau;
c) Promotor de Justiça para atuar junto a qualquer
órgão jurisdicional de primeiro grau;

XIII - autorizar membro do Ministério Público a:

112
Redação alterada pela Lei Complementar n. 14.883/2016.

226
a) acompanhar comissão de sindicância ou de
processo administrativo-disciplinar estranho à
Instituição;

b) utilizar, em objeto de serviço, qualquer meio de


transporte, à custa do erário;113

c) ausentar-se do Estado em objeto de serviço;

d) afastar-se para frequentar curso ou seminário de


aperfeiçoamento e estudo, no País ou no exterior,
ou para ministrar cursos e seminários destinados
ao aperfeiçoamento dos membros da Instituição,
por prazo não superior a 10 (dez) dias;

e) ausentar-se do Estado ou do País em missão


oficial, por prazo não superior a 10 (dez) dias;

f) excepcionalmente, residir fora da respectiva


comarca.114
XIV - propor, fundamentadamente, ao Colégio de
Procuradores, a destituição do Corregedor-Geral do Ministério
Público, ou, por deliberação daquele, destituí-lo;

XV - conceder dispensa da atividade funcional aos


Presidentes eleitos para as entidades de classe dos membros e
dos servidores do Ministério Público e do Diretor da Fundação
Escola Superior do Ministério Público;

XVI - determinar:

a) as medidas necessárias à verificação da


incapacidade física, mental ou moral dos
membros e servidores do Ministério Público;

113
Redação alterada pela Lei n. 11.734/2002.
114
Alínea acrescentada pela Lei n. 12.796/2007.

227
b) a instauração de sindicância ou processo
administrativo para apurar as faltas funcionais
dos servidores do Ministério Público;

XVII - apurar infração penal praticada por membro do


Ministério Público, prosseguindo nas investigações ainda que
iniciadas pela autoridade policial ou avocando-as quando não lhe
tiverem sido remetidas;

XVIII - aplicar as punições disciplinares de sua


atribuição;

XIX - resolver os conflitos de atribuições entre


membros do Ministério Público;

XX - expedir provimento ou resolução, aos órgãos do


Ministério Público, para o desempenho de suas funções nos
casos em que se mostrar conveniente a atuação uniforme da
Instituição, resguardada a independência funcional;

XXI - avocar, excepcional e fundamentadamente,


inquérito policial em andamento;

XXII - interromper, por conveniência do serviço,


licença para tratamento de interesse particular de membros e de
servidores do Ministério Público;

XXIII - elaborar e encaminhar ao Conselho Superior


do Ministério Público, até trinta e um de outubro de cada ano, as
escalas de substituição e de férias dos membros do Ministério
Público, dando-lhes a devida publicidade;

XXIV - mandar publicar os atos administrativos de


interesse do Ministério Público e, até trinta e um de janeiro de
cada ano, a lista de antiguidade dos membros do Ministério
Público referente ao último dia do ano anterior;

228
XXV - determinar a abertura de concurso para
ingresso na carreira do Ministério Público e presidir a respectiva
comissão;

XXVI - indicar membro do Ministério Público: 115

a) para o Conselho Nacional do Ministério Público,


nos termos da Lei Federal n. 11.372, de 28 de
novembro de 2006;
b) para o Conselho Nacional de Justiça, nos termos
do art. 103B, inciso XI, da Constituição Federal;

c) para presidir a comissão de concurso para os


serviços auxiliares do Ministério Público.

XXVII - solicitar, ao Conselho Seccional da Ordem


dos Advogados do Brasil, remessa de lista sêxtupla para
indicação de representante na comissão de concurso para
ingresso na carreira do Ministério Público;

XXVIII - declarar vitalício na carreira o Promotor de


Justiça que houver concluído o estágio probatório, após decisão
favorável do Conselho Superior do Ministério Público;

XXIX - representar, ao Procurador-Geral da


República, sobre crime comum ou de responsabilidade praticado
pelo Governador do Estado, por membro do Tribunal de Justiça e
por Conselheiros do Tribunal de Contas do Estado;

XXX - dar publicidade aos despachos de


arquivamento que proferir nas representações cíveis ou criminais
que lhe forem diretamente dirigidas;

XXXI - editar atos e decidir, na forma da lei, sobre as


implementações decorrentes do sistema remuneratório, bem

115
Redação alterada pela Lei n. 12.796/2007.

229
como sobre a situação funcional e administrativa do pessoal ativo
e inativo da carreira e dos serviços auxiliares;

XXXII - exercer as demais competências


concernentes à administração financeira, orçamentária,
patrimonial e de pessoal;

XXXIII - representar, de ofício ou por provocação do


interessado, à Corregedoria-Geral da Justiça sobre falta
disciplinar de magistrado ou de servidor da Justiça;

XXXIV - promover a abertura de crédito e a alteração


no orçamento analítico do Ministério Público dos recursos dos
elementos semelhantes, de um para outro, dentro das
consignações respectivas, de acordo com as necessidades do
serviço e as normas legais vigentes;

XXXV - celebrar convênios, com quaisquer órgãos


municipais, estaduais e federais, para atendimento das
necessidades da Instituição;

XXXVI - proferir voto de qualidade nos órgãos


colegiados da Administração Superior, salvo em matéria
disciplinar, quando prevalecerá a decisão mais favorável ao
membro do Ministério Público;

XXXVII - requisitar, de qualquer autoridade,


repartição, cartório ou ofício da Justiça, certidões, exames,
diligências e esclarecimentos necessários ao exercício de suas
funções;

XXXVIII - representar, ao Corregedor-Geral do


Ministério Público, acerca de infração disciplinar praticada por
membro da Instituição;

XXXIX - determinar, sempre que o interesse público


o exigir, a investigação sumária de fatos típicos;

230
XL - expedir carteira funcional dos membros e dos
servidores do Ministério Público;
XLI - deferir o compromisso de posse dos membros
e dos servidores do Ministério Público;

XLII - deferir o compromisso dos estagiários,


designando-os para funcionar junto aos órgãos do Ministério
Público;

XLIII - solicitar, ao Colégio de Procuradores,


manifestação sobre matéria relativa à autonomia do Ministério
Público, bem como sobre outras de interesse institucional;

XLIV - decidir sobre as sugestões encaminhadas


pelo Órgão Especial do Colégio de Procuradores acerca da
criação, transformação e extinção de cargos do Ministério Público
e dos serviços auxiliares, modificações na Lei Orgânica e
providências relacionadas ao desempenho das funções
institucionais;

XLV - propor, ao Órgão Especial do Colégio de


Procuradores, a fixação, a exclusão, a inclusão ou modificação no
que concerne às atribuições das Procuradorias e das Promotorias
de Justiça;

XLVI - dispor a respeito da movimentação dos


Promotores de Justiça Substitutos no interesse do serviço;

XLVII - Convidar Procuradores de Justiça ou


Promotores de Justiça de entrância final para prestar,
temporariamente, serviços à Procuradoria-Geral de Justiça.

XLVII - Convidar Membros do Ministério Público para


prestar, temporariamente, serviços à Procuradoria-Geral de
Justiça.116

116
Redação alterada pela Lei Complementar n. 14.883/2016.

231
XLVIII - designar membros da Instituição para
plantões em finais de semana, feriados ou em razão de outras
medidas urgentes;

XLIX - decidir sobre escalas de férias e atuação em


plantões forenses propostas pelas Procuradorias e Promotorias
de Justiça;

L - conceder férias, licenças-prêmios, licenças,


afastamentos, adicionais e outras vantagens pessoais previstas
em lei;

LI - requisitar as dotações orçamentárias destinadas


ao custeio das atividades do Ministério Público, nos termos do
artigo 168 da Constituição Federal;

LII - expedir atos normativos que visem à celeridade


e à racionalização das atividades do Ministério Público;

LIII - encaminhar, ao Poder Judiciário, as listas


sêxtuplas de que tratam os artigos 94, "caput", e 104, parágrafo
único, inciso II, da Constituição Federal;

LIV - propor, ao Órgão Especial do Colégio de


Procuradores, a concessão de comenda a pessoas que tenham
contribuído para o aperfeiçoamento e o aprimoramento da
Instituição;

LV - decidir sobre questões referentes a licitações,


nos termos da lei respectiva;

LVI - cassar ou suspender, por ato motivado, o porte


de arma de membros do Ministério Público, mesmo aposentados;

LVII - indicar os representantes do Ministério Público,


às autoridades competentes, para integrar Conselhos e
Comissões;
232
LVIII - exercer outras atribuições compatíveis e
necessárias ao desempenho do cargo;
LIX - delegar suas funções de órgão de execução a
membro do Ministério Público, observada a simetria do cargo com
a natureza da delegação;

LX - representar, com fundamento no interesse


público e na conveniência do serviço, ao Conselho Superior do
Ministério Público, pela remoção por interesse público ou
disponibilidade de membro do Ministério Público;117

LXI - delegar a membros ou servidores do Ministério


Público a prática de atos de administração e atos de mero
expediente, sem caráter decisório;118

LXII - receber representações do Conselho Nacional


de Justiça e do Conselho Nacional do Ministério Público;119

LXIII - delegar suas funções administrativas.120

Art. 26. REVOGADO121

CAPÍTULO IIA122
DAS ATRIBUIÇÕES CONCORRENTES E DOS CONFLITOS DE
ATRIBUIÇÃO

Art. 26-A. Não oficiará, simultaneamente, na


mesma entrância, no mesmo processo ou procedimento, mais de
um órgão do Ministério Público.123

117
Redação alterada pela Lei n. 12.796/2007.
118
Inciso acrescentado pela Lei n. 12.796/2007.
119
Inciso acrescentado pela Lei n. 12.796/2007.
120
Inciso acrescentado pela Lei n. 12.796/2007.
121
Revogado pela Lei n. 11.252/98.
122
Acrescentado pela Lei n. 11.733/2002.

233
§ 1.º Será admitida a atuação simultânea de
membros do Ministério Público para fins de atuação conjunta e
integrada para propositura de ações ou interposição de recursos e
em outros casos em que se verificar a necessidade da
simultaneidade de atuação institucional.

§ 2.º Se houver causa para a intervenção de mais


de um órgão do Ministério Público, nele oficiará o órgão incumbido
do zelo do interesse público mais abrangente.

§ 3.º Tratando-se de interesses de abrangência


equivalente, oficiará no feito o órgão do Ministério Público
investido da atribuição mais especializada; sendo todas as
atribuições igualmente especializadas, incumbirá ao órgão que
por primeiro oficiar no processo ou procedimento, ou a seu
substituto legal, exercer todas as funções de Ministério Público.

Art. 26-B. Os conflitos de atribuição deverão ser


suscitados, fundamentadamente, nos próprios autos em que
ocorrerem e serão decididos pelo Procurador-Geral de Justiça,
conforme o inciso XIX do artigo 25 desta Lei, mantendo-se cópia
de inteiro teor do processo na Promotoria de Justiça suscitante.124

CAPÍTULO III
DO CONSELHO SUPERIOR

Art. 27. São atribuições do Conselho Superior do


Ministério Público:125

I - elaborar:

123
Caput e parágrafos acrescentados pela Lei n. 11.733/2002.
124
Acrescentado pela Lei n. 11.733/2002.
125
Redação de Caput do art. 27 e de seus respectivos incisos, parágrafos e alíneas alterada pela
Lei n. 11.168/98.

234
a) em votação secreta, com a presença mínima de
dois terços dos seus membros, as listas sêxtuplas
a que se referem os arts. 94, "caput", e 104,
parágrafo único, inciso II, da Constituição Federal;

b) por Resolução, o procedimento para a


constituição das listas tríplices para a indicação,
pelo Procurador-Geral de Justiça, de membros
ao Conselho Nacional do Ministério Público e ao
Conselho Nacional de Justiça, como referem os
artigos 130A, inciso III, e 130B, inciso XI, da
Constituição Federal e artigo 4.º da Lei Federal n.
11.372/2006;126

c) seu Regimento Interno;127

II - indicar:

a) ao Procurador-Geral de Justiça, com a presença


mínima de dois terços dos seus membros, a lista
tríplice dos candidatos à remoção ou promoção
por merecimento;128

b) ao Procurador-Geral de Justiça, o nome do


membro do Ministério Público mais antigo, para
remoção ou promoção por antiguidade;

c) ao Procurador-Geral de Justiça, Promotores de


Justiça para substituição por convocação;

d) para aproveitamento ou classificação, membro do


Ministério Público em disponibilidade ou afastado
do cargo;

126
Redação alterada pela Lei n. 12.796/2007.
127
Alínea acrescentada pela Lei n. 12.796/2007.
128
Redação alterada pela Lei n. 11.723/2002.

235
e) ao Procurador-Geral da República, membro do
Ministério Público para compor o Conselho
Nacional de Justiça;129

f) membros do Ministério Público para compor o


Conselho Nacional do Ministério Público.130

III - decidir:

a) com a presença mínima de dois terços de seus


membros, sobre a permanência de membro do
Ministério Público no estágio probatório, após um
ano de atividade;

b) com a presença mínima de dois terços de seus


membros, sobre o vitaliciamento, propondo a
exoneração quando entender que não foram
preenchidos os requisitos do estágio probatório;

c) sobre a abertura de concurso para o provimento


de cargos iniciais da carreira, sempre que o
número de vagas existentes no quadro e as
necessidades do serviço o recomendarem,
independentemente da conclusão de concurso em
andamento;

d) de plano e conclusivamente sobre a admissão ou


cancelamento de inscrição de candidato ao
concurso de ingresso na carreira do Ministério
Público, apreciando suas condições para o
exercício do cargo mediante entrevistas, exame
de documentos e informações fidedignas, sem
prejuízo de investigação sigilosa que entenda
promover;

129
Alínea acrescentada pela Lei n. 12.796/2007.
130
Alínea acrescentada pela Lei n. 12.796/2007.

236
e) processos disciplinares, fixando as penas;

f) sobre o requerimento de postergação de


nomeação de candidato aprovado no concurso
para ingresso no Ministério Público;

g) sobre a classificação dos membros do Ministério


Público;

h) sobre a participação de membro do Ministério


Público em organismos estatais afetos às áreas
de atuação da Instituição;

i) sobre reclamações formuladas a respeito do


quadro geral de antiguidade do Ministério Público;

IV - determinar, pelo voto da maioria absoluta de


seus integrantes, a disponibilidade ou a remoção por interesse
público de membros do Ministério Público, assegurada a ampla
defesa;131
V - aprovar:

a) os pedidos de remoção por permuta entre


membros do Ministério Público;

b) o quadro geral de antiguidade do Ministério


Público;

c) o Regulamento do Estágio Probatório;

d) anualmente, as escalas de substituição e de férias


dos membros do Ministério Público;
VI - autorizar e interromper:

a) por conveniência do serviço, o afastamento de


membro do Ministério Público para frequentar

131
Redação alterada pela Lei n. 12.796/2007.

237
curso ou seminário de aperfeiçoamento e estudo,
de interesse da Instituição, no País ou no exterior;

b) motivadamente, os afastamentos do cargo


formulados por membro do Ministério Público nas
hipóteses do art. 46, da Lei n. 6.536, de 31 de
janeiro de 1973, ressalvados os casos de
mandato eletivo;

VII - propor:

a) ao Procurador-Geral de Justiça, a suspensão


preventiva de membro do Ministério Público;

b) à Corregedoria-Geral do Ministério Público, a


instauração de processo administrativo disciplinar
contra membro do Ministério Público;

VIII - apreciar:

a) os motivos de suspeição de natureza íntima,


invocados por membros do Ministério Público;

b) a justificação apresentada por membro do


Ministério Público que deixar de atender a
qualquer determinação para cujo cumprimento
tenha sido marcado prazo certo;

c) pedido de reversão de membro do Ministério


Público;
IX - opinar sobre:

a) o aproveitamento de membro do Ministério


Público, considerada a conveniência do serviço;

b) o pedido de aumento de ajuda de custo;

238
X - escolher os membros do Ministério Público que
integrarão a Comissão de Concurso para ingresso na carreira;

XI - homologar o resultado do concurso e elaborar,


de acordo com a ordem de classificação, a lista dos candidatos
aprovados, para efeito de nomeação;

XII - fazer recomendações, por intermédio do


Corregedor-Geral, aos membros do Ministério Público, a título de
instrução, quando, em documentos oficiais, verificar deficiências,
erros ou faltas por estes praticadas;

XIII - provocar a apuração da responsabilidade


criminal de membro do Ministério Público quando, em processo
administrativo, verificar a existência de crime de ação pública;

XIV - requisitar, ao Corregedor-Geral, informações


sobre a conduta e atuação funcional de membro do Ministério
Público, determinando a realização de inspeções para verificação
de eventuais irregularidades nos serviços;

XV - tomar conhecimento dos relatórios da


Corregedoria-Geral do Ministério Público;

XVI - sugerir, ao Procurador-Geral, a edição de


recomendações, sem caráter vinculativo, aos órgãos do Ministério
Público para o desempenho de suas funções e a adoção de
medidas convenientes ao aprimoramento dos serviços;

XVII - exercer outras atribuições previstas em lei ou


regulamento.

§ 1. As decisões do Conselho Superior do


Ministério Público serão motivadas e publicadas, por extrato, salvo
nas hipóteses legais de sigilo ou por deliberação da maioria de
seus integrantes.

239
§ 1. As decisões do Conselho Superior do
Ministério Público serão motivadas e publicadas, por extrato, salvo
nas hipóteses do § 4.º.132

§ 2. A remoção e a promoção voluntária por


antiguidade e por merecimento, bem como a convocação,
dependerão de prévia manifestação escrita do interessado.

§ 3. Na indicação por antiguidade, o Conselho


Superior do Ministério Público somente poderá recusar o membro
do Ministério Público mais antigo pelo voto de dois terços de seus
integrantes, conforme procedimento próprio, repetindo-se a
votação até fixar-se a indicação, após o julgamento de eventual
recurso interposto com apoio na alínea “e” do inciso VIII do artigo
12 da Lei Federal n 8.625, de 12 de fevereiro de 1993.

§ 4.º As sessões do Conselho Superior do Ministério


Público serão públicas, assim como públicos serão todos os
julgamentos de processos administrativo-disciplinares, admitindo-
se a decretação de sigilo, mediante decisão fundamentada,
apenas nas hipóteses em que a preservação da intimidade não
prejudique o interesse público à informação (art. 93, IX, da
Constituição Federal).133

CAPÍTULO IV
DO CORREGEDOR-GERAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO

Art. 28. Incumbe ao Corregedor-Geral, dentre


outras atribuições:134

I - organizar e dirigir os serviços da Corregedoria-


Geral;

132
Redação alterada pela Lei n. 14.771/2015.
133
Parágrafo acrescentado pela Lei n. 14.771/2015.
134
Redação do caput e dos incisos dada pela Lei n. 11.003/97.

240
II - fazer recomendações, sem caráter vinculativo, a
órgão de execução;

III - Convocar e realizar reuniões com os membros


do Ministério Público para tratar de questões ligadas a sua
atuação funcional;

IV - dar andamento às reclamações de membros do


Ministério Público a respeito de quaisquer órgãos administrativos
que tenham relação, de algum modo, com os seus serviços;

V - instaurar, de ofício ou por provocação dos


demais Órgãos da Administração Superior do Ministério Público,
processo disciplinar contra membro da instituição, presidindoo e
aplicando as sanções administrativas cabíveis, na forma desta
Lei;

VI - dirigir e acompanhar o Estágio probatório dos


membros do Ministério Público;

VII - elaborar o Regulamento do Estágio Probatório


dos membros do Ministério Público;135

VIII - propor ao Conselho Superior do Ministério


Público, na forma da Lei Orgânica, o não vitaliciamento de
membro do Ministério Público;

IX - remeter aos demais Órgãos da Administração do


Ministério Público informações necessárias ao desempenho de
suas atribuições;

X - indicar Promotor-Corregedor para participar de


comissão de sindicância ou processo administrativo instaurado
contra servidor do Ministério Público;

135
Redação alterada pela Lei n. 12.644/2006

241
XI - apresentar ao Procurador-Geral de Justiça, na
primeira quinzena de fevereiro, relatório com dados estatísticos
sobre as atividades das Procuradorias e Promotorias de Justiça,
relativas ao ano anterior;

XII - realizar:

a) correições e inspeções nas Promotorias de


Justiça;

b) pessoalmente ou pelo SubCorregedor-Geral,


correições e inspeções nas Procuradorias de
Justiça, remetendo relatório reservado ao Colégio
de Procuradores136;

c) de ofício ou mediante determinação do Conselho


Superior do Ministério Público, inspeções para
verificação da regularidade dos serviços dos
inscritos à promoção ou remoção voluntária;

XIII - informar ao Conselho Superior do Ministério


Público sobre a conduta pessoal e a atuação funcional dos
membros da Instituição inscritos à promoção ou remoção
voluntária;

XIV - requisitar exames periciais, cíveis e criminais,


documentos, diligências, certidões, pareceres técnicos e
informações de qualquer autoridade, inclusive judicial,
necessárias ao desempenho da função do Ministério Público;

XV - manter atualizados e sob sigilo, salvo para o


próprio interessado ou para defesa de direito, os assentamentos
da vida funcional dos membros do Ministério Público; 137
XVI - receber os relatórios de atividades dos
membros do Ministério Público, adotando ou sugerindo ao

136
Alínea "b" com redação dada pela Lei n. 11.297/98.
137
Redação alterada pela Lei n. 12.644/2006.

242
Procurador-Geral de Justiça e ao Conselho Superior do Ministério
Público as medidas que julgar convenientes.

§ 1.º Dos assentamentos funcionais dos membros


do Ministério Público, que serão mantidos atualizados e sob sigilo,
salvo para o próprio interessado, deverão constar:138

a) os documentos e cópias dos trabalhos enviados


pelo Promotor de Justiça em estágio probatório;

b) as apreciações feitas pelos Procuradores de


Justiça e as referências constantes em julgados
dos Tribunais e dos Órgãos Colegiados do
Ministério Público;

c) a conclusão das correições e inspeções.

§ 2.º As anotações desabonatórias ou que importem


em demérito poderão ser lançadas no assentamento funcional,
após ciência ao interessado, em despacho fundamentado do
Corregedor-Geral do Ministério Público, com recurso ao Conselho
Superior do Ministério Público em 3 (três) dias, a contar da
intimação.139

CAPÍTULO V
DOS PROCURADORES DE JUSTIÇA

Art. 29. Cabe aos Procuradores de Justiça, no


exercício das atribuições do Ministério Público junto aos Tribunais,
desde que não cometidas ao Procurador-Geral de Justiça, e
inclusive por delegação deste:140

I - oficiar:

138
Redação de parágrafo e alíneas dada pela Lei n. 11.297/98.
139
Redação de parágrafo dada pela Lei n. 11.297/98.
140
Redação de caput, incisos e parágrafos dada pela Lei n. 11.282/98.

243
a) perante os Grupos, Turmas e as Câmaras Cíveis
e Criminais do Tribunal de Justiça;141

b) perante o Tribunal Militar;

c) perante a Junta Comercia;

d) perante o Conselho da Magistratura e a


Corregedoria-Geral de Justiça, quando órgãos
jurisdicionais;

e) REVOGADA142;

II - oficiar e emitir parecer escrito nos processos


cíveis, criminais e administrativos, indicando a motivação fática e
jurídica, elaborando relatório em sua manifestação final ou
recursal;

III - ter assento à direita do órgão jurisdicional e


participar das sessões dos Tribunais, oferecendo parecer oral,
tomando ciência, pessoalmente e mediante vista dos autos
respectivos, das decisões proferidas;

IV - receber intimação pessoal nos processos em


que oficiar o Ministério Público, no limite de suas atribuições;

V - na Junta Comercial:

a) fiscalizar e promover o cumprimento das normas


legais e executivas e dos usos e práticas
mercantis assentados;
b) oficiar perante o Poder Judiciário nas questões
relacionadas com os atos de registro do
comércio;

141
Redação alterada pela Lei n. 11.734/2002. Redação alterada pela Lei n. 12.819/2007.
142
Alínea revogada pela Lei n. 11.486/2000.

244
c) exercer as demais atribuições previstas no
Regimento Interno da Junta Comercial e na
legislação sobre registro do comércio e atividades
afins;

VI - interpor, quando for o caso, recursos aos


Tribunais locais ou superiores, ou sugerir ao Procurador-Geral de
Justiça, fundamentadamente, a interposição ou adoção de outras
medidas cabíveis;

VII - presidir e integrar comissões de sindicâncias e


de processo administrativo, no âmbito do Ministério Público,
quando designados nos termos da lei;

VIII - exercer, por designação do Procurador-Geral


de Justiça, a direção de órgãos auxiliares e, ouvido o Conselho
Superior do Ministério Público, a direção dos órgãos de apoio
administrativo;
IX - impetrar habeas corpus, mandado de segurança,
requerer correição parcial, bem como propor outras medidas
cabíveis, perante os Tribunais competentes;

X - compor os órgãos colegiados da Instituição;

XI - integrar Comissão de Concurso para ingresso na


carreira do Ministério Público;

XII - desempenhar outras atribuições que lhes forem


conferidas por lei.

§ 1.º É obrigatória a presença de Procurador de


Justiça nas sessões de julgamento dos processos da respectiva
Procuradoria de Justiça.

§ 2.º Os Procuradores de Justiça exercerão


inspeção permanente dos serviços dos Promotores de Justiça nos
autos em que oficiem, remetendo seus relatórios à Corregedoria-
Geral do Ministério Público.
245
§ 3.º Os Procuradores de Justiça Substitutos
assumirão o lugar dos titulares nas suas faltas, impedimentos,
suspeições, licenças ou férias, emitindo pareceres em todos os
processos que nesse período receberem e participando das
sessões de julgamento, e auxiliarão os demais Procuradores de
Justiça, por designação do Procurador-Geral de Justiça, sempre
que a necessidade ou a conveniência do serviço o exigir.

§ 4.º A SubProcuradoria-Geral de Justiça para


Assuntos Jurídicos organizará, dentre os Procuradores de Justiça
Substitutos, a escala de plantão.

CAPÍTULO VI
DOS PROMOTORES DE JUSTIÇA

Art. 30. Cabe aos Promotores de Justiça, no


exercício de suas atribuições do Ministério Público, além das
previstas na Constituição Federal, na Constituição Estadual, na
Lei Orgânica Nacional do Ministério Público, nesta e em outras
leis:143

I - impetrar "habeas corpus", mandado de segurança


e requerer correição parcial e ajuizar ação rescisória, inclusive
perante os Tribunais locais competentes;

II - oficiar perante a Justiça Eleitoral de primeira


instância, com as atribuições previstas na Lei Orgânica do
Ministério Público da União e outras estabelecidas na legislação
eleitoral e partidária;

III - propor ação de perfilhação compulsória;

143
Redação do artigo 30, caput, e de seus incisos alterada pela Lei n. 11.583/2001.

246
IV - oficiar, obrigatoriamente, nos juizados especiais
cíveis, criminais e nos processos de suas atribuições;

V - permanecer no Fórum ou nos locais destinados


às Promotorias de Justiça quando necessário ou conveniente ao
desempenho de sua função, salvo nos casos de realização de
diligência indispensável ao exercício de suas atribuições;

VI - acompanhar o alistamento, participar da


verificação de urna referida na lei processual penal e assistir ao
sorteio de jurados;

VII - prestar assistência jurídica, nos casos previstos


em lei, para a defesa dos interesses sociais e individuais
indisponíveis;

VIII - zelar pela regularidade dos registros públicos;

IX - defender, supletivamente, os direitos e


interesses das populações indígenas;

X - zelar pela gratuidade do registro civil de


nascimento e de óbito para os reconhecidamente pobres;
XI - participar, obrigatoriamente, das audiências dos
processos de sua atribuição;

XII - exercer outras atribuições definidas em lei ou


ato normativo, desde que afetas à sua área de atuação;

XIII – VETADO.

CAPÍTULO VII

247
DAS FUNÇÕES GERAIS DOS ÓRGÃOS DE EXECUÇÃO144

Art. 31. Além das funções previstas na Constituição


Federal, na Constituição Estadual, na Lei Orgânica Nacional do
Ministério Público, nesta e em outras leis, incumbe, ainda, aos
membros do Ministério Público:

I - atender a qualquer do povo, tomando as


providências cabíveis, dandolhe encaminhamento e cientificando
o interessado das medidas efetivadas;

II - expedir notificações e requisições e instaurar


procedimentos investigatórios nos casos afetos à sua área de
atuação;

III - inspecionar e fiscalizar, periodicamente,


hospitais de custódia e tratamento psiquiátrico, estabelecimentos
prisionais de qualquer natureza, hospitais públicos ou
conveniados e os locais e os órgãos públicos ou privados que
abriguem idosos, crianças, adolescentes, incapazes ou pessoas
portadoras de deficiência, adotando as medidas cabíveis para
preservação dos direitos e garantias individuais, da higiene e da
decência no tratamento de presos e internos;

IV - VETADO

V - exercer funções nos órgãos de administração do


Ministério Público;

VI - integrar comissão de processo administrativo-


disciplinar;

144
Redação do Capítulo VII, de seus artigos 31, 32 e 33, com os respectivos incisos, alíneas e
parágrafos, alterada pela Lei n. 11.583/2001.

248
VII - solicitar, para o exercício de suas funções, o
auxílio de serviços médicos, educacionais e assistenciais públicos
ou conveniados;

VIII - requisitar a instauração de inquérito policial e


diligências investigatórias para apuração de crime de ação penal
pública;

IX - promover, privativamente, a ação penal pública,


na forma da lei e processos especiais conforme art. 125, § 4.º da
Constituição Federal;

X - assumir a direção de qualquer investigação


quando designado pelo Procurador-Geral de Justiça;

XI - participar, por designação do Procurador-Geral


de Justiça, de comissão de concurso para provimento de cargos
dos serviços auxiliares do Ministério Público e dos demais
Poderes do Estado, quando solicitado;

XII - requisitar a cartórios, a repartições ou a


autoridade competente certidões, exames e esclarecimentos
necessários ao exercício de suas funções;

XIII - fiscalizar, nos casos de intervenção obrigatória,


o Regimento de Custas do Estado e o recolhimento de multas
impostas, adotando as providências cabíveis;

XIV - zelar pela regularidade da distribuição de feitos


nas Procuradorias ou Promotorias de Justiça;

XV - receber e devolver cargas de processo, no livro


próprio, onde houver;

XVI - conservar, pelo prazo determinado pela


Administração Superior do Ministério Público, em arquivo
informatizado da Procuradoria ou da Promotoria de Justiça, cópias

249
de manifestações processuais e outros atos praticados no
exercício do cargo;

XVII - oferecer sugestões, aos Órgãos da


Administração Superior, para o aperfeiçoamento dos serviços do
Ministério Público;

XVIII - zelar pela rigorosa observância dos prazos


processuais e da correção dos procedimentos judiciais que
intervém o Ministério Público;

XIX - manifestarse nos processos em que sua


presença seja obrigatória por lei e, ainda, sempre que cabível a
intervenção, para assegurar o exercício de suas funções
institucionais, não importando a fase ou grau de jurisdição em que
se encontrem;

XX - participar de organismos estatais afetos à sua


área de atuação quando solicitado;

XXI - ingressar em juízo para responsabilizar os


gestores do dinheiro público;

XXII - VETADO

XXIII - exercer o controle externo da atividade policial


civil e militar, nos termos da lei complementar, por meio de
medidas administrativas e judiciais, visando assegurar a
indisponibilidade da persecução penal e a prevenção ou correção
de ilegalidades ou do abuso de poder.

Art. 32. No exercício de suas funções, os membros


do Ministério Público poderão:

I - exercer a defesa dos direitos assegurados nas


Constituições Federal e Estadual, sempre que se cuidar de
garantir-lhes o respeito:

250
a) pelos poderes estaduais ou municipais;

b) pelos órgãos da Administração Pública Estadual


ou Municipal, direta ou indireta;

c) pelos concessionários e permissionários de


serviço público estadual ou municipal;

d) por entidades que exerçam outra função delegada


do Estado ou do Município ou executem serviço
de relevância pública;

II - promover o inquérito civil e a ação civil pública,


na forma da lei:

a) para proteção, prevenção e reparação dos danos


causados ao meio ambiente, aos bens e direitos
de valor artístico, estético, histórico, turístico e
paisagístico, ao consumidor e a outros interesses
difusos, coletivos individuais homogêneos e
individuais indisponíveis;

b) para anulação ou declaração de nulidade de atos


lesivos ao patrimônio público ou à moralidade
administrativa do Estado ou de Município, da
administração indireta ou fundacional ou de
entidades privadas de que participem;

c) para proteção da criança e do adolescente;

d) para proteção da saúde, cidadania, da pessoa do


idoso, dos direitos humanos;

III - instaurar inquéritos civis e outras medidas e


processos administrativos pertinentes e, para instruí-los:

a) expedir notificações para colher depoimentos ou


esclarecimentos e, em caso de
251
nãocomparecimento injustificado, requisitar
condução coercitiva, inclusive pelas polícias civis
ou milita ressalvadas as prerrogativas previstas
em lei;

b) requisitar informações, exames, perícias e


documentos de autoridades municipais, estaduais
e federais, bem assim dos órgãos e entidades da
administração direta, indireta ou fundacional, de
qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios;

c) promover inspeções e diligências investigatórias


junto às autoridades, órgãos e entidades a que se
refere a alínea anterior;

d) estabelecer, fundamentadamente, tendo em vista


a natureza da matéria, o sigilo das investigações
nos inquéritos civis;

IV - fazer recomendações aos órgãos ou entidades


referidas no inciso I deste artigo, para maior celeridade e
racionalização dos procedimentos administrativos, requisitando do
destinatário sua divulgação adequada e imediata, bem como
resposta por escrito;

V - requisitar informações e documentos a entidades


privadas para instruir processos ou procedimentos em que oficie;

VI - VETADO

VII - requisitar diligências investigatórias e a


instauração de inquérito policial e de inquérito policial militar,
observado o disposto no artigo 129, inciso VIII, da Constituição
Federal, podendo acompanhá-los;

VIII - praticar atos administrativos executórios de


caráter preparatório;
252
IX - apresentar sugestões ao Procurador-Geral de
Justiça no que se refere à edição de normas e alterações da
legislação em vigor, bem como à adoção de medidas propostas,
destinadas à prevenção e ao controle da criminalidade.

§ 1.º O procedimento do inquérito civil será regulado


por ato do Procurador-Geral de Justiça, aprovado pelo Conselho
Superior do Ministério Público;

§ 2.º Os membros do Ministério Público deverão


remeter ao Procurador-Geral de Justiça as notificações e
requisições que tiverem como destinatários o Governador do
Estado, os membros do Poder Legislativo estadual, os
Desembargadores e os Conselheiros do Tribunal de Contas do
Estado, para subsequente encaminhamento.

§ 3.º Os membros do Ministério Público deverão


remeter ao Procurador-Geral de Justiça cópias das notificações e
dos ofícios enviadas a Prefeitos e a Presidentes da Câmara de
Vereadores.

§ 4.º Os membros do Ministério Público devem dar


publicidade dos processos administrativos não disciplinares que
instaurarem e das medidas adotadas, observadas as vedações
constitucionais.

§ 5.º Os membros do Ministério Público serão


responsáveis pelo uso indevido das informações e documentos
que requisitar, inclusive nas hipóteses legais de sigilo.

§ 6.º As requisições feitas pelo Ministério Público às


autoridades, órgãos e entidades da Administração Pública direta,
indireta ou fundacional, de qualquer dos Poderes da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios serão cumpridas
gratuitamente, nos termos da lei federal.

253
§ 7.º A falta ao trabalho, em virtude de atendimento
a notificação ou a requisição, na forma do inciso II, letra "a" do
"caput" deste artigo, não autoriza desconto de vencimentos ou
subsídios, considerando-se de efetivo exercício, para todos os
efeitos, mediante comprovação escrita do membro do Ministério
Público, nos termos da lei federal.

Art. 33. No exercício das atribuições de defesa e


garantia do respeito aos direitos sociais e individuais indisponíveis
assegurados nas Constituições Federal e Estadual, cabe aos
membros do Ministério Público, entre outras providências:

I - receber notícias de irregularidades, petições ou


reclamações de qualquer natureza, promovendo as apurações
cabíveis que lhes sejam próprias e dar-lhes as soluções
adequadas;

II - zelar pela celeridade e racionalidade dos


processos administrativos, estabelecendo prioridades quando
necessário, de forma justificada;

III - dar andamento, no prazo de trinta dias, às


notícias de irregularidades, petições ou reclamações referidas no
inciso I;

IV - promover audiências públicas e emitir relatórios


anuais ou especiais, e reclamações dirigidas aos Poderes
estadual ou municipais, aos órgãos da Administração Pública
estadual direta ou indireta, aos concessionários e permissionários
de serviço público estadual ou municipal, às entidades que
exerçam outra função delegada do Estado ou do Município ou
executem serviço de relevância pública, requisitando ao
destinatário sua divulgação adequada e imediata, assim como
resposta por escrito.

CAPÍTULO VIII

254
DAS GARANTIAS E DAS PRERROGATIVAS145

Art. 34. Os membros do Ministério Público sujeitam-


se a regime jurídico especial, são independentes no exercício de
suas funções, cumprindo-as nos termos da lei, e têm as seguintes
garantias:

I - vitaliciedade, nos termos do art. 128, § 5.º, inciso


I, da Constituição Federal, não podendo perder o cargo senão por
sentença judicial transitada em julgado;
II - inamovibilidade, salvo por motivo de interesse
público em ato devidamente fundamentado, assegurada a ampla
defesa;

III - VETADO

§ 1.º O membro vitalício do Ministério Público


somente perderá o cargo por sentença judicial transitada em
julgado, proferida em ação civil própria, nos seguintes casos:

I - exercício da advocacia;

II - abandono do cargo pela interrupção injustificada


do exercício das funções por mais de 30 (trinta) dias
146
consecutivos;

III - Condenação definitiva por crime doloso


incompatível com o exercício do cargo, após decisão transitada
em julgado;147

IV - atos de improbidade administrativa, nos termos


do art. 37, § 4.º, da Constituição Federal.148

145
Redação do Capítulo VIII e seus artigos 34 e 35, com seus respectivos incisos, alíneas e
parágrafos, alterada pela Lei n. 11.584/2001.
146
Redação alterada pela Lei n. 12.796/2007.
147
Redação alterada pela Lei n. 12.796/2007.
148
Redação alterada pela Lei n. 12.796/2007.

255
V - condenação definitiva por crime contra o
patrimônio, costumes, administração e fé públicas ou tráfico de
entorpecentes;
VI - incontinência pública e escandalosa que
comprometa, a dignidade da Instituição;

VII - improbidade administrativa, nos termos do


artigo 37, parágrafo 4.º, da Constituição Federal;

VIII - recebimento, a qualquer título e sob qualquer


pretexto, em razão de sua atividade profissional, de honorários
advocatícios, percentagens e custas processuais.

§ 2.º A ação civil para decretação da perda do cargo


será proposta pelo Procurador-Geral de Justiça perante o Tribunal
de Justiça, após autorização do Órgão Especial do Colégio de
Procuradores, em decisão tomada pela maioria absoluta de seus
membros.

§ 3.º O membro do Ministério Público aposentado


terá cassada a aposentadoria, em ação civil proposta pelo
Procurador-Geral de Justiça, se, em atividade, incorreu nas
vedações previstas no parágrafo 1.º deste artigo, em decisão
tomada por maioria absoluta do Órgão Especial do Colégio de
Procuradores do Ministério Público.

§ 4.º VETADO.

Art. 35. Constituem prerrogativas dos membros do


Ministério Público, no exercício de suas funções:

I - receber o mesmo tratamento jurídico e protocolar


dispensado aos membros do Poder Judiciário junto aos quais
oficiem;

256
II - tomar assento à direita dos juízes singulares ou
do Presidente do Tribunal e dos órgãos fracionários do Tribunal;

III - usar as vestes talares e as insígnias privativas


do Ministério Público;

IV - dispor e utilizar livremente, nas comarcas em


que servir, de instalações próprias e condignas nos prédios dos
fóruns;

V - gozar de inviolabilidade pelas opiniões que


externar ou pelo teor de suas manifestações processuais ou
procedimentos, nos limites de sua independência funcional;

VI - não estar sujeito a intimação ou a convocação


para comparecimento, exceto se expedida pela autoridade
judiciária ou por Órgão da Administração Superior do Ministério
Público competente, ressalvadas as hipóteses constitucionais, nos
termos da lei;

VII - VETADO

VIII - ingressar e transitar livremente:

a) nas salas de sessões de Tribunais, mesmo além


dos limites que separam a parte reservada aos
magistrados;

b) nas salas e dependências de audiências,


secretarias, cartórios, tabelionatos, ofícios da
Justiça e edifícios dos fóruns;

c) em qualquer edifício ou recinto em que funcione


repartição judicial, policial ou estabelecimento de
internação coletiva onde deva praticar ato, colher
prova ou informação útil ao desempenho de suas
funções, inclusive, quando indispensável, fora do

257
expediente regulamentar, requisitando, nesse
caso, a presença de funcionário;

d) em qualquer recinto público ou privado,


ressalvada a garantia constitucional de
inviolabilidade de domicílio;

IX - examinar, em qualquer juízo ou Tribunal, autos


de processos findos ou em andamento, ainda que conclusos à
autoridade, podendo copiar peças e tomar apontamentos;

X - examinar, em qualquer repartição policial, autos


de flagrante ou inquérito, findos ou em andamento, ainda que
conclusos à autoridade, podendo copiar peças e tomar
apontamentos, inclusive em relação a termos circunstanciados,
livros de ocorrência e quaisquer registros policiais;

XI - ter acesso ao preso a qualquer momento.

XII - ser custodiado ou recolhido à prisão domiciliar


ou a sala especial do Estado Maior, por ordem e à disposição do
Tribunal competente, quando sujeito a prisão antes do julgamento
final;

XIII - VETADO

XIV - não ser preso senão por ordem judicial escrita,


salvo em flagrante de crime inafiançável, caso em que a
autoridade fará, imediatamente, a comunicação e a apresentação
do membro do Ministério Público ao Procurador-Geral de Justiça;

XV - ter assegurado o direito de acesso, retificação e


complementação dos dados e informações relativos à sua pessoa,
existentes nos órgãos da Instituição;

XVI - ser processado e julgado originariamente pelo


Tribunal de Justiça do Estado, nos crimes comuns e de
responsabilidade, ressalvadas exceções de ordem constitucional;
258
XVII - ter vista dos autos, nos termos da lei, e intervir
nas sessões de julgamento para sustentação oral ou
esclarecimento de matéria de fato, quando parte ou fiscal da lei;

XVIII - receber intimação pessoal em qualquer


processo e grau de jurisdição, através da entrega dos autos com
vista;

XIX - ser ouvido, como testemunha ou ofendido, em


qualquer processo ou inquérito, em dia, hora e local previamente
ajustados com o juiz ou com a autoridade competente.

XX - podendo falar sentado ao fazer sustentação


oral;

XXI - Ter a palavra, pela ordem, perante qualquer


Juízo ou Tribunal, para replicar acusação ou censura que lhes
tenham sido feitas;

§ 1.º Quando, no curso de investigação, houver


indício de prática de infração penal por parte de membro do
Ministério Público, a autoridade policial civil ou militar remeterá,
imediatamente, sob pena de responsabilidade, os respectivos
autos ao Procurador-Geral de Justiça, a quem competirá dar
prosseguimento à apuração.

§ 2.º Os membros do Ministério Púbico terão


carteira funcional, na forma de ato expedido pelo Procurador-
Geral de Justiça, válida em todo o território nacional como cédula
de identidade e porte de arma, independentemente, neste caso,
de qualquer ato formal de licença ou autorização.

§ 3.º VETADO

§ 4.º Ao membro do Ministério Público aposentado


são assegurados, em razão do cargo que exerceu, a carteira
funcional nas condições estabelecidas no parágrafo 2.º deste

259
artigo e o uso das insígnias privativas, preservadas as garantias
previstas no artigo 34, incisos I e III, desta Lei.

§ 5.º A carteira funcional do membro do Ministério


Público aposentado por invalidez decorrente de doença mental
não valerá como licença para porte de arma e a constatação de
doença mental, posterior à expedição, implicará o cancelamento
da autorização.

§ 6.º As garantias e as prerrogativas dos membros


do Ministério Público são inerentes ao exercício de suas funções e
irrenunciáveis.

§ 7.º As garantias e as prerrogativas previstas neste


Capítulo não excluem outras estabelecidas em lei.

CAPÍTULO IX149
DOS ÓRGÃOS AUXILIARES
Seção I
Dos Centros de Apoio Operacional

Art. 36. Os Centros de Apoio Operacional são


órgãos auxiliares da atividade funcional do Ministério Público,
instituídos por ato do Procurador-Geral de Justiça, competindo-
lhes:
I - estimular a integração e o intercâmbio entre
órgãos de execução que atuem na mesma área de atividade e
que tenham atribuições comuns;

II - remeter informações técnico-jurídicas, sem


caráter vinculativo, aos órgãos ligados à sua atividade;

149
Redação do Capítulo IX, formado pelas Seções I a V e pelos artigos 36 a 43, com seus
respectivos incisos, alíneas e parágrafos, alterada pela Lei n. 11.577/2001.

260
III - estabelecer intercâmbio permanente com
entidades ou órgãos públicos ou privados que atuem em áreas
afins, para a obtenção de elementos técnicos especializados
necessários ao desempenho de suas funções;
IV - apresentar ao Procurador-Geral de Justiça
relatório anual de suas atividades;

V - prestar auxílio aos órgãos de execução do


Ministério Público na instrução de inquéritos civis ou na
preparação e na proposição de medidas processuais;

VI - encaminhar representações e expedientes


recebidos para os respectivos órgãos de execução;

VII - recolher informações legislativas, doutrinárias e


jurisprudenciais sobre assuntos de interesse para o exercício da
função, divulgando-as aos membros do Ministério Público;
VIII - apresentar ao Procurador-Geral de Justiça
sugestões para:

a) estabelecimento de programas específicos de


atuação;

b) realização de convênios, cursos, palestras e


outros eventos;

c) alterações ou edição de normas, sem caráter


vinculativo, inclusive atos, instruções e convênios,
tendentes à melhoria do serviço do Ministério
Público;
IX - encaminhar ao SubProcurador-Geral de Justiça
para Assuntos Institucionais sugestões para o aperfeiçoamento
institucional e para o planejamento de suas atividades;
X - exercer outras funções compatíveis com suas
finalidades, definidas em lei ou ato do Procurador-Geral de
Justiça, vedado o exercício de qualquer atividade de órgão de

261
execução, bem como a expedição de atos normativos a estes
dirigidos.

Parágrafo único. A direção de Centro de Apoio


Operacional será exercida por um Coordenador, escolhido dentre
Procuradores ou Promotores de Justiça da mais elevada
entrância, de livre designação pelo Procurador-Geral de Justiça.

Parágrafo único. A direção de Centro de Apoio


Operacional será exercida por um Coordenador, escolhido dentre
Membros do Ministério Público, com mais de 10 (dez) anos de
efetivo exercício na carreira e, no mínimo, 35 (trinta e cinco) anos
de idade, de livre designação pelo Procurador-Geral de Justiça.150

Seção II
Da Comissão de Concurso

Art. 37. À Comissão de Concurso, órgão auxiliar de


natureza transitória, incumbe realizar, com o auxílio dos Serviços
de Apoio Administrativo vinculados à DireçãoGeral da
Procuradoria-Geral de Justiça, a seleção de candidatos ao
ingresso na carreira do Ministério Público, na forma das
disposições estatutárias e observado o artigo 129, parágrafo 3.º,
da Constituição Federal.

Art. 38. A Comissão de Concurso é constituída por:


I - Procurador-Geral de Justiça, seu Presidente, ou
quem este designar dentre os Procuradores de Justiça;

II - Corregedor-Geral do Ministério Público;

III - três membros do Ministério Público eleitos pelo


Conselho Superior;

150
Redação alterada pela Lei Complementar n. 14.883/2016.

262
IV - um integrante da Ordem dos Advogados do
Brasil – Secção do Rio Grande do Sul, indicado em lista sêxtupla,
pelo Conselho Seccional e escolhido pelo Conselho Superior do
Ministério Público;

V - um professor universitário de Direito, de livre


escolha do Procurador-Geral de Justiça.

§ 1.º A Comissão de Concurso poderá receber o


acréscimo de um ou mais membros, a critério do Conselho
Superior do Ministério Público através de eleição.

§ 2.º Nas faltas ou impedimentos do Procurador-


Geral de Justiça exercerão suas funções, sucessivamente, o
SubProcurador-Geral de Justiça para Assuntos Jurídicos, o
SubProcurador-Geral de Justiça para Assuntos Administrativos ou
o SubProcurador-Geral de Justiça para Assuntos Institucionais.

§ 2.º Nas faltas ou impedimentos do Procurador-


Geral de Justiça exercerão suas funções, sucessivamente, o
SubProcurador-Geral de Justiça para Assuntos Jurídicos, o
SubProcurador-Geral de Justiça para Assuntos Administrativos, o
SubProcurador-Geral de Justiça para Assuntos Institucionais ou o
SubProcurador-Geral de Justiça de Gestão Estratégica.151

§ 3.º Nas faltas ou impedimentos do Corregedor-


Geral do Ministério Público exercerá suas funções o
SubCorregedor-Geral do Ministério Público.152

§ 4.º Persistindo eventuais faltas ou impedimentos,


nos casos dos parágrafos anteriores, o Conselho Superior
indicará um Procurador de Justiça.153

Art. 39. Cabe à Comissão de Concurso:

151
Redação alterada pela Lei n. 12.796/2007; alterada pela Lei n. 15.005/2017.
152
Redação alterada pela Lei n. 12.796/2007.
153
Parágrafo acrescentado pela Lei n. 12.796/2007.

263
I - dirimir dúvidas sobre os requisitos para a inscrição
no Concurso de Ingresso à Carreira do Ministério Público;

II - examinar autos criminais ou cíveis em que figure


candidato como parte ou interveniente para efeitos de inscrição;

III - requisitar, de quaisquer fontes, as informações


necessárias, ampliando as investigações, quando for o caso, ao
círculo familiar, social ou profissional do candidato,
estabelecendo, se assim deliberar, prazo para explicações
escritas;

IV - elaborar, aplicar e julgar as provas e os títulos;

V - excluir, até o julgamento final do concurso,


candidato que, embora inscrito, demonstre desatendimento de
exigência legal, cabendo a decisão ao Conselho Superior do
Ministério Público, para o qual caberá pedido de reconsideração
com efeito suspensivo;

VI - apreciar recursos nos termos da Lei;

VII - Cancelar a inscrição de candidato que não


comparecer sem justa causa a exames de saúde física e mental e
psicotécnico.

Art. 40. Para a seleção de candidatos ao ingresso


nos cargos dos serviços auxiliares do Ministério Público haverá
uma Comissão de Concurso nos termos da lei ou de ato
administrativo do Procurador-Geral de Justiça.

Seção III
Do Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional

Art. 41. O Centro de Estudos e Aperfeiçoamento


Funcional é órgão auxiliar do Ministério Público destinado a

264
realizar cursos, seminários, congressos, simpósios, pesquisas,
atividades, estudos e publicações visando ao aprimoramento
profissional e cultural dos membros da Instituição e de seus
servidores, bem como à melhor execução de seus serviços e à
racionalização de seus recursos materiais.

§ 1.º A organização, o funcionamento e as demais


atribuições do Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional
serão estabelecidos através de ato do Procurador-Geral de
Justiça.

§ 2.º O Centro de Estudos e Aperfeiçoamento


Funcional poderá celebrar convênios com entidades públicas ou
privadas para a realização de suas atividades.

§ 3.º A direção de Centro de Estudos e


Aperfeiçoamento Funcional será exercida por um Coordenador,
escolhido dentre Membros do Ministério Público, com mais de 10
(dez) anos de efetivo exercício na carreira e, no mínimo, 35 (trinta
e cinco) anos de idade, de livre designação pelo Procurador-Geral
de Justiça. 154

Seção IV
Dos Estagiários

Art. 42. Poderão ser estagiários do Ministério


Público alunos dos três últimos anos do Curso de Bacharelado em
Direito ou Ciências Jurídicas e Sociais, de escolas oficiais ou
reconhecidas, designados por ato do Procurador-Geral de Justiça,
competindolhes, no exercício de suas funções auxiliares:

I - o levantamento de dados, de conteúdo doutrinário


ou jurisprudencial, necessários ao correspondente exercício
funcional;

154
Parágrafo acrescentado pela Lei Complementar n. 14.883/2016.

265
II - o acompanhamento das diligências de
investigação de que for incumbido, exceto as de polícia judiciária
e para apuração de infrações penais;

III - o estudo das matérias que lhe sejam confiadas,


propondo a adoção dos procedimentos consequentes;

IV - a execução dos serviços de datilografia,


digitação, correspondência, escrituração, registro e arquivo, que
lhe forem atribuídos;

V - o desempenho de quaisquer outras atividades


compatíveis com sua condição acadêmica.

§ 1.º A designação será precedida de requerimento


do candidato, acompanhado de informação favorável do membro
do Ministério Público junto ao qual pretende servir e dos
documentos a serem definidos em ato do Procurador-Geral de
Justiça.155

§ 2.º O estagiário poderá ser dispensado, de ofício


ou a pedido, a qualquer tempo, pelo Procurador-Geral de Justiça
e, obrigatoriamente, quando concluir o curso.

§ 3.º O exercício da função será gratuito, valendo


como título para o concurso de ingresso na carreira do Ministério
Público, quando desenvolvido, no mínimo, pelo prazo de um (1)
ano, nos termos do Edital de Concurso.

§ 4.º É vedado ao estagiário exercer atividades


relacionadas com a advocacia, com funções judiciárias e policiais,
observado o disposto nesta Lei.

§ 5.º Os estagiários serão designados para atuar


nas Promotorias de Justiça;156

155
Redação alterada pela Lei n. 12.644/2006.
156
Redação alterada pela Lei n. 12.644/2006.

266
§ 6.º A orientação do serviço de estagiário competirá
ao membro do Ministério Público junto ao qual servir.

§ 7.º A fiscalização da frequência, que é obrigatória,


competirá ao Promotor de Justiça junto ao qual o estagiário
atuar.157

§ 8.º Poderá ser permitido ao estagiário afastar-se


do serviço nos dias de seus exames, mediante prévia
comunicação ao Promotor de Justiça coordenador dos serviços
administrativos da Promotoria de Justiça, ficando, todavia,
obrigado a comprovar a prestação dos respectivos exames.158

§ 9.º Os casos omissos nesta Lei serão resolvidos


por meio de atos normativos regulamentares.159
§ 10. REVOGADO.160

§ 11. REVOGADO.161

Art. 42-A. As demais modalidades de estágio,


bolsista e voluntário, serão regulamentadas por ato do
Procurador-Geral de Justiça.162

Seção V
Dos Órgãos de Apoio Administrativo

Art. 43. Lei de iniciativa do Procurador-Geral de


Justiça disciplinará os órgãos e serviços auxiliares de apoio
administrativo, organizados em quadro próprio de carreira, com

157
Redação alterada pela Lei n. 12.644/2006.
158
Redação alterada pela Lei n. 12.644/2006.
159
Redação alterada pela Lei n. 12.644/2006.
160
Revogado pela Lei n. 12.644/2006.
161
Revogado pela Lei n. 12.644/2006.
162
Artigo acrescentado pela Lei n. 12.644/2006.

267
cargos que atendam às suas peculiaridades e às necessidades da
administração e das atividades funcionais.

TÍTULO IV163
DAS DISPOSIÇÕES ESPECIAIS

Art. 44. Os membros do Ministério Público


designados para as funções elencadas no artigo 25, inciso XI,
alíneas “a” e “c”, desta Lei, não perderão a classificação nos
cargos de que forem titulares.164
Parágrafo único. REVOGADO.165

§ 1.º O membro do Ministério Público que tiver


exercido função de Procurador-Geral de Justiça não poderá ser
designado para qualquer das funções previstas no “caput” antes
do prazo de 2 (dois) anos, contados do término do único ou do
último mandato.

§ 1.º REVOGADO166
§ 2.º Os Procuradores de Justiça e os Promotores
de Justiça afastados do cargo para frequentar cursos ou
seminários de aperfeiçoamento e estudos, no País ou no exterior,
por período superior a 6 (seis) meses, perderão a classificação no
cargo de que forem titulares, ficando como Substitutos.167

§ 3.º Os Membros do Ministério Público, excetuados


os Subprocuradores-Gerais de Justiça, poderão exercer uma ou
mais funções previstas no art. 25, inciso XI, alíneas “a” e “c”, desta

163
Redação do Título IV alterada, também com o acréscimo dos artigos 44 a 46, pela Lei n.
11.577/2001.
164
Redação alterada pela Lei n. 11.723/2002; redação do “caput” alterada pela Lei n. 14.333/2013.
165
Ver Súmula n. 19/05, do Conselho Superior do Ministério Público. Parágrafo revogado pela Lei
n. 14.333/2013.
166
Parágrafo revogado pela Lei Complementar n. 14.883/2016.
167
Parágrafo acrescentado pela Lei n. 14.333/2013.

268
Lei, até o limite de 4 (quatro) anos, vedada nova designação antes
do prazo de 2 (dois) anos, contados a partir da revogação ou
exoneração. 168
§ 4.º Na hipótese do lapso temporal de permanência
na Administração Superior, previsto no parágrafo anterior,
implementar-se nos últimos 30 (trinta) dias do mandato do
Procurador-Geral de Justiça, fica autorizada, de forma
excepcional, a prorrogação da designação por até 30 (trinta) dias.
169

Art. 45. Os cargos efetivos e os Órgãos da


Administração Superior do Ministério Público são os constantes
dos Quadros 1 a 4 desta Lei.

Art. 46. Fica instituído o "Dia do Ministério Público


do Rio Grande do Sul", a ser comemorado, anualmente, no dia 29
de junho.

168
Parágrafo acrescentado pela Lei Complementar n. 14.883/2016 (produzindo efeitos a contar de
11 de junho de 2017).
169
Parágrafo acrescentado pela Lei Complementar n. 14.883/2016.

269

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