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Escola Municipal de Ensino Infantil Fundamental Nossa Senhora de Fátima I

Gestor Escolar: Meire Graça


Coordenação pedagógca:Gislany Barbosa
Educador:Denivaldo F.Barroso
Componente Curricular:Língua Portuguesa
Aluno(a):____________________________________________________ 9°ano A,B
Data 17/02/2022
HABILIDADE (EF69LP47) OBJETO DO CONHECIMENTO:
GÊNEROTEXTUAL/CONTO

Um dos mais tradicionais gêneros literários e um dos mais lidos pelo público na
atualidade. Por ser curto, esse tipo de texto tem alcançado cada vez mais espaço, circulando
em redes sociais e blogs pela internet. Autores clássicos da literatura brasileira, tais como
Machado de Assis ou Mário de Andrade, ganharam notoriedade por serem excepcionais
contistas. O gênero tem, hoje, diversas subdivisões, tais como “contos de ficção científica”,
“infanto juvenis”, “fantásticos”, “de fada’, entre tantos outros. As principais características
do conto são a presença dos elementos tradicionais da narrativa: personagens, tempo, espaço
e enredo em suas formas concisas, conforme explicaremos a seguir.

CARACTERÍSTICAS DO GÊNERO

O conto pode ser definido como uma narrativa curta e comum único conflito. Isso
significa que, nessas histórias, há poucos personagens, o tempo e o espaço são reduzidos são
essenciais e, além disso, o enredo (a sequência de ações pelas quais os personagens passam) é
marcado pela existência de um único acontecimento relevante. Dessa forma, em geral, os
contos apresentam apenas um clímax (aquele momento de maior tensão da narrativa).
ATIVIDADE I

FURTO DE FLOR

Furtei uma flor daquele jardim. O porteiro do edifício cochilava, e eu furtei a flor. Trouxe-a para casa e coloquei-
a no copo com água. Logo senti que ela não estava feliz. O copo destina-se a beber e flor não é para ser bebida.
Passei-a para o vaso e notei que ela me agradecia, revelando melhor sua delicada composição. Quantas
novidades há numa flor se a

contemplarmos bem. Sendo autor do furto, eu assumira a obrigação de conservá-la. Renovei a


água do vaso, mas a flor empalidecia. Temi por sua vida. Não adiantava restituí-la ao jardim. Nem apelar para o
médico de flores. Eu a furtara, eu a via morrer. Já murcha, e com a cor particular da morte, peguei-a docemente e
fui depositá-la no jardim onde desabrochara. O porteiro estava atento e repreendeu-me:
– Que ideia a sua, vir jogar lixo de sua casa neste jardim!
Carlos Drummond de Andrade. Contos plausíveis.

1 - Leia as afirmativas abaixo e em seguida assinale a alternativa correta


a) O texto Furto de Flor é predominantemente narrativo.
b) O autor ao longo do texto vai construindo um misto de narrativa e texto objetivo.
c) O autor usou a 1ª pessoa para, supostamente, aproximar-se do personagem da narrativa.
d) Apenas pela leitura do título do texto, pode-se afirmar que o texto é narrativo.
2 - Segundo o texto de Drummond, a condição para haver novidade em uma flor, sem
agredi-la, é apenas admirá-la. O trecho do conto que satisfaz esta condição é
a) “Furtei uma flor daquele jardim”.
b) “Renovei a água do vaso, mas a flor empalidecia”.
c) “Quantas novidades há numa flor se a contemplarmos bem”.
d) “Não adiantava restituí-la ao jardim".
3 - Ao longo do texto, o personagem vai gradativamente buscando manter a flor viva,
mas não é feliz no seu intento, pois a
a) colocou num copo com água. c) colocou no vaso com terra.
b) depositou no jardim onde desabrochara. d) furtou do jardim.
4 - O autor em vez de ter usado o verbo furtar, poderia ter usado o verbo roubar? Por
quê?
a) Sim, porque teria o mesmo sentido. Furtar a flor e roubar a flor.
b) Sim, porque os termos são sinônimos.
c) Não, porque são consideradas vocábulos antônimos.
d) Não, porque furtar é apoderar-se sem violência e roubar geralmente supõe violência.
5 - Leia um trecho do conto Missa do Galo de Machado de Assis.
Missa do Galo
Nunca pude entender a conversação que tive com uma senhora, há muitos anos, contava eu dezessete, ela
trinta. Era noite de Natal. Havendo ajustado com um vizinho irmos à missa do galo, preferi não dormir; combinei
que eu iria acordá-lo à meia-noite. A casa em que eu estava hospedado era a do escrivão Meneses, que fora
casado, em primeiras núpcias, com uma de minhas primas. A segunda mulher, Conceição, e a mãe desta,
acolheram-me bem quando vim de Mangaratiba para o Rio de Janeiro, meses antes, a estudar preparatórios.
Viviatranquilo, naquela casa assobradada da Rua do Senado, com os meus livros, poucas relações,

alguns passeios. A família era pequena, o escrivão, a mulher, a sogra e duas escravas.Costumes velhos. Às dez horas da noite
toda a gente estava nos quartos; às dez e meia a casa dormia.
ASSIS, Machado de. Disponível em: <www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000223.pdf>. Acesso em: 20 out.
2018.

O trecho inicial desse conto consiste na descrição do modo de vida e da rotina do narrador-personagem no Rio de
Janeiro. Por que essas informações são consideradas importantes para a compreensão da sequência da narrativa?

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