O documento discute o valor econômico da educação nas perspectivas liberais e críticas, características do conceito de capital humano e suas críticas, e se as despesas com educação pública podem ser vistas como investimento em capital humano. A autora acredita que a educação não deve ser vista como mercadoria ou preparação para trabalho, mas como direito de acesso a conhecimentos que promovam pensamento crítico.
O documento discute o valor econômico da educação nas perspectivas liberais e críticas, características do conceito de capital humano e suas críticas, e se as despesas com educação pública podem ser vistas como investimento em capital humano. A autora acredita que a educação não deve ser vista como mercadoria ou preparação para trabalho, mas como direito de acesso a conhecimentos que promovam pensamento crítico.
O documento discute o valor econômico da educação nas perspectivas liberais e críticas, características do conceito de capital humano e suas críticas, e se as despesas com educação pública podem ser vistas como investimento em capital humano. A autora acredita que a educação não deve ser vista como mercadoria ou preparação para trabalho, mas como direito de acesso a conhecimentos que promovam pensamento crítico.
O documento discute o valor econômico da educação nas perspectivas liberais e críticas, características do conceito de capital humano e suas críticas, e se as despesas com educação pública podem ser vistas como investimento em capital humano. A autora acredita que a educação não deve ser vista como mercadoria ou preparação para trabalho, mas como direito de acesso a conhecimentos que promovam pensamento crítico.
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Faculdade de Educação - Curso de Pedagogia
Disciplina: Economia e Política de Financiamento da Educação Básica Professor: Maria Rosimary Soares dos Santos Aluna: Camila Lima da Silva
RELAÇÃO ENTRE ECONOMIA E EDUCAÇÃO: VALOR ECONÔMICO DA
EDUCAÇÃO
1) Destaque as ideias sobre o valor econômico da educação nas
perspectivas liberais e perspectivas críticas. Nas perspectivas liberais o valor econômico da educação está atrelado a formação de indivíduos para o processo produtivo. Dessa forma, a educação é um investimento para o crescimento econômico do país e também para o crescimento individual. Ou seja, mais anos de escolaridade aumentam a produtividade do indivíduo, consequentemente aumentam a renda e seu status social, a escolarização é tratada como um instrumento de mobilidade social. As perspectivas críticas criticam as perspectivas clássicas. O capitalismo é criticado e analisadas as relações de poder presentes nesse sistema. Dessa forma algumas relações de poder presentes na sociedade estariam também presentes na escola, sendo utilizada para produzir um indivíduo produtivo economicamente. Nessa teoria as forças historicamente enraizadas podem ser alteradas por meio da luta de classes. A educação é colocada como parte do processo cultural que orienta os indivíduos para a construção de si e atuação na sociedade.
2) Identifique as características do conceito de capital humano e pesquise
as críticas a este conceito A teoria do capital humano surge nos anos 50 nos Estados Unidos e está presente até hoje como referência. Este conceito relaciona a flexibilidade dos indivíduos e a "acumulação" de conhecimento, com sua produtividade como trabalhadores. A educação é vista como um investimento a ser feito para aumentar a produtividade dos indivíduos que por sua vez teriam o capital humano para atuar como trabalhador. Quanto mais capital humano, mais possibilidade de ascensão social. As críticas pontuam que esse pensamento coloca o indivíduo como uma máquina que tem apenas a função de produzir, desconsiderando sua subjetividade, seu pensamento crítico desenvolvido ao longo do seu aprendizado, bem como as relações políticas e econômicas envolvidas nesse processo. Além disso, essa teoria coloca como verdade a relação entre estudo e garantia de ascensão social.
3) Discuta as proposições que sugerem que as despesas com a educação
pública podem ser vistas como um investimento em capital humano? A partir das leituras realizadas qual a sua opinião sobre este tema? De algumas décadas para cá houve a implementação de algumas políticas educacionais voltadas para a aproximação do funcionamento da escola pública ao funcionamento das redes privadas. Isso fez com que cada vez mais a educação passasse a ser vista como mercadoria. Além disso, a lógica de produção em cadeia também foi esperada, de modo que as mudanças implementadas pediam por resultados. Os resultados esperados recaiam também sobre o aprendizado dos alunos, culpabilizando as escolas e profissionais com recompensas ou a falta dela caso os medidores não fossem alcançados. Cada etapa da educação é colocada como preparação para a próxima etapa de ensino, até chegar no momento de trabalhar. Nessa perspectiva, a escola, a qual reproduz em certa medida a lógica capitalista, é empurrada a produzir indivíduos prontos para o trabalho. Isso fica mais explícito quando se olha para a reforma do ensino médio, com a intenção de enviesar o ensino, voltando-o para áreas específicas mais “úteis” para a área de atuação que o aluno gostaria de seguir. Também é possível visualizar a educação pública sendo vista como um investimento em capital humano quando são subsidiadas vagas em escolas privadas para alunos vindos de escola pública. Ou também nas tentativas de privatização do ensino superior, por exemplo. Acredito que a educação não deveria ser vista nem como um serviço, na lógica de compra e venda, nem como preparação para o trabalho, mas sim como um direito de todos, como algo que garanta acesso a diversos conhecimentos construídos pela humanidade, bem como um lugar que promova o desenvolvimento de pensamento crítico, autonomia e consciência de classe.
4) Sumarize a partir da análise desenvolvida por Jacques Velloso as
principais mudanças ocorridas nas temáticas e estudos referentes ao financiamento da educação. - Pesquisas internacionais sobre financiamento se consolidam nas décadas de sessenta e setenta; - A teoria neoclássica surge para falar sobre o setor privado, mas um dos principais textos da época, “A Economia da Educação Pública”, era voltado para o funcionamento do setor público; - A obra era voltada para pensar na obtenção de recursos e na eficiência dos gastos. Dessa forma podia-se pensar diretrizes para os governos estaduais e locais; - Na década de 90 as preocupações com os níveis de recursos necessários para o funcionamento da escola, bem como a eficiência e equidade foram mantidas; - Em relação a equidade, no ensino superior eram presentes duas possibilidades, em alguns países a de empréstimo feita pelos estudantes e ligada a renda familiar, em outros com o governo bancando a maior parte dos gastos dos alunos; - A questão do custo médio por aluno foi levantado nas décadas de 80 e 90; - Nessa época os estudos foram voltados para empréstimos a estudantes, equidade, custos da educação, bolsas de estudos, avaliação e financiamento; - Começou a ser pensado a responsabilidade do estado sobre o financiamento da educação pública, tornando as verbas públicas como um dos grandes objetivos de análise, tanto no Brasil quanto internacionalmente; - As pesquisas no Brasil nessa época estão em grande parte direcionadas ao ensino fundamental, sistemas de ensino e ensino superior; - O aumento de verbas destinadas ao setor privado no Brasil também fez com que surgissem mais pesquisas sobre privatização, diferente das tendências internacionais. Isso se deve a vinculação de recursos para educação feitos pela constituição; - Devido a implementação do FUNDEF acredita-se que aumentarão as pesquisas sobre equidade e eficiência na alocação e distribuição dos recursos; - Também investigou-se outros fundos de investimento, bem como parcerias para subsídios de vagas em escolas privadas.