Biografia

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Biografia

Nasceu em 1953 no município de Itabirinha, no estado de Minas Gerais, na região do Médio Rio


Doce. Aos dezessete anos de idade, mudou-se com sua família para o estado do Paraná, onde
se alfabetizou e se tornou produtor gráfico e jornalista. Na década de 1980, passou a dedicar-se
exclusivamente ao movimento indígena. Em 1985, fundou a organização não
governamental Núcleo de Cultura Indígena, que visa a promover a cultura indígena. Teve
emenda popular assegurando sua participação no Congresso Nacional do Brasil para o processo
constituinte em 1986.[5]

Ailton Alves Lacerda Krenak, mais conhecido como Ailton Krenak, é de origem do
povo Krenak, de Minas Gerais. Hoje, aos 67 anos, é pesquisador, ambientalista,
escritor, líder indígena conhecido nacionalmente e internacionalmente pela atuação
na preservação dos povos indígenas e a questões ambientais.

Em uma de suas obras mais conhecidas O amanhã não está à venda - disponível


gratuitamente para usuários Kindle - Krenak faz reflexões sobre o impacto da
pandemia do coronavírus, questiona o desejo pela "volta à normalidade”. Segundo
ele, essa normalidade devasta o planeta e perpetua a desigualdade entre os povos.
Na obra, Krenak observa:

“A natureza segue. O vírus não mata pássaros, ursos, nenhum outro ser, apenas
humanos. Quem está em pânico são os povos humanos e seu mundo artificial, seu
modo de funcionamento que entrou em crise." 

Em Ideias para adiar o fim do mundo, de 2019, resultado de duas conferências e


uma entrevista, Krenak nos apresenta sua visão sobre como nos desconectamos da
natureza:

"Fomos nos alienando desse organismo de que somos parte, a Terra, e passamos a
pensar que ele é uma coisa e nós, outra: A Terra e a humanidade. Eu não percebo
onde tem alguma coisa que não seja natureza. Tudo é natureza. O cosmos é
natureza. Tudo em que eu consigo pensar é natureza”, descreve no livro. 

Livros publicados

A VIDA NÃO É ÚTIL (2020)

IDEIAS PARA ADIAR O FIM DO MUNDO (NOVA EDIÇÃO) (2020)


Uma parábola sobre os tempos atuais, por um de nossos maiores pensadores
indígenas.

IDEIAS PARA ADIAR O FIM DO MUNDO (2019) Uma parábola sobre os tempos


atuais, por um de nossos maiores pensadores indígenas.

Neste livro, o líder indígena critica a ideia de humanidade como algo separado da
natureza, uma "humanidade que não reconhece que aquele rio que está em coma é
também o nosso avô".

Essa premissa estaria na origem do desastre socioambiental de nossa era, o


chamado Antropoceno. Daí que a resistência indígena se dê pela não aceitação da
ideia de que somos todos iguais. Somente o reconhecimento da diversidade e a
recusa da ideia do humano como superior aos demais seres podem ressignificar
nossas existências e refrear nossa marcha insensata em direção ao abismo.

"Nosso tempo é especialista em produzir ausências: do sentido de viver em


sociedade, do próprio sentido da experiência da vida. Isso gera uma intolerância
muito grande com relação a quem ainda é capaz de experimentar o prazer de estar
vivo, de dançar e de cantar. E está cheio de pequenas constelações de gente
espalhada pelo mundo que dança, canta e faz chover. [...] Minha provocação sobre
adiar o fim do mundo é exatamente sempre poder contar mais uma história."

Desde seu inesquecível discurso na Assembleia Constituinte, em 1987, quando


pintou o rosto com a tinta preta do jenipapo para protestar contra o retrocesso na
luta pelos direitos indígenas, Krenak se destaca como um dos mais originais e
importantes pensadores brasileiros. Ouvi-lo é mais urgente do que nunca.
Ideias para adiar o fim do mundo é uma adaptação de duas conferências e uma
entrevista realizadas em Portugal, entre 2017 e 2019.

 Ailton Krenak (Encontros). Organização de Sergio Cohn. Rio de Janeiro: Azougue,


2015
 O amanhã não está à venda. São Paulo: Companhia das Letras, 2020.[19]
 Lugares de Origem, com Yussef Campos. Editora Jandaíra, 2021

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