AED Teologia
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a) A letra da canção Pulso, pode ser entendida, como uma crítica à “patologização da
vida? Por quê? O que mais lhe chama atenção desta poesia escrita em 1989 por Arnaldo
Antunes outros autores(Titãs)? (Patologização, significa ato ou efeito de patologizar, de
transformar em doença ou anomalia, mesmo que não seja. Exemplo: patologizar o
homossexualismo é um ato criminoso.)
O que mais me chama atenção na letra na canção pulso é a forma como é retratado um
tema tão pesado, além disso a como há uma verdade escondida ao colocar o corpo
como uma máquina que é pouca perto de tanto que nela é colocado(doença) e que
mesmo assim ainda vive. O processo de potologização é na minha opinião o grande
mal do século, pois torna o corpo dono de algo, que na maioria das vezes ele e não
tem, e o culposo por ser o abrigo de tantas “enfermidade”, e nesse ciclo de fato entram
doenças que transformam uma “bola de neve” essa realidade sem fim.
b) A fantástica e profunda poesia de Arnaldo Antunes apresenta uma série de patológicas
clínicas, intercaladas com patologias da alma, do espirito. Interessante notar como há
algumas patologias que podem ser interpretadas como doenças ou questões emocionais.
Faça uma relação das patologias clinicas e das patologias da alma, emocionais.
O ser humano deve ser visto na sua totalidade com tudo aquilo que o engloba, em uma visão clínica
a doença tem suas estruturas que muitas vezes se encadeiam em âmbitos emocionais. Como na letra
e mostrado “asma”, porem também é apresentado “raiva”. Mas haja vista o tema supracitado temos
que analisar o fato que a primeira é de fato uma condição exclusiva e patológica, todavia a outra é
um sentimento que é inerente ao ser humano e em seu grau normal é apenas uma condição, e não
algo patológico.
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Pandemia e espiritualidade
A vida é cheia de imprevistos. No âmbito pessoal, fracasso, perda de
amizades, doença, morte. No global, eventos que nenhum analista ou futurólogo
prevê, como as quedas do Muro de Berlim e das Torres Gêmeas, de Nova York.
Também ninguém suspeitou de que, em pleno século XXI, com todos os recursos
da ciência, a humanidade seria ameaçada por uma pandemia.
Isso me faz lembrar o cerco de Jerusalém pelos romanos, no ano 70. Chegou
um momento em que o rico oferecia um pote de ouro em troca de um pedaço de
pão…
O Coronavírus nos obriga a nova espiritualidade e atitude diante da realidade.
Não faz distinção de classe, como a gastroenterite, que mata milhares de crianças
desnutridas, nem de orientação sexual, como a aids, que atingia majoritariamente
homossexuais. Agora somos todos vulneráveis, embora variem as faixas etárias e
situações de risco.
O vírus iguala todos. Mas não nivela caráteres. O casal burguês que nunca se
deu ao trabalho de entrar na cozinha ou limpar a casa, agora se vê forçado a
arregaçar as mangas ou correr o risco de ter o vírus trazido por um dos
empregados. O relapso não segue instruções das autoridades sanitárias, e o egoísta
compra na farmácia todo o estoque de álcool gel e máscaras.
Conheço uma jovem que, no prédio em que mora, se ofereceu aos moradores
vulneráveis para ir às compras por eles, sem nada cobrar. Outra espalhou seu
número de telefone para os idosos isolados terem com quem conversar. Um casal
de advogados vai de carro todas as manhãs buscar a cozinheira na periferia, e levá-
la de volta à tarde, para evitar que use transporte coletivo. Três famílias vizinhas
a um hospital decidiram preparar lanches para enfermeiros e médicos que dobram
a carga horária. Na Itália, vizinhos chegam à janela no fim da tarde e cantam em
coro. Igrejas, mesquitas, sinagogas, abrem suas portas a quem vive na rua e
necessita de cuidados higiênicos. Enfim, são inúmeros os exemplos de
generosidade e solidariedade nesse período em que estamos todos potencialmente
ameaçados.
Esses gestos têm sua fonte na espiritualidade, ainda que sem caráter religioso.
Espiritualidade é a capacidade de se abrir amorosamente ao outro, à natureza e a
Deus. E o que ela melhor nos ensina é o desapego, o segredo da felicidade. Rico
não é quem tem tudo, dizia Buda, e sim quem precisa de pouco.
Carlos Alberto Libânio Christo, Frei Betto é escritor, autor de “Fome de Deus –
espiritualidade no mundo atual” (Paralela/Companhia das Letras), entre outros livros.
Fonte deste texto: https://ceseep.org.br/pandemia-e-espiritualidade-frei-betto/
O momento atual, com o contexto pandêmico, na minha visão é como uma luz
na escuridão é um respirar em meio ao mar. Sinto que a sociedade vivia em um
completo “afogamento”. Sabe quando olhamos uma criança se debatendo em
uma piscina rasa, onde ela só precisa parar, se acalmar para perceber que ali
também é seguro. È dessa forma que enxergava a sociedade pré pandêmica, sem
tempo, nem raciocínio para parar e perceber tudo o que está ao redor. A pandemia
nos trouxe tempo. E é natural que nesse “tempo de sobra” aquele ditado popular
tome vez: “Cabeça vazia oficina do diabo”. Creio que esse ditado faça sim sentido
se esse ‘diabo’ se referir ao transcendente, a algo que fuja da na nossa realidade.
Tivemos tempo para pensar em morte, vida, nascer, morrer, adoecer, sofrer...
Com isso a fé se tornou um esteio para muitos, pois é através dela que esses
assuntos tão pesados e naturais podem ser tratados ser enlouquecermos. Agora
trago um exemplo pessoal, pois com o Covid-19 perdi uma prima de apenas 34
anos que deixou uma filha de 04. A princípio quando fiquei sabendo, não
consegui viver o luto, pois não teve velório. Porem na missa de sétimo dia, eu
parei. Ali tive o tempo que precisava para refletir coisas que considera difícil e
repensar minha vida e principalmente minha e principalmente o que eu poderia
fazer para ajudar a filha dela. E naquele momento, com todos aqueles sentimentos
e duvidas eu considero que elevei minha espiritualidade.
Escuridão já vi pior
De endoidecer gente sã
Espera que o sol já vem…
Quem acredita
Sempre alcança…
Escuridão já vi pior
De endoidecer gente sã
Espera que o sol já vem…
Quem acredita
Sempre alcança…(7x)