Como Distribuir Curtas Clipes e Webséries - Marcelo Engster

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 30

MARCELO ENGSTER

COMO
DISTRIBUIR
CURTAS,
CLIPES E
WEBSÉRIES
Um passo a passo para que o seu
produto audiovisual alcance o
público alvo e seja rentável
INTRODUÇÃO
O fundamento básico de um filme, uma música ou outro
produto audiovisual é a comunicação. Nós que
trabalhamos na área o fazemos, em sua maioria, para falar
algo. Sempre temos alguma coisa para dizer para alguém.
Temos um público a ser atingido. Seja ele de massa ou
apenas nossa família e amigos, queremos comunicar.

Não é novidade que o cinema nacional, principalmente


curta e média metragens, sofre com a falta de opções para
a distribuição. Enquanto não é cumprida a Lei do Curta,
que estabelece a exibição de um curta brasileiro antes de
um longa nas salas de cinema, a lei 12.485, que obriga
canais a cabo a exibirem conteúdo nacional, ainda não
consegue dar conta de tamanha produção curta-
metragista. Como então chegar ao público desejado?
Como fazer para o que eu tenho para falar atinja o maior
número de ouvintes?

Alguns curtas e clipes conseguem quebrar essas barreiras


e se tornam verdadeiros sucessos em festivais ou na rede.
Precisamos perguntar o que esses casos de sucesso estão
fazendo. Existem alguns passos básicos que eles seguem e
irei apresentar nesse e-book. Bora bombar?
O QUE É O
SEU
PRODUTO?
SAIBA TUDO DO SEU CURTA,
CLIPE OU WEBSÉRIE
Você sabe absolutamente tudo sobre o seu curta, clipe ou
websérie? Pois aposto que assim que começar a cadastrar
seu projeto em festivais ou tentar vendê-lo vai se
surpreender com a quantidade de informações solicitadas
pelos eventos e canais de distribuição. Antes de jogar seu
filme pro mundo junte todas as informações possíveis
sobre ele.
            É importante manter uma pasta de fácil acesso com
ao menos esses arquivos:
- Arquivo de texto com título, ano, duração, sinopse,
equipe, local de produção, informações técnicas, da
produtora e do(a) diretor(a), e links do filme. Disponibilizei
aqui um modelo de Word com as informações básicas
(pode acontecer de algum festival solicitar informações
além das que estão nesse modelo, porém estar com essas
em mãos vai facilitar bastante seu trabalho).
- Links para seu filme. Sugiro manter um link não listado
no YouTube, outro com senha no Vimeo e mais um, com o
arquivo para a exibição (.MOV ou .MP4 com codec H264),
no Google Drive (link compartilhável) ou similares.
- Três fotos still (em alta qualidade, de preferência em
300dpi). Vale a pena sempre tirar ao menos meia hora nas
gravações para fazer algumas fotos still, com uma boa
máquina ou um celular com uma boa câmera. Caso não
seja possível, chame o(a) protagonista em outro dia e faça
algumas fotos. Só em último caso, utilize frames do filme.
- Duas fotos do diretor (em alta qualidade, de
preferência em 300dpi).
- Pôster. Lembra daquela propaganda de refrigerante,
“Imagem não é nada, sede é tudo”? Pois aqui vai um
pequeno segredo: no audiovisual é completamente o
oposto. E possuir uma boa imagem do seu produto vai te
ajudar bastante. Imagine ser curador de um festival e
receber centenas de filmes pra ver em pouco tempo?
Talvez você precise otimizar seu tempo e escolher quais
filmes ver primeiro. Antigamente recomendavam enviar os
DVDs em uma caixa caprichada para chamar a atenção
dos jurados logo de cara. Agora, com os envios virtuais,
essa função foi transferida para os pôsteres. Portanto, não
deixe relegada essa importante parte da sua divulgação
para aquele sobrinho que sabe mexer no Photoshop. Eu,
por exemplo, mantenho parceria com o Bruno Cirolini, um
designer profissional (caso tenha interesse, entre em
contato com ele nesse e-mail [email protected]).
Outra possibilidade é usar o Canva que já tem modelos
prontos para editar. E aqui deixo um modelo em
Photoshop no qual você só precisa substituir as
informações pelas do seu filme.
É muito importante que você tenha o pôster em alta
qualidade. O formato padrão é na vertical, de preferência
folha  A3 (42 x 29,7 centímetros). Mais uma vez, é
importante ter produzido fotos still em alta definição
durante as gravações, pois frames retirados do material
gravado não dão conta nessas medidas.
Lembre também de inserir a equipe e logo da produtora
(ou coletivo). Deixe também um espaço para ir
adicionando os louros dos festivais que o filme participou,
isso ajuda a chamar ainda mais atenção para seu filme.
Deixei aqui um modelo de louros em Photoshop, você só
precisa substituir com as informações dos festivais.
EXEMPLOS DE PÔSTERES
PRODUZIDOS PELO BRUNO:
- Trailer. Tão importante quanto o pôster para chamar
atenção para o seu filme, tanto dos juris quanto do
público. Por isso, vale a pena investir um tempo na
produção de um. Alguns exemplos de trailers de curtas e
webséries (clique nas imagens para assistir):
- Festivais universitários solicitam também comprovante
de matrícula, alguns de até três membros da equipe.
- Alguns festivais pedem mais documentos, já vi solicitarem
até cópia de RG e CPF, assinatura de todos os membros
da equipe técnica na ficha de inscrição entre outras coisas,
mas é bem raro. Tenha ao menos cópias digitalizadas
dos documentos do(a) diretor(a) e produtor(a).
- Outros solicitam CPB e classificação indicativa do
Ministério da Justiça. Ambas são simples de conseguir,
mas é bom fazer com antecedência.  O CPB é o Certificado
de Produto Brasileiro emitido pela Ancine. Você só
consegue vender seu filme para canais de televisão se
tiver o certificado. Como em alguns festivais os prêmios
são a aquisição por algum canal é importante solicitar
assim que o curta estiver pronto. Fiz um tutorial ensinando
como você pode requerer o CPB no site da Ancine, acesse
aqui.
- Se possível, legende seus filmes, ao menos em inglês e
espanhol. Para cada legenda tenha uma cópia exportada,
uma pasta com os arquivos traduzidos e novos links no
YouTube, Vimeo e Drives.
FESTIVAIS
Se tem uma experiência incrível no mundo audiovisual são
os festivais. Participar desses eventos, mesmo por menor
que seja, dá experiência, faz seu nome rodar e ser
conhecido, ajuda a aprender sobre seu próprio filme, a
entender melhor os festivais, conhecer uma galera bacana
e algumas vezes viajar de graça!

Sei que é bacana participar de Cannes, Sundance,


Gramado ou qualquer um dos grandes. E sei que cada um
sabe de seu filme. Mas muita gente, principalmente quem
está iniciando, mira apenas esses festivais e acaba se
frustrando pela não seleção. E isso não quer dizer que não
seja um bom filme. Precisamos lembrar que existem
milhares de realizadores e os filmes deles possivelmente
conversam melhor com a proposta daquele festival do que
o seu. Parta para o próximo e aceite que essa era a vez de
outro autor exibir sua obra.

Eu ainda acredito que um curta, principalmente as


primeiras obras, deva ser exibido no máximo de lugares
possível. Por isso trato todos os festivais e mostras com o
mesmo carinho que qualquer um dos grandes. A não ser
que seja um arrasa quarteirão, é bem possível que sua
obra não entre nos primeiros festivais. Muitos desistem de
inscrever os filmes depois das três primeiras recusas. E
algumas vezes a primeira seleção só acontece depois de
meses. Em média realizo 50 inscrições para uma seleção
(50 pra UMA!). Ou seja, rodar festivais dá uma trabalheira
danada. Você precisa investir horas e horas lendo editais e
regulamentos, preenchendo formulários, arrumando os
arquivos para as especificações de cada festival, etc.

Festivais de curtas, clipes e webséries possuem algumas


diferenças entre si:
CURTAS
Um curta-metragem tem uma vida de dois anos em festivais. Se
seu filme foi finalizado em agosto de 2020 você conseguirá
inscreve-lo na maioria dos festivais até agosto de 2022. Alguns
poucos festivais, como a Mostra do Filme Livre, não se importam
com a data de finalização do filme e é possível inscrever obras
de qualquer ano.

Existem festivais de gênero. Universitários, LGBTQI+, de


mulheres, ambientais, de terror, infantis, videodança, são alguns
dos gêneros com o maior número de eventos específicos.
Descubra se seu filme faz parte de um (ou faça um filme
direcionado) e foque seus esforços nos festivais que se
encaixam nele. Fique atento aos regulamentos, isso permite que
você não perca tempo inscrevendo em festivais nos quais seu
filme não tem o perfil, principalmente nos quais a inscrição é
paga. Com o tempo você vai aprendendo o que cada festival
espera dos filmes, a lógica por trás da curadoria de cada evento.
O Oregan Festival, por exemplo, disponibilizou as guias que
regem sua seleção e premiação. Você pode realizar o download
desse material aqui (em inglês).

CLIPES
Em geral, festivais de videoclipes preferem aqueles que contam
uma história, que não tenha apenas a banda tocando. Não é a
principal forma de distribuição de clipes, porém é sempre
bacana participar. Os festivais não se importam com o vídeo
estar liberado na internet.

WEBSÉRIES
Praticamente todos os festivais de webséries são pagos. Porém
os eventos e as premiações valem o valor investido. E as séries
podem (e devem) estar liberadas na internet ou em alguma
plataforma paga de streaming.
Mas e como chegar aos festivais? Pelo mundo são
milhares de festivais e mostras. Como encontro esses
festivais? Atualmente existem diversas maneiras de
acompanhar quais festivais estão com inscrições abertas.
Você pode verificar sites especializados, usar plataformas
específicas, ver no feed de notícias do Facebook ou ainda
receber direto no seu celular em grupos no WhatsApp.
Recomendo que acompanhe de todas as formas possíveis
para ter acesso ao maior número de festivais.

SITES
Guia Kinoforum: guia com os principais festivais internacionais.
http://www.kinoforum.org.br/guia/

Film Festivals Deadlines: apresenta os festivais que estão com


as datas de inscrições próximas do encerramento
https://www.filmfestivalsdeadlines.com/

PLATAFORMAS
São portais dedicados à inscrição em festivais. Vale pra curtas,
clipes e webséries. É necessário fazer o cadastro do filme
apenas uma vez e depois só ir indicando quais festivais você
quer inscrever. É a forma mais prática de enviar material aos
eventos.

Filmfreeway: não cobra pelo envio. A maioria dos festivais na


plataforma é gratuito (é possível configurar para ver apenas
esses), mas alguns cobram taxas, verifique com cuidado. Indico,
caso tenha o filme legendado, que faça uma inscrição para cada
língua que você tenha traduzido, os festivais gostam de receber
o material de acordo com seus países.

Existem outros portais nos mesmos moldes do Filmfreeway,


mas que cobram taxas pelo envio. Depende de você achar se é
válido ou não investir dinheiro. Alguns deles:
https://festhome.com, https://www.filmfestivallife.com
https://www.clickforfestivals.com, http://festival.movibeta.com
PÁGINAS NO FACEBOOK
Recam: divulga festivais da América Latina (além de editais na
região): https://www.facebook.com/recam.mercosur/

Festivais e Mostras - Curtas Brasileiros: divulgação de


oportunidades festivais, eventos, mercado, capacitação:
https://www.facebook.com/FMCurtasBrasileiros

WHATSAPP
Receba os festivais direto em seu celular participando destes
grupos no Whatsapp:

Mirador:
https://chat.whatsapp.com/Lj6To3kMtfj32G7KJB5Evw
Tô Dentro:
https://chat.whatsapp.com/G4p9WIlxdXzBQY4zHWBGsM

Vale a pena acompanhar as suas inscrições realizadas.


Aqui você pode baixar uma planilha com dados como
nome do festival, contato, data de divulgação dos
selecionados e data do festival. Assim você tem uma ideia
melhor de quantos e quais festivais foi inscrito. Quando
eu recebo a notícia de uma seleção eu marco a linha do
festival em verde e quando não selecionado deixo a linha
em vermelho.
STREAMING
Não é novidade alguma que o streaming é essencial para clipes
e webséries. Mas e para curtas, vale a pena?

CURTAS
A resposta é sim, vale. Existe muito receio em disponibilizar os
filmes na internet por alguns festivais não aceitarem os curtas
livres na rede. Isso, porém, pode ser contornado com a
estratégia certa.

É preciso medir o quanto seu filme precisa dos festivais. Qual é


o público que você deseja atingir? Qual o seu objetivo com o
filme? Caso você acredite que sim, é preciso passar pelos
festivais, mas se em algum momento deseja atingir o grande
público, pode rodar pelos eventos durante um ano e, só após
isso, abrir na internet. Participações em festivais (e possíveis
prêmios) podem, inclusive, ajudar a divulgar na rede. Mas se
você está ansioso, acredita que seu curta tem potencial no
streaming (o que não lhe impede de participar de festivais, já
que vários não se importam mais se está ou não online), é
importante ter alguma noção do funcionamento das
plataformas e que materiais bombam. Vamos estudar alguns
casos de sucesso:
MAMÁ – 2008
Em 2008 o curta espanhol, com direção do argentino Andy
Muschietti, assustou milhões no YouTube. Guillermo del Toro
apadrinhou o diretor e foi produtor executivo da versão longa
de Mamá.
Muschietti agora mantém uma sólida carreira em filmes de
terror nos Estados Unidos. (clique na imagem para assistir)

ATAQUE DE PÁNICO! – 2009


O filme uruguaio de ficção científica apresenta uma invasão de
robôs gigantes em Montevideo. O curta tem quase 8 milhões de
views no YouTube e caiu nas graças de Sam Raimi. Tanto que
convidou o diretor Fede Alvarez para dirigir o remake de “A
Morte do Demônio”. Hoje Alvarez é um concorrido profissional
de Hollywood (clique na imagem para assistir)
LIGHTS OUT – 2013
Lançado no festival Bloody Cuts Horror Challenge, onde David F.
Sandberg recebeu o prêmio de melhor direção, o filme bombou
no YouTube somando 1 milhão de views em poucos dias. O
curta chamou a atenção de produtores de Hollywood, que
bancaram a produção de um longa baseado na história dirigido
pelo próprio Sandberg. Hoje o sueco é responsável por filmes
como Shazam! (clique na imagem para assistir)

EU NÃO QUERO VOLTAR


SOZINHO – 2010
O curta brasileiro primeiro fez o caminho dos festivais,
arrebatando dezenas de prêmios. Depois foi disponibilizado no
YouTube onde viralizou. O sucesso do filme ajudou o diretor
Daniel Ribeiro conseguir fundos para a realização de um longa
baseado na história. (clique na imagem para assistir)
O streaming, portanto, se mostra um ótimo aliado dos
curtas-metragens, alavancando inclusive a carreira dos
diretores. Importante notar que todos são filmes de
gênero: ficção científica, terror e temática LGBTQI+. Esse
dado é fundamental para entender parte do seu sucesso,
visto que já tinham um público cativo.

Porém, para lançar um curta no YouTube é preciso


planejamento e estratégia. A plataforma é muito
concorrida e é necessário se destacar no meio de tanto
conteúdo. Em primeiro lugar você deve entender como o
site funciona, quais são as métricas usadas para alavancar
um vídeo. Procure aprender SEO para YouTube, palavras-
chave de cauda longa e otimização de título e descrição.
Como essa é uma matéria longa, indico este curso online.

Você também pode enviar seu curta para canais


especializados, que já contam com um público fiel. É o
caso do Dust, canal focado em ficção científica, com 1
milhão e 700 mil inscritos. Os curtas postados lá
costumam passar dos 100 mil views. Se você possui um
filme no gênero (legendado em inglês) pode inscrevê-lo
aqui.

Especializado em curtas nacionais, o Kinobox tem um


trabalho bacana de potencializar o alcance dos filmes
postados, e ainda remunera os realizadores baseado na
quantidade de views. Envie sua obra para o Kinobox aqui.
CLIPES
Diferente dos curtas, o ambiente natural de divulgação dos
videoclipes é o streaming. O clipe precisa estar nas redes para
existir. E o seu sucesso depende de diferentes fatores, como o
público cativo que a banda tem, a criatividade do realizador em
produzir algo totalmente novo e investimento financeiro. Sim,
para realizar uma boa distribuição de um videoclipe é preciso
colocar algum dinheiro. O alcance orgânico, aquele que se dá
sem investimento, está caindo nas plataformas. YouTube,
Facebook e Instagram, as principais redes para videoclipes,
estão priorizando conteúdo pago em detrimento do resto. Sei
que muitos artistas têm resistência em investir em propaganda
de seu material, porém essa é uma área onde não há muita
saída se o clipe é de uma banda nova ou pouco conhecida. E,
para além do pagamento, é preciso ter um mínimo de
estratégia e conhecimento das plataformas.

YOUTUBE
Quando se pensa em videoclipes, o primeiro streaming que vem
à cabeça é o YouTube. Porém atualmente a concorrência é
enorme, a plataforma dificultou a vida de novos vídeos e ela
não é mais a principal fonte de consumo e divulgação de
músicas, principalmente para novas bandas ou músicos com
um público ainda não firmado. O YouTube virou uma
plataforma de busca e não de descoberta de conteúdos novos.
Nessa rede as pessoas procuram aquilo que já conhecem.
Fazer com que um conteúdo bombe é bastante dispendioso.
Em geral são necessários R$ 3.000 para chegar em 100 mil
visualizações. E para alcançar esses resultados é importante
entender de SEO para YouTube (indicamos este curso).

Mas é importante, sim, que o material esteja na plataforma. Ela


serve para atrair um público em um segundo momento.
Atualmente está sendo mais vantajosa a divulgação no
Facebook e Instagram.
FACEBOOK E INSTAGRAM
Mesmo que pareça em decadência, o Facebook ainda é a
principal plataforma para divulgação de novos conteúdos. E o
seu gerenciador de anúncios é um dos mais inteligentes e
efetivos da internet. Isso ainda é muito importante para um
conteúdo que precisa ser descoberto, que quer chegar até o
público, chamar a atenção dele.

Infelizmente, como mencionado antes, o Facebook dá


preferência a conteúdos pagos. Portanto, para chegar até o
público é preciso investir algum dinheiro. Porém os custos são
bem menores do que o YouTube. Com R$ 300 por mês é
possível chegar numa média de 100 mil visualizações. E, além do
investimento, é preciso entender como a plataforma funciona,
como usar o gerenciador de anúncios e estudar o
comportamento do seu público nas redes sociais. Sabendo
como segmentar público e usar o algoritmo você pode atingir
em cheio pessoas que curtem o mesmo estilo musical da banda
ou do músico do seu clipe. Para se aprofundar no assunto,
indico esse curso.

Outra importante questão do Facebook e Instagram é que eles


não ajudam links que levam para fora de suas plataformas.
Portanto é mais interessante subir o vídeo nelas do que postar
o link do YouTube. E para usar todo o potencial do Facebook a
dica é criar vídeo quadrado com um título chamativo na
headline, o clipe centralizado na horizontal e legenda embaixo. O
gerenciador de anúncios do Facebook também serve para o
Instagram – portanto, usando a mesma ferramenta, o vídeo que
você postar em uma plataforma pode divulgar na outra.
WEBSÉRIES
Assim como nos videoclipes, as webséries precisam estar nas
plataformas de streaming. E é necessário investimento em
propaganda caso queira fazer distribuição independente em
plataformas como YouTube, Facebook e Instagram.

Exemplos de sucesso na rede, como as séries do Porta dos


Fundos, a Nerd Of The Dead (OmeletTV) , e Eva’s Stories,
contaram com aporte de grandes mídias que divulgaram as
produções para um público enorme. Mas e como se destacar
em um cenário como esse? É preciso um trabalho de muita
criatividade procurando atrair mídia com um bom trailer,
material de making of e mesmo eventos de interação com o
público. E, sim, é preciso estudar muito como funcionam os
algoritmos de divulgação dessas redes sociais, usar a
plataforma de ads delas e o comportamento de seu público.
Como não existem cursos específicos voltados para webséries,
indico os mesmos que para videoclipes.

Além disso, existem as plataformas de conteúdo pago, como a


Amazon Prime e o Bigop. Nelas você ganha por acesso ao seu
material e é possível enviar seu conteúdo para análise
facilmente.

AMAZON PRIME
Concorrente direta da Netflix, a Amazon Prime possui um
catálogo gigantesco de produções. Muito disso se deve ao fato
de ser fácil enviar seu material pra plataforma. Através do site
videodirect.amazon.com você realiza um cadastro e pode
enviar sua série ou filme. É necessário ter legendas em inglês
(em srt com timecode), sinopses em inglês além de uma capa
16x9 e uma 4x3 para cada episódio. Você ainda escolhe qual
precificação deseja usar. Fiz um passo a passo ensinando a
enviar seu material para a plataforma, acesse aqui.
BIGOP
A plataforma argentina Bigop também é uma boa opção para
quem deseja ter sua série em um streaming pago. Eles utilizam
diversas formas de remuneração. Conversei com Nicolas
Cacciavillani, fundador e CEO da Bigop, e ele comentou que
“Nossa preferência é por séries, mas estamos abertos a avaliar os
mais variados estilos de conteúdo. É primordial que o material seja
de qualidade. Os produtores interessados poderão entrar em
contato através do nosso e-mail: [email protected] A Bigop.tv foi
desenvolvida para oferecer oportunidade de distribuição e difusão
para produtores do mundo todo, e será um prazer conhecer o
trabalho de mais produtores.”
CANAIS DE
TELEVISÃO
Essa talvez seja a principal forma de remuneração para
curta metragens e séries.  Com a lei 12.485, que obriga a
exibição de um determinado número de horas de
conteúdo nacional, os canais precisam de bastante
material brasileiro. Mas nem sempre é fácil chegar até
eles. Alguns canais escolhem curtas em festivais (quando a
remuneração tende a ser maior do que em uma
negociação direta), pitchings e em eventos de
licenciamento. Porém outros facilitam nossa vida e
aceitam o envio de curtas e séries através de seu site.
Procure conhecer a grade do canal e que tipo de
conteúdo ele veicula. É imprescindível ter CPB para
realizar a venda, tanto para curtas, como para clipes e
séries. Veja aqui como requerer o registro.

Esses são alguns canais que possibilitam o envio de


material através do site:

CURTA!
Segundo o próprio canal:
“O Canal Curta! valoriza projetos com pesquisa apurada,
tratamento consistente e linguagem estética original. Buscamos
conteúdos que provoquem a reflexão, gerem debate e lancem
novos olhares sobre eventos e personagens expressivos da nossa
história ou analisem questões urgentes do mundo contemporâneo,
sem embarcar em um Fla-Flu ideológico.
Conteúdos que forneçam abordagens analíticas
Sobre a estrutura, consideramos importantes os depoimentos de
especialistas de renome e de diversos atores sociais relacionados
ao assunto em discussão - principalmente para os conteúdos que
compõem a Quinta do Pensamento e a Sexta da Sociedade. No
entanto, apreciamos, sobretudo, abordagens imagéticas que se
afastem das usuais talking head das reportagens de TV.
Nossa grade de programação é estruturada em torno dos
seguintes grandes temas: música, arte, cinema, pensamento e
sociedade."
Envie aqui: http://canalcurta.tv.br/envieseuprojeto
CINEBRASILTV
Segundo o próprio canal, eles procuram:
“Documentários autorais investigativos, que trazem ao espectador
o que a grande mídia se furtou a fazer. Séries ficcionais inéditas que
refletem comportamentos, conflitos e relações humanas. Séries
documentais que resgatam tradições das curvas do Brasil
profundo.
No CINEBRASILTV a simplicidade e a autenticidade de gente comum
tem estilo: um universo mais quente e humano, consciente e forte,
poético e pop. Um outro mundo é  possível. E ele é mais do seu
jeito.”
Envie aqui:
http://www.cinebrasil.tv/index.php/apresente-a-sua-obra

REDE BOX BRASIL


O site da rede informa o que cada um de seus canais procura:
Prime Box Brazil - obras audiovisuais seriadas, longas, médias e
curtas metragens ficcionais de todos os gêneros; documentais, de
variedades e reality shows. O canal não exibe conteúdos infantis.
Music Box Brazil - obras audiovisuais seriadas documentais, de
variedades e reality shows com temáticas relacionadas ao universo
da música brasileira, abrangendo os mais diversos gêneros
musicais.
Travel Box Brazil - obras audiovisuais seriadas documentais sobre
viagens, de variedades e reality shows podendo ter como pano de
fundo temas como turismo, gastronomia, cultura, esportes, estilo
de vida.
FashionTV - obras audiovisuais seriadas documentais, de
variedades e reality shows e telefilmes documentais com temática
relacionada à moda e à beleza brasileiras.
Envie aqui https://www.boxbrazil.tv.br/inscricao-de-obras/
MÃOS À
OBRA
Agora que você já tem o passo a passo vem a tão
esperada hora de distribuir seu curta, clipe e/ou websérie.
E não vou mentir, é trabalhoso. Mas no fim vale a pena,
jogar seu filme para o mundo é uma experiência
maravilhosa.

Uma última dica. Faça seu filme existir na internet. Tenha


um trailer e ao menos um site ou página em alguma rede
como Facebook e Instagram com as informações da obra.
E existem redes sociais específicas de cinema como o
IMDB, o Filmow  e o Letterboxd. Nelas os usuários podem
fazer listas dos filmes que assistiram, comentar e dar nota.
São ótimos lugares para conhecer seu público. Faça o
cadastro de seu filme e/ou série em todas elas. O envio
para o IMDB é um pouco complicado, portanto fiz um
tutorial explicando como fazer. Acesse aqui.

Então bora jogar teus filmes para o mundo? Espero que a


gente se encontre em algum festival! E, caso queira uma
ajuda profissional, pode contar comigo!
O AUTOR
Graduado em Comunicação pela Universidade Federal de
Santa Maria (RS). Estudou cinema na Escola de Cinema Darcy
Ribeiro (RJ) e nas oficinas do Cinemaneiro (RJ) e do RECAM
(Paraguai). É diretor, roteirista e montador de vídeo e cinema.

Trabalha com distribuição de obras audiovisuais desde 2014.


Entre os materiais distribuídos estão o longa “Eu Não Sou
Napoleão” (2018 – 4 festivais e um prêmio), os curtas
“Sementes” (2014 – 52 festivais em países de todos os
continentes e 3 prêmios, licenciado para os canais Futura,
CineBrasilTv e Canal de la Ciudad de México), “Copinha, Um
Sentimento” (2014 – 7 festivais com 2 prêmios e vendido ao
Canal Brasil e Net Now) e a série “Agora Somos 2” (2015 –
vendida à plataforma de streaming Bigop.tv).

Idealizador e curador das mostras "Made in Paraguai - Mostra


de Cinema Paraguaio", e "Sci Fi Brasil, Eles Estão Entre Nós -
Mostra de Ficção Científica Brasileira”, realizadas na Caixa
Cultural Rio de Janeiro e São Paulo Fez parte dos júris da
"Mostra Universitária do 6º Festival da Fronteira - 2014" e do "II
ROTA - Festival de Roteiro Audiovisual - 2018".

CONTATO
E-mail: [email protected]
Whatsapp: (11) 998796012
www.marceloengster.com.br
Instagram: https://bit.ly/instagram_marcelo
Youtube: https://bit.ly/youtube_engster
NOSSOS CANAIS

Facebook: http://bit.ly/buva_filmes_facebook
Instagram: https://bit.ly/instagram_buva_filmes
Youtube: http://bit.ly/buva_filmes_youtube

Facebook: https://bit.ly/facebook_editora_buva
Instagram: https://bit.ly/instagram_editora_buva

EDIÇÃO E FOTO DE CAPA


Marcelo Engster

REVISÃO E COPYDESK
Ariel Engster
Contato: [email protected]
AGRADECIMENTOS
Ana Caroline Saldanha Martins
Daniel Perrault

Copyright © 2020
Todos os direitos reservados. Todo o conteúdo parcial ou integral
deste e-book não pode ser divulgado para uso público ou privado
sem atribuição dos devidos créditos ao autor.

Você também pode gostar