Mo 2017
Mo 2017
Mo 2017
MECÂNICA E ONDAS
Maio, 2017
1
NOTA INICIAL
2
INDICE
3. Trabalho e energia 34
6. Oscilações harmónicas 67
7. Relatividade restrita 83
7. Ondas 87
3
1. SISTEMA DE COORDENADAS E CINEMÁTICA
PROBLEMA 1.1
Considere uma partícula material que se move em linha recta ao longo do eixo dos xx
de acordo com a lei:
x(t ) = a + bt + ct 2 + dt 3 (m) .
Resolução:
a) Para determinar a dimensão das constantes temos de ter em conta que os termos do
lado direito da lei do movimento têm de ter dimensões de comprimento visto que
[ x(t )] = L . Assim sendo, é fácil de ver que:
[ a ] = L , [b] = LT -1 , [c ] = LT -2 , [ d ] = LT -3 .
( L e T designam, respectivamente, as dimensões de comprimento e tempo).
! !
v(t = 1s) = (b + 2c + 3d ) u x (ms -1 )
!
! d v(t ) "
a (t ) = = (2c + 6dt ) u x (ms -2 )
dt
1
De agora em diante usaremos a notação X! para designar a derivada temporal da quantidade X
sempre que for conveniente.
4
PROBLEMA 1.2
Resolução:
! !
v(t ) = [ (b - cw ) sin(wt ) + btw cos(wt ) ] u x (ms -1 ),
! !
a (t ) = éë(2bw - cw 2 ) cos(wt ) - btw 2 sin(wt ) ùû u x (ms -2 ).
PROBLEMA 1.3
a (t ) = a0 + bt 2 (ms -2 )
Determine:
a) A velocidade do ponto material para t=1s, sabendo que a velocidade para t=0s é
nula.
b) A posição do ponto material para t=1s, sabendo que a sua posição inicial é x0 .
Resolução:
5
bt 3
v(t ) = ò a (t ) dt = ò (a0 + bt ) dt = a0t +
2
+K (1.3.1)
3
bt 3
v(t = 0) = K = 0 Þ v(t ) = a0t + (ms -1 ) (1.3.2)
3
Portanto, o vector velocidade em função do tempo será dado por:
! æ bt 3 ö !
v(t ) = ç a0t + ÷ux (ms -1 )
è 3 ø
æ bt 3 ö a0t 2 bt 4
x(t ) = ò v(t )dt = ò ç a0t + ÷ dt = + + K1 (1.3.4)
è 3 ø 2 12
a0t 2 bt 4 ! æa b ö!
x(t = 0) = K = x0 Þ x(t ) = + + x0 (m) Þ r (t = 1s ) = ç 0 + + x0 ÷ u x (m)
2 12 è 2 12 ø
PROBLEMA 1.4
x(t ) = 2t 3 - 3t 2
(m)
y (t ) = t 2 - 2t + 1
Determine:
6
Resolução:
! ! !
a) Temos que v(t ) = x" (t ) u x + y" (t ) u y . Tendo em conta que x! (t ) = 6t 2 - 6t , y! (t ) = 2t - 2 ,
obtém-se ! ! !
v(t ) = (6t 2 - 6t ) u x + (2t - 2) u y
Para que a velocidade seja paralela ao eixo dos XX terá que se anular a componente
em Y da velocidade, ou seja y! (t ) = 2t - 2 = 0 Þ t = 1s . No entanto, é fácil de ver que a
componente em X da velocidade se anula para t=1s já que x! (t = 1s ) = 0 . Concluímos
então que não há nenhum instante em que a velocidade da partícula seja paralela ao
eixo dos YY.
! ! !
b) A aceleração é a (t ) = "" x(t ) u x + "" x(t ) = 12t - 6 , !!
y (t ) u y . Tendo em conta que !! y (t ) = 2 ,
! ! !
tem-se a (t ) = (12 - 6) u x + 2 u y . Para que a aceleração seja nula, ambas as suas
componentes têm que se anular. Visto que a componente em Y da aceleração ! !é
constante e não nula para qualquer t, nunca se poderá verificar a condição a (t ) = 0 .
Logo, não há nenhum instante de tempo em que a aceleração se anule.
ïì x(t ) = 2t - 3t = 0 ìt = 0 Ú t = 3 / 2
3 2
í Þ í
ïî y (t ) = t - 2t + 1 = 1 ît = 0 Ú t = 2
2
O que nos mostra que o único instante em que a partícula passa no ponto inicial é o
próprio ponto inicial.
PROBLEMA 1.5
Uma partícula é lançada do centro de uma mesa rectangular com dimensões 4m x 3m.
Sobre a mesa a partícula tem aceleração constante dada por ax = 0.2 ms -2 , a y = 0.1 ms -2 .
Ao fim de 1 segundo as componentes em X e Y da velocidade valem
vx1 = 0.2 ms -1 , v y1 = 0.1 ms -1 .
7
Resolução:
x! (t ) = ò !!
x(t ) dt = ò ax dt = axt + K1 e y! (t ) = ò !!
y (t ) dt = ò a y dt = a y t + K 2 (1.5.1)
x! (t ) = ax (t - 1) + vx1 , y! (t ) = a y (t - 1) + v y1 . (1.5.2)
ì (t - 1) 2
ï
ï
x (t ) = ò !
x (t ) dt = ò[ x
a (t - 1) + v x1 ] dt = a x
2
+ vx1t + K 3
í . (1.5.3)
ï y (t ) = y! (t ) dt = é a (t - 1) + v ù dt = a (t - 1) + v t + K
2
ï
î
ò òë y y1 û y
2
y1 4
ì ax ax ì t2
ïï x(0) = 2 + K 3 = 0 Þ K 3 = - 2 ïï x (t ) = a x
2
+ (vx1 - ax )t
í Þ í (1.5.4)
ï y (0) = a y + K = 0 Þ K = - a y
2
ï y (t ) = a t + (v - a )t
ïî 2
4 4
2 ïî y
2
y1 y
Repare-se que como vx1 > ax e v y1 > a y , tem-se que x(t ), y (t ) > 0 para qualquer t. Isto quer
dizer que a trajectória da partícula se dá no 1º quadrante da mesa e que x(t ), y (t ) estão
a aumentar com o tempo. Para que a partícula caia da mesa é necessário verificar-se
x(t ) > Lx ou y (t ) > Ly . O instante de tempo em que se dá a queda é aquele em que se
verificar primeiro uma das condições anteriores. Temos então que resolver o sistema
8
ì (ax - vx1 ) ± (ax - vx1 ) 2 + 2ax Lx
ì t2 ït1 = ! 2.6 s
ïï x (t ) = a + (vx1 - ax )t = Lx ax
x
2 ï
í 2
Þ í
ï y (t ) = a t + (v - a )t = L ï ( a y - v y1 ) ± ( a y - v y1 ) 2 + 2 a y L y
ïî y
2
y1 y y
ït2 = ! 3.8 s
î a y
O que quer dizer que a partícula cai 2.6 s depois de iniciar o seu movimento num ponto
com y menor que 1.5 m.
PROBLEMA 1.6
PROBLEMA 1.7
Resolução:
9
a) Tendo em ! conta a figura !abaixo, o! vector !posição da partícula em coordenadas
cartesianas r (t ) é dado por: r (t ) = x(t ) u x + y (t ) u y (m) enquanto que em coordenadas
! !
polares se tem r (t ) = r (t )u r . Para obter o vector velocidade em coordenadas polares,
deve derivar-se o vector posição de tal modo que:
! !
! d r (t ) d ! ! du r
v(t ) = = [r (t ) u r ] = r"(t )u r + r (t ) (1.7.1)
! dt dt dt
uy !
uq !
! Para obter as derivadas dos versores radial u r e tangen-
ur !
cial uq temos em conta as relações:
!
r (t ) ! ! !
! u r = cos q (t ) u x + sin q (t ) u y
ux ! ! ! (1.7.2)
uq = - sin q (t ) u x + cos q (t ) u y
Note-se
! ! que ao derivar a equação anterior se teve em conta que os versores cartesianos
u x e u y são constantes e portanto as suas derivadas são nulas. Finalmente, tendo em
conta a Eq.(1.7.1) obtém-se:
! ! !
v(t ) = r"(t )u r + r (t )q"(t ) uq (1.7.4)
!
b) Para obter o vector aceleração a (t ) basta derivar o vector velocidade obtido na alínea
anterior em ordem ao tempo. Assim sendo,
" ! !
" d v(t ) ! du r ! ! duq
a (t ) = = ##
ru r + r# # ##
+ r#q uq + rq uq + rq# (1.7.5)
dt dt dt
" ! !
r - rq# 2 ) u r + (rq## + 2r#q#) uq (ms -2 )
a (t ) = (## (1.7.6)
" !
r - rq# 2 ) u r (ms -2 ) , e a
Desta expressão, identifica-se a aceleração centrípeta a c (t ) = (##
"# !
aceleração tangencial at (t ) = (rq$$ + 2r$q$) uq (ms -2 ) .
10
PROBLEMA 1.8
Uma partícula move-se segundo a lei r (t ) = 0.4t 2 + t (m) , q (t ) = 0.6t 2 (rad). Calcule a
aceleração centrípeta para t=10s.
Resolução:
" ! ! !
a c (t ) = éë0.8 - (0.8t + 1)(1.2t ) 2 ùû u r = éë0.8 - 2.1t 3 - 2.6t 2 ùû u r = -1295 u r (ms -2 )
PROBLEMA 1.9
Uma ponto material descreve um movimento circular de raio R=0.5m. No instante ! t=0 s
!
tem-se q = p / 2 rad. A velocidade em função do tempo é dada por v (t ) = 2t uq (m/s) .
2
Resolução:
! !
No presente caso a velocidade da partícula é: v (t ) = 2t 2 uq (m/s) . A componente radial
da velocidade é nula como seria de esperar já que o raio da trajectória é constante e
!
portanto r!(t ) = 0 . Assim sendo, a expressão geral para v (t ) neste caso é:
" !
v(t ) = Rq#(t ) uq (ms -1 ) . Comparando com a lei das velocidades dada no enunciado, tira-
se que:
2t 2
q!(t ) = (rad s -1 ) Þ q!(t ) = 4t 2 (rad s -1 ) . (1.9.2)
R
4
q (t ) = ò q!(t )dt = ò 4t 2 dt = t 3 + K (1.9.3)
3
11
4
q (t = 0) = K = p / 2 Þ q (t ) = t 3 + p / 2 (rad) (1.9.4)
3
A
! lei do ! movimento
! em coordenadas polares é simplesmente dada por:
r (t ) = R u r = 0.5 u r (m) . Em coordenadas cartesianas esta será dada como já vimos por:
! ! !
r (t ) = x(t ) u x + y (t ) u y . (1.9.5)
! é æ4 ö ! æ4 öù !
r (t ) = 0.5 êcos ç t 3 + p / 2 ÷ u x + sin ç t 3 + p / 2 ÷ ú u y (m)
ë è3 ø è3 øû
PROBLEMA 1.10
Resolução:
Temos agora que encontrar o instante tempo t1 que corresponde ao intervalo de tempo
que o braço demorou a rodar q1 . Para isso, usamos a lei q (t ) = A - t 2 (rad) . Para t=0s
temos q (0) = A (rad) então q1 = q (t1 ) - q (0) = -t12 . Isto implica que t1 = q1 . Para
12
determinar a velocidade e a aceleração neste instante de tempo basta substituir t por
! !
t1 em v(t ) e a (t ) . Tem-se então:
" ! !
v(t ) = -2 B q1 u r - 2t (1 - Bq1 ) uq (ms -1 )
" ! !
a (t ) = [ 2 B - 4q1 (1 - Bq1 ) ] u r + [10 Bq1 - 2] uq (ms -2 )
PROBLEMA 1.11
Uma pedra é lançada, na vertical, com uma velocidade v0 = 2 m/s , ficando sujeita à
! ! !
aceleração da gravidade a = - g u y = -9.8 u y (ms -2 ). Calcule:
Resolução:
! é gt 2 ù!
r (t ) = ê - + v0t + K1 ú u y (m) (1.11.3)
ë 2 û
! é gt 2 ù! gt 2
r (t ) = ê - + v0t ú u y (m) Þ y (t ) = - + v0t (m) (1.11.4)
ë 2 û 2
Para calcular a altura máxima atingida pela pedra temos de calcular o instante de tempo
em que a sua velocidade se anula e calcular o valor da coordenada y nesse instante de
tempo. Temos então:
13
! ! ! v gt 2 v2
v(t1 ) = (- gt1 + v0 ) u y = 0 Þ t1 = 0 (s) , hmax = y (t1 ) = - 1 + v0t1 = 0 (1.11.5)
g 2 2g
b) Para determinar a velocidade com que a pedra chega ao solo, temos de encontrar o
instante de tempo em que y=0. Para isso, basta resolver a equação
gt22 2v
y (t2 ) = - + v0t2 = 0 Þ t2 = 0 Ú t2 = 0 (1.11.6)
2 g
! ! é 2v ù ! !
v(t2 ) = (- gt2 + v0 ) u y = ê - g 0 + v0 ú u y = -v0 u y (ms -1 ) , (1.11.7)
ë g û
! !
ou seja, v(t2 ) = -2u y (ms -1 ) . Concluímos então que a pedra chega ao solo com
velocidade de módulo igual à velocidade de lançamento. Isto é de esperar já que existe
conservação de energia no sistema.
c) O tempo que a pedra demora a ir e vir não é mais do que t2 = 2v0 / g ! 0.4 s . Repare-
se que o tempo total de percurso é o dobro do tempo de subida, isto é: t2 = 2t1 .
PROBLEMA 1.12
Um canhão que faz um ângulo a com o solo dispara um projéctil com uma velocidade
inicial cujo módulo é v0 , calcule:
Resolução: y
t1
a) O movimento em questão é realizado a duas
dimensões. Portanto, a trajectória da partícula é
caracterizada pelas coordenadas x(t ) e y (t ).
Para obter as leis de movimento começamos
novamente pela lei das acelerações:
hmax
x(t ) = 0 , !!
!! y (t ) = - g !
v0
a x
(repare-se que o projéctil está apenas sujeito à
aeleração da gravidade). t2
14
Tal como nos problemas anteriores, obtemos as leis das velocidades integrando as
acelerações. Deste modo:
ì x! (t ) = K1
í (m/s) (1.12.1)
î y! (t ) = - gt + K 2
ì x! (t ) = v0 cos a
í (m/s). (1.12.2)
î y! (t ) = - gt + v0 sin a
ì x(t ) = v0 cos a t + K 3
ï
í t2 (m). (1.12.3)
ï y (t ) = - g + v0 sin a t + K 4
î 2
ì x(t ) = v0 cos a t
ï
í t2 (m). (1.12.4)
ï y (t ) = - g + v0 sin a t
î 2
v0 sin a
y! (t1 ) = - gt1 + v0 sin a = 0 Þ t1 = (s) (1.12.5)
g
Consequentemente:
2
gt 2 g æ v sin a ö v0 sin a
hmax = y (t1 ) = - 1 + v0 sin a t1 = - ç 0 ÷ + v0 sin a Þ
2 2 è g ø g
v02 sin 2 a
hmax = (m)
2g
15
t22 2v sin a
Ponto onde atinge o solo: y (t2 ) = - g + v0 sin a t2 = 0 Þ t2 = 0 Ú t2 = 0 .
2 g
æ 2v sin a ö
A = x(t2 ) = v0 cos a t2 = v0 cos a ç 0 ÷
è g ø
v02 sin(2a )
A= (m)
g
c) Para um dado valor de v0 , o alcance será máximo quando for máxima a função sin(2a )
. Obviamente, isto verifica-se para a = p / 4 .
PROBLEMA 1.13
Resolução:
As equações da trajectória obtem-se tal como foi feito nos problemas anteriores.
16
ì x1
ì x(t ) = v0 xt ïï x (t1 ) º x1 = v0 x t1 Þ t1 =
ï v0 x
í 1 2 (m) Þ í (1.14.2)
ïî y (t ) = y0 + v0 y t - 2 gt ï y (t ) º y = y + v t - 1 gt 2
ïî 1 1 0 0y 1
2
1
2
1 æ x ö 1 æ x ö g
y1 = y0 + v0 y t1 - gt12 = y0 + v0 y ç 1 ÷ - g ç 1 ÷ Þ v0 x = x1
2 è v0 x ø 2 è v0 x ø 2( y0 - y1 + x1 tan a )
x1 g
v0 x = ! 10.7 ms -1
cos a 2( y0 - y1 + x1 tan a )
Para determinar a altura máxima atingida pela bola procede-se do mesmo modo como
no problema 1.12., ou seja hmax = y (t2 ) onde t2 é o instante de tempo em que a
v sin a
componente em y da velocidade se anula. Como já foi visto, t2 = 0 (ver problema
g
1.12).
2
gt22 g æ v sin a ö v0 sin a
hmax = y (t2 ) = y0 - + v0 sin a t2 = - ç 0 ÷ + v0 sin a
2 2 è g ø g
v 2 sin 2 a
Þ hmax = y0 + 0
2g
PROBLEMA 1.14
Determine:
17
Resolução:
a) O esquema é:
ì x1
ì x(t ) = v0 xt ï x(t1 ) º x1 = v0 xt1 Þ t1 = v
ï ï 0x
í 1 2 (m) Þ í 2
ïî y (t ) = v0 y t - 2 gt ï y (t ) º y = v t - 1 gt 2 Þ y = v x1 - 1 g æ x1 ö
ï 1 1 0y 1 1 1 0y ç ÷
î 2 v0 x 2 è v0 x ø
A segunda equação pode ser escrita na forma (tem-se em conta que v0 y / v0 x = tan a )
æ gx 2 ö æ gx 2 ö
tan 2 a ç 1 ÷ - v02 x1 tan a + ç y1v02 + 1 ÷ = 0 .
è 2 ø è 2 ø
Obviamente a trajectória que corresponde ao alcance máximo é a que tem tan a = 1.2 ,
que corresponde a um ângulo de lançamento de a ! 50.2º . Podemos agora determinar
o alcance.
v02 sin(2a )
A= ! 6830.4 m (ver problema 1.12).
g
18
Então, a distância mínima da costa a que o navio B está a salvo é
d min = A - x1 - 300 = 4030 m.
b) Para que os operadores acertem no navio B quando este está atracado na costa
Oeste, o ângulo de lançamento tem que ser tal que os pontos P e D pertençam à
trajectória do movimento.
ì x1 1 æ x1 ö
2
1 æ x1 ö
2
ï y1 = v0 y - gç ÷ Þ y1 = x1 tan a - g ç ÷
ï v0 x 2 è v0 x ø 2 è v0 x ø
í 2 2
ï x2 1 æ x2 ö 1 æ x2 ö
ï0 = v0 y - gç ÷ Þ 0 = x2 tan a - g ç ÷
î v 0 x 2 è v0 x ø 2 è v0 x ø
Multiplicando a primeira equação por x22 , a segunda por x12 e subtraindo os resultados
y1 x2
y1 x22 = x1 x2 ( x2 - x1 ) tan a Þ tan a = Þ a ! 81.5º
x1 ( x2 - x1 )
PROBLEMA 1.15
A 10 m da rede de um campo de ténis e a 0.5 m do chão foi batida uma bola. Sabendo
que a bola passa a rasar a rede que tem 1 m de altura e cai a 5 m desta, determine o
vector velocidade com que a bola foi batida e a altura máxima atingida pela mesma.
Resolução: y
ì x(t ) = v0 x t
ï
í t2 (m).
ï y (t ) = y 0 - g + v0 y t
î 2 !
v0 t1
Usando as equações da trajectória a
y0 y1
x t2
x(t2 ) º x2 = v0 xt2 Þ t2 = 2 x
v0 x
x1
x
x(t1 ) º x1 = v0 x t1 Þ t1 = 1 x2
v0 x
Usando as equações de y (t ) e substituindo t1 e t2 :
19
ì t12 t12 g æ x1 ö
2
x1
ï y1 = y0 - g + v0 y t1 Þ y1 = y0 - g + v0 y t1 = y0 - ç ÷ + v0 y
ï 2 2 2 è v0 x ø v0 x
í 2
ï t22 t22 g æ x2 ö x2
ï y2 = y0 - g + v0 y t2 Þ y2 = y0 - g + v0 y t2 = y0 - ç ÷ + v0 y
î 2 2 2 è v0 x ø v0 x
PROBLEMA 1.16
Resolução:
!!
x(t )
A relação dada pode ser escrita como: - = K . Integrando a equação obtém-se:
x! 2 (t )
!!
x(t ) 1 1
- ò 2 dt = ò K dt Þ = Kt + C Þ x! (t ) =
x! (t ) x! (t ) Kt + C
20
A constante de integração C2 obtém-se sabendo que x(0) = x0 Þ x(0) = C2 = x0 . Pela
equação acima obtemos então para a lei do movimento.
1
x(t ) = ln(v0 Kt + 1) + x0 (m)
K
PROBLEMA 1.17
Resolução:
y
A
!!!" !!"
vc / t vc
! x
v
B a
!!"
vc - velocidade da chuva em relaçao à Terra
!
v - velocidade do tubo em relaçao à Terra
!!!"
vc / t - velocidade da chuva em relaçao ao tubo.
Para que a gota não toque as paredes do tubo, a velocidade da gota em relação ao tubo
tem que fazer um ângulo - a com a horizontal como indica a figura. Da equação anterior
é fácil de ver que:
v v
tan a = c Þ v = c (m/s) .
v tan a
21
2. DINÂMICA DA PARTÍCULA MATERIAL
PROBLEMA 2.1
!!" !!"
Duas forças constantes F1 e F2 actuam sobre um ponto
material de massa m, como indica a figura. Determine: !!"
F2
a) A aceleração do ponto material.
a
b) A velocidade do mesmo para t=1s, sabendo que v0
! !!" !!"
e que v 0 tem a mesma direcção e sentido de F2 . F1
Resolução:
!!" " !!"
a) Para determinar a aceleração usamos a lei de Newton Ft = ma em que Ft é a
!!" !!" !!"
resultante das forças que actuam na partícula. Neste caso Ft = F1 + F2 . Para isso,
!!" !!"
convém decompor os vectores F1 e F2 nas suas componentes.
!!" " !!" " "
F1 = F1 u x , F2 = F2 cos a u x + F2 sin a u y (2.1.1)
!!" !!" !!"
Efectuando a soma Ft = F1 + F2 tem-se:
!!" !!" !!" " "
Ft = F1 + F2 = ( F1 + F2 cos a ) u x + F2 sin a u y
!!" !!" !!"
" F F + F F + F cos a " F " (2.1.2)
Þ a= t = 1 2
= 1 2
u x + 2 sin a u y
m m m m
! æ F + F2 cos a ö ! æ F sin a ö!
v(t ) = ç 1 t + K1 ÷ u x + ç 2 t + K2 ÷ u y . (2.1.2)
è m ø è m ø
As constantes de integração
!
determinam-se a partir das condições iniciais que!!"
descrevem o vector v 0 . Dado que este tem a mesma direcção e sentido do vector F2
tem-se que:
!!" " "
v0 = v0 cos a u x + v0 sin a u y Þ K1 = v0 cos a , K 2 = v0 sin a .
! æ F + F2 cos a ö ! æ F sin a ö!
Logo: v(t ) = ç 1 t + v0 cos a ÷ u x + ç 2 t + v0 sin a ÷ u y (m/s).
è m ø è m ø
! æ F + F2 cos a ö ! æ F sin a ö!
Para t=1s dá: v(t ) = ç 1 + v0 cos a ÷ u x + ç 2 + v0 sin a ÷ u y (m/s)
è m ø è m ø
22
PROBLEMA 2.2
!" !!"
!" T1 a2
a1 !!"
T2
m1
!" m2
P1
!!"
P2
Determine:
Resolução:
ì m - m1
ï a= 2 g
ìT - P1 = m1a ìT - m1 g = m1a ï m1 + m2
í Û í Ûí
îT - P2 = -m2 a îT - m2 g = -m2 a ïT = 2m2 m1 g
ïî m1 + m2
Assim sendo temos que:
NOTA: Repare-se que o sinal obtido para a aceleração depende da relação entre as
massas. No presente caso, o sentido positivo escolhido é consistente com a relação
m1 > m2 . Se m1 < m2 , o sinal da aceleração vem negativo, o que quer dizer que
23
escolhemos mal o sentido do movimento do sistema. Esta questão dos sinais não
influencia o resultado final, se a lei de Newton para cada um dos corpos for aplicada
consistentemente.
PROBLEMA 2.3
Determine a aceleração dos corpos e a tensão na corda (repare que este problema lhe
permite resolver muitos outros que geralmente se encontram onde os ângulos tomam
valores específicos).
Resolução:
Pelas mesmas razoes apresentadas no problema anterior, também neste caso temos
T1 = T2 = T e a1 = a2 º a . O movimento dos corpos é agora a duas dimensões.
Escolhemos um sistema de referencia composto por um eixo paralelo à direcção do
movimento (XX) e outro perpendicular ao primeiro (YY). Para calcular a tensão e a
aceleração, aplicamos a lei de Newton aos dois corpos, consistentemente com os
sentidos escolhidos. Trataremos então as duas direcções separadamente. Repare-se
que na direcção YY não há movimento, logo a aceleração em YY é nula e, portanto, o
somatório das forças será zero.
y
!!"
R1 !"
T1 ì XX : Fx = P1x - T = m1a Û m1 g cos a - T = m1a
ï
!" m1 í
a1 a !" ïYY : F = R - P = 0 Û R - m g sin a = 0 Û R = m g sin a
î y 1 1y 1 1 1 1
P1
y
x
ì XX : Fx = P2 x - T = -m2 a Û m2 g cos b - T = -m2 a !!" !!"
ï T2 R2
í !!"
ïYY : F = R - P = 0 Û R - m g sin b = 0 Û R = m g sin a m2 a2
î y 2 2y 2 2 2 2
b
x
!!"
P2
24
As duas equações a reter para resolver o problema são. O resultado é:
ì m1 cos a - m2 cos b
ï a = g (ms -2 )
ìT = m1 ( g cos a - a ) ï m1 + m2
í Ûí .
îT = m2 ( g cos b + a ) ïT = m1m2 (cos a + cos b ) g (N)
ïî m1 + m2
Assim sendo temos:
PROBLEMA 2.4
a b
Resolução:
25
!" !!" !!" "
A condição T1 + T2 + T3 = 0 implica:
mg mg cos a
T1 = , T2 = , T1 = mg (N)
cos a tan b + sin a sin(a + b )
PROBLEMA 2.4
Resolução:
ìï Px - T = 0 ì P cos a - T = 0 ìT = mg cos a
í Ûí Ûí (N)
ïî R - Py = 0 î R - P sin a = 0 î R = mg sin a
c) Ao cortar-se a corda o corpo inicia o seu movimento sob a acção do seu peso.
Aplicando a lei de Newton temos que:
26
PROBLEMA 2.5
Um corpo de massa m1 move-se sobre uma mesa horizontal com movimento circular
uniforme (raio l ) de velocidade angular w =constante, e está ligado por um fio (sem
massa) a uma massa m2 como indica a figura. Determine a velocidade angular que deve
ter o corpo de massa m1 para equilibrar a massa m2 .
m1
m2
Resolução:
!" T - P2 = 0 Û T = m2 g (N) .
T
m2 Considerando que a tensão foi calculada como sendo T = m1lw 2 , temos
!!" então que: m1lw 2 = m2 g pelo que:
P2
m2 g
w= (rad/s).
m1l
PROBLEMA 2.6
27
!"
R
q !"
P
Resolução:
!!" "
Pela lei de Newton Fr = ma obtemos:
ì !! mg sin q
""# ""#
!
#
!!
# ïq = (2.6.1)
(mg cos q - T ) ur - mg sin q uq = lq u r +lq uq Û í
2
l
ïT = m( g cos q + lq! 2 ) (2.6.2)
î
q! 2 mg cos q
ò ò
mg sin q
q!dq! = dq Û = +C (2.6.3)
l 2 l
A constante de integração C é determinada sabendo que o corpo foi deixado cair com
velocidade nula, e logo q! = 0 rad/s , da posição q = p / 2 . Usando então a Eq.(2.6.3)
28
mg cos(p / 2) 2mg cos q
0= + C Þ C = 0 Þ q! =
l l
2mg cos q
T = mg cos q + l = 3mg cos q (2.6.4)
l
Para encontrarmos o ângulo q a partir do qual o copo parte temos de considerar que a
força que o corpo exerce sobre o copo é igual, em módulo, à reacção que o copo exerce
sobre o corpo. Sendo assim, o ângulo para o qual o corpo exerce a tensão máxima
suportável pelo copo é, pela Eq.(2.6.4),
æ Tmax ö
q = arcos ç ÷ ! 47º
è 3mg ø
PROBLEMA 2.7
Resolução:
a+b) A única força que actua sobre o corpo na direcção do movimento é a força de atrito.
! ""!
Daqui obtém-se a lei das velocidades: v(t ) = (- µ gt + v0 ) u x .
O instante de tempo em que o corpo pára é aquele que corresponde ao anulamento da
velocidade, isto é t1 = v0 /µ g (s) .
A posição em função do tempo é obtida integrando a lei das velocidades.
! æ t2 ö ""!
r (t ) = ç - µ g + v0t ÷ u x (m)
è 2 ø
Para determinar a distancia que o corpo percorre até parar calcula-se x(t1 ) , ou seja,
2
t12 µ g æ v0 ö v0 v02
x(t1 ) = - µ g + v0t1 = - ç ÷ + v0 = (m) .
2 2 è µg ø µ g 2µ g
29
v02
Assim sendo, o corpo pára após percorrer Dx = (m) .
2µ g
PROBLEMA 2.8
Um objecto é lançado na horizontal com velocidade inicial v0 estando sujeito a uma força
!!" !!"
de atrito proporcional à velocidade: Fat = -kh x# u x (N) , em que h é a viscosidade e k o
factor de forma. Escreva a equação de movimento e determine o espaço percorrido pelo
corpo até parar.
Resolução:
ò ò
!!
x !!
x kh kh
= -kh Þ dt = - dt Û ln x! = - t + C
x! x! m m
.
æ kh ö æ kh ö
Û x! (t ) = exp ç - t + C ÷ º A exp ç - t ÷
è m ø è m ø
æ kh ö
x! (0) = v0 = A Þ x! (t ) = v0 exp ç - t ÷ . (2.8.1)
è m ø
ò ò
æ kh ö mv æ kh ö
x(t ) = x! (t )dt Þ x(t ) = v0 exp ç - t ÷ dt = - 0 exp ç - t ÷ + K .
è m ø kh è m ø
mv0 mv
Dx = x(t ® ¥) - x0 = x0 + - x0 = 0 (m) .
kh kh
30
PROBLEMA 2.9
mg
T cos q - P = 0 Û T = (N) (2.9.1)
cos q
l ' é o raio da trajectória que é dado por: l ' = l sin q . Substituindo isto na Eq.(2.9.2), e
tendo em conta a expressão para T dada em (2.9.1) tem-se:
mg sin q g
w= = (rad/s)
cos q ml sin q l cos q
PROBLEMA 2.10
Considere
!!" !!novamente
" o problema 2.3. Suponha que existe uma força de atrito do tipo
Fat = - µ R u x , onde µ é o coeficiente de atrito entre o corpo e o plano, e R é o módulo
da reacção normal que o plano exerce sobre o corpo. Determine a tensão na corda e a
aceleração do sistema.
31
Resolução:
Procedemos do mesmo modo descrito no problema 2.3 tendo agora em conta as forças
de atrito e considerando os coeficientes de atrito entre os corpos e cada um dos planos
como sendo diferentes, isto é, µ1 e µ2 . Aplicando a lei de Newton tem-se:
y !"
!!!" T1 ì XX : Fx = P1x - T - Fat1 = m1a Û m1 g cos a - T - µ1R1 = m1a
!!" Fat1
R1 ï
í
m1 ïYY : F = R - P = 0 Û R - m g sin a = 0 Û R = m g sin a
!" î y 1 1y 1 1 1 1
a1 a !" y
P1
x !!" !!"
T2 R2
ì XX : Fx = P2 x - T + Fat 2 = -m2 a Û m2 g cos b - T + µ2 R2 = -m2 a !!"
!!!" a2
ï m2 Fat 2
í b
ïYY : F = R - P = 0 Û R - m g sin b = 0 Û R = m g sin a
î y 2 2y 2 2 2 2
x
!!"
P2
PROBLEMA 2.11
!
Considere um comboio que se move em linha recta com aceleração constante a . Preso
ao teto do comboio encontra-se um pêndulo de massa m , sendo o comprimento do fio
igual a l . Devido ao movimento acelerado do comboio, o fio faz um ângulo q com a
vertical. Determine q .
Resolução:
l !
Consideremos o problema do ponto de q a
!!" !"
vista de um observador dentro do Fin T
comboio.
!"
P
32
Para este o pêndulo encontra-se !!" em "repouso. Este facto explica-se recorrendo ao
conceito de força de inércia Fin = -ma . Repare-se que, se assim não fosse, um
observador solidário com o pêndulo não conseguiria explicar o anulamento !!" !" !" da "
resultante das forças. Assim sendo, a lei de Newton permite-nos escrever: Fin + T + P = 0
. Decompondo as forças nas suas componentes tem-se:
!!" !!" " !!" !!" "
(- Fin + T sin q ) u x + (T cos q - P) u y = 0 Û ( -ma + T sin q ) u x + (T cos q - mg ) u y = 0 .
Isto implica:
ìT sin q = ma a æaö
í Þ tan q = Û q = arctan ç ÷ (rad) .
îT cos q = mg g ègø
PROBLEMA 2.12
então:
g
µ mrw 2 = P = mg Þ w = (rad/s) .
µr
PROBLEMA 2.13
33
Resolução:
!!"
!!" !" !" !" " uy
Como o corpo está em equilíbrio, tem-se Fr = F + R + P = 0 .
Usando o esquema ao lado: !" !"
R F
!!" !" !" !" "
Fr = F + R + P = 0
!!" !!" " !!"
ux a
Û ( P sin a - F cos a ) u x + ( R - P cos a - F sin a ) u y = 0
!"
Esta equação permite escrever: P
F
P sin a - F cos a = 0 Û F cos a = mg sin a Û tan a = ,
mg
æ F ö
o que implica: a = arctan ç ÷ (rad) .
è mg ø
!!"
ur
34
3. TRABALHO E ENERGIA
PROBLEMA 3.1
Considere um corpo de massa m por uma mola. Sabendo que a mola actua no corpo
!" !!"
com uma força: F ( x) = -(k1 x + k2 x 3 ) u x (N) . Considere k1 = 1 N/m , k2 = 1 N/m3 .
Determine:
Resolução:
!" !!"
WAB = ò F .dr
AB
!!" !!" !!"
Como o movimento é a uma dimensão o deslocamento infinitesimal dr é: dr = dx u x .
Logo:
x2
!" !!" x2 !!" !!" x2
é x2 x4 ù
WAB = ò F .dr = ò éë -(k1 x + k2 x ) u x ùû. éë dx u x ùû = ò -(k1 x + k 2 x )dx = - êk1 + k 2 ú
3 3
AB x1 x1 ë 2 4 ûx
1
PROBLEMA 3.2
a) O trabalho realizado pela força resultante que actua no ponto material usando o
teorema do trabalho-energia ( b = 2.0 m -1s -1 ).
b) O trabalho realizado pela força resultante que actua no ponto material ,sem usar
o teorema do trabalho-energia.
35
Resolução:
1 1 1
K = mx! 2 = mb 2 x 4 Þ DK = K ( x2 ) - K ( x1 ) = mb 2 ( x24 - x14 ) = 1 J
2 2 2
!!" !!"
b) Vamos agora determinar o trabalho usando a definição: WAB = ò Fr .dr . A força
AB
resultante é:
!!" " dx# (t ) !!" d !!" !!"
Fr = ma = m u x = m éëbx 2 (t ) ùû u x = 2mbx(t ) x# (t ) u x
dt dt .
!!
" !!"
= 2mbx(t ) éëbx 2 (t ) ùû u x = 2mb 2 x 3 (t ) ux
!!"
A partir desta expressão para Fr calculamos o trabalho fazendo:
x
!!" !!" x2 !!" !!" x2
é mb 2 x 4 ù
2
mb 2 4
WAB = ò Fr .dr = ò éë 2mb x u x ùû. éë dx u x ùû = ò 2mb x dx = ê
2 3 2 3
ú = ( x2 - x14 ) = 1 J ,
AB x1 x1 ë 2 û x1 2
PROBLEMA 3.3
Um ponto material de massa m move-se de acordo com a lei x(t ) = bect (m) . Determine:
Resolução:
1 1 1 1
2 2 2
(2
)
K = mx! 2 = mb 2 e 2 ct Þ DK = K (t1 ) - K (t0 ) = mb 2 e 2 ct1 - e 2 ct0 = mb 2e 2 ct0 ( e 2 cDt - 1) (J)
!!" !!"
b) Vamos agora determinar o trabalho usando a definição: WAB = ò Fr .dr . A força
AB
resultante é:
!!" " dx# (t ) !!" d !!" !!"
Fr = ma = m u x = m éëbect ùû u x = mbect u x
dt dt
36
por outro lado:
!!"
!!" !!" !!" dr !!" "
WAB = ò
AB
Fr .dr = òAB Fr . dt dt = ABò Fr .v dt .
! ! ""! ""!
A velocidade v é determinada tendo em conta: v(t ) = x# (t ) u x = bect u x . Então,
!!" " t1
!!" !!" t1
mb 2 2 ct t1
WAB = ò Fr .v dt = ò ë mbe u x û. ëbe u x û dt = ò mb e dt =
é ct
ù é ct
ù 2 2 ct
ée ù
2 ë û t0
AB t0 t0
,
2
mb 1
= éëe 2 ct1 - e 2 ct0 ùû = mb 2 e 2 ct0 ( e 2 cDt - 1) (J)
2 2
PROBLEMA 3.4
Resolução:
!!"
Fel !"
a) A força de atrito é dada por: R !!"
v0
!!" !!" !!" M
Fat = - µ R u x = - µ Mg u x (N) .
!"
P
O trabalho realizado pela força de atrito entre
x
x0 e x1 é dado por:
x0 = 0 x1 = L
!!" !!" x1 !!" !!"
Wat = ò
AB
Fat .dr = ò éë - µ Mg u x ùû. éë dx u x ùû = - µ Mg ( x1 - x0 ) = - µ MgL (J) .
x0
!!" !!"
b) A força elástica da mola é: Fel = -kx u x (N). Então, o trabalho realizado pela força de
atrito é:
x1
!!" !!" x1 !!" !!" é x2 ù k kL2
Wel = ò Fel .dr = ò éë -kx u x ùû. éë dx u x ùû = - ê k ú = ( x02 - x12 ) = - (J)
AB x0 ë 2 û x0 2 2
37
!"
c) O trabalho realizado por R é nulo já que esta força é perpendicular à direcção do
movimento (lembre-se que para realizar trabalho uma força tem que ter componente na
direcção da trajectória).
!"
d) Pela mesma razão da alínea anterior, o trabalho realizado pelo peso P é nulo.
2
1 kL2 2 µ Mg Mv02 µ Mg æ µ Mg ö Mv0
2
- Mv02 = - µ MgL - Û L2 + - =0 Û L=- ± ç ÷ + .
2 2 k k k è k ø k
2
µ Mg æ µ Mg ö Mv0
2
É fácil de ver que a solução correcta é: L = - + ç ÷ + .
k è k ø k
PROBLEMA 3.5
Resolução:
!!" !!" !!" !!" !!" !!"
A força F1 pode ser escrita como: F1 = y u x - x u y =r (sin q u x - cos q u y ) .
No problema 1.7 vimos que
! ! !
u r = cos q u x + sin q u y
! ! ! .
uq = - sin q u x + cos q u y
!!" "
Podemos então escrever: F1 = -r uq . O trabalho é determinado por:
!!"
!!" !!" q1 !!" dr
W = ò F1.dr = ò F1. dq .
q0 dq
!!"
! ""! ""! dr !!" !!" !!"
Tendo em conta que: r =r (cos q u x + sin q u y ) tem-se: = r (- sin q u x + cos q u y ) = r uq .
dq
O trabalho é então:
38
q1
!!" q1 q1
!!" dr " !!"
W = ò F1. dq = ò ë -r uq û. ë r uq û dq = - ò r 2 dq = r 2 (q 0 - q1 ) (J)
é ù é ù
q0 dq q0 q0
PROBLEMA 3.6
! ""! ""!
Um ponto material de massa m move-se de acordo com a lei r (t ) = t u x +2t u y (m) .
2
Determine:
Resolução:
m
DK = K (t1 ) - K (t0 ) = (1 + 16t12 - 1 - 16t22 ) = 8m(t12 - t02 ) (J) ,
2
!!" !!"
b) Vamos agora determinar o trabalho usando a definição: WAB = ò
AB
Fr .dr . A força
resultante é:
!
""! ! d v(t ) d ""! ""! ""!
Fr = ma = m = m éëu x +4t u y ùû = 4m u y
dt dt
por outro lado:
!!"
!!" !!" !!" dr !!" "
W = ò Fr .dr = ò Fr . dt = ò Fr .v dt .
dt
! ! ""! ""!
A velocidade v foi já determinada na alínea anterior: v(t ) = u x +4t u y Então,
!!" " t1
!!" !!" !!" t1
t1
W = ò Fr .v dt = ò éë 4m u y ùû. éëu x +4t u y ùû dt = ò 16mt dt = éë8mt 2 ùû = 8m(t12 - t02 ) (J) ,
t0
t0 t0
39
que coincide com o resultado da alínea a).
PROBLEMA 3.7
Resolução:
!" !"
A definição da força a partir do potencial é: F = -ÑU . A definição de gradiente de um
campo escalar é:
PROBLEMA 3.8
Um ponto material
!" move-se !!" ao longo do eixo dos xx no sentido positivo sob a acção de
uma força F ( x) = (2 x - 1) u x . Determine:
Resolução:
!" !" ¶U ( x) !!" !!"
Sabemos que: F ( x) = -ÑU ( x) = - u x = (2 x - 1) u x .
¶x
Isto implica:
¶U ( x)
- = (2 x - 1) Þ U ( x) = x - x 2 + C .
¶x
U ( x = 1 m) = C = 0 Þ U ( x) = x - x 2 (J).
40
PROBLEMA 3.9
Considere !"uma mola que não!!"obedece à lei de Hooke, sendo a força que ela exerce
dada por: F ( x) = -(k1 x + k2 x 2 ) u x (N) .
! ""!
O afastamento da mola da sua posição de equilíbrio é dada por r = x u x .
Resolução:
k1 2 k
= ( x0 - x12 ) + 2 ( x03 - x13 ) (J).
2 2
x3
!" !!" x1 !!" !!" é x2 x3 ù
DK = W = ò F .dr = ò ë -(k1 x + k2 x ) u x û. ë dx u x û = - ê k1 + k 2 ú
é 2
ù é ù
AB x0 ë 2 3 ûx
2
k1 2 k
= ( x2 - x32 ) + 2 ( x23 - x33 ) (J).
2 2
1 2 k k k k
mv ( x3 ) = 1 ( x22 - x32 ) + 2 ( x23 - x33 ) Þ v( x3 ) = 1 ( x22 - x32 ) - 2 ( x23 - x33 ) (ms -1 ) .
2 2 2 m m
¶U ( x) x2 x3
= k1 x + k2 x Þ U ( x) = k1 + k2 + C .
2
¶x 2 3
41
A constante de integração C determina-se usando: U ( x = 0) = 0 J , o que dá:
x2 x3
U ( x = 0) = C = 0 Þ U ( x) = k1 + k2 (J).
2 3
PROBLEMA 3.10
Um bloco de massa m cai sobre uma mola de uma altura h . Determine, desprezando o
atrito, a deformação máxima da mola.
Resolução:
E A = EB Û U gA = U gB + U elB ,
k2 2mg 2mgh
( l0 - d ) Þ ( l0 - d ) ( l0 - d ) -
2 2
mg (h + l0 ) = mgd + - = 0.
2 k k
2
2mg 2mgh mg æ mg ö 2mgh
Dx -
2
Dx - = 0 Û Dx = ± ç ÷ + .
k k k è k ø k
42
2
mg æ mg ö 2mgh
Dx = + ç ÷ + .
k è k ø k
Resolução: A
vA = 0
1
E A = EC Û U gA = K C Û mgh = mvC2 , C b
2 vC = 0
b) Para determinarmos o alcance temos de calcular a velocidade com que o objecto sai
no ponto B. Para isso aplicamos o princípio de conservação da energia entre A e B:
1
E A = EB Û U gA = K B + U gB Û mgh = mv02 + mgb , de onde se tira: v0 = 2 g ( h - b ) .
2
1
A trajectória do objecto a partir de B é caracterizada por x(t ) = v0t , y (t ) = b - gt 2 . Para
2
determinar o alcance temos de encontrar o instante t1 para o qual y (t1 ) = 0 . É fácil de
ver que:
1 2b
y (t1 ) = 0 Û b - gt12 = 0 Û t1 = (s).
2 g
O alcance Dx será então:
2b
Dx = x(t1 ) = v0t1 = 2 g ( h - b ) = 2 b ( h - b ) (m) .
g
¶Dx -2b + h h
=0Û = 0 Û b = (m)
¶b b (h - b) 2
43
Então, o alcance é máximo se b = h / 2 . Para este valor de b :
hæ hö
Dxmax = 2 ç h - ÷ = h (m) ,
2è 2ø
PROBLEMA 3.11
Resolução:
a) A velocidade de escape vesc é a velocidade mínima com que se deve animar um corpo
de modo que este se liberte da atracção da Terra. Ou seja, corresponde à situação em
que
1 2 M m
K +Ug = 0 Û mvesc - G T = 0
2 RT
b) A única força a actuar é a força gravítica entre a Terra e o objecto. Suponhamos que
a energia cinética inicial que se fornece ao corpo é K i . Então, a energia total inicial é:
M m
Ei = K i - U gi = K i - G T .
RT
Quando está em órbita a uma altura h com velocidade v f , a energia final do objecto é:
1 2 M m
E f = K f - U gf = mv f - G T .
2 RT + h
MT m 1 2 M m
Ei = E f Û K i - G = mv f - G T .
RT 2 RT + h
44
A quantidade pedida é a energia inicial fornecida por Kg, ou seja, K i / m . Dividindo a
equação acima por m tem-se:
Ki M 1 MT
= G T + v 2f - G . (3.10.1)
m RT 2 RT + h
MT m GM T GM T
mw 2 ( RT + h ) = G Þ v 2f = ( RT + h ) w 2 =
2
Û w2 = .
( RT + h ) ( RT + h ) RT + h
2 3
Ki M 1 GM T MT 1 GM T
=G T + -G = ( RT + 2h ) (J/Kg) .
m RT 2 RT + h RT + h 2 RT ( RT + h )
PROBLEMA 3.12
PROBLEMA 3.13
!" !!" !!" !!"
Um campo de forças é dado por: F ( x, y, z ) = yz sin( xy ) u x + xz sin( xy ) u y - cos( xy ) u z (N).
!" !"
a) Calcule Ñ ´ F . A força é conservativa?
b) Se a energia potencial no ponto de referência (0,0,0) for U (0, 0, 0) = 0 J , determine
U (1,1,1).
Resolução:
!" !!" !!" !!" !" !"
a) O rotacional de um campo escalar A( x, y, z ) = Ax u x + Ay u y + Az u z , Ñ ´ A é:
45
!!" !!" !!"
ux uy uz
!" !" ¶ ¶ ¶ æ ¶Az ¶Ay ö !!" æ ¶Ax ¶Az ö !!" æ ¶Ay ¶Ax ö !!"
Ñ´ A = =ç - ÷ ux + ç - ÷ uy + ç - ÷ ux .
¶x ¶y ¶z è ¶y ¶z ø è ¶z ¶x ø è ¶x ¶y ø
Ax Ay Az
!" !" æ ¶F ¶Fy ö !!" æ ¶Fx ¶Fz ö !!" æ ¶Fy ¶Fx ö !!"
Sendo assim, temos que: Ñ ´ F = ç z - ÷ ux + ç - ÷ uy + ç - ÷ ux .
è ¶y ¶z ø è ¶z ¶x ø è ¶x ¶y ø
¶U ¶U ¶U
= - yz sin( xy ) , = - xz sin( xy ) , = cos( xy ) .
¶x ¶y ¶z
Integrando cada uma das equações:
U ( x, y, z ) = z cos( xy ) + F1 ( y, z )
U ( x, y, z ) = z cos( xy ) + F2 ( x, z ) .
U ( x, y, z ) = z cos( xy ) + F3 ( x, y )
U (0, 0, 0) = C = 0 Þ U ( x, y, z ) = z cos( xy ) .
46
PROBLEMA 3.14
!" !!" !!"
Um campo de forças é dado por: F ( x, y, z ) = -k ( x - z ) u x - u z
2
( ) (N).
a) Mostre que a força é conservativa.
b) Determine a energia potencial, sabendo que U (0, 0, 0) = 0 J .
Resolução:
!" !" "
a) Para mostrar que a força é conservativa temos que mostrar que Ñ ´ F = 0 . Vimos no
problema anterior que:
¶Fz ¶
= ék ( x - z ) ù = 0
2
¶y ¶y ë û
æ ¶Fx ¶Fz ö ¶ é ¶
÷ = ë - k ( x - z ) ùû - éë k ( x - z ) ùû = 2k ( x - z ) - 2k ( x - z ) = 0
2 2
ç -
è ¶z ¶x ø ¶z ¶x
¶Fx ¶ é
- k ( x - z ) ù = 0.
2
=
¶y ¶y ë û
¶U ¶U ¶U
= k (x - z) , = -k ( x - z ) ,
2 2
=0,
¶x ¶y ¶z
U ( x, y , z ) = + F1 ( y, z )
3
U ( x, y, z ) = F2 ( x, z )
k (x - z)
3
U ( x, y , z ) = + F3 ( x, y ).
3
47
Estas equações implicam F1 ( y, z ) = F3 ( x, y ) = F4 ( y ) . Por outro lado,
k (x - z)
3
+ F4 ( y ) = F2 ( x, z ) Þ F4 ( y ) = C .
3
k (x - z)
3
U (0, 0, 0) = C = 0 Þ U ( x, y, z ) = (J) .
3
PROBLEMA 3.15
A interacção entre duas partículas nucleares pode ser aproximada pelo potencial de
Yukawa:
x æ xö
U ( x) = -U 0 0 exp ç - ÷ ,
x è x0 ø
onde U 0 e x0 são constantes e x é a distância entre as duas partículas. Determine a
expressão da força de interacção entre as partículas em função de x .
Resolução:
PROBLEMA 3.16
h B v =0 h
B
48
Resolução:
1 2
E A = EB Û U gA = U elB Û mgh = kd max .
2
2 ghm
Daqui tiramos automaticamente que a deformação máxima da mola é: d max = (m)
k
.
PROBLEMA 3.17
!" " "
Mostre que se a resultante das forças aplicadas a um corpo for dada por F = Ku ´ v ,
! !
onde K é constante, u é um vector unitário qualquer e v é a velocidade do corpo, então
a energia cinética do corpo mantém-se constante.
Resolução:
!" " " !" !
Dado que F = Ku ´ v , então F é perpendicular a v . Isto quer dizer que a aceleração
tangencial do corpo é nula, já que a força resultante não tem componente na direcção
da velocidade. Se a aceleração tangencial é nula, quer dizer que o módulo da velocidade
é constante e portanto também o será a energia cinética.
Outro modo de chegar à mesma conclusão é lembrar que o trabalho realizado pela
resultante das forças que actuam sobre um corpo entre dois pontos A e B é dado por:
!!"
!!" !!" !!" dr !!" "
WAB = ò
AB
Fr .dr = ò r dt ABò Fr .v dt .
AB
F . dt =
PROBLEMA 3.18
Um pêndulo gravítico simples foi construído ligando uma pequena esfera de massa m a
um fio de comprimento l , inextensível e de massa desprezável. O pêndulo é
abandonado da posição A em que o fio está horizontal. Quando o fio vai a passar pela
vertical, toca no prego P e inicia um movimento circular de raio menor. Determinar, em
função de l , o valor mínimo da distância d entre o prego e o ponto de suspensão S, de
tal modo que a esfera passe a descrever uma trajectória circular com centro em P.
49
Resolução:
A S
Na situação limite, para que a esfera C
descreva uma trajectória circular em P,
verifica-se que a tensão no fio é nula. d
Nesta situação, o peso da esfera P
corresponde à força centrípeta, isto é: l
mvC2 m
P = Fc Û mg = mwC2 r =
r
B
Û vC = rg = (l - d ) g .
Concluímos então que, para que o pêndulo descreva ainda uma trajectória circular em
C, a velocidade mínima com que chega a este ponto terá que ser vC = (l - d ) g .
Aplicamos agora a conservação da energia entre A e C. Tem-se:
1 1 3
E A = EC Û mgh = mvC2 + 2mgr Û mgl = mg (l - d ) + 2mg (l - d ) ,donde se tira: d = l (m).
2 2 5
3
Repare-se que de facto este é o valor mínimo de d , já que se d < l ter-se-á uma valor
5
maior para r = l - d e portanto a velocidade em C seria menor que o valor necessário
para que o pêndulo descreva a circunferência.
50
4. MOMENTO LINEAR. COLISÕES.
PROBLEMA 4.1
Considere dois corpos de massas m1 e m2 ligados por uma mola de como mostra a
figura. Suponha eu os blocos são afastados da posição de equilíbrio, sendo depois
libertados com velocidade inicial nula. Que parte da energia cinética do sistema terá
cada um dos blocos para qualquer instante posterior (despreze as forças de atrito).
Resolução:
Como
!!" !!"a resultante das forças é nula, podemos usar a conservação
!!" " do momento linear
p A = pB . Como em A os blocos estão em repouso tem-se p A = 0 .
A B
m1 m2 !!" m1 m2 !!!"
k v1B k v2 B
v1 A = 0 v2 A = 0
2
1 1 æm ö 1 m22 2 1
K1 = m1v12B = m1 ç 2 v2 B ÷ = v2 B , K 2 = m2v22B
2 2 è m1 ø 2 m1 2
1 é æ m2 ù m
2
1 1 ö æ m ö
K tot = K1 + K 2 = m1v1B + m2v2 B = ê m1 ç v2 B ÷ + m2v22B ú = 2 v22B ç1 + 2 ÷ .
2 2
2 2 2 ê è m1 ø úû 2 è m1 ø
ë
A fracção de energia cinética de cada um dos corpos é:
1 m22 2 1
v2 B m2 v22B
K1 2 m1 m2 K2 2 m1
= = , = = .
K tot m2 2 æ m2 ö m1 + m2 K tot m2 2 æ m2 ö m1 + m2
v2 B ç1 + ÷ v2 B ç1 + ÷
2 è m1 ø 2 è m1 ø
PROBLEMA 4.2 y
m1 = 8 Kg , m2 = 4 Kg , m3 = 4 Kg , F1 = 16 N , F2 = 6 N , F3 = 14 N
x1 = 4 m , x2 = -2 m , x3 = 1 m , y1 = 2 m , y2 = 3 m , y3 = -2 m.
ì
ïx = i
å mi xi m1 x1 + m2 x2 + m3 x3
= = 1.75 m
ï CM
ï
å i
mi m1 + m2 + m3
!!!" !!" !!"
í Þ rCM = 1.75u x + 1.25u y (m).
ï å i i m1 y1 + m2 y2 + m3 y3
m y
ï yCM = i = = 1.25 m
ï
î
å i
mi m1 + m2 + m3
PROBLEMA 4.3
52
Resolução:
podemos escrever:
!!" !!" !!" M !!" M !!"
p A = pB Û - Mv u y = v1B u y + v2 B u y Û v2 B = -2v - v1B .
2 2
Por
!!!" outro lado,
!!" sabemos
!!" que a velocidade do primeiro fragmento em relação ao CM é:
v1B ' = -v1B ' u y = -80 u y (m/s) . Pela lei da composição das velocidades, e tendo em conta
!!!" !!" !!"
que no momento da explosão vCM = -vu y = -60u y , temos que:
53
PROBLEMA 4.4
Resolução:
A B C
! ! !" !" !" !!"
v=0 ve v1 ve v2
A! primeira
! ! !pedra é lançada com uma velocidade em relação à Terra igual a:
v eT = v e + v = v e .
Aplicando a conservação do momento linear (não há forças na direcção do movimento)
temos:
!!" !!" " " !" " mve
p A = pB Û 0 = mv eT + ( M - m)v1 = 0 Û v1 = .
M -m
! ! "! ""!
Para o segundo lançamento, v eT = v e + v1 = ( -ve + v1 ) u x . Pela conservação do momento
linear:
!!" !!" !" " !!" "
pB = pC Û ( M - m)v1 = mv eT + ( M - 2m)v2 = 0 Û ( M - m)v1 = m ( -ve + v1 ) + ( M - 2m)v2
É fácil de ver que a velocidade v2 obtida na alínea anterior é menor que v1' porque:
54
1 1 2
+ < .
M - m M - 2m M - 2m
æ 1 1 1 ö
vn = mve ç + + ... + ÷.
è M - m M - 2m M - nm ø
PROBLEMA 4.5
Uma nave espacial afasta-se do sistema solar com uma velocidade constante. Ligando
os reactores começa a expelir combustível a uma velocidade relativa vesc = 3.0 ´103 m/s .
A massa da nave no momento em que liga os reactores é M 0 = 4.0 ´104 Kg e a
aceleração a que fica sujeita é igual a a0 = 2.0 m/s 2 .
!" M - dm
v1 !!"
v2
dm
Resolução:
!!" !!"
onde v1' e v2' são as velocidades de dm e ( M - dm) , em relação ao CM. É fácil de ver
!!" !!" !" !!" !" !!"
que v1' - v2' = v1 - v2 , em que v1 e v2 são as velocidades em relação à Terra. Por outro
!" !!"
lado, v1 - v2 representa a velocidade relativa de dm em relação a ( M - dm) , ou seja, é a
!!!"
velocidade de escape do combustível vesc . Então, a equação acima fica:
55
!
O acréscimo de velocidade d v no intervalo dt , considerando o instante antes da
!!" " ! ""!
expulsão de dm em que v2' = 0 , é d v = v2' . Sendo assim, pela equação acima,
podemos escrever:
! !
! dm """! dv 1 dm """! dv dm """!
dv = - vesc Þ =- vesc Þ M =- vesc .
M dt M dt dt dt
!
dv
O termo M representa uma força. Esta força surge devido à ejecção da massa dm
dt
e tem sentido oposto à velocidade de escape. Além disso, esta força determina a
!
dv
aceleração da massa sobrante e designa-se por força de propulsão.
dt
!!!!" dm !!!"
Fprop = - vesc ,
dt
dm
é a taxa de expulsão do combustível. Como a força de propulsão foi determinada
dt
na alínea a) e a velocidade de escape é dada, temos:
dm Fprop 8 ´104
=- =- = -27 Kg/s .
dt vesc 3.0 ´103
PROBLEMA 4.6
a) Um vagão move-se sem atrito em linha recta sobre um plano horizontal. A sua massa
é M = 500 Kg. No instante inicial a sua velocidade é v0 = 7 m/s. Nesse instante começa
a receber areia que cai verticalmente sobre o vagão. A massa total de areia recebida é
m =200 Kg. Qual a velocidade do vagão no instante em que deixa de receber areia.
b) Considere agora que o vagão começa a esvaziar a areia através de um tubo vertical.
Qual a velocidade do vagão no instante em que já perdeu m1 =100 Kg de areia?
Resolução:
a) A areia cai sobre o vagão na vertical, logo o momento linear da areia que cai não tem
componente segundo a direcção do movimento. Então,
!!" !!" M
p A = pB Û Mv0 = ( M + m ) v1 Û v1 = v0 = 5 m/s.
M +m
!"
b) A massa de areia que sai do vagão sai com velocidade v1 . Sendo assim:
!!" !!"
pB = pC Û ( M + m ) v1 = m1v1 + ( M + m - m1 ) v2 Û v2 = v1 = 5 m/s.
56
PROBLEMA 4.7
Resolução:
Como não existem forças a actuar na direcção do movimento podemos aplicar a lei da
conservação do momento !!" " linear. Tendo em conta que inicialmente o sistema está em
repouso, tem-se que p A = 0 . Depois de o rapaz começar a andar, o momento linear total
!" !"
é: p rapaz + p carro . Então,
!" !" !" !"
p rapaz + p carro = 0 Þ p carro = - p rapaz ,
o que quer dizer que mal o rapaz se move o carro inicia um movimento em sentido
contrário.
PROBLEMA 4.8
Resolução:
1 1
(
DK = K B - K A =
2
m1v12B + m2v22B - m1v12A - m2v22A ) = m ( v12B + v22B - v12A - v22A ) = -700 J .
2
O sistema perde 700 J durante o choque.
57
PROBLEMA 4.9
!!"
Um projéctil de massa m movendo-se horizontalmente com velocidade v0 embate num
pêndulo de massa m .
Resolução:
a)
A B C
2m
m m 2m
!"
Em primeiro lugar vamos determinar a velocidade v1 com que o conjunto das duas
esferas sai após a colisão. Para isso aplicamos a conservação do momento linear:
1 2 1 2 1 2
K A = KB Û mv0 = mv1B + mv2 B Û v02 = v12B + v22B . (4.9.2)
2 2 2
58
Temos então que:
ìïv1B = v0 - v2 B
Û ( v0 - v2 B ) = v02 - v22B Û 2v22B - 2v2 B v0 = 0 Û v2 B = 0 Ú v2 B = v0 .
2
í 2
ïîv1B = v0 - v2 B
2 2
Concluímos que após a colisão o pêndulo sai com uma velocidade igual à velocidade
do projéctil antes do choque. Isto seria de esperar já que as massas são iguais e o
choque é elástico e frontal. A velocidade do projéctil após a colisão é:
v1B = v0 - v2 B = v0 - v0 = 0 .
PROBLEMA 4.10
Resolução:
A B
!!" !!" " !"
!!" v1B = 0
v0 -v0 v1
m1 m2 m1 m2
1 1 1 m + m2 2
K A = KB Û m1v02 + m2v02 = m2v12 Û v12 = 1 v0 . (4.10.2)
2 2 2 m2
m2 è m2 ø
59
PROBLEMA 4.11
!!"
Considere o choque frontal de uma massa m1 , que se desloca com velocidade v0 , com
!!"
uma massa m2 em repouso. Após o choque, m1 desloca-se com velocidade v0 /2 e m2
!!"
com uma velocidade 3 v0 /2.
Resolução:
A B
!!" !!!" " !!" !!"
v2 A = 0 !" !!"
v0 v1 = v0 / 2 v2 = 3v0 / 2
m1 m2 m1 m2
PROBLEMA 4.12
A B C
!!" !" !!"
v0 m m 2m v1 m 3m v2
m
60
Inicialmente só uma esfera está em movimento. Em cada choque as esferas ficam
coladas.
!!"
a) Qual a velocidade final do conjunto v2 .
b) Qual a energia dissipada em todo o processo?
Resolução:
2
1 1 1 æv ö 1 2æ1 ö 2K A
DK = K C - K A = 3mv22 - mv02 = 3m ç 0 ÷ - mv02 = - ç mv02 ÷ v02 = - ,
2 2 2 è3ø 2 3è2 ø 3
O que quer dizer que o sistema dissipou 2/3 da energia cinética inicial na colisão.
PROBLEMA 4.13
Resolução:
A B C
!!" 4m !!" !!!" 4m !!" !!!" !!!"
v0 m m v1B m v2B m v1B m v2C m v3C
4m
61
!!" !!" !!" !!" !!!"
ì p A = pB Û 4mv0 = 4mv1B + mv2 B Û v2 B = 4v0 - 4v1B (4.13.1)
ï
í 1 1 1 2
ï K A = K B Û 4mv0 = 4mv1B + mv2 B Û v2 B = 4v0 - 4v1B
2 2 2 2 2
(4.13.2)
î 2 2 2
3 !!" 3 !!"
5v12B - 8v0 v1B + 3v02 = 0 Û v1B = v0 Ú v1B = v0 Þ v1B = v0 . (4.13.3)
5 5
8 !!!" 8 !!"
Pelas equações (4.13.1) e (4.13.3) temos: v2 B = v0 Þ v2 B = v0
5 5
PROBLEMA 4.14
y
Considere a colisão representada ao lado (A B
– antes da colisão, B-depois da colisão).
Inicialmente a massa M está parada. O
choque é elástico e a massa m desvia-se A m
!!"
segundo um ângulo a em relação à direcção !!" v1B
inicial. Calcule q e v1B . Considere M = m . v0 M a
m x
v=0
q
Resolução:
M
Aplicamos a conservação do momento linear M
Em ambas as direcções x e y . Temos então:
62
1 2 1 2 1
K A = KB Û mv0 = mv1B + Mv22B Û v02 = v12B + v22B . (4.14.3)
2 2 2
v02 = v12B + v22B + 2v1B v2 B ( cos a cos q - sin a sin q ) = v12B + v22B + 2v1B v2 B cos (a + q ) .
p
v12B + v22B + 2v1B v2 B cos (a + q ) = v12B + v22B Û cos (a + q ) = 0 Û q = -a .
2
Da equação (4.14.2):
sin a sin a sin a
v2 B = v1B = v1B = v1B = v1B tan a . (4.14.4)
sin q æp ö cos a
sin ç - a ÷
è2 ø
Substituindo em (4.14.1) :
æp ö
v0 = v1B cos a + v1B tan a cos ç - a ÷ = v1B cos a + v1B tan a sin a Û v1B = v0 cos a .
è2 ø
p
Então, o resultado final é: q = - a , v1B = v0 cos a , v2 B = v0 sin a .
2
PROBLEMA 4.15
!
Um objecto de massa M que se move inicialmente com velocidade v , fragmenta-se em
três pedaços cujas velocidades foram medidas no referencial do laboratório conforme
indica a figura.
mA = 1.0 Kg v A = 3 m/s
mB = 0.5 Kg vB = 2 m/s
mC = 2.0 Kg vC = 1 m/s
a = 45º
63
Resolução:
M
!!" !!"
# 0.45 u x - 0.69 u y (m/s).
PROBLEMA 4.16
l
Uma bola de massa m , presa à extremidade
de um fio de comprimento l , é largada com A
m
velocidade nula indo colidir elasticamente com
um bloco de massa M em repouso numa
superfície horizontal sem atrito, como mostra a M
figura ao lado.
64
a) Determine as velocidades da bola e do bloco imediatamente após a colisão.
Resolução:
a) Primeiro calculamos a velocidade com que a bola chega a B. Para isso aplicamos o
principio da conservação da energia mecânica entre A e B.
1
E A = EB Û mgl = mv12B Û v1B = 2 gl (m/s) . (4.16.1)
2
Repare-se que a bola vai para a frente ou para trás dependendo de a sua massa ser
maior ou menor do que a do bloco. Se M > m e fácil de ver que v1C < 0 e portanto a bola
segue para trás. Para determinarmos a velocidade do bloco após a colisão, usamos
m-M ö
( v1B - v1C ) Û v2C = v1B æç1 -
m m m m
v2C = ÷= v1B = 2 gl (m/s) .
M M è m+M ø m+M m+M
m-M ( )
2
1 2 v2 2 gl m-M
mv1C = mghmax Û hmax = 1C
= = l (m) .
2 2g m+M 2g m+M
PROBLEMA 4.17
A C
!!" m1 m2 m1 !!" m2 + mb !!!"
v0 v1B v2C
mb
65
Determine, desprezando a massa retirada do primeiro bloco pela massa:
Resolução:
mb m
vb = v2C + 1 v1B = 1376.5 m/s
m2 + mb mb
1 1 1
DK AB = K B - K A = mb vbB
2
+ m1v12B - mb vb2 = -625.6 J .
2 2 2
1 1 1 1
DK CB = K C - K B = ( mb + m2 ) v22C + m1v12B - m1v12B - mb vbB2 = -1267.3 J .
2 2 2 2
66
5. MOMENTO ANGULAR E MOMENTO DE FORÇAS.
CONSERVAÇÃO DO MOMENTO ANGULAR.
PROBLEMA 5.1
Colocou-se, como se indica na figura, uma massa m presa por um fio de comprimento
l . Fez-se girar no plano vertical com velocidade angular inicial q!0 . Sabe-se que o fio
parte quando se suspende uma massa (em repouso) igual ou superior a M .
Resolução:
Sabemos que o fio parte quando se suspende, em repouso, uma massa !"
igual a M . Isto quer dizer que a tensão máxima que o fio suporta é: P
Tmax = Mg . Então, a velocidade angular máxima para a qual o fio não !!"
ur
parte é:
T - mg M -m g
wmax = max = (rad/s) .
ml m l
g
P = mac Û mg = mlwmin
2
Û wmin = (rad/s).
l !!"
uz
c) A equação dos momentos escreve-se tendo !
em conta que o momento das forças exteriores r !
(neste caso o peso) é igual à variação do q r
momento angular, isto é:
!"
P
!"
P q
67
!"
!!!!" !!!" " !" d L
N ext = N P = r ´ P = . (5.1.1)
dt
!!!" " !"
Temos então de determinar: N P = r ´ P . Para isso observe a figura ao lado. Para
calcular o produto externo dos dois vectores podemos utilizar a regra da mão direita.
Sabemos que o resultado tem direcção perpendicular ao plano desta página.
Chamamos a essa direcção a do eixo dos ZZ e convencionamos o sentido positivo
como sendo de dentro para fora da folha. Sendo assim,
!!!" " !" " !" " !" !!" !!"
N P = r ´ P = r ´ P = r P sin q u z = lmg sin q u z (5.1.2)
g
ml 2q!! = -lmg sin q Û q!! + sin q = 0 ® Equação dos momentos .
l
!"
Se q! é constante, L é também constante. Logo, o momento das forças exteriores terá
!!!!" !"
de ser nulo. Neste caso N ext não é nulo, portanto teremos de aplicar uma força F de tal
modo que:
!!!!" !!!" !!!" " !!!" !!!" !!"
N ext = N P + N F = 0 Û N F = - N P = -lmg sin q u z .
!!!" !!"
O momento adicional a aplicar é então: N ad = -lmg sin q u z .
PROBLEMA 5.2
d
Resolução:
Para que a barra esteja em equilibrio terão de se anular as forças nela aplicadas e os
respectivos momentos, isto é:
68
!!!" " !!!!" "
å ext
F = 0 , å Next = 0 . (5.2.1)
!!" !!"
As forças aplicadas à barra são as reacções em A e B ( RA e RB respectivamente), e o
!"
peso da barra P (aplicado no centro de massa O da barra que está localizado a meio
da mesma visto esta ser homogénea).
o que implica:
Mg
RA = Mg tan a , RB = . (5.2.2)
cos a
!!!!" "
A equação å Next = 0 resume-se a:
!!!!" " !!!!" !!!!" !!!" "
å ext
N = 0 Û N RA + N RB + N P = 0 . (5.2.3)
!!!" !"
Quanto a N P , este é dado por: !!" r1
uz
!!!" !" !" !" !" !!" !!" a
N P = r1 ´ P =| r1 || P | sin a u z = -r1Mg sin a u z . (5.2.5)
!"
!!!!" !!!!" !!!" " P
A equação N RA + N RB + N P = 0 fica então, usando (5.2.4) e (5.2.5):
O que implica:
69
r2 tana sina - r1 sin a = 0 . (5.2.6)
d æ d ö 1
tana sina - ç 8 d - ÷ sin a = 0 Û 1 - 8cos a = 0 Û cos a = Û a = 60º .
3
cos a è cos a ø 2
!!" !!"
As reacções RA e RB determinam-se através da Eq.(5.2.2).
PROBLEMA 5.3
Uma esfera de massa m move-se sem atrito numa mesa horizontal estando ligada a um
ponto O da mesa por um fio que a obriga a descrever uma circunferência centrada em
O. Inicialmente o comprimento do fio é R e o módulo da velocidade é v . Suponha que o
comprimento do fio é reduzido para R ' = R / 2 .
Resolução:
!!" !!" I mR 2 R2
Li = L f Û I iwi = I f w f Û w f = i wi = wi = wi = 4wi Û v ' = 4v .
If mR '2 ( R / 2) 2
b) Quando o fio é cortado, a esfera passa a ter um movimento rectilíneo com velocidade
v . O momento angular é, por definição:
!!" " !" " " !!" !!" !!"
L0 = r ´ p = mr ´ v = -mrv sin a u z = -mRv sin a u z = -mR 2w u z .
(ver figuras)
!
v
!
! R !!" r
r uz
a a
!"
p
70
Esta equação diz-nos que o momento angular depois de se ter cortado o fio é igual ao
momento angular antes, já que:
!!" !!" !!"
L0 = -mRv sin a u z = Li .
PROBLEMA 5.4
m
Considere o sistema representado na figura !
ao lado. A !massa 2
""! da esquerda bate com m v
velocidade v = 5 u x (m/s) no halter parado, 2
formado pelas massas m / 2 e m , rigidamente
ligadas a uma distância l = 0.5 m. O choque
faz com que as esferas de massa m / 2 se
juntem uma à outra e com que o halter se
comece a mover. Determine:
m
a) O movimento do centro de massa do conjunto.
b) O movimento de rotação do halter depois do choque, no referencial do centro de
massa.
c) A energia dissipada durante a colisão.
Resolução:
Podemos aplicar agora a conservação do momento linear à colisão das duas esferas, no
referencial do centro de massa.
71
!!" !!!" m !!" m !!" !!" 1
pi ' = p f ' Û v1' + v2' = mv f ' Û v f ' = ( v1' - v2' ) = 1.25 (m/s) .
2 2 2
A velocidade
!!" !!" da duas esferas juntas depois do choque, em relação ao centro de massa,
é v f ' = 1.25 u x (m/s) . Sendo assim, as duas massas m do halter passam a ter, em relação
ao CM, um movimento de rotação com velocidade v f ' , que corresponde a uma
vf '
velocidade angular w f ' = = 5 rad/s.
l/2
c) Em relação ao centro de massa a energia cinética final está sob a forma de energia
cinética de rotação igual a:
1 2 1é æl ö ù 2
2
1m 2 1m 2 1m 2 m 2
Ki = v1' + v2' + v3' = v1' .
22 22 22 3
m 2
Sendo assim, DK = K f - K i = mv 2f ' - v1' = -3 J.
3
PROBLEMA 5.5
Resolução:
4
A massa do asteróide é dada por M = rV = rp R 3 .Considerando que existe
3
conservação do momento angular, temos que:
Ii
Li = L f Û I iwi = I f w f Û w f = wi .
If
Supondo que o momento de inércia do asteróide é dado por I = cMR 2 , onde c é um
coeficiente cujo valor é irrelevante para este problema, obtem-se:
5
Ii M i Ri2 Ri3 Ri2 æ Ri ö æ1ö
5
w
w f = wi = wi = 3 2 wi = ç ÷ wi = ç ÷ wi = i .
If M f Rf2
Rf Rf ç ÷
è Rf ø è2ø 32
72
6. OSCILAÇÕES HARMÓNICAS
PROBLEMA 6.1
Resolução:
𝑚𝑔
𝑃 = 𝐹$ ⟹ 𝑚𝑔 = 𝑘ℓ ⇒ 𝑘 = + = 15.7 N/m
ℓ
𝑘 2𝜋 𝑚
𝜔 = 5 ⟹ 𝑇 = = 2𝜋+ = 1.1 s
𝑚 𝜔 𝑘
Como na primeira passagem pela posição de equilíbrio a velocidade está orientada para
cima, tem-se que 𝑥(0) = −𝐴, pelo que 𝛼 = 𝜋. Logo,
73
d) Pela conservação da energia temos que, nas posições de elongação máxima (A) e
na posição de equilíbrio (B)
1 1 𝑚
𝐸T = 𝐸U ⟹ 𝑘 𝐴@ = 𝑚 𝑣N@ ⟹ 𝐴 = 𝑣N + ,
2 2 𝑘
PROBLEMA 6.2
a) Determine a constante elástica das molas se o carro tiver uma massa 𝑀 = 1450 Kg.
b) Qual a frequência das vibrações se dentro do carro estiverem cinco passageiros com
massa média de 𝑚] = 73 Kg.
Resolução:
a) Dado que o carro é suportado por quatro molas, vamos supor que cada mola está
sujeita a uma massa igual a 𝑚 = 𝑀/4. Isto implica que:
𝑘 N
𝜔 = 2𝜋 𝑓 = 5 ⟹ 𝑘 = 𝜔@ 𝑚 = 𝜋 @ 𝑓 @ 𝑀 = 1.3 × 10_ .
𝑚 m
𝜔 1 𝑘 1 𝑘
𝑓= = 5 = 5 = 2.7 Hz .
2𝜋 2𝜋 𝑚′ 𝜋 𝑀 + 5 𝑚]
PROBLEMA 6.3
Um bloco de massa 𝑀 está numa superfície horizontal sem atrito preso a uma mola de
constante elástica 𝑘. Uma bala de massa 𝑚 e velocidade 𝑣⃗ atinge o bloco ficando presa
nele.
74
Determine:
Resolução:
que se pode usar para escrever a velocidade 𝑣K do conjunto após a colisão como:
𝑣K 𝑚 𝑣N 𝑚 𝑣N
𝑥̇ (0) = 𝐴𝜔 = 𝑣K ⟹ 𝐴 = = = .
𝜔 𝑚+𝑀 𝜔 g(𝑚 + 𝑀) 𝑘
PROBLEMA 6.4
Determine:
75
Resolução:
𝑀𝑅@
𝐼jn = 𝐼jkl + 𝑀(ℓ + 𝑅)@ = + 𝑀(ℓ + 𝑅)@ ,
2
pelo que o momento de inércia do pêndulo em relação a um eixo que passa pelo ponto
O é dado por:
𝑚 ℓ@ 𝑀𝑅@ 𝑚 ℓ@ 3 𝑀𝑅@
𝐼n = 𝐼mn + 𝐼jn = + + 𝑀(ℓ + 𝑅)@ = + + 𝑀 (ℓ@ + 2𝑅ℓ) = 0.2 Kg m@
3 2 3 2
ℓ
m
𝑚 𝑟vw j
+ 𝑀𝑟vw 𝑚 2 + 𝑀(ℓ + 𝑅)
𝑟vw = = = 0.48 m .
𝑚+𝑀 𝑚+𝑀
𝑑𝐿y⃗
y⃗{|` . (6.4.1)
=𝑁
𝑑𝑡
y⃗
𝑑𝐿
y⃗{|` = 𝑁
=𝑁 y⃗}y⃗ = 𝑟⃗vw × 𝑃y⃗ = −𝑟vw (𝑚 + 𝑀)𝑔 sin 𝜃 𝑢
y⃗€
𝑑𝑡
76
y⃗ = 𝐼n 𝜔
Por outro lado, o momento angular é 𝐿 y⃗ = 𝐼n 𝜃̇ 𝑢
y⃗€ . Logo, aplicando a equação dos
momentos (6.4.2) temos:
𝑟vw (𝑚 + 𝑀)𝑔
𝐼n 𝜃̈ = −𝑟vw (𝑚 + 𝑀)𝑔 sin 𝜃 ⟹ 𝜃̈ = − sin 𝜃 . (6.4.2)
𝐼n
𝑟vw (𝑚 + 𝑀)𝑔
𝜃̈ ≃ − 𝜃 ,
𝐼n
2𝜋 𝐼n
𝑇= = 2𝜋5 = 1.5 s .
𝜔 𝑟vw (𝑚 + 𝑀)𝑔
PROBLEMA 6.5
Resolução:
77
Calculamos agora o momento de inércia da barra em relação ao ponto O tal como se fez
no problema 6.4:
‚
ƒj ‚
@ ƒj
𝑥s @ 𝑚 𝐿@
𝐼mn @
= o 𝑥 𝑑𝑚 = @
o 𝜆 𝑥 𝑑𝑥 = 𝜆 r t @
= 𝑚𝑑 + .
3 „…‚„j† 12
‚ @
„… „j†
@
NOTA: Tendo em conta o teorema dos eixos paralelos, e o facto de o eixo estar a uma
distância 𝑑 do CM da barra, podemos concluir que o momento de inércia da barra em
relação a um eixo que passa pelo seu centro de massa é dado por 𝐼mvw = 𝑚𝐿@ /12.
𝑚𝑑𝑔 𝑚𝑑𝑔
𝐼mn 𝜃̈ = −𝑚𝑑𝑔 sin 𝜃 ⟹ 𝜃̈ = − n sin 𝜃 ≃ − 𝜃 ,
𝐼m 𝐼mn
2𝜋 𝐼mn 12 𝑑 @ + 𝐿@
𝑇= = 2𝜋5 = 2𝜋5 . (6.5.1)
𝜔 𝑚𝑑𝑔 12 𝑑𝑔
b) Vamos agora determinar a distância 𝑑 que minimiza o período para um dado 𝐿. Para
isso derivamos a Eq. (6.5.2) em ordem a 𝑑:
𝜋 12 𝑑𝑔 𝑔𝐿@ − 12𝑑 @ 𝑔
= 12 5 .
g𝑔 12 𝑑 @ + 𝐿@ (12 𝑑 @ + 𝐿@ )@
@
12 𝑑Pˆ‰ + 𝐿@ 𝐿
𝑇Pˆ‰ = 2𝜋 5 = 2𝜋5 = 1.5 s .
12 𝑑Pˆ‰ 𝑔 √3 𝑔
78
PROBLEMA 6.6
Resolução:
a) O corpo encontra-se sob a ação das forças elásticas das duas molas que são
semelhantes. Logo, temos que:
2𝑘
𝑀 𝑥̈ (𝑡) = − 𝑘 𝑥(𝑡) − 𝑘 𝑥(𝑡) = −2𝑘 𝑥(𝑡) ⟹ 𝑥̈ (𝑡) + 𝜔@ 𝑥(𝑡) = 0 , 𝜔 = 5 .
𝑀
𝑣N 𝑀
𝑣N = 𝑥̇ (0) = 𝐴𝜔 ⟹ 𝐴 = = 𝑣N 5 = 1 m .
𝜔 2𝑘
79
Esta equação pode ser escrita como:
2𝑘 𝜇 𝑀𝑔
𝑥̈ (𝑡) + •𝑥(𝑡) + ‘ = 0 . (6.6.3)
𝑀 2𝑘
Definindo
𝜇 𝑀𝑔
𝑦(𝑡) = 𝑥(𝑡) + ,
2𝑘
2𝑘
𝑦̈ (𝑡) + 𝑦(𝑡) = 0 ⟹ 𝑦(𝑡) = 𝐵 sin(𝜔𝑡 + 𝛼),
𝑀
e escrever:
𝜇 𝑀𝑔 𝜇 𝑀𝑔
𝑥(𝑡) = 𝑦(𝑡) − = 𝐵 sin(𝜔𝑡 + 𝛼) − . (6.6.4)
2𝑘 2𝑘
𝑥̇ (𝑡) = 𝐵 𝜔 cos(𝜔𝑡 + 𝛼) .
A elongação máxima verificar-se-á quando 𝑥(𝑡) for máximo, ou seja, segundo a Eq.
(6.6.4), quando sin(𝜔𝑡 + 𝛼) = 1. Isto implica
𝜇 𝑔 𝑀 𝜇𝑔 @ 𝜇𝑔𝑀 𝑀 𝜇𝑔 @ 𝜇𝑔 𝑀
𝑥P•• = 𝐵 − @ = 𝐴51 + › œ − ⟹ 𝑥P•• = 𝐴 •51 + › œ − 5 ž.
𝜔 2𝑘 𝑣N 2𝑘 2𝑘 𝑣N 𝑣N 2𝑘
Substituindo os valores temos que 𝑥P•• = 0.6 𝐴. Como seria de esperar a elongação
máxima é menor do que no caso da alínea b).
PROBLEMA 6.7
80
O momento de inércia do quadrado em relação ao eixo que lhe é vertical e que passa
pelo seu centro de massa é 𝐼j = 𝑀𝐿@ /6:
Resolução:
a) Para determinar o momento de inércia da barra em relação a um eixo que passa pelo
seu centro de massa, procedemos da mesma forma que no problema 6.4. Usando o
o referencial indicado na figura ao lado temos
j/@
j/@
@ @
𝑥s 𝑚 𝑑 @
𝐼m = o 𝑥 𝑑𝑚 = o 𝜆 𝑥 𝑑𝑥 = 𝜆 r t = ,
3 „j/@ 12
„j/@
n
onde 𝐼mK,@ e 𝐼¢n são os momentos de inércia das barras de comprimento 𝑑K,@ e do
quadrado em relação a esse eixo. Usando o teorema dos eixos paralelos, temos que:
n
𝑑K @ 𝑚K 𝑑K@ 𝑚K 𝑑K@ 𝑚K 𝑑K@
𝐼mK = 𝐼mK + 𝑚K › œ = + = = 1.7 × 10„s Kg m@ ,
2 12 4 3
n
𝑑@ @ 𝑚@ 𝑑@@ 𝑑@ @
𝐼m@ = 𝐼m@ + 𝑚@ ›𝑑K + 𝐿 + œ = + 𝑚@ ›𝑑K + 𝐿 + œ = 6.4 × 10„s Kg m@ ,
2 12 2
𝐿 @ 𝑀𝐿@ 𝐿 @
𝐼¢n = 𝐼¢ + 𝑀 ›𝑑K + œ = + 𝑀 ›𝑑K + œ = 3.6 × 10„@ Kg m@ ,
2 6 2
n n
e, portanto, 𝐼n = 𝐼mK + 𝐼mK + 𝐼¢n = 4.48 × 10„@ Kg m@ .
Para determinar a distância do centro de
massa do sistema ao ponto 𝑂 temos:
mK ¢ m@
𝑚K 𝑑vw + 𝑀 𝑑vw + 𝑚@ 𝑑vw
𝑑vw =
𝑚K + 𝑀 + 𝑚@
81
𝑚K 𝑑K /2 + 𝑀 (𝑑K + 𝐿/2) + 𝑚@ (𝑑K + 𝐿 + 𝑑@ /2)
= = 0.56 m
𝑚K + 𝑀 + 𝑚@
c) Tal como no problema 6.4
y⃗
𝑑𝐿 (𝑚K + 𝑚@ + 𝑀)𝑑vw 𝑔
y⃗€ ⟹ 𝜃̈ = −
= −𝑑vw (𝑚K + 𝑚@ + 𝑀)𝑔 sin 𝜃 𝑢 sin 𝜃 ,
𝑑𝑡 𝐼n
82
7. RELATIVIDADE RESTRITA
PROBLEMA 7.1
Resolução:
𝑇] 1
𝑇b = = = 7 s.
@ √1 − 0.99@
+1 − 𝑣@
𝑐
PROBLEMA 7.2
Uma nave espacial tem o comprimento de 50m quando medido numa plataforma. Se a
espaçonave viajar a uma velocidade 0.95𝑐 em relação à plataforma, qual o comprimento
que um observador na plataforma observa?
Resolução:
83
Quando a nave se move com velocidade 𝑣 = 0.95𝑐 em relação à plataforma, um
observador na plataforma mede o comprimento ℓ dado por:
𝑣@
ℓ = ℓ] 51 − = 50g1 − 0.95@ = 15 m .
𝑐@
PROBLEMA 7.3
Resolução:
𝑣U − 𝑣T −0.85𝑐 − 0.75𝑐
𝑣Ub = 𝑣U 𝑣T = = −0.98𝑐 .
1− @ (−0.85𝑐)(0.75𝑐)
𝑐 1 −
𝑐@
PROBLEMA 7.4
Um eletrão move-se com velocidade 𝑣 = 0.85 𝑐. Qual a energia total e a energia cinética
do eletrão em eV.
Resolução:
84
Para a energia total 𝐸 temos:
𝐸N 0.512
𝐸= = = 0.972 MeV.
@ √1 − 0.85@
+1 − 𝑣 @
𝑐
A energia cinética 𝐾 será a diferença entre a energia total e a energia em repouso, isto
é:
PROBLEMA 7.5
a) Qual a energia do protão em eV, sabendo que a sua massa é 𝑚] = 1.67 × 10„@® Kg?
b) Qual a velocidade do protão?
c) Qual a energia cinética do protão?
d) Qual o momento linear do protão?
Resolução:
𝐸 1 𝑣@ 1 𝑣@ 8 √8
= ⟹ 51 − = ⟹ = ⟹ 𝑣 = 𝑐 = 2.8 × 10¥ m/s.
𝐸N @ 𝑐@ 3 𝑐@ 9 3
+1 − 𝑣@
𝑐
c) Tal como no problema anterior:
𝐸N MeV
𝐸 @ = 𝑝@ 𝑐 @ + 𝑚@ 𝑐 ¦ ⟹ 𝑝@ 𝑐 @ = 𝐸 @ − 𝑚]@ 𝑐 ¦ = 9𝐸N@ − 𝐸N@ = 8𝐸N@ ⟹ 𝑝 = √8 = 2650 .
𝑐 𝑐
PROBLEMA 7.5
A massa do deuterão 𝑑 (ou Hidrogénio pesado), não é igual à soma das massas dos
seus constituintes, o protão 𝑝 e o neutrão 𝑛. Calcule a diferença de massa e determine
85
a energia equivalente. Dados: 𝑚] = 1.007276 u , 𝑚‰ = 1.008665 u , 𝑚j = 2.013553 u ,
1u = 1.66 × 10„@® Kg.
Resolução:
A energia equivalente será: 𝐸 = Δ𝑚𝑐 @ = 3.56 × 10„Ks J = 2.23 MeV, que corresponde à
energia de ligação.
86
8. ONDAS
PROBLEMA 8.1
Uma onda harmónica numa onda esticada é descrita pela função de onda
a) O ângulo de fase.
b) A amplitude.
c) A frequência angular.
d) A frequência harmónica.
e) O número de onda.
f) O comprimento de onda.
g) A velocidade da onda.
h) A direção do movimento.
Resolução:
𝑑 @ 𝑦(𝑥, 𝑡) 1 𝑑 @ 𝑦(𝑥, 𝑡)
= , (7.1.1)
𝑑𝑥 @ 𝑣 @ 𝑑𝑡 @
𝐴 − amplitude
𝑘 − número de onda
𝜔 − frequência angular
𝜙 − ângulo de fase
2𝜋
𝜔 = 2𝜋𝑓 ⇒ 𝑓 = = 3.18 Hz
𝜔
f) O comprimento de onda 𝜆 determina-se tendo em conta que: 𝑘 = 2𝜋/𝜆 que dá:
87
2𝜋
𝜆= = 20𝜋 m .
𝑘
¶
g) A velocidade da onda é dada por 𝑣 = · = 𝜆𝑓 onde 𝑇 é o período. Tendo em conta
os resultados das alíneas anteriores:
𝑣 = 𝜆𝑓 = 200 m/s.
h) A função para uma onda deste tipo pode sempre escrever-se como:
em que o sinal positivo (negativo) corresponde a uma onda que se propaga para a
esquerda (direita). Podemos escrever,
Neste problema estamos perante um caso em que 𝑦(𝑥, 𝑡) = 𝑦(𝑥 − 𝑣𝑡, 0), concluímos que
a onda se propaga para a direita.
PROBLEMA 8.2
Uma solução de uma equação de onda é 𝑦K (𝑥, 𝑡) = 𝐴 sin(𝑘𝑥 − 𝜔𝑡). A função de onda
𝑦@ (𝑥, 𝑡) = 𝐴 cos(𝑘𝑥 − 𝜔𝑡) descreve uma onda fora de fase de 𝜋/2 em relação a 𝑦K (𝑥, 𝑡).
Resolução:
a) A equação de onda é:
𝑑 @ 𝑦(𝑥, 𝑡) 1 𝑑 @ 𝑦(𝑥, 𝑡)
= .
𝑑𝑥 @ 𝑣 @ 𝑑𝑡 @
Temos então:
88
b) Temos agora que:
𝑑 @ 𝑦(𝑥, 𝑡)
= −𝐴𝐵𝑘 @ sin(𝑘𝑥) cos(𝜔𝑡)
𝑑𝑥 @
𝑑 @ 𝑦(𝑥, 𝑡)
= −𝐴𝐵𝜔@ sin(𝑘𝑥) cos(𝜔𝑡)
𝑑𝑡 @
PROBLEMA 8.3
Resolução:
Considera-se o sentido positivo como sendo do ouvinte para a fonte, neste casa da
esquerda para a direita.Tendo em conta que 𝑣⃗» = −𝑣» 𝑢
y⃗• e 𝑣⃗• = 𝑣• 𝑢
y⃗• , e usando a
expressão geral:
PROBLEMA 8.4
Uma onda estacionária é formada pela interferência de duas ondas que se propagam
em sentidos contrários. Cada uma das ondas tem uma amplitude 𝐴 = 𝜋 cm, número de
onda 𝑘 = 𝜋/2 cm„K e frequência angular 𝜔 = 10𝜋 rad/s.
89
a) Calcule a distância entre os dois primeiros anti-nodos.
b) Qual é a amplitude da onda estacionária em 𝑥 = 0.25 cm .
Resolução:
Usando a propriedade sin(𝑎 ± 𝑏) = sin 𝑎 cos 𝑏 ± cos 𝑎 sin 𝑏, é fácil de ver que
𝜆 1 2𝜋 𝜋
Δ𝑥 = = = = 2 cm .
2 2 𝑘 𝑘
b) Podemos ver pela Eq. (8.4.1) que a amplitude para 𝑥 = 0.25 cm será dado por
𝑦P•• (𝑥′ = 0.25 cm), isto é:
𝜋
𝑦P•• (𝑥′ = 0.25 cm) = 2𝐴 sin(𝑘𝑥 b ) = 2𝜋 sin …0.25 † = 0.04 cm.
2
90