Pacote Materiais Contabilidade Gilson Nogueira
Pacote Materiais Contabilidade Gilson Nogueira
Pacote Materiais Contabilidade Gilson Nogueira
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SUMÁRIO
CONTABILIDADE GERAL ..................................................................................................................................... 2
BASE LEGAL PARA O ESTUDO DA CONTABILIDADE ....................................................................................... 2
CONCEITOS ................................................................................................................................................ 2
OBJETIVOS/FINALIDADE DA CONTABILIDADE ........................................................................................... 2
OBJETO ...................................................................................................................................................... 3
USUÁRIOS .................................................................................................................................................. 3
CONTABILIDADE GERAL
BASE LEGAL PARA O ESTUDO DA CONTABILIDADE
Antes de começarmos a estudar a contabilidade, todos vocês devem saber que ela tem
uma base legal para estudo, ela é LEGAL.
Nos dois sentidos da palavra, primeiramente ela está toda embasada em leis,
normas e procedimentos e, em segundo lugar, é a matéria mais legal só o Tody de
todo UNIVERSO.
Esse alicerce se encontra na Lei 6.404/76 (Lei das Sociedades por Ações). Basicamente
todos os artigos de que necessitamos para o nosso estudo, estão dispostos entre o art. 175 ao
art.204 desta legislação.
Eles nos darão suporte para todo o estudo da contabilidade, quer seja nas aulas básicas,
quer seja nas avançadas.
Além dessa legislação, temos de saber que, a partir de 2007, nós tivemos a convergência
da contabilidade nacional aos padrões internacionais, ou seja, a ciência contábil fora adaptada
para que pessoas do mundo inteiro possam investir em outros países, era necessária uma
padronização da contabilidade. Afinal, imagine se uma informação contábil é tratada de modo
diferente em cada um dos 193 países deste mundo. O que seria?
Então, as tão faladas Leis 11.638/2007 e 11.941/2009 trouxeram essas mudanças,
alterando a Lei 6.404/76. Com isso, surgiu o Comitê de Pronunciamentos Contábeis, que edita
os chamados Pronunciamentos Contábeis ou CPCs que hoje são tão explorados em concursos.
CONCEITOS
A Contabilidade é a ciência que estuda e controla o patrimônio, objetivando representá-lo
graficamente, evidenciar suas variações, estabelecer normas para sua interpretação, análise e
auditagem e servir como instrumento básico para a tomada de decisões de todos os setores direta
ou indiretamente envolvidos com a empresa.
É a ciência que estuda e pratica, controla e interpreta os fatos ocorridos no patrimônio das
entidades, mediante o registro, a demonstração expositiva e a revelação desses fatos, com o fim de
oferecer informações sobre a composição do patrimônio, suas variações e o resultado econômico
decorrente da gestão da riqueza econômica. (Hilário Franco)
Neste contexto, durante o 1º congresso brasileiro de contabilidade ocorrido no Rio de
Janeiro, em 1924, foi formulado o seguinte conceito para contabilidade:
A Contabilidade é a ciência que estuda e pratica as funções de
orientação, de controle e de registro relativos à administração econômica.
Então, podemos dizer que a contabilidade é a ciência que estuda, registra, controla e
interpreta os fatos ocorridos no patrimônio das entidades com FINS LUCRATIVOS OU NÃO.
OBJETIVOS/FINALIDADE DA CONTABILIDADE
O principal objetivo da contabilidade é FORNECER INFORMAÇÕES sobre o patrimônio
que ela controla aos seus usuários. Com base nessas informações os usuários podem TOMAR
DECISÕES. Desta forma, os administradores de uma empresa, de posse das informações
fornecidas pela contabilidade, podem avaliar a situação de sua empresa, constatar a ocorrência
de lucro ou prejuízo e pode redirecionar os rumos da entidade. Assim, o objetivo da
contabilidade é efetuar os registros de todos os fatos patrimoniais para possibilitar um controle
efetivo deste, de modo que os usuários possam tomar decisões a partir das informações obtidas.
OBJETO
O objeto de estuda da contabilidade é o PATRIMÔNIO. Entende-se por patrimônio o
conjunto de BENS, DIREITOS E OBRIGAÇÕES das entidades com ou sem fim lucrativo.
Entidades com fins lucrativos são as empresas, ao passo que sem fins lucrativos são os entes
públicos, as associações, as entidades de classe, etc. Desta forma, o objeto de estudo da
contabilidade é o conjunto de bens, direitos e obrigações pertencentes a qualquer entidade, seja
ela pública ou privada e ainda com fins lucrativos ou não.
USUÁRIOS
São as pessoas (físicas ou jurídicas) interessadas nas informações prestadas pela Contabilidade,
dentre elas:
a) a pessoa física cujo patrimônio esteja sendo contabilizado;
b) os acionistas, sócios ou proprietários de pessoas jurídicas;
c) administradores de pessoas jurídicas;
d) financiadores de recursos (credores) – interessam-se pelo fluxo financeiro do tomador
de recursos e também pelas garantias oferecidas;
e) governo – com base na contabilidade das empresas impõe tributação às mesmas e
realiza análise global da economia do país;
f) concorrentes;
g) especuladores.
SUMÁRIO
CONTABILIDADE GERAL ..................................................................................................................................... 2
CAMPO DE APLICAÇÃO .................................................................................................................................. 2
QUANTO AO FIM: ...................................................................................................................................... 2
QUANTO A SEUS PROPRIETÁRIOS: ............................................................................................................ 2
FUNÇÕES DA CONTABILIDADE .................................................................................................................. 2
CONTABILIDADE GERAL
CAMPO DE APLICAÇÃO
Se atentarmos ao objeto da contabilidade e ao conceito, fica fácil para delimitar o seu
campo de atuação ou campo de aplicação, visto que esta é aplicada a todas as entidades que
possuem um patrimônio a ser controlado, ou seja, a contabilidade se aplica às AZIENDAS, que
são entidades econômico-administrativas. Entidades econômico-administrativas são as
entidades que reúnem pessoas, patrimônio, ação administrativa e finalidade estabelecida. As
finalidades das entidades podem ser econômicas (visam ao lucro como as empresas comerciais
e indústrias).
Resumo da paçoca:
Quando falamos do campo de aplicação da Contabilidade, sempre buscaremos
uma entidade que possui PATRIMÔNIO e cujo patrimônio esteja sendo gerido, ou
seja, tem que haver GESTÃO.
PATRIMÔNIO
AZIENDA
GESTÃO
QUANTO AO FIM:
Social: não visam lucro. São as sociedades de caráter beneficente, esportivo,
cultural, recreativo, religioso, etc.
Econômico-Social/Sócio econômica: são aziendas sociais cujo objetivo é o
crescimento econômico das mesmas, com objetivo de prestar serviços específicos,
como sociedades de pecúlios, aposentadorias e benefícios;
Econômica: visam o lucro voltado para seu próprio benefício. Há numerosos
exemplos que permeiam toda a sociedade moderna.
QUANTO A SEUS PROPRIETÁRIOS:
Pública: pertencente à coletividade, mas que pode ser administrada pelo setor
público ou privado.
Particular: pertence a um indivíduo ou a um grupo restrito de pessoas.
FUNÇÕES DA CONTABILIDADE
A função da contabilidade é econômico-administrativa.
A FUNÇÃO ADMINISTRATIVA consiste em controlar o patrimônio das entidades. Ao
passo que a FUNÇÃO ECONÔMICA está voltada à apuração do resultado ou rédito (lucro ou
prejuízo).
SUMÁRIO
EXERCÍCIOS ........................................................................................................................................................ 2
GABARITO ...................................................................................................................................................... 3
EXERCÍCIOS
1. O objeto da Contabilidade é o patrimônio do ente contábil específico.
Certo ( ) Errado ( )
2. Para o estudo da Contabilidade, patrimônio é a diferença entre ativos e passivos detidos
pelas entidades.
Certo ( ) Errado ( )
3. A Contabilidade integra o rol das ciências exatas por estar dedicada à mensuração da
riqueza do ente contábil.
Certo ( ) Errado ( )
4. As finalidades da Contabilidade incluem auxiliar os gestores de uma organização a
exercer seu papel na gestão de negócios.
Certo ( ) Errado ( )
5. A confusão normalmente feita entre os termos capital e patrimônio é causada pelo fato
de, na Contabilidade, o capital ser constituído pelo patrimônio líquido, enquanto o
patrimônio é formado pelo ativo total das entidades.
Certo ( ) Errado ( )
6. As funções da Contabilidade incluem a orientação dos usuários, assim entendida a
prestação de informações úteis que possam evidenciar as mutações patrimoniais, tanto
qualitativas quanto quantitativas.
Certo ( ) Errado ( )
7. Permitir o planejamento, o controle e a análise patrimonial com vistas à tomada de
decisão constitui objetivo da ciência contábil.
Certo ( ) Errado ( )
8. A Contabilidade teórica consiste no registro das operações de determinada entidade em
livros mantidos para essa finalidade.
Certo ( ) Errado ( )
9. Para o estudo da Contabilidade, patrimônio é a diferença entre ativos e passivos detidos
pelas entidades.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO
1. Certo
2. Errado
3. Errado
4. Certo
5. Errado
6. Certo
7. Certo
8. Errado
9. Errado
SUMÁRIO
CONTABILIDADE GERAL ..................................................................................................................................... 2
TÉCNICAS CONTÁBEIS .................................................................................................................................... 2
ESCRITURAÇÃO .......................................................................................................................................... 2
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS .................................................................................................................. 2
AUDITORIA................................................................................................................................................. 2
ANÁLISE DE BALANÇO ............................................................................................................................... 3
CONTABILIDADE GERAL
TÉCNICAS CONTÁBEIS
A contabilidade é uma ciência e tem por objetivo o registro dos fatos contábeis, o controle
do patrimônio e gerar informações úteis aos seus usuários. Para que possa alcançar esses
objetivos, são utilizadas as técnicas da escrituração, das demonstrações contábeis, da análise
das demonstrações contábeis ou de balanço e da auditoria.
ESCRITURAÇÃO
É a técnica contábil que se encarrega do REGISTRO dos fatos que alteram o patrimônio
de uma entidade, vale dizer, toda vez que ocorrer alguma alteração nos bens, direitos e
obrigações de uma entidade, essas alterações devem ser registradas por meio da técnica de
escrituração. Assim, as alterações devem ser registradas tão logo se tenha conhecimento de sua
ocorrência, resultando, assim, que a escrituração estará posta em ordem cronológica de dia,
mês e ano. A técnica de escrituração encontra capitulação legal por meio do artigo 177 da Lei
no 6.404/1976 (Lei das S.A.) e pela Lei nº 10.406/2002 (novo Código Civil). Segundo o
dispositivo da Lei das S.A., a escrituração das empresas deve manter registros permanentes em
obediência à legislação comercial, aos preceitos da referida Lei e aos princípios contábeis
geralmente aceitos.
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
A técnica das demonstrações contábeis está voltada à elaboração de RELATÓRIOS
RESUMIDOS apresentando a situação patrimonial em determinada data (Balanço Patrimonial),
a demonstração do resultado do exercício, as fontes ou origens de recursos e suas aplicações, a
demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados além de outros demonstrativos.
As demonstrações contábeis obrigatórias, segundo a Lei n° 6.404/1976 (Lei das S/A.),
são:
BALANÇO PATRIMONIAL - BP
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO - DRE
DEMONSTRAÇÃO DOS LUCROS OU PREJUÍZOS ACUMULADOS - DLPA podendo
ser substituído pela DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO -
DMPL;
DEMONSTRAÇÃO DE FLUXO DE CAIXA - DFC
DEMONSTRAÇÃO DE VALOR ADICIONADO – DVA (SAs de CAPITAL ABERTO)
NOTAS EXPLICATIVAS, incluindo a descrição das práticas contábeis.
AUDITORIA
É a técnica contábil que tem por objetivo a VERIFICAÇÃO OU REVISÃO DE REGISTROS,
demonstrações e procedimentos adotados para a escrituração, visando avaliar a adequação e a
veracidade das situações memorizadas e expostas. É, hoje, um exame sistemático, racional,
organizado metodologicamente, para produzir opiniões sobre as situações patrimoniais,
financeiras, de resultado, de produtividade, de risco, de legalidade, de economicidade, de
eficácia, em suma, de todos os aspectos da vida patrimonial.
ANÁLISE DE BALANÇO
É técnica que se utiliza de MÉTODOS E PROCESSOS CIENTÍFICOS (ESTATÍSTICOS) na
decomposição, comparação e interpretação do conteúdo das demonstrações contábeis, para a
obtenção de informações analíticas. Convém observar que a análise não se limita ao Balanço
Patrimonial, estendendo-se às outras demonstrações contábeis. É oportuno que se chame
atenção ao fato de a Auditoria e a Análise de Balanços serem, também, especializações da
Contabilidade.
SUMÁRIO
EXERCÍCIO SOCIAL ............................................................................................................................................. 2
ANO CIVIL....................................................................................................................................................... 2
EXERCÍCIOS ........................................................................................................................................................ 3
GABARITO ...................................................................................................................................................... 4
EXERCÍCIO SOCIAL
Também chamado de período administrativo ou período contábil, representa o período de
tempo em que, ao seu final, a direção da entidade elaborará e divulgará os relatórios contábeis.
Este período poderá coincidir ou não com o ano civil, conforme dispuser em seus estatutos e
pela observância da legislação fiscal.
A Lei das SAs estabelece em seu art. 175, que o exercício social terá a duração de 1 ano e
ao cabo deste, a diretoria fará elaborar as demonstrações financeiras (contábeis):
Art. 175. O exercício social terá duração de 1 (um) ano e a data do
término será fixada no estatuto. Parágrafo único. Na constituição da
companhia e nos casos de alteração estatutária o exercício social
poderá ter duração diversa. Disposições Gerais
Art. 176. Ao fim de cada exercício social, a diretoria fará elaborar,
com base na escrituração mercantil da companhia, as seguintes
demonstrações financeiras, que deverão exprimir com clareza a
situação do patrimônio da companhia e as mutações ocorridas no
exercício:
I - balanço patrimonial;
II - demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados;
III - demonstração do resultado do exercício; e
IV – demonstração dos fluxos de caixa; e (Redação dada pela Lei nº
11.638, de 2007)
V – se companhia aberta, demonstração do valor adicionado.
(Incluído pela Lei nº 11.638, de 2007)
ANO CIVIL
LEI Nº 810, DE 6 DE SETEMBRO DE 1949
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o CONGRESSO
NACIONAL decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1º Considera-se ano o período de doze meses contado do dia do
início ao dia e mês correspondentes do ano seguinte.
Art. 2º Considera-se mês o período de tempo contado do dia do início
ao dia correspondente do mês seguinte.
Art. 3º Quando no ano ou mês do vencimento não houver o dia
correspondente ao do início do prazo, este findará no primeiro dia
subsequente.
RESUMO:
Muito cuidado por aqui, meus jovens “PADAWANS”, conforme foi dito em sala,
os conceitos supramencionados são institutos jurídicos DIFERENTES, cada um com
seu cada um. Porém, no Brasil, por pacificação contábil, o EXERCÍCIO SOCIAL
COINCIDE COM O ANO CIVIL.
MUITA ATENÇÃO!
EXERCÍCIOS
1. A técnica contábil usada no registro dos fatos contábeis e no controle do patrimônio, e
das variações desse patrimônio, por meio de lançamentos destinados ao registro das
operações que o afetam, é a:
a) Avaliação
b) Classificação
c) Demonstração
d) Escrituração
e) Provisão
2. A técnica contábil usada no registro dos fatos contábeis e no controle do patrimônio, e
das variações desse patrimônio, por meio de lançamentos destinados ao registro das
operações que o afetam, é a:
a) Avaliação
b) Classificação
c) Demonstração
d) Escrituração
e) Provisão
3. Assinale a alternativa que apresenta as técnicas aplicadas em ciências contábeis.
f) Receitas, Despesas, Ativo e Passivo.
g) Ativo + Passivo = Patrimônio Líquido.
h) As contas do ativo (bens e direitos) só, em regra, de natureza devedora.
i) Os fatos mistos representam a junção dos fatos permutativos e modificativos.
j) Escrituração, análises, demonstrações contábeis e auditoria.
4. Escrituração, Atos Administrativos, Demonstrações Contábeis, Auditoria, Análise de
Balanços, Mecanismo do débito e do Crédito, Equação Fundamental do Patrimônio,
Princípios Contábeis.
Indique quantas técnicas contábeis constam dos itens acima.
a) duas
b) quatro
c) três
d) cinco
e) seis
5. Contabilidade é a ciência que estuda, registra, controla e interpreta os fatos ocorridos no
patrimônio das empresas, utilizando técnicas específicas. Assinale a opção que apresenta
tais técnicas contábeis.
a) Balanços, auditoria, registro contábil e inventários.
b) Balancetes, balanços, auditoria, escrituração e lançamentos.
c) Demonstração de origem e aplicação de recursos, demonstração de resultado do
exercício, demonstração de lucros ou prejuízos acumulados e balanço patrimonial.
d) Escrituração, demonstração, auditoria e análise de balanços.
e) Inventários, balanços e livros contábeis Diário e Razão.
GABARITO
1. D
2. D
3. E
4. B
5. D
6. A
7. C
8. C
SUMÁRIO
PATRIMÔNIO ..................................................................................................................................................... 2
CONCEITO ...................................................................................................................................................... 2
BEM............................................................................................................................................................ 2
DIREITO ...................................................................................................................................................... 2
OBRIGAÇÕES.............................................................................................................................................. 2
PATRIMÔNIO
CONCEITO
É o conjunto de bens, direitos e obrigações vinculadas a uma determinada entidade, com
ou sem fins lucrativos, utilizados na consecução de seus objetivos. O patrimônio das Entidades
é autônomo em relação aos demais patrimônios, podendo a entidade dispor dele, livremente
dentro do ordenamento jurídico e racionalidade econômica e administrativa. Há outras
ciências que têm como seu objeto o patrimônio, porém à Contabilidade esse interessa sob o
aspecto qualitativo e quantitativo.
BEM
Tudo o que possui valor econômico e que pode ser convertido em dinheiro, sendo
utilizado na realização do objetivo principal de seu proprietário. São as coisas úteis, capazes
de satisfazer as necessidades das pessoas e das empresas.
Os bens classificam-se em: Bens Móveis, Bens Imóveis, Bens Tangíveis e Bens
Intangíveis. Os bens fazem parte do ATIVO (patrimônio bruto).
BIZU:
Tudo que é seu
Vale dinheiro ($$)
E está com você.
DIREITO
São os recursos que a empresa tem a receber e que gerarão benefícios presentes ou
futuros. É o poder de exigir alguma coisa.
Pode ser, por exemplo, o valor que uma empresa receberá decorrente de uma venda a
prazo. O comprador já levou a mercadoria, porém ainda não pagou, então a empresa tem o
direito de receber o valor correspondente. Fazem parte do ATIVO (patrimônio bruto).
Exemplos de direitos: duplicatas a receber, salários a receber, aluguéis a receber, contas
a receber, títulos a receber, etc.
BIZU:
Tudo que é seu
Vale dinheiro ($$)
E NÃO está com você (está na mão de terceiros).
É TUDO A RECEBER!!!!
OBRIGAÇÕES
São dívidas, valores a serem pagos a terceiros (empresa ou pessoa física). Fazem parte
do PASSIVO.
Exemplos de Obrigações: salários a pagar, aluguéis a pagar, contas a pagar,
Fornecedores ou Duplicatas a pagar (referente a compra de mercadorias a prazo), impostos a
pagar (ou impostos a recolher), etc.
BIZU:
Esse é o mais fácil de todos....
É TUDO A PAGAR!!
SUMÁRIO
BENS, DIREITOS E OBRIGAÇÕES ........................................................................................................................ 2
COMO ESTÃO NA DOUTRINA? ...................................................................................................................... 2
BENS........................................................................................................................................................... 2
DIREITOS .................................................................................................................................................... 2
OBRIGAÇÕES.............................................................................................................................................. 2
EXERCÍCIOS ........................................................................................................................................................ 2
GABARITO ...................................................................................................................................................... 3
EXERCÍCIOS
1. Acerca de registros contábeis de empresas comerciais e sua influência nas
demonstrações contábeis, julgue os itens a seguir. O patrimônio líquido deve apresentar
o registro dos bens e direitos da empresa.
Certo ( ) Errado ( )
2. As contas do ativo compreendem as aplicações de recursos em bens e direitos.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO
1. E
2. C
SUMÁRIO
DEFINIÇÕES DOS ELEMENTOS PATRIMONIAIS DE ACORDO COM O CPC. 00 (R2) ............................................ 2
ATIVO ............................................................................................................................................................. 2
O QUE É ATIVO DE ACORDO COM A LEI Nº 6.404 DE 15 DE DEZEMBRO DE 1976.................................... 2
Fala galera linda do meu Coração! Tio Gilson dando aqueles BIZUS, vamos ter
cuidado com essas terminologias contábeis usuais em concursos públicos, pois elas
não caem... DESPENCAM, e se tratam apenas de sinônimos:
CIRCULANTE OU CURTO PRAZO - todos os bens e direitos realizáveis em
moeda com vencimento até o término do exercício social (ano) seguinte.
OBS.: pode acontecer de a entidade ter o ciclo operacional com duração
maior do que o período de 12 meses, dessa forma a classificação como curto ou
longo prazo terá por base o prazo desse ciclo.
NÃO CIRCULANTE OU LONGO PRAZO - todos os bens e direitos realizáveis
em moeda com o vencimento após o término do exercício social (ano) seguinte.
GRAU DE LIQUIDEZ - é o maior ou menor prazo no qual os Bens e
os Direitos podem ser transformados em dinheiro. Ex.: conta Caixa é a de maior
liquidez, por já ser dinheiro. Já a conta Veículos é de menor liquidez que a conta
Caixa, pois demora mais para se transformar em dinheiro (primeiro precisa-se
vender o veículo para, depois, ter o dinheiro em mãos).
REALIZÁVEL - representa tudo o que se pode mudar, converter, transformar
em disponibilidade (dinheiro), sendo uma expressão usada no Ativo. Exemplo: uma
duplicata de cliente é um direito realizável e em um determinado momento ela se
transformará em dinheiro.
CICLO OPERACIONAL - É a soma de todos os acontecimentos referentes a
uma operação empresarial (inicia com a compra de matéria-prima, passa pela
produção, avançando pela venda do produto e vai até o recebimento relacionado às
vendas realizadas).
SUMÁRIO
DEFINIÇÕES DOS ELEMENTOS PATRIMONIAIS DE ACORDO COM O CPC 00 (R2) DE 10/12/2019.................... 2
PASSIVO ......................................................................................................................................................... 2
O QUE É PASSIVO DE ACORDO COM A LEI Nº 6.404 DE 15 DE DEZEMBRO DE 1976 ................................ 2
PATRIMÔNIO LÍQUIDO (PL) ........................................................................................................................... 3
O QUE É PL DE ACORDO COM A LEI Nº 6.404 DE 15 DE DEZEMBRO DE 1976 .......................................... 3
NOMENCLATURAS USUAIS DO PATRIMÔNIO ............................................................................................... 3
Bizu!!!
Fala Galera!!! Muito cuidado com esse conceito de Patrimônio Líquido, porque
mesmo fazendo parte do PASSIVO, o PL é completamente independente.
O Passivo é divido em Circulante, Não Circulante e PL, ou seja, o PL não
pertence ao passivo não circulante...
SUMÁRIO
DEFINIÇÕES DOS ELEMENTOS PATRIMONIAIS DE ACORDO COM O CPC 00 (R2) ............................................. 2
RECEITA.......................................................................................................................................................... 2
DESPESA......................................................................................................................................................... 2
EXERCÍCIOS ........................................................................................................................................................ 3
GABARITO ...................................................................................................................................................... 3
Receitas são aumentos nos ativos, ou reduções nos passivos, que resultam em aumentos
no patrimônio líquido, exceto aqueles referentes a contribuições de detentores de direitos
sobre o patrimônio.
A receita corresponde, em geral, às vendas de mercadorias, produtos ou prestações de
serviços. Ela é refletida no balanço patrimonial por meio da entrada de dinheiro no
Caixa/Bancos (venda à vista) ou entrada em forma de direitos a receber (venda a prazo) –
Duplicatas a Receber. Percebe-se que as receitas (contas de resultado) não aparecem no
balanço patrimonial. Elas são a ele incorporados em forma de resultado via conta de lucros ou
prejuízos acumulados.
“Toda Receita aumenta o PL, mas nem todo aumento de PL foi
consequência de uma Receita”.
DESPESA
“Reduções nos ativos, ou aumentos nos passivos, que resultam em
reduções no patrimônio líquido, exceto aqueles referentes a distribuições
aos detentores de direitos sobre o patrimônio”.
Despesas são reduções nos ativos, ou aumentos nos passivos, que resultam em reduções no
patrimônio líquido, exceto aqueles referentes a distribuições aos detentores de direitos sobre o
patrimônio.
Despesa é todo o sacrifício ou todo esforço da pessoa jurídica para obter uma receita (o
consumo de bens e serviços com o objetivo de obter receitas é um sacrifício, um esforço para a
empresa). Ela é refletida no balanço por meio de uma redução do Caixa/Bancos (quando é paga a
vista) ou mediante um aumento de uma dívida (passivo, quando a despesa é incorrida, mas não
paga).
EXERCÍCIOS
1. No ativo, as contas serão dispostas em ordem decrescente de grau de liquidez dos
elementos nelas registrados, nos seguintes grupos: I – ativo circulante; e II – ativo não
circulante, composto por ativo realizável a longo prazo, investimentos, imobilizado e
intangível.
( )CERTO ( ) ERRADO
2. O balanço patrimonial é composto pelo ativo, pelo passivo e pelo patrimônio líquido.
Considerando-se que o ativo e o passivo sejam divididos em circulante e não circulante, é
correto afirmar que as obrigações que vencerem após o término do exercício social
seguinte deverão ser classificadas no passivo não circulante.
( )CERTO ( ) ERRADO
3. Compõem o ativo não circulante o ativo realizável a longo prazo, o ativo imobilizado, o
ativo intangível e o ativo permanente.
( )CERTO ( ) ERRADO
4. O ativo não circulante inclui ativos realizáveis a longo prazo, investimentos,
imobilizados e intangíveis.
( )CERTO ( ) ERRADO
5. De acordo com a legislação em vigor, o ativo das empresas deve ser dividido em dois
grandes grupos: ativo circulante e ativo permanente.
( )CERTO ( ) ERRADO
6. No balanço patrimonial, as contas de passivo são classificadas em dois grupos:
circulante e não circulante. No grupo não circulante, inclui-se o patrimônio líquido.
( )CERTO ( ) ERRADO
7. As obrigações da companhia com terceiros devem ser classificadas no passivo
circulante ou no passivo não circulante, tomando-se como referência o exercício social ou o
ciclo operacional da empresa, se este tiver duração maior que o exercício social.
( )CERTO ( ) ERRADO
8. Com base nos pronunciamentos técnicos do Comitê de Pronunciamentos Contábeis e
nas disposições da Lei n.º 6.404/1976 e suas alterações acerca de demonstrações
contábeis, julgue o próximo item. A classificação de ativos e passivos como circulantes
ou não circulantes deve obedecer ao ciclo operacional da empresa.
( )CERTO ( ) ERRADO
GABARITO
1. C
2. C
3. E
4. C
5. E
6. E
7. C
8. E
SUMÁRIO
EQUAÇÃO FUNDAMENTAL DO PATRIMÔNIO ................................................................................................... 2
A = Pe + PL
PL = B + D - O 3s PL = A-Pe
A = Ativo
Pe = Passivo Exigível
PL = Patrimônio Liquido
O3s = Obrigação com terceiros
B = Bens
D = Direitos
Perceba que em qualquer das situações acima apresentadas, sempre deverão
obedecer ao método das partidas dobradas, ou seja, um lado deve ser igual ao
outro.
SUMÁRIO
SITUAÇÕES PATRIMONIAIS................................................................................................................................ 2
SITUAÇÃO LÍQUIDA POSITIVA ........................................................................................................................ 2
SITUAÇÃO LÍQUIDA NEGATIVA ...................................................................................................................... 2
SITUAÇÕES PATRIMONIAIS
SITUAÇÃO LÍQUIDA POSITIVA
1ª Situação: ATIVO É MAIOR QUE O PASSIVO, e como o Patrimônio Líquido é Ativo (-)
Passivo, teremos um Patrimônio Líquido POSITIVO, OU SITUAÇÃO LÍQUIDA POSITIVA. Essa
situação pode ser representada da seguinte forma:
A = P + PL, ou
P
A +
PL
A+PL = P, ou
A
+ P
PL
Sempre que ocorrer a situação liquida negativa, também podemos chamar de
PASSIVO A DESCOBERTO.
SUMÁRIO
SITUAÇÕES PATRIMONIAIS................................................................................................................................ 2
SITUAÇÃO LÍQUIDA NULA.............................................................................................................................. 2
CONTAS ............................................................................................................................................................. 2
REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DAS CONTAS (ELEMENTOS MÍNIMOS) .............................................................. 2
TÍTULO DA CONTA: .................................................................................................................................... 2
FUNCIONAMENTO DAS CONTAS ....................................................................................................................... 3
CONTAS DO ATIVO E DESPESAS..................................................................................................................... 3
CONTAS DO PASSIVO, PATRIMÔNIO LÍQUIDO E RECEITAS ........................................................................... 3
FUNÇÃO DAS CONTAS ................................................................................................................................... 4
FUNCIONAMENTO DAS CONTAS ................................................................................................................... 4
SITUAÇÕES PATRIMONIAIS
SITUAÇÃO LÍQUIDA NULA
3ª Situação: Quando o PASSIVO FOR IGUAL AO ATIVO, teremos caracterizada a
inexistência de Capital Próprio ou a situação líquida nula.
A = P, ou A P
RESUMO DA PAÇOCA
1ª SITUAÇÃO
A > P = Situação Líquida Positiva ou Superavitária.
A=SL = Situação Líquida Positiva Sem Obrigações.
2ª SITUAÇÃO
A<P = Situação Líquida Negativa (passivo a descoberto).
A=0 / P=SL – Pior Situação Possível.
3ª SITUAÇÃO
A=P = Situação Líquida Nula.
CONTAS
REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DAS CONTAS (ELEMENTOS
MÍNIMOS)
Nos registros contábeis utilizamos diversos livros e formas de evidenciação. Uma das
formas de evidenciação é a individualizada por conta, isto é, cada uma das contas terá um
espaço próprio pelo qual podemos observar toda a evolução do componente patrimonial
representado por essa conta. Todavia, esses registros não são efetuados ao bel prazer de quem
detém a responsabilidade de fazê-lo, pois hão de ser efetuados em ordem cronologia e em
livro próprio, chamado de RAZÃO. Por mais que falamos que os registros serão efetuados no
livro RAZÃO, é comum que esse livro seja substituído por fichas, as chamadas fichas do Razão,
sendo utilizada uma ficha para cada uma das contas. Nas fichas do Razão, a conta possui como
elementos necessários o valor do débito, o valor do crédito, o valor do saldo, o histórico, o
título e a data da movimentação. Esses elementos podem ser representados, graficamente,
como se demonstra a seguir:
TÍTULO DA CONTA:
DATA HISTORICO DEBITO CREDITO SALDO
SUMÁRIO
O PLANO DE CONTAS CONTÁBIL ....................................................................................................................... 2
NOÇÕES DE DÉDITO E CRÉDITO ........................................................................................................................ 2
DEBITAR ......................................................................................................................................................... 2
CREDITAR....................................................................................................................................................... 3
DEBITAR
Significa anotar na coluna do Débito de uma conta, para aumentar o seu valor (se a
conta representa um Bem ou um Direito), ou para diminuir seu valor (se a conta representa
uma obrigação).
Ou seja, DEBITAR significa aumentar o saldo de uma conta com natureza
DEVEDORA ou diminuir o saldo de uma conta de natureza CREDORA.
CREDITAR
Significa registrar uma importância na coluna de Crédito de uma conta, para aumentar
seu valor (se a conta representa uma obrigação), ou para diminuir seu valor (se a conta
representa um Bem ou Direito).
Ou seja, CREDITAR significa aumentar o saldo de uma conta com natureza
CREDORA ou diminuir o saldo de uma conta de natureza DEVEDORA.
Há várias formas de os lançamentos débito e crédito serem feitos, vou
apresentar as mais utilizadas:
D- Estoque
C- Bancos
ou
Estoque
a Bancos
OBS.: Para corrigir um erro em um lançamento contábil, não se usa borracha
ou corretivo. Para corrigi-lo, faz-se o registro contrário. Um débito anula um crédito
e vice-versa (operação conhecida como estorno). Pode-se usar para corrigir os
erros em geral (inversão das contas, lançamentos em duplicidade, omissão de
lançamentos, erro no valor, etc.) vários tipos de métodos, como por exemplo,
estorno do lançamento, lançamento retificativo, lançamento complementar e
ressalva por profissional qualificado.
SUMÁRIO
CONTAS RETIFICADORAS ................................................................................................................................... 2
CONTAS RETIFICADORAS MAIS UTILIZADAS .................................................................................................. 2
CONTAS RETIFICADORAS
Esse tipo especial de conta possui natureza CONTRÁRIA ao grupo no qual está inserida.
“Como assim, professor? Tu és leso, és?”
Calma pequeno gafanhoto, já falamos sobre isso! Uma conta retificadora do
Ativo não possui a natureza desse grupo, isto é, devedora; possui natureza
credora. Logo, ela ao invés de aumentar o saldo do grupo, irá diminuí-lo. Da
mesma maneira, uma conta retificadora do Passivo ou Patrimônio não possui
natureza credora; possui natureza devedora.
As contas retificadoras servem para ajustar o saldo de uma conta “principal”. Um exemplo da
aplicação desse conceito é o cálculo da Depreciação de Ativos Imobilizados. A depreciação
assim está prevista na Lei 6.404/76:
Art. 183. § 2o A diminuição do valor dos elementos dos ativos
imobilizado e intangível será registrada periodicamente nas contas
de: (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009) a) depreciação,
quando corresponder à perda do valor dos direitos que têm por
objeto bens físicos sujeitos a desgaste ou perda de utilidade por uso,
ação da natureza ou obsolescência.
SUMÁRIO
LANÇAMENTOS ................................................................................................................................................. 2
MÉTODO DAS PARTIDAS DOBRADAS ........................................................................................................ 2
LANÇAMENTO PASSO A PASSO ................................................................................................................. 3
LANÇAMENTOS
É a prática da escrituração, efetuada nos livros contábeis. Lembre-se de que a
escrituração é técnica e não deve ser confundida com lançamento, que é o ato de escriturar,
efetuado pelo método das partidas dobradas, que é apenas um método de escrituração Ao
registro de um fato contábil chamamos lançamento. Esse é efetuado em livros contábeis
próprios como o Diário, Razão, etc. Ao conjunto de registros ou lançamentos é que chamamos
escrituração.
Resumindo: ESCRITURAÇÃO: Registro dos fatos que alteram o patrimônio. É feita por
meio dos lançamentos. A escrituração é posta em prática pelo ato do lançamento, segundo o
método das partidas dobradas, para atender a função registro, atrelada no conceito da Ciência
Contabilidade. Assim, temos uma hierarquia descendente de amplitude de conceitos,
começando pela Contabilidade (ciência), em seguida a escrituração (técnica) e o
lançamento/registro (método de escrituração “partidas dobradas”).
As entidades devem adotar certas formalidades na escrituração de fatos contábeis.
Assim, ela deve manter um sistema de escrituração uniforme dos seus atos e fatos
administrativos, por meio de processo manual, mecanizado ou eletrônico.
A escrituração deverá ser executada em idioma e moeda corrente nacionais, em forma
contábil, em ordem cronológica de dia, mês e ano, com ausência de espaços em branco,
entrelinhas, borrões, rasuras, emendas ou transportes para as margens, com base em
documentos de origem externa ou interna ou, na sua falta, em elementos que comprovem ou
evidenciem fatos e a prática de atos administrativos.
O Balanço e as demais Demonstrações Contábeis de encerramento de exercício deverão
ser transcritos no “Diário”, completando-se com as assinaturas do Contabilista e do titular ou
representante legal da Entidade.
“Diário” e “Razão” constituem os registros permanentes da Entidade. Os registros
auxiliares, quando adotados, devem obedecer aos preceitos gerais da escrituração contábil,
observadas as peculiaridades da sua função. No “Diário” serão lançadas, em ordem
cronológica, com individuação, clareza e referência ao documento probante, todos os fatos
que provoquem variações patrimoniais, quer qualitativas, quer quantitativas.
MÉTODO DAS PARTIDAS DOBRADAS
Em contabilidade, o termo partida, significa o registro de um fato ou de vários fatos
patrimoniais em forma contábil, caracterizando-se a conta, o histórico, os valores e a data em
que se verificou o fato. Dessa forma, temos que o termo partida é sinônimo de lançamento,
quer no LIVRO DIÁRIO, quer no LIVRO RAZÃO.
O fundamento desse método consiste em movimentarem-se, sempre, pelo menos duas
contas, ou seja, se efetuarmos um débito em uma ou mais contas, devemos efetuar um crédito,
de valor equivalente, em uma ou mais contas, de maneira que a soma dos débitos efetuados
em um dado período seja igual à soma dos créditos efetuados no mesmo período.
Lançamento
Ø Sempre tem um DÉBITO para um CRÉDITO.
Ø O Somatório de todos os DÉBITOS tem de ser igual aos somatórios dos CRÉTIDOS.
Ø Os saldos DEVEDORES serão iguais aos Saldos CREDORES.
Ø Toda APLICAÇÃO () de recurso será igual a sua ORIGEM.
SUMÁRIO
ELEMENTOS ESSENCIAIS DO LANÇAMENTO CONTÁBIL. ................................................................................... 2
PARTIDAS DE DIÁRIO ................................................................................................................................. 2
PARTIDAS DE RAZÃO ................................................................................................................................. 2
MÉTODO DAS PARTIDAS DOBRADAS ............................................................................................................ 2
PARTIDAS DE DIÁRIO
Os fatos devem ser registrados no livro Diário em ordem estritamente cronológica de
dia, mês e ano, com a seguinte forma de apresentação:
• data da ocorrência;
• conta devedora (e/ou código de identificação);
• conta credora (e/ou código de identificação) precedida da preposição "a"
quando manual;
• histórico do fato em língua nacional com identificação do documento
comprobatório;
• valor em moeda nacional.
PARTIDAS DE RAZÃO
As partidas de Diário devem ser transportadas para o livro Razão, que é um livro
sistemático porque destina uma página para cada conta, retratando os saldos das contas,
enquanto que no Diário aparecem apenas os valores lançados a débito e a crédito das contas
respectivas, em ordem cronológica, não permitindo conhecer-se o volume de operações
registradas em cada conta.
SUMÁRIO
FÓRMULAS DE LANÇAMENTOS CONTÁBEIS. ..................................................................................................... 2
LANÇAMENTO DE PRIMEIRA FÓRMULA – 1 DÉBITO E 1 CRÉDITO ............................................................ 2
LANÇAMENTO DE SEGUNDA FÓRMULA – 1 DÉBITO E 2 OU MAIS CRÉDITOS ........................................... 2
LANÇAMENTO DE TERCEIRA FÓRMULA – 2 OU MAIS DÉBITOS E 1 CRÉDITO ........................................... 2
SUMÁRIO
FÓRMULAS DE LAÇAMENTOS CONTÁBEIS ........................................................................................................ 2
LANÇAMENTO DE QUARTA FÓRMULA – 2 OU MAIS DÉBITOS E 2 OU MAIS CRÉDITOS ............................ 2
RETIFICAÇÃO DE LANÇAMENTOS CONTÁBEIS ................................................................................................... 2
ESTORNO ....................................................................................................................................................... 2
LANÇAMENTO RETIFICATIVO .................................................................................................................... 3
LANÇAMENTO COMPLEMENTAR .................................................................................................................. 3
LANÇAMENTO DE TRANSFERÊNCIA............................................................................................................... 4
ESTORNO
É utilizado quando ocorre duplicidade de um mesmo lançamento contábil (quando o
contabilista faz o mesmo lançamento duas vezes) ou por erro de lançamento da conta
debitada ou da conta creditada na escrituração das entidades, fazendo um lançamento inverso
àquele feito erroneamente, anulando-o totalmente. A correção, no caso de duplicidade, é
simples. Deve-se efetuar apenas o estorno do lançamento feito a mais. Se o caso for erro de
lançamento, estornamos conforme o exemplo a seguir.
LANÇAMENTO COMPLEMENTAR
Serve para complementar um lançamento feito de importância menor. No caso de o
valor ser lançado menor do que é, a correção pode ser feita por meio do estorno total e
posterior lançamento correto, ou do lançamento complementar apenas da diferença do valor
lançado para o que de fato é correto.
• Exemplo: A empresa ALFACON adquiriu um veículo do fornecedor AutoCar no
valor de $60.000,00 à vista em dinheiro.
Lançamento efetuado:
D- Veículos - $6.000,00
C- Caixa - $6.000,00
H.: Vlr referente compra de veículo, conforme NF nº290 do Fornecedor AutoCar.
Lançamento complementar:
D- Veículos - $54.000,00
C- Caixa - $54.000,00
H.: Vlr referente complemento da importância lançada à menor no dia xx/xx/20x1,
referente compra de veículo, conforme NF nº290 do Fornecedor AutoCar.
LANÇAMENTO DE TRANSFERÊNCIA
Regulariza o lançamento da conta debitada ou creditada indevidamente, por meio da
transposição do valor para a conta adequada.
– Transferência: é o lançamento que promove a regularização da conta indevidamente
debitada ou creditada, por meio da transposição do valor para a conta adequada;
• Exemplo: A empresa ALFACON adquiriu uma mesa para escritório do fornecedor
GABA no valor de $4.000,00 e a pagará a prazo.
Lançamento efetuado:
D- Máquinas e equipamentos - $4.000,00
C- Fornecedores - $4.000,00
H.: Vlr referente aquisição de mesa p/ escritório, conforme NF nº589 do Fornecedor
GABA.
Lançamento de transferência:
D- Móveis e utensílios - $4.000,00
C- Máquinas e equipamentos - $4.000,00
H.: Vlr referente transferência da importância lançada erroneamente no dia xx/xx/20x1,
em conta de Máquinas e equipamentos.
SUMÁRIO
RETIFICAÇÃO DE LANÇAMENTOS CONTÁBEIS ................................................................................................... 2
RESSALVA ...................................................................................................................................................... 2
BORRÕES E RASURAS ................................................................................................................................ 2
SALTOS DE LINHAS OU DE PÁGINAS .......................................................................................................... 2
OMISSÃO DE LANÇAMENTOS .................................................................................................................... 2
PRINCIPAIS LIVROS CONTÁBEIS ......................................................................................................................... 3
LIVRO DIÁRIO................................................................................................................................................. 3
LIVRO RAZÃO ................................................................................................................................................. 3
FORMALIDADES EXIGIDAS ............................................................................................................................. 3
FORMALIDADES EXTRÍNSECAS .................................................................................................................. 3
FORMALIDADES INTRÍNSECAS ................................................................................................................... 4
LIVRO RAZÃO
É um livro sistemático, que se controla a movimentação de cada conta individualmente,
sendo transcrito registros de débitos e créditos da conta no Diário.
O Razão é considerado livro auxiliar pela legislação comercial, foi tornado obrigatório
para as empresas tributadas com base no lucro real, pela Lei 8.218/91 e 8.383/91, portanto
sob amparo da legislação fiscal. A sua escrituração é individualizada em uma folha ou ficha
para cada conta (a exceção da escrituração por computador) e os lançamentos obedecem a
ordem cronológica das operações. Está dispensado de registro ou autenticação nos órgãos
competentes.
FORMALIDADES EXIGIDAS
Na escrituração do LIVRO DIÁRIO é exigido o cumprimento de formalidades
EXTRÍNSECAS e INTRÍNSECAS.
FORMALIDADES EXTRÍNSECAS
São as formalidades ligadas à aparência do Livro contábil.
Podemos dizer que é a parte de fora do livro.
FORMALIDADES INTRÍNSECAS
São as formalidades ligadas à escrituração em si do Livro contábil.
Podemos dizer que é a parte de dentro do livro.
SUMÁRIO
REGIMES CONTÁBEIS......................................................................................................................................... 2
ESCRITURAÇÃO .......................................................................................................................................... 2
REGIME DE COMPETÊNCIA............................................................................................................................ 3
COM FUNCIONA O REGIME DE COMPETÊNCIA ......................................................................................... 3
CONTABILIZAÇÃO ...................................................................................................................................... 4
REGIMES CONTÁBEIS.
Para adentrarmos nos regimes contábeis, primeiramente temos que dar uma pequena
passada na Lei norteadora do nosso estudo de contabilidade.
Lei nº 6.404 de 15 de Dezembro de 1976 - Dispõe sobre as
Sociedades por Ações.
Art. 177. A escrituração da companhia será mantida em registros
permanentes, com obediência aos preceitos da legislação comercial
e desta Lei e aos princípios de contabilidade geralmente aceitos,
devendo observar métodos ou critérios contábeis uniformes no
tempo e registrar as mutações patrimoniais segundo o regime de
competência.
ESCRITURAÇÃO
A escrituração contábil é o registro regular dos atos e fatos administrativos, através de
processo manual, mecanizado ou eletrônico. As formalidades da escrituração contábil são
estipuladas pelo Decreto Lei 486/1969.
Percebemos logo no inicio do artigo supramencionado que o legislador deixou
bem claro que a escrituração contábil deve seguir regras próprias, uma delas o
REGIME DE COMPETENCIA.
É por isso que as empresas devem apresentar o orçamento sempre no final do ano
anterior ao exercício. O orçamento é uma previsão do que a empresa irá gastar, do que irá
receber, das depreciações e correções financeiras de ativos e dívidas. Por isso, é importante
que ele seja apresentado pelos gestores com tempo suficiente para que se faça o planejamento
anual,principalmente, no que diz respeito ao regime de caixa, que é o que afeta a empresa no
curto prazo.
A empresa pode estar muito bem e o negócio pode ser lucrativo. Mas, por não prever
corretamente o seu fluxo de caixa, corre risco de, em algum momento, haver falta de dinheiro.
E, então, não se pode pagar os compromissos, comprar matéria prima ou pagar fornecedores.
Isso vai levar à necessidade de a empresa tomar empréstimos, mesmo que de curto prazo,
sendo penalizada com os juros.
REGIME DE COMPETÊNCIA
Regime de competência é aquele através do qual os eventos contábeis são
registrados NA PRECISA DATA EM QUE ELES OCORREM (QUANDO ACONTECE
O FATO GERADOR). Independente de haver uma movimentação de entrada ou
saída de dinheiro, OU SEJA, independente do recebimento das receitas e dos
pagamentos das despesas.
Se a empresa realiza uma venda hoje, pelo regime de competência, o registro contábil
será feito imediatamente. Se o pagamento for à vista, será lançado o movimento como receita
e como entrada de caixa ou banco.
Se, diferente disso, a venda for a prazo, o registro do valor da venda será feito
integralmente como receita da mesma forma. A mesma coisa acontece quando a empresa faz a
compra, por exemplo, de um equipamento. Se a empresa paga à vista, essa compra é
registrada como despesa de um lado, e, de outro, é feito um lançamento de saída do dinheiro
do caixa.
Se, porventura, a compra desse equipamento é parcelada em doze meses, o processo é o
mesmo. O valor é lançado integralmente como saída da conta caixa. As parcelas cujo
vencimento irá acontecer dentro do exercício serão lançadas como contas a pagar no passivo
circulante. As parcelas cujo vencimento será somente no próximo exercício serão lançadas no
passivo não circulante.
Com isso, a empresa precisa saber o quanto gastou, para saber, ao final do exercício, se
houve equilíbrio entre despesas e receitas, quanto ainda irá ter a pagar dentro do exercício e
quanto ficará para ser pago no próximo ano.
COM FUNCIONA O REGIME DE COMPETÊNCIA
RECEBENDO OU NÃO, a empresa precisa ter uma posição financeira das vendas e do
que terá a receber nos próximos exercícios. Tanto é preciso saber se a operação está sendo
satisfatória, se há geração de lucro, como se há previsão de recebimentos no curto, no médio e
no longo prazo, que são itens os quais fazem parte da análise da saúde financeira da empresa.
Se a empresa faz balanços trimestrais, eles vão mostrar o que a empresa recebeu,
através das receitas, e o que ainda tem a receber, por meio do ativo circulante.
Os balanços anuais são apresentados no regime de competência, porque é ele que dá a
visão da evolução do patrimônio da empresa, da evolução da dívida, do equilíbrio operacional
e uma série de outras informações que poderão ser avaliadas pelos analistas e usadas pelos
gestores.
RESUMO DA PAÇOCA
Se na compra ou na venda a prazo o FATO GERADOR ocorrer, devemos
reconhecer a Receita ou a Despesa de acordo com o Regime de Competência.
Entende-se como FATO GERADOR a situação que deve acontecer para
nascer um direito (entrega de um produto ou prestação de um serviço) na venda
ou a obrigação (compra de um produto ou a utilização de um serviço) na compra.
Ex: Venda e entrega de mercadoria a prazo que custaram R$ 40,00 pelo valor de R$ 100,00
Toda vez que houver uma venda, seguir o passo a passo do tio Gilson.
A) Primeiramente – Reconhecer e Guardar a Receita.
B) Segundamente – Baixar o Estoque – utilizando a conta CMV.
C) Terceiramente – Reconhecer os Tributos Sobre Vendas.
CONTABILIZAÇÃO
PRIMEIRAMENTE:
DATA D/C DESCRIÇÃO VARLOR R$
DÉBITO CLIENTES (ativo) 100,00
100,00
CRÉDITO RECEITA DE VENDAS (receita/resultado)
SEGUNDAMENTE:
DATA D/C DESCRIÇÃO VARLOR R$
DÉBITO CMV (custo-despesa/resultado) 40,00
100,00
CRÉDITO ESTOQUES (ativo)
SUMÁRIO
REGIMES CONTÁBEIS......................................................................................................................................... 2
REGIME DE CAIXA .......................................................................................................................................... 2
COM FUNCIONA O REGIME DE CAIXA ....................................................................................................... 2
CONTABILIZAÇÃO ...................................................................................................................................... 3
REGIMES CONTÁBEIS
REGIME DE CAIXA
Regime de CAIXA é aquele em que o registro só é feito NO MOMENTO EM
QUE OCORRE UMA MOVIMENTAÇÃO DE ENTRADA OU SAÍDA DE DINHEIRO. É,
portanto, uma contabilidade à parte.
CONTABILIZAÇÃO
PRIMEIRO NA VENDA DAS MERCADORIAS:
DATA D/C DESCRIÇÃO VARLOR R$
DÉBITO CLIENTES (ativo) 100,00
100,00
CRÉDITO RECEITA DE VENDAS (receita/resultado)
Apenas nesse momento que será reconhecida a receita pelo regime de Caixa,
pois só agora houve a efetiva entrada de recursos.
REGIMES
MOMENTOS CAIXA COMPETÊNCIA
NA HORA DA VENDA NÃO HOUVE RECEITA HOUVE RECEITA
NO EFETIVO RECEBIMENTO DA VENDA HOUVE RECEITA NÃO HOUVE RECEITA
SUMÁRIO
DESPESAS ANTECIPADAS ................................................................................................................................... 2
DESPESAS ANTECIPADAS ............................................................................................................................... 2
LANÇAMENTOS ......................................................................................................................................... 3
DESPESAS ANTECIPADAS
DESPESAS ANTECIPADAS
Aqui são classificadas as aplicações de recursos em despesas cujos benefícios para a
empresa ocorrerão no exercício seguinte. Ou seja, são valores relativos a despesas já pagas e
que beneficiarão o exercício seguinte àquele da data de encerramento do balanço (contas
realizadas em aproximadamente 12 meses, dependendo do ciclo operacional da empresa). São
despesas a vencer, a apropriar, a transcorrer, antecipadas. Elas serão futuramente
apropriadas decorrentes dos pagamentos feitos antecipadamente, sendo direitos da empresa.
OBS.: Por se tratar de aplicação antecipada de recursos financeiros em
despesas a serem incorridas no exercício seguinte, a sua apropriação às contas de
resultado terá lugar à medida que os benefícios forem auferidos (obtidos).
EX: A Cia “ALFA” paga o valor de R$ 10.000,00 ao cliente “Zaluno”, em janeiro de 2020,
referente ao adiantamento para aquisição de produtos que serão entregues em abril de 2020.
Quando a EMPRESA efetua o pagamento, gera uma OBRIGAÇÃO para O
FORNECEDOR “Zaluno” - e um DIREITO para o cliente “Cia ALFA”.
LANÇAMENTOS
Lançamento do pagamento do dinheiro da Cia “ALFA” em janeiro de 2020.
10.000,00
D – Despesas Antecipadas (Ativo Circulante)
10.000,00
C - Caixa ou Bancos (Ativo Circulante)
Perceba que a CIA ALFA recebe o dinheiro e o guarda em seu Caixa, porém o
FATO GERADOR da venda não aconteceu, visto que, não há entrega efetiva do
bem.
Ou seja, só podemos reconhecer RECEITA DE VENDAS em 2 situações:
PRESTAÇÃO DE UM SERVIÇO.
ATENÇÃO!!!!
Muito Cuidado – A conta Despesa Antecipada pode ser apresentada das
seguintes maneiras:
DESPESA ANTECIPADA = DESPESA A VENCER = DESPESA A
APROPRIAR = DESPESA A TRANSCORRER = ALUGUEIS/SEGUROS
ANTECIPADOS.
SUMÁRIO
RECEITAS ANTECIPADAS .................................................................................................................................... 2
RECEITAS ANTECIPADAS ................................................................................................................................ 2
LANÇAMENTOS ......................................................................................................................................... 2
RECEITAS ANTECIPADAS
RECEITAS ANTECIPADAS
São os recebimentos antecipados de valores por conta de serviços a serem executados
ou vendas de bens a serem atendidas (FEA/USP, 2008, pág. 80).
As receitas antecipadas são decorrentes do recebimento antecipado de receitas
relacionadas com períodos de competência subsequentes, como por exemplo:
Ø Adiantamentos de clientes,
Ø Aluguéis ativos a vencer, etc.
As receitas antecipadas equivalem a uma obrigação e são classificadas no PASSIVO
CIRCULANTE OU PASSIVO NÃO CIRCULANTE.
EX: A Cia “ALFA” recebe o valor de R$ 10.000,00 do cliente “Zaluno”, em janeiro de 2020,
referente ao adiantamento para aquisição de produtos que serão entregues em abril de 2020.
ENTREGA IMEDIATA DO BEM/MERCADORIA/PRODUTO.
PRESTAÇÃO DE UM SERVIÇO.
LANÇAMENTOS
Lançamento do recebimento do dinheiro na Cia “ALFA” em janeiro de 2020.
10.000,00
D – Caixa ou Bancos (Ativo Circulante)
10.000,00
C - Adiantamento de Clientes (Passivo Circulante)
Perceba que a CIA ALFA recebe o dinheiro e o guarda em seu Caixa, porém o
FATO GERADOR da venda não aconteceu, visto que não há entrega efetiva do
bem.
Ou seja, só podemos reconhecer RECEITA DE VENDAS em 2 situações:
ENTREGA IMEDIATA DO BEM/MERCADORIA/PRODUTO.
PRESTAÇÃO DE UM SERVIÇO.
10.000,00
D – Adiantamento de Clientes (Passivo Circulante)
10.000,00
C – Receita de Vendas (Resultado)
Há que se distinguir a classificação de uma receita antecipada à conta de receitas
diferidas, no passivo não circulante, e no passivo circulante. No caso da antecipação do cliente,
por exemplo, será gerada uma obrigação para a empresa, devendo ser registrada no passivo
circulante.
Com base no art. 299-B da Lei n° 6.407/76, as Receitas Diferidas deverão ser
classificadas no Passivo não Circulante independentemente do prazo a que se referem.
Art. 299-B. O saldo existente no resultado de exercício futuro em 31
de dezembro de 2008 deverá ser reclassificado para o passivo não
circulante em conta representativa de receita diferida. (Incluído
pela Lei nº 11.941, de 2009).
Todavia, o exemplo clássico de receita antecipada que seria registrada no passivo não
circulante - receitas diferidas seria o aluguel recebido antecipadamente, quando não houver
cláusula de restituição. A existência de cláusula de não restituição é primordial para
classificação dessa receita antecipada em receitas diferidas.
ATENÇÃO!!!!
Muito Cuidado – A conta Receita Antecipada pode ser apresentada das
seguintes maneiras:
RECEITA ANTECIPADA = RECEITA A VENCER = RECEITA A APROPRIAR
= RECEITA A TRANSCORRER
SUMÁRIO
RECEITAS ANTECIPADAS .................................................................................................................................... 2
RECEITAS ANTECIPADAS ................................................................................................................................ 2
LANCAMENTOS ......................................................................................................................................... 2
QUESTÕES. ........................................................................................................................................................ 3
GABARITO ...................................................................................................................................................... 3
RECEITAS ANTECIPADAS
RECEITAS ANTECIPADAS
São os recebimentos antecipados de valores por conta de serviços a
serem executados ou vendas de bens a serem atendidas (FEA/USP,
2008, pág.80).
EX: A Cia “ALFA” recebe o valor de R$ 10.000,00 do cliente “Zaluno”, em janeiro de 2020,
referente ao adiantamento para aquisição de produtos que serão entregues em abril de 2020.
ENTREGA IMEDIATA DO BEM/MERCADORIA/PRODUTO.
PRESTAÇÃO DE UM SERVIÇO.
LANCAMENTOS
Lançamento do recebimento do dinheiro na Cia “ALFA” em janeiro de 2020.
10.000,00
D – Caixa ou Bancos (Ativo Circulante)
10.000,00
C - Adiantamento de Clientes (Passivo Circulante)
Perceba que a CIA ALFA recebe o dinheiro e o guarda em seu Caixa, porém o
FATO GERADOR da venda não aconteceu, visto que, não há entrega efetiva do
bem.
Ou seja, só podemos reconhecer RECEITA DE VENDAS em 2 situações:
PRESTAÇÃO DE UM SERVIÇO.
ATENÇÃO!!!!
Muito Cuidado – A conta Receita Antecipada pode ser apresentada das
seguintes maneiras:
RECEITA ANTECIPADA = RECEITA A VENCER = RECEITA A APROPRIAR
= RECEITA A TRANSCORRER
QUESTÕES.
1. Receitas diferidas e despesas antecipadas de aluguel são respectivamente contas de
resultado e contas patrimoniais.
( ) CERTO ( ) ERRADO
2. No caso de a empresa efetuar o registro do ajuste da despesa de aluguel utilizando os
valores antecipados, no valor de R$ 4.000, o saldo do ativo circulante não deve ser
modificado.
( ) CERTO ( ) ERRADO
3. Situação hipotética: O pagamento à vista do prêmio de um seguro com vigência de três
anos gerou um lançamento na conta de despesa antecipada.
Assertiva: O valor dessa despesa deve ser registrado no ativo realizável a longo prazo
do balanço patrimonial.
( ) CERTO ( ) ERRADO
4. A confrontação das receitas com as despesas correlatas é um pressuposto do princípio
da competência, segundo o qual o reconhecimento de receitas e despesas deve ocorrer
nos períodos a que se referem, independentemente do recebimento ou pagamento. De
acordo com esse princípio, o pagamento antecipado de uma despesa não afeta o
resultado da empresa no momento de sua ocorrência.
( ) CERTO ( ) ERRADO
5. Despesas antecipadas representam o direito de receber bens ou serviços contratados
de terceiros e pagos pelo adquirente previamente à execução do contrato pelo
fornecedor do bem ou pelo executante do serviço.
( ) CERTO ( ) ERRADO
GABARITO
1. E
2. E
3. E
4. C
5. C
SUMÁRIO
LANÇAMENTOS DIVERSOS................................................................................................................................. 2
PRIMEIRO................................................................................................................................................... 3
SEGUNDO................................................................................................................................................... 3
TERCEIRO ................................................................................................................................................... 3
LANÇAMENTOS DIVERSOS
Continuando nossa aula da melhor matéria do universo, devemos lembrar-nos da
importância dos lançamentos, pois, através deles resolveremos várias questões da nossa
prova, e com a certeza de que iremos acertar.
Vamos agora fazer um lançamento corriqueiro de prova de concurso.
PRIMEIRO LANÇAMENTO:
SEGUNDO LANÇAMENTO.
Quando se trata de vendas de mercadorias, a partir de hoje você vai começar a utilizar o
método GILSOVISK de conhecimento, ou seja, deve seguir um passo a passo para nunca mais
errar.
PRIMEIRO
➢ Devemos reconhecer a receita e guardar no lugar certo.
➢ À vista = CAIXA ou BANCOS
➢ A prazo = CLIENTES
SEGUNDO
➢ Devemos baixar os estoques e para isso existe uma conta de RESULTADO
chamada CMV(custo das mercadorias vendidas), conta que só serve para isso.
TERCEIRO
➢ Devemos baixar os tributos sobre as vendas.
SUMÁRIO
LANÇAMENTOS DIVERSOS................................................................................................................................. 2
PRIMEIRO................................................................................................................................................... 3
SEGUNDO................................................................................................................................................... 3
TERCEIRO ................................................................................................................................................... 3
LANÇAMENTOS DIVERSOS
Continuando nossa aula da melhor matéria do universo, devemos lembrar-nos da
importância dos lançamentos, pois, através deles resolveremos várias questões da nossa
prova, e com a certeza de que iremos acertar.
Vamos agora fazer um lançamento corriqueiro de prova de concurso.
PRIMEIRO LANÇAMENTO:
SEGUNDO LANÇAMENTO.
Quando se trata de vendas de mercadorias, a partir de hoje você vai começar a utilizar o
método GILSOVISK de conhecimento, ou seja, deve seguir um passo a passo para nunca mais
errar.
PRIMEIRO
➢ Devemos reconhecer a receita e guardar no lugar certo.
➢ À vista = CAIXA ou BANCOS
➢ A prazo = CLIENTES
SEGUNDO
➢ Devemos baixar os estoques e para isso existe uma conta de RESULTADO
chamada CMV(custo das mercadorias vendidas), conta que só serve para isso.
TERCEIRO
➢ Devemos baixar os tributos sobre as vendas.
SUMÁRIO
CPC 16 (R1) - ESTOQUES .................................................................................................................................... 2
OBJETIVO ....................................................................................................................................................... 2
ALCANCE .................................................................................................................................................... 2
DEFINIÇÕES ................................................................................................................................................ 3
MENSURAÇÃO DE ESTOQUE ..................................................................................................................... 4
CUSTOS DE AQUISIÇÃO ............................................................................................................................. 4
CUSTOS DE TRANSFORMAÇÃO .................................................................................................................. 5
OUTROS CUSTOS ....................................................................................................................................... 6
CUSTO DO PRODUTO AGRÍCOLA COLHIDO PROVENIENTE DE ATIVO BIOLÓGICO ................................... 7
OUTRAS FORMAS PARA MENSURAÇÃO DO CUSTO .................................................................................. 7
CRITÉRIOS DE VALORAÇÃO DE ESTOQUE .................................................................................................. 7
VALOR REALIZÁVEL LÍQUIDO ..................................................................................................................... 8
RECONHECIMENTO COMO DESPESA NO RESULTADO .............................................................................. 9
DIVULGAÇÃO ............................................................................................................................................. 9
INVENTÁRIOS ................................................................................................................................................... 10
INVENTÁRIO PERIÓDICO.............................................................................................................................. 10
CARACTERÍSTICAS DO INVENTÁRIO PERIÓDICO ...................................................................................... 10
ALCANCE
Este pronunciamento aplica-se a todos os estoques, com exceção dos seguintes:
(b) instrumentos financeiros (ver CPC 48 – Instrumentos Financeiros e CPC 39 –
Instrumentos Financeiros: Apresentação); e (Alterada pela Revisão CPC 12)
(c) ativos biológicos relacionados com a atividade agrícola e o produto agrícola no ponto
da colheita (ver CPC 29 – Ativo Biológico e Produto Agrícola).
Este pronunciamento não se aplica também à mensuração dos estoques mantidos por:
(a) produtores de produtos agrícolas e florestais, de produtos agrícolas após colheita, de
minerais e produtos minerais, na medida em que eles sejam mensurados pelo valor realizável
líquido de acordo com as práticas já estabelecidas nesses setores. Quando tais estoques são
mensurados pelo valor realizável líquido, as alterações nesse valor devem ser reconhecidas
no resultado do período em que tenha sido verificada a alteração;
(b) comerciantes de commodities que mensurem seus estoques pelo valor justo
deduzido dos custos de venda. Nesse caso, as alterações desse valor devem ser reconhecidas
no resultado do período em que tenha sido verificada a alteração.
Os estoques referidos no item 3(a) devem ser mensurados pelo valor realizável líquido
em determinadas fases de produção. Isso ocorre, por exemplo, quando as culturas agrícolas
tenham sido colhidas ou os minerais tenham sido extraídos e a venda esteja assegurada pelos
termos de um contrato futuro, ou por garantia governamental ou quando exista um mercado
ativo e haja um risco baixo de fracasso de venda. Esses estoques devem ser excluídos apenas
dos requisitos de mensuração deste Pronunciamento.
DEFINIÇÕES
Os seguintes termos são usados neste Pronunciamento, com os significados
especificados: Estoques são ativos:
(a) mantidos para venda no curso normal dos negócios;
Aqui podemos falar que o estoque que o CPC está se referindo No item (a) é o
estoque de MERCADORIAS, este ligado a empresa COMERCIAIS, e quando ele diz
curso normal dos negócios, significa a FINALIDADE da empresa, ou seja, se a
empresa tem como FINALIDADE compra e venda de canetas, o estoque normal
desta empresa serão CANETAS.
Aqui podemos falar que o estoque que o CPC está se referindo No item (b) é
o estoque de MATÉRIAS PRIMAS OU PRODUTOS, ou seja, está ligado a
INDÚSTRIAS, estoques que ainda passarão por algum tipo de transformação para
só assim serem vendidos.
Aqui podemos falar que o estoque que o CPC está se referindo No item (c) é o
estoque de USO E CONSUMO, estes utilizados para a manutenção do negócio,
exemplo de materiais de escritório e material de limpeza.
Valor realizável líquido é o preço de venda estimado no curso normal dos negócios
deduzido dos custos estimados para sua conclusão e dos gastos estimados necessários para se
concretizar a venda.
O valor realizável líquido refere-se à quantia líquida que a entidade espera realizar com
a venda do estoque no curso normal dos negócios.
O valor justo reflete o preço pelo qual uma transação ordenada para a venda do mesmo
estoque no mercado principal (ou mais vantajoso) para esse estoque ocorreria entre
participantes do mercado na data de mensuração. O primeiro é um valor específico para a
entidade, ao passo que o segundo já não é. Por isso, o valor realizável líquido dos estoques
pode não ser equivalente ao valor justo deduzido dos gastos necessários para a respectiva
venda. (Alterado pela Revisão CPC 03)
RESUMO DA PAÇOCA
O valor realizável líquido (VLR) é o valor de MERCADO, ou seja, é o valor que
conseguiríamos vender o nosso estoque no dia a dia.
VLR = VENDAS – GASTOS COM VENDAS
MENSURAÇÃO DE ESTOQUE
Os estoques, objeto deste Pronunciamento devem ser mensurados pelo valor de custo
ou pelo valor realizável líquido, dos dois o menor.
CUSTOS DE AQUISIÇÃO
O custo de aquisição dos estoques compreende o preço de compra, os impostos de
importação e outros tributos (exceto os recuperáveis junto ao fisco), bem como os custos de
transporte, seguro, manuseio e outros diretamente atribuíveis à aquisição de produtos
acabados, materiais e serviços. Descontos comerciais, abatimentos e outros itens semelhantes
devem ser deduzidos na determinação do custo de aquisição. (Alterado pela Revisão CPC 01)
FÓRMULA DA FELICIDADE
VM + (IMP. Ñ RECUP) – (IMP. REC) – (D,D,A) + F* + S*
• VALOR DA MERCADORIA
• IMPOSTOS NÃO RECUPERÁVEIS (IPI, II)
• IMPOSTOS RECUPERÁVEIS (ICMS, PIS, COFINS)
• DEVOLUÇÃO
• DESCONTO (COMERCIAL/INCONDICIONAL)
• ABATIMENTO
• FRETE E SEGUROS (*SE PAGO PELO COMPRADOR)
Preço de compra
Custo de transportes
(Frete sobre compra)
seguro, manuseio e
outros custos
ATRIBUÍVEIS
Tributos
Recuperáveis
Abatimentos.
CUSTOS DE TRANSFORMAÇÃO
Os custos de transformação de estoques incluem os custos diretamente relacionados
com as unidades produzidas ou com as linhas de produção, como pode ser o caso da mão de
obra direta. Também incluem a alocação sistemática de custos indiretos de produção, fixos e
variáveis, que sejam incorridos para transformar os materiais em produtos acabados. Os
custos indiretos de produção fixos são aqueles que permanecem relativamente constantes
independentemente do volume de produção, tais como a depreciação e a manutenção de
edifícios e instalações fabris, máquinas, equipamentos e ativos de direito de uso utilizados no
processo de produção e o custo de gestão e de administração da fábrica. Os custos indiretos de
produção variáveis são aqueles que variam diretamente, ou quase diretamente, com o volume
de produção, tais como materiais indiretos e certos tipos de mão de obra indireta. (Alterado
pela Revisão CPC 13)
A alocação de custos fixos indiretos de fabricação às unidades produzidas deve ser
baseada na capacidade normal de produção. A capacidade normal é a produção média que se
espera atingir ao longo de vários períodos em circunstâncias normais; com isso, leva-se em
consideração, para a determinação dessa capacidade normal, a parcela da capacidade total
não utilizada por causa de manutenção preventiva, de férias coletivas e de outros eventos
semelhantes considerados normais para a entidade. O nível real de produção pode ser usado
se aproximar-se da capacidade normal. Como consequência, o valor do custo fixo alocado a
cada unidade produzida não pode ser aumentado por causa de um baixo volume de produção
ou ociosidade. Os custos fixos não alocados aos produtos devem ser reconhecidos
diretamente como despesa no período em que são incorridos. Em períodos de anormal alto
volume de produção, o montante de custo fixo alocado a cada unidade produzida deve ser
diminuído, de maneira que os estoques não são mensurados acima do custo. Os custos
indiretos de produção variáveis devem ser alocados a cada unidade produzida com base no
uso real dos insumos variáveis de produção, ou seja, na capacidade real utilizada. (Alterado
pela Revisão CPC 03)
Um processo de produção pode resultar em mais de um produto fabricado
simultaneamente. Este é, por exemplo, o caso quando se fabricam produtos em conjunto ou
quando há um produto principal e um ou mais subprodutos. Quando os custos de
transformação de cada produto não são separadamente identificáveis, eles devem ser
atribuídos aos produtos em base racional e consistente. Essa alocação pode ser baseada, por
exemplo, no valor relativo da receita de venda de cada produto, seja na fase do processo de
produção em que os produtos se tornam separadamente identificáveis, seja no final da
produção, conforme o caso. A maior parte dos subprodutos, em razão de sua natureza,
geralmente é imaterial. Quando for esse o caso, eles são muitas vezes mensurados pelo valor
realizável líquido e este valor é deduzido do custo do produto principal. Como resultado, o
valor contábil do produto principal não deve ser materialmente diferente do seu custo.
OUTROS CUSTOS
Outros custos que não de aquisição nem de transformação devem ser incluídos nos
custos dos estoques somente na medida em que sejam incorridos para colocar os estoques no
seu local e na sua condição atual. Por exemplo, pode ser apropriado incluir no custo dos
estoques gastos gerais que não sejam de produção ou os custos de desenho de produtos para
clientes específicos.
Exemplos de itens não incluídos no custo dos estoques e reconhecidos como despesa do
período em que são incorridos:
(a) valor anormal de desperdício de materiais, mão-de-obra ou outros insumos de
produção;
(b) gastos com armazenamento, a menos que sejam necessários ao processo produtivo
entre uma e outra fase de produção;
(c) despesas administrativas que não contribuem para trazer o estoque ao seu local e
condição atuais; e
(d) despesas de comercialização, incluindo a venda e a entrega dos bens e serviços aos
clientes.
O Pronunciamento Técnico CPC 20 _ Custos de Empréstimos identifica as circunstâncias
específicas em que os encargos financeiros de empréstimos obtidos são incluídos no custo do
estoque.
A entidade geralmente compra estoques com condição para pagamento a prazo. A
negociação pode efetivamente conter um elemento de financiamento, como, por exemplo,
uma diferença entre o preço de aquisição em condição normal de pagamento e o valor pago;
essa diferença deve ser reconhecida como despesa de juros durante o período do
financiamento.
DIVULGAÇÃO
As demonstrações contábeis devem divulgar:
➢ As políticas contábeis adotadas na mensuração dos estoques, incluindo formas e
critérios de valoração utilizados;
➢ O valor total escriturado em estoques e o valor registrado em outras contas
apropriadas para a entidade;
➢ O valor de estoques escriturados pelo valor justo menos os custos de venda;
➢ O valor de estoques reconhecido como despesa durante o período;
➢ O valor de qualquer redução de estoques reconhecida no resultado do período de
acordo com o item 34;
➢ O valor de toda reversão de qualquer redução do valor dos estoques reconhecidos no
resultado do período de acordo com o item 34;
➢ As circunstâncias ou os acontecimentos que conduziram à reversão de redução de
estoques de acordo com o item 34; e
➢ O montante escriturado de estoques dados como penhor de garantia a passivos.
A informação relativa a valores contábeis contabilizados em diferentes classificações de
estoques e a proporção de alterações nesses ativos são úteis para os usuários das demonstrações
contábeis. As classificações comuns de estoques são: mercadorias, bens de consumo de produção,
materiais, produtos em elaboração e produtos acabados. (Alterado pela Revisão CPC 12)
O valor do estoque baixado, reconhecido como despesa durante o período, o qual é
denominado frequentemente como custo dos produtos, das mercadorias ou dos serviços
vendidos, consiste nos custos que estavam incluídos na mensuração do estoque que agora é
vendido. Os custos indiretos de produção eventualmente não alocados aos produtos e os valores
anormais de custos de produção devem ser reconhecidos como despesa do período em que
ocorrem, sem transitar pelos estoques, dentro desse mesmo grupo, mas de forma identificada. As
circunstâncias da entidade também podem admitir a inclusão de outros valores, tais como custos
de distribuição. (Alterado pela Revisão CPC 03)
Algumas entidades adotam um formato para a demonstração de resultados que resulta na
divulgação de valores que não sejam os custos dos estoques reconhecidos como despesa durante
o período. De acordo com esse formato, a entidade deve apresentar a demonstração do custo das
vendas usando uma classificação baseada na natureza desses custos, elemento a elemento. Nesse
caso, a entidade deve divulgar os custos reconhecidos como despesas ,item a item, por natureza:
matérias-primas e outros materiais, evidenciando o valor das compras e da alteração líquida nos
estoques iniciais e finais do período; mão-de-obra; outros custos de transformação, etc.
INVENTÁRIOS
Na contabilidade o inventário é basicamente uma lista de bens e materiais disponíveis
em estoque que estão armazenados na empresa, ou seja, inventariar significa levantar através
de contagem todo o estoque disponível em uma data específica na entidade.
Já o levantamento dos Custos das Mercadorias Vendidas (CMV) acontece por meio de
dois 2 sistemas como:
INVENTÁRIO PERIÓDICO
Neste tipo de inventário o Custo da Mercadoria Vendida (C.M.V) só é calculado ao final
do período, quando, então, é realizado o inventário (contagem física) das mercadorias em
estoque, ou seja, os lançamentos são efetuados somente no final do período, por ocasião do
inventário físico, para fins de apuração de resultado, não se fazendo lançamentos na conta
mercadorias-estoque por ocasião das aquisições ou saídas de mercadorias durante o intervalo
entre um inventário e outro, ou seja, esta conta é movimentada para se registrar o estoque
final (E.F), que se constitui no estoque inicial (E.I) do período seguinte.
Nesse sistema, é realizada uma contagem física, apuração extra contábil, para
determinação do estoque no encerramento do exercício social. Portanto, não há controle das
mercadorias a cada venda.
Um exemplo, nas operações do Inventário Periódico é que temos a contabilização do
procedimento de bens através da conta de produtos compostos até o final de cada ciclo
definido por ano. De certo modo, a opção que os produtos são medidos e numerados, sendo
avaliado de acordo com a data fechamento do balanço patrimonial.
Este tipo de inventário é mais utilizado pelas empresas de pequeno porte, devido à
dificuldade das mesmas manterem o inventário permanente.
SUMÁRIO
INVENTÁRIOS ..................................................................................................................................................... 2
INVENTÁRIO PERMANENTE ........................................................................................................................... 2
CARACTERÍSTICAS DO INVENTÁRIO PERMANENTE ................................................................................... 2
MODELO DE FICHA DE CONTROLE DE ESTOQUES ..................................................................................... 2
MÉTODOS DE CONTROLE DE ESTOQUES ........................................................................................................... 3
P.E.P.S – O PRIMEIRO QUE ENTRA É O PRIMEIRO QUE SAI ........................................................................... 3
INVENTÁRIOS
INVENTÁRIO PERMANENTE
Nesse sistema, a empresa controla as mercadorias de modo permanente, dando baixa no
estoque em cada operação de venda. Assim, a cada operação, é possível saber o valor das
compras, estoque final e CMV. É utilizado nas grandes empresas devido ao alto volume de
estoques. No sistema de inventário permanente, é necessário que a empresa contabilize, de
forma imediata, todas as compras, e baixe do estoque de mercadorias todas as vendas, pelo
seu custo, ou seja, há o registro das aquisições e das saídas de forma imediata ou
concomitante, com a ocorrência física desses fatos. Assim, tem-se a qualquer momento o valor
de todas as compras do período, o valor de todas as saídas do período (o custo das
mercadorias vendidas), bem como o valor do estoque inicial e do estoque final.
Ao utilizarmos o inventário permanente necessita de um controle, pela Contabilidade, de
qualquer movimentação ocorrida nos estoques, pois ,estes são contabilizados sempre que
houver uma entrada ou saída ao mesmo tempo. Os estoques podem ser avaliados, segundo os
seguintes métodos:
1) PEPS;
2) UEPS;
3) Média ponderada móvel (custo médio ponderado);
4) Preço Específico.
SUMÁRIO
MÉTODOS DE CONTROLE DE ESTOQUES........................................................................................................... 2
U.E.P.S – O ÚLTIMO QUE ENTRA É O PRIMEIRO QUE SAI. ............................................................................ 2
• O estoque final é avaliado pelo custo de aquisição das mercadorias mais antigas
(primeiras mercadorias adquiridas);
• O CMV é avaliado pelo custo de aquisição das mercadorias mais recentes
(últimas mercadorias adquiridas);
Em uma economia inflacionária, isto é, com preços crescentes, produz estoque final
menor do que os outros métodos, ocasionando C.M.V maior e resultado com
mercadorias de menor valor;
SUMÁRIO
MÉTODOS DE CONTROLE DE ESTOQUES ........................................................................................................... 2
MÉDIA PONDERADA MÓVEL ......................................................................................................................... 2
PREÇO ESPECÍFICO ..................................................................................................................................... 2
QUESTÕES.......................................................................................................................................................... 3
GABARITO ...................................................................................................................................................... 5
PREÇO ESPECÍFICO
Este critério de avaliação relaciona cada venda a seu custo respectivo. É utilizado
quando for possível identificar claramente a mercadoria e seu custo, sendo muito comum seu
uso em concessionárias e revendedoras de automóveis. Portanto, para aplicação deste
método, é necessário que se conheça qual o custo de cada item que está sendo vendido.
QUESTÕES
1. Em uma empresa que comercializa pacotes de ração canina realizou-se um inventário
no final de setembro de 2011 constatando que havia no estoque 12 pacotes de ração da
marca X cujo valor unitário de aquisição foi de R$ 18,00. Nos meses de outubro e
novembro desse mesmo ano, a empresa adquiriu 40 pacotes de ração dessa marca ao
preço de R$ 20,00 cada pacote e vendeu 35 pacotes a R$ 32,00 o pacote.
Se a empresa utilizou o método “primeiro que entra, primeiro que sai” (PEPS), o custo
da ração canina X vendida nos meses de outubro e novembro foi de R$ 1.120,00.
( ) CERTO ( ) ERRADO
( ) CERTO ( ) ERRADO
( ) CERTO ( ) ERRADO
( ) CERTO ( ) ERRADO
( ) CERTO ( ) ERRADO
6. O registro contábil dos estoques de uma empresa pelo método do PEPS (primeiro a
entrar — primeiro a sair) ocorre quando se utiliza o inventário permanente.
( ) CERTO ( ) ERRADO
7. PEPS (primeiro que entra e primeiro que sai) é o critério em que os estoques são
avaliados com base nas primeiras aquisições. Esse critério não é aceito pelo fisco
federal porque gera o menor lucro quando utilizado para apuração do CMV.
( ) CERTO ( ) ERRADO
( ) CERTO ( ) ERRADO
GABARITO
1. E
2. C
3. E
4. C
5. E
6. C
7. E
8. E
9. D
SUMÁRIO
CPC 16 (R1) - ESTOQUES .................................................................................................................................... 2
OBJETIVO ....................................................................................................................................................... 2
ALCANCE .................................................................................................................................................... 2
DEFINIÇÕES ................................................................................................................................................ 3
MENSURAÇÃO DE ESTOQUE ..................................................................................................................... 4
CUSTOS DO ESTOQUE ................................................................................................................................ 4
CUSTOS DE AQUISIÇÃO ............................................................................................................................. 4
CUSTOS DE TRANSFORMAÇÃO .................................................................................................................. 5
OUTROS CUSTOS ....................................................................................................................................... 6
CUSTO DO PRODUTO AGRÍCOLA COLHIDO PROVENIENTE DE ATIVO BIOLÓGICO ................................... 6
OUTRAS FORMAS PARA MENSURAÇÃO DO CUSTO .................................................................................. 7
CRITÉRIOS DE VALORAÇÃO DE ESTOQUE .................................................................................................. 7
VALOR REALIZÁVEL LÍQUIDO ..................................................................................................................... 8
RECONHECIMENTO COMO DESPESA NO RESULTADO .............................................................................. 9
DIVULGAÇÃO ............................................................................................................................................. 9
DEFINIÇÕES
Os seguintes termos são usados nesse Pronunciamento, com os significados especificados
- Estoques são ativos:
(a) Mantidos para venda no curso normal dos negócios;
Aqui podemos falar que o estoque o qual o CPC está se referindo no item (a) é
o estoque de MERCADORIAS, esse ligado à empresa COMERCIAL, e quando ele diz
curso normal dos negócios, significa a FINALIDADE da empresa, ou seja, se a
empresa tem como FINALIDADE compra e venda de canetas, o estoque normal dessa
empresa será CANETAS.
Valor realizável líquido é o preço de venda considerado no curso normal dos negócios,
deduzido dos custos estimados para sua conclusão e dos gastos avaliados como necessários
para se concretizar a venda.
O valor realizável líquido refere-se à quantia líquida que a entidade espera alcançar com
a venda do estoque no curso normal dos negócios.
O valor justo reflete o preço pelo qual uma transação ordenada para a venda do mesmo
estoque no mercado principal (ou mais vantajoso) para esse estoque ocorreria entre
participantes do mercado na data de mensuração. O primeiro é um valor específico para a
entidade, ao passo que o segundo já não é. Por isso, o valor realizável líquido dos estoques pode
não ser equivalente ao preço justo deduzido dos gastos necessários para a respectiva venda.
(Alterado pela Revisão CPC 03)
RESUMO DA PAÇOCA
O valor realizável líquido (VLR) é o valor de MERCADO, ou seja, é o valor que
conseguiríamos vender o nosso estoque no dia a dia.
VLR = VENDAS – GASTOS COM VENDAS
MENSURAÇÃO DE ESTOQUE
Os estoques objeto desse Pronunciamento devem ser mensurados pelo valor de custo ou
pelo valor realizável líquido, dos dois o menor.
De acordo com o Princípio da PRUDÊNCIA, os Ativos e Receitas devem ser
mantidos pelos menores valores, ou seja, jamais poderemos SUPERAVALIAR nossos
ativos, e por esse motivo, deveremos sempre testar os valores dos ESTOQUES da
empresa e manter ele pelos menores valores.
Mensuração de estoque: os estoques objeto desse Pronunciamento devem ser
mensurados pelo valor de custo (valor que está reconhecido no seu Balanço
Patrimonial) ou pelo valor realizável líquido (valor de mercado), dos dois o
MENOR.
CUSTOS DO ESTOQUE
O valor de custo do estoque deve incluir todos os custos de aquisição e de transformação,
bem como outros custos incorridos para trazer os estoques à sua condição e localização atuais.
VALOR DA MERCADORIA/MATÉRIA PRIMA + TODOS OS GASTOS NECESSÁRIOS
PARA A MESMA ESTÁ APTO À VENDA.
CUSTOS DE AQUISIÇÃO
O custo de aquisição dos estoques compreende o preço de compra, os impostos de
importação e outros tributos (exceto os recuperáveis junto ao fisco), bem como os custos de
transporte, seguro, manuseio e outros diretamente atribuíveis à aquisição de produtos
acabados, materiais e serviços. Descontos comerciais, abatimentos e outros itens semelhantes
devem ser deduzidos na determinação do custo de aquisição. (Alterado pela Revisão CPC 01)
FÓRMULA DA FELICIDADE
VM + (IMP. Ñ RECUP) – (IMP. REC) – (D,D,A) + F* + S*
• VALOR DA MERCADORIA
• IMPOSTOS NÃO RECUPERÁVEIS (IPI, II)
• IMPOSTOS RECUPERÁVEIS (ICMS, PIS, COFINS)
• DEVOLUÇÃO
• DESCONTO (COMERCIAL/INCONDICIONAL)
• ABATIMENTO
• FRETE E SEGUROS (*SE PAGO PELO COMPRADOR)
Preço de compra
Custo de transportes
(Frete sobre compra)
Seguro, manuseio e
outros custos
ATRIBUÍVEIS
Tributos
Recuperáveis
Abatimentos
CUSTOS DE TRANSFORMAÇÃO
Os custos de transformação de estoques incluem os custos diretamente relacionados com
as unidades produzidas ou com as linhas de produção, como pode ser o caso da mão de obra
direta. Também incluem a alocação sistemática de custos indiretos de produção, fixos e
variáveis, que sejam incorridos para transformar os materiais em produtos acabados. Os custos
indiretos de produção fixos são aqueles que permanecem relativamente constantes
independente do volume de produção, tais como a depreciação e a manutenção de edifícios e
instalações fabris, máquinas, equipamentos e ativos de direito de uso utilizados no processo de
produção e o custo de gestão e de administração da fábrica. Os custos indiretos de produção
variáveis são aqueles que variam diretamente, ou quase diretamente, com o volume de
produção, tais como materiais indiretos e certos tipos de mão de obra indireta. (Alterado pela
Revisão CPC 13)
A alocação de custos fixos indiretos de fabricação às unidades produzidas deve ser
baseada na capacidade normal de produção. A capacidade normal é a produção média que se
espera atingir ao longo de vários períodos em circunstâncias normais; com isso, leva-se em
consideração, para a determinação dessa capacidade normal, a parcela da competência total
não utilizada por causa de manutenção preventiva, de férias coletivas e de outros eventos
semelhantes considerados normais para a entidade. O nível real de produção pode ser usado se
aproximar-se da capacidade normal. Como consequência, o valor do custo fixo alocado a cada
unidade produzida não pode ser aumentado por causa de um baixo volume de produção ou
ociosidade. Os custos fixos não alocados aos produtos devem ser reconhecidos diretamente
como despesa no período em que são incorridos. Em períodos de anormal alto volume de
produção, o montante de custo fixo alocado a cada unidade produzida deve ser diminuído, de
maneira que os estoques não são mensurados acima do custo. Os custos indiretos de produção
variáveis devem ser alocados a cada unidade produzida com base no uso real dos insumos
variáveis de produção, ou seja, na capacidade real utilizada. (Alterado pela Revisão CPC 03)
Um processo de produção pode resultar em mais de um produto fabricado
simultaneamente. Esse é, por exemplo, o caso quando se fabricam produtos em conjunto ou
quando há um produto principal e um ou mais subprodutos. Quando os custos de
transformação de cada produto não são separadamente identificáveis, eles devem ser
atribuídos aos produtos em base racional e consistente. Essa alocação pode ser baseada, por
exemplo, no valor relativo da receita de venda de cada produto, seja na fase do processo de
produção em que os produtos se tornam separadamente identificáveis, seja no final da
produção, conforme o caso. A maior parte dos subprodutos, em razão de sua natureza,
geralmente é imaterial. Quando for esse o caso, eles são muitas vezes mensurados pelo valor
realizável líquido e esse valor é deduzido do custo do produto principal. Como resultado, o valor
contábil do produto principal não deve ser materialmente diferente do seu custo.
OUTROS CUSTOS
Outros custos que não de aquisição nem de transformação devem ser incluídos nos custos
dos estoques somente na medida em que sejam incorridos para colocar os estoques no seu local
e na sua condição atuais. Por exemplo, pode ser apropriado incluir no custo dos estoques gastos
gerais que não sejam de produção ou os custos de desenho de produtos para clientes
específicos.
Exemplos de itens não incluídos no custo dos estoques e reconhecidos como despesa do
período em que são incorridos:
(a) valor anormal de desperdício de materiais, mão-de-obra ou outros insumos de
produção;
(b) gastos com armazenamento, a menos que sejam necessários ao processo produtivo
entre uma e outra fase de produção;
(c) despesas administrativas que não contribuem para trazer o estoque ao seu local e
condição atuais; e
(d) despesas de comercialização, incluindo a venda e a entrega dos bens e serviços aos
clientes.
O Pronunciamento Técnico CPC 20 - Custos de Empréstimos identifica as circunstâncias
específicas em que os encargos financeiros de empréstimos obtidos são incluídos no custo do
estoque.
A entidade geralmente compra estoques com condição para pagamento a prazo. A
negociação pode efetivamente conter um elemento de financiamento, como, por exemplo, uma
diferença entre o preço de aquisição em condição normal de pagamento e o valor pago; essa
diferença deve ser reconhecida como despesa de juros durante o período do financiamento.
CUSTO DO PRODUTO AGRÍCOLA COLHIDO PROVENIENTE DE ATIVO
BIOLÓGICO
Segundo o Pronunciamento Técnico CPC 29 – Ativo Biológico e Produto Agrícola, os
estoques que compreendam o produto agrícola que a entidade tenha colhido, proveniente dos
seus ativos biológicos, devem ser mensurados no reconhecimento inicial pelo seu valor justo
deduzido dos gastos estimados no ponto de venda no momento da colheita. Esse é o custo dos
estoques naquela data para aplicação desse Pronunciamento.
SUMÁRIO
OPERAÇÕES COM MERCADORIAS ..................................................................................................................... 2
CONCEITO DE MERCADORIA ......................................................................................................................... 2
CUSTO DE COMPRA DE MERCADORIA ...................................................................................................... 2
IMPOSTOS RECUPERÁVEIS ........................................................................................................................ 3
ICMS – IMPOSTO SOBRE CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE TRANSPORTE
INTERESTADUAL E INTERMUNICIPAL E DE COMUNICAÇÃO ......................................................................... 4
DESTAQUE DO IMPOSTO ........................................................................................................................... 4
INCIDÊNCIAS .............................................................................................................................................. 4
CONTRIBUINTE .......................................................................................................................................... 4
LOCAL DA OPERAÇÃO OU DA PRESTAÇÃO ................................................................................................ 5
OCORRÊNCIA DO FATO GERADOR ............................................................................................................. 5
NÃO CUMULATIVIDADE DO IMPOSTO ...................................................................................................... 6
ICMS............................................................................................................................................................... 7
CONTABILIZAÇÃO ...................................................................................................................................... 7
De acordo com o Código tributário nacional – CTN, instituído pela LEI Nº 5.172, DE 25 DE
OUTUBRO DE 1966, impostos são uma das espécies de tributos, e para corroborar com nossos
estudos dessa matéria só o TODY, veremos abaixo tal definição:
Art3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda
ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato
ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa
plenamente vinculada.
Art. 4º A natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo
fato gerador da respectiva obrigação, sendo irrelevantes para
qualificá-la:
I - a denominação e demais características formais adotadas pela lei;
II - a destinação legal do produto da sua arrecadação.
Art. 5º Os tributos são impostos, taxas e contribuições de melhoria.
IMPOSTOS RECUPERÁVEIS
De acordo com a CF/88, o IPI e ICMS são impostos não cumulativos (incidem tanto nas
operações de compra quanto de venda), uma vez que o valor do imposto pago em uma operação
é compensado do valor do imposto a pagar na operação subsequente.
O imposto é não cumulativo quando na medida em que o montante cobrado nas
transações anteriores compensa-se no que for devido na operação seguinte. A sistemática da
não-cumulatividade funciona mediante a utilização de débitos e créditos.
Imposto por DENTRO, ou seja, o seu valor está incluído no valor das
mercadorias.
SUMÁRIO
OPERAÇÕES COM MERCADORIAS ..................................................................................................................... 2
CUSTO DE AQUISIÇÃO DE ESTOQUES ............................................................................................................ 2
IPI – IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS ................................................................................ 2
CONCEITO DE PRODUTO INDUSTRIALIZADO ............................................................................................. 2
CONTRIBUINTES DO IPI.............................................................................................................................. 2
IMUNES AO IPI ........................................................................................................................................... 3
FATO GERADOR DO IPI .............................................................................................................................. 3
IPI ................................................................................................................................................................... 3
CONTABILIZAÇÃO ...................................................................................................................................... 4
Imposto por FORA, ou seja, o seu valor NÃO está incluído no valor das
mercadorias.
IPI
"O IPI fará parte do custo de aquisição, pois não será recuperado. - Ao
contrario do ICMS, o IPI não faz parte do valor das Mercadorias indicado na NF do
fornecedor. Ele é calculado por fora. O IPI INCIDE SOBRE O ICMS, mas esse não
incide sobre o IPI (regra geral)".
SUMÁRIO
OPERAÇÕES COM MERCADORIAS ..................................................................................................................... 2
FATOS QUE ALTERAM COMPRAS E VENDAS ................................................................................................. 2
DESCONTOS COMERCIAIS (OU INCONDICIONAIS) .................................................................................... 2
ABATIMENTOS SOBRE COMPRAS .............................................................................................................. 2
DEVOLUÇÕES DE COMPRAS ...................................................................................................................... 2
MODALIDADES POSSÍVEIS DE COMPRAS .......................................................................................................... 3
1 REVENDA/COMERCIALIZAÇÃO .................................................................................................................. 3
CONTABILIZAÇÃO ...................................................................................................................................... 4
COMPRA PARA REVENDA COMERCIALIZAÇÃO ............................................................................................. 4
CONTABILIZAÇÃO ...................................................................................................................................... 5
2 COMPRA PRARA INDUSTRIALIZAÇÃO ......................................................................................................... 5
CONTABILIZAÇÃO ...................................................................................................................................... 6
3 COMPRA DE BEM PARA O IMOBILIZADO ................................................................................................... 6
CONTABILIZAÇÃO ...................................................................................................................................... 7
4 COMPRA PARA USO E CONSUMO .............................................................................................................. 8
CONTABILIZAÇÃO ...................................................................................................................................... 8
CONTABILIZAÇÃO
D/C DESCRIÇÃO VARLOR R$
DATA
DÉBITO ESTOQUE/CONSUMO 110,00
DÉBITO ICMS - RECUPERAR/COMPENSAR 10,00
CRÉDITO FORNECEDOR 120,00
CONTABILIZAÇÃO
D/C DESCRIÇÃO VARLOR R$
DATA
DÉBITO ESTOQUE/CONSUMO 90,00
DÉBITO ICMS - RECUPERAR/COMPENSAR 10,00
CRÉDITO FORNECEDOR 100,00
COMPRADOR: INDÚSTRIA
CONTABILIZAÇÃO
D/C DESCRIÇÃO VARLOR R$
DATA
DÉBITO ESTOQUE/CONSUMO 90,00
DÉBITO ICMS - RECUPERAR/COMPENSAR 10,00
DÉBITO IPI - RECUPERAR/COMPENSAR 20,00
CRÉDITO FORNECEDOR 120,00
CONTABILIZAÇÃO
D/C DESCRIÇÃO VARLOR R$
DATA
DÉBITO ESTOQUE/CONSUMO 108,00
DÉBITO ICMS - RECUPERAR/COMPENSAR 12,00
CRÉDITO FORNECEDOR 120,00
CONTABILIZAÇÃO
D/C DESCRIÇÃO VARLOR R$
DATA
DÉBITO ESTOQUE/CONSUMO 120,00
CRÉDITO FORNECEDOR 120,00
INDÚSTRIA (VENDEDOR): Destaque do ICMS e IPI na nota fiscal, pois contribui com os dois
impostos. ICMS compreenderá, em sua base de cálculo, o montante relativo ao IPI.
MENSAGEM AO ALUNO
Olá!
Bons estudos!
SUMÁRIO
BALANCETE DE VERIFICAÇÃO ............................................................................................................................ 2
ELEMENTOS MÍNIMOS DE UM BALANCETE DE VERIFICAÇÃO .................................................................. 2
FASES DO CICLO CONTÁBIL ....................................................................................................................... 3
QUESTÕES.......................................................................................................................................................... 5
GABARITO ...................................................................................................................................................... 6
BALANCETE DE VERIFICAÇÃO
Todos os fatos administrativos de uma empresa são lançados pelo Método das Partidas
Dobradas, no livro diário, em ordem cronológica e transcritos para o razão (razonetes).
Depois de efetuado os lançamentos nos razonetes, apura-se os saldos de todas as contas,
pela diferença entre o total dos débitos e o total dos créditos lançados em cada conta contábil.
Nesse momento, faz-se uma pausa na sequência dos lançamentos contábeis para averiguação
de sua exatidão. Periodicamente os responsáveis pela Contabilidade devem verificar se os
lançamentos contábeis realizados no período estão corretos.
Uma técnica bastante utilizada para atingir tal objetivo é o Balancete de Verificação. Esse
instrumento, embora de grande utilidade, não detectará, entretanto, todos os erros que possam
existir nos lançamentos contábeis. Como essa peça contábil tem como base o método das
partidas dobradas: “não haverá débito(s) sem crédito(s) correspondente(s)”, se, por um lado,
somarmos todos os débitos e, por outro, todos os créditos, deveremos ter o mesmo total.
Verificamos, assim, se os lançamentos a débito e a crédito foram realizados adequadamente. O
Balancete de Verificação é estruturado com a finalidade de examinar se todos os lançamentos
contábeis efetuados no decorrer de um período foram contabilizados de forma correta, ou seja,
em respeito ao método das partidas dobradas.
O Balancete de Verificação relaciona cada conta com o respectivo saldo devedor ou
credor, de tal forma que, se os lançamentos foram corretamente efetuados nos razonetes, o total
da coluna dos saldos devedores é igual ao total da coluna dos saldos credores. Se houver
diferenças entre os totais, podemos afirmar que pelo menos um lançamento está errado,
devendo-se revisar cada registro até que os erros sejam localizados.
O Balancete de verificação é um demonstrativo contábil auxiliar, que reúne todas as
contas em movimento na empresa e seus respectivos saldos (saldos de débito/saldos
devedores e saldos de crédito/saldos credores).
Por meio do balancete é possível chegar a vários resultados importantes para a
Contabilidade de uma empresa num dado período de tempo, bem como elaborar outros
demonstrativos contábeis importantes, como por exemplo, Demonstração do Resultado do
Exercício (DRE) e Balanço Patrimonial (BP).
Ou seja, para elaborar um balancete, cada Conta será transferida do razonete para ele,
com seu respectivo saldo. Assim, se a Conta no razonete apontar saldo final devedor (lado
esquerdo), esse saldo será transportado para a coluna do saldo devedor do balancete. Se a Conta
apresentar no razonete saldo final credor (lado direito), esse saldo será transportado para a
coluna do saldo credor do balancete.
ELEMENTOS MÍNIMOS DE UM BALANCETE DE VERIFICAÇÃO
➢ Identificação da Entidade
➢ Data que se refere
➢ Abrangência
➢ Identificação das contas
➢ Saldos Devedores e Credores
➢ Soma dos saldos
O balancete de verificação pode ser elaborado com 2, 4, 6 ou 8 colunas.
Balancete de 2 colunas: saldo devedor e saldo credor;
Balancete de 4 colunas: saldo inicial, movimento (débito e crédito) e saldo final;
Balancete de 6 colunas: saldo inicial (devedor e credor), movimento (débito e crédito) e
saldo final (devedor e credor);
TOTAL
BIZU:
Lembrem sempre, o balancete de verificação SÓ SERVE PRA ISSO:
QUESTÕES
1. O balancete de verificação, embora possa identificar erros decorrentes de incorreta
aplicação do método das partidas dobradas, é ineficaz para a correção de erros constituídos
por lançamentos invertidos ou duplicados.
Certo ( ) Errado ( )
2. Quando a soma dos saldos credores for igual à soma dos saldos devedores no balancete
de verificação, não haverá nenhum erro nos lançamentos contábeis do período.
Certo ( ) Errado ( )
3. No balancete de verificação, é possível identificar os lançamentos que devem ser objeto
de estorno, em razão da diferença que estará nele evidenciada entre os somatórios dos
saldos devedores e credores.
Certo ( ) Errado ( )
4. Em um balancete de verificação, é possível verificar a igualdade entre o total de débitos
e o total de créditos, o que garante a correção dos procedimentos contábeis adotados.
Certo ( ) Errado ( )
5. O balancete de verificação será elaborado em até oito colunas, na qual são apresentados
os saldos iniciais, o movimento, os saldos do período e os saldos finais.
Certo ( ) Errado ( )
6. Acerca das conciliações contábeis e do balancete de verificação, julgue o item a seguir.
O balancete de verificação deve ser obrigatoriamente elaborado a cada mês.
Certo ( ) Errado ( )
7. A apresentação de determinado balancete de verificação com valores diferentes para o
total de débitos e créditos constitui evidência de inversão entre a conta credora e a conta
devedora em pelo menos um dos lançamentos contábeis.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO
1. C
2. E
3. E
4. E
5. C
6. E
7. E
SUMÁRIO
ATOS E FATOS CONTÁBEIS................................................................................................................................. 2
ATOS ADMINISTRATIVOS E FATOS CONTÁBEIS (OU ADMINISTRATIVOS) ..................................................... 2
OS FATOS CONTÁBEIS SÃO CLASSIFICADOS DA SEGUINTE FORMA .............................................................. 2
PERMUTATIVOS ......................................................................................................................................... 2
Fatos Contábeis
+ aumentativos + aumentativos
- Diminutivos - Diminutivos
São os fatos contábeis que NÃO PROVOCAM alteração do valor total do patrimônio
líquido das entidades.
Os Fatos Contábeis Permutativos trocam valores entre os elementos do ativo ou passivo
da organização, sem alterar seu patrimônio líquido.
Pode haver a troca entre elementos do ativo, entre elementos do passivo ou entre ativo e
passivo.
LEMBRE-SE: um ativo é tudo aquilo que pode ser adquirido ou criado e que lhe
renderá ganhos. Um passivo é tudo aquilo que pode ser adquirido ou criado e que
lhe gerará despesas.
Exemplos:
➢ Aplicação financeira (-A +A);
➢ Compra de mercadoria a prazo (+A +P);
➢ Aumento de capital social com utilização de reserva de capital ou de lucro (-PL +PL).
Bizu...
Há permuta entre contras patrimoniais
+
Não altera o PL.
PASSIVO
ATIVO
CAIXA – 100
PATRIMONIO LIQUIDO
1. C. SOCIAL – 100
TOTAL 100
TOTAL 100
LEMBRE-SE
Para acharmos o Patrimônio Liquido utilizamos a fórmula: PL = AT total –
Passivo Exigível, ou seja, no patrimônio acima apresentado o valor do PL = 100.
PASSIVO
ATIVO
FORNECEDOR - 100
CAIXA – 100
MERCADORIA - 100
PATRIMONIO LIQUIDO
2. C. SOCIAL – 100
TOTAL 200
TOTAL 200
Perceba que houve alteração no valor total do balanço patrimonial, porém se
formos utilizar a fórmula para achar o PL, verificamos que o mesmo não mudou, ou
seja, HOUVE UMA PERMUTA ENTRE CONTAS (aumento de ativo e de passivo ao
mesmo tempo), e tal permuta NÃO ALTEROU o patrimônio liquido.
SUMÁRIO
ATOS E FATOS CONTÁBEIS................................................................................................................................. 2
MODIFICATIVOS......................................................................................................................................... 2
MISTOS OU COMPOSTOS .......................................................................................................................... 2
MISTOS OU COMPOSTOS
São os fatos contábeis que provocam alterações de contas do ativo e/ou do passivo, mas
que provocam também mudança no valor total do patrimônio líquido das entidades. São fatos
que são ao mesmo tempo permutativos e modificativos.
Os Fatos Contábeis Mistos são aqueles que combinam fatos permutativos com fatos
modificativos, determinando modificações qualitativas e quantitativas do patrimônio (para isso
utiliza-se o termo variação patrimonial mista). São fatos que ao mesmo tempo trocam
(permutam) e transformam valores dentro do Patrimônio e posteriormente alteram a Situação
Líquida Patrimonial.
Exemplos:
➢ Venda de mercadorias com lucro (-A +A +PL);
➢ Pagamento de duplicatas a pagar com juros (-A -P -PL);
➢ Recebimento de duplicatas a receber com juros (-A +A +PL).
Nos fatos MISTOS/COMPOSTOS/COMPLEXOS sempre, sempre, sempre,
DEVEM SER.
PAGAMENTO OU RECEBIMENTO + JUROS OU DESCONTOS.
MENSAGEM AO ALUNO
Olá!
Bons estudos!
SUMÁRIO
TEORIAS CONTÁBEIS .......................................................................................................................................... 2
ESCOLA ITALIANA DE CONTABILIDADE ...................................................................................................... 2
ESCOLA CONTISTA ..................................................................................................................................... 2
TEORIAS DAS CONTAS ................................................................................................................................... 3
TEORIA PERSONALISTA .............................................................................................................................. 3
CONTAS DOS AGENTES CONSIGNATÁRIOS ............................................................................................... 4
TEORIAS CONTÁBEIS
Segundo Lopes de Sá, a conta é o instrumento de registro que tem por finalidade reunir
fatos contábeis da mesma natureza, sendo aberta para encerrar os valores de realização
passada, presente ou futura, e recebendo um título que a identifica. Conta é título utilizado para
designar um bem, um direito, uma obrigação, uma despesa ou uma receita.
Assim, se alguém que se dedica ao ramo de comercialização de frutas terá, entre outras,
as seguintes contas, com suas respectivas quantidades expressas em valores: laranjas R$
200,00; pêras R$ 120,00; abacaxis R$ 70,00.
Conta é o local onde vamos registrar ou alocar os fatos de igual natureza. Então, teremos
uma conta para registrar o dinheiro da empresa, outra para registrar os depósitos bancários,
outra para designar os veículos e assim por diante.
ESCOLA ITALIANA DE CONTABILIDADE
Com o surgimento do Método de Partidas Dobradas no século XIII ou XIV, e sua
divulgação por meio da obra "La Summa de Arithmetica, Geometria, Proportioni et
Proportionalitá" de autoria do Frei Luca Pacioli, publicada em Veneza em 10/11/1494, a escola
Italiana ganhou grande impulso, espalhando-se por toda a Europa. Várias correntes de
pensamento contábil se desenvolveram dentro da escola italiana, sendo as mais relevantes: o
contismo, o personalismo, o neocontismo, o controlismo, o aziendalismo e o patrimonialismo.
ESCOLA CONTISTA
Constituiu-se na primeira corrente de pensamento contábil (1494). Seu surgimento está
relacionado aos estudos feitos pelos primeiros expositores do Método de Partidas Dobradas.
Os defensores dessa corrente adotaram como ideia básica o mecanismo das contas, centrando
sua preocupação no seu funcionamento, esquecendo-se que a conta é apenas consequência das
operações que acontecem numa entidade, e que essas operações devem merecer a máxima
atenção da contabilidade. Para os criadores da escola contista, a preocupação central da
contabilidade era com o processo de escrituração e com as técnicas de registro por meio das
contas. O objetivo das contas era sempre o de registrar uma dívida a receber ou a pagar,
coincidindo com a origem do crédito nas relações comerciais. Com o início do regime
socioeconômico, em que os meios de produção passaram a pertencer a qualquer pessoa que
possuísse capital, as relações de crédito entre compradores e vendedores experimentaram um
grande crescimento, fazendo com que as contas contábeis se constituíssem num dos mais
hábeis instrumentos para o registro destas relações. Em 1796, Jones apresentou o modelo
inglês de registro baseado em dois livros principais: o diário e o razão e dois livros auxiliares:
caixa e armazém (existências). Esse autor teve o mérito de ser o primeiro a admitir a
necessidade de realizar-se um controle numérico entre os livros principais, somando-se
separadamente o diário e o razão para verificar a igualdade de ambas as somas. A preocupação
com a fidelidade das informações contidas no diário e no razão revelou a necessidade de uma
maior sistematização do processo de registro das operações, com a consequente melhoria na
qualidade do produto desse processo.
Mais tarde, com o surgimento das sociedades com mais de um capitalista, criou-se a conta
capital, considerada pelos contistas como uma dívida da empresa para com o capitalista. Os
principais personagens do contismo foram: Fibonacci, Pegolotti, Pietra, Flori, Degranges, sendo
que os mais destacados foram Cotrugli e Frei Luca Pacioli.
Quando o caixa recebia dinheiro da empresa, ele passava a ser DEVEDOR, isto é, se
debitava o caixa pelo valor que ele recebeu. Por outro lado, quando o caixa fazia algum
pagamento ele recebia um crédito, isto é, se creditava o caixa.
Segundo a teoria personalista, que atribuía às pessoas a responsabilidade pelos bens,
direitos e obrigações, as contas representavam pessoas que mantinham com a empresa alguma
relação, quer pela guarda dos bens, quer porque deviam à empresa ou porque essas pessoas
tinham valores a receber da empresa, isto é, eram credoras da empresa.
Podemos estabelecer que as contas representativas de bens e direitos possuem saldo
devedor e são debitadas quando aumentam de valor, pois as pessoas responsáveis pelos bens
e direitos da entidade deviam a essa.
As contas representativas de obrigações da entidade indicavam créditos dos terceiros
para com esta, por isso possuem saldo credor e são creditadas quando aumentam de valor.
Assim, por essa teoria, as contas representam pessoas que são responsáveis por
determinados bens e/ou direitos, ou as que são detentoras do direito a crédito perante a
entidade.
Estão conseguindo compreender o porquê da conta caixa, que é um bem da
entidade, deve ser debitada para aumentar o seu valor?!!! Pois de acordo com essa
teoria todos o BENS E DIREITOS que são entregues às pessoas responsáveis pelo
patrimônio, tornam dívidas dessas pessoas para com a empresa.
SUMÁRIO
TEORIAS CONTÁBEIS .......................................................................................................................................... 2
CONTAS DOS AGENTES CORRESPONDENTES ............................................................................................ 2
CONTAS DO PROPRIETÁRIO ....................................................................................................................... 2
TEORIA MATERIALISTA .................................................................................................................................. 2
INTEGRAIS (OU ELEMENTARES) ................................................................................................................. 2
DIFERENCIAIS (OU DERIVADAS) ................................................................................................................. 3
TEORIA PATRIMONIALISTA ............................................................................................................................ 3
CONTAS PATRIMONIAIS ............................................................................................................................ 3
CONTAS DE RESULTADO ............................................................................................................................ 3
TEORIAS CONTÁBEIS
CONTAS DOS AGENTES CORRESPONDENTES
Consiste nas pessoas que representam as contas de direitos (Ativo) ou obrigações
(Passivo).
São terceiros que se situam na posição de devedor ou credor da entidade. São, portanto,
contas dos agentes correspondentes às contas em que a entidade mantém esse tipo de relação
jurídica, como por exemplo, Clientes e Fornecedores.
Os clientes devem à empresa o valor correspondente a suas compras a prazo e os
fornecedores são credores da empresa em relação às vendas a prazo que a essa foram feitas.
Daí resulta que Clientes é conta devedora e Fornecedores é conta credora.
Nessa conta ficavam as PESSOAS distantes da empresa, os terceiros,
que mesmo longe ainda mantinham relação jurídica com a empresa, sendo
essa de compra ou de venda a prazo.
Podemos chamar os agentes correspondentes de pessoas que
cuidavam dos DIREITOS E DAS OBRIGAÇÕES da entidade.
CONTAS DO PROPRIETÁRIO
Consiste nos responsáveis pelas contas do patrimônio líquido e suas variações, como
receitas e despesas. São, portanto, contas dos proprietários: Capital social, Receita de vendas,
Custo da mercadoria vendida (CMV), ICMS sobre vendas, Devoluções de vendas, Receitas
financeiras, Reserva legal, etc.
Nessa conta ficava a ÚNICA PESSOA que possuía poder na
modificação do patrimônio, ou seja, todas as contas que tratavam de
RECEITA, DESPESA E PATRIMÔNIO LÍQUIDO.
TEORIA MATERIALISTA
A escola materialista se opôs a teoria personalista, defendendo que as contas
representam entradas e saídas de valores e não simples relações de débito e crédito entre
pessoas (excluídas as relações com terceiros).
Essa é uma visão mais econômica do que vem a ser a conta, a relação entre as contas e a
entidade é uma relação material e não pessoal, de sorte que a conta só deve existir enquanto
houver também o elemento material por ela representado.
As contas dividem-se em:
INTEGRAIS (OU ELEMENTARES)
São as representativas dos bens, dos direitos e das obrigações da entidade, ou seja, Ativo
e Passivo Exigível.
Na evolução da TEORIA PERSONALISTA para a Teoria Materialista houve a
fusão das contas dos AGENTES em apenas uma conta, nascendo assim as contas
INTEGRAIS.
TEORIA PATRIMONIALISTA
É a teoria usualmente adotada no Brasil. Segundo ela, criada por Vincenzo Masi, O
OBJETO DE ESTUDO DA CIÊNCIA CONTÁBIL É O PATRIMÔNIO DE UMA ENTIDADE. A
contabilidade tem como finalidade controlar este patrimônio e apurar o resultado das
empresas.
Essas contas se classificam da seguinte forma:
CONTAS PATRIMONIAIS
São as contas representativas dos bens e dos direitos (Ativo), das obrigações (Passivo) e
do Patrimônio Líquido (PL) da entidade.
São aquelas contas que representam o Ativo (indica a existência de Bens e Direitos) e o
Passivo (indica a existência de Obrigações e Patrimônio Líquido da entidade, formado pelo
capital social, as reservas e os prejuízos acumulados). São essas contas que representam o
Patrimônio da empresa, por meio do Balanço Patrimonial.
CONTAS DE RESULTADO
São as contas que representam as receitas e as despesas da entidade. São as Receitas e as
Despesas do período, que devem ser encerradas no final do exercício para que se apure o
resultado do exercício. Esse resultado, lucro ou prejuízo, será incorporado ao Patrimônio
através da conta Prejuízos acumulados (quando o resultado for negativo), ou Reserva de
lucros (quando o resultado for positivo).
São acontecimentos que modificam a situação líquida da empresa e representam
variações no Patrimônio da entidade. Essas contas não fazem parte do Balanço Patrimonial,
mas permitem que o resultado do exercício seja apurado.
SUMÁRIO
OS PRINCÍPIOS DE CONTABILIDADE .................................................................................................................. 2
O PRINCÍPIO DA ENTIDADE ........................................................................................................................ 2
O PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE ............................................................................................................... 3
O PRINCÍPIO DA OPORTUNIDADE.............................................................................................................. 3
O PRINCÍPIO DO REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL .................................................................................. 3
O PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA ................................................................................................................ 3
O PRINCÍPIO DA PRUDÊNCIA ..................................................................................................................... 4
OBSERVÂNCIA OBRIGATÓRIA .................................................................................................................... 4
OS PRINCÍPIOS DE CONTABILIDADE
Os Princípios de Contabilidade representam a essência das doutrinas e teorias relativas
à Ciência da Contabilidade, consoante o entendimento predominante nos universos científico
e profissional.
A partir de 02.06.2010, os "Princípios Fundamentais de Contabilidade (PFC)", citados
na Resolução CFC 750/1993, passam a denominar-se "Princípios de Contabilidade (PC)", por
força da Resolução CFC 1.282/2010, ambas as resoluções foram revogadas por força da
Norma Brasileira de Contabilidade Aplicada ao Setor Público (NBC TSP) – Estrutura
Conceitual, publicada na data de 4 de outubro de 2016 no Diário Oficial da União.
“Com isso, os Princípios de Contabilidade, sob o ponto de vista das Estruturas
Conceituais dos setores privado e público, passaram a ser comportados dentro das
normas específicas, respectivamente, a NBC TG Estrutura Conceitual (Resolução nº
1.374/2011) e NBCTSP EC”.
O PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE
O Princípio da Continuidade pressupõe que a Entidade continuará em operação no
futuro e, portanto, a mensuração e a apresentação dos componentes do patrimônio levam em
conta essa circunstância.
VOLWERINE = IMORTAL
O PRINCÍPIO DA OPORTUNIDADE
O Princípio da Oportunidade refere-se ao processo de mensuração e apresentação dos
componentes patrimoniais para produzir informações íntegras e tempestivas.
INFORMAÇÃO INTEGRA + TEMPESTIVA
O PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA
O Princípio da Competência determina que os efeitos das transações e outros eventos
sejam reconhecidos nos períodos a que se referem, independentemente do recebimento ou
pagamento. Parágrafo único. O Princípio da Competência pressupõe a simultaneidade da
confrontação de receitas e de despesas correlatas.
O PRINCÍPIO DA PRUDÊNCIA
O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do menor valor para os componentes do
ATIVO e do maior para os do PASSIVO, sempre que se apresentem alternativas igualmente
válidas para a quantificação das mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido.
OBSERVÂNCIA OBRIGATÓRIA
A observância dos Princípios de Contabilidade é obrigatória no exercício da profissão e
constitui condição de legitimidade das Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC).
Por exemplo, o princípio de competência, que exige o registro das receitas e despesas no
período que ocorrerem, não pode ser substituído por adoção do regime de caixa (onde as
receitas e despesas são registradas somente por ocasião de seu pagamento).
SUMÁRIO
ESTRUTURA DO BALANÇO PATRIMONIAL ......................................................................................................... 2
CONCEITOS IMPORTANTES ........................................................................................................................... 2
CURTO PRAZO ............................................................................................................................................ 2
LONGO PRAZO ........................................................................................................................................... 2
GRAU DE LIQUIDEZ .................................................................................................................................... 2
NÍVEL DE EXIGIBILIDADE ............................................................................................................................ 2
REALIZÁVEL ................................................................................................................................................ 3
ATIVO ............................................................................................................................................................. 5
ATIVO CIRCULANTE.................................................................................................................................... 5
ATIVO NÃO CIRCULANTE ......................................................................................................................... 10
CONCEITOS IMPORTANTES
CURTO PRAZO
Todos os bens e direitos realizáveis em moeda ou passíveis de conversão e as obrigações
com vencimento até o término do exercício social (ano) seguinte.
OBS.: pode acontecer de a entidade ter o ciclo operacional com duração maior do que o
período de 12 meses, dessa forma a classificação como curto ou longo prazo terá por base o
prazo desse ciclo.
LONGO PRAZO
Todos os bens e direitos realizáveis em moeda ou passíveis de conversão e as
obrigações com vencimento após o término do exercício social (ano) seguinte.
GRAU DE LIQUIDEZ
É o maior ou menor prazo no qual os Bens e os Direitos podem ser transformados em
dinheiro. Ex.: conta Caixa é a de maior liquidez, por já ser dinheiro. Já a conta Veículos é menor
de idade liquidez que a conta Caixa, pois demora mais para se transformar em dinheiro
(primeiro é preciso vender o veículo para depois ter o dinheiro em mãos).
NÍVEL DE EXIGIBILIDADE
É o maior ou menor prazo existente para que as Obrigações sejam pagas. As contas que
deverão ser pagas mais rapidamente (curto prazo) têm um maior nível de exigibilidade do que
as contas que serão liquidadas (pagas) em um prazo maior (longo prazo).
REALIZÁVEL
Representa tudo o que se pode mudar, converter, transformar em disponibilidade
(dinheiro), sendo uma expressão usada no Ativo. Exemplo: uma duplicata de cliente é um
direito realizável e em um determinado momento ela se transformará em dinheiro.
Todas as contas do Ativo encontram-se discriminadas no lado esquerdo do Balanço
Patrimonial e são classificadas em ordem decrescente do grau de liquidez dos elementos
patrimoniais que representam. Ou seja, de acordo com a rapidez com que podem ser
convertidas em dinheiro (ordem de liquidar as dívidas, de pagar os compromissos).
Os itens de maior liquidez aparecem no começo do Ativo, já os de menor liquidez
aparecem em último lugar. Ex.: a conta Caixa é a de maior liquidez, encontrando-se no topo. Já
a conta Máquinas e Equipamentos tem uma liquidez menor, encontrando-se classificada mais
abaixo, pois não possui o mesmo potencial que a conta Caixa para ser convertida em dinheiro.
Todas as contas do Passivo encontram-se discriminadas no lado direito do Balanço
Patrimonial e são classificadas segundo a ordem decrescente de exigibilidade. As contas são
originadas de recursos de terceiros e são classificadas de acordo com o seu vencimento, isto é,
aquelas contas que serão liquidadas mais rapidamente (curto prazo) aparecem no topo da
coluna do Passivo, e as que serão pagas em um prazo maior (longo prazo) aparecem mais para
o final.
Já no Patrimônio Líquido (PL) (que faz parte do Passivo), também do lado direito do
Balanço Patrimonial, as contas são originadas de recursos próprios, como investimentos feitos
pelos proprietários (dinheiro aplicado) para abertura da empresa, por reserva de lucros,
prejuízos ou lucros acumulados, etc. Quando o saldo do PL aumenta, significa que a empresa
ficou mais rica. Quando o saldo do PL diminui, significa que ela ficou mais pobre.
IMPORTANTE: É importante saber que os Lucros Acumulados só podem existir
em empresas de pequeno porte. Nas Sociedades por Ações (SAs, Companhias,
empresas de grande porte), deve haver distribuição de lucros, sendo a conta Lucros
Acumulados uma conta transitória usada para a transferência do lucro apurado do
exercício. De acordo com a Lei 11.638/07, torna-se obrigatória a destinação total dos
Lucros nas SAs e empresas de grande porte.
Será considerada sociedade de grande porte aquela que, no exercício social
anterior, tiver ativo total superior a R$ 240.000.000,00 ou receita bruta anual
superior a R$ 300.000.000,00. As duas condições não são cumulativas, ou seja, basta
enquadrar-se em uma delas para ser classificada como sociedade de grande porte.
Balanço Patrimonial
ATIVO PASSIVO
Circulante Circulante
O artigo 179 da Lei 6.404/76 (Lei das Sociedades por Ações) fala sobre como as contas deverão
ser classificadas. Porém, podemos classificá-las da seguinte forma para um melhor entendimento:
Balanço Patrimonial
ATIVO PASSIVO
Circulante Circulante
Disponibilidades Fornecedores
Créditos Obrigações trabalhistas
Estoques Empréstimos e financiamentos (CP)
Outros créditos Obrigações tributárias
Despesas antecipadas Provisões e encargos das provisões
Outras obrigações
Não Circulante
Realizável a longo prazo Não Circulante
Investimentos Exigível a longo prazo
Imobilizado
Intangível Patrimônio Líquido
Capital
Reservas
Ajustes de avaliação patrimonial
Prejuízos acumulados
As contas que fazem parte dos grupos e subgrupos acima demonstrados se classificam de
formas diferentes. A partir agora veremos qual o significado de cada grupo (Ativo, Passivo
Exigível e Patrimônio Líquido) e também seus subgrupos e contas existentes.
ATIVO
Faz parte das Contas Patrimoniais e compreende o conjunto de Bens e Direitos da
organização (entidade, empresa), possuindo valores econômicos e podendo ser convertido em
dinheiro (proporcionando ganho para a empresa).
ATIVO CIRCULANTE
O Ativo Circulante agrupa dinheiro e tudo o que será transformado em dinheiro
rapidamente. São contas que estão constantemente em giro, movimento, circulação. Nesse
grupo são registrados os bens e direitos que a empresa consegue realizar (transformar) em
dinheiro até o final do exercício seguinte, ou seja, no curto prazo.
➢ Créditos
São direitos que a empresa tem a receber. Fazem parte desse grupo as contas:
• Duplicatas a receber ou Clientes: valores a receber decorrentes das vendas
efetuadas pela empresa. Essa conta é usada quando o cliente compra e leva o
produto ainda sem ter pago o valor total que deve (compra a crédito com cartão
ou com cheque pré-datado, compra parcelada a curto prazo). Ou seja, são valores
ainda não recebidos decorrentes de vendas de mercadorias.
• Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa (PCLD): conta redutora do
ativo
• Títulos a receber: são representados, na maioria das vezes, por notas
promissórias. Esses títulos podem ser originários de duplicatas não pagas no
vencimento, cujos valores renegociados passam a ser representados por notas
promissórias ou por outro título equivalente com prazo de vencimento dilatado,
conforme acordo entre as partes. Representam também valores de empréstimos
a receber de terceiros e de vendas não ligadas às operações normais da empresa,
tais como vendas de investimentos como ações, debêntures, imóveis, etc.
➢ Estoques
São as mercadorias para serem revendidas que a empresa possui. Essa conta registra o
valor dos estoques na data do fechamento do balanço. São contas desse grupo:
• Estoque de produtos acabados: produtos cujo processo de fabricação foi
concluído e já se encontram em condições de venda.
• Estoque de mercadorias para revenda: compreende as mercadorias adquiridas
para comercialização.
• Estoque de produtos em elaboração: são classificados todos os produtos que, no
fechamento do balanço, ainda se encontram em fase de produção. Compreende
todos os custos aplicados nesses produtos. Em empresas prestadoras de serviços,
essa conta é chamada de Serviços em Andamento.
OBS.: a conta Estoque de materiais pode ser dividida em outras contas, como
por exemplo:
Estoque de matéria-prima;
Estoque de materiais secundários;
Estoque de embalagens;
Estoque de peças para reposição;
Etc.
➢ Despesas Antecipadas
Aqui são classificadas as aplicações de recursos em despesas cujo benefícios para a
empresa ocorrerão no exercício seguinte. Ou seja, são valores relativos a despesas já pagas e
que beneficiarão o exercício seguinte àquele da data de encerramento do balanço (contas
realizadas em aproximadamente 12 meses, dependendo do ciclo operacional da empresa). São
despesas a vencer, a apropriar, a transcorrer, antecipadas. Elas serão futuramente apropriadas
decorrente dos pagamentos feitos antecipadamente, sendo direitos da empresa.
OBS.: Por se tratar de aplicação antecipada de recursos financeiros em
despesas a serem incorridas no exercício seguinte, a sua apropriação às contas de
resultado terá lugar à medida que os benefícios forem auferidos (obtidos).
Ou seja, no Não Circulante são incluídos todos os bens de natureza duradoura destinados
ao funcionamento normal da sociedade e do seu empreendimento, assim como os direitos
exercidos com essa finalidade.
O Ativo Não Circulante está dividido em 4 grupos: Realizável a longo prazo, Investimentos,
Imobilizado e Intangível.
➢ Realizável a longo prazo.
São classificados nesse grupo as contas de bens e direitos da empresa cujas realizações se
darão a longo prazo (após o término do exercício seguinte).
Também estão inseridas nesse grupo as contas de direitos sem prazo de vencimento. Ou
seja, quando não se determina o prazo de vencimento do direito, em contabilidade, entende-se
como de longo prazo. São contas de natureza devedora, assim como as do Ativo Circulante.
Segundo o inciso II do artigo 179 da Lei 6.404/76, as contas no Ativo Realizável a Longo
Prazo serão classificadas do seguinte modo:
"Os direitos realizáveis após o término do exercício seguinte, assim
como os derivados de vendas, adiantamentos ou empréstimos a
sociedades coligadas ou controladas (artigo 243), diretores,
acionistas ou participantes no lucro da companhia, que não
constituírem negócios usuais na exploração do objeto da
companhia”.
Vejamos algumas contas que fazem parte desse grupo:
• Aplicações financeiras de longo prazo: aplicações que a empresa faz, mas que só
terá o direito de retirar o dinheiro aplicado após um prazo de 12 meses. Ex.:
Aplicação financeira de 18 meses.
OBS.: No caso dos empréstimos, eles apenas serão classificados de acordo com
a operação (Ativo Circulante se for receber até o final do curto prazo ou Ativo
Realizável a Longo Prazo se for receber após o término do curto prazo) se a atividade
da empresa que fez o empréstimo for efetivamente essa, ou seja, de fazer
empréstimos, pois esse é o produto que ela oferece. Ex.: Financeiras, bancos, etc.
➢ Investimentos
No grupo Investimentos são classificadas as participações e aplicações financeiras de
caráter permanente, com o objetivo de gerar rendimentos para a empresa de forma que esses
bens e direitos não sejam destinados à manutenção das atividades normais da companhia.
Segundo o inciso III do artigo 179 da Lei 6.404/76, as contas do grupo Investimentos
serão classificadas da seguinte forma:
"As participações permanentes em outras sociedades e os direitos de qualquer
natureza, não classificáveis no ativo circulante, e que não se destinem à manutenção
da atividade da companhia ou da empresa”.
Por meio do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), foi aprovado o CPC 04 que trata
de Ativos Intangíveis. Essa norma diz que as entidades devem seguir as novas definições para
o novo tratamento contábil dos ativos intangíveis, assim como também seguir os critérios para
seu o reconhecimento e mensuração, bem como analisar e efetuar as divulgações específicas
referentes a esses ativos (empresa deve reconhecer um ativo intangível somente se
determinados critérios forem atendidos, além de especificar como devem ser avaliados e quais
são as divulgações necessárias para esse novo subgrupo do Ativo).
OBS.: O Intangível passou a existir e fazer parte do Balanço Patrimonial com a
chegada da Lei 11.638 de 2007.
OBS.: Caso não haja condições de reconhecer um ativo intangível esse deve
ser registrado como despesa e nem tudo o que é imaterial será classificado no
intangível. Ex.: tradição, história, reputação, etc.
SUMÁRIO
ESTRUTURA DO BALANÇO PATRIMONIAL ......................................................................................................... 2
PASSIVO ......................................................................................................................................................... 2
PASSIVO CIRCULANTE ................................................................................................................................ 2
PASSIVO NÃO CIRCULANTE ....................................................................................................................... 4
PATRIMÔNIO LIQUIDO .............................................................................................................................. 4
➢ Obrigações trabalhistas
• INSS a recolher (ou a pagar).
• FGTS a recolher.
• Salários a pagar.
• Comissões a pagar.
➢ Empréstimos e financiamentos
• Financiamentos a pagar de curto prazo.
• Empréstimos a pagar: podem ser feitos no banco, etc.
➢ Obrigações tributárias
• IRF a recolher (ou IRRF).
• IR a recolher (a pagar).
• ISS a pagar.
• COFINS a recolher: impostos a recolher.
• ICMS a recolher.
• PIS a recolher.
• Impostos sobre vendas a pagar.
• CSLL a pagar.
• IRPJ a pagar.
➢ Provisões e encargos das provisões
• Provisão 13º salário.
• FGTS provisão 13º salário.
• INSS provisão 13º salário.
• Provisão férias.
• FGTS provisão férias.
• INSS provisão férias.
➢ Outras obrigações
• Juros ativos a vencer.
• Variações monetárias ativas a vencer;
• *Aluguéis ativos a vencer: quando a empresa recebe o valor de um ou mais
meses de aluguel antecipadamente. Ou seja, ela já recebeu esse valor, agora tem
a obrigação para com quem alugou de fornecer o local do aluguel. É uma receita
antecipada. É um passivo, pois já recebi a receita antes da empresa usar meu
terreno por todo o prazo. (recebeu antecipadamente)
OBS.: Tem a denominação ativos, pois se trata de uma conta relacionada a
fatos que contribuem para o aumento do patrimônio da entidade. Por isso é uma
conta de receita.
Comissões Ativas a Vencer – Comissões Ativas são receitas; a Vencer são
“antecipadas”. Portanto, trata-se de conta de receita antecipada classificada no
passivo exigível.
➢ RESERVAS DE CAPITAL
SUMÁRIO
PATRIMÔNIO LÍQUIDO ...................................................................................................................................... 2
PATRIMÔNIO LÍQUIDO .................................................................................................................................. 2
AS CARACTERÍSTICAS DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO ......................................................................................... 3
O CAPITAL SOCIAL...................................................................................................................................... 3
OS PREJUÍZOS ACUMULADOS.................................................................................................................... 4
AS RESERVAS DE CAPITAL .......................................................................................................................... 4
AJUSTE DE AVALIAÇÃO PATRIMONIAL ...................................................................................................... 5
AS RESERVAS DE LUCRO ............................................................................................................................ 5
AÇÕES EM TESOURARIA ............................................................................................................................ 5
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
O Patrimônio Líquido é formado pelo grupo de contas que registra o valor contábil
pertencente aos acionistas ou quotistas, ou seja, é o grupo de contas que guarda o dinheiro
dos SÓCIOS da entidade.
O patrimônio líquido é um dos elementos de maior importância quando o assunto diz
respeito à contabilidade de uma empresa. De forma bem sucinta, é possível afirmar que o
patrimônio líquido é o que representa a riqueza de uma determinada empresa.
Ele fornece informações relevantes, tais como os lucros adquiridos, reservas de valores,
valores investidos nos empreendimentos, entre outros pontos pertinentes.
Art. 178. No balanço, as contas serão classificadas segundo os
elementos do patrimônio que registrem, e agrupadas de modo a
facilitar o conhecimento e a análise da situação financeira da
companhia.
§ 2º No passivo, as contas serão classificadas nos seguintes grupos
III – patrimônio líquido, dividido em capital social, reservas de
capital, ajustes de avaliação patrimonial, reservas de lucros, ações
em tesouraria e prejuízos acumulados. (Incluído pela Lei nº 11.941,
de 2009):
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Art. 182. A conta do capital social discriminará o montante
subscrito e, por dedução, a parcela ainda não realizada.
§ 1º Serão classificadas como reservas de capital as contas que
registrarem:
a) a contribuição do subscritor de ações que ultrapassar o valor
nominal e a parte do preço de emissão das ações sem valor nominal
que ultrapassar a importância destinada à formação do capital
social, inclusive nos casos de conversão em ações de debêntures ou
partes beneficiárias;
b) o produto da alienação de partes beneficiárias e bônus de
subscrição;
c) (revogada); (Redação dada pela Lei nº 11.638, de
2007) (Revogado pela Lei nº 11.638,de 2007)
d) (revogada). (Redação dada pela Lei nº 11.638, de
2007) (Revogado pela Lei nº 11.638,de 2007)
§ 2° Será ainda registrado como reserva de capital o resultado
da correção monetária do capital realizado, enquanto não-
capitalizado.
§ 3o Serão classificadas como ajustes de avaliação patrimonial,
enquanto não computadas no resultado do exercício em obediência
ao regime de competência, as contrapartidas de aumentos ou
diminuições de valor atribuídos a elementos do ativo e do passivo,
em decorrência da sua avaliação a valor justo, nos casos previstos
nesta Lei ou, em normas expedidas pela Comissão de Valores
Mobiliários, com base na competência conferida pelo § 3o do art.
177 desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)
§ 4º Serão classificados como reservas de lucros as contas
constituídas pela apropriação de lucros da companhia.
§ 5º As ações em tesouraria deverão ser destacadas no balanço
como dedução da conta do patrimônio líquido que registrar a
origem dos recursos aplicados na sua aquisição.
A integralização do capital poderá ser feita por meio de moeda corrente ou bens e
direitos. Quando a integralização do capital social é feita em moeda corrente debita-se uma
conta específica do ativo circulante (Bancos c/Movimento, por exemplo) e credita-se a conta
"Capital Social".
Exemplo de Contabilização:
DATA D/C DESCRIÇÃO VARLOR R$
DÉBITO CAIXA/BANCO - AC 100,00
CRÉDITO CAPITAL SOCIAL - PL 100,00
OS PREJUÍZOS ACUMULADOS
Eles correspondem ao saldo que restaram dos prejuízos líquidos e dos lucros que ainda
não foram distribuídos, no entanto já foram apropriados para constarem no patrimônio
líquido.
AS RESERVAS DE CAPITAL
Tais reservas são o resultado de saldos em dinheiro que não contam com a capacidade
de serem distribuídas para os investidores, sendo assim, elas então são integradas ao Capital
Social ou, em determinados casos, compensadas como lucros acumulados.
As reservas de capital são constituídas com valores recebidos pela empresa e que não
transitam pelo resultado, por não se referirem à entrega de bens ou serviços pela empresa.
Respectivas reservas devem refletir, essencialmente, as contribuições feitas pelos
acionistas que estejam diretamente relacionadas à formação ou ao incremento do capital
social.
As reservas de capital constituem-se grupo de contas integrantes do Patrimônio Líquido.
De acordo com o parágrafo 1º do artigo 182 da Lei 6.404/1976, serão
classificadas como reservas de capital as contas que registrarem:
a) a correção monetária do capital realizado;
b) a contribuição do subscritor de ações que ultrapassar o valor
nominal e a parte do preço de emissão das ações sem valor nominal
que ultrapassar a importância destinada à formação do capital social,
inclusive nos casos de conversão em ações de debêntures ou partes
beneficiárias;
c) o produto da alienação de partes beneficiárias e bônus de subscrição.
CUIDADO!
As reservas de capital não são receitas, são ganhos de capital que não
transitam pelo resultado do exercício – DRE.
À medida que as ações ou quotas forem alienadas, tal operação gerará resultados
positivos ou negativos e não devem integrar o resultado da empresa.
Se da operação resultar lucro, deverá ser registrado a crédito de uma reserva de capital.
Se ocorrer prejuízo, esse valor deverá ser debitado na mesma conta de reserva de capital
que sustentava as quotas/ações em tesouraria.
SUMÁRIO
PROVISÕES, PASSIVOS CONTINGENTES E ATIVOS CONTINGENTES – CPC 25 ................................................... 2
OBJETIVO ....................................................................................................................................................... 2
ALCANCE ........................................................................................................................................................ 2
DEFINIÇÕES .................................................................................................................................................... 3
PROVISÃO .................................................................................................................................................. 3
PASSIVO ..................................................................................................................................................... 3
EVENTO QUE CRIA OBRIGAÇÃO ................................................................................................................ 3
OBRIGAÇÃO LEGAL .................................................................................................................................... 3
OBRIGAÇÃO NÃO FORMALIZADA .............................................................................................................. 3
PASSIVO CONTINGENTE ............................................................................................................................ 3
ATIVO CONTINGENTE ................................................................................................................................ 4
CONTRATO ONEROSO ............................................................................................................................... 4
REESTRUTURAÇÃO .................................................................................................................................... 4
PROVISÃO E OUTROS PASSIVOS .................................................................................................................... 4
RELAÇÃO ENTRE PROVISÃO E PASSIVO CONTINGENTE ................................................................................ 4
RECONHECIMENTO ....................................................................................................................................... 5
PROVISÃO .................................................................................................................................................. 5
OBRIGAÇÃO PRESENTE .............................................................................................................................. 5
EVENTO PASSADO ..................................................................................................................................... 5
ESTIMATIVA CONFIÁVEL DA OBRIGAÇÃO ................................................................................................. 7
ALCANCE
Esse Pronunciamento Técnico deve ser aplicado por todas as entidades na
contabilização de provisões, e de passivos e ativos contingentes, exceto:
(a) os que resultem de contratos a executar, a menos que o contrato seja oneroso; e
(b) os cobertos por outro Pronunciamento Técnico.
Esse Pronunciamento Técnico não se aplica a instrumentos financeiros (incluindo
garantias) que se encontrem dentro do alcance do Pronunciamento Técnico CPC 38 -
Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração. Contratos a executar são contratos
pelos quais nenhuma parte cumpriu qualquer das suas obrigações ou ambas as partes só
tenham parcialmente cumprido as suas obrigações em igual extensão. Esse Pronunciamento
Técnico não se aplica a contratos a executar a menos que eles sejam onerosos. Quando outro
Pronunciamento Técnico trata de um tipo específico de provisão ou de passivo ou ativo
contingente, a entidade aplica esse Pronunciamento Técnico em vez do presente
Pronunciamento Técnico. Por exemplo, certos tipos de provisões são tratados nos
Pronunciamentos Técnicos relativos a:
(a) contratos de construção (ver o Pronunciamento Técnico CPC 17 - Contratos de
Construção);
(b) tributos sobre o lucro (ver o Pronunciamento Técnico CPC 32 – Tributos sobre o
Lucro);
(c) arrendamento mercantil (ver o Pronunciamento Técnico CPC 06 - Operações de
Arrendamento Mercantil). Porém, como esse CPC 06 não contém requisitos específicos para
tratar arrendamentos mercantis operacionais que tenham se tornado onerosos, esse
Pronunciamento Técnico aplica-se a tais casos;
(d) benefícios a empregados (ver o Pronunciamento Técnico CPC 33 – Benefícios a
Empregados);
(e) contratos de seguro (ver o Pronunciamento Técnico CPC 11 – Contratos de Seguro).
Contudo, esse Pronunciamento Técnico aplica-se a provisões e a passivos e ativos
contingentes de seguradora que não sejam os resultantes das suas obrigações e direitos
contratuais, segundo os contratos de seguro dentro do alcance do CPC; e (Alterada pela
Revisão CPC 06)
(f) contraprestação contingente de adquirente em combinação de negócios (ver o
Pronunciamento Técnico CPC 15 – Combinação de Negócios. (Alterada pela Revisão CPC 06)
Alguns valores tratados como provisão podem relacionar-se com o reconhecimento de
receita; por exemplo, quando a entidade dá garantias em troca de remuneração. Esse
Pronunciamento Técnico não trata do reconhecimento de receita. O Pronunciamento Técnico
CPC 30 – Receitas identifica as circunstâncias em que a receita é reconhecida e proporciona
orientação sobre a aplicação dos critérios de reconhecimento. Esse Pronunciamento Técnico
não altera os requisitos do CPC 30.
Esse Pronunciamento Técnico define provisão como passivo de prazo ou valor incertos.
Em alguns países o termo “provisão” é também usado no contexto de itens tais como
depreciação, redução ao valor recuperável de ativos e créditos de liquidação duvidosa: esses
são ajustes dos valores contábeis de ativos e não são tratados nesse Pronunciamento Técnico.
Outros Pronunciamentos Técnicos especificam se os gastos são tratados como ativo ou como
despesa. Esses assuntos não são tratados neste Pronunciamento Técnico. Consequentemente,
este Pronunciamento Técnico não proíbe nem exige a capitalização dos custos reconhecidos
quando a provisão é feita. Esse Pronunciamento Técnico aplica-se a provisões para
reestruturações (incluindo unidades operacionais descontinuadas). Quando uma
reestruturação atende à definição de unidade operacional descontinuada, o Pronunciamento
Técnico CPC 31 – Ativo Não Circulante Mantido para Venda e Operação Descontinuada pode
exigir divulgação adicional.
DEFINIÇÕES
Os seguintes termos são usados nesse Pronunciamento, com os significados
especificados:
PROVISÃO
É um passivo de prazo ou de valor incertos.
PASSIVO
É uma obrigação presente da entidade, derivada de eventos já ocorridos, cuja liquidação
se espera que resulte em saída de recursos da entidade capazes de gerar benefícios
econômicos.
EVENTO QUE CRIA OBRIGAÇÃO
É um evento que cria uma obrigação legal ou não formalizada que faça com que a
entidade não tenha nenhuma alternativa realista senão liquidar essa obrigação.
OBRIGAÇÃO LEGAL
É uma obrigação que deriva de:
(a) contrato (por meio de termos explícitos ou implícitos);
(b) legislação; ou
(c) outra ação da lei.
OBRIGAÇÃO NÃO FORMALIZADA
É uma obrigação que decorre das ações da entidade em que:
(a) por via de padrão estabelecido de práticas passadas, de políticas publicadas ou de
declaração atual suficientemente específica, a entidade tenha indicado a outras partes que
aceitará certas responsabilidades; e
(b) em consequência, a entidade cria uma expectativa válida nessas outras partes de que
cumprirá com essas responsabilidades.
PASSIVO CONTINGENTE
Passivo contingente é:
(a) uma obrigação possível que resulta de eventos passados e cuja existência será
confirmada apenas pela ocorrência ou não de um ou mais eventos futuros incertos não
totalmente sob controle da entidade; ou
(b) uma obrigação presente que resulta de eventos passados, mas que não é reconhecida
porque:
(i) não é provável que uma saída de recursos que incorporam benefícios econômicos
seja exigida para liquidar a obrigação; ou
(ii) o valor da obrigação não pode ser mensurado com suficiente confiabilidade.
ATIVO CONTINGENTE
É um ativo possível que resulta de eventos passados e cuja existência será confirmada
apenas pela ocorrência ou não de um ou mais eventos futuros incertos não totalmente sob
controle da entidade.
CONTRATO ONEROSO
É um contrato em que os custos inevitáveis de satisfazer as obrigações do contrato
excedem os benefícios econômicos que se esperam sejam recebidos ao longo do mesmo
contrato.
REESTRUTURAÇÃO
É um programa planejado e controlado pela administração e que altera materialmente:
(a) o âmbito de um negócio empreendido por entidade; ou
(b) a maneira como o negócio é conduzido.
(b) passivos contingentes – que não são reconhecidos como passivo porque são:
(i) obrigações possíveis, visto que ainda há de ser confirmado se a entidade tem ou não
uma obrigação presente que possa conduzir a uma saída de recursos que incorporam
benefícios econômicos; ou
(ii) obrigações presentes que não satisfazem os critérios de reconhecimento desse
Pronunciamento Técnico (porque não é provável que seja necessária uma saída de
recursos que incorporem benefícios econômicos para liquidar a obrigação, ou não pode
ser feita uma estimativa suficientemente confiável do valor da obrigação).
RECONHECIMENTO
PROVISÃO
Uma provisão deve ser reconhecida quando:
(a) A entidade tem uma obrigação presente (legal ou não formalizada) como resultado
de evento passado;
(b) Seja provável que será necessária uma saída de recursos que incorporam benefícios
econômicos para liquidar a obrigação; e
(c) Possa ser feita uma estimativa confiável do valor da obrigação. Se essas condições
não forem satisfeitas, nenhuma provisão deve ser reconhecida.
OBRIGAÇÃO PRESENTE
Em casos raros não é claro se existe ou não uma obrigação presente. Nesses casos,
presume-se que um evento passado dá origem a uma obrigação presente se, levando em
consideração toda a evidência disponível, é mais provável que sim do que não que existe uma
obrigação presente na data do balanço.
Em quase todos os casos será claro se um evento passado deu origem a uma obrigação
presente. Em casos raros – como em um processo judicial, por exemplo –, pode-se discutir
tanto se certos eventos ocorreram quanto se esses eventos resultaram em uma obrigação
presente. Nesse caso, a entidade deve determinar se a obrigação presente existe na data do
balanço ao considerar toda a evidência disponível incluindo, por exemplo, a opinião de
peritos. A evidência considerada inclui qualquer evidência adicional proporcionada por
eventos após a data do balanço. Com base em tal evidência:
(a) quando for mais provável que sim do que não que existe uma obrigação presente na
data do balanço, a entidade deve reconhecer a provisão (se os critérios de reconhecimento
forem satisfeitos); e
(b) quando for mais provável que não existe uma obrigação presente na data do balanço,
a entidade divulga um passivo contingente, a menos que seja remota a possibilidade de uma
saída de recursos que incorporam benefícios econômicos (ver item 86).
EVENTO PASSADO
Um evento passado que conduz a uma obrigação presente é chamado de um evento que
cria obrigação. Para um evento ser um evento que cria obrigação, é necessário que a entidade
não tenha qualquer alternativa realista senão liquidar a obrigação criada pelo evento. Esse é o
caso somente:
(a) quando a liquidação da obrigação pode ser imposta legalmente; ou
(b) no caso de obrigação não formalizada, quando o evento (que pode ser uma ação da
entidade) cria expectativas válidas em terceiros de que a entidade cumprirá a obrigação.
As demonstrações contábeis tratam da posição financeira da entidade no fim do seu
período de divulgação e não da sua possível posição no futuro. Por isso, nenhuma provisão é
reconhecida para despesas que necessitam ser incorridas para operar no futuro. Os únicos
passivos reconhecidos no balanço da entidade são os que já existem na data do balanço.
São reconhecidas como provisão apenas as obrigações que surgem de eventos passados que
existam independentemente de ações futuras da entidade (isto é, a conduta futura dos seus
negócios). São exemplos de tais obrigações as penalidades ou os custos de limpeza de danos
ambientais ilegais, que em ambos os casos dariam origem na liquidação a uma saída de recursos
que incorporam benefícios econômicos independentemente das ações futuras da entidade. De
forma similar, a entidade reconhece uma provisão para os custos de descontinuidade de poço de
petróleo ou de central elétrica nuclear na medida em que a entidade é obrigada a retificar danos já
causados. Por outro lado, devido a pressões comerciais ou exigências legais, a entidade pode
pretender ou precisar efetuar gastos para operar de forma particular no futuro (por exemplo,
montando filtros de fumaça em certo tipo de fábrica).
Dado que a entidade pode evitar os gastos futuros pelas suas próprias ações, por exemplo,
alterando o seu modo de operar, ela não tem nenhuma obrigação presente relativamente a esse
gasto futuro e nenhuma provisão é reconhecida.
Uma obrigação envolve sempre outra parte a quem se deve a obrigação. Não é necessário,
porém, saber a identidade da parte a quem se deve a obrigação – na verdade, a obrigação pode ser
ao público em geral. Em virtude de obrigação envolver sempre compromisso com outra parte, isso
implica que a decisão da diretoria ou do conselho de administração não dá origem a uma
obrigação não formalizada na data do balanço, a menos que a decisão tenha sido comunicada
antes daquela data aos afetados por ela de forma suficientemente específica para suscitar neles
uma expectativa válida de que a entidade cumprirá as suas responsabilidades.
Um evento que não gera imediatamente uma obrigação pode gerá-la em data posterior, por
força de alterações na lei ou porque um ato da entidade (por exemplo, uma declaração pública
suficientemente específica) dá origem a uma obrigação não formalizada. Por exemplo, quando
forem causados danos ambientais, pode não haver obrigação para remediar as consequências.
Porém, o fato de ter havido o dano torna-se um evento que cria obrigações quando uma nova lei
exige que o dano existente seja retificado ou quando a entidade publicamente aceita a
responsabilidade pela retificação de modo a criar uma obrigação não formalizada.
Quando os detalhes de nova lei proposta ainda tiverem de ser finalizados, a obrigação
surgirá somente quando for praticamente certo que a legislação será promulgada conforme a
minuta divulgada. Para a finalidade desse Pronunciamento Técnico, tal obrigação é tratada como
obrigação legal. As diferenças de circunstâncias relativas à promulgação tornam impossível
especificar um único evento que torna a promulgação de lei praticamente certa. Em muitos casos
será impossível estar praticamente certo da promulgação de legislação até que ela seja
promulgada. Saída provável de recursos que incorporam benefícios econômicos.
Para que um passivo se qualifique para reconhecimento, é necessário haver não somente
uma obrigação presente, mas também a probabilidade de saída de recursos que incorporam
benefícios econômicos para liquidar essa obrigação. Para a finalidade desse Pronunciamento
Técnico, uma saída de recursos ou outro evento é considerado como provável se o evento for mais
provável que sim do que não de ocorrer, isto é, se a probabilidade de que o evento ocorrerá for
maior do que a probabilidade de isso não acontecer. Quando não for provável que exista uma
obrigação presente, a entidade divulga um passivo contingente, a menos que a possibilidade de
saída de recursos que incorporam benefícios econômicos seja remota (ver item 86).
Quando há várias obrigações semelhantes (por exemplo, garantias sobre produtos ou
contratos semelhantes), a avaliação da probabilidade de que uma saída de recursos será exigida
na liquidação deverá considerar o tipo de obrigação como um todo. Embora possa ser pequena a
probabilidade de uma saída de recursos para qualquer item isoladamente, pode ser provável que
alguma saída de recursos ocorra para o tipo de obrigação. Se esse for o caso, uma provisão é
reconhecida (se os outros critérios para reconhecimento forem atendidos).
SUMÁRIO
PROVISÕES, PASSIVOS CONTINGENTES E ATIVOS CONTINGENTES – CPC 25 ................................................... 2
CONTINUAÇÃO .............................................................................................................................................. 2
PASSIVO CONTINGENTE ............................................................................................................................ 2
ATIVO CONTINGENTE ................................................................................................................................ 2
MENSURAÇÃO; MELHOR ESTIMATIVA ...................................................................................................... 2
VALOR PRESENTE ....................................................................................................................................... 4
EVENTO FUTURO ....................................................................................................................................... 4
ALIENAÇÃO ESPERADA DE ATIVO .............................................................................................................. 4
REEMBOLSO............................................................................................................................................... 5
MUDANÇA NA PROVISÃO .......................................................................................................................... 5
USO DE PROVISÃO ..................................................................................................................................... 5
APLICAÇÕES DE REGRA DE RECONHECIMENTO E DE MENSURAÇÃO ........................................................... 5
PERDA OPERACIONAL FUTURA ................................................................................................................. 5
CONTRATO ONEROSO ............................................................................................................................... 6
REESTRUTURAÇÃO .................................................................................................................................... 6
valor que a entidade racionalmente pagaria para liquidar ou transferir a obrigação produz a
melhor estimativa do desembolso exigido para liquidar a obrigação presente na data do
balanço.
As estimativas do desfecho e do efeito financeiro são determinadas pelo julgamento da
administração da entidade, complementados pela experiência de transações semelhantes e,
em alguns casos, por relatórios de peritos independentes. As evidências consideradas devem
incluir qualquer evidência adicional fornecida por eventos subsequentes à data do balanço.
As incertezas que rodeiam o valor a ser reconhecido como provisão são tratadas por
vários meios de acordo com as circunstâncias. Quando a provisão a ser mensurada envolve
uma grande população de itens, a obrigação deve ser estimada ponderando-se todos os
possíveis desfechos pelas suas probabilidades associadas. O nome para esse método
estatístico de estimativa é “valor esperado”. Portanto, a provisão será diferente dependendo
de a probabilidade da perda de um dado valor ser, por exemplo, de 60 por cento ou de 90 por
cento. Quando houver uma escala contínua de desfechos possíveis, e cada ponto nessa escala é
tão provável como qualquer outro, é usado o ponto médio da escala.
Exemplo:
A entidade vende bens com uma garantia segundo a qual os clientes estão
cobertos pelo custo da reparação de qualquer defeito de fabricação que se tornar
evidente dentro dos primeiros seis meses após a compra. Se forem detectados
defeitos menores em todos os produtos vendidos, a entidade irá incorrer em custos
de reparação de 1 milhão. Se forem detectados defeitos maiores em todos os
produtos vendidos, a entidade irá incorrer em custos de reparação de 4 milhões. A
experiência passada da entidade e as expectativas futuras indicam que, para o
próximo ano, 75 por cento dos bens vendidos não terão defeito, 20 por cento dos
bens vendidos terão defeitos menores e 5 por cento dos bens vendidos terão
defeitos maiores. De acordo com o item 24, a entidade avalia a probabilidade de
uma saída para as obrigações de garantias como um todo. O valor esperado do
custo das reparações é: (75% x 0) + (20% x $ 1 milhão) + (5% de $ 4 milhões) =
$ 400.000.
Quando uma única obrigação estiver sendo mensurada, o desfecho individual mais
provável pode ser a melhor estimativa do passivo. Porém, mesmo em tal caso, a entidade
considera outras consequências possíveis. Quando outras consequências possíveis forem
principalmente mais altas ou principalmente mais baixas do que a consequência mais
provável, a melhor estimativa será um valor mais alto ou mais baixo. Por exemplo, se a
entidade tiver de reparar um defeito grave em uma fábrica importante que tenha construído
para um cliente, o resultado individual mais provável pode ser a reparação ter sucesso na
primeira tentativa por um custo de $ 1.000, mas a provisão é feita por um valor maior se
houver uma chance significativa de que outras tentativas serão necessárias.
A provisão deve ser mensurada antes dos impostos; as consequências fiscais da
provisão, e alterações nela, são tratadas pelo Pronunciamento Técnico CPC 32 – Tributos
sobre o Lucro.
Risco e incerteza
Os riscos e incertezas que inevitavelmente existem em torno de muitos eventos e
circunstâncias devem ser levados em consideração para se alcançar a melhor estimativa da
provisão.
O risco descreve a variabilidade de desfechos. Uma nova avaliação do risco pode
aumentar o valor pelo qual um passivo é mensurado. É preciso ter cuidado ao realizar
julgamentos em condições de incerteza, para que as receitas ou ativos não sejam
superavaliados e as despesas ou passivos não sejam subavaliados. Porém, a incerteza não
REEMBOLSO
Quando se espera que algum ou todos os desembolsos necessários para liquidar uma
provisão sejam reembolsados por outra parte, o reembolso deve ser reconhecido quando, e
somente quando, for praticamente certo que o reembolso será recebido se a entidade liquidar
a obrigação. O reembolso deve ser tratado como ativo separado. O valor reconhecido para o
reembolso não deve ultrapassar o valor da provisão.
Na demonstração do resultado, a despesa relativa a uma provisão pode ser apresentada
líquida do valor reconhecido de reembolso.
Algumas vezes, a entidade é capaz de esperar que outra parte pague parte ou todo o
desembolso necessário para liquidar a provisão (por exemplo, por intermédio de contratos de
seguro, cláusulas de indenização ou garantias de fornecedores). A outra parte pode
reembolsar valores pagos pela entidade ou pagar diretamente os valores.
Na maioria dos casos, a entidade permanece comprometida pela totalidade do valor em
questão de forma que a entidade teria que liquidar o valor inteiro se a terceira parte deixasse
de efetuar o pagamento por qualquer razão. Nessa situação, é reconhecida uma provisão para
o valor inteiro do passivo e é reconhecido um ativo separado pelo reembolso esperado, desde
que seu recebimento seja praticamente certo se a entidade liquidar o passivo.
Em alguns casos, a entidade não está comprometida pelos custos em questão se a
terceira parte deixar de efetuar o pagamento. Nesse caso, a entidade não tem nenhum passivo
relativo a esses custos, não sendo assim incluídos na provisão.
Como referido no item 29, a obrigação pela qual a entidade esteja conjunta e
solidariamente responsável é um passivo contingente, uma vez que se espera que a obrigação
seja liquidada pelas outras partes.
MUDANÇA NA PROVISÃO
As provisões devem ser reavaliadas em cada data de balanço e ajustadas para refletir a
melhor estimativa corrente. Se já não for mais provável que seja necessária uma saída de
recursos que incorporam benefícios econômicos futuros para liquidar a obrigação, a provisão
deve ser revertida. Quando for utilizado o desconto a valor presente, o valor contábil da
provisão aumenta a cada período para refletir a passagem do tempo. Esse aumento deve ser
reconhecido como despesa financeira.
USO DE PROVISÃO
Uma provisão deve ser usada somente para os desembolsos para os quais a provisão foi
originalmente reconhecida.
Somente os desembolsos que se relacionem com a provisão original são compensados com a
mesma provisão. Reconhecer os desembolsos contra uma provisão que foi originalmente
reconhecida para outra finalidade esconderia o impacto de dois eventos diferentes.
CONTRATO ONEROSO
Se a entidade tiver um contrato oneroso, a obrigação presente de acordo com o contrato
deve ser reconhecida e mensurada como provisão. Muitos contratos (por exemplo, algumas
ordens de compra de rotina) podem ser cancelados sem pagar compensação à outra parte e,
portanto, não há obrigação. Outros contratos estabelecem direitos e obrigações para cada uma
das partes do contrato. Quando os eventos tornam esse contrato oneroso, o contrato deve ser
tratado dentro do alcance deste Pronunciamento Técnico, e existirá um passivo que deve ser
reconhecido. Os contratos de execução que não sejam onerosos não são abrangidos por esse
Pronunciamento Técnico. Esse define um contrato oneroso como um contrato em que os
custos inevitáveis de satisfazer as obrigações do contrato excedem os benefícios econômicos
que se espera sejam recebidos ao longo do mesmo contrato. Os custos inevitáveis do contrato
refletem o menor custo líquido de sair do contrato, e esse é determinado com base:
a) no custo de cumprir o contrato; ou
b) no custo de qualquer compensação ou de penalidades provenientes do não
cumprimento do contrato, dos dois o menor.
Antes de ser estabelecida uma provisão separada para um contrato oneroso, a entidade
deve reconhecer qualquer perda decorrente de desvalorização que tenha ocorrido nos ativos
relativos a esse contrato (ver o Pronunciamento Técnico CPC 01 – Redução ao Valor
Recuperável de Ativos).
REESTRUTURAÇÃO
Exemplos de eventos que podem se enquadrar na definição de reestruturação são:
(a) venda ou extinção de linha de negócios;
(b) fechamento de locais de negócios de um país ou região ou a realocação das
atividades de negócios de um país ou região para outro;
(c) mudanças na estrutura da administração, por exemplo, eliminação de um nível de
gerência; e
(d) reorganizações fundamentais que tenham efeito material na natureza e no foco das
operações da entidade.
Uma provisão para custos de reestruturação deve ser reconhecida somente quando são
cumpridos os critérios gerais de reconhecimento de provisões estabelecidos no item 14. Os
itens 72 a 83 demonstram como os critérios gerais de reconhecimento se aplicam às
reestruturações.
Uma obrigação não formalizada para reestruturação surge somente quando a entidade:
(a) tiver um plano formal detalhado para a reestruturação, identificando pelo menos:
➢ O negócio ou parte do negócio em questão;
➢ Os principais locais afetados;
➢ O local, as funções e o número aproximado de empregados que serão incentivados
financeiramente a se demitir;
➢ Os desembolsos que serão efetuados; e
➢ Quando o plano será implantado.
(b) tiver criado expectativa válida naqueles que serão afetados pela reestruturação, seja
ao começar a implantação desse plano ou ao anunciar as suas principais características para
aqueles afetados pela reestruturação.
A evidência de que a entidade começou a implantar o plano de reestruturação seria
fornecida, por exemplo, pela desmontagem da fábrica, pela venda de ativos ou pela divulgação
das principais características do plano. A divulgação do plano detalhado para reestruturação
constitui obrigação não formalizada para reestruturação somente se for feita de tal maneira e
em detalhes suficientes (ou seja, apresentando as principais características do plano) que
origine expectativas válidas de outras partes, tais como clientes, fornecedores e empregados
(ou os seus representantes) de que a entidade realizará a reestruturação.
Para que o plano seja suficiente para dar origem a uma obrigação não formalizada,
quando comunicado àqueles por ele afetados, é necessário que sua implementação comece o
mais rápido possível e seja concluída dentro de um prazo que torne improvável a ocorrência
de mudanças significativas no plano. Entretanto, caso se espere que haja grande atraso antes
de a reestruturação começar ou que esta demore tempo demais, deixa de ser provável que o
plano crie expectativa válida da parte de outros de que a entidade está, atualmente,
comprometida com a reestruturação, porque o período de execução dá oportunidade para a
entidade mudar seus planos.
Uma decisão de reestruturação da administração ou da diretoria tomada antes da data
do balanço não dá origem a uma obrigação não formalizada na data do balanço, a menos que a
entidade tenha, antes da data do balanço:
(a) começado a implementação do plano de reestruturação; ou
(b) anunciado as principais características do plano de reestruturação àqueles afetados
por ele, de forma suficientemente específica, criando neles expectativa válida de que a
entidade fará a reestruturação. A entidade pode começar a implementar um plano de
reestruturação, ou anunciar as suas principais características àqueles afetados pelo plano,
somente depois da data do balanço. Exige-se divulgação conforme o Pronunciamento Técnico
CPC 24 – Evento Subsequente, se a reestruturação for material e se a não divulgação puder
influenciar as decisões econômicas dos usuários tomadas com base nas demonstrações
contábeis.
Embora uma obrigação não formalizada não seja criada apenas por decisão da
administração, ela pode resultar de outros eventos anteriores combinados com essa decisão.
Por exemplo, as negociações com representantes de empregados para pagamento de
demissões, ou com compradores, para a venda de operação, podem ter sido concluídas,
sujeitas apenas à aprovação da diretoria. Uma vez obtida a aprovação e comunicada às outras
partes, a entidade tem uma obrigação não formalizada de reestruturar, se as condições do
item 72 forem atendidas.
Em alguns casos, a alta administração está inserida no conselho cujos membros incluem
representantes de interesses diferentes dos de uma administração (por exemplo,
empregados) ou a notificação para esses representantes pode ser necessária antes de ser
tomada a decisão pela alta administração. Quando uma decisão desse conselho envolve a
comunicação a esses representantes, isso pode resultar em obrigação não formalizada de
reestruturar.
Nenhuma obrigação surge pela venda de unidade operacional até que a entidade esteja
comprometida com essa operação, ou seja, quando há um contrato firme de venda.
Mesmo quando a entidade tiver tomado a decisão de vender uma unidade operacional e
anunciado publicamente essa decisão, ela pode não estar comprometida com a venda até que
o comprador tenha sido identificado e houver contrato firme de venda. Até haver contrato
firme de venda, a entidade pode mudar de ideia e, de fato, terá de tomar outras medidas se
não puder ser encontrado comprador em termos aceitáveis. Quando a venda de uma unidade
operacional for vista como parte da reestruturação, os ativos da unidade operacional são
avaliados quanto à sua recuperabilidade, conforme o Pronunciamento Técnico CPC 01 –
Redução ao Valor Recuperável de Ativos. Quando a venda for somente uma parte da
reestruturação, uma obrigação não formalizada poderá surgir para as outras partes da
reestruturação antes de existir um contrato de venda firme. 80. A provisão para
reestruturação deve incluir somente os desembolsos diretos decorrentes da reestruturação,
que simultaneamente sejam:
(a) necessariamente ocasionados pela reestruturação; e
(b) não associados às atividades em andamento da entidade.
SUMÁRIO
PROVISÕES, PASSIVOS CONTINGENTES E ATIVOS CONTINGENTES – CPC 25 ................................................... 2
CONTINUAÇÃO .............................................................................................................................................. 2
DIVULGAÇÃO ............................................................................................................................................. 2
PROVISÃO E PASSIVO CONTIGENTE .......................................................................................................... 3
ATIVO CONTIGENTE ................................................................................................................................... 4
Quando algumas das informações exigidas pelos itens 86 e 89 não forem divulgadas por
não ser praticável fazê-lo, a entidade deve divulgar esse fato.
Em casos extremamente raros, pode-se esperar que a divulgação de alguma ou de todas
as informações exigidas pelos itens 84 a 89 prejudique seriamente a posição da entidade em
uma disputa com outras partes sobre os assuntos da provisão, passivo contingente ou ativo
contingente. Em tais casos, a entidade não precisa divulgar as informações, mas deve divulgar
a natureza geral da disputa, juntamente com o fato de que as informações não foram
divulgadas, com a devida justificativa.
RESUMO DA PAÇOCA
PROVISÃO E PASSIVO CONTIGENTE
São caracterizados em situações nas quais, como resultado de eventos passados, pode
haver uma saída de recursos envolvendo benefícios econômicos futuros na liquidação de:
(a) obrigação presente; ou (b) obrigação possível cuja existência será confirmada apenas
pela ocorrência ou não de um ou mais eventos futuros incertos não totalmente sob controle
da entidade.
Há obrigação Há obrigação possível
Há obrigação presente
que PROVAVELMENTE POSSÍVEL (máximo 49%) ou obrigação presente cuja
(mínimo 51%) requer uma ou obrigação presente que probabilidade de uma saída
pode requerer, mas de recursos é remota.
saída de recursos.
provavelmente não irá
requerer, uma saída de
recursos.
Nenhuma provisão é NADA FAZ.
A provisão é
reconhecida (item 27).
reconhecida.
Divulgação é exigida NADA FAZ.
Divulgação é exigida
para o passivo contingente
para a provisão.
em NOTAS EXPLICATIVAS.
Uma contingência passiva também é originada em casos extremamente raros
nos quais há um passivo que não pode ser reconhecido porque não pode ser
mensurado confiavelmente. Divulgação é requerida para o passivo contingente.
Não se esqueçam, para constituir uma PROVISÃO deve haver uma PROVÁVEL
saída de recursos.
PROVISÃO = PROVÁVEL = PROBLEMA.
Isso é só uma maneira de lembrar que provável é mais forte que possível.
RESUMO DA PAÇOCA
ATIVO CONTIGENTE
São caracterizados em situações nas quais, como resultado de eventos passados, há
um ativo possível cuja existência será confirmada apenas pela ocorrência ou não de um ou
mais eventos futuros incertos não totalmente sob controle da entidade.
A entrada de benefícios A entrada não é
A entrada de benefícios
econômicos é econômicos é PROVÁVEL, provável.
mas não praticamente certa.
PRATICAMENTE certa.
Nenhum ativo é NADA FAZ.
O ativo não é
reconhecido.
contingente.
Divulgação é exigida NADA FAZ.
em NOTAS EXPLICATIVAS.
SUMÁRIO
DEPRECIAÇÃO .................................................................................................................................................... 2
CONTABILIZAÇÃO ...................................................................................................................................... 2
QUANDO PASSAMOS A CONTAR O DESGASTE DO BEM? ......................................................................... 2
DEPRECIAÇÃO
É a perda ou desvalorização de valor de itens corpóreos do Ativo Não
Circulante/Imobilizado, ou seja, os bens de uso.
Critérios de Avaliação do Ativo – Lei 6.404/76
Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo
os seguintes critérios: (...) § 2o A diminuição do valor dos elementos
dos ativos imobilizado e intangível será registrada periodicamente
nas contas de: (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009).
a) depreciação, quando corresponder à perda do valor dos direitos
que têm por objeto bens físicos sujeitos a desgaste ou perda de
utilidade por uso, ação da natureza ou obsolescência.
CONTABILIZAÇÃO
D/C DESCRIÇÃO
DATA
DÉBITO Encargos com depreciação/Resultado
CRÉDITO Depreciação Acumulada/Ativo Não Circulante/Imobilizado
SUMÁRIO
DEPRECIAÇÃO .................................................................................................................................................... 2
CONCEITOS BÁSICOS: .................................................................................................................................... 2
VEDAÇÃO A DEPRECIAÇÃO: ....................................................................................................................... 2
MÉTODOS DE DEPRECIAÇÃO: ........................................................................................................................ 2
MÉTODO LINEAR OU QUOTAS CONSTANTES: ........................................................................................... 3
MÉTODO DA SOMA DOS DÍGITOS ............................................................................................................. 3
DEPRECIAÇÃO
CONCEITOS BÁSICOS:
VEDAÇÃO A DEPRECIAÇÃO:
Não é admitido o registro de quota de depreciação em relação aos seguintes bens:
➢ Terrenos, salvo em relação aos melhoramentos, benfeitorias e construções;
➢ Prédios ou construções não alugados nem utilizados na produção de bens ou
serviços destinados a manter a atividade da empresa;
➢ Bens que aumentam de valor com o tempo, como as antiguidades e as obras de
arte;
➢ Bens para os quais sejam registradas quotas de amortização ou exaustão.
Qualquer bem que aumente de valor com o tempo ou que não esteja no ativo
IMOBILIZADO não pode ser depreciado.
MÉTODOS DE DEPRECIAÇÃO:
Método Linear; Método das unidades produzidas; Método das Horas
Trabalhadas; Método das Somas dos Dígitos. CPC 27.
60. O método de depreciação utilizado reflete o padrão de consumo
pela entidade dos benefícios econômicos futuros.
61. O método de depreciação aplicado a um ativo deve ser revisado
pelo menos ao final de cada exercício e, se houver alteração
significativa no padrão de consumo previsto, o método de
depreciação deve ser alterado para refletir essa mudança. Tal
mudança deve ser registrada como mudança na estimativa contábil,
de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 23 – Políticas
Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro.
62. Vários métodos de depreciação podem ser utilizados para
apropriar de forma sistemática o valor depreciável de um ativo ao
longo da sua vida útil. Tais métodos incluem o método da linha reta,
o método dos saldos decrescentes e o método de unidades
produzidas. A depreciação pelo método linear resulta em despesa
constante durante a vida útil do ativo, caso o seu valor residual não
se altere. O método dos saldos decrescentes resulta em despesa
decrescente durante a vida útil. O método de unidades produzidas
resulta em despesa baseada no uso ou produção esperados. A
entidade seleciona o método que melhor reflita o padrão do
consumo dos benefícios econômicos futuros esperados incorporados
no ativo. Esse método é aplicado consistentemente entre períodos, a
não ser que exista alteração nesse padrão.
62A. O método de depreciação que se baseia na receita que é gerada
pela atividade que inclui a utilização de ativo não é apropriado. A
receita gerada pela atividade que inclui o uso de ativo CPC_27 14
reflete geralmente outros fatores além do consumo dos benefícios
econômicos do ativo. Por exemplo, a receita é afetada por outros
insumos e processos, atividades de venda e mudanças nos volumes e
preços de vendas. O componente de preço da receita pode ser
afetado pela inflação, o que não tem qualquer influência sobre a
maneira como o ativo é consumido. (Incluído pela Revisão CPC 08)
Exemplo:
Um bem tem a vida útil de cinco anos.
Soma seus dígitos para achar o valor do nosso denominador = (1 + 2 + 3 + 4 + 5) = 15
Divisão decrescente:
1º Ano = 5/15
2º Ano = 4/15
3º Ano = 3/15
4º Ano = 2/15
5º Ano = 1/15
DEPRECIAÇÃO DE UM BEM QUE A PRINCÍPIO TERIA UMA VIDA ÚTIL DE
CINCO ANOS, ENTRETANTO APÓS UMA AVALIAÇÃO DO BEM FOI REESTIMADO EM
TRÊS ANOS. O VALOR A SER CALCULADO É SOBRE O VALOR CONTÁBIL DO BEM.
SUMÁRIO
DEPRECIAÇÃO .................................................................................................................................................... 2
CONTABILIZAÇÃO: ..................................................................................................................................... 2
LANÇAMENTO: .......................................................................................................................................... 2
QUANDO PASSAMOS A CONTAR O DESGASTE DO BEM? ......................................................................... 3
QUANDO FINDA A DEPRECIAÇÃO DE UM IMOBILIZADO? ........................................................................ 3
CONCEITOS INICIAIS: ..................................................................................................................................... 3
VIDA ÚTIL ESTIMADA: ................................................................................................................................ 3
VALOR CONTÁBIL:.................................................................................................................................... 13
VALOR RESIDUAL: .................................................................................................................................... 13
VALOR DEPRECIÁVEL: .............................................................................................................................. 13
TAXA DE DEPRECIAÇÃO: .......................................................................................................................... 13
DESPESA OU ENCARGOS COM DEPRECIAÇÃO: ....................................................................................... 13
DEPRECIAÇÃO ACUMULADA: .................................................................................................................. 13
DEPRECIAÇÃO
É a perda ou desvalorização de valor de itens corpóreos do Ativo Não
CIRCULANTE/IMOBILIZADO, ou seja, os bens de uso.
Lei nº 6.404 de 15 de Dezembro de 1976
Dispõe sobre as Sociedades por Ações.
Art. 179. As contas serão classificadas do seguinte modo:
IV – no ativo imobilizado: os direitos que tenham por objeto bens
corpóreos destinados à manutenção das atividades da companhia
ou da empresa ou exercidos com essa finalidade, inclusive os
decorrentes de operações que transfiram à companhia os benefícios,
riscos e controle desses bens; (Redação dada pela Lei nº 11.638,de
2007)
CONTABILIZAÇÃO:
Ao depreciarmos um bem do ativo não circulante, por um lado, debitamos uma conta de
despesa, que chamamos de Despesas de Depreciação (ou Encargos de Depreciação ou,
simplesmente, Depreciação).
Por outro lado, geramos também uma conta retificadora do ativo, que chamamos de
Depreciação Acumulada, que será creditada.
A conta Despesas de Depreciação poderá receber débitos mensais, com a aplicação da
taxa anual dividida por 12, até o fim do exercício social, quando, então, será encerrada
juntamente com as outras despesas, para a apuração do resultado.
A conta Depreciação Acumulada irá acumular o valor das despesas de depreciação,
desde a época em que o bem foi posto em condições de uso, até a época em que o bem for
alienado ou baixado por perecimento, ou até que o valor contábil do bem seja NULO (100%
depreciado).
LANÇAMENTO:
D/C DESCRIÇÃO
DATA
DÉBITO Encargos com depreciação/Resultado
CRÉDITO Depreciação Acumulada/Ativo Não Circulante/Imobilizado
CONCEITOS INICIAIS:
Como já fora dito, o mais importante no estudo da contabilidade é o entendimento de
sua teoria, visto que só assim conseguiremos chegar com maestria à prática.
E pensando desta forma entraremos em alguns conceitos necessários para o domínio da
matéria em questão:
VIDA ÚTIL ESTIMADA:
É o período de tempo LEGAL (de acordo com a IN abaixo) durante o qual a entidade
espera utilizar o ativo, ou o número de unidades de produção que a entidade espera obter
pela utilização do ativo.
DE MATÉRIAS TÊXTEIS
Capítulo 63 OUTROS ARTEFATOS TÊXTEIS CONFECCIONADOS
6303 CORTINADOS, CORTINAS E ESTORES; SANEFAS E ARTIGOS SEMELHANTES PARA 5 20 %
CAMAS PARA USO EM HOTÉIS E HOSPITAIS
6305 SACOS DE QUAISQUER DIMENSÕES, PARA EMBALAGEM 5 20 %
6306 ENCERADOS E TOLDOS; TENDAS; VELAS PARA EMBARCAÇÕES, PARA PRANCHAS À 4 25 %
VELA OU PARA CARROS À VELA; ARTIGOS PARA ACAMPAMENTO
Capítulo 69 PRODUTOS CERÂMICOS
6909 APARELHOS E ARTEFATOS PARA USOS QUÍMICOS OU PARA OUTROS USOS 5 20 %
TÉCNICOS, DE CERÂMICA; ALGUIDARES, GAMELAS E OUTROS RECIPIENTES
SEMELHANTES PARA USOS RURAIS, DE CERÂMICA; BILHAS E OUTRAS VASILHAS
PRÓPRIAS PARA TRANSPORTE OU EMBALAGEM, DE CERÂMICA
Capítulo 70 OBRAS DE VIDRO
7010 GARRAFÕES, GARRAFAS, FRASCOS, BOIÕES, VASOS, EMBALAGENS TUBULARES, 5 20 %
AMPOLAS E OUTROS RECIPIENTES, DE VIDRO, PRÓPRIOS PARA TRANSPORTE OU
EMBALAGEM; BOIÕES DE VIDRO PARA CONSERVA
Capítulo 73 OBRAS DE FERRO FUNDIDO, FERRO OU AÇO
7308 CONSTRUÇÕES, DE FERRO FUNDIDO, FERRO OU AÇO, EXCETO AS CONSTRUÇÕES
PRÉ-FABRICADAS DA POSIÇÃO 9406
7308.10 -Pontes e elementos de pontes 25 4%
7308.20 -Torres e pórticos 25 4%
7309 RESERVATÓRIOS, TONÉIS, CUBAS E RECIPIENTES SEMELHANTES PARA QUAISQUER 10 10 %
MATÉRIAS (EXCETO GASES COMPRIMIDOS OU LIQUEFEITOS), DE FERRO FUNDIDO,
FERRO OU AÇO, DE CAPACIDADE SUPERIOR A 300 LITROS, SEM DISPOSITIVOS
MECÂNICOS OU TÉRMICOS, MESMO COM REVESTIMENTO INTERIOR OU
CALORÍFUGO
RECIPIENTES PARA GASES COMPRIMIDOS OU LIQUEFEITOS, DE FERRO FUNDIDO, 5 20 %
FERRO OU AÇO
7311
7321 AQUECEDORES DE AMBIENTES (FOGÕES DE SALA), CALDEIRAS DE FORNALHA, 10 10 %
FOGÕES DE COZINHA (INCLUÍDOS OS QUE POSSAM SER UTILIZADOS
ACESSORIAMENTE NO AQUECIMENTO CENTRAL), CHURRASQUEIRAS
(GRELHADORES), BRASEIRAS, FOGAREIROS A GÁS, AQUECEDORES DE PRATOS, E
APARELHOS NÃO ELÉTRICOS SEMELHANTES, DE USO DOMÉSTICO, DE FERRO
FUNDIDO, FERRO OU AÇO
7322 RADIADORES PARA AQUECIMENTO CENTRAL, NÃO ELÉTRICOS, DE FERRO FUNDIDO, 10 10 %
FERRO OU AÇO; GERADORES E DISTRIBUIDORES DE AR QUENTE (INCLUÍDOS OS
DISTRIBUIDORES QUE POSSAM TAMBÉM FUNCIONAR COMO DISTRIBUIDORES DE AR
FRIO OU CONDICIONADO), NÃO ELÉTRICOS, MUNIDOS DE VENTILADOR OU FOLE
COM MOTOR, DE FERRO FUNDIDO, FERRO OU AÇO
Capítulo 76 Obras de Alumínio
7610 CONSTRUÇÕES DE ALUMÍNIO 25 4%
7611 RESERVATÓRIOS, TONÉIS, CUBAS E RECIPIENTES SEMELHANTES PARA QUAISQUER 10 10 %
MATÉRIAS (EXCETO GASES COMPRIMIDOS OU LIQUEFEITOS), DE ALUMÍNIO, DE
CAPACIDADE SUPERIOR A 300 LITROS, SEM DISPOSITIVOS MECÂNICOS OU
TÉRMICOS, MESMO COM REVESTIMENTO INTERIOR OU CALORÍFUGO
7613 RECIPIENTES PARA GASES COMPRIMIDOS OU LIQUEFEITOS, DE ALUMÍNIO 5 20 %
Capítulo 82 FERRAMENTAS
8201 PÁS, ALVIÕES, PICARETAS, ENXADAS, SACHOS, FORCADOS E FORQUILHAS, 5 20 %
ANCINHOS E RASPADEIRAS; MACHADOS, PODÕES E FERRAMENTAS SEMELHANTES
COM GUME; TESOURAS DE PODAR DE TODOS OS TIPOS; FOICES E FOICINHAS, FACAS
PARA FENO OU PARA PALHA, TESOURAS PARA SEBES, CUNHAS E OUTRAS
FERRAMENTAS MANUAIS PARA AGRICULTURA, HORTICULTURA OU SILVICULTURA
8202 SERRAS MANUAIS; FOLHAS DE SERRAS DE TODOS OS TIPOS (INCLUÍDAS AS FRESAS- 5 20 %
SERRAS E AS FOLHAS NÃO DENTADAS PARA SERRAR)
8203 LIMAS, GROSAS, ALICATES (MESMO CORTANTES), TENAZES, PINÇAS, CISALHAS
PARA METAIS, CORTA-TUBOS, CORTA-PINOS, SACA-BOCADOS E FERRAMENTAS
SEMELHANTES, MANUAIS
8203.20 -Alicates (mesmo cortantes), tenazes, pinças e ferramentas semelhantes 5 20 %
8203.30 -Cisalhas para metais e ferramentas semelhantes 5 20 %
8203.40 -Corta-tubos, corta-pinos, saca-bocados e ferramentas semelhantes 5 20 %
8204 CHAVES DE PORCAS, MANUAIS (INCLUÍDAS AS CHAVES DINAMOMÉTRICAS); 5 20 %
CHAVES DE CAIXA INTERCAMBIÁVEIS, MESMO COM CABOS
8205 FERRAMENTAS MANUAIS (INCLUÍDOS OS CORTA-VIDROS) NÃO ESPECIFICADAS 5 20 %
NEM COMPREENDIDAS EM OUTRAS POSIÇÕES, LAMPARINAS OU LÂMPADAS DE
SOLDAR (MAÇARICOS) E SEMELHANTES; TORNOS DE APERTAR, SARGENTOS E
SEMELHANTES, EXCETO OS ACESSÓRIOS OU PARTES DE MÁQUINAS-FERRAMENTAS;
BIGORNAS; FORJAS-PORTÁTEIS; MÓS COM ARMAÇÃO, MANUAIS OU DE PEDAL
8206 FERRAMENTAS DE PELO MENOS DUAS DAS POSIÇÕES 8202 A 8205 5 20 %
8210 APARELHOS MECÂNICOS DE ACIONAMENTO MANUAL, PESANDO ATÉ 10kg, 10 10 %
UTILIZADOS PARA PREPARAR, ACONDICIONAR OU SERVIR ALIMENTOS OU BEBIDAS
8214 MÁQUINAS DE TOSQUIAR 5 20 %
Capítulo 83 OBRAS DIVERSAS DE METAIS COMUNS
8303 COFRES-FORTES, PORTAS BLINDADAS E COMPARTIMENTOS PARA CASAS-FORTES, 10 10 %
COFRES E CAIXAS DE SEGURANÇA E ARTEFATOS SEMELHANTES, DE METAIS
COMUNS
8304 CLASSIFICADORES, FICHÁRIOS (FICHEIROS*), CAIXAS DE CLASSIFICAÇÃO, PORTA- 10 10 %
CÓPIAS, PORTA-CANETAS, PORTA-CARIMBOS E ARTEFATOS SEMELHANTES, DE
ESCRITÓRIO, DE METAIS COMUNS, EXCLUÍDOS OS MÓVEIS DE ESCRITÓRIO DA
POSIÇÃO 9403
Capítulo 84 REATORES NUCLEARES, CALDEIRAS, MÁQUINAS, APARELHOS E INSTRUMENTOS
MECÂNICOS
8401 REATORES NUCLEARES; ELEMENTOS COMBUSTÍVEIS (CARTUCHOS) NÃO 10 10 %
IRRADIADOS, PARA REATORES NUCLEARES; MÁQUINAS E APARELHOS PARA A
SEPARAÇÃO DE ISÓTOPOS
8402 CALDEIRAS DE VAPOR (GERADORES DE VAPOR), EXCLUÍDAS AS CALDEIRAS PARA 10 10 %
AQUECIMENTO CENTRAL CONCEBIDAS PARA PRODUÇÃO DE ÁGUA QUENTE E
VAPOR DE BAIXA PRESSÃO; CALDEIRAS DENOMINADAS "DE ÁGUA
SUPERAQUECIDA"
8403 CALDEIRAS PARA AQUECIMENTO CENTRAL, EXCETO AS DA POSIÇÃO 8402 10 10 %
8404 APARELHOS AUXILIARES PARA CALDEIRAS DAS POSIÇÕES 8402 OU 8403 (POR 10 10 %
EXEMPLO: ECONOMIZADORES, SUPERAQUECEDORES, APARELHOS DE LIMPEZA DE
TUBOS OU DE RECUPERACAO DE GÁS); CONDENSADORES PARA MÁQUINAS A
VAPOR
AUTOPROPULSORES
8430 OUTRAS MÁQUINAS E APARELHOS DE TERRAPLENAGEM, NIVELAMENTO, 10 10 %
RASPAGEM, ESCAVAÇÃO, COMPACTAÇÃO, EXTRAÇÃO OU PERFURAÇÃO DA TERRA,
DE MINERAIS OU MINÉRIOS; BATE-ESTACAS E ARRANCA-ESTACAS; LIMPA-NEVES
8432 MÁQUINAS E APARELHOS DE USO AGRÍCOLA, HORTÍCOLA OU FLORESTAL, PARA 10 10 %
PREPARAÇÃO OU TRABALHO DO SOLO OU PARA CULTURA; ROLOS PARA
GRAMADOS (RELVADOS), OU PARA CAMPOS DE ESPORTE
8433 MÁQUINAS E APARELHOS PARA COLHEITA OU DEBULHA DE PRODUTOS 10 10 %
AGRÍCOLAS, INCLUÍDAS AS ENFARDADORAS DE PALHA OU FORRAGEM;
CORTADORES DE GRAMA (RELVA) E CEIFEIRAS; MÁQUINAS PARA LIMPAR OU
SELECIONAR OVOS, FRUTAS OU OUTROS PRODUTOS AGRÍCOLAS, EXCETO AS DA
POSIÇÃO 8437
8434 MÁQUINAS DE ORDENHAR E MÁQUINAS E APARELHOS PARA A INDÚSTRIA DE 10 10 %
LATICÍNIOS
8435 PRENSAS, ESMAGADORES E MÁQUINAS E APARELHOS SEMELHANTES, PARA 10 10 %
FABRICAÇÃO DE VINHO, SIDRA, SUCO DE FRUTAS OU BEBIDAS SEMELHANTES
8436 OUTRAS MÁQUINAS E APARELHOS PARA AGRICULTURA, HORTICULTURA, 10 10 %
SILVICULTURA, AVICULTURA OU APICULTURA, INCLUÍDOS OS GERMINADORES
EQUIPADOS COM DISPOSITIVOS MECÂNICOS OU TÉRMICOS E AS CHOCADEIRAS E
CRIADEIRAS PARA AVICULTURA
8437 MÁQUINAS PARA LIMPEZA, SELEÇÃO OU PENEIRAÇÃO DE GRÃOS OU DE PRODUTOS 10 10 %
HORTÍCOLAS SECOS; MÁQUINAS E APARELHOS PARA A INDÚSTRIA DE MOAGEM OU
TRATAMENTO DE CEREAIS OU DE PRODUTOS HORTÍCOLAS SECOS, EXCETO DOS
TIPOS UTILIZADOS EM FAZENDAS
8438 MÁQUINAS E APARELHOS NÃO ESPECIFICADOS NEM COMPREENDIDOS EM OUTRAS 10 10 %
POSIÇÕES DO PRESENTE CAPÍTULO, PARA PREPARAÇÃO OU FABRICAÇÃO
INDUSTRIAIS DE ALIMENTOS OU DE BEBIDAS, EXCETO AS MÁQUINAS E APARELHOS
PARA EXTRAÇÃO OU PREPARAÇÃO DE ÓLEOS OU GORDURAS VEGETAIS FIXOS OU
DE ÓLEOS OU GORDURAS ANIMAIS
8439 MÁQUINAS E APARELHOS PARA FABRICAÇÃO DE PASTA DE MATÉRIAS FIBROSAS 10 10 %
CELULÓSICAS OU PARA FABRICAÇÃO OU ACABAMENTO DE PAPEL OU CARTÃO
8440 MÁQUINAS E APARELHOS PARA BROCHURA OU ENCADERNAÇÃO, INCLUÍDAS AS 10 10 %
MÁQUINAS DE COSTURAR CADERNOS
8441 OUTRAS MÁQUINAS E APARELHOS PARA O TRABALHO DA PASTA DE PAPEL, DO 10 10 %
PAPEL OU CARTÃO, INCLUÍDAS AS CORTADEIRAS DE TODOS OS TIPOS
8442 MÁQUINAS, APARELHOS E MATERIAL (EXCETO AS MÁQUINAS-FERRAMENTAS DAS 10 10 %
POSIÇÕES 8456 A 8465), PARA FUNDIR OU COMPOR CARACTERES TIPOGRÁFICOS OU
PARA PREPARAÇÃO OU FABRICAÇÃO DE CLICHÊS, BLOCOS, CILINDROS OU OUTROS
ELEMENTOS DE IMPRESSÃO; CARACTERES TIPOGRÁFICOS, CLICHÊS, BLOCOS,
CILINDROS OU OUTROS ELEMENTOS DE IMPRESSÃO; PEDRAS LITOGRÁFICAS,
BLOCOS, PLACAS E CILINDROS, PREPARADOS PARA IMPRESSÃO (POR EXEMPLO:
APLAINADOS, GRANULADOS OU POLIDOS)
8443 MÁQUINAS E APARELHOS DE IMPRESSÃO, INCLUÍDAS AS MÁQUINAS DE IMPRESSÃO 10 10 %
DE JATO DE TINTA, EXCETO AS DA POSIÇÃO 8471; MÁQUINAS AUXILIARES PARA
IMPRESSÃO
8444 MÁQUINAS PARA EXTRUDAR, ESTIRAR, TEXTURIZAR OU CORTAR MATÉRIAS 10 10 %
TÊXTEIS SINTÉTICAS OU ARTIFICIAIS
8445 MÁQUINAS PARA PREPARAÇÃO DE MATÉRIAS TÊXTEIS; MÁQUINAS PARA FIAÇÃO, 10 10 %
DOBRAGEM OU TORÇÃO, DE MATÉRIAS TÊXTEIS E OUTRAS MÁQUINAS E
APARELHOS PARA FABRICAÇÃO DE FIOS TÊXTEIS; MÁQUINAS DE BOBINAR
(INCLUÍDAS AS BOBINADEIRAS DE TRAMA) OU DE DOBAR MATÉRIAS TÊXTEIS E
MÁQUINAS PARA PREPARAÇÃO DE FIOS TÊXTEIS PARA SUA UTILIZAÇÃO NAS
MÁQUINAS DAS POSIÇÕES 8446 OU 8447
8446 TEARES PARA TECIDOS 10 10 %
8447 TEARES PARA FABRICAR MALHAS, MÁQUINAS DE COSTURA POR 10 10 %
ENTRELAÇAMENTO ("COUTURE-TRICOTAGE"), MÁQUINAS PARA FABRICAR
GUIPURAS, TULES, RENDAS, BORDADOS, PASSAMANARIAS, GALÕES OU REDES;
MÁQUINAS PARA INSERIR TUFOS
8448 MÁQUINAS E APARELHOS AUXILIARES PARA AS MÁQUINAS DAS POSIÇÕES 8444, 10 10 %
8445, 8446 OU 8447 (POR EXEMPLO: RATIERAS, MECANISMOS "JACQUARD", QUEBRA-
URDIDURAS E QUEBRA-TRAMAS, MECANISMOS TROCA-LANÇADEIRAS)
8449 MÁQUINAS E APARELHOS PARA FABRICAÇÃO OU ACABAMENTO DE FELTRO OU DE 10 10 %
FALSOS TECIDOS, EM PEÇA OU EM FORMAS DETERMINADAS, INCLUÍDAS AS
MÁQUINAS E APARELHOS PARA FABRICAÇÃO DE CHAPÉUS DE FELTRO; FORMAS
PARA CHAPÉUS E PARA ARTEFATOS DE USO SEMELHANTE
8450 MÁQUINAS DE LAVAR ROUPA, MESMO COM DISPOSITIVOS DE SECAGEM 10 10 %
8451 MÁQUINAS E APARELHOS (EXCETO AS MÁQUINAS DA POSIÇÃO 8450) PARA LAVAR, 10 10 %
LIMPAR, ESPREMER, SECAR, PASSAR, PRENSAR (INCLUÍDAS AS PRENSAS
FIXADORAS), BRANQUEAR, TINGIR, PARA APRESTO E ACABAMENTO, PARA
REVESTIR OU IMPREGNAR FIOS, TECIDOS OU OBRAS DE MATÉRIAS TÊXTEIS E
MÁQUINAS PARA REVESTIR TECIDOS-BASE OU OUTROS SUPORTES UTILIZADOS NA
FABRICAÇÃO DE REVESTIMENTOS PARA PAVIMENTOS, TAIS COMO LINÓLEO;
VEÍCULOS TERRESTRES
8701 TRATORES (EXCETO OS CARROS-TRATORES DA POSIÇÃO 8709) 4 25 %
8702 VEÍCULOS AUTOMÓVEIS PARA TRANSPORTE DE 10 PESSOAS OU MAIS, INCLUINDO O 4 25 %
MOTORISTA
8703 AUTOMÓVEIS DE PASSAGEIROS E OUTROS VEÍCULOS AUTOMÓVEIS 5 20 %
PRINCIPALMENTE CONCEBIDOS PARA TRANSPORTE DE PESSOAS (EXCETO OS DA
POSIÇÃO 8702), INCLUÍDOS OS VEÍCULOS DE USO MISTO ("STATION WAGONS") E OS
AUTOMÓVEIS DE CORRIDA
8704 VEÍCULOS AUTOMÓVEIS PARA TRANSPORTE DE MERCADORIAS 4 25 %
8705 VEÍCULOS AUTOMÓVEIS PARA USOS ESPECIAIS (POR EXEMPLO: AUTOSSOCORROS, 4 25 %
CAMINHÕES-GUINDASTES, VEÍCULOS DE COMBATE A INCÊNDIOS, CAMINHÕES-
BETONEIRAS, VEÍCULOS PARA VARRER, VEÍCULOS PARA ESPALHAR, VEÍCULOS-
OFICINAS, VEÍCULOS RADIOLÓGICOS), EXCETO OS CONCEBIDOS PRINCIPALMENTE
PARA TRANSPORTE DE PESSOAS OU DE MERCADORIAS
8709 VEÍCULOS AUTOMÓVEIS SEM DISPOSITIVO DE ELEVAÇÃO, DOS TIPOS UTILIZADOS 10 10 %
EM FÁBRICAS, ARMAZÉNS, PORTOS OU AEROPORTOS, PARA TRANSPORTE DE
MERCADORIAS A CURTAS DISTÂNCIAS; CARROS-TRATORES DOS TIPOS UTILIZADOS
NAS ESTAÇÕES FERROVIÁRIAS
8711 MOTOCICLETAS (INCLUÍDOS OS CICLOMOTORES) E OUTROS CICLOS EQUIPADOS 4 25 %
COM MOTOR AUXILIAR, MESMO COM CARRO LATERAL; CARROS LATERAIS
VALOR CONTÁBIL:
O VALOR CONTÁBIL de um bem depreciado corresponde à diferença entre o seu custo
de aquisição (valor de compra) e a sua depreciação acumulada, ou seja, o valor que será
apresentado no balanço patrimonial.
ATIVO NÃO CIRCULANTE - IMOBILIZADO VALOR
R$ 100,000
Veículos – Imobilizado.
(R$ 20,000)
Depreciação Acumulada – Conta retificadora de imobilizado
R$ 80,000
Valor Contábil.
VALOR RESIDUAL:
Valor residual de um ativo é o valor estimado que a entidade obteria com a venda desse
ativo, após deduzir as despesas estimadas de venda, no final de sua vida útil estimada.
Dessa forma, consiste no valor que a empresa estima obter caso vendesse o item do
imobilizado depois de encerrada sua vida útil.
Esse valor não serve de base para depreciação.
VALOR DEPRECIÁVEL:
É o valor do ativo imobilizado sujeito à depreciação. Consiste na base de cálculo da
depreciação. Caso um valor residual seja estabelecido pela empresa, o valor depreciável
corresponde ao custo de aquisição do ativo imobilizado deduzido do valor residual;
VALOR DE AQUISIÇÃO – VALOR RESIDUAL.
TAXA DE DEPRECIAÇÃO:
Percentual mensal ou anual aplicado sobre o valor depreciável do bem, que varia de
acordo com a vida útil estimada.
DESPESA OU ENCARGOS COM DEPRECIAÇÃO:
É valor da depreciação mensal ou anual descoberto através da aplicação da taxa de
depreciação sobre valor depreciável.
Este valor é encerrado em todo exercício por se tratar de uma conta de resultado.
DEPRECIAÇÃO ACUMULADA:
É a soma dos valores de todas as despesas com depreciação apresentadas nos meses ou
anos anteriores.
Esse valor consta no balanço e é uma conta RETIFICADORA DE ATIVO IMOBILIZADO.
SUMÁRIO
DEPRECIAÇÃO .................................................................................................................................................... 2
MÉTODOS DE DEPRECIAÇÃO: ........................................................................................................................ 2
MÉTODO DAS UNIDADES PRODUZIDAS .................................................................................................... 2
MÉTODO DAS HORAS TRABALHADAS ....................................................................................................... 2
DEPRECIAÇÃO
MÉTODOS DE DEPRECIAÇÃO:
MÉTODO DAS UNIDADES PRODUZIDAS
Baseada em informações do fabricante do bem ou de setor interno competente, a
empresa estima a capacidade máxima de unidades que determinado bem pode produzir
durante sua vida útil. Nesse método, à medida que as unidades forem produzidas, calcula-se a
depreciação, conforme as duas formas apresentadas a seguir:
Ex.:
Máquinas: 100.000
Produção ao Longo da Sua vida útil: 100.000 unidades (= vida útil)
Quando a máquina produzir as 100.000 unidades, ela vai estar totalmente depreciada.
1º Ano ela Produziu 10.000 unidades
10.000 / 100.000 = 10%
Para achar a taxa de depreciação, precisaremos dividir o valor produzido pelo
total de produção que a máquina suporta.
Assim, chegamos à taxa de 10%.
SUMÁRIO
DEPRECIAÇÃO .................................................................................................................................................... 2
MÉTODOS DE DEPRECIAÇÃO: ........................................................................................................................ 2
DEPRECIAÇÃO ACELERADA ........................................................................................................................ 2
DEPRECIAÇÃO
MÉTODOS DE DEPRECIAÇÃO:
DEPRECIAÇÃO ACELERADA
A depreciação acelerada consiste em atribuir coeficientes multiplicadores em função do
número de horas diárias de operação do bem sujeito ao desgaste pelo uso.
Pode ser adotada, somente, no caso de bens móveis.
Os coeficientes de aceleração são os seguintes:
➢ 1 turno (8 horas) 1,00 – hora normal
➢ 2 turnos (16 horas) 1,50 - hora normal + 50%
➢ 3 turnos (24 horas) 2,00 - hora normal + 100%
Quanto maior a quantidade de turnos em que o bem é utilizado, menor será sua vida útil
estimada e maior será sua quota de depreciação anual.
Exemplo: Uma máquina registrada no balanço de 20X0 por R$ 15.000,00, e que
trabalhou três turnos diários durante o exercício de 20X1.
Calcular a depreciação a ser registrada no balanço de 20X1.
Cálculo:
Por trabalhar três turnos - implica usar o coeficiente 2,0 sobre a taxa anual de
depreciação do bem, assim:
Depreciação Acelerada = (2,0 x 10%) x 15.000,00 = 3.000,00
Despesa de Depreciação = a Depreciação Acumulada 3.000,00
SUMÁRIO
AMORTIZAÇÃO .................................................................................................................................................. 2
CONTABILIZAÇÃO .......................................................................................................................................... 2
LANÇAMENTO................................................................................................................................................ 2
EXAUSTÃO ......................................................................................................................................................... 2
LANÇAMENTO................................................................................................................................................ 2
AMORTIZAÇÃO
Corresponde à perda do valor do capital aplicado na aquisição de direitos da
propriedade industrial ou comercial e quaisquer outros com existência ou exercício de
duração limitada do ativo INTANGÍVEL, ou cujo objeto sejam bens de utilização por prazo
legal ou contratualmente limitado.
CONTABILIZAÇÃO
Ao amortizarmos um bem do ativo não circulante, por um lado, debitamos uma conta de
despesa, que chamamos de Despesas de Amortização (ou Encargos de Amortização ou,
simplesmente, Amortização).
Por outro lado, geramos também uma conta retificadora do ativo, que chamamos de
Amortização Acumulada, que será creditada.
A conta Despesas de Amortização poderá receber débitos mensais, com a aplicação da
taxa anual dividida por 12, até o fim do exercício social, quando, então, será encerrada
juntamente com as outras despesas, para a apuração do resultado.
A conta Amortização Acumulada irá acumular o valor das despesas de Amortização,
desde a época em que o bem foi posto em condições de uso até a época em que o bem for
alienado ou baixado por perecimento, ou até que o valor contábil do bem seja NULO (100%
depreciado).
LANÇAMENTO
D/C DESCRIÇÃO
DATA
DÉBITO Encargos com Amortização/Resultado
CRÉDITO Amortização Acumulada/Ativo Não Circulante/INTANGÍVEL
EXAUSTÃO
Corresponde à perda do valor, decorrente da sua exploração, de direitos
(INVESTIMENTOS) cujo objeto sejam recursos minerais ou florestais, ou bens aplicados nessa
exploração.
LANÇAMENTO
D/C DESCRIÇÃO
DATA
DÉBITO Encargos com Exaustão/Resultado
CRÉDITO Exaustão Acumulada/Ativo Não Circulante/INVESTIMENTO
SUMÁRIO
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO – DRE .................................................................................. 2
DRE ................................................................................................................................................................ 2
RECEITA BRUTA DE VENDAS/SERVIÇOS ..................................................................................................... 3
DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA ................................................................................................................. 3
RECEITA LÍQUIDA ....................................................................................................................................... 4
CUSTO DAS VENDAS .................................................................................................................................. 5
Percebam que o §1º do artigo 187 determina que as receitas devem ser
reconhecidas quando ganhas (realizadas), de forma independente em relação ao
seu recebimento. Já as despesas devem ser reconhecidas quando incorridas,
independentemente do pagamento. Isso quer dizer que a Lei das S.A. determina a
observância ao PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA para apuração do resultado do
exercício.
A DRE possui uma sequência específica a ser seguida, com diversos resultados parciais
com denominações específicas. Portanto cada modalidade de receita ou de despesa tem seu
lugar certo na DRE e tais resultados são apresentados de acordo com sua FUNÇÃO.
Não podemos esquecer que a DRE somente contempla despesas e receitas
(contas de resultado), ao passo que o Balanço Patrimonial contém apenas contas
patrimoniais.
Quando a banca não trouxer o valor direto do CMV nós vamos ter que
rememorar da nossa fórmula mágica que é: (CMV = Ei + Cl – EF), lembrando que
nas compras líquidas você excluirá as devoluções, os descontos incondicionais, os
abatimentos, os tributos recuperáveis e, caso haja despesas de frete, seguro e/ou
armazenamento, você deverá adicionar para achar o valor das compras líquidas.
SUMÁRIO
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO – DRE .................................................................................. 2
DRE ................................................................................................................................................................ 2
LUCRO BRUTO ........................................................................................................................................... 2
OUTROS RESULTADOS OPERACIONAIS ..................................................................................................... 3
➢ RECEITAS FINANCEIRAS
Essa rubrica compreende, basicamente, as remunerações de capital de terceiros,
representadas pelos juros e descontos obtidos decorrentes das atividades da empresa, além
dos rendimentos de aplicações financeiras. Além disso, a legislação fiscal determina que as
variações monetárias prefixadas decorrentes de direitos sejam consideradas dentro dessa
rubrica. São exemplos dessa rubrica:
• Receitas de Juros ou Juros Ativos;
• Descontos Obtidos;
• Receitas de Juros s/Capital Próprio;
• Receitas de Prêmios s/Debêntures;
• Rendimentos Aplicações Renda Fixa.
➢ DESPESAS FINANCEIRAS
Da mesma forma, compreende a remuneração do capital de terceiros ou a concessão de
descontos por recebimentos antecipados de direitos, além de considerar também as correções
monetárias prefixadas decorrentes de obrigações. São exemplos:
• Despesas de Juros ou Juros Passivos;
• Descontos Concedidos;
• Despesas de Juros s/Capital Próprio;
• Juros s/Debêntures;
• Juros s/Empréstimos Bancários;
• Juros s/Descontos de Duplicatas.
OUTROS RESULTADOS OPERACIONAIS
O conceito de lucro operacional sob a ótica societária ou fiscal engloba o resultado das
atividades principais e acessórias. Por essa razão, as demais receitas e despesas que não
estejam diretamente vinculadas à atividade operacional, mas que representem uma extensão
dessa atividade, serão classificados nesse grupo. Estão assim representados:
➢ OUTRAS RECEITAS OPERACIONAIS
Representam quaisquer receitas acessórias, inclusive as de aluguéis ou arrendamentos
de bens fora do objeto social da empresa, reversões ou recuperações de despesas da empresa
além dos ganhos das participações societárias permanentes, valores que representam
subsidiariamente outras formas de receitas da atividade empresarial. Compreende:
• Receitas de Dividendos;
• Ganhos de Equivalência Patrimonial;
• Receitas de Aluguéis de Imóveis;
• Receitas de Arrendamentos de Bens;
• Outras Reversões de Provisões.
Nesse grupo apresentam-se as Receitas obtidas por resultados de ativos de
Longa duração, ou seja, Resultado de negócios não usuais de ativos classificados do
Não Circulante.
SUMÁRIO
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO – DRE .................................................................................. 2
DRE ................................................................................................................................................................ 2
RESULTADO OPERACIONAL ....................................................................................................................... 2
RESULTADO ANTES DA CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO E IRPJ (LAIR) ........................................ 2
SUMÁRIO
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO – DRE .................................................................................. 2
RESULTADO APÓS O IMPOSTO DE RENDA E ANTES DAS PARTICIPAÇÕES – LADIR................................... 2
LUCRO LÍQUIDO ......................................................................................................................................... 2
LUCRO LÍQUIDO POR AÇÃO ....................................................................................................................... 2
MODELO DRE DE ACORDO COM A LEI 6404/76. ........................................................................................... 2
LUCRO LÍQUIDO
Corresponde ao lucro final após as participações, embora não seja ainda o valor a ser
destinado aos acionistas. Esse valor é o ponto de partida para o cálculo das Reservas, de
acordo com a Lei 6404/76.
Devoluções de Vendas
Descontos Incondicionais
Abatimentos
Impostos e Contribuições Incidentes sobre Vendas
SUMÁRIO
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO – DRE – CPC 26 ................................................................... 2
DRE DE ACORDO COM O CPC 26 ................................................................................................................... 2
A entidade deve divulgar o montante do efeito tributário relativo a cada componente dos
outros resultados abrangentes, incluindo os ajustes de reclassificação na demonstração
do resultado abrangentes ou nas notas explicativas.
Os componentes dos outros resultados abrangentes podem ser apresentados:
(a) líquidos dos seus respectivos efeitos tributários; ou
(b) antes dos seus respectivos efeitos tributários, sendo apresentado em montante único
o efeito tributário total relativo a esses componentes.
A entidade deve divulgar ajustes de reclassificação relativos a componentes dos outros
resultados abrangentes.
Alguns pronunciamentos, interpretações e orientações do CPC especificam se e quando
itens anteriormente registrados como outros resultados abrangentes devem ser reclassificados
para o resultado do período. Essas reclassificações são referidas nesse pronunciamento como
ajustes de reclassificação. Tais ajustes de reclassificação são incluídos no respectivo
componente de outros resultados abrangentes no período em que o ajuste é reclassificado para
o resultado líquido do período. Esse ganho pode ter sido reconhecido como ganho não realizado
em outros resultados abrangentes do período corrente ou de períodos anteriores. Dessa forma,
os ganhos não realizados devem ser deduzidos dos outros resultados abrangentes no período
em que os ganhos realizados são reconhecidos no resultado líquido do período, evitando que
esse mesmo ganho seja reconhecido em duplicidade (alterado pela Revisão CPC 12).
Os ajustes de reclassificação podem ser apresentados na demonstração do resultado
abrangente ou nas notas explicativas. A entidade que apresente os ajustes de reclassificação
nas notas explicativas deve apresentar os componentes dos outros resultados abrangentes
após os respectivos ajustes de reclassificação.
Os ajustes de reclassificação são cabíveis, por exemplo, na baixa de investimentos em
entidade no exterior (ver CPC 02: Efeitos das Mudanças nas Taxas de Câmbio e Conversão de
Demonstrações Contábeis) e quando alguma transação de hedge prevista de fluxo de caixa afeta
o resultado líquido do período (ver item 6.5.11 [d] do CPC 48 no tocante à contabilização de
operações de hedge de fluxos de caixa) (alterado pela Revisão CPC 12).
Informação a ser apresentada na demonstração do resultado do período ou nas notas
explicativas
Quando os itens de receitas e despesas são materiais, sua natureza e montantes devem
ser divulgados separadamente.
As circunstâncias que dão origem à divulgação separada de itens de receitas e despesas
incluem:
(a) reduções nos estoques ao seu valor realizável líquido ou no ativo imobilizado ao seu
valor recuperável, bem como as reversões de tais reduções;
(b) reestruturações das atividades da entidade e reversões de quaisquer provisões para
gastos de reestruturação;
(c) baixas de itens do ativo imobilizado;
(d) baixas de investimento;
(e) unidades operacionais descontinuadas;
(f) solução de litígios; e
(g) outras reversões de provisões.
A entidade deve apresentar uma análise das despesas utilizando uma classificação
baseada na sua natureza, se permitida legalmente, ou na sua função dentro da entidade,
devendo eleger o critério que proporcionar informação confiável e mais relevante, obedecidas
as determinações legais
As despesas devem ser subclassificadas a fim de destacar componentes do desempenho
que possam diferir em termos de frequência, potencial de ganho ou de perda e previsibilidade.
Essa análise dever ser proporcionada em uma das duas formas descritas a seguir, obedecidas
as disposições legais.
A primeira forma de análise é o método da natureza da despesa. As despesas são
agregadas na demonstração do resultado de acordo com a sua natureza (por exemplo,
depreciações, compras de materiais, despesas com transporte, benefícios aos empregados e
despesas de publicidade), não sendo realocadas entre as várias funções dentro da entidade.
Esse método pode ser simples de se aplicar porque não são necessárias alocações de gastos a
classificações funcionais. Um exemplo de classificação que usa o método da natureza do gasto
é o que se segue:
• Receitas;
• Outras Receitas;
• Variação do estoque de produtos acabados e em elaboração;
• Consumo de matérias-primas e materiais;
• Despesa com benefícios a empregados;
• Depreciações e amortizações;
• Outras despesas;
• Total da despesa;
• Resultado antes dos tributos.
custo dos produtos ou serviços vendidos ou, por exemplo, das despesas de distribuição ou das
atividades administrativas. No mínimo, a entidade deve divulgar o custo dos produtos e
serviços vendidos segundo esse método separadamente das outras despesas. Esse método
pode proporcionar informação mais relevante aos usuários do que a classificação de gastos por
natureza, mas a alocação de despesas às funções pode exigir alocações arbitrárias e envolver
considerável julgamento. Um exemplo de classificação que utiliza o método da função da
despesa é a seguinte:
• Receitas;
• Custo dos produtos e serviços vendidos;
• Lucro bruto;
• Outras receitas;
• Despesas de vendas;
• Despesas administrativas;
• Outras despesas;
• Resultado antes dos tributos.
As entidades que classificarem os gastos por função devem divulgar informação adicional
sobre a natureza das despesas, incluindo as despesas de depreciação e de amortização e as
despesas com benefícios aos empregados.
A escolha entre o método da função das despesas e o método da natureza das despesas
depende de fatores históricos e setoriais e da natureza da entidade. Ambos os métodos
proporcionam uma indicação das despesas que podem variar, direta ou indiretamente, com o
nível de vendas ou de produção da entidade. Dado que cada método de apresentação tem seu
mérito conforme as características de diferentes tipos de entidade, este Pronunciamento
Técnico estabelece que cabe à administração eleger o método de apresentação mais relevante
e confiável, atendidas as exigências legais. Entretanto, dado que a informação sobre a natureza
das despesas é útil ao prever os futuros fluxos de caixa é exigida divulgação adicional quando
for usada a classificação com base no método da função das despesas. No item 104, a expressão
“benefícios aos empregados” tem o mesmo significado dado no Pronunciamento Técnico CPC
33 – Benefícios a Empregados.
Resumo da paçoca...
A DRE pelo CPC 26 inicia-se pelas RECEITAS LIQUIDAS DE VENDAS, item II;
todo o item I deve ser apresentado em NOTAS EXPLICATIVAS.
SUMÁRIO
FOLHA DE PAGAMENTO .................................................................................................................................... 2
OBRIGATORIEDADE ....................................................................................................................................... 2
COMPOSIÇÃO ................................................................................................................................................ 3
VANTAGENS OU PROVENTOS: ................................................................................................................... 3
DESCONTOS: .............................................................................................................................................. 3
VANTAGENS OU REMUNERAÇÕES ................................................................................................................ 4
SALÁRIO ..................................................................................................................................................... 4
REMUNERAÇÃO ......................................................................................................................................... 4
FOLHA DE PAGAMENTO
OBRIGATORIEDADE
A elaboração da folha de pagamentos é obrigatória para o empregador, conforme
preceitua o artigo 32 da Lei n.º 8.212/91, de 24 de julho de 1991, que dispõe sobre a
organização e o Plano de Custeio da Seguridade Social. Abaixo transcrevemos o texto legal:
Art. 32. A empresa também é obrigada a:
I – Preparar folhas de pagamento das remunerações pagas ou
creditadas a todos os segurados a seu serviço, de acordo com os
padrões e normas estabelecidos pelo órgão competente da
Seguridade Social;
II – Lançar mensalmente em títulos próprios de sua contabilidade,
de forma discriminada, os fatos geradores de todas as contribuições,
o montante das quantias descontadas, as contribuições da empresa
e os totais recolhidos;
III – Prestar ao Instituto Nacional do Seguro Social – INSS – e à
Secretaria da Receita Federal – SRF – todas as informações
cadastrais, financeiras e contábeis de interesse dos mesmos, na
forma por eles estabelecida, bem como os esclarecimentos
necessários à fiscalização;
IV – Informar mensalmente ao Instituto Nacional do Seguro Social –
INSS – por intermédio de documento a ser definido em regulamento,
dados relacionados aos fatos geradores de contribuição
previdenciária e outras informações de interesse do INSS.
Com relação ao inciso I do Art. 32 da Lei n.º 8.212/91, nota-se a abrangência da folha de
pagamento, que deve incluir as remunerações de todos os segurados a serviço da empresa,
dentre os quais podemos citar os empregados, os trabalhadores avulsos e os contribuintes
individuais. A folha de pagamento deverá ser elaborada de forma agrupada para cada tipo de
segurado, de acordo com o disposto na Instrução Normativa n.º 100/2003 do Instituto
Nacional do Seguro Social, embora os recolhimentos das contribuições previdenciárias sejam
na mesma GPS – Guia da Previdência Social.
O inciso II do Art. 32 da Lei n.º 8.212/91 ressalta a importância da escrituração contábil
dos fatos geradores das contribuições previdenciárias, que devem ser lançados mensalmente
na contabilidade, obedecendo ao regime de competência, discriminando a base de cálculo das
contribuições previdenciárias, o montante das contribuições retidas dos segurados, o
montante das contribuições da empresa e o total recolhido aos cofres da Previdência Social.
Os incisos III e IV do Art. 32 da Lei n.º 8.212/91 referem-se ao cumprimento das
obrigações acessórias e principais relativas aos fatos geradores das contribuições
previdenciárias, bem como da disponibilização de toda a documentação que serviu de base
para a escrituração contábil. Dentre as informações cadastrais, financeiras e contábeis de
interesses dos órgãos de fiscalização da Previdência Social (Secretaria da Receita
Previdenciária) e do Ministério da Fazenda (Secretaria da Receita Federal) podemos citar:
➢ Registro de Empregados;
➢ GFIP – Guia de Recolhimento do FGTS e Informações à Previdência Social;
➢ GRFP – Guia de Recolhimento da Rescisão Contratual e Informações à Previdência
Social;
➢ GPS – Guia da Previdência Social;
➢ DARF – Documento de Arrecadação de Receitas Federais (recolhimento do IRPF);
➢ Folha de Pagamentos mensais;
➢ Contracheques;
➢ Registros contábeis;
➢ CAGED – Cadastro Geral de Empregados e Desempregados;
➢ RAIS – Relação Anual de Informações Sociais;
➢ Rescisões de Contrato de Trabalho.
As Microempresas e Empresas de Pequeno Porte que aderiram ao SIMPLES – Sistema
Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas e Empresas de
Pequeno Porte – estão dispensadas de manterem escrituração contábil completa, desde que
mantenham, em boa ordem e guarda, o Livro Caixa, o Livro de Registro de Inventário e toda
documentação que serviu de base para a escrituração. Vale salientar que a guarda desses
livros deve perdurar enquanto não decorrido o prazo decadencial e não prescritas eventuais
ações que lhe sejam pertinentes.
COMPOSIÇÃO
A folha de pagamentos, como já foi comentado anteriormente, é obrigatória para o
empregador, e pode ser confeccionada de forma manuscrita (menos comum), por meio de
processos mecânicos ou eletrônicos. A forma mais comum de elaboração é o meio eletrônico,
pela grande facilidade de cálculos que podem ser realizados por programas específicos ou por
meio de planilhas eletrônicas com a utilização do Microsoft Excel. Com a grande popularização
e a redução do custo dos microcomputadores, é imprescindível o uso do PC (Personal
Computer) em todo e qualquer empreendimento, com ou sem finalidade lucrativa, tendo em
vista a necessidades de informações tempestivas e confiáveis.
A folha de pagamentos é composta de duas partes principais que são: vantagens ou
proventos e descontos.
VANTAGENS OU PROVENTOS:
➢ Salário;
➢ Gratificações;
➢ Comissões;
➢ Horas extras;
➢ Adicional de insalubridade;
➢ Adicional de periculosidade;
➢ Adicional noturno;
➢ Férias;
➢ 13º salário;
➢ Salário-maternidade;
➢ Salário-família;
➢ Diárias para viagens;
➢ Ajuda de custo.
DESCONTOS:
➢ Adiantamentos;
➢ Faltas injustificadas e atrasos;
➢ Contribuição previdenciária;
➢ Contribuição sindical (uma vez ao ano - facultado)
➢ Imposto de Renda Retido na Fonte;
➢ Vale-transporte;
➢ Pensão alimentícia;
➢ Empréstimos;
➢ Adiantamento da 1ª parcela do 13º salário;
➢ Plano de benefícios sociais (assistência médica, previdência privada, etc.)
Além desses dois elementos principais, a folha de pagamentos deve indicar, também, o
valor líquido a ser pago aos segurados. Outras informações importantes também são
necessárias para a elaboração completa da folha de pagamentos como: nome dos segurados,
identificação da empresa (nome e CNPJ), mês de referência, total bruto da folha, total de
descontos, total líquido da folha, os encargos patronais de FGTS, INSS, contribuições para
terceiros, seguro de acidente de trabalho e total de encargos.
Pelo princípio contábil da competência, a folha de pagamento deve ser contabilizada no
mês de ocorrência do fato gerador, mesmo que o pagamento dos salários seja realizado no
mês seguinte, tendo em vista que a legislação trabalhista permite que o pagamento seja
realizado até o 5º dia útil do mês subsequente (Art. 459 § 1º da CLT). Caso a empresa adote
como norma o pagamento até o 5º dia útil do mês subsequente, os valores dos salários
devidos devem ser apropriados em uma conta classificada no passivo circulante (salários a
pagar).
Em folhas de pagamentos mais detalhadas, podem ser evidenciadas informações como:
setor da empresa, centros de lucros, centros de custos, valor adicionado distribuído entre os
empregados e prestadores de serviços etc.
VANTAGENS OU REMUNERAÇÕES
Dentre as principais vantagens auferidas pelos empregados podemos citar: os salários,
as horas extras, as gratificações, as comissões, o adicional de insalubridade, o adicional de
periculosidade, o adicional noturno, as férias, o 13º salário, o salário-maternidade, o salário
família, as diárias para viagens e as ajudas de custo.
SALÁRIO
O salário pode ser definido como a parte fixa da remuneração recebida pelo empregado
em contrapartida de sua prestação de serviços, sendo inadmissível a sua redução, conforme
dispõe o Art. 7º inciso VI da Constituição Federal de 1988, exceto se disposto em convenção
ou acordo coletivo.
De acordo com o Art. 457 da CLT, integram o salário não só a importância fixa estipulada
pelo empregador, como também as comissões, gorjetas, percentagens, gratificações ajustadas,
diárias para viagens que excedam a 50% do salário percebido pelo empregado e abonos pagos
pelo empregador.
REMUNERAÇÃO
Engloba, além do salário, os demais ganhos habituais do empregado. Dessa forma,
remuneração é gênero e o salário é espécie. Ainda segundo o Art. 457 da CLT, integram a
remuneração do empregado, para todos os efeitos legais, além do salário devido e pago
diretamente pelo empregador, como prestação do serviço, as gorjetas que receber; dessa
forma, a remuneração é composta pelos salários, horas extras, adicional de insalubridade,
adicional de periculosidade, adicional noturno, prêmios e demais complementos salariais
pagos com habitualidade.
SUMÁRIO
FOLHA DE PAGAMENTO .................................................................................................................................... 2
CONTINUAÇÃO... ........................................................................................................................................... 2
SALÁRIO MÍNIMO ...................................................................................................................................... 2
JORNADA DE TRABALHO ........................................................................................................................... 2
JORNADA NORMAL DE TRABALHO – 44 HORAS SEMANAIS...................................................................... 3
JORNADA DE TRABALHO EM REGIME DE COMPENSAÇÃO DE HORAS...................................................... 4
HORAS EXTRAORDINÁRIAS ........................................................................................................................ 4
COMISSÕES ................................................................................................................................................ 5
ADICIONAIS .................................................................................................................................................... 6
ADICIONAL DE INSALUBRIDADE ................................................................................................................ 6
ADICIONAL DE PERICULOSIDADE............................................................................................................... 7
ADICIONAL NOTURNO ............................................................................................................................... 8
FÉRIAS ........................................................................................................................................................ 8
PERDA DO DIREITO A FÉRIAS ..................................................................................................................... 9
DÉCIMO TERCEIRO SALÁRIO .................................................................................................................... 10
SALÁRIO-MATERNIDADE ......................................................................................................................... 11
SALÁRIO-FAMÍLIA .................................................................................................................................... 12
DESCONTOS E ENCARGOS SOCIAIS.......................................................................................................... 13
CONTRIBUIÇÃO DOS SEGURADOS EMPREGADO, DOMÉSTICO E TRABALHADOR AVULSO .................... 13
TABELA DE CONTRIBUIÇÃO DOS SEGURADOS EMPREGADO, EMP REGADO DOMÉSTICO E TRABALHADOR
AVULSO, PARA PAGAMENTO DE REMUNERAÇÃO A PARTIR DE 1º DE ABROL DE 2020. ............................ 14
IMPOSTO DE RENDA RETIDO NA FONTE ................................................................................................. 14
VALE-TRANSPORTE .................................................................................................................................. 15
ALIMENTAÇÃO DO TRABALHADOR ......................................................................................................... 16
FOLHA DE PAGAMENTO
CONTINUAÇÃO...
O pagamento do salário, qualquer que seja a modalidade de trabalho, não deve ser
estipulado por período superior a um mês, com exceção no que se refere a comissões,
percentagens e gratificações, de acordo com o Art. 459 da CLT. A forma de pagamento do
salário deverá ser estipulada no contrato individual de trabalho bem como na Carteira de
Trabalho e Previdência Social do empregado. Quando a forma de pagamento do salário é
mensal, deve-se efetuá-lo no mais tardar até o 5º dia útil do mês subsequente ao vencido,
conforme comentado anteriormente.
A contabilização da despesa com salário de uma empresa, de acordo com os dados
constantes de sua folha de pagamentos a ser quitada no mês seguinte, segundo o regime de
competência, está discriminada abaixo:
CONTAS
Despesas com Salários (Folha Bruta)
DÉBITO
INSS a recolher
CRÉDITO
IRRF a recolher
CRÉDITO
Salários a pagar (Folha Líquida)
CRÉDITO
SALÁRIO MÍNIMO
O salário não poderá ser inferior ao mínimo, com exceção do salário do menor
aprendiz, pois lhe será paga uma quantia nunca inferior a 50% do salário mínimo durante a
primeira metade da duração máxima prevista para o aprendizado do respectivo ofício; na
segunda metade passará a perceber, pelo menos, 2/3 do salário mínimo.
O salário mínimo é instituído pelo Governo Federal e atualmente é reajustado todo mês
de janeiro. A partir de janeiro de 2020, o salário mínimo foi reajustado para R$ 1045,00,
conforme disposto na Medida Provisória nº 919, de 30 de janeiro de 2020.
A proposta de Orçamento de 2021, enviada pelo Governo Federal ao Congresso, consta
que o salário mínimo proposto é de R$1.067 para 2021. O novo valor representa um aumento
de R$22 em relação ao salário mínimo atual, de R$1.045.
Caso seja aprovado pelo Congresso, o reajuste salarial já começará a valer em janeiro de
2021. O pagamento será iniciado em fevereiro.
Nenhum empregado poderá receber menos que o valor previsto para o salário mínimo,
por trabalho executado em horas regulares da empresa. Um trabalhador receberá menos que
o salário mínimo quando também trabalhar em horário reduzido, ou seja, receberá na
proporção de sua carga horária.
Com relação aos benefícios pagos pela Previdência Social, existem algumas situações
em que o valor poderá ser inferior ao mínimo constitucional como: salário-família, auxílio-
acidente, pensões por morte desdobradas e benefícios de acordos internacionais.
JORNADA DE TRABALHO
A jornada de trabalho é o tempo em que o empregado permanece à disposição do
empregador, cumprindo ou aguardando ordens. Mesmo que o empregado esteja
temporariamente sem atividade no local de trabalho, esse período será computado como
jornada de trabalho, tendo em vista que o mesmo fica impossibilitado de afastar-se do local
Exemplo:
Dados
· 25 dias úteis no mês
· 4 domingos e 1 feriado
· Salário mensal = R$ 1.320,00
· 18 horas extras a 50%
· 16 horas extras a 100%
Cálculos
Obs.: para fins de cálculo da integração das horas extras ao descanso semanal
remunerado e feriado, basta dividir o valor total das horas extras pelo número de dias úteis
no mês e multiplicar o resultado pelo número de domingos e feriados.
COMISSÕES
Dados
24 dias úteis no mês
5 domingos e 1 feriado
Comissão do mês = R$ 3.840,00
Cálculos
Dados
24 dias úteis no mês
5 domingos e 1 feriado
Comissão do mês = R$ 3.840,00
Cálculos
ADICIONAIS
ADICIONAL DE INSALUBRIDADE
De acordo com o Art. 189 da CLT, são consideradas insalubres as atividades que, por sua
natureza, condições ou métodos de trabalho, expõem o empregado a agentes nocivos à saúde,
acima dos limites de tolerância fixados em razão da natureza, da intensidade do agente e do
tempo de exposição a seus efeitos. A insalubridade será caracterizada e classificada em
consonância com as Normas expedidas pelo Ministério do Trabalho. Existem três graus de
insalubridade: máximo, médio e mínimo. Os empregados que trabalham em condições
insalubres têm assegurada a percepção do adicional de insalubridade da seguinte forma:
ADICIONAL DE PERICULOSIDADE
De acordo com o Art. 193 da CLT, são consideradas atividades ou operações perigosas
aquelas que, por sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem no contato permanente
com inflamáveis, explosivos, alta tensão e produtos radioativos, em condições de risco
acentuado. O empregado que trabalho em condições de periculosidade faz jus a um adicional
de 30% sobre o salário que percebe (salário-base), não incidindo esse percentual sobre
gratificações, prêmios ou participações nos lucros da empresa.
Se o empregado trabalhar em serviço insalubre e perigoso, deverá optar por um dos
adicionais. Da mesma forma que o adicional de insalubridade, se eliminada as
condições de riscos à saúde ou à integridade física do trabalhador, desobriga o empregador ao
pagamento do adicional de periculosidade.
Existe também a obrigatoriedade do empregador de fornecer os equipamentos de
proteção individual, se a função assim o exigir, mas que dificilmente eliminará o direito ao
respectivo adicional.
É proibido o trabalho do menor em serviços perigosos ou insalubres, conforme normas
do Ministério do Trabalho, excetuando-se os menores aprendizes, maiores de 16 anos,
estagiários de cursos de aprendizagem na forma da Lei, desde que os locais de trabalho
tenham sido previamente vistoriados e aprovados pela autoridade competente em matéria de
segurança e medicina do trabalho (SSMT), devendo os menores ser submetidos a exames
médicos semestralmente.
Para fins de cálculos das horas extras, o adicional de periculosidade não integra a
remuneração, diferentemente do adicional de insalubridade. Dessa forma, as horas extras só
incidirão sobre o salário normal ou base, caso o trabalhador receba adicional de
periculosidade. Analisando criticamente o Enunciado TST n.º 264, citado anteriormente, não
vemos motivos para a não integração da periculosidade às horas extras, tendo em vista que a
mesma não deixa de ser uma parcela salarial habitual. Em nosso ponto de vista, a legislação
trabalhista não foi uniforme nesse aspecto, utilizando critérios diferenciados para uma
mesma situação. Diante dessa divergência de critérios, a integração ou não da periculosidade
à remuneração, para fins de cálculos das horas extras, fica a critério do empregador, tendo em
vista que a legislação não o obriga a integrar a periculosidade à remuneração para essa
finalidade.
Exemplo:
Trabalhador urbano
Salário-base = R$ 1.200,00 + Adicional de periculosidade
Adicional de periculosidade 30% = R$ 1.200,00 x 30% = R$ 360,00
Salário contratual (base + adicional de periculosidade) = R$ 1.560,00
ADICIONAL NOTURNO
Considera-se noturno o trabalho realizado entre as 22 horas de um dia até às 5 horas
do dia seguinte, para o trabalhador urbano, conforme preceitua o Art. 73 da CLT. Para o
trabalhador rural que trabalha na lavoura (agricultura), o trabalho noturno é das 21 horas de
um dia às 5 horas do dia seguinte; para o trabalhador rural que trabalha na pecuária, o
trabalho noturno é das 20 horas de um dia às 4 horas do dia seguinte. Para o trabalhador
urbano, a hora noturna tem a duração de 52 minutos e 30 segundos; para o trabalhador rural
não existe diferenciação da duração da hora noturna em comparação à diurna. O adicional
noturno para o trabalhador urbano é de 20%, pelo menos, sobre a hora diurna; para o
trabalhador rural é de 25%.
Para fins de cálculo de horas extras, o adicional noturno integra a remuneração do
trabalhador. Para calcular a hora extra do trabalhador que recebe adicional noturno é preciso
incorporar a diferença entre a hora diurna em relação à noturna, tendo em vista que 7 horas
de trabalho noturno equivale a 8 horas de trabalho diurno, conforme demonstrado a seguir:
Dados:
Trabalhador urbano
Salário-base = R$ 1.320,00
14 horas extras noturnas a 50%
Jornada de trabalho de 22 h. às 05 h. = 7 horas
7 horas x 60 min. = 420 min.
420 min. / 52,5 = 8 horas
Diferença entre a hora diurna da noturna = 60 min / 52,5 min = 1,142857
Cálculos:
FÉRIAS
Todo empregado adquire direito a férias após 12 meses de vigência do contrato de
trabalho (período aquisitivo), sem prejuízo da remuneração, na seguinte proporção (art. 130
da CLT):
De acordo com o regime de competência, as despesas com férias não devem ser
reconhecidas e registradas somente por ocasião de seu efetivo pagamento, mas ser
considerada como encargo adicional registrado mensalmente durante o período aquisitivo
dos empregados, isto é, no período em que houve efetivamente a prestação dos serviços.
Os valores correspondentes às férias adquiridas, ao abono e aos encargos sociais
incidentes devem ser reconhecidos contabilmente como custo ou despesa operacional, tendo
como contrapartida contas de provisão para férias e provisão para encargos sobre férias ou,
alternativamente, uma única conta denominada provisão para férias e encargos sociais, ambas
classificadas no passivo circulante. As férias anuais estão previstas nos Arts. 129 a 153 da CLT.
As baixas das provisões para férias e encargos sociais ocorrerão no momento da
concessão das férias ou de sua indenização por desligamento do empregado. Caso o saldo seja
insuficiente, o excedente será debitado diretamente como custos ou despesas operacionais.
PERDA DO DIREITO A FÉRIAS
Não terá direito a férias o empregado que, no curso do período aquisitivo (art. CLT):
(um terço) em dinheiro. O abono pecuniário deverá ser requerido pelo empregado, por
escrito, até 15 dias antes do término do período aquisitivo. Após esse prazo, a concessão do
abono ficará a critério do empregador.
Abono de 1/3 Constitucional: em seu artigo 7º, inciso XVII, a Constituição Federal de
1988 dá ao trabalhador um adicional de 1/3 a mais do que o salário normal, por ocasião das
férias anuais remuneradas. Haverá a incidência do INSS e IRPF sobre as férias, inclusive sobre
1/3 Constitucional, separadamente dos salários, conforme será visto posteriormente com
mais detalhes na parte de descontos.
Férias em dobro: o empregador tem o limite de 12 meses subsequentes à aquisição do
direito pelo empregado para conceder as suas férias (período concessivo). Ultrapassando esse
período, o empregador deverá pagá-la em dobro.
Prescrição das férias: conforme o inciso XXIX do artigo 7º da Constituição Federal
prescreve em cinco anos o direito de pleitear os créditos referentes às férias, contado a partir
da data final do período aquisitivo.
Férias na rescisão do contrato de trabalho: o empregado que já tenha direito
adquirido, correspondente ao período de férias, por ocasião da cessação do contrato de
trabalho, não importando a sua causa, terá direito à remuneração simples ou em dobro,
conforme o caso. O empregado que for desligado por pedido de dispensa ou por justa causa
com menos de 12 meses de serviço não terá direito a férias proporcionais, fazendo jus ao seu
recebimento apenas aqueles que forem desligados sem justa causa ou cujo contrato de
trabalho se extinguir em prazo determinado.
O valor da segunda parcela, a ser paga até o dia 20 de dezembro, conforme dispõe o
Art. 1º da Lei n.º 4.749/65, será deduzido dos encargos de INSS e IRRF, além do adiantamento
referente ao pagamento da primeira parcela. Para os trabalhadores que recebem salário fixo,
o valor da segunda parcela do décimo terceiro será equivalente ao salário contratual vigente
no mês de novembro; para os trabalhadores que recebem salário essencialmente variável, o
valor será equivalente à média mensal das importâncias recebidas no período de janeiro a
novembro;
para os trabalhadores que recebem salário misto, o valor será equivalente à média
mensal da parte variável percebida de janeiro a novembro adicionada ao salário fixo vigente
no mês de dezembro.
Ainda com relação ao salário variável, se até o dia 20 de dezembro não for possível
saber quanto receberão os empregados no referido mês, aqueles que sejam remunerados com
base em comissões ou outras modalidades de remunerações variáveis, deverão ter o valor do
décimo terceiro salário recalculado e complementado, se for o caso, até o 5º dia útil do mês de
janeiro do ano seguinte.
A base de cálculo do décimo terceiro salário é a remuneração integral do empregado,
compreendendo, além do salário normal, as comissões, percentagens, gratificações ajustadas,
os adicionais, as diárias para viagens excedam a 50% do salário percebido pelo empregado e
os abonos pagos pelo empregador.
O 13º salário deverá ser pago proporcionalmente nos casos de rescisão de contrato de
trabalho sem justa causa.
SALÁRIO-MATERNIDADE
É um benefício devido à segurada da Previdência Social durante o período de 120 dias,
podendo ter seu início no período entre 28 dias antes do parto e a data de ocorrência deste.
Possuem direito ao salário-maternidade: a segurada empregada, a empregada doméstica, a
trabalhadora avulsa e a segurada especial. A partir da vigência da Lei n.º 9.876, de 26 de
novembro de 1999, passaram a ter direito ao salário-maternidade: a segurada facultativa
(estudante, dona de casa, desempregada) e a contribuinte individual (autônoma,
equipara a autônoma e a empresária). A partir de 14/06/2007, com a vigência do Decreto n.º
6.122, a desempregada que mantenha qualidade de segurada passou a ter direito ao salário-
maternidade.
Carência: não se exige carência para as seguradas empregadas, trabalhadoras avulsas e
empregadas domésticas; para a segurada especial será exigida a comprovação do exercício de
atividade rural nos 10 meses imediatamente anteriores à ocorrência do fato gerador
(nascimento da criança), mesmo que de forma descontínua; para as seguradas facultativas e
contribuintes individuais serão exigidas 10 contribuições imediatamente anteriores à
ocorrência do fato gerador.
Duração: conforme comentado anteriormente, a duração do salário-maternidade será
de 120 dias, podendo ser 28 dias antes e 91 dias após o parto. Em alguns casos excepcionais,
os períodos de repouso antes e depois do parto podem ser aumentados de duas semanas cada
um, mediante atestado médico oficial. Nos casos de aborto não-criminoso, ocorrido até a 23ª
semana de gravidez, comprovado mediante atestado médico oficial, a segurada terá direito a
duas semanas de salário-maternidade.
Caso o aborto ocorra a partir da 24ª semana (sexto mês) de gestação, será considerado
como parto, e a segurada terá direito aos 120 dias previstos em Lei, sem a necessidade de
avaliação médico-pericial, bastando apenas a apresentação do atestado médico.
Local de recebimento: para a empregada e a trabalhadora avulsa o salário-maternidade
será pago pela empresa, sindicato ou órgão gestor de mão-de-obra que fará a compensação
quando do recolhimento das contribuições previdenciárias, tendo em vista que o benefício é
devido pela Previdência Social; para a empregada doméstica, segurada especial, facultativa e
contribuinte individual o requerimento do benefício é feito nas agências do INSS – Instituto
Nacional do Seguro Social – e pago nas agências bancárias.
Valor do benefício:
a) Para a empregada com salário fixo, a renda mensal do benefício será equivalente ao
valor da sua remuneração devida no mês do afastamento, não sujeita ao limite máximo do
salário de contribuição, porém sujeita ao limite máximo correspondente à remuneração de
Ministros do Supremo Tribunal Federal; para a empregada com salário total ou parcialmente
variável, o valor da renda mensal do benefício será igual à média aritmética simples dos seis
últimos salários de contribuição, também não sujeito ao limite máximo do salário de
contribuição da previdência Social que, atualizado para o mês de abril de 2020, equivale a R$
6.101,06.
b) Para a trabalhadora avulsa, a renda mensal do benefício corresponde a sua última
remuneração integral, equivalente a um mês de trabalho, não sujeito ao limite máximo do
salário de contribuição da Previdência Social.
c) Para a empregada doméstica, a renda mensal do benefício corresponde a seu último
salário de contribuição, sujeito ao limite máximo da Previdência Social.
d) Para a segurada especial, a renda mensal do benefício corresponde ao salário mínimo
vigente.
e) Para a segurada contribuinte individual e facultativa, a renda mensal do salário
maternidade corresponde à média aritmética simples dos 12 últimos salários de contribuição,
apurados em período não superior a 15 meses, sujeito ao limite máximo do salário de
contribuição.
Observações:
· Durante a percepção do salário maternidade será descontada a contribuição
previdenciária;
· Nos casos de parto antecipado, devidamente comprovado, o período de carência será
reduzido em número de contribuições equivalentes ao número de meses em que o parto foi
antecipado (seguradas especiais, facultativas e contribuintes individuais).
· Em casos de empregos concomitantes, a segurada fará jus ao salário-maternidade
relativo a cada emprego.
· O salário maternidade será devido à segurada da Previdência Social que adotar ou
obtiver guarda judicial, a partir de 16 de abril de 2002, data da publicação da Lei n.º 10.421.
Nesses casos a duração do benefício varia em função da idade da criança adotada:
a) Até um ano completo – 120 dias
b) A partir de 1 ano até 4 anos – 60 dias
c) A partir de 4 até 8 anos – 30 dias.
SALÁRIO-FAMÍLIA
É um benefício devido pela Previdência Social e pago pela empresa, que compensa os
valores pagos aos seus empregados quando do recolhimento da contribuição previdenciária.
O salário-família é devido ao segurado empregado, exceto o doméstico, e ao trabalhador
avulso que recebe remuneração até R$ 1.292,43.
É devido em função dos filhos ou equiparados de qualquer condição, até 14 anos de
idade ou inválido, sem limite de idade. De acordo com a Portaria Interministerial MPS/MF n.º
15/2018, os valores das cotas do salário-família, a partir de 01 de janeiro de 2018, são os
abaixo discriminados:
Contabilização do salário-família
D – INSS a recolher
C – Salário família a pagar
VALE-TRANSPORTE
O Vale-transporte foi instituído pela Lei n.º 7.418/85, a qual determina, em seu Art. 1º,
que o empregador antecipará ao empregado o vale-transporte em quantidade suficiente para
utilização efetiva em despesas de deslocamento residência-trabalho e vice-versa, pelo sistema
de transporte coletivo público.
Dispõe, ainda, a referida Lei, em seu Art. 2º, que o vale-transporte não tem natureza
salarial, nem se incorpora à remuneração para quaisquer efeitos, não compõe a base de
cálculo do INSS e FGTS e não se configura como rendimento tributável do trabalhador. Além
disso, não compõe a base de cálculo do décimo terceiro salário. Na folha de pagamento deverá
constar o valor descontado de cada empregado a título de participação nos custos de
aquisição do vale transporte. Esse desconto é limitado a 6% do valor do salário-base, sendo
que, o valor que exceder este limite será suportado pelo empregador. Em outras palavras, o
valor dos descontos do vale-transporte será limitado ao valor efetivo das despesas de
transporte do trabalhador. O desconto do empregado reduzirá os custos da empresa com a
aquisição de vales-transportes.
ALIMENTAÇÃO DO TRABALHADOR
A Lei n.º 6.321/76, regulamentada pelo Decreto n.º 05, de 14 de janeiro de 1991,
instituiu o Programa de Alimentação do Trabalhador – PAT – em nosso ordenamento jurídico,
com o objetivo de melhorar a situação nutricional dos trabalhadores, visando promover a
saúde e prevenir as doenças profissionais. Essa norma determinou, em seu Art. 3º, que não se
inclui no salário a parcela paga, pela empresa, referente aos programas de alimentação
aprovados pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
O programa prioriza o atendimento aos trabalhadores de baixa renda, isto é, aqueles que
ganham até cinco salários mínimos mensais. Entre os benefícios do programa podemos citar:
Para o trabalhador
· Melhoria de suas condições nutricionais e de qualidade de vida;
· Aumento de sua capacidade física;
· Aumento de resistência à fadiga;
· Aumento de resistência a doenças;
· Redução de riscos de acidentes de trabalho.
Para as empresas
· Aumento de produtividade;
· Maior integração entre trabalhador e empresa;
· Redução do absenteísmo (atrasos e faltas);
· Redução da rotatividade;
· Isenção de encargos sociais sobre o valor da alimentação fornecida;
· Incentivo fiscal (dedução de até quatro por cento no imposto de renda devido).
Para o Governo
· Redução de despesas e investimentos na área da saúde;
· Crescimento da atividade econômica;
· Bem-estar social.
SUMÁRIO
EMPRÉSTIMOS ................................................................................................................................................... 2
CONTABILIZAÇÃO DA CAPTAÇÃO DE RECURSOS DE TERCEIROS................................................................... 2
EMPRÉSTIMOS BANCÁRIOS ....................................................................................................................... 2
CONTABILIZAÇÃO ...................................................................................................................................... 2
PROMISSÓRIA DESCONTADA .................................................................................................................... 3
CONTABILIZAÇÃO ...................................................................................................................................... 3
EMPRÉSTIMO EM MOEDA ESTRANGEIRA ................................................................................................. 4
CONTABILIZAÇÃO ...................................................................................................................................... 4
CONTABILIZAÇÃO DA VARIAÇÃO CAMBIAL ............................................................................................... 5
BALANÇO ATUALIZADO APÓS VARIAÇÃO CAMBIAL .................................................................................. 5
EMPRÉSTIMOS
Nessa aula maravilhosa falaremos de empréstimos, ou seja, uma das maneiras que uma
entidade possui de captação de recursos para aplicações diversas.
Art. 184. No balanço, os elementos do passivo serão avaliados de
acordo com os seguintes critérios:
I - as obrigações, encargos e riscos, conhecidos ou calculáveis,
inclusive imposto sobre a Renda a pagar com base no resultado do
exercício, serão computados pelo valor atualizado até a data do
balanço;
II - as obrigações em moeda estrangeira, com cláusula de paridade
cambial, serão convertidas em moeda nacional à taxa de câmbio em
vigor na data do balanço;
III – as obrigações, os encargos e os riscos classificados no passivo
não circulante serão ajustados ao seu valor presente, sendo os
demais ajustados quando houver efeito relevante. (Redação dada
pela Lei nº 11.941, de 2009)
EMPRÉSTIMOS BANCÁRIOS
Na aquisição de um empréstimo junto a uma instituição financeira, a entidade irá conseguir
todo do dinheiro desejado de acordo com a sua necessidade, e os juros dos empréstimos
aumentarão o montante a ser classificado no passivo.
Ex:
Em 01.10.20X0, a Empresa ALFA pega um empréstimo em um banco no valor de $
10.000,00, com vencimento previsto para 31.12.20X0 e com juros de $ 1.000,00.
CONTABILIZAÇÃO
D/C DESCRIÇÃO VARLOR R$
DATA
DÉBITO CAIXA/BANCO - ATIVO 10.000,00
JUROS A TRANSCORRER – RETIFICADORA DE 1.000,00
DÉBITO
PASSIVO
CRÉDITO EMPRÉSTIMOS A PAGAR - PASSIVO 11.000,00
PROMISSÓRIA DESCONTADA
O desconto de promissórias se constitui numa operação financeira, em que o EMITENTE
(quem emite) da promissória toma um empréstimo com valor futuro, incluindo os juros.
Portanto, quem desconta uma promissória assume uma obrigação. Esta operação geralmente
é realizada com uma instituição financeira, em que o devedor assina nota promissória pelo
valor de vencimento, isto é, com juros pré-estipulados e embutidos no valor do empréstimo.
Assim, percebe-se que os juros e encargos financeiros são considerados pagos
antecipadamente ou despesas a transcorrer. Por caracterizar uma obrigação, as notas
promissórias descontadas devem ser registradas no passivo circulante ou passivo não
circulante, conforme o prazo de vencimento contratual.
Ex:
Em 01.10.20X0, a Empresa ALFA desconta uma nota promissória de $ 10.000,00, com
vencimento previsto para 31.12.20X0 e juros de $ 1.000,00.
CONTABILIZAÇÃO
D/C DESCRIÇÃO VARLOR R$
DATA
DÉBITO CAIXA/BANCO - ATIVO 9.000,00
JUROS A TRANSCORRER – RETIFICADORA DE 1.000,00
DÉBITO
PASSIVO
CRÉDITO N. PROMISSÓRIA A PAGAR - PASSIVO 10.000,00
CONTABILIZAÇÃO
D/C DESCRIÇÃO VARLOR R$
DATA
DÉBITO CAIXA/BANCO - ATIVO 15.000,00
JUROS A TRANSCORRER – RETIFICADORA DE 1.000,00
DÉBITO
PASSIVO
CRÉDITO EMPRÉSTIMOS A PAGAR - PASSIVO 16.000,00
PASSIVO
ATIVO
Caixa/Banco – 15.000,00 Empréstimos a pagar – 16.000,00
Juros a Transcorrer – (1.000,00)
Percebam que o valor a pagar foi atualizado contra uma despesa, e essa
variação já fora reconhecida no resultado.