O Direito Do Cristão
O Direito Do Cristão
O Direito Do Cristão
Jesus Cristo nos ensina a relermos as escrituras sob a ótica dele. Ele resume
toda a interpretação da Lei e dos Profetas na vivência de dois mandamentos
que possuem o Amor como verbo e Deus e as pessoas como alvos. Jesus fala
que devemos amar a Deus sobre todas as coisas com todo o nosso ser; Ele nos
diz para amarmos ao próximo como a nós mesmos. Isso porque ao termos
êxito nessas duas santas ordenanças, não cometeremos falhas uns com os
outros e nem para com o Pai Celeste. E ainda antes de ser preso e crucificado,
ele nos deixa um novo mandamento, que também possui o Amor como cerne,
mas com uma diferenciação dos demais: Amem uns aos outros como EU os
amei.
Para ajudar mais no entendimento desse amor, podemos conferir o que está
escrito no capítulo 53 do livro de Isaías. Lá, o profeta relata o que iria ocorrer
ao Messias: Um justo, sem pecado, iria carregar o peso das transgressões da
humanidade. Lá é relatado, como um inocente seria castigado em dor e
sofrimento para a expiação dos pecados alheios. Lá ainda diz, que ele também
intercederia ao Pai, em favor dos culpados. O Cristo padeceu por nossos
pecados e através de suas feridas fomos sarados.
Cristo, ao dar o novo mandamento, sugere que devemos amar como ele amou,
incondicionalmente, e se preciso for, dar a vida uns pelos outros. Ele sugere
que este amor, deva ser dirigido até para aqueles que nos ofendem,
perseguem, agridem e desonrem. Ele retira todos os termos condicionais de
quem deva ser alvo desse amor. Ao entendermos a dimensão desse novo
mandamento, percebemos o quão difícil é beber desse cálice!
Não há nada que possamos fazer sem a Graça do Senhor nosso Deus.
Dependemos do seu Espírito Santo para alcançarmos a plenitude do dom do
Amor. Precisamos, de fato crer em Jesus Cristo para submetermos nossa carne
e mente ao exercício diário desse tipo de amor. Precisamos praticar todos os
dias, mesmo sabendo da alta probabilidade de falharmos nessa tentativa.
Paulo nos ensina, que assim como Cristo não agradou a si mesmo por amor de
nós, devemos suportar a fraqueza de entendimento de alguns, abdicando de
questões e não agradando a nós mesmos. Paulo sugere ainda, que por conta
desse amor, devemos deixar de fazer coisas que não nos condenam e até nos
são por direito, quando as mesmas, levarem o nosso próximo ao tropeço,
enfraquecimento ou escândalo. Paulo entendeu, que amar como Cristo amou, é
antes de tudo se anular, abdicar de seus direitos, tomando para si apenas os
deveres ensinados por Jesus. O próprio Cristo se anulou, se despindo de sua
divindade para nos mostrar o caminho de volta ao Pai.
Concluo aqui esse post, acreditando que o cristão tem o direito de cumprir o
dever de amar ao próximo como Cristo o amou. O que estiver acima disso pode
até ser consciência política, amor próprio ou direito constitucional, mas não tem
nada a ver com Reino de Deus!