Manual ANVISA - Detecção de Mecanismos de Resistência
Manual ANVISA - Detecção de Mecanismos de Resistência
Manual ANVISA - Detecção de Mecanismos de Resistência
1ª edição – 2020
Ficha Catalográfica
Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
Capítulo 1: Introdução. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
1.1 Referências bibliográficas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
APRESENTAÇÃO
A resistência microbiana (RM) aos antimicrobianos é um grave problema mundial, estando as-
sociada ao aumento do tempo de internação, dos custos do tratamento e das taxas de morbi-
dade e mortalidade dos pacientes. A RM ocorre quando microrganismos (como bactérias, fun-
gos, vírus e parasitas) mudam quando são expostos aos antimicrobianos (como antibióticos,
antifúngicos, antivirais, antimaláricos e anti-helmínticos). Como resultado, os medicamentos
tornam-se ineficazes e as infecções persistem no corpo, aumentando o risco de propagação
a outras pessoas e de causar sérias complicações e óbitos nos pacientes. A RM ocorre natural-
mente ao longo do tempo, geralmente por meio de alterações genéticas, no entanto, o uso
indevido e excessivo de antimicrobianos está acelerando esse processo.
A RM é um problema complexo que afeta toda a sociedade e é impulsionada por muitos fato-
res que estão interligados. Intervenções isoladas possuem impacto limitado. É necessária uma
ação coordenada para minimizar o surgimento e a disseminação da RM. O uso indiscriminado
e incorreto dos antimicrobianos na comunidade, na agricultura, na criação de animais e nos
serviços de saúde são reconhecidamente importantes fatores de risco para o surgimento e a
disseminação da RM.
Nesse contexto, insere-se o Laboratório de Microbiologia, que tem como objetivo não apenas
apontar o responsável por um determinado estado infeccioso, mas também indicar, por meio
do monitoramento de populações microbianas, qual o perfil dos microrganismos que estão
interagindo com o organismo humano, possibilitando a indicação de tratamentos mais efeti-
vos. Para o desempenho satisfatório dessa função, é fundamental que os laboratórios de mi-
crobiologia possuam estrutura capaz de estabelecer informações sobre a melhor amostra bio-
lógica, reconhecer a microbiota e os contaminantes, identificar microrganismos associados à
infecção ou com propósitos epidemiológicos, obter resultados em tempo oportuno em casos
de emergências, realizar o transporte seguro e rápido das amostras e manter uma educação
contínua em relação aos aspectos das infecções relacionadas à assistência à saúde.
Tendo em vista esses aspectos e considerando que a microbiologia é um campo muito dinâ-
mico, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa, em colaboração com especialistas
do Brasil, disponibiliza o Módulo 10 – Detecção dos Principais Mecanismos de Resistência Bac-
teriana aos Antimicrobianos pelo Laboratório de Microbiologia Clínica, da série Microbiologia
Clínica para o controle de infecção relacionada à assistência à saúde, composta por outros
nove módulos: Módulo 1 – Biossegurança e manutenção de equipamentos em laboratório de
microbiologia clínica; Módulo 2 – Controle externo da qualidade; Módulo 3 – Principais Síndro-
mes Infecciosas; Módulo 4 – Procedimentos laboratoriais: da requisição do exame à análise mi-
crobiológica e laudo final; Módulo 5 – Tecnologias em Serviços de Saúde: descrição dos meios
de cultura empregados nos exames microbiológicos; Módulo 6 – Detecção e identificação de
bactérias de importância médica; Módulo 7 – Detecção e identificação de micobactérias de
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A Anvisa espera com esta nova publicação contribuir para que os laboratórios de microbio-
logia possam assimilar e alcançar novos níveis de complexidade laboratorial, atendendo às
exigências e características próprias de cada serviço de saúde, além de subsidiar a adoção de
procedimentos básicos padronizados nesses serviços que possam, em última instância, forne-
cer informações mais confiáveis e seguras para apoiar a prática clínica e a tomada de decisão
local e nacional para a prevenção e o controle da resistência microbiana nos serviços de saúde
do país.
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Capítulo 1:
Introdução
Afonso Luís Barth
Juliana Caierão
A descoberta da penicilina, em 1928, por Alexander Fleming, deu origem à Era dos
Antimicrobianos1. Os anos que se seguiram trouxeram uma euforia generalizada à
comunidade científica e médica, perfeitamente justificável, já que houve a descober-
ta de um número expressivo de novas moléculas com aplicabilidade clínica, fossem
elas naturais, semissintéticas ou totalmente sintéticas. De fato, o cenário era tão oti-
mista que pouca atenção foi dada aos primeiros relatos de resistência bacteriana à
penicilina e de disseminação, por via horizontal, dessa característica de resistência
entre bactérias distintas2.
De fato, enfrentamos hoje uma situação peculiar e preocupante no que diz respeito
a infecções por bactérias multirresistentes. De acordo com o macroeconomista britâ-
nico Jim O´Neill, caso o panorama atual não sofra alterações consideráveis, infecções
por bactérias multirresistentes serão a principal causa de morte no mundo, sendo
que, em 2050, 10 milhões de pessoas morrerão anualmente em decorrência dessas
infecções, as quais matarão mais que câncer, diabetes e acidentes de trânsito, por
exemplo5.
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A Organização Mundial da Saúde (OMS) e o“Centers for Disease Control and Prevention”
(CDC) norte-americano reconhecem alguns microrganismos como mais relevantes
no contexto da multirresistência aos antimicrobianos. Bacilos Gram-negativos resis-
tentes aos carbapenêmicos e Neisseria gonorrhoeae resistentes às fluoroquinolonas
e às cefalosporinas de terceira geração são apenas alguns desses exemplos (que se-
rão discutidos no Capítulo 3 deste módulo) e demonstram que a problemática da
resistência bacteriana engloba não somente infecções classicamente relacionadas à
assistência à saúde, mas, também, a infecções comunitárias.
São várias e graves as consequências de infecções por essas e outras bactérias multir-
resistentes, incluindo aumento de morbidade e mortalidade, maior tempo de hospi-
talização e aumento dos custos com os cuidados com a saúde. Reconhecendo e preo-
cupada com esse cenário, a OMS tem, frequentemente, ressaltado o tema da multir-
resistência aos antimicrobianos, por meio do lançamento de campanhas e de progra-
mas de vigilância epidemiológica. Um desses programas é o “Global Antimicrobial
Resistance Surveillance System” (GLASS), uma plataforma para o compartilhamento
de dados sobre resistência aos antimicrobianos em nível mundial. A OMS tem incen-
tivado a participação de todos os países com o objetivo de obter um panorama glo-
bal da resistência bacteriana aos antimicrobianos. São peças-chave desse programa
os sistemas de vigilância nacionais, bem como os laboratórios de bacteriologia na-
cionais de referência. Reconhecer a epidemiologia mundial de infecções associadas
a microrganismos multirresistentes é essencial em um contexto onde o fluxo de pes-
soas e mercadorias ocorre em uma intensidade sem precedentes. Até outubro de
2019, 88 países já haviam aderido ao GLASS, inclusive o Brasil8.
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Módulo 10 – Detecção dos Principais Mecanismos de Resistência Bacteriana aos Antimicrobianos
De fato, nos últimos anos, esforços foram feitos para que sistemas de vigilância da
resistência microbiana no Brasil se tornassem mais robustos, já que a subnotificação
é um desafio que precisa ser vencido. Nesse sentido, em 2005 a Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (Anvisa) criou a Rede Nacional de Monitoramento da Resistência
Microbiana em Serviços de Saúde (Rede RM), com o objetivo de tornar a assistência à
saúde mais efetiva por meio da detecção, prevenção e controle da emergência de re-
sistência aos antimicrobianos em serviços de saúde no Brasil. Já, em 2013, a Anvisa e
o Ministério da Saúde (MS) instituíram a Sub-rede Analítica de Resistência Microbiana
em Serviços de Saúde (Sub-rede RM) com o objetivo de estabelecer, ao longo do
tempo, o histórico evolutivo das cepas multirresistentes de infecções relacionadas
à assistência à saúde humana. Todos esses esforços têm culminado em uma maior
notificação da ocorrência de bactérias multirresistentes, fazendo com que os dados
epidemiológicos nacionais estejam se tornando mais sistemáticos nos últimos anos.
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forma responsável, no contexto da Saúde Única. Para tal, foram estabelecidos pelo
PAN-BR 14 objetivos principais, com 33 intervenções estratégicas e 75 atividades, en-
globando profissionais e gestores com atuação nas áreas de saúde humana, animal e
ambiental. A participação de gestores é fundamental para que programas de Saúde
Única sejam implementados de forma efetiva e para que os objetivos traçados pelo
PAN-BR sejam alcançados.
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Módulo 10 – Detecção dos Principais Mecanismos de Resistência Bacteriana aos Antimicrobianos
Por sua vez, o teste de disco-difusão, desde a sua descrição original (na década de
1920) até a forma que conhecemos e utilizamos atualmente, passou por inúmeras
modificações, tendo a contribuição de diferentes autores. Vários métodos foram pro-
postos, todos apresentando limitações importantes, especialmente no que dizia res-
peito à reprodutibilidade. Até que, em 1966, Kirby & Bauer estabeleceram uma me-
todologia confiável e padronizada para ser utilizada para determinar a sensibilidade
das bactérias aos antimicrobianos. O teste de “Kirby & Bauer” ainda é o método mais
rotineiramente utilizado mundialmente, por ser de fácil execução, baixo custo e por
responder, de forma geral, às necessidades da equipe médica13.
Nem todos os testes descritos até aqui são adequados para todas as bactérias. A sen-
sibilidade às polimixinas em enterobactérias, por exemplo, não é determinada, de
forma confiável utilizando-se o teste de disco-difusão ou as fitas de gradiente de con-
centração, e isso se deve às características moleculares do antimicrobiano14. Além dis-
so, algumas situações clínicas ou epidemiológicas podem exigir a caracterização de
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Por fim, compõem este Módulo, materiais ilustrativos, no formato de vídeos com
apresentação prática dos principais tópicos aqui abordados. Assim, espera-se que
este documento possa contribuir para uma melhor compreensão do fenômeno da
resistência bacteriana e para reforçar o papel do laboratório de Microbiologia nesse
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Módulo 10 – Detecção dos Principais Mecanismos de Resistência Bacteriana aos Antimicrobianos
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16
Capítulo 2:
Bases moleculares da resistência bacteriana
Ana Paula D’ Alincourt Carvalho Assef
Orlando Carlos da Conceição Neto
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Ö β-lactamases
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Módulo 10 – Detecção dos Principais Mecanismos de Resistência Bacteriana aos Antimicrobianos
zinco em seu sítio de ação, o que faz com que sejam inibidas por quelantes
como o EDTA ou compostos derivados do ácido tiólico. Essas β-lactamases
são capazes de hidrolisar todos os β-lactâmicos, com exceção dos mono-
bactâmicos, possuindo uma alta atividade contra os carbapenêmicos além
de serem resistentes aos inibidores de β-lactamases, como sulbactam e cla-
vulanato. Como todas as β-lactamases, as MBLs podem ser codificadas por
genes localizados no cromossomo bacteriano ou transferidos através de ele-
mentos genéticos móveis. As famílias mais comuns de MBLs relatadas em
isolados clínicos incluem as subclasses VIM (incluindo 67 variantes), IMP (79
variantes), GIM (2 variantes), SIM (2 variantes), NDM (20 variantes) e SPM (1
variante) (13,17,19). A SPM foi descrita pela primeira vez no Brasil em 2002,
de um isolado recuperado em 1999, e tem sido descrita como a principal
MBL em amostras brasileiras de P. aeruginosa devido à disseminação de um
clone endêmico, ST 277, em hospitais brasileiros20.
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Módulo 10 – Detecção dos Principais Mecanismos de Resistência Bacteriana aos Antimicrobianos
2.2.1 Conjugação
O mecanismo mais comum pelo qual os genes de resistência são transferi-
dos entre as bactérias é a conjugação, que é mediada por plasmídeos. Para
que aconteça a conjugação, é necessário contato célula a célula, através de
um pilus sexual especializado, codificado por um plasmídeo conjugativo.
Após o contato, uma das fitas do DNA plasmidial passa para a célula recepto-
ra através do pilus. A fita simples começa a ser replicada à medida que entra
na célula. Ao final do processo, as duas células bacterianas terão uma cópia
do plasmídeo conjugativo completo24.
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2.2.2 Transformação
Na transformação, há a captação de DNA do meio extracelular pelas células
bacterianas. Para que ocorra a transformação, são necessárias algumas con-
dições: o DNA precisa estar livre no meio extracelular; a bactéria receptora
precisa ser capaz de internalizar (estar em estado de competência) o DNA
livre e este precisa ser integrado ao DNA cromossômico para que fique está-
vel21,26.
2.2.3 Transdução
O mecanismo de transdução compreende a transferência genética com au-
xílio de bacteriófagos (vírus que infectam bactérias). Existem duas formas de
transdução: a generalizada e a especializada. Na transdução generalizada,
um fragmento aleatório de DNA da célula hospedeira é inserido na partícula
do bacteriófago durante o processo de lise celular. A transdução especializa-
da é mediada por fagos lisogênicos ou temperados. Quando ocorre a excisão
do profago (DNA viral incorporado ao DNA bacteriano), este pode carrear
um fragmento de DNA bacteriano que estava adjacente. Quando ocorre a
infecção em outra bactéria, o DNA viral contendo o fragmento de DNA bac-
teriano pode ser incorporado ao DNA da bactéria receptora22,27.
2.3.1 Transposição
A transposição é a transferência de genes dentro de uma mesma célula
através de transposons (DNA). Os transposons são sequências de DNA que
possuem pelo menos um gene que codifica uma transposase, enzima capaz
de reconhecer sequências de DNA repetidas e invertidas (IR) localizadas nas
extremidades dos transposons. As transposases excisam os transposons e os
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Módulo 10 – Detecção dos Principais Mecanismos de Resistência Bacteriana aos Antimicrobianos
2.3.2 Integrons
Integrons são elementos genéticos capazes de integrar ou mobilizar cassetes
gênicos por mecanismos de recombinação sítio-específico. Tais elementos
estão amplamente distribuídos entre as bactérias Gram-negativas, associa-
dos a diferentes elementos móveis, como sequências de inserção, transpo-
sons e plasmídeos. Diferentes classes de integrons já foram descritas, sendo
os integrons de classe 1 os mais comumente associados à resistência aos
antimicrobianos.
A estrutura básica dos integrons é formada pelo gene da integrase (intI), que
possui atividade de recombinação sítio-específica; uma região reguladora,
chamada de região P; e um sítio específico de recombinação attI. Adjacente
a região attI do integron, encontra-se a região variável que pode conter um
ou mais cassetes gênicos. Os cassetes gênicos são unidades que contêm um
gene, normalmente um gene de resistência a antimicrobianos, e um sítio de
recombinação (attC) que é reconhecido pela integrase codificada pelo inte-
gron. Alguns integrons possuem vários cassetes gênicos inseridos sequen-
cialmente a partir do sítio attI conferindo resistência a diferentes classes de
antimicrobianos23,29,30.
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Módulo 10 – Detecção dos Principais Mecanismos de Resistência Bacteriana aos Antimicrobianos
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Capítulo 3:
Microrganismos multirresistentes de importância clínica e suas
resistências intrínsecas e adquiridas
Adriana Cardenas
Fernanda Esposito
Raquel Regina Bonelli
Jorge Luiz Mello Sampaio
Nilton Lincopan
3.1 Introdução
Por outro lado, a versatilidade genética das bactérias permite que muitas espécies
incorporem genes de resistência necessários para subsistir em ambientes com alta
pressão seletiva. Consequentemente, a interação entre espécies clinicamente impor-
tantes e bactérias intrinsecamente resistentes, presentes na natureza, tem favorecido
os processos de recombinação genética, resultando na emergência e disseminação
de patógenos resistentes aos antimicrobianos comercialmente disponíveis1.
Nos anos 80, a introdução e o uso massivo das cefalosporinas de amplo espectro, es-
táveis à degradação por β-lactamases TEM-1 e SHV-1, contribuíram para a seleção de
isolados que albergavam mutações nos genes blaTEM-1, blaTEM-2 e blaSHV-1, as quais deram
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3.3.4 Enterobacterales
A ordem Enterobacterales engloba bacilos Gram-negativos pertencentes às
famílias Enterobacteriaceae, Morganellaceae, Yersiniaceae, dentre outras. Essa
ordem é um grupo heterogêneo de bacilos Gram-negativos que têm grande
relevância clínica, estando associados a uma diversidade de infecções rela-
cionadas aos cuidados com a saúde ou comunitárias. Tais bactérias podem
apresentar fenótipos de multirresistência aos antimicrobianos, associados a
diversos mecanismos de resistência21.
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Módulo 10 – Detecção dos Principais Mecanismos de Resistência Bacteriana aos Antimicrobianos
Ö β-lactâmicos e β-lactamases
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β-lactamases
Característica
do sítio ativo Serino Metalo (Zn2+)
Classe
molecular A C D B
Grupo 2 1 2d 3
funcional
Principal
subgrupo 2a 2b 2be 2br 2c 2f 1 1e 2d 2de 2df 3a 3b
funcional
Exemplo de enzimas PC1 TEM-1 ESBLs SHV-10 CARB-1 KPC AmpC GC1 OXA-1 OXA-11 OXA-23 IMP CphA
ou família de enzimas SHV-1 CTX-M, BKC CMY OXA-10 OXA-15 OXA-48 VIM
TEM, SHV) SME OXA-51 SPM
GES=5 OXA-143 NDM
CLA, ácido clavulânico; AVI, avibactam; APB, ácido fenilborônico; EDTA, ácido etilenodiamino tetra-acético. Antimicrobianos: Cb, carbapenêmico; Cf, cefa-
losporina; Cfe, cefalosporina de espectro estendido; M, monobactâmico; P, penicilina. Adaptado de Bush, 201323.
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Módulo 10 – Detecção dos Principais Mecanismos de Resistência Bacteriana aos Antimicrobianos
ESBLs são capazes de inativar todas as cefalosporinas, com exceção das cefa-
micinas; sendo assim, isolados que apresentam apenas esse mecanismo de
resistência mantêm a sensibilidade a: i) associação de β-lactâmicos com ini-
bidores de β-lactamases, como por exemplo, amoxicilina-ácido clavulânico;
ii) cefamicinas; e iii) carbapenêmicos22,23.
É importante frisar que a maioria das ESBLs são relativamente fáceis de de-
tectar. Entretanto, a visualização do fenótipo pode ser comprometida caso
haja presença de outro mecanismo de resistência, como uma β-lactama-
se clássica, que pode conferir resistência a β-lactâmicos com inibidores de
β-lactamases, ou a produção de carbapenemases. Há também uma maior
dificuldade na detecção de ESBLs em Enterobaterales que produzem uma
β-lactamase cromossômica induzível, a AmpC (ex.: Citrobacter freundii, Ente-
robacter spp., Serratia spp., Providencia spp., Hafnia alvei, e Morganella mor-
ganii)22,23.
Produção de carbapenemases
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Ö Aminoglicosídeos
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Ö Quinolonas e fluoroquinolonas
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Ö Polimixinas
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Ö Pseudomonas aeruginosa
Resistência intrínseca
β-lactamase AmpC
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β -lactamases da classe A
Em P. aeruginosa, variantes ESBLs das enzimas TEM, SHV, CTX-M, PER, VEB,
GES, e BEL, têm sido identificadas no cromossomo, plasmídeos ou integrons
(Tabela 8). Dentre as ESBLs do tipo GES, a GES-1 é caracterizada por apresen-
tar atividade catalítica de baixo nível e baixa afinidade para a maioria dos
substratos. Ao contrário da maioria das ESBLs da classe A, essa enzima tem
uma forte afinidade pela cefoxitina. Já, GES-2 e GES-5 podem hidrolisar os
carbapenêmicos, portanto essas variantes devem ser consideradas como
carbapenemase de classe A. Outras carbapenemase classe A identificada em
P. aeruginosa são as enzimas KPC, principalmente KPC-252.
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Resistência às fluoroquinolonas
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Resistência às polimixinas
Ö Acinetobacter baumannii
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A produção de carbapenemases, como KPC-2, tem sido cada vez mais re-
portada nesta espécie, porém, carbapenemases do tipo OXA têm sido mais
frequentes. OXA-51 ou suas variantes (OXA-64, OXA-65, OXA-67 OXA-69,
OXA-70, OXA-88, OXA-120, OXA-132 ou OXA-219) são intrínsecas em A. bau-
mannii. Em condições normais, essa enzima tem uma atividade fraca contra
carbapenêmicos. No entanto, a superexpressão do gene blaOXA-51 também
está associada com sequência de inserção ISAba1 que se insere na região
promotora do gene, aumentando a atividade hidrolítica contra carbapenê-
micos61,62.
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Ö Stenotrophomonas maltophilia
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Resistência às Quinolonas/Fluoroquinolonas
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Na maioria dos países a gonorreia é tratada sem que seja feita cultura para
isolamento do microrganismo ou teste de sensibilidade aos antimicrobia-
nos. Isso torna necessário o estabelecimento de protocolos de tratamento a
partir do diagnóstico sindrômico, o qual é normalmente determinado com
base no perfil de susceptibilidade local, ou, na ausência deste dado, seguin-
do recomendações da OMS77. Até os dias de hoje, cinco antimicrobianos
foram extensivamente usados para o tratamento de gonorreia (penicilina,
tetraciclina, ciprofloxacina, cefalosporinas de terceira geração, como cefixi-
ma e ceftriaxona, e azitromicina) e, para todos estes, N. gonorrhoeae desen-
volveu ou adquiriu mecanismos de resistência. Faz ainda parte da estratégia
terapêutica de muitos países a espectinomicina, antimicrobiano para o qual
relatos de resistência são menos frequentes73–77.
Ö Penicilina
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Ö Tetraciclina
Ö Ciprofloxacina
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Ö Azitromicina
A azitromicina atua inibindo a síntese proteica, uma vez que se liga ao RNA
ribossômico 23S (23S rRNA), o qual está localizado na subunidade 50S do
ribossoma bacteriano, impedindo a translocação do RNA transportador e,
consequentemente, a formação da cadeia polipeptídica. Azitromicina foi uti-
lizada por poucos anos como monoterapia para tratar infecções sexualmen-
te transmissíveis bacterianas em alguns países. Atualmente, esse antimicro-
biano é prescrito sempre combinado à ceftriaxona ou a outros antimicro-
bianos. Amostras resistentes à azitromicina são reportadas desde o final dos
anos 1990, mas a porcentagem de amostras resistentes tem crescido muito
nos últimos 10 anos em todo o mundo81.
A resistência a azitromicina também pode ser mediada por genes erm, ad-
quiridos por transposons conjugativos. Os genes erm codificam enzimas que
induzem a metilação de uma adenina presente no 23S rRNA, bloqueando
a ligação do macrolídeo ao seu alvo ribossomal. Enzimas codificadas pelo
gene erm podem elevar a CIM para 1 – 4 µg/mL. Mutações específicas no
gene rplD, que codifica a proteína ribossomal L4, também podem contribuir
para a resistência a azitromicina. Neste caso, uma vez que essa proteína é
localizada próxima ao domínio V da peptidil transferase, uma substituição
Gly70Asp induz alteração na conformação do mesmo, tornando-o menos
sensível à ação do antimicrobiano.
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mutados, maior a CIM para azitromicina, podendo atingir valores de até 256
µg/mL81.
Ö Espectinomicina
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3.3.7 Micobactérias
Ö Taxonomia
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Tabela 16. Taxonomia atual das espécies de micobactérias de crescimento rápido mais
frequentes em infecções humanas83
Nomenclatura anterior Nomenclatura atual Complexo
Mycobacterium abscessus subsp. abscessus Mycobacteroides abscessus subsp. abscessus M. abscessus
Mycobacterium abscessus subsp. massiliense Mycobacteroides abscessus subsp. massiliense
Mycobacterium abscessus subsp. Bolletii Mycobacteroides abscessus subsp. bolletii
Mycobacterium chelonae Mycobacteroides chelonae M. chelonae
Mycobacterium franklinii Mycobacteroides franklinii
Mycobacterium immunogenum Mycobacteroides immunogenum
Mycobacterium salmoniphilum Mycobacteroides salmoniphilum
Mycobacterium saopaulense Mycobacteroides saopaulense
Mycobacterium boenickei Mycolicibacterium boenickei M. fortuitum
Mycobacterium brisbanense Mycolicibacterium brisbanense
Mycobacterium fortuitum Mycolicibacterium fortuitum
Mycobacterium fortuitum subsp. acetamidolyticum Mycolicibacterium fortuitum subsp. acetamidolyticum
Mycobacterium fortuitum subsp. Fortuitum Mycolicibacterium fortuitum subsp. fortuitum
Mycobacterium houstonense Mycolicibacterium houstonense
Mycobacterium neworleansense Mycolicibacterium neworleansense
Mycobacterium peregrinum Mycolicibacterium peregrinum
Mycobacterium porcinum Mycolicibacterium porcinum
Mycobacterium senegalense Mycolicibacterium senegalense
Mycobacterium septicum Mycolicibacterium septicum
Mycobacterium setense Mycolicibacterium setense
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Resistant Mutants of Mycobacterium tuberculosis. Antimicrob Agents Chemother.
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86
Capítulo 4:
Teste de sensibilidade aos antimicrobianos (TSA)
Doroti de Oliveira Garcia
87
Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa
A CIM pode ser determinada basicamente por três metodologias diferentes, a saber:
diluição em ágar, diluição em caldo ou utilizando fitas de gradiente de concentração
do antimicrobiano. Para saber qual metodologia é a mais adequada é preciso fazer
uma correta identificação do microrganismo a ser testado, pois a metodologia prefe-
rencial pode variar dependendo do microrganismo e do antimicrobiano. Cabe men-
cionar que existem no mercado diversos meios de cultura e insumos prontos para
uso, os quais devem ser utilizados de acordo com as recomendações do fabricante.
88
Módulo 10 – Detecção dos Principais Mecanismos de Resistência Bacteriana aos Antimicrobianos
cultura base mais utilizado no TSA por disco-difusão é o ágar Mueller-Hinton (MH)
sem aditivos para microrganismos não fastidiosos, ou com suplementos nutricionais
para bactérias fastidiosas (nutricionalmente exigentes). O ágar MH-F (MH acrescido
de 5% de sangue lisado de cavalo e 1 mL de solução de β-NAD a 20 mg/L) é o meio
de cultura preconizado pelo EUCAST/BrCAST para bactérias fastidiosas. Para placas
preparadas in house, deve-se atentar para a espessura do meio de cultura, que pode
afetar os resultados do teste. A espessura deve ser de 4 ± 0,5 mm (aproximadamente
25 mL em placas de 90 mm e 70 mL em placas de 150 mm de diâmetro). Detalhes da
preparação desse e outros meios estão descritos no Apêndice ao final desse capítulo.
89
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A placa deve ser mantida para secar por 10-15 minutos, em temperatura am-
biente. Todo o excesso de inóculo deve ter sido absorvido, antes da aplicação
dos discos contendo os antimicrobianos. Com o auxílio de uma pinça previa-
mente esterilizada ou dispensador de discos, os discos são, então, aplicados
na superfície da placa. Conforme mencionado anteriormente, a escolha dos
antimicrobianos a serem testados deve ser direcionada pelas tabelas do Br-
CAST e definida pela equipe de profissionais de cada instituição, dependen-
do dos antimicrobianos mais frequentemente utilizados.
90
Módulo 10 – Detecção dos Principais Mecanismos de Resistência Bacteriana aos Antimicrobianos
A B
91
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a-c) Um halo externo pode ser visualizado. Reportar como sensível se o diâmetro do halo for ≥ 16 mm lido a partir da marca branca na figura; d)
crescimento até a borda do disco E sem sinal de halo de inibição externo. Reportar como resistente. Fonte: EUCAST/BrCAST3.
Figura 2. Exemplos de halos de inibição de Stenotrophomonas
maltophilia com sulfametoxazol-trimetoprima.
92
Módulo 10 – Detecção dos Principais Mecanismos de Resistência Bacteriana aos Antimicrobianos
93
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Ö Etapas do Ensaio
A B
A – Aspiração do caldo da canaleta pelo uso de micropipeta multicanal – 50 µL nas colunas 1 a 11. B – Transferência do caldo para a microplaca.
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Módulo 10 – Detecção dos Principais Mecanismos de Resistência Bacteriana aos Antimicrobianos
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Módulo 10 – Detecção dos Principais Mecanismos de Resistência Bacteriana aos Antimicrobianos
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15 mm, até seis fitas poderão ser aplicadas, mantendo a concentração mais
alta na proximidade da borda da placa; quando utilizar fitas contendo ape-
nas um antimicrobiano na extremidade e quando a fita contiver associação
de antimicrobianos como um β-lactâmico com um inibidor de β-lactamase
(ácido clavulânico ou EDTA), aplicar a fita contendo o antimicrobiano asso-
ciado voltada para a borda da placa. Em placa de 90 x 15 mm, até duas fitas
poderão ser aplicadas, sendo que devem ser dispostas em posição inversa.
Incubar a 35ºC ± 1ºC, pelo tempo e atmosfera determinado para cada mi-
crorganismo, segundo o EUCAST/BrCAST e, em seguida, proceder à leitura e
ao registro do valor da CIM. A zona de inibição de crescimento formará uma
elipse, sendo que a CIM será o ponto em que o crescimento bacteriano inter-
ceptará com a fita contendo o antimicrobiano (Figura 6). Se houver diferença
de uma diluição de um lado para outro da fita, considerar a concentração
mais alta; se a diferença for igual ou maior que duas diluições, o teste deve
ser repetido.
Camada de
crescimento
bacteriano
ME Fita de
gradiente
256
192
128
96 Elipse de
64
48 inibição
32
24
16
12
8
6
4
3
2
1.5
1.0
.75
.50
.38
.25 CONCENTRAÇÃO
.19
.125 INIBITÓRIA
.094
.064
.047
.032
.023
.016
98
Módulo 10 – Detecção dos Principais Mecanismos de Resistência Bacteriana aos Antimicrobianos
Ö Leitura do teste
Para a leitura do teste, alguns detalhes devem ser observados, tais como os
descritos abaixo:
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As placas devem ser mantidas sobre uma superfície plana até a completa
solidificação do meio, sendo posteriormente acondicionadas em sacos plás-
ticos, seladas e armazenadas a 4ºC até o momento do uso.
100
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1 2 3 4
5 6 7 8 9 10
11 12 13 14 15 16
17 18 19 20 21 22
23 24 25 26 27 28
29 30 31 32
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• Nitrofurantoína: testar apenas para E. coli isolada de infecção do trato urinário (ITU)
baixa não complicada.
• S. aureus, S. lugdunensis e S. saprophyticus com CIM de oxacilina >2 mg/L são, em
sua maioria, resistentes à meticilina pela presença do gene mecA ou gene mecC.
Ocasionalmente, valores de CIM de oxacilina são altos em S. aureus na ausência
de resistência mediada por gene mec. Essas cepas são conhecidas como BORSA
(“Borderline Oxacillin-Resistant S. aureus”). O EUCAST não recomenda uma tria-
gem sistemática para BORSA. Para estafilococos coagulase negativo, exceto S. sa-
prophyticus e S. lugdunensis, a CIM de oxacilina em cepas resistentes à meticilina é
>0,25 mg/L. S. aureus e S. lugdunensis com valores de CIM para cefoxitina >4 mg/L
e S. saprophyticus com valores de CIM para cefoxitina >8 mg/L são resistentes à
meticilina (oxacilina) principalmente devido à presença do gene mecA ou mecC.
• E. faecium resistente às penicilinas podem ser considerados resistentes a todos os
agentes β-lactâmicos incluindo os carbapenêmicos. Resistência à ampicilina em
E. faecalis é rara e deve ser confirmada com um método de determinação da CIM.
• Enterococos sensíveis à vancomicina apresentam halos de inibição com bordas
bem definidas e não apresentam colônias dentro do halo de inibição (Figura 10).
Suspeitar de resistência quando as bordas forem mal definidas (irregulares ou di-
fusas) ou quando houver crescimento de colônias dentro do halo de inibição, mes-
mo que o diâmetro do halo seja ≥ 12 mm. Os isolados não podem ser relatados
como sensíveis antes de 24h de incubação. Resultados duvidosos devem ser con-
firmados por determinação da CIM e/ou detecção dos genes van por PCR.
a) borda bem definida e diâmetro de halo ≥ 12 mm. Reportar sensível; b-d) bordas esfumaçadas ou colônias dentro do halo de inibição. Realizar teste
confirmatório com PCR ou reportar resistente, mesmo com diâmetro de halo ≥ 12 mm. Fonte: EUCAST/BrCAST3.
106
Módulo 10 – Detecção dos Principais Mecanismos de Resistência Bacteriana aos Antimicrobianos
107
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5. Bauer AW, Kirby WM, Sherris JC, Turck M. Antibiotic susceptibility testing by a
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Módulo 10 – Detecção dos Principais Mecanismos de Resistência Bacteriana aos Antimicrobianos
APÊNDICE CAPÍTULO 4
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5.1. Preparo de solução estoque (mãe) para agentes antimicrobianos com atividade expressa em unida-
des (U):
• Dividir a atividade expressa no rótulo do frasco do antimicrobiano em U/mg por 10 µg/U, para
obter a potência do antimicrobiano.
• Exemplo: Sulfato de Polimixina B = 7760U/mg*
*ATENÇÃO:
a U/mg varia a cada lote do antimicrobiano (SEMPRE consultar o rótulo o antimicrobiano)
Potência (µg/mg) = 7760/10 = 776µg/mg
• Cálculo do peso do antimicrobiano, levando-se em consideração a potência da droga:
110
Módulo 10 – Detecção dos Principais Mecanismos de Resistência Bacteriana aos Antimicrobianos
111
Capítulo 5:
Outros testes para detecção fenotípica de resistência
bacteriana aos antimicrobianos
Darlan Augusto da Costa Rocha
Jorge Luiz Mello Sampaio
A síntese de novos β-lactâmicos nos anos 70-80 foi realizada pela adição de diferen-
tes radicais ao anel β-lactâmico para que pudessem apresentar uma menor afinidade
com as enzimas β-lactamases até então caracterizadas, de forma a apresentar uma
maior resistência à ação dessas enzimas. A pressão seletiva causada pela utilização
clínica, e eventualmente, indiscriminada desses compostos, provavelmente sele-
cionou mutantes com novas enzimas a cada novo β-lactâmico clinicamente dispo-
nibilizado, incluindo as oxiimino-cefalosporinas, amplamente utilizadas para o tra-
tamento de bactérias Gram-negativas em infecções graves nos anos 80. A primeira
enzima com capacidade de hidrolisar as oxiimino-cefalosporinas foi SHV-2, isolada
na Alemanha em Klebsiella ozaenae e as enzimas com tal capacidade foram denomi-
nadas Extended-spectrum β-lactamases (β-lactamases de espectro estendido – ESBL).
113
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Módulo 10 – Detecção dos Principais Mecanismos de Resistência Bacteriana aos Antimicrobianos
O método de triagem para ESBL por disco-difusão e microdiluição em caldo deve ser
interpretado de acordo com os critérios recomendados pelo EUCAST/BrCAST, com os
seguintes pontos de corte: CIM >1mg/L para qualquer um dos antimicrobianos (cef-
tazidima, ceftriaxona/cefotaxima, ou cefpodoxima) e halos de inibição menores que
21 mm para cefotaxima (discos com potência de 5 mg) e cefpodoxima (discos com
potência de 10 mg); halos menores que 23 mm para ceftriaxona (discos com potência
de 30mg) e halos menores que 22 mm para ceftazidima (discos com potência de 10
mg)13.
Uma vez realizada a triagem de isolados resistentes, são executados métodos confir-
matórios. A microdiluição em caldo para confirmação de ESBL é realizada utilizando
ceftazidima, ceftriaxona e cefepima em diluições seriadas (razão 2) e os mesmos an-
timicrobianos acrescidos de uma concentração fixa de ácido clavulânico de 4mg/L
em todas as diluições. O teste é positivo se houver uma diferença de pelo menos 8
vezes (três diluições) entre a CIM do antimicrobiano puro e do teste realizado com o
acréscimo de ácido clavulânico22.
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b) Métodos colorimétricos
116
Módulo 10 – Detecção dos Principais Mecanismos de Resistência Bacteriana aos Antimicrobianos
c) Meios cromogênicos
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Uma alternativa para triagem de isolados produtores de AmpC também pode ser
executado utilizando um disco de cefoxitina (disco com potência de 30mg) puro que
é disposto em uma placa contendo ágar Mueller-Hinton com um inóculo bacteriano
padrão equivalente à escala 0,5 de McFarland. Além do disco contendo apenas o an-
timicrobiano, deve ser adicionado outro disco do mesmo antimicrobiano acrescido
de 200mg de cloxacilina. O teste é considerado positivo se houver um aumento no
halo de inibição de, pelo menos, 4 mm comparando-se os halos do disco com e sem
cloxacilina. Esse teste apresenta sensibilidade de 95% e especificidade de 95%38.
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Módulo 10 – Detecção dos Principais Mecanismos de Resistência Bacteriana aos Antimicrobianos
produtoras de carbapenemases pode ser útil, pois cepas que expressam va-
riantes de KPC sensíveis ao meropenem têm capacidade de hidrolisar me-
ropenem abolida ou reduzida e usualmente apresentam níveis elevados de
resistência à ceftazidima-avibactam45.
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O teste da gota também foi desenvolvido pelo Instituto Dr. Carlos Malbrán (http://an-
timicrobianos.com.ar/ATB/wp-content/uploads/2019/06/Protocolo-COLISTIN-DROP-
TEST.pdf ). Consiste em adicionar uma gota de solução de colistina a 16 mg/L. Para
preparar a solução é necessário adicionar 8 discos de 10 µg de colistina a 5 mL de
CMHCA e deixar em repouso por 1 h. Uma gota (10 µL) é adicionada à placa de ágar
Mueller-Hinton inoculada com suspensão bacteriana com turbidez equivalente ao
padrão 0,5 da escala de McFarland. A placa é incubada a 35°C por 16 a 18 horas e a
seguir observada quanto à presença de halo de inibição.
130
Módulo 10 – Detecção dos Principais Mecanismos de Resistência Bacteriana aos Antimicrobianos
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139
Capítulo 6:
Testes genotípicos para a detecção de mecanismos de
resistência e avaliação da similaridade genética
Ana Paula D’ Alincourt Carvalho Assef
Ivson Cassiano de Oliveira Santos
Melise Chaves Silveira
Por outro lado, para a avaliação da resistência aos antimicrobianos associada a mu-
tações em genes cromossômicos, como a hiperexpressão de bombas de efluxo, a re-
sistência às polimixinas associada a mutações em mgrB, phoPQ, pmrAB, é necessário
realizar a amplificação e o sequenciamento do gene envolvido e/ou avaliar a expres-
são deste gene.
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Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa
Ö Extração do DNA
Por outro lado, na extração por lise celular química, se obtém um DNA mais
purificado. Essa extração envolve várias etapas, quais sejam: remoção de
lipídeos de membrana para desorganizar a bicamada lipídica (no caso das
bactérias Gram-negativas) e solubilização das proteínas (detergentes e sur-
factantes); ação enzimática (lisozimas, proteases, RNAses) e precipitação do
DNA com álcool (etanol ou isopropanol). Também é possível utilizar alguns
agentes caotrópicos, como isotiocianato de guanidina, iodeto de sódio, clo-
reto de lítio (função: desnaturar proteínas, reduzir atividade enzimática, dis-
142
Módulo 10 – Detecção dos Principais Mecanismos de Resistência Bacteriana aos Antimicrobianos
Após ter extraído o DNA, é possível realizar a PCR. A síntese das novas cópias
do DNA durante a PCR ocorre pela ação de uma enzima DNA polimerase
especial, que é estável em temperaturas muito elevadas. Assim, essa enzima
não se desnatura durante as diferentes etapas da PCR. Esta enzima é chama-
da de Taq DNA polimerase e recebe este nome pois foi isolada pela primeira
vez a partir de uma bactéria termófila (Thermus aquaticus).
Além da Taq DNA polimerase e dos iniciadores, também são necessários (i)
os nucleotídeos que serão utilizados para sintetizar um novo fragmento de
DNA (dNTPs ou deoxinucleotídeostrifosfatados); (ii) cloreto de magnésio
(MgCl2), que é um cofator da enzima; (iii) tampão para manter as condições
da reação estáveis para atividade da enzima; (iv) o DNA-molde; e (v) água
estéril para completar o volume final.
Ö PCR
Etapa de Desnaturação
Nessa etapa, a dupla fita de DNA molde é separada em fitas simples (desna-
turada) através do aumento da temperatura próximo a 95ºC. A temperatura
vai depender da quantidade de citosina e guanina (C e G) presentes no frag-
143
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mento de DNA alvo (quanto mais C e G, mais alta deverá ser a temperatu-
ra). Normalmente, 10 a 60 segundos são necessários para desnaturação da
maioria dos DNA molde1,2.
Etapa de Anelamento
Etapa de Extensão
144
Módulo 10 – Detecção dos Principais Mecanismos de Resistência Bacteriana aos Antimicrobianos
etc.
Oligonucleotídeos
indicadores de DNA
Região do DNA
cromossomal de
fita dupla a ser
amplicado
Ö Visualização
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etídeo, devido à alta afinidade com o DNA, portanto, quantidades ainda me-
nores de DNA podem ser detectadas (< 20 pg). No entanto, esses corantes
alternativos são mais caros.
Ö Variações de PCR
PCR-Multiplex
RT-PCR
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Módulo 10 – Detecção dos Principais Mecanismos de Resistência Bacteriana aos Antimicrobianos
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Módulo 10 – Detecção dos Principais Mecanismos de Resistência Bacteriana aos Antimicrobianos
H H H H H H H H
H H
149
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Módulo 10 – Detecção dos Principais Mecanismos de Resistência Bacteriana aos Antimicrobianos
Ö Corrida eletroforética
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Módulo 10 – Detecção dos Principais Mecanismos de Resistência Bacteriana aos Antimicrobianos
Através dessa metodologia, e com a ajuda dos bancos de dados, já foi pos-
sível identificar alguns clones multirresistentes circulantes mundialmente. O
clone ST131 de E. coli tem sido associado a disseminação da ESBL CTX-M-15
em diferentes partes do mundo8. A disseminação da carbapenemase KPC
em isolados de K. pneumoniae também tem sido associada a um comple-
xo clonal, o CC258, que já foi descrito nas Américas, na Europa e na Ásia,
e alguns dos STs pertencentes a esse complexo clonal (ST437 e ST11) têm
sido considerados os mais prevalentes circulando no Brasil carreando o gene
blaKPC. Um complexo clonal é formado por STs filogeneticamente bem próxi-
mos, com diferenças em apenas um ou dois genes analisados no MLST (de-
pendendo da espécie). Em A. baumanni, os complexos clonais CC109 e CC92,
inicialmente encontrados na Europa, denominados de clone epidêmico glo-
bal (GC) 1 e 2 respectivamente, têm sido observados em diferentes partes
do mundo. O mesmo também tem sido observado para MRSA, a maioria dos
clones epidêmicos pertence a oito principais complexos clonais CC1, CC5,
CC8, CC22, CC30, CC45, CC59 and CC8010.
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154
Módulo 10 – Detecção dos Principais Mecanismos de Resistência Bacteriana aos Antimicrobianos
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Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa
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156
Vídeos Ilustrativos
• Capítulo 4:
Disco difusão
Autoria: EUCAST
Microdiluição em Caldo
Autoria: Prof. Dr. Marcelo Pillonetto – Laboratório Central do Estado do Paraná (LACEN/
PR) e Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR)
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• Capítulo 5:
Autoria: Dra. Ana Paula D’ Alincourt Carvalho Assef e Dr. Cláudio Marcos Rocha de
Souza – Instituto Oswaldo Cruz
Autoria: Dra. Ana Paula D’ Alincourt Carvalho Assef e Dr. Cláudio Marcos Rocha de
Souza – Instituto Oswaldo Cruz
Autoria: Dra. Ana Paula D’ Alincourt Carvalho Assef e Dr. Cláudio Marcos Rocha de
Souza – Instituto Oswaldo Cruz
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Módulo 10 – Detecção dos Principais Mecanismos de Resistência Bacteriana aos Antimicrobianos
Autoria: Prof. Dra. Andreza Francisco Martins e Otávio von Ameln Lovison –
Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Autoria: Prof. Dra. Andreza Francisco Martins e Otávio von Ameln Lovison –
Universidade Federal do Rio Grande do Sul
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• Capítulo 6:
Autoria: Dra. Ana Paula D’ Alincourt Carvalho Assef e Dr. Cláudio Marcos Rocha de
Souza – Instituto Oswaldo Cruz
Autoria: Prof. Dr. Marcelo Pillonetto – Laboratório Central do Estado do Paraná (LACEN/
PR) e Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR)
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