107 43 PB
107 43 PB
107 43 PB
Bibliografia.
ISBN: 978-85-64124-67-7
CDU 658
CDD B658.3
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE BRASÍLIA
CAPÍTULO
IMPORTÂNCIA E CONCEITO
A GESTÃO DE PESSOAS:
1
Você já reparou que atualmente os cidadãos estão mais exigentes
e conscientes dos seus direitos? Isso se dá por vários motivos. A
democratização da Internet, o acesso às ferramentas de informação
e de comunicação e o maior nível educacional das pessoas levam-
nas a compreender que, como cidadãs, pagam seus impostos e têm o
direito de acesso a serviços públicos de qualidade. Mas quem oferece
esses serviços? Os agentes públicos, não é mesmo? São os servidores
efetivos, os temporários, os empregados públicos,
QUEM SÃO os agentes políticos e os militares que elaboram e
OS AGENTES implantam as políticas públicas, que planejam, que
PÚBLICOS?
executam, avaliam e inovam. Enfim, são as pessoas que
representam a vantagem competitiva das organizações,
e não as máquinas. Isto porque todo o bem físico das organizações
pode ser copiado, mas, de fato, os talentos organizacionais e os
conhecimentos construídos são vantagens únicas. Você já deve
imaginar aonde quero chegar: as pessoas são essenciais para que
tenhamos serviços públicos de qualidade. Somente por meio das
pessoas é que a Administração Pública atingirá o seu fim: atender às
necessidades dos cidadãos com eficiência, eficácia e efetividade.
Você pode estar se perguntando: as pessoas sempre foram
consideradas importantes para as organizações? A resposta é “não”. Da
Revolução Industrial nos séculos XVIII e XIX até aproximadamente 1950,
período chamado por Chiavenato (2009) de Era Industrial Clássica,
regido pela Teoria Clássica da Administração e pela Teoria Científica,
as pessoas e suas inter-relações tinham pouca importância. Lembre-
se aqui de Fayol (1841-1925) – criou os cinco elementos do processo
administrativo: planejamento, organização, direção, coordenação
e controle, além dos 14 princípios básicos de gerência: a divisão do
trabalho, a autoridade, a disciplina, a unidade de comando, a unidade
de direção, a subordinação do interesse individual ao interesse comum,
a remuneração, a centralização, a cadeia de autoridade, a ordem, a
equidade, a estabilidade no emprego, a iniciativa e a moral –; de Taylor
(1856-1917) – ênfase dada nas tarefas: para aumentar a produtividade,
Taylor descreveu ser necessário controlar os tempos e os movimentos
Modelo de Produção
FORDISMO etapas da produção
em Massa
?
??
1.2 GESTÃO DE PESSOAS OU GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS?
VAMOS PRATICAR?
PESQUISE TAMBÉM:
NO SETOR PÚBLICO
CAPÍTULO
A GESTÃO DE PESSOAS
2
A Gestão de Pessoas no setor público é feita da mesma forma
que na iniciativa privada? A resposta é sim e não. Ela possui algumas
especificidades, pois a natureza das organizações que compõem esse
setor é bem diferente da natureza da iniciativa privada. Uma organização
pública não pode fazer seu Recrutamento, sua Seleção e sua Contratação
da mesma forma que as empresas privadas, não é mesmo? Tudo tem
que ser feito conforme a Lei. Nesse caso, deve ser feito concurso de
provas ou de provas e títulos para o ingresso no Serviço Público.
Mas deve estar passando em seu pensamento que é muito difícil
desenvolver práticas de Gestão de Pessoas nas organizações públicas.
Basta refletirmos: qual a imagem que temos do servidor público? Pensou
rápido? Já posso inferir que pensou naquele servidor desinteressado,
pouco ágil, desengajado e pouco empático, não é mesmo? Então, ao
perguntarmos a razão disso acontecer, você pode ter a resposta na
ponta da língua: a entrada no Serviço Público por concurso privilegia
aqueles que “decoram” e “esquentam” as cadeiras dos cursinhos, mas
que têm pouca experiência. Não é raro também encontrar pessoas que
mencionam que a estabilidade, típica do setor público, contribui para
que os servidores públicos se acomodem ou estabelecem um vínculo
frágil com o trabalho que realizam.
Outras afirmações pairam no imaginário das pessoas: “O estágio
probatório é uma mera formalidade, todo mundo passa e não são
reprovadas neste processo avaliativo”; “A estabilidade deixa os servidores
públicos acomodados, e então eles nem se interessam por aprender novas
competências e fazer Treinamentos”. Mas será que as pessoas trabalham
apenas pelo medo de serem demitidas? Claro que não! As pessoas
trabalham também por outros incentivos, como o reconhecimento e
a autoestima. Pense em quantos professores e técnicos/servidores
públicos são engajados. Portanto, fica claro que os problemas não são
os servidores públicos. Parece um clichê, mas é preciso ressaltar, que a
solução perpassa o investimento nos servidores públicos!
Ademais, a estabilidade no Serviço Público não blinda os servidores
que não cumprem a sua função pública ou que infringem os princípios
da Legalidade, da Impessoalidade, da Moralidade, da Publicidade e
da Eficiência. Em publicação realizada pelo jornal Correio Brazilense,
no dia 14 de outubro de 2014, evidenciou-se que, no período de 2003 a
VAMOS PRATICAR?
ATIVIDADE 1
SUGESTÕES:
EXEMPLO:
O que faz? O que é?
Descrever de Descrever de
GESTÃO DE PESSOAS
maneira sucinta maneira sucinta
Como é
INICIATIVA
SETOR PÚBLICO
PRIVADA
exemplo
Citar exemplos
Primeiro mapa
1. Gestão de Pessoas: o que é? O que faz?
2. Setor público X iniciativa privada: exemplos e características
de cada um;
3. Como ingressar no setor público?
4. Qual o tempo para que o agente público adquira a estabilidade?
Segundo mapa
1. Gestão de Pessoas: princípios e políticas;
2. Agentes públicos: quem são? Capacidades e Competências;
3. Cargo Comissionado X Função de Confiança.
PESQUISE TAMBÉM:
RECRUTAMENTO
SELEÇÃO
ADMISSÃO
VAMOS PRATICAR?
ATIVIDADE 1
ATIVIDADE 2
ANOTAÇÕES:
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Fonte: (c) Shutterstock, Autor: Dmytro Zinkevych, ID: shutterstock_795797554
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E DESENVOLVIMENTO
TREINAMENTO
CAPÍTULO
4
Diante as rápidas mudanças que estão ocorrendo, onde há a
democratização do acesso ao conhecimento disponível no mundo
atual e constantes avanços nas ferramentas das TIC’s – Tecnologias da
Informação e Comunicação, faz-se necessário aprender continuamente
tendo em vista os avanços decorrentes em termos quantitativos e
qualitativos. De acordo com Lacombe (2011), as organizações que
não treinam e não desenvolvem seus colaboradores podem enfrentar
dificuldades competitivas por falta de gente preparada para seus
cargos. Mas, e quando nos referimos à Administração Pública, podemos
utilizar a mesma lógica? Claro que sim! O perfil dos cidadãos usuários
dos serviços públicos têm mudado exponencialmente, os quais, à
medida que estudam e interagem com o mundo a sua volta, se tornam
mais conhecedores dos seus direitos. Pari passu, à medida que têm
acesso à forma como outros países ofertam serviços públicos aos seus
cidadãos, requerem receber o mesmo tratamento por parte do Estado
brasileiro. Assim, por estarem cada vez mais conscientes do papel da
Administração Pública na aplicação com eficiência, eficácia e efetividade
dos impostos que pagam, requerem serviços públicos de qualidade. Por
sua vez, quem representa o Estado para a oferta destes serviços são
os agentes públicos, os quais devem se apropriar de conhecimentos,
habilidades e atitudes para que esta oferta atenda, de fato, às demandas
e às expectativas dos cidadãos.
O conhecimento é dinâmico, muda rapidamente com o tempo, com
a evolução dos costumes, das tecnologias e das pessoas. Então podemos
pensar que ninguém está totalmente pronto para ocupar um cargo ou
uma função? Exatamente! Todos nós estamos sempre “em construção”!
O dia da formatura, por exemplo, é o primeiro dia da desatualização
dos conhecimentos aprendidos no curso que acabamos de fazer. Na
atualidade, os profissionais precisam estar sempre aprendendo e se
desenvolvendo (RAMAL, 2011b).
Chris Argyris é professor de na Harvard Business School e
descreve que as organizações dependem fundamentalmente das
pessoas e de seus conhecimentos. Por isso, ele foi o primeiro a
defender que as organizações e seus membros devem estar em
constante aprendizagem.
Mas, é claro que o conhecimento não pode ficar restrito à
TREINAMENTO
OS OBJETIVOS DO TREINAMENTO
Incrementar o conhecimento
Transmissão de das pessoas:
Informações Informações sobre a organização, seus
produtos/serviços, políticas e diretrizes,
regras e regulamentos, e seus clientes.
TREINAMENTO Desenvolver/modificar
comportamentos:
Mudança de atitudes negativas para
Desenvolvimento
atitudes favoráveis, coscientização e
de Atitudes
sensibilidade com as pessoas, com os
clientes internos e externos.
TÉCNICAS DE TREINAMENTO
AS ETAPAS DO TREINAMENTO
DESENVOLVIMENTO
VAMOS PRATICAR?
Responda:
1 - O que é necessário ser treinado?
2 - Como você chegou à constatação de que esta é uma necessidade
de Treinamento na organização?
Em seguida, elabore o planejamento do Treinamento com
base em seus conhecimentos sobre o perfil do cargo, a Análise das
Necessidades de Treinamento e o perfil dos candidatos selecionados.
Utilize a ferramenta 5W2H.
PESQUISE TAMBÉM:
• MISSÃO, VISÃO, VALORES;
• TURNOVER;
• CHA – CONHECIMENTOS, HABILIDADES E ATITUDES;
• FEEDBACK NAS ORGANIZAÇÕES.
DE DESEMPENHO
AVALIAÇÃO
CAPÍTULO
5
Em todos os âmbitos da vida, precisamos de feedback para
conhecer os resultados dos nossos empreendimentos, tanto nas
relações pessoais – casamento, namoro e amizade – como nas relações
de trabalho. O feedback diz respeito à obtenção de informações para
saber se aquilo que está sendo realizado satisfaz as expectativas e as
exigências dos outros. A falta de feedback gera insegurança, o que pode
resultar em insatisfação, pois sem ele não se pode ter ciência do rumo
esperado dos resultados e dos esforços empreendidos.
Nas organizações, não é diferente. É necessário que se façam
avaliações constantes para que os colaboradores possam saber como
está sendo percebido o seu desempenho. Nesse sentido, é a Avaliação
de Desempenho que, se encarregará dessa prática de avaliar e de dar
feedback aos colaboradores.
No âmbito do Serviço Público, de acordo com o Decreto 7.133/2010,
a Avaliação de Desempenho corresponde:
ao monitoramento sistemático e contínuo da atuação
individual do servidor e da atuação institucional dos
órgãos e das entidades de lotação dos servidores.
Fonte: <http://www.sato.adm.br/rh/av_de_desemp_ind_geral.htm>.
VAMOS PRATICAR?
Nome:
Cargo:
Tempo de Função:
DESEMPENHO
1. Trabalho em time/interpessoal
Contribui ativamente para o esforço do time?
Divide seu conhecimento e experiência com os outros?
Contriubui efetivamente em seminários e trabalhos em grupo?
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2. Comunicação
É eficaz em comunicação escrita e verbal?
Ouve e encoraja outros a expressar ideias e opiniões de modo objetivo?
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4. Técnica/Funcional
Tem profundo conhecimento e capacidade em sua especialidade?
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5. Melhoria contínua
Age rapidamente para executar objetivos?
Tira vantagens das oportunidades e reage às mudanças?
Promove inovações?
Conhece o foco do cliente?
DIvide as melhores práticas?
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6. Gerenciamento Pessoal
Conhece projetos/objetivos das tarefas e datas-limite?
Age com integridade, demonstra adaptabilidade, planejamento e
controle?
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8. Pontualidade
Chega e sai no horário oficial?
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9. Assiduidade
É frequente ou, quando falta, apresenta atestado?
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11. Iniciativa
Tem disposição para agir e solucionar problemas, por si ou recorrendo
a outras pessoas?
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DO SERVIDOR PÚBLICO
CAPÍTULO
DIREITOS E VANTAGENS
6
A Lei n. 8.112/90 é o Regime Jurídico Estatutário aplicável aos
Servidores Públicos Civis da União, das Autarquias e das Fundações
Públicas Federais, ocupantes de Cargos Públicos. Até a Emenda
Constitucional n. 19, de 1998, havia o Regime Jurídico Único para os
servidores civis da União. A partir dessa Emenda Constitucional, é
possível a admissão de pessoal ocupante de Emprego Público na
Administração Federal Direta, Autárquica e Fundacional. A relação dos
empregados públicos, que são celetistas, é regida pela Lei n. 9.962/00.
Os artigos da Lei n. 8.112/90, que tratam dos direitos e vantagens
do servidor público, são aqueles que abrangem o intervalo do art. 40 ao
art. 48. Tendo isto em vista, temos as seguintes vantagens legais:
• Vencimento: retribuição pelo exercício do cargo, com valor
fixado em Lei. O vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens
de caráter permanente, é irredutível (§ 3º, art. 41);
• Remuneração: é o vencimento do cargo efetivo mais as vantagens
permanentes;
• Vantagens: quaisquer valores recebidos pelo servidor que não
se enquadrem na definição de vencimento.
Contituem-se indenizações:
D) LICENÇAS
E) AFASTAMENTOS
ATIVIDADE 1
Transferências para...
Apresentação em... dias
Ajuda de custo Gastos com...
A mudança tem que ter sido
por interesse da Administração.
Indenizações
Meios próprios
Transporte Atribuições de cargos
Execução de serviços externos
Diárias
Gratificações
Licenças
Adicionais
manter
sigilo cumprir ordens
dos superiores
agir com ter zelo,
transparência dedicação
e lealdade vestir-se
denunciar
seguir normas adequadamente
ilegalidades
legais
7.2 RESPONSABILIDADES
Fonte: Portal G1 PR
SERVIDOR PÚBLICO
COMETEU INFRAÇÃO
Punição
PAD Administração
Pública
Capítulo V
Das Penalidades
Art. 127. São penalidades disciplinares:
I - advertência;
II - suspensão;
III - demissão;
IV - cassação de aposentadoria ou disponibilidade;
V - destituição de Cargo em Comissão;
VI - destituição de função comissionada.
Art. 128. Na aplicação das penalidades serão consideradas a natureza e a
gravidade da infração cometida, os danos que dela provierem para o Serviço
Público, as circunstâncias agravantes ou atenuantes e os antecedentes
funcionais.
Parágrafo único. O ato de imposição da penalidade mencionará sempre o
fundamento legal e a causa da sanção disciplinar.
Art. 129. A advertência será aplicada por escrito, nos casos de violação de
proibição constante do art. 117, incisos I a VIII e XIX, e de inobservância de
§ 1.º A indicação da autoria de que trata o inciso I dar-se-á pelo nome e matrícula
ATIVIDADE 1
Teve, ainda, uma época em que eu estava meio implicada com o meu
chefe. Tudo bem, eu estava passando por um período muito tumultuado
em família, mas a Lei n. 8.112/90 não me redime, neste caso! Ele pediu
para que eu fizesse uma ata. Acreditam que eu me recusei a fazê-
la? Olha, com a consciência moral e legal que tenho atualmente, não
repetiria isto de forma alguma! Descreva qual a proibição à luz da Lei
8.112/90:
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Mas, olha, entre a pior coisa que já vi, sem sombra de dúvidas, foi um
servidor que, para liberar os projetos do ministério, exigia R$ 50.000,00
para cada um deles. Esse foi demitido! Não está mais aqui para contar.
Descreva qual a proibição à luz da Lei n. 8.112/90:
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ATIVIDADE 2
CULTURA
ORGANIZACIONAL
CAPÍTULO
8
A Cultura Organizacional é a personalidade da organização. Diz
respeito aos significados partilhados, ao sistema de crenças (como
as coisas funcionam), de valores (o que é importante), bem como às
normas compartilhadas (como fazemos as coisas por aqui).
Para Shein (1989), a Cultura Organizacional é um conjunto de
pressupostos básicos que um grupo inventou, descobriu ou desenvolveu
ao lidar com os problemas de adaptação externa e integração interna,
que funcionaram bem o suficiente para serem considerados válidos e
ensinados aos novos membros, como forma correta de perceber, pensar
e sentir em relação a esses problemas.
A Cultura Organizacional pode ter aspecto (a) Formal: tal Cultura
Organizacional é observada com facilidade, pois diz respeito às políticas,
às diretrizes, aos métodos, aos procedimentos, aos objetivos, às
estruturas e às tecnologias adotadas; ou pode ter aspecto (b) Informal:
são os elementos da Cultura Organizacional difíceis de perceber,
permanecendo oculta, pois se refere às percepções, aos sentimentos,
às atitudes, aos valores e às interações grupais. Podemos comparar
esses tipos de Cultura Organizacional com um iceberg; a parte visível e
menor corresponderia aos elementos formais, e a parte maior, que fica
embaixo da água, ao aspecto informal.
Como um conjunto de pressupostos básicos, a Cultura
Organizacional orienta os comportamentos e os modos considerados
corretos de pensar, sentir e agir (SHEIN, 1989).
Além da Cultura Organizacional, cujos pressupostos foram
cristalizados justamente por terem sido bem sucedidos ao longo do
tempo, há:
i) Subculturas: são aqueles grupos de pessoas que, além de
trazerem os valores essenciais da Cultura dominante, incluem valores
peculiares e específicos. Em outras palavras: trata-se de grupos com
valores especiais que são sui generis, mas não inconsistentes com os
valores dominantes da organização.
ii) Contra Cultura: refere-se aos valores que são antagônicos
com aqueles da Cultura Organizacional hegemônica. Isto pode
ocorrer porque em meio às relações de trabalho podem surgir
contradições, desconfianças e conflitos os quais criam condições para o
questionamento e o rompimento com a Cultura Organizacional.
VAMOS PRATICAR?
ATIVIDADE 1
Certo ou Errado?
( ) Certo ( ) Errado
( ) Certo ( ) Errado
( ) Certo ( ) Errado
( ) Certo ( ) Errado
ATIVIDADE 2
E EQUIPES
GRUPOS
CAPÍTULO
9
A influência que os grupos têm sobre os indivíduos já foi pesqui-
sada por vários autores (ALBUQUERQUE; PUENTE PALÁCIOS, 2004).
Inclusive, os estudos de Elton Mayo, na década de 1920, indicaram que
os papéis grupais ditam as expectativa relativas aos comportamentos
das pessoas que dele fazem parte.
Cabe ao gestor, desta forma, lidar com as normas do grupo de tal
maneira que elas sejam orientadas para o alcance dos objetivos em comum.
De acordo com Albuquerque e Puente Palácios (2004), a nossa
individualidade reflete, em parte, o/s grupo/s de referência que estamos
inseridos. Isto se dá porque o grupo de referência passa a desempenhar
um papel normativo, imprimindo em seus membros valores e normas.
Assim, percebemos o quanto os grupos, os quais fazemos parte,
interagem com a nossa personalidade, resultando no que somos e
pensamos. Desta forma, podemos dizer que a nossa identidade é,
também, um fenômeno social.
O grupo é definido como um conjunto formado por duas
ou mais pessoas que, para atingir determinado(s) objetivo(s),
necessitam de algum tipo de interação durante um intervalo
ATENÇÃO! de tempo relativamente longo, sem o qual seria mais difícil
ou impossível obter o êxito desejado.
Como seres gregários, as pessoas procuram
inserir-se nos grupos em busca de status, poder, reconhecimento,
autoestima, prazer, contato e aprendizagem social. Ademais, a
inserção nos grupos reduz a solidão e a insegurança potencializando
o alcançe das metas coletivas.
Faz-se mister ressaltar a diferença entre grupos e equipes.
No que tange aos grupos, as pessoas tem papeis bem definidos e
podem trabalhar pelo mesmo objetivo sem contudo, terem sinergia,
que é caracterizada pela comunicação de qualidade ou um bom
relacionamento de cooperação, o que prejudica e atrasa o resultado
do trabalho. Na equipe, as pessoas são comprometidas, existe
transparência, flexibilidade, boa reação às mudanças e colaboração.
Assim, nas palavras de Albuquerque e Puente Palácios (2004), em
grupo, as pessoas estão juntas em prol de um mesmo objetivo, sem,
contudo, prescindir de sinergia e interdependência.
Já nas equipes, as pessoas encontram-se interligadas, tendo em
vista que há a percepção de que as responsabilidades são compartilhadas
GRUPOS
Formal Informal
• departamento igual;
Vertical • nível hierárquico
COMPOSIÇÃO diferente;
• função igual
Horizontal
TIPOS DE EQUIPES
VAMOS PRATICAR?
ATIVIDADE 1
Toda equipe é um grupo, mas nem todo grupo é uma equipe. Uma equipe
de trabalho caracteriza-se por apresentar:
ATIVIDADE 3
LIDERANÇA
CAPÍTULO
10
O que é Liderança para você? Quem você admira e considera um
Líder? Com certeza você se lembrou de muitos líderes, não é mesmo?
Martin Luther King, Jesus Cristo, Mandela, Juscelino Kubitschek,
entre outros.
E no mundo corporativo? A atuação de líderes é importante?
Robbins (2010) afirma que as organizações necessitam de
lideranças fortes para atingirem seus objetivos. Nesse mundo dinâmico
em que vivemos, são necessários líderes que criem uma visão de futuro
e que sejam capazes de inspirar as pessoas rumo à efetivação do que se
acredita ser o melhor para a organização. Cada vez mais, as organizações
têm compreendido a importância dos líderes na condução de uma
equipe, motivando-os e desenvolvendo suas habilidades em função dos
resultados, para o alcance do sucesso profissional.
Para Terry (1960), Liderança é o processo
de influenciar as pessoas ao fazê-las empenhar
-se voluntariamente nos objetivos do grupo.
De acordo com Chiavenato (2009), trata-se do
O QUE É LIDERANÇA? processo de influência interpessoal exercida
numa situação e dirigida através do processo de
comunicação humana, o que leva à consecução
de um ou de vários objetivos específicos.
Para concluir...
VAMOS PRATICAR?
ATIVIDADE 1
ATIVIDADE 2
Motivação
CAPÍTULO
11
Certamente, em seu cotidiano, você já ouviu falar muito sobre
Motivação. Muitas pessoas dizem: “Não estou motivada a ir trabalhar!”;
“Aquela organização não motiva ninguém!”
Será que é possível motivar alguém? O que será mesmo
Motivação?
A importância do tema é indiscutível, pois, de acordo com uma
pesquisa, 79% dos trabalhadores brasileiros sentem-se desmotivados
a trabalhar (ROBBINS, 2010).
Nas palavras de Robbins (2010), a palavra “Motivação” vem do
latim motivus, movere. Então você já pode imaginar que a Motivação
diz respeito aos motivos que levam uma pessoa a agir de determinada
maneira. O processo de Motivação é responsável pela intensidade, pela
direção e pela persistência dos esforços de uma pessoa para alcançar
determinada meta. Em outras palavras, é a intensidade (o quanto de
esforço a pessoa despende), a direção (o que ela quer) e a persistência
para atingir os objetivos organizacionais.
À guisa de conceituação, Motivação é o processo pelo qual o
comportamento é incentivado em uma determinada direção. Explicando
melhor: Motivação refere-se aos motivos que levam as pessoas a
se esforçarem para atingir determinado objetivo; refere-se ao que
movimenta, ao motor que leva as pessoas a irem para frente, a atingir
determinado objetivo. Perguntar sobre sua Motivação para fazer um
curso técnico seria o mesmo que perguntar: o que te move, quais são
os motivos que te fazem sair todos os dias de casa para estudar em um
curso técnico?
Portanto, Motivação é a força que nos estimula e nos impulsiona
a agir. Por muito tempo, pensava-se que era possível “injetar” uma
dose de Motivação nas pessoas. Para alguns estudiosos, a Motivação
Interna encontra-se em cada pessoa e está normalmente associada a
um desejo. O desejo é o que impulsiona os indivíduos para uma ação.
A Motivação Externa diz respeito a estímulos externos como notas,
dinheiro, incentivos, elogios, entre outros sendo que o indivíduo não é
capaz de motivar-se sozinho. Atualmente, sabemos que a Motivação
nasce de um processo interno e passível de se ligar a algum gatilho
externo, produzindo, assim, um motivo para que impulsiona a ação.
Alguns exemplos podem ser pontuados para entendermos
Alimentação, moradia,
Fisiológicas conforto físico, descanso,
lazer etc.
Fatores Motivacionais
Ambiente,
relação Oportunidade,
interpessoal, autonomia,
segurança reconhecimento
Higiênicos Motivacionais
TEORIA X E Y DE MCGREGOR
TEORIA DO REFORÇO
TEORIA DA EQUIDADE
TEORIA DA AUTOEFICÁCIA
VAMOS PRATICAR?
ATIVIDADE 1
Atividade 2
a) ( ) da Motivação e Higiene.
b) ( ) da Hierarquia das Necessidades.
c) ( ) X e Y.
d) ( ) dos motivos humanos.
e) ( ) do reforço positivo e de aversão
BRANDÃO, H.P.; ZIMMER, M.V.; GUARÇONI, C.P.; MARQUES, F.; VIANA, H.;
CARBONE, P.P.; ALMADA, V.F. Gestão de desempenho por competências:
integrando a avaliação 360 graus, o balanced scorecard e a gestão por
competências. Revista de Administração Pública, Rio de Janeiro, v.42, n.5,
p.875-898, set./out. 2008.
Capítulo 01
Atividade 1
É o conjunto de políticas e práticas que visam atrair, identificar e reter os talentos
essenciais para se alcançar os objetivos da organização. Para tanto, a Gestão de
Pessoas procura conciliar as metas, os objetivos, a missão da organização aos
objetivos e às expectativas das pessoas (DUTRA, 2002). Estas práticas e políticas
de Gestão de Pessoas buscam potencializar os talentos e as competências das
pessoas que trabalham na organização. A Gestão de Pessoas não é somente um
setor, mas ela procura, também, assessorar os líderes da organização para que
cada um deles seja, também, um gestor de pessoas em casa setor que trabalha. São
exemplos de práticas de Gestão de Pessoas: Recrutamento e Seleção, Treinamento
e Desenvolvimento, Avaliação de Desempenho, Folha de Pagamento, Controle de
faltas e licenças, entre outras.
Atividade 2
Atividade 3
Sem gabarito.
Atividade 4
absenteísmo, fofocas, ação dissidiosa, baixo desempenho, intolerância, falta de
urbanidade e cortesia com os cidadãos-usuários, entre outras.
Capítulo 03
Atividade 1
(V) Verdadeiro
(V) Verdadeiro
(V) Verdadeiro
Atividade 2
Irá depender do edital pesquisado.
Capítulo 04
Atividade 1
O QUE TREINAR (OBJETIVOS) Capacitar os assistentes de Licitação/
Pregão em relação a Lei 10.520/ 2002
e o Decreto 3.5555/ 2000, que tratam
sobre as funções de um pregoeiro;
Conhecer os processos eletrônicos
que estão envolvidos no processo de
Licitações.
POR QUE TREINAR (JUSTIFICATIVA) Os recém contratados membros da
Comissão de Licitações necessitam
consolidar conhecimentos acerca
dos temas.
COMO FAZER (METODOLOGIA) A metodologia utilizada será a
modalidade híbrida, com aulas
presenciais, englobando palestras,
oficinas, além de um curso em EAD.
QUEM (PARTICIPANTES) Os membros da Comissão de
Licitações
QUANDO (DATA, HORÁRIO) 12 de maio de 2019, das 8h às 12h e
de 14h às 17h
ONDE Sala de reuniões do Bloco A
QUANTO Total: R$ 3.400,00, sendo:
R$1.000,00- coffee break
R$ 300,00 – materiais de papelaria
R$ 100,00 – Emissão dos certificados
R$ 2.000,00 – docente
R$ 2.000,00 – elaboração do curso
em EAD
Atividade 2
Treinamentos em: Desenvolvimento de Lideranças, Avaliação de Desempenho,
interação interpessoal, comunicação não violenta,gestão de conflitos.
Desenvolvimento: mentoria para os gestores.
Capítulo 05
Sem gabarito, tendo em vista que é uma Avaliação de Desempenho.
Capítulo 06
Atividade 1
(F) Falso
(V) Verdadeiro
(V) Verdadeiro
(V) Verdadeiro
(F) Falso. A resposta certa é: ajuda de custo
(F) Falso. A resposta certa é: diárias
(V) Verdadeiro
(V) Verdadeiro
(F) Falso - As gratificações e os adicionais incorporam-se ao vencimento ou ao
provento, nos casos e nas condições indicados em lei.
(V) Verdadeiro
Capítulo 07
Atividade 1
(Art 117, inciso VII – Coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se a
associação profissional ou sindical, ou a partido político) Lembro-me de um servidor
que coagia os outros a se filiarem em um sindicato e a apoiar determinado partido
político E ele ainda vinha com camiseta do partido, gritando a favor do movimento e
“Fora X” no corredor do ministério.
(Art 117, inciso V – Promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto
da repartição) E olha o absurdo! Utilizava o seu e-mail institucional para fazer
convocações de mobilizações de passeatas. Não posso deixar de dizer que em sua
assinatura eletrônica do e-mail havia a frase logo abaixo do seu nome: “Fora X”.
(Art 116, inciso VI – Levar ao conhecimento da autoridade superior as irregularidades
de que tiver ciência em razão do cargo) Alguns colegas viram aquela cena e não
reportaram o fato a ninguém, nem mesmo ao chefe imediato.
(Art 116, inciso V – Atender com presteza. Artigo 116, inciso XI – Tratar com
urbanidade as pessoas) Tive um colega, logo quando tomei posse e entrei em
exercício efetivo, que atendida o público com muito desdém e grosseria. Certa vez,
chegou ao cúmulo de gritar com um cidadão-usuário.
(Art 117, inciso IV – Opor resistência injustificada ao andamento de documento e
processo ou execução de serviço) Depois, ele engavetou o documento e disse que
não iria dar andamento ao processo do senhor porque ele havia sido muito atrevido
com ele.
(Art 117, inciso I – Ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia autorização
do chefe imediato) Um certo período, tive um colega que recebeu advertência porque
batia o ponto e e, “só no sapatinho” ia dar uns “perdidos por aí.
(Art 116, inciso XIV – Praticar usura sob qualquer de suas formas) Ah, meu amigo!
Já vi muita coisa por aí: servidor público emprestando dinheiro a juros. Mas, neste
caso, o cidadão foi demitido, após constatar, por meio de um PAD, que ele realmente
havia feito aquilo.
(Art. ) Há oito anos atrás, um chefe foi “enquadrado”porque recusou-se a atualizar
seus documentos e exames periódicos.
(Art 116, inciso VII – Zelar pela economia do material e a conservação do patrimônio
público) Mas, olha, tenho que confessar. Eu também já pratiquei alguns ilícitos.
Sabe, teve aquela vez que deixei o ar condicionado ligado todo o final de semana.
Ah, que vergonha me dá quando penso nisto!
(Art 116, inciso X – Ser assíduo e pontual ao serviço) E aquela época em que chegava
atrasada todos os dias, por um longo período.
(Art 116, inciso IV – Cumprir as ordens superiores, exceto quando manifestamente
ilegais) Teve, ainda, uma época em que estava meio implicada “com o meu chefe. Ele
pediu para eu fazer uma ata. Acreditem que eu recusei a fazer? Olha, com a consciência
moral e legal, pois hoje sei mais sobre a Lei 8.112/90, nunca faria isto.
(Art 117, inciso IX – Valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em
detrimento) Voltemos às mais lembranças: um motorista, que utilizava o carro oficial,
aproveitou que fazia o trajeto do malote do órgão para buscar o seu filho na escola.
(Art 117, inciso XII – Receber proprina, comissão, presente ou vantagem de qualquer
espécie, em razão de suas atribuições) Mas, olha, as piores coisas que já vi, sem
sombra de dúvidas, foi um servidor que, para liberar os projetos do ministério
exigia R$50.000,00 de cada Mas, este foi demitido! Não está mais aqui para contar.
Atividade 2
(V) Verdadeiro
(F) Falso. A: autoridade que houver feito a nomeação destitui do cargo em comissão.
(V) Verdadeiro
(F) Falso. O servidor deverá ser exonerado.
(V) Verdadeiro
(F) Falso. A ficha do servidor fica limpa em 03 anos no caso de advertência e 05 anos
em caso de suspensão
Capítulo 08
Atividade 1
C
C
E
C
Capítulo 09
Atividade 1
e)
Atividade 2
c)
Capítulo 10
Atividade 1
V (Verdadeiro)
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F (Falso)
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Atividade 2
a) Gestão de conflitos, criação de propósito, resiliência, ética, saber dar e receber
feedback, reconhecer os esforços individuais e em grupo, ter proatividade,
coerência entre o discurso e a ação, entre outras Competências.
Capítulo 11
Atividade 1
V (Verdadeiro)
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F (Falso)
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Atividade 2
c) X e Y.
LISTA DE QUADROS
LISTA DE FIGURAS