Freny Mistry e A Comparação Entre Nietzsche e o Budismo
Freny Mistry e A Comparação Entre Nietzsche e o Budismo
Freny Mistry e A Comparação Entre Nietzsche e o Budismo
argumentos desta tradição religiosa de modo que ela possa apresentar uma postura
Abstract: The aim of the present text is to analyze in an introductory way the
comparison made by Freny Mistry between the thought of Nietzsche and the Buddhist
teachings according to the Theravada tradition. For this we will present the author's
thesis that between Buddhism and Nietzschean philosophy there are more similarities
than we might initially suspect. Then we will examine how she applies both to
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Nietzsche and to Buddhism the classification of systems that deal with the overcoming
characteristic of the way the author reconstructs the arguments of this religious
present passages of the canon pali that suggest a reading different from that presented
by the author.
Introdução
No que diz respeito ao estudo acerca das possíveis conexões entre Nietzsche e
comparative study – se destaca como a primeira obra a lidar com o tema de modo
substancial. Trata-se de uma obra que pretende comparar os dois termos presentes em
seu título e já deixa claro na introdução que há uma hipótese a orientar a execução do
trabalho, a saber, a ideia de que há mais semelhança do que diferença no que diz
respeito aos termos comparados. Nosso objetivo no presente artigo é analisar o projeto
efetivamente teve contato direto com textos e estudos acerca desta tradição religiosa.
O caminho natural é, pois, partir da tradição conhecida por ele. No caso de Nietzsche,
estamos falando do budismo theravada. Importante ressaltar os termos nos quais esta
autora situa esta relação: a despeito das afirmações de Nietzsche em contrário, sua
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(Hinayana, Theravada).2 Sabemos, então, que para esta autora se trata de fazer uma
comparação que irá exibir mais semelhanças que diferenças e que há algum tipo de
budismo.
pontos de contato em sua abordagem. Segundo ela, o budista concordaria com aquilo
que Zaratustra diz no discurso Das ilhas bem-aventuradas: Criação...é a grande redenção do
batalha mil vezes mil homens, o maior conquistador é aquele que conquista apenas um, a si
mesmo (Dh, VIII, 4 (103)). Mistry conclui, pois, que Nietzsche e Buda apresentam
do-Homem com a conquista de si mesmo do Dhammapada não nos parece uma boa
alma e a hierarquia entre os mesmos n’A república. Para que tal prova funcione é
experiência.
2Mistry. Introdução, pag. 1. Destacamos aqui o uso do termo equivocado hinayana como sinônimo de
theravada. Quanto ao caráter equivocado do termo, recomendamos o artigo de Kåre A. Lie, o mito do
hinayana no link http://nalanda.org.br/incompreensoes/o-mito-do-hinayana.
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época, entendemos que a autora elabora uma construção enfatizando certos aspectos
tanto do budismo quanto de Nietzsche de modo a exibir a semelhança entre eles. Tais
presente texto.
mesmos como iconoclastas e inovadores. Nietzsche teria visto como possível uma
chamava morte de Deus, portanto, partia de um contexto não metafísico e tinha como
teria, por seu turno, superado a confusão filosófica de sua época, que oscilava entre
uma ética prática para a superação do egoísmo cujo objetivo seria realizar a condição
nirvana, Mistry aponta um nexo entre as duas perspectivas, apesar das diferenças. Tal
contínua autossuperação nesta realidade, ou seja, elas conduzem a este tipo de ação.
Ambas são fiéis à realidade empírica e à visão das coisas como realmente são. O que
muda não são as coisas, e sim nosso modo de ver as coisas, o que não é algo
sobrenatural.
Importante observar aqui diferenças entre nirvana e eterno retorno que tornam
Nirvana não é uma realidade condicionada que supere a si mesma, como Mistry
nascimento e morte, neste sentido, alguém que realizou nirvana não tem mais
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superação a fazer, ele depôs o fardo, fez o que deveria ser feito, para ele não há mais vir-a-ser,
nirvana, é uma leitura possível, embora entendamos que não seja fundamentada nos
aquilo que podemos chamar de mundano, temos que nirvana tem um caráter
nome da lista. Ao que tudo indica, este autor não era a única nem a principal fonte do
nosso filósofo. Isto fica evidente quando se considera como Nietzsche responde à
deveram mais a um grupo de amigos estudiosos, dos quais podemos destacar Paul
Deussen. São vários os livros constantes da biblioteca particular dele sobre o tema.
Destacamos os autores: Max Müller, Paul Deussen, Hermann Oldenberg, entre outros.
Temos também uma passagem de carta citada, na qual Nietzsche afirma ter pego
Feitas estas considerações acerca do projeto de Mistry, vejamos como ela faz
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A ligação de Nietzsche com o budismo tem como elemento comum a crítica feita
pelo Buda das posturas metafísicas encontradas no vedanta. A tese de Mistry é de que
profundamente semelhantes aquilo que o Buda fez em sua trajetória de pregador. Para
provar isso ela enfatiza a oposição entre budismo e vedanta que tem como
parágrafo 7 da obra o budismo aparece como um perigo evitado pela arte, o coro da
tragédia salva o heleno de ansiar por uma negação budista do querer. Ele é salvo pela arte, e
De acordo com Mistry, a primeira citação apresenta muito mais uma descrição
confusão entre budismo e vedanta. A tragédia como consciência unificadora tem mais
semelhança com a fusão entre atman e brahman do que com o nirvana. A dinâmica
termos budistas Apolo não precisaria do consolo metafísico e seria capaz de por si
dependência dele em relação a Dionísio, de modo que a tese apresentada por Mistry é
de que sem a realidade metafísica a vontade humana perde poder. Neste sentido, a
sobre Nietzsche, há aqui uma concepção de budismo que parece não ter sido
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vontade, apesar das grandes diferenças entre tais formas de pensamento (identidade
com uma realidade cósmica por um lado e negação da existência por outro). A
soberania da vontade cósmica se afirma pela negação do querer viver, sua forma
Nietzsche, por sua vez, entende que o vedanta é incompatível com o caráter
união com Brahma funciona como um abandono das demandas que o uso
ser restrita apenas ao vedanta, o budismo está incluído também nesta análise. O texto
começa definindo ideais ascéticos. Tais ideais são formas de negar ou diminuir a vida
vários tipos humanos e o que significaria para tais tipos o ideal ascético. Destacam-se
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a autora estabelece esta distinção para que a comparação pretendida por ela cujo
aponta o aspecto revolucionário do budismo para ele quanto a este ponto, bem como
a comparação feita pelo filósofo entre a Europa de seu tempo e a Índia do tempo do
[...] exaustão dos tempos modernos nos quais uma forma de niilismo
(ceticismo com relação à Realidade metafísica) é representado em
batalha contra uma outra forma (adesão superficial a moralidade), sem,
entretanto, produzir uma interpretação construtiva da existência
humana. (MISTRY, 1981, p.35)
sem deuses ou deus e sem sacerdotes controladores. Mistry parece estabelecer aqui
estritamente no sentido de que o caminho aberto pelo Buda é para ser trilhado por
cada um, sem a busca de mediações ou auxílios externos que exerçam papel similar ao
3 Conferir a propósito dessa leitura o livro de Julian Young, Nietzsche’s philosophy of Religion.
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relevante cujo tratamento excede os objetivos do presente trabalho, portanto, não nos
alongaremos no tema.
universo, mas existe a crença em deuses ou devas, seres superiores aos humanos que
alcançam posição divina por seus méritos. Os devas ocupam posição variada no
cânone, são vários os tipos e hierarquias entre eles. Um ponto comum é que todos estão
budista para que não se atribua a ele notas excessivamente ocidentais a ponto de
sucessão além do Buda enquanto estava vivo. Diante da morte e da pergunta por um
sucessor o Buda deixou o ensinamento como sucessor (Dhamma). Mas, por força de
modo que encontramos hoje figuras centrais sendo o Dalai Lama um exemplo disso.
não lida diretamente com o niilismo a não ser como resultado da negação das certezas
esta. Ela precisa dessa relação de oposição para servir de espelho para a relação entre
anti-metafísicas de Nietzsche, que vai lhe censurar a crença em orações, pecado, punição e
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com Deus. Cristo, por outro lado apresenta-se como homem da ética, acessível, diferente
do Deus inacessível paulino. Amiúde Nietzsche mostra desprezo pelo Cristo dos
de fundo sua oposição ao cristianismo, embora ele polemize com ambas as religiões.
cristianismo é mais que mero recurso polemista, baseia-se em fatos. São vários os
como por exemplo a ideia de que somente pelo esforço pessoal o homem pode realizar
nirvana, negação de um deus criador, lei moral como criada pela ação humana,
por Mistry é que o budismo põe o humano no centro, ao passo que no cristianismo o
A morte de deus, diz-nos Mistry, resulta de sua própria criação pelo homem. O
homem mata deus para superar todo mal resultante do poder deste ser na vida
humana, esta morte tira o solo e o sentido do mundo e da vida, isto é o niilismo que
precisa ser superado. O caminho para desfazer o assassinato niilista de Deus seria superar a
vontade-de-poder. (GM, I, 12; cf. também VP, 137). Sem deus, o homem se vê livre de apoio
tal termo não apareça. Este fenômeno é descrito por ela como puramente empírico,
Além-do-Homem não recebe algo do além ou do acima, ele realiza o sentido da terra,
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com o conceito budista de anatta, que enquanto experiência representa algo típico dos
ela aqui também temos uma experiência não-metafísica e seria comparável com a
entre uma visão empírica (budismo) contra uma metafísica (vedanta). Entretanto, se
Podemos citar como exemplo o olho divino, que permite ao Buda ver toda a roda da
próprio de cada um, bem como a capacidade adquirida pelo Buda quando de sua
mas não todas. Gostaria ainda, de mencionar dois suttas que deixam claro que há no
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com aquilo que lhe ocorra e quando ele ensina o Dhamma para alguém,
este o conduz, se praticado, à completa destruição do sofrimento.4
humano e que, mesmo assim, cumpre o que promete. Sunakkhatta apresenta uma
Sariputta, ouvindo essa visão errônea, vai até o Buda e repete o que ouviu. O
Buda responde:
iluminação perfeita do Buda, que o Buda desfruta dos vários poderes supra-humanos,
que ele é dotado do ouvido divino, que lhe permite ouvir sons divinos e humanos e
por fim ele não infere a capacidade do Buda de abranger com sua mente as mentes dos
seres, sendo capaz de reconhecer estados mentais como cobiça, raiva, etc. Na sequência
Para não reproduzir uma longa citação, destacamos duas faculdades, relevantes para
4Majjhima Nikaya 12, tradução de Michael Beisert a partir da tradução inglesa de Bhikkhu Bodhi. Link:
http://www.acessoaoinsight.net/sutta/MN12.php#R1. Todas as passagens que seguem são extraídas
deste site.
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17. (8) "Outra vez, o Tathagata se recorda das suas muitas vidas
passadas, um nascimento, dois nascimentos, três nascimentos, quatro,
cinco, dez, vinte, trinta, quarenta, cinquenta, cem, mil, cem mil, muitos
ciclos cósmicos de contração, muitos ciclos cósmicos de expansão,
muitos ciclos cósmicos de contração e expansão, ‘Lá eu tive tal nome,
pertencia a tal clã, tinha tal aparência. Assim era o meu alimento, assim
era a minha experiência de prazer e dor, assim foi o fim da minha vida.
Falecendo desse estado, eu renasci ali. Ali eu também tinha tal nome,
pertencia a tal clã, tinha tal aparência. Assim era o meu alimento, assim
era a minha experiência de prazer e dor, assim foi o fim da minha vida.
Falecendo daquele estado, eu renasci aqui. Assim ele se recorda das suas
muitas vidas passadas nos seus modos e detalhes. Esse também é um
dos poderes dos Tathagatas…
18. (9) "Outra vez, com o olho divino que é purificado e sobrepuja o
humano, o Tathagata vê seres falecendo e renascendo, inferiores e
superiores, bonitos e feios, afortunados e desafortunados. Eu
compreendi como os seres prosseguem de acordo com as suas ações
desta forma: ‘Esses seres – dotados de má conduta com o corpo,
linguagem e mente, que insultam os nobres, com o entendimento
incorreto e realizando ações sob a influência do entendimento incorreto
– com a dissolução do corpo, após a morte, renasceram num estado de
privação, num destino infeliz, nos reinos inferiores, até mesmo no
inferno. Porém estes seres - dotados de boa conduta com o corpo,
linguagem e mente, que não insultam os nobres, com o entendimento
correto e realizando ações sob a influência do entendimento correto –
com a dissolução do corpo, após a morte, renasceram num destino feliz,
no paraíso e ele compreende como os seres continuam de acordo com as
suas ações. Esse também é um dos poderes dos Tathagatas…
Estes dois poderes do Buda deixam claro que negar o aspecto sobrenatural de
próprio Buda. Neste sentido a postura anti-metafísica do Buda deve ser entendida com
cautela, ele se afasta do brahmanismo-vedanta, mas nem por isso propõe uma religião
sem sua dose de metafísica. Passemos agora ao majjhima nikaya 60, Apannaka sutta.
entender quem, ouvindo tais ideias, faz a melhor aposta. Para nossos interesses
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niilismo versus seus críticos. Niilismo, no cânone páli, equivale a negação de que há
algo depois da morte e a negação da lei do kamma. Aqueles que se opõem a tal visão
afirmam que há vida após a morte e, portanto, há ação e resultado da ação para além
de uma única vida. Neste contexto, temos as seguintes palavras atribuídas ao Buda:
Notemos, portanto, que o Buda diz que a aposta boa é aquela que afirma a
continuidade de algo após a morte pois esta é a condição que leva alguém a praticar
uma vida moral. Não queremos entrar no mérito desta conclusão, apenas apontar que
há esta ideia no ensinamento do Buda e que isso não pode ser reduzido a um
ocidental de empirismo.
Conclusões
uma ênfase na empiria, o sentido disso precisa ser explicitado. Temos, por exemplo o
majjhima nikaya 63, no qual o Buda explica ao monge Malunkyaputta que questões de
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perder tempo com elas. As questões metafísicas dizem respeito a especulações sobre
estamos diante de algo que também pode ser classificado como metafísico, na medida
em que, apesar de nirvana poder ser realizado aqui e agora, trata-se de uma
experiência do supramundano.
da mente se dividem em impressões e ideias, sendo que as impressões são mais vívidas
sensíveis não são vivências únicas e individuais, são comuns aos seres humanos. Já as
práticas espirituais, não como o gosto da fruta que ainda não comi, pois isto eu resolvo
pelo Buda, é preciso antes de tudo, confiar no que ele diz e, a partir desta confiança,
iniciar o caminho de prática. E apesar de ser para o aqui e agora, pode ser que o
elementos que podem ser comparados à metafísica criticada por Nietzsche. Quanto ao
empirismo budista, acreditamos ter deixado claro que não se trata de empirismo no
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