Pequeno Engenheiro (Material de Apoio)

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PEQUENO ENGENHEIRO

(GUIA DE ESTUDO EXPRESSO) 

 
 
PILOTO 

A  falta  do  entendimento  de  diversos  assuntos  quando  nos  tratamos  de  áudio  pode  nos  afetar  em 
momentos  da  produção,  elaboração  e  finalização.  Para  termos  por  exemplo  uma  música  de  boa  estrutura 
sonora  fisicamente  e  teoricamente  falando,  existem  três  processos  que devem ser tratados e respeitados com 
cautela, GRAVAÇÃO/REGISTRO DO ÁUDIO -> MIXAGEM -> MASTERIZAÇÃO. 
Vamos  começar  falando  um  pouco  sobre  uns  conceitos  básicos  e  eu  disse  BÁSICOS,  porém,  bem 
funcionais  para que possamos entender um pouco de como é um processo de gravação e seus parâmetros até a 
nossa  masterização,  este  material  vai  servir  como  apoio  e  guia  inicial  de  estudo  para  que  você  tenha  um 
simples entendimento, básico e funcional. 
Esqueci  de  citar  uma  coisa,  busque  sempre  se  desprender  da  teoria  ultra  e  supersônica  do  áudio,  a 
arte  respira  no  momento  em  que  sentimos  ela,  e  trabalhe  buscando  sempre  a  melhor  qualidade  possível  no 
resultado  final  da  track/fonograma,  respeitando  e  executando  os  três  processos,  aqueles  que  eu  disse  no 
primeiro  parágrafo,  independente  de  cálculos  ou  pessoas  dizendo  o  que  você  pode  ou  não  fazer. Enfim, vamos 
iniciar, chega de mais palavras por momento. 
 
A GRAVAÇÃO E SEUS PRINCIPAIS PROBLEMAS 

Vamos  começar  listando  alguns  problemas  mais  comuns  que  podem  nos comprometer na hora de ter 
uma  boa  gravação,  devemos  lembrar  também  que  a  preservação  da sonoridade que vamos buscar não deve se 
adequar  sempre  à  parâmetros  ou  regras  convencionais  padronizadas,  apenas  devemos  ter  a  nossa  concepção 
do  padrão de QUALIDADE do estilo ou sonoridade que estamos produzindo ou buscando, e que todo processo de 
gravação feito não prejudique nossas próximas etapas. 

Problemas mais comuns: 

– Distorção/ruído vindo de qualquer parte do sistema 

– Luz de Clip (indicando um grande sinal de entrada) 

– Queima de componentes do sistema 

– Ruído muito alto entre os espaços vazios de uma gravação 

– Algum componente não dá todo o rendimento (volume) esperado 

– A gravação fica com volume muito baixo e/ou com muito ruído. 

- A gravação fica muito alta e/ou com o som distorcido 


GANHO E SUA ESTRUTURA 

Quando  tocamos  nesse  assunto  em  mesas  redondas  ou  até  em  conversa  com  amigos  de  profissão,  músicos  e 
produtores, muito é falado sobre esse conceito ou nome “Ganho/Gain”, qual seria a definição prévia disso?  

Na  verdade,  a  palavra  "ganho/gain"  tem  um  sentido  bem  mais  além,  o  sentido  de  nível  de  volume. 
Trata-se  desde  um  ajuste  feito  por  knobs  como  também  faders  e  potenciômetros  de  volume  existentes  em 
vários  aparelhos  de  um  sistema  de  áudio,  onde  praticamente  todos  se  obtém  um  sistema  de  medida  de  sinal, 
seja  ele  de  entrada  ou  saída. Até mesmo as diversas luzes, led´s e VU´s existentes nos equipamentos não estão 
lá  à  toa, mas sim para nos ajudar a montar a correta estrutura de ganhos, sempre busque usar os medidores ao 
seu favor 

Mas  o  que  é,  afinal,  essa  tal  de  estrutura  de  ganho?  Para  responder  isso,  precisamos  recordar  o 
sistema  da  captação  por  um  microfone  até  chegar  ao  alto-falante.  O  que  percorre  os  circuitos  elétricos  dos 
diversos  equipamentos de áudio é uma coisa só: corrente elétrica, resumidamente, nada mais é que um sinal de 
corrente  elétrica  como  dito,  de  um  ponto  a  outro  com  uma  regulagem  de  intensidade,  lembrando  que  seria 
somente um resumo esta definição.   Para  que  não  precisemos  entrar  em  outras  questões,  até  porque  é  na 
prática  que  muitos  falham  ao  tentar  atrelar  100%  a  teoria,  normalmente,  ouvimos  muitos  padrões  e 
especulações  sobre  o  assunto,  lembrando  que  o  entendimento  sobre  o  conceito  é  o  contrário  da  limitação  na 
busca  pelo  som,  timbre  ou  referencial  que  é  indicado,  relembrando,  temos  que  ter  um  padrão  de  qualidade, 
anulando  erros  que  nos  trariam  um  som  “ruim”  como  alguns  erros  listados  acima,  não  se  limita  a  arte,  o “ser 
diferente”  é  sempre  algo  que  temos  que  buscar cada vez mais para que obtenhamos até nossa IDENTIDADE no 
trabalho no qual prestamos ou desejamos ser um dia REFERÊNCIA. 

MICROFONES 

Continuando  com  a  construção  rápida  e  dinâmica  sobre  os  assuntos  que  são  bastante  abordados,  a 
estrutura sólida e elétrica por passagem na qual chamamos de “Microfone” é algo a ser explorado.
Entender  sobre  qual  microfone  usar  e  em  qual  ocasião  ele  se  encaixa  é  fundamental  para  que  não 
fiquemos frustrados com a sonoridade que vamos buscar, por isso é sempre bom entendermos um pouco sobre. 
Você  não precisa ser o engenheiro elétrico sinistro pra entender sobre, vou te ajudar um pouco aqui, vamos que 
vamos. 
​Principais tipos de microfone e suas denominações populares 

Os  microfones  duros  —  como  você  deve  ter  deduzido  pelo  nome,  são  aqueles  que  os  cantores 
seguram  em  uma  das  mãos  enquanto  cantam  —  existindo  em  versões  com  e sem fio. Embora as versões com 
fio  sejam  pouco utilizadas atualmente, é bastante comum que as bandas ainda tenham esse equipamento como 
reserva, caso os microfones sem fio deixem de funcionar no decorrer de uma apresentação. 

Ainda  existem  modelos  específicos,  como  os  microfones  de  contato  (que captam o som quando estão 
encostados  na  fonte  sonora),  os  de  lapela  (aqueles  bem  pequenos  que  são  colocados  na  roupa  de 
apresentadores de televisão) e os feitos para captar sons à distância, conhecidos como microfones s​ hotgun​. 

Na  hora  de escolher o microfone ideal é preciso estar atento ao formato adequado para cada contexto, 


levando em conta principalmente a forma como o som é captado, agora, vamos falar um pouco mais a fundo. 

 
Microfones, captando a direção do som 

Escolher  um  microfone  não  adequado para o momento ou o tipo de som que você busca, pode te frustrar com o 


resultado, logo, é sempre bom entendermos um pouco sobre microfones e saber quais e quando usar. 

○ Microfones unidirecionais​: são aqueles que captam o som vindo apenas de uma direção. Para que 
eles  captem  a  sua  voz,  por  exemplo, você deve falar precisamente em um lado específico do aparelho. 
Esse  tipo  de  microfone  é  o  mais  comum  em  eventos  de  todo  tipo  e  varia  conforme  os  possíveis 
padrões de captação, podendo ser cardióide, supercardióide ou hipercardioide. 
○ Microfones  bidirecionais​:  são  capazes  de  captar  sons  de  fontes  sonoras  opostas  —  uma pessoa 
na  frente  e  outra  atrás  do  microfone, por exemplo. Por esse motivo, esse tipo de microfone é indicado 
para  repórteres  de  rua  que  fazem  matérias  para  o  rádio  ou  para  a  televisão  e  precisam  entrevistar 
pessoas, por exemplo. 
○ Microfones  omnidirecionais​:  são  os  que  captam  sons  vindos  de  todas  as  direções.  Um  exemplo 
de  utilização  desse  tipo  de  microfone  pode  ser  na  gravação  de  um show ou apresentação musical em 
que se queira captar a voz do artista e ao mesmo tempo as reações do público presente. 

****2.3Analógico x digital: garantindo maior qualidade na gravação

Um assunto que gera polêmica na consideração destas características é a qualidade do


som, pois há quem diga que o som analógico é superior ao digital e há quem afirme que isso
não é verdade.

As pessoas que têm bom ouvido costumam considerar os equipamentos analógicos


mais “fiéis”, o que quer dizer que eles captam e reproduzem o som mantendo-o o mais
parecido possível com a forma como foi produzido. Isso se deve ao fato de que os
equipamentos analógicos transmitem sinais contínuos, o que não é possível para os digitais,
que trabalham com valores binários (como os computadores).

Nos dias atuais, no entanto, os avanços nos métodos de conversão analógica para
digital permitem que as gravações por computador mantenham-se mais fieis ao som
reproduzido originalmente, garantindo a qualidade esperada até mesmo pelos amantes da
música ao vivo.

Dinâmicos:​ reduzindo interferências

Microfones se diferem também entre dinâmicos e condensadores. Os dinâmicos são


capazes de suportar altas pressões sem interferência, sendo ideais para a voz humana e
instrumentos como a bateria. Esses dispositivos são os mais comuns em shows e eventos ao
ar livre por reduzirem significativamente a captação de ruídos. Os microfones dinâmicos são
tão bons em reduzir interferências indesejadas que não costumam provocar os barulhos
conhecidos como microfonias (aquele ruído agudo irritante que você ouve em alguns shows).

Em um concerto musical, palestra ou culto religioso, é natural que a pessoa que está
falando ou cantando use diferentes entonações para dar ênfase em frases ou versos
específicos, gerando mais impacto no público. Por conseguir segurar todos esses níveis de
amplitude do som tranquilamente, o microfone dinâmico é o mais indicado para essas
situações.

Outra característica do microfone dinâmico é a resistência física, de modo que o


aparelho não estraga tão facilmente caso ocorram quedas, por exemplo.

Condensadores:​ ouvindo cada detalhe

Os microfones condensadores, por sua vez, têm papel de destaque em estúdios de


gravação, pois foram projetados para conseguir distinguir sons com riqueza de detalhes.
Graças a essa capacidade, eles são ideais para captar a voz humana. Os músicos precisam
contar com um retorno intra-auricular — eles devem escutar o que cantam e o som da banda
em uma espécie de fone de ouvido minúsculo — para evitar as microfonias.

Os condensadores, diferentemente dos outros tipos de microfone, precisam de energia


elétrica para funcionar. Além disso, são mais sensíveis e estragam com maior facilidade,
sendo, por isso, indicados apenas para uso interno, e não para eventos e shows em casas de
espetáculo ou ao ar livre.

Escolher o microfone certo é importante, mas é apenas o primeiro passo na hora de


garantir que a acústica do seu evento, ​conferência ou gravação dê certo. Para que uma
sonorização seja bem-feita, há diversos detalhes que devem ser observados. Por isso é
importante que, além da escolha do microfone, também seja feito um trabalho de passagem
de som simulando todas as possíveis situações e buscando garantir ao público uma
experiência de qualidade única.

Os especialistas em sonorização conhecem uma infinidade de ​equipamentos e as


melhores formas de utilizá-los​. Conte com a ajuda de uma equipe especializada e tenha
certeza de que o seu evento vai soar de forma incrível! Afinal, você deseja impactar o seu
público e proporcionar bons momentos para as pessoas que estão prestigiando a sua
apresentação, não é mesmo?

Ah, só mais um detalhe: a fabricante norte-americana Shure e a japonesa Audio-Technica são


consideradas referências mundiais de qualidade em microfones. Uma ótima forma de
começar bem é verificar se a equipe trabalha com os melhores equipamentos. Caso você
ainda não utilize essas marcas, convém fazer a substituição, pois a qualidade dos
equipamentos é fundamental para se conquistar um bom som (que seja realmente capaz de
promover uma boa experiência para o seu público).

3.EQUALIZAÇÃO

O equalizador é um dispositivo que atua diretamente nas frequências, ou como


explicado em outra nomenclatura, altura do som, dessa forma, podemos utilizá-lo para
corrigir determinadas regiões do áudio ou ressaltá-las. Encontramos em periféricos, mesas de
som e até mesmo virtualmente (plugin).

O ser humano tem um campo auditivo que compreende de 20 Hz até 20KHz


(abreviação para 20 mil), porém nem tudo que ouvimos atinge todo esse espectro, exceto
quando ouvimos propositalmente, por exemplo, o ruído rosa que reúne todas as frequências e
por isso é muito utilizado para alinhar sistemas de som.

Isso significa que quando ouvimos uma voz, existem muitas frequências que não
participam da definição dessa fonte sonora e que podem significar “sujeira”. Imagine que
você está gravando em um ambiente com ar condicionado ligado, talvez você ainda não tenha
reparado, mas ele emite um ruído grave proveniente do motor. Com o equalizador e seus
respectivos filtros, podemos reduzir a incidência de vazamento de sons que não nos
interessam. Podemos também fazer correções nas regiões de atuação da fonte sonora em
frequências que estejam sobrando. Isso é muito utilizado para evitar, por exemplo,
microfonias em som ao vivo ou simplesmente tornar o que estamos ouvindo mais agradável.
Esse tipo de equalização pode ser chamada de equalização subtrativa ou corretiva e é umas
das técnicas mais utilizadas e recomendadas no mercado profissional. Antes de você ressaltar
qualquer frequência, que tal retirar o excesso de tudo aquilo que pode estar atrapalhando a
definição do seu som? Talvez com isso, consequentemente, a frequência que você iria
ressaltar já se destaque em função do equilíbrio obtido.

Se mesmo assim você quiser ressaltar uma frequência podemos fazer uma equalização
chamada de aditiva e esse processo é feito principalmente para buscar timbre. Vamos pensar
que você gravou um violão e sente falta daquele “brilho”, com o equalizador você pode, por
exemplo, aplicar ganho numa região de 4K e tornar o som muito mais definido.

Podemos categorizar os equalizadores dessa forma:

Paramétrico Neste equalizador pode-se escolher a freqüência central a ser


manipulada, a largura de banda (Q-bandwidth = quantidade de freqüências que se altera junto
com a freqüência central) e a amplitude desta banda (ganho/atenuação).
Semi-paramétrico​ – Neste equalizador a largura de banda, fator “Q”, é fixa.

Não Paramétrico – Esses equalizadores podem ser encontrados na maioria das mesas de
som de baixo custo e tecnologia. Possui filtros, frequências e largura de banda pré definidas.

Equalizador Gráfico – As freqüências são fixas, assim como a largura de banda


(normalmente 1/3 de oitava). É muito utilizado para alinhamento de sistema de som ao vivo.
Em relação aos filtros que encontramos em alguns equalizadores, podemos
categorizar dessa forma:

Bandpass – Conhecido também como “passa banda”, ajusta uma banda de frequências. É
utilizado para fazer ajustes pontuais em uma determinada região do áudio.

Low Shelving – Leva junto todas as frequências abaixo da escolhida. É bastante utilizado
quando o resultado que se pretende vai além de uma frequência ou região específica e
pretende-se ressaltar ou atenuar todos os graves proporcionalmente.

High Shelving – Leva junto todas as frequências abaixo da escolhida. É bastante utilizado
quando o resultado que se pretende vai além de uma frequência ou região específica e
pretende-se ressaltar ou atenuar todos os agudos proporcionalmente.

Low Pass Filter (LPF) – Passa Baixas. Elimina todas as frequências acima da escolhida.
Pode ser chamado também de “High-cut” ou corte de agudos. É bastante utilizado para
limpar o áudio

High Pass Filter (HPF) – Passa Altas. Elimina todas as frequências abaixo da escolhida.
Pode ser chamado também de “Low-cut” ou corte de graves. É bastante utilizado para limpar
o áudio.

4. COMPRESSÃO

4.1 Origens do Compressor


Lendo vários textos de vários livros, posso dizer que originalmente esta ferramenta foi
criada para ajudar a segurar os picos dos sinais nas gravações e somente depois começaram a
ser usados no Ao Vivo.

Um Compressor bem ajustado pode ser uma das ferramentas mais úteis para o
processamento de um sistema, para uma peça individual de um instrumento, para um grupos
de mixagem, para uma via de auxiliar ou também para finalização (master).

Tudo depende do seu domínio sobre a ferramenta, que poderá até usá-lo para
equalizar o sinal​.

4.2 Como o Compressor funciona


O primeiro passo é entendermos que os processadores de dinâmica são baseados em
volume. Ou seja, modificam a amplitude de sinal baseado no nível de volume monitorado.

Também precisamos entender que se a fonte sonora for modificada ou existir alguma
modificação no sinal antes da monitoração do processador, o resultado poderá deixar de ser
satisfatório.

Muito comum existir esta diferença quando é substituído o cantor, músico,


instrumento, captação, ganho, equalizador, outros processamentos e etc.

A ideia de Compressor é justamente a qual ela se refere, seja reprimir, refrear, achatar
e vários outros sinônimos no sentido de reduzir o volume.

O conceito essencial deste processo é que um Compressor reduz o volume de um sinal


quando este excede o nível determinado, obedecendo a uma taxa de redução e outros
parâmetros que podem ser modificados.

4.3 Exemplos de uso do compressor


Em meios práticos, este processador nos ajuda a segurar excessos que ultrapassem um
ponto definido.

No processamento de um sistema, aplicar esta dinâmica de compressão nas saídas


ajuda muito amortecer os picos que são levados aos transdutores.

Dependendo da situação, utilizar compressor em via auxiliar, principalmente para


cantor, pode ser bem vindo.

Imagina um cantor problemático, que não sabe definir o que deseja, reclama de faltar
voz na sua via de auxiliar e também reclama de faltar os demais instrumentos. Um
Compressor aplicado nesta via de auxiliar pode resolver seu problema.

Você coloca o nível dos instrumentos abaixo do ponto onde iniciará a compressão e a
voz acima deste ponto na mixagem da via, assim toda vez que ele cantar todo o sinal da via
será reduzido, fazendo com que o cantor tenha sensação de escutar mais sua voz, quando este
para de cantar, o nível do sinal volta pra onde estava e automaticamente o cantor volta a
perceber mais presença dos instrumentos.

4.4 Casos de sucesso


Já vi casos de sucesso onde um Compressor bem aplicado, no canal do Segunda Voz
de uma dupla, monitorando (SideChain) o sinal do canal da Primeira Voz, fazia com que as
vozes durante as musicas se encaixassem na proporção certa.

Ou seja, sempre que o Primeira Voz estava cantando, o volume do Segunda Voz era
reduzido, mas quando este Segunda Voz fazia alguma interação nos intervalos entre as
músicas, o volume de voz dele voltava a ser destaque.

Muitas vezes, temos excesso que são gerados por parte de músicos, cantores,
locutores, preletores e vários outros, justamente pelo calor da apresentação.

É uma pegada mais forte, a aproximação do microfone ou até mesmo gritos podem ter
seus picos segurados com compressor sem apagar a emoção do momento.

Tem vários outros modos de utilizar e se beneficiar com o Compressor, vai depender
muito da sua familiarização com a ferramenta.

4.5 Parâmetros do Compressor


Em resumo, os Compressores ajudam muito, mas dependem também de estarem bem
regulados, caso contrário vão arruinar o resultado desejado, por isto, vou explicar como
funcionam vários parâmetros desta ferramenta.

Gráfico demonstrando o
processo de Attack para redução do sinal e Release para liberação do sinal.

Threshold
É neste parâmetro que definimos o ponto de analise do sinal, acima ou abaixo deste
que serão executadas as próximas ações do Compressor.

Para aplicar é simples, você verifica o nível de sinal que esta entrando na ferramenta e
define o valor para qual deseja que seja executado o Attack na proporção de Ratio.
Peak/RMS
É neste parâmetro que definimos se o Compressor efetuará seu processo baseado na
analise do sinal em método Pico ou RMS.

Compressão baseada em Pico faz a medição dos valores imediatos, já baseado em


RMS geram a média de sinais antes do comparativo com a definição para o Threshold.

Ratio
É neste parâmetro que definimos o quanto desejamos que o Compressor reduza o
sinal de forma que a razão seja baseada em proporção.

Uma relação 1:1 indica que uma porção do sinal que entra, sairá uma porção, ou seja,
como se a redução do sinal não exista.

Já na relação 2:1 indica que duas porções de sinal que entrar, sairá uma porção, ou
seja, a metade do sinal que superar o ponto do Threshold poderá passar.

Gráfico demonstrando a
Razão de Proporção do sinal durante a redução do sinal.

O mesmo para 4:1, onde quatro porções do sinal que entrar, irá sair uma porção, ou
seja, um quarto do sinal que ultrapassar a definição poderá passar.

Em proporções maiores, exemplo acima de 10:1, já pode considerar o Compressor


estar trabalhando como um ​Limiter​.

Knee
É neste parâmetro que definimos a velocidade da taxa de compressão do sinal à
medida que este chega próximo ao ponto do Threshold.

Quanto mais distante de zero (Soft), mais suave será a transição, pois a compressão
será iniciada antes de superar o ponto do Threshold.

Quanto mais próximo de zero (Hard), mais brusca poderá ser a transição.

Hard é próximo de zero e Soft


é distante de zero.

Attack
É neste parâmetro que definimos o quanto de tempo o Compressor irá demorar em
reduzir o sinal após ultrapassar o valor definido no Threshold.

Uma definição rápida, ou menor valor, faz com que o sinal seja reduzido imediatamente, este
resultado pode ser desconfortável dependendo da aplicação.

Hold
É neste parâmetro que definimos o quanto de tempo o Compressor permanecerá
aberto quando o sinal ficar reduzido abaixo do valor definido no Threshold.

Em muitos Compressores não é possível a edição deste parâmetro vindo com um


valor fixo de fábrica, neste caso, é preciso verificar nas especificações do produto qual o
valor predefinido.

Release/Decay
É neste parâmetro que definimos o quanto de tempo o Compressor vai demorar (após
a conclusão do tempo do Hold) fechando completamente o sinal baseado no tamanho do
Range.

Assim como Hold, um tempo muito curto pode estragar a sonoridade do sinal, um
tempo muito longo pode deixar passar algum som indesejado (um sinal menor ser
comprimido quando o processo de Hold ou Release ainda não tenha sido finalizado).

Gain (MakeUp/Compensation)
É neste parâmetro que definimos o quanto de ganho queremos compensar no sinal
devido à redução aplicada pelo Compressor, corrigindo a diferença entre o volume do sinal
de entrada e saída do processador.

Filter
É neste parâmetro que definimos em qual faixa de frequência do sinal o Compressor
estará monitorando.

Ainda que seja uma faixa de frequência reduzida de monitoração, o processamento do


dinâmico é efetuado em toda faixa de frequência do sinal.

Cue/Monitor
É habilitando este parâmetro que podemos ouvir somente a faixa de filtro aplicada,
possibilitando uma aplicação mais detalhada ao regular o filtro de frequências.

Atenção: Na maioria dos equipamentos, esta monitoração é feita pelos fones, ou saídas de
monitor, porém, em alguns, o som principal pode ser desabilitado, saindo somente o som
filtrado.

SideChain/Source
É neste parâmetro que definimos de onde partirá o recurso do sinal que será
monitorado, podendo receber o sinal antes ou depois do equalizador paramétrico ou então
receber o sinal de outros canais ou fontes

5. DELAY E ECHO

O Que é Eco and Delay?


O ​delay é um efeito de áudio que grava um sinal de áudio para reprodução após um
período de tempo definido depois do sinal original. O ​delay pode ser reproduzido de maneiras
diferentes para alcançar sons como ecos que se deterioram ao longo do tempo ou um efeito de
duplicação que adiciona novas camadas a uma gravação.

O ​delay é um dos efeitos mais importantes. Na verdade, é a base para outros efeitos,
incluindo coro e reverb. No entanto, a definição atual de ​delay é normalmente usada para
descrever os efeitos de eco mais pronunciados.

Como o Delay Funciona?


A maioria dos ​delays funciona ao reproduzir o sinal seco enquanto reproduz o sinal
molhado ou “atrasado” logo após o original.

As unidades de ​delay de fita antigas apresentavam uma cabeça de gravação e uma(s)


cabeça(s) de reprodução (também chamadas de tap) a poucos centímetros de distância. O
resultado foi um eco do sinal de gravação logo após a reprodução. As unidades de ​delay com
várias ​taps e configurações de fita acabaram por dar aos artistas a capacidade de reproduzir
ecos múltiplos em diferentes intervalos com um maior nível de controle.

As unidades de estado sólido e efeitos digitais mais modernas usam um ​buffer


gravado para emular o efeito de cabeça de reprodução de unidades de ​delay mais antigas. O
sinal recebido é armazenado e reproduzido dependendo dos ajustes nos parâmetros que
controlam o efeito de eco.

Como o Delay Soa?


Existem muitas aplicações comuns de ​delay​. Mas há um casal que é mais proeminente
do que os outros.

Talvez o exemplo mais emblemático de ​delay seja o efeito ​Slapback u​ sado nas
gravações de rock do início dos anos 50, principalmente por Sam Phillips e artistas da Sun
Records, como Elvis.

O ​delay Slapback é​ conseguido reproduzindo o sinal molhado entre 70 a 120 ms após


o sinal seco ser reproduzido. O resultado é um rápido efeito de duplicação que enche um
arranjo com rápidos e sutis atrasos com uma rápida deterioração.

Usos mais pronunciados de ​delay foram popularizados por dub e reggae durante os
anos 70 e 80. Os efeitos de ​delay são muito mais prevalentes nesses exemplos, pois os sons
são repetidos, ecoados e alimentados de volta para conseguir camadas mais ricas para criar
uma sinfonia rítmica de psicodelia.

Efeitos de ​delay mais pronunciados como estes ainda ressoam em toda a música hoje
e dão aos músicos uma paleta completa de possibilidades experimentais. Mesmo o arranjo
mais simples pode ser preenchido usando técnicas de ​delay​ criativas.

Usos Comuns do Delay


Os usos mais curtos de ​delay,​ como ​slapback o​ u efeitos de duplicação, são úteis para
preencher uma performance, especialmente vocais ou violão.

Os ​delays demonstrados com múltiplas ​taps são úteis para criar ritmos mais novos e
camadas em uma performance. ​Delays ​com múltiplas ​taps são comuns em dub e techno para
criar as linhas sintéticas comuns aos gêneros.
6. REVERB

O Que é Reverb?
Reverb é a abreviação para reverberação. Reverb acontece diariamente, mas nem
sempre percebemos isso.

Quando temos um som, duas coisas acontecem: A) o som direto atinge seus ouvidos
B) um monte de outras ondas sonoras reverberam nas superfícies antes de chegarem aos seus
ouvidos. Essas outras ondas sonoras chegarão aos seus ouvidos mais tarde e com menos
energia (portanto, mais silenciosas).

Reverb é um monte de ecos acontecendo ao mesmo tempo, então você os ouve como
um único efeito: reverb.

Existem diferentes tipos de reverb em vários tipos de espaços. Os exemplos mais


óbvios de espaços reverberantes são túneis, catedrais, salões e cavernas.

Como Reverb funciona?


O reverb mais facilmente disponível é aquele que se encontra em espaços naturais.

Em equipamentos de música (como pedais e amplificadores), o reverb analógico


eletromecânico é criado usando uma placa metálica ou mola que capta ecos e vibrações
dentro do tanque e o transforma em sinal com um circuito analógico.

Os reverbs digitais e os plugins de reverb calculam o atraso, nível, resposta de


freqüência e algoritmos gerados por múltiplos ecos. Os plugins de reverb fazem milhares de
cálculos por segundo, é por isso que muitas vezes eles são muito​ intensivos em CPU​.

Como Soa o Som do Reverb ?


Reverb é o eco, faz as coisas parecerem que estão em um tipo particular de sala.
Reverb segura um som e faz com que ele fique por mais um tempo – muitas vezes chamado
de ​reverb tails.​ Dá uma qualidade espetacular, até solene ao seu sinal (pense um coral em
uma grande catedral).

Reverb faz as coisas parecerem mais afastadas no mix se você empurrar um sinal
molhado e derrubar um monte do sinal seco original. Ele pode ampliar o mix e fazê-lo
parecer maior e mais completo.

Usos Comuns do Reverb?


Use reverb para moldar o som, espaço, tempo e humor de um instrumento ou toda a
faixa.

Reverb adiciona plenitude, amplitude e profundidade a um som. Suaviza pequenos


soluços e acrescenta sustentação ao seu som.

Dica: Use reverb de maneira criativa fazendo samples de reverb tails e usando eles
como um bloco de sintetizador

7. MASTERIZAÇÃO

“O Que é a Masterização?”
Masterização é o último ​processo pelo qual a gravação de uma música passa antes do
fonograma​ estar completo.
O profissional que executa o processo de Masterização é chamado de Engenheiro de
Masterização. Este trabalho consiste em utilizar seu conhecimento (técnico, prático,
econômico/social, e matemático) para transformar os arquivos de áudio no produto final que
chegará ao público.
O objetivo da Masterização é atingir a qualidade necessária para o ouvinte, seja atuando em
determinadas frequências, a quantidade de compressão, o posicionamento dos instrumentos,
características de punch, de transiente, de presença dos diferentes instrumentos,
profundidade. Isto, utilizando processamentos específicos.

“Para que serve a Masterização?”


A Masterização ajusta o arquivo final de áudio para os diferentes dispositivos, isto é, seja
para o fonograma ser ouvido na televisão, no rádio do carro, em um fone de ouvido ou no
sistema de som de um supermercado, por exemplo. Desta forma, seu trabalho é super
importante para ​causar a emoção desejada no ouvinte, que é o objetivo do nosso negócio
com música, certo?
Um Engenheiro de Masterização recebe os arquivos de áudio do Engenheiro de Mixagem na
forma de um arquivo único – ​mix down – ou em ​stems separados. Ele então usa diferentes
recursos, como ​equalizadores​, ​compressores​, entre outros, para ter um processamento de
dinâmica. E, assim, para atingir o ​loudness d​ esejado. O que significa a intensidade que a
música terá em cada parte.
.

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