Apostila para Coleta de Ovos em Campo
Apostila para Coleta de Ovos em Campo
Apostila para Coleta de Ovos em Campo
AMOSTRAGEM DE
AEDES AEGYPTI POR MEIO
DE ARMADILHAS DE POSTURA
(OVITRAMPAS)
Índice
Introdução .................................................................................... 3
Contato ......................................................................................... 9
1 - Introdução
Nós temos acompanhado - e alguns vivenciado - o grande problema de saúde pública
causado pelos vírus dengue, Zika e chikungunya. Enquanto não tivermos uma vacina eficiente
contra estes arbovírus, a principal forma de combate é controlar o vetor das três doenças: o
mosquito Aedes aegypti.
Um dos objetivos das nossas pesquisas na Fundação Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro, é estudar
a resistência a inseticidas das populações de mosquito em cada região do Brasil, com o intuito
de desenvolver estratégias de uso eficientes e seguras. O Ministério da Saúde já realiza, por
exemplo, a rotação de inseticidas. Isto significa usar por até 5 anos um produto e trocar por
outro (de preferência de classe e mecanismo de ação diferente do que estava sendo usado)
que também sirva para combater aquela população de mosquito. Por isso, o monitoramento da
resistência a um determinado inseticida é tão importante.
Para estudar a resistência, é preciso coletar ovos de Aedes aegypti de diversos municípios em
cada região brasileira. Por isso, contamos com a participação dos estados e, principalmente, dos
municípios, que são os responsáveis diretos pela coleta dos ovos.
Esta apostila tem o objetivo de apresentar o projeto e explicar a metodologia de coleta dos ovos de
mosquitos, que serão enviados para a análise em laboratório. Este produto acompanha um vídeo
em que todos os procedimentos são apresentados de forma detalhada.
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2 - Qual é a metodologia
do projeto?
Como nosso objetivo é entender a resistência dos mosquitos aos inseticidas por todo o país,
nós contamos com a ajuda de profissionais da estatística para selecionar os municípios que
poderiam representar cada região do Brasil. Foram escolhidos 143 municípios. O principal critério
foi a localização geográfica, para fazer a cobertura do território brasileiro. Por isso, nem sempre o
município escolhido é o mais importante epidemiologicamente naquela região.
Nesta primeira etapa, será realizada a coleta de ovos de mosquitos Aedes em cada um destes
municípios. Estes ovos serão utilizados para realizar os ensaios de avaliação de resistência
em laboratório.
Para fazer a distribuição das armadilhas pelos municípios, deve-se dividir o número de quarteirões
do município pelo número de ovitrampas a serem instaladas.
Exemplo: município com 40.000 imóveis e 2.000 quarteirões. Pelo número de imóveis,
sabemos que devem ser instaladas 100 ovitrampas (ver tabela). Dividindo o total de quarteirões
(2.000) pelo número de ovitrampas (100), o resultado é 20. Assim, devemos instalar uma
armadilha a cada 20 quarteirões.
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4 - Como montar a armadilha?
O kit de instalação da armadilha contém:
- 1 vaso plástico de cor preta, com aproximadamente 800mL;
- 1 paleta de compensado de madeira (tipo Eucatex) de 3cm x 12cm;
- 1 clipe de metal;
- levedo de cerveja.
Montagem da ovitrampa:
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Para atrair as fêmeas dos mosquitos para a armadilha,
é preciso colocar no fundo uma solução de levedo de
cerveja em concentração de 0,04%.
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todas as paletas que forem colocadas nela. O agente deve preencher a ficha
corretamente e com atenção, atualizando as informações a cada coleta realizada.
O morador deve preencher e assinar o termo de consentimento autorizando a
instalação da armadilha. Esse documento deve ser guardado pelo agente junto
às fichas.
No dia de recolher as paletas, é preciso tomar cuidado para que elas permaneçam
na posição vertical, com a parte identificada para cima. Isso garante que os ovos
permaneçam fora do contato com a água e cheguem intactos ao laboratório.
Para isso, pode-se levar um pote vazio e colocar todas as paletas recolhidas
lado a lado, prendendo com o clipe, ou preparar uma caixa de isopor com uma
espuma cortada no fundo, para fixar as paletas.
corretamente e com atenção, atualizando as informações a cada coleta realizada.
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6 - Como preparar o material
para envio por correio?
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7 - Como os dados são
consolidados e divulgados?
Os ensaios serão realizados pelo Laboratório de Fisiologia e Controle de Artrópodes Vetores do
Instituto Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro. Os resultados serão enviados para a Coordenação Geral
do Programa Nacional de Controle da Malária e Doenças Transmitidas pelo Aedes - CGPNCMD,
que divulgará os resultados após compilação e análise dos dados.
Contato
Instituto Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro
[email protected]
(21) 2580-6598