Monitoramento de UTI

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Disciplina: Gestão de Tecnologia da Informação

Assunto: Monitoramento da UTI

1) Objetivo
Disciplina: Gestão de Tecnologia da Informação

Assunto: Monitoramento da UTI

As UTIs dos hospitais dispõem de vários modelos de equipamentos monitores,


multiparamétricos, ventiladores mecânicos, bombas de infusão e nutrição, entre outros
equipamentos. Esses equipamentos geram dados importantes para o acompanhamento dos
sinais vitais dos pacientes.
Em muitos hospitais os dados dos sinais vitais e dos equipamentos próximos a cada leito
de UTI são coletados de forma manual, preenchidos em papel e lançados no prontuário do
paciente. Essa forma de coleta de dados é insegura devido a probabilidade de ocorrer erro
humano tanto na escrita do papel como no lançamento dos dados no sistema.
Mesmo que o hospital disponha de dispositivos móveis (tablet, notebook e outros) os
profissionais de enfermagem coletam as informações no leito de cada paciente de acordo com
os prazos definidos, ainda haverá probabilidade de erros de digitação e a necessidade de
deslocamento até o leito para coleta das informações.
Os principais desafios da UTI são:
 Inexistência de monitoramento contínuo, centralizado e remoto;
 Falta de detalhamento de sinais vitais e indicadores históricos;
 Captura e repasse manual dos parâmetros dos equipamentos;
 Sem compartilhamento de dados, difícil obter uma segunda opinião;
 Equipe exposta a contágio de doenças como o COVID.
O objetivo desse trabalho é implantar uma solução de monitoramento remoto de UTI
para que os dados sejam coletados de forma automática e integrados ao prontuário do
paciente, sem a necessidade de deslocamento até o leito, e que possam ser visualizados a
partir de uma central de monitoramento em qualquer lugar, através do acesso à internet pela
equipe médica e de enfermagem, permitindo o uso das informações coletadas no apoio a
decisão predição do diagnóstico do paciente.

2) Referencial Teórico
2.1) IOT

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A internet das coisas (IOT) consiste na conexão de qualquer tipo de dispositivo a internet
a partir de sensores, softwares e outras tecnologias com o objetivo de trocar dados entre
outros dispositivos e sistemas. Os dispositivos podem ser dos mais variados tipos como
eletrodomésticos, equipamentos industriais, equipamentos médicos e outros.
Através da computação de baixo custo, nuvem, big data, análise avançada e tecnologias
móveis, os dispositivos podem compartilhar e coletar dados com o mínimo de intervenção
humana. Os sistemas podem gravar, monitorar e configurar os dispositivos conectados de
forma que todos os itens conectados cooperem entre si.
O avanço tecnológico e o baixo custo dos itens que compõem a solução contribuíram para
o aumento do uso do IOT:
 Sensores de baixo custo e baixa potência. Sensores acessíveis e confiáveis estão
possibilitando a tecnologia IoT para mais fabricantes;
 Conectividade: os protocolos de rede para a Internet facilitaram a conexão de
sensores à nuvem e a outras “coisas” para transferência eficiente de dados;
 Plataformas de computação em nuvem permitem que empresas e consumidores
acessem a infraestrutura de que precisam para aumentar a escala sem precisar
gerenciar tudo;
 Machine learning e análise avançada. Com os avanços em machine learning e
análise avançada, além do acesso a quantidades grandes e variadas de dados
armazenados na nuvem, as empresas podem obter insights de maneira mais
rápida e fácil;
 Inteligência artificial (IA) conversacional. Os avanços nas redes neurais trouxeram

o NLP (natural-language processing, processamento de linguagem natural) aos

dispositivos de IoT (como assistentes pessoais digitais Alexa, Cortana e


Siri) e os tornaram atraentes, acessíveis e viáveis para uso doméstico.
Os dispositivos podem ser equipados com sensores e monitorados de qualquer lugar a
partir da conexão da internet com sistemas localizados na nuvem.

3. Descritivo da Tecnologia
O sistema Orchestra foca no monitoramento remoto de pacientes e fornece uma
plataforma para centro de comando clínico centralizada. Integra os mais diversos tipos de
equipamentos presentes na UTI a sistemas.

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Fornece informações móveis em tempo real sobre o paciente, o que facilita a intervenção
precoce e permite resultados clínicos melhores. A plataforma de tele-uti fornece acesso ao
vivo a telemetria do paciente, e é capaz de se comunicar-se com a equipe local.
O sistema está armazenado em nuvem, os dados coletados do ERP e equipamentos são
enviados para a nuvem e podem ser acessados em qualquer localidade e dispositivo. As
informações são processadas em tempo real.
O sistema está divido nos módulos Monitor, Air, Infusion e System.
a) Módulo Monitor
O módulo Monitor tem a tarefa de apresentar ao intensivista, da maneira mais intuitiva e
clara possível, os sinais vitais do paciente. Oferece experiencias diferenciadas através de
painéis com alarmes e alertas visuais, gráficos ilustrativos, dados históricos de vários dias, e
outras ferramentas de que auxiliam no cuidado do paciente. Todos os dados são apresentados
de maneira organizada, evitando sobrecarga visual, assim economizando tempo e energia do
corpo clínico.
O módulo implementa algumas funções de automatização de processos, facilitando o dia
a dia dos intensivistas, libertando-o dos processos repetitivos que hoje ocupam 30% do tempo
do corpo clínico. Isto não somente reduz o burn-out, mas também aumenta eficiência do time
clínico, porque devolve a eles a prerrogativa de atuar no cuidado do paciente, em vez de gastar
todo o tempo como um transcritor de dados para os sistemas de controle e bilhetagem do
hospital.

b) Módulo Air
O módulo Air foca em otimizar o esforço dos fisioterapeutas e médicos intensivistas que
se ocupam da terapia ventilatória. Pacientes com patologias respiratórias necessitam do uso
da ventilação (invasiva ou não-invasiva). Observamos que os ventiladores, muito embora
sejam equipamentos essenciais no acompanhamento destes procedimentos ventilatórios, lhe
falta uma apresentação remota onde o intensivista possa monitorar o progresso do
tratamento, sem precisar estar fisicamente ao lado do paciente.
Para doenças infectocontagiosas, tal como a COVID-19, o uso do Orchestra Air pode
significar a redução drástica do percentual de infecção do time de intensivistas. Com o
Orchestra Air, o intensivista pode à distância, monitorar o paciente, sendo avisado de qualquer

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problema ou intercorrência, enquanto deixa o próprio sistema registrar todos os dados para
um posterior envio aos registros médicos.

c) Módulo Infusion
A mesma carência detectada no módulo Air foi também observada nos procedimentos de
infusão de substâncias nos pacientes, através de bombas de infusão e de nutrição parenteral.
Muitas vezes, os intensivistas precisam registrar que substâncias estão sendo administradas
em qual bomba e precisam recorrer a procedimentos manuais que, além de cansativos, podem
incorrer em erros de rotulação de substâncias e de registro de dados.
O módulo Infusion vem para facilitar o trabalho do time de intensivistas, mantendo todos
os indicadores, alertas e alarmes do sistema nas telas que podem ser acompanhadas à
distância pelos enfermeiros, supervisores, médicos e demais especialistas.

d) Módulo System
Integração com o prontuário ou sistema de gestão. Esse módulo garante compatibilidade
direta e reversa com os principais sistemas HIS do mercado, garantindo que todos os dados
coletados pelos módulos anteriores sejam apresentados aos outros sistemas numa matriz de
pertinência que visa oferecer um quadro clínico completo do paciente aos intensivistas.

Principais Dashboards:
 Dashboards Leitos: Esse painel permite acompanhar os dados mais críticos para toda a
ala da UTI em uma TV de tela grande na sala de enfermagem, o que facilita a
intervenção precoce e permite melhores desfechos clínicos. Leito, Paciente, Pressão
Arterial (sistólica, diastólica, média), Frequência cardíaca, Frequência Respiratória;
 Dashboard Monitor: Esse painel permite detalhar um paciente específico e observar os
sinais vitais recebidos do monitor durante os últimos 10 minutos. Leito, Paciente,
Pressão Arterial (sistólica, diastólica, média), Frequência cardíaca, Saturação de
Oxigênio, Frequência Respiratória, Temperatura;
 Dashboard Histórico Monitor: Esse painel permite analisar e correlacionar dados
capturados de um paciente durante todo o período de tempo na UTI. Isso ajuda a
tomar decisões baseadas em dados. Leito, Paciente, Pressão Arterial (sistólica,

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diastólica, média), Frequência cardíaca, Saturação de Oxigênio, Frequência


Respiratória, Temperatura;
 Dashboard Air: Esse painel visualiza, documenta e calcula diferentes modelos de
operação da situação respiratória do paciente do ventilador mecânico, facilitando o
trabalho do corpo clínico. Leito, Paciente, Tidal Volume, Inspiratory Pressure, Fraction
of Oxygen Inspired, PeeP, Respitory Rate, Flow, IE Ratio, Sensitivity, Pressure,
Inspiratory Pause, Minute Volume, Peak Inspiratory Pressure, Plateau Pressure;
 Dashboard Infusion: Esse painel permite supervisar os indicadores recebidos de
bombas de infusão durante os últimos 30 minutos. Leito, Paciente, Substância
adicionada, Vazão de infusão da Substancia, Volume adicionado até o Presente;
 Dashboard Níveis de Alarmes: Esse painel permite definir alarmes para pacientes
individuais ou predefinições para um grupo de pacientes. Leito, Paciente, Faixa de
Alarmes;
 Dashboard Parâmetros Envio ERP: Este painel define a frequência com que a equipe
clínica deseja transferir dados por paciente e sinal vital para o sistema ERP. Leito,
Paciente, Frequência de amostragem.

3) Benefícios
Economia de tempo pois evita a transferência manual de dados, integra automaticamente
os dados com o prontuário e permite o uso de dashboard em tempo real. Elimina a
necessidade de deslocamento até o leito e erros digitação de dados no prontuário do paciente.
Reduz a mortalidade devido ao monitoramento 24/7 do paciente, diagnóstico precoce e
mais rápido, registro autônomo de informações, resposta através de alarmes inteligentes,
monitoramento contínuo do paciente e facilidade no compartilhamento de dados.
Configuração de captura automática de sinais vitais, alarme de acordo com o risco do
paciente e plano de cuidados, acesso em tempo real por meio de smartphones e tablets, 100%
baseado em nuvem com recuperação de histórico, sem papel, logs sobre todas as interações
do paciente e equipe clínica.

4) Conclusão
O avanço da tecnologia da informação possibilitou a conexão de qualquer dispositivo a
internet para envio de informações para base de dados de sistemas armazenados em nuvem.

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Os sistemas hospedados em nuvem permitem o acesso de qualquer lugar a partir de qualquer


dispositivo sejam eles computadores, tablets, smartphone entre outros.
As soluções em nuvem trazem maior flexibilidade para que as empresa adquiram
soluções tecnológicas sem preocupar-se com investimento em infraestrutura. A empresa paga
pelo uso do sistema e pelo acesso à internet, evitando a aquisição de servidores, sistemas
operacionais, banco de dados e a contratação de mão de obra qualificada para manutenção da
infraestrutura.
A coleta manual dos dados dos dispositivos presentes nos leitos da UTI é uma tarefa
onerosa, o que pode facilmente chegar entre R$ 250,00 – R$ 500,00 por dia e por leito, sem
contar que essa ação é totalmente passível de erro, erros esses que podem chegar aos
números de entre 10 e 20%. Muitos dados coletados pelos equipamentos não são
armazenados de forma estruturada para auxiliar o diagnóstico dos pacientes de forma que se
possa ter uma na análise do caso e ter diagnóstico preditivo.
O avanço da tecnologia chegou as UTIs a partir de sistemas que capturam informações
dos dispositivos presentes no leito e as armazenam em nuvem, propiciando acesso à
informação online e remota do paciente por qualquer dispositivo móvel.
O sistema Orchestra é armazenado em nuvem e possui tecnologia para conexão com os
dispositivos presentes na UTI. Permite o monitoramento online do paciente em qualquer lugar
por tablets e smartphones. Centraliza o monitoramento dos leitos de UTI e facilita o acesso a
informação sem necessidade de deslocamento ao leito. Melhora a tomada de decisão a partir
do acesso online a informação e a dados históricos coletados dos equipamentos. Contribui
para que a equipe da uti foque nos cuidados do paciente a partir do momento que os dados
são coletados automaticamente e armazenados no prontuário do paciente pelo sistema.

5) Bibliografia
https://www.carenet.com.br/
https://www.oracle.com/br/internet-of-things/what-is-iot/

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