APOSTILA - Direito Processual Penal - Habeas Corpus
APOSTILA - Direito Processual Penal - Habeas Corpus
APOSTILA - Direito Processual Penal - Habeas Corpus
br
Resumo: Direito Processual Penal – Hábeas Corpus – por Beatriz Trentin
Assunto:
Autor:
BEATRIZ TRENTIN
1
www.ResumosConcursos.hpg.com.br
Resumo: Direito Processual Penal – Hábeas Corpus – por Beatriz Trentin
1. Introdução
O autor Plácido e Silva, em seu Vocabulário Jurídico traduz: “O hábeas corpus é uma
locução composta do verbo latino hábeas, de habeo (ter, tomar, andar com),e corpus
(corpo), de modo que se pode traduzir: ande com o corpo ou tenha o corpo.”
A origem do hábeas corpus possuí diferentes correntes, entre as duas mais fortes esta
a origem no Direito Romano, e a Carta Magda da Inglaterra de 1215. Independente da
época datada historicamente, fica claro que deste o inicio da humanidade “mais civilizada”
compreendia-se a importância da liberdade de locomoção do ser humano, a ponto de
considerar-se que os atentados à propriedade e à vida lesariam menos o interesse e o bem
geral, do que a coação ou a violência exercidas sobre a liberdade física.
Neste trabalho visaremos conhecer mais profundamente o instituto de hábeas corpus,
deste a sua origem até os dias atuais, e objetivaremos formar uma visão própria sobre o
assunto.
2
www.ResumosConcursos.hpg.com.br
Resumo: Direito Processual Penal – Hábeas Corpus – por Beatriz Trentin
“O habeas corpus é uma ordem dada pelo juiz ao coator a fim de fazer cessar a
coação.”
Rui Barbosa
3
www.ResumosConcursos.hpg.com.br
Resumo: Direito Processual Penal – Hábeas Corpus – por Beatriz Trentin
A origem do Habeas Corpus tem três correntes: a primeira que origina o Habeas
Corpus no direito romano; a segunda que origina-o na Constituição da Inglaterra de 1215
(Magna Charla Libertatum), e a terceira (que possuí menos adeptos) que origina o Habeas
Corpus na Petition of Rights editada no reinado de Carlos II.
A primeira corrente coloca o instituto “interdicto de homine libero””, do período romano,
como o possível precursor do Habeas Corpus. Este instituto garantia ao cidadão romano o
direito de locomoção, a liberdade de ir, vir e ficar. O “interdictum de homine libero exhibendo”
era o nome da ação que dava a todo cidadão o direito de reclamar a exibição do homem livre
detido ilegalmente.
O autor Pinto Ferreira é um dos autores adeptos da primeira corrente, onde o Habeas
Corpus teria se originado do direito romano. Pela sua doutrina, anos após, os writs1[1]
ressurgiram destinados a proteger a liberdade, no reinado de Henrique II (1133 -1189), na
Inglaterra . Porém o writ, a princípio só ampararia os barões e nobres, sem extensão aos
homens comuns.
No rolar dos anos, é conhecida em 19 de junho de 1215, no capítulo XXIX, da Carta
Magna da Inglaterra (Magna Charla Libertatum), outorgada pelo Rei João Sem Terra, o
preceito que nenhum homem poderia ser preso, ou sequer detido, sem a permissão das leis
de sua terra ou o prévio julgamento de seus pares. Dizia no seu art.48: “ Ninguém poderá
ser detido, preso ou despojado de seus bens, costumes e liberdades, senão em virtude de
julgamento de seus pares, de acordo com as leis do país.” A partir deste período é que a
segunda corrente acredita ter se originado o habeas corpus, esta por sua vez, é a que mais
possuí adeptos..
Assim, entre os séculos XV e XVI, esta instituição era utilizada claramente contra
excessos das autoridades, embora no período de Carlos I existisse muita discussão em
relação a legitimidade da ação.
No século XVII, mais expressamente no mandado de Carlos II, em 1679, surgiu o
habeas corpus act. Neste período exigia-se a presença do preso ao juiz num prazo máximo
de 20 dias. O juiz impetrava a liberdade do paciente. Punia-se através de multa, quem
ordenasse, pelo mesmo motivo, nova detenção. O habeas corpus act era utilizado somente
quando se tratasse da pessoa acusada do crime, não sendo utilizado em outras hipóteses. O
habeas corpus act deste período só protegia quem tivesse sido detido por crimes comuns. A
partir deste período a terceira corrente enraíza o habeas corpus, porém esta tem cada vez
menos adeptos possuindo grandes chances de acabar se extinguindo.
Em 1816, o novo habeas corpus act inglês ampliou o campo de atuação e incidência
do instituto para colher a defesa rápida e a eficaz da liberdade individual. Enfim, ampliou o
habeas corpus act de 1679, proporcionando maior celebridade no processamento da ordem
e defesa da liberdade pessoal.
1[1]
“writ: Do inglês, lê-se mandado e se aplica comumente ao mandado de segurança e ao habeas corpus.”
Definição do Vocabulário Jurídico de Plácido e Silva, 15° edição - pg.875
4
www.ResumosConcursos.hpg.com.br
Resumo: Direito Processual Penal – Hábeas Corpus – por Beatriz Trentin
Período Pré-Imperial
Foi introduzido com vinda de D. João VI, no decreto de 23 de maio de 1821: “Todo
cidadão que entender que ele, ou outro, sofre uma prisão ou constrangimento ilegal em sua
liberdade, tem direito de pedir uma ordem de habeas corpus a seu favor.”
A constituição imperial de 1824 proibia as prisões arbitrárias; porém, não usava do
termo e significado habeas corpus expressamente, simplesmente silenciou-se sobre o
assunto. (art.179 n.6)
Surgiu expressamente 8 anos depois no Código de Processo Criminal de 29 novembro
de 1932. Estendeu o habeas corpus só para brasileiros.
Em 29 de setembro de 1871 o decreto n°2033 deu ao habeas corpus caráter preventivo
e o ampliou para estrangeiros.
2[2]
Ferreira, Pinto- pg.137
5
www.ResumosConcursos.hpg.com.br
Resumo: Direito Processual Penal – Hábeas Corpus – por Beatriz Trentin
locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder. Nas transgressões disciplinares não caberá
habeas corpus. “
No ato institucional n°5 de 13 de dezembro 1968, dizia em seu art.10:” Fica suspensa a
garantia de habeas corpus nos casos de crimes políticos, contra segurança nacional, a
ordem econômica e social e a economia popular.”
A Emenda Constitucional de n°1 de 1969 repete em seu art.153, §20; o art.150 §20 da
constituição de 1967.
E finalmente a nossa constituição atual de 1988 diz em seu art.5°, LXVIII: ”Conceder-
se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou
coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder.”
6
www.ResumosConcursos.hpg.com.br
Resumo: Direito Processual Penal – Hábeas Corpus – por Beatriz Trentin
4. Habeas Corpus
A violação dos direito individuais não se verifica somente na esfera privada (indivíduo
contra indivíduo); mas, também pelo Estado, por seus agentes ou por seus diferentes
órgãos, que podem praticar atos que exigem uma proteção e que essa proteção seja eficaz.
O habeas corpus é o processo onde a violência atinge a liberdade corpórea da pessoa.
Garantindo o direito de ir e vir livremente.
Assim, temos como finalidade deste instituto a proteção da liberdade de locomoção, a
liberdade de ir e vir, primária e natural, ameaçada ou atingida por ato ilegal ou abusivo.
O habeas corpus diferencia-se do mandado de segurança. O mandado de segurança
visa proteger o direito líquido e certo, não amparado pelo habeas corpus ou pelo habeas
data. Basicamente, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder, for um agente
de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público ou uma autoridade pública.
O habeas corpus assegura a liberdade contra a aplicação errônea da lei penal, contra
a prisão ilegal e em todos os casos em que ilegalidade atinge a integridade física do
indivíduo como direito inerente à sua personalidade.
“Tivemos o habeas corpus para proteção da liberdade corpórea contra a prisão ou
detenção ilegal ou por abuso de poder. Esse processo ampliou-se, rapidamente, para
amparar, também, o direito de locomoção em seus diversas manifestações, inclusive,
quando para o exercício de um direito, essa liberdade se tornará indispensável e
essencial.”[t1]3[3]
A pessoa que requer o habeas corpus é denominada impetrante e a que está sofrendo
a violência ou coação ilegal na liberdade de locomoção é chamado de paciente. O sujeito
ativo da coação ilegal ou violência é o coator ou autoridade coatora.
O habeas corpus deverá ser impetrado diretamente contra o coator, que poderá ser
tanto particular (ato de ilegalidade), como autoridade - promotor de justiça, delegado de
polícia, juiz de direito, tribunal. - (ilegalidade e abuso de poder).
É importante ressaltar que para cada paciente deve existir uma ordem de habeas
corpus individual. Não existe tal ordem de forma coletiva.
Quanto a legitimidade, na visão do autor Antônio Macedo Campos, o habeas corpus
pode ser:
] Legitimatio ad causam ⌠ Refere-se ao verdadeiro sujeito ativo ou passivo de
uma mesma relação jurídica controvertida.
] Legitimatio ad processum ⌠ É a possibilidade global que se tem pata agir ou se
defender em juízo como sujeito ativo ou passivo de uma mesma relação
processual, diferindo da legitimatio ad causam.
Qualquer pessoa tem direito à habeas corpus, independente se estrangeiro ou não,
independente de sua capacidade civil, política, profissional, sexo, profissão, idade, estado
3[3]
Themistocles B. Cavalcanti - pg.235.
7
www.ResumosConcursos.hpg.com.br
Resumo: Direito Processual Penal – Hábeas Corpus – por Beatriz Trentin
mental, escolaridade - no caso de ser analfabeto alguém deverá assinar a pedição a rogo; no
caso de ser menor ou insano, não tem necessidade de estarem representados ou assistidos
por outrem. É bom que fique destacado que ele pode ser impetrado pela própria pessoa que
está sofrendo ou se acha na iminência de sofrer a violência ou coação ilegal ou terceiros
(chamado habeas corpus de terceiro). O paciente (se de seu interesse) terá a faculdade de
recusar-se a aceitar o habeas corpus impetrado por terceiros. Nesta situação, bastará ima
simples pedição dirigida ao juiz ou tribunal para que o julgador considere o pedido
prejudicado. O juiz poderá, se achar necessário, solicitar informações da autoridade
apontada como coatora, no prazo que estabelecer, e também, poderá interrogar o
beneficiário; apartir disto o juiz terá 24 horas para decidir.
Cabe saber que existe uma exceção: não haverá habeas corpus em relação ao mérito
das punições disciplinares militares.
Devido o habeas corpus ser assegurado constitucionalmente e sua ação se
interposiciona ao direito de defesa, não obriga o paciente a obter o patrocínio judicial por um
advogado.
O habeas corpus não é concedido a pessoas indeterminadas e local onde se encontra
recolhido deve ser expressamente correto (pelo fato que muitas vezes o preso é transferido).
No que se refere ao Ministério público, o promotor de justiça, na qualidade deste órgão,
poderá impetrar o habeas corpus quando bem entenda (perante o juízo de primeiro grau,
quanto perante os tribunais locais). Em referência ao juiz, desde que se aperceba e se
conscientizar da necessidade do habeas corpus, o determinara de ofício, ou seja, por conta
própria, sem a necessidade de que alguém impede. O STF admite o habeas corpus
mediante FAX, condicionando seu conhecimento através do Ministro - Relator, que se
impetrado no prazo concedido, ratifica-o.
Alexandre de Moares ensina: “As decisão de qualquer das Turmas do Pretório Excelso
são inatacáveis por habeas corpus, uma vez que a Turma quando profere julgamento, em
matéria de sua competência, representa o próprio Supremo Tribunal Federal. Dessa forma, a
circunstância do Objeto impugnado ser decisão emanada da própria corte 0 órgão fracionário
ou não - inviabiliza o ajuizamento do writ.”
Compete ao Superior Tribunal de Justiça conceder o quando coator ou paciente for:
Juiz de Tribunal Regional Federal ou Desembargador do Tribunal de Justiça. Ao Tribunal de
Justiça processar e julgar contra ato ilegal imputado a promotor de justiça. O Supremo
Tribunal Federal contra ato da Turma Recursal dos Juizados e o Tribunal Local contra ato do
juiz, nos Juizados Especiais Criminais.
“A doutrina não permite a intervenção do assistente da acusação no processo de
habeas corpus, tendo, porém, o STF, por votação majoritária resolvendo questão preliminar,
8
www.ResumosConcursos.hpg.com.br
Resumo: Direito Processual Penal – Hábeas Corpus – por Beatriz Trentin
entendido legítima a intervenção na ação penal do habeas corpus, inclusive para fazer
sustentação oral, do credor fiduciário, autor da ação civil de depósito.”4[4]
As formas de habeas corpus são:
] Habeas Corpus Liberatório ou repressivo ⌠ Existindo violência ou coação ilegal
por parte do coator, só restará então impetrar-se a ordem do juiz para que fique
restabelecida a liberdade de locomoção do paciente.
] Habeas Corpus Preventivo ⌠ Se a violência ou coação ilegal ainda não ocorreu,
mas tudo indica que iria consumar-se em breve dá-se então o habeas corpus
preventivo. Bastará a simples ameaça de coação à liberdade de coação.
O documento expedido, pelo tribunal ou juiz, que concede a ordem é designado pelo
Código de Processo Penal como ordem de habeas corpus; coloquialmente, se trata de um
habeas corpus liberatório é conhecido como alvará de soltura, e se tratar de um habeas
corpus preventivo, a ordem escrita do juiz denomina-se salvo conduto.
Julio Fabrini Mirabete ensina: “(...) como medida cautelar excepcional, a liminar em
habeas corpus exige requisitos: O periculum in mora (probabilidade de dano irreparável)e o
fumus boni iuris (elementos da impetração de indiquem a existência de ilegalidade no
constrangimento).”5[5]
O habeas corpus é um instituto de natureza jurídico - constitucional e processual.
Uma vez solicitado o habeas corpus a decisão juiz poderá :
š Conceder a ordem ® O juiz entende a necessidade desta e a determinará.
š Denegar a ordem ® Se o juiz entender que não se configuram os requisitos
necessário.
š Julgará prejudicando o pedido ® O juiz não nega e não concede. Fica
arquivado para se aparecer algum fato concreto e o juiz achar que é
necessário.
No que diz respeito ao excesso de prazo o habeas corpus poderá ser utilizado como
meio processual adequado para cessar o constrangimento ilegal à liberdade de locomoção
do acusado - preso, decorrente de abusivo excesso de prazo para o encerramento da
intrusão processual penal. É importante a colocação que não se encaixa no caso citado de
habeas corpus o prazo ocorrido por exigência da própria defesa em arrolar testemunhas
residentes em comarcas diversas, ou em virtude do número alto de acusados, principalmente
quando a instrução teve tempo regular. Uma observação é que a possível grave de
serventuários da justiça configura força maior não ensejando alegação de excesso de prazo.
“O habeas corpus não poderá ser utilizado para a correção de qualquer inidoneidade
que não impliquem coação ou iminência direta de coação à liberdade de ir e vir, assim, por
exemplo, não caberá habeas corpus para questionar pena pecuniária”.6[6]
4[4]
Texto retirado do STF, Habeas Corpus n°72.131-1/RJ - Rel. Min. Marco Aurélio, Diário de Justiça, Seção I,
28/09/95, pg. 41.010
5[5]
Texto retirado do Código de processo penal interpretado. 4° edição. ed.atlas,1996,SP. pg.765.
6[6]
STF - HC n°69421-SP,1° Turma, Rel. Min. Ilmar Galvão, Diário da Justiça, Seção I, 30/8/96 pg. 30606.
9
www.ResumosConcursos.hpg.com.br
Resumo: Direito Processual Penal – Hábeas Corpus – por Beatriz Trentin
O habeas corpus trata-se de uma cláusula pétrea, assim sendo não poderá ser
suprimido do ordenamento jurídico. Porém, o habeas corpus poderá sofrer uma diminuição
em sua abrangência, nos casos da em que instituto o Estado de Sítio ou o Estado de Defesa.
Outra hipótese de cabimento do pedido de habeas corpus é a da recusa por parte da
autoridade judicial ou policial em admitir a alguém prestar fiança quando a lei permite. Fora
dos casos em que não é permitida a fiança, ninguém será levado à prisão ou será nela
conservado sem que a lei expressamente a conduza.
O habeas corpus, assim como o habeas data, são gratuitos. O habeas corpus é um
procedimento eficiente e rápido; sendo que, este têm preferência sobre todos os demais, em
primeira e segunda estância, a fim de que sejam julgados o mais depressa possível.
10
www.ResumosConcursos.hpg.com.br
Resumo: Direito Processual Penal – Hábeas Corpus – por Beatriz Trentin
5. Legislação Atual
art.5°, LXVIII: ”Conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar
ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade
ou abuso de poder.”
art.142, §2°: “Não caberá habeas corpus em relação a punições disciplinares militares. “.
art.647: “Dar-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar na iminência de
sofrer violência ou coação ilegal na sua liberdade de ir e vir, salvo nos casos de punição
disciplinar .“
11
www.ResumosConcursos.hpg.com.br
Resumo: Direito Processual Penal – Hábeas Corpus – por Beatriz Trentin
art.649: “O juiz ou o tribunal, dentro dos limites da sua jurisdição, fará passar
imediatamente a ordem impetrada, nos casos em que tenha cabimento, seja qual for a
autoridade coatora.“
art.651 “A concessão do habeas corpus não obstará, nem porá termo ao processo, desde
que este não esteja em conflito com os fundamentos daquela.“
art.652: “Se o habeas corpus for concedido em virtude de nulidade do processo, este será
renovado.“
art.653: “Ordena a soltura do paciente em virtude de habeas corpus, será condenada nas
custas a autoridade que, por má-fé ou evidente abuso de poder, tiver determinado a
coação.
Parágrafo único - Neste caso, será remetida ao Ministério Público cópia das peças
necessárias para ser promovida a responsabilidade da autoridade.“
art.654: “O habeas corpus poderá ser impetrado por qualquer pessoa, em favor ou de
outrem, bem como pelo ministério público.
§1° A petição de habeas corpus conterá:
a)o nome da pessoa que sofre ou está ameaçada de sofrer violência ou coação e o de
quem exercer a violência, coação ou ameaça;
b)a declaração da espécie de constrangimento ou, em caso de simples ameaça de
coação, as razões em que funda o seu temor;
c)a assinatura do impetrante, ou de alguém a seu rogo, quando não souber ou não
puder escrever, e a designação das respectivas residências.
§2° Os juizes e os tribunais têm competência para expedir de ofício ordem de habeas
corpus, quando no curso do processo verificarem que alguém sofre ou está na
iminência de sofrer coação ilegal.“
12
www.ResumosConcursos.hpg.com.br
Resumo: Direito Processual Penal – Hábeas Corpus – por Beatriz Trentin
art.657: “Se o paciente estiver preso, nenhum motivo escusará a sua representação,
salvo:
I - gravo enfermidade do paciente;
II - não estar ele sob a guarda da pessoa a quem se atribui a detenção;
III - se o comparecimento não tiver sido determinado pelo juiz ou pelo tribunal.
Parágrafo único - O juiz poderá ir ao local em que o paciente se encontra, se este
não puder ser apresentado por motivo de doença.“
art.659: “Se o juiz ou o tribunal verificar que já cessou a violência ou coação ilegal, julgará
prejudicado o pedido.“
13
www.ResumosConcursos.hpg.com.br
Resumo: Direito Processual Penal – Hábeas Corpus – por Beatriz Trentin
§5° Será incontinente enviada cópia da decisão à autoridade que tiver ordenado a
prisão ou tiver o paciente à sua disposição, a fim de juntar-se aos autos do processo.
§6° Quando o paciente estiver preso em lugar que não seja o da sede do juízo ou do
tribunal que conceder a ordem, o alvará de soltura será expedido pelo telégrafo, se
houver, observadas as formalidades estabelecidas no art.289, parágrafo único, in fine,
ou por via postal.“
art.663: “As diligências do artigo anterior não serão ordenadas, se o presidente entender
que o habeas corpus deva ser indeferido in limine. Neste caso, levará petição ao tribunal,
câmara ou turma, para que delibere o respeito.“
14
www.ResumosConcursos.hpg.com.br
Resumo: Direito Processual Penal – Hábeas Corpus – por Beatriz Trentin
Beatriz Trentin
Aluna da Universidade de Caxias do Sul (UCS) - Campo de Caxias
6.Bibliografia
CAMPOS, Antônio Macedo. Habeas Corpus. 1° edição. Editora Javoli, 1979, São Paulo.
FERREIRA, Pinto. Curso de Direito Constitucional. Editora: Saraiva, 1998, São Paulo.
pg.137-38.
FILHO, Vincente Grego. Manual de Direito Penal. Editora:Saraiva, 1991, São Paulo.
pg.390-96.
======================= F I M =========================
15