Relatorio de Golpes Sidnei+ Camila + Milton

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Relatório de ações

Sidnei Piva de Jesus,


Camila de Souza Valdívia
e Milton Rodrigues
Júnior
Sumário
1. Histórico dos Golpistas........................................................................................... 4
1.1 Problemas com a Justiça.................................................................................. 4
2. A Atuação do Trio .................................................................................................... 6
3. Os Golpes ................................................................................................................ 7
3.1 O Caso “Matrizaria Morillo” ............................................................................. 7
3.2 O caso “Grampos Aço” ...................................................................................... 8
3.3 O caso “Dalçoquio”........................................................................................... 9
3.4 O Caso Itapemirim .......................................................................................... 11
3.5 O caso “Transbrasiliana” e “Rápido Marajó” ................................................. 13
3.6 O Caso “TTrans” ............................................................................................ 16
3.7 O Caso “ASTA - América do Sul Taxi Aéreo” ............................................... 17
4. Problemas com a Justiça – Vários Processos .................................................... 17
4.1 Sidnei e o caso dos vários CPF’s................................................................... 17
4.2 Sidnei e o caso de Falsificação de Assinatura.............................................. 22
4.3 Camila e os Processos por falsa OAB .......................................................... 22
4.4 Camila e o processo por falta de pagamento à Maternidade ...................... 24
4.5 Camila e o processo por falta de pagamento de aluguel............................. 24
4.6 Prefeitura de Barueri - Execução da Procarta e Delta X .............................. 25
4.7 0 Caso Alzimiro Leocádio da Silva ................................................................ 26
4.8 O caso da locação .......................................................................................... 29
5. Retiradas ilegais – Desvios de recursos das empresas ..................................... 30
Item 2 - Total Desviado – R$ 19.177.569,76 ............................................................. 31
Item 3 - Total de desvios – R$ 31.649.223,00 ......................................................... 31
a) Aquisição de carros de luxo com dinheiro desviado das recuperandas .... 32
b) Delta X – Notas Fiscais “esquentadas” ............................................................... 33
c) Negócios com Passaredo ........................................................................................ 34
d) Negócios com a Bombardier ................................................................................... 35
e) Recebíveis desviados para SRM Factoring......................................................... 35
Item 4 - Total Desviados – R$ 17.949.355,03 ........................................................... 35
5.1 Afastamento 2017 após diversas irregularidades .......................................... 36
5.2 Retorno à gestão da Viação Itapemirim em julho de 2018 ............................ 36
5.3 Incidente Inominado para Apuração de Acusações de Desvios
Patrimoniais e Atos de Má Gestão - processo 0088488-92.2018.8.26.0100 ........... 37
Item 1 - Mútuos de Recursos: ......................................................................................... 38
Item 2 - Endividamento Tributário: ................................................................................ 38
Item 3 - Envolvimento com o “Grupo Transbrasiliana”: .......................................... 38
Item 4 - Aquisição de veículos de luxo com recursos das Recuperandas:....... 39
Item 5 - Delta X .................................................................................................................... 40
Item 6 - Outras Despesas Injustificáveis: .................................................................... 40
6. Criação da “Viação Amarelinho” .......................................................................... 42
6.1 O Uso de “laranjas” para a abertura da empresa .......................................... 42
6.2 A parceria para desviar recursos da Viação Itapemirim ................................ 43
6.3 O Contador de Camila e Sidnei – Nelson Oliveira dos Santos .................... 44
7. Transação de cotas entre Sidnei e Camila........................................................... 45
8. Dos Inquéritos Polícias e troca de acusações entre Sidnei Piva de Jesus e
Camila de Souza Valdivía ............................................................................................. 46
9. Das manobras para ocultar Patrimônio ............................................................... 46
9.1 Evidências nos autos do IP 2361799/2019 – Processo 1539813-
43.2019.8.26.0050 ...................................................................................................... 46
9.2 Evidências nos autos da Recuperação Judicial ........................................... 50
9.3 Manobras realizadas por Camila Valdivia e seu marido para esconder
patrimônio e fugir dos pagamentos de dívidas. ..................................................... 52
9.4 Outros bens de Sidnei e Camila ...................................................................... 52
9.5 O processo 1039804-22.2018.8.26.0100 e a vida de luxo de Sidnei ............. 53
9.6 Valor do Pró-labore de Sidnei ......................................................................... 55
9.7 Depósitos Prodelta, CSV e SSG ...................................................................... 55
10. Contas no Exterior e OffShore.............................................................................. 56
10.1 Contas no Exterior Indicadas nos Autos Nº 1036263-31.2017.8.26.0224. ... 57
10.2 Da OFFSHORE Ligada a Sidnei Piva de Jesus ............................................. 59
11. Das empresas em que Sidnei e Camila tem participação ................................... 60
11.1 Principais ........................................................................................................ 60
11.2 Demais Empresas com participação de Camila e Sidnei ............................ 61
11.3 Empresas que usam para esconder os recursos financeiros ..................... 62
11.4 Novas Empresas criadas para esconder os recursos financeiros ............. 62
12. Dos endereços declarados pelos envolvidos .................................................... 63
1. Histórico dos Golpistas

1.1 Problemas com a Justiça

Milton, Camila e Sidnei têm um histórico de problemas com a justiça. Só na pessoa


física, constam um sem número de processos em nome de cada um:

Sidnei Piva de Jesus


CPF’s: 062.567.398-09, 137.445.767-10, 215.355.878-65 e
108.838.017-44
Possui 04 CPF’s e outro nome: Sidney Duarte Piva
 60 Processos no Tribunal de Justiça de São Paulo
 03 Processos no Tribunal de Justiça do Espírito Santo
 02 Processos no Tribunal de Justiça de Santa Catarina
 01 Processo no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro

Camila de Souza Valdivia


CPF: 322.730.208-05
 02 Processos por uso de OAB falsa
 34 Processos no Tribunal de Justiça de São Paulo
 03 Processos no Tribunal de Justiça do Espírito Santo

Milton Rodrigues Júnior


CPF: 082.347.198-58
 Já foi preso por estelionato em SP
 38 Processos no Tribunal de Justiça de São Paulo
 01 Processos no Tribunal de Justiça de SC
 1 Processo no Tribunal de Justiça de RO
 1 Processo no Tribunal de Justiça de GO

Sendo que Milton, inclusive, por conta de um desses processos, foi preso, como explica
a matéria baixo do Jornal “A Gazeta”:
Outro processo bem conhecido sobre Milton corre em segredo de justiça no Tribunal
de RO, mas uma busca na internet revela que o empresário já aplicava golpes nesse
estado há tempos. Como descreve a matéria do Jornal Folha do Sul, de Vilhena – RO:
2. A Atuação do Trio

Um fato curioso é que, apesar de se apresentar como sócio da Itapemirim em várias


reportagens, Milton Rodrigues não constitui parte societária dessa empresa. E ele só
aparece como sócio de Camila e Sidnei na empresa PIVA, VALDIVIA E RODRIGUES
CONSULTORIA SPE LTDA.
Em dezembro de 2016 a Revista Interbuss publicou uma extensa matéria
anunciando a venda da Itapemirim e já colocava Milton como um dos novos compradores
da Itapemirim:
O Blog “Diário do Transporte” especializado no setor de transporte, em abril de 2017
também publicou uma matéria anunciando a venda da Itapemirim. Também publica uma
foto da coletiva feita pelos três para comunicar à imprensa que estavam assumindo as
empresas Itapemirim e Caiçara, bem como as outras empresas em Recuperação Judicial
da família Cola.

3. Os Golpes

3.1 O Caso “Matrizaria Morillo”

Os irmãos Albor Morillo, Hector Morillo, Raul Morillo e Sílvio Morillo representavam
a segunda geração de sócios da Matrizaria e Estamparia Morillo LtdaTDA., empresa
familiar que angariou o respeito e consideração em seu nicho de mercado, graças a mais
de 50 anos de atividade responsável e competente.

Eles receberam uma oferta de compra de Sidnei Piva e Camila Valdivia. Em janeiro
de 2015 assinaram a transferência das quotas sociais, tendo como contrapartida a
promessa dos compradores de que os sócios retirantes não seriam atingidos pelas dívidas
da sociedade. Pactuou-se, igualmente, o preço de R$ 13.000.000,00 (treze milhões de
reais) pelas quotas sociais. Tudo documentado por contrato firmado entre as partes.
Ocorre que a transação empresarial revelou-se verdadeiro engodo. Os réus Sidnei
Piva e Camila Valdivia, logo depois da assinatura do contrato, transferiram a sociedade a
terceiros, administrando-a por intermédio de “laranjas”. Passaram a gerir o negócio de
forma predatória, dando fim aos ativos empresariais e constituindo outras tantas dívidas,
de modo a criar um passivo hoje impagável. Não protegeram os sócios retirantes, como
prometido, que passaram a sofrer a cobrança de todo tipo de débitos da sociedade, tanto
antigos, quanto mais recentes, até os posteriores à sua saída.

Os antigos sócios da empresa entraram na Justiça em São Paulo contra Sidnei,


Camila, Gitan e inclusive a Viação Itapemirim pedindo pagamento de R$ 20 milhões. O
processo corre no Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, sob número 1109700-
55.2018.8.26.0100.

3.2 O caso “Grampos Aço”


Um outro golpe aplicado pelo trio, foi na cidade de Guarulhos, em São Paulo e teve
bastante repercussão. Trata-se do caso da empresa Grampos Aço.
Corre no Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, por meio do processo
1019090-75.2017.8.26.0100 uma ação de Reintegração de Posse com Pedido de Tutela
de Urgência, impetrado pelos antigos proprietários.
Segundo o processo, a Gitan Incorporação e Construção Ltda., de propriedade
de Camila e Sidnei, firmou um contrato de Compra e Venda com a Grampos Aço em 31
de março de 2015. Por meio desse contrato, a Gitan assumia o negócio da Grampos Aço
e se comprometia a pagar os passivos trabalhistas, impostos, cumprir os acordos
funcionais e pagar as dívidas bancárias. Em troca disso, os antigos proprietários
passariam 100% das ações da Grampos Aço para a Gitan.
O que ocorreu de fato é que nenhuma das obrigações assumidas pela Gitan em
contrato foram cumpridas. Os funcionários foram demitidos sem receber nada, os
compromissos contratuais com os clientes foram quebrados e todo o maquinário da
empresa foi dado para outra empresa deles, a Morillo. Agora os antigos proprietários
cobram na justiça a retomada dos bens e negócios perdidos pela empresa.
Um dos antigos proprietários da Grampos Aço, Sr. Leo Marconi, escreveu o seguinte
desabafo sobre o negócio. Ele descreve muito bem o modus operandi do trio e a
consequência resultante para a empresa:
Fac-símile do depoimento de Leo Marconi:

3.3 O caso “Dalçoquio”

O trio formado por Milton Rodrigues Júnior, Camila de Souza Valdivia e Sidnei
Piva de Jesus, têm uma longa ficha corrida de negócios escusos. Antes da Itapemirim,
com Milton Rodrigues à frente, já haviam comprado a empresa de transportes de cargas
Dalçoquio, de Santa Catarina.
A Dalçoquio, está em processo de Recuperação Judicial. Logo após assumir a
empresa, Milton Rodrigues demitiu cerca de 40% dos funcionários. O que poderia parecer
uma ação administrativa necessária, na verdade, segundo Carlos César Pereira,
secretário-executivo do sindicato dos Motoristas de Itajaí, trata-se apenas de uma maneira
de aumentar a geração de fluxo de caixa da empresa para em benefício dos novos sócios.
Uma vez que após demitidos, os funcionários não receberam nenhuma verba indenizatória
e o valor das indenizações é repassado para as contas dos novos sócios. Exatamente
como ocorreu nas outras empresas.
Milton Rodrigues negou ser sócio da Dalçoquio, afirmando que os problemas foram
causados Laércio Tomé, que seria o verdadeiro proprietário da Dalçoquio. Porém, numa
pesquisa feito a junta comercial de São Paulo, Milton Rodrigues, figura como sócio com
participação de cerca 80% do capital da empresa e Laércio Tomé figura apenas como
administrador.

A Dalçoquio era uma empresa ícone no mercado de Transportes de Cargas,


com mais de 65 anos de atuação. Apesar das dificuldades financeiras que estava
passando, tinha grande responsabilidade social na região de atuação. Os antigos
proprietários são de uma família com raízes na região de Itajaí- SC, muito conhecida e que
hoje passa por uma série de dificuldades financeiras e de ordem jurídica.
Os falsos investidores se utilizaram do recurso de emitir Notas Fiscais de prestação
de serviços ou fornecimento de peças, de empresas de propriedade do trio, sem o devido
cumprimento dos serviços ou entrega dos produtos. O dinheiro desviado vai direto para
as contas de Milton Rodrigues, Sidnei Piva e Camila Valdivia.

Milton Camila
3.4 O Caso Itapemirim

Em 03/2016 a Viação Itapemirim e outras empresas do Grupo entraram com pedido


de Recuperação Judicial sendo deferido pelo Juiz Paulino José Lourenço, titular da 13ª
Vara Cível Empresarial de Recuperação Judicial e Falência de Vitória. O processo recebeu
Nº 0006983-85.2016.8.08.0024. A dívida era de cerca de R$ 330 milhões com credores
trabalhistas, bancos e fornecedores e a dívida tributária naquela época já passava de R$
1 bilhão.
Em meados de 09/2016 a Família Cola foi procurada por supostos “empresários” de
São Paulo: Sidnei Piva de Jesus, Camila de Souza Valdivia e Milton Rodrigues Júnior,
que afirmavam ser detentores de créditos tributários de R$ 5 bilhões, mas que somente
poderiam ser utilizados se adquirissem as empresas. A Família iniciou as tratativas sem
que o negócio fosse concluído.
Em decisão do dia 19 de dezembro de 2016 o Juiz Paulino proferiu decisão e oficiou
a Junta Comercial do Estado do Espírito Santo para que procedesse o arquivamento das
transferências societárias pretendidas, destituindo a Família Cola da sociedade e da
gestão das empresas e colocando Sidnei Piva de Jesus e Camila de Souza Valdivia.

Inconformada com a decisão a Família buscou na Justiça recuperar suas empresas.


Uma das iniciativas foi a denúncia no CNJ referente a atuação do Juiz.
Em seguida à denúncia o Juiz Paulino declinou da competência e vários outros
juízes passaram pelo processo. Em 19/12/2017 Sidnei e Camila foram afastados da
gestão por irregularidades e desvios de recursos das empresas.

Em 05/2018 o processo foi remetido para São Paulo, 1ª Vara de Falências e


Recuperação Judiciais onde recebeu o Nº 0060326-87.2018.8.26.0100 e vem sendo
conduzido pelo Juiz João de Oliveira Rodrigues Filho. Esse novo Juiz, atendendo
pedido formulado no dia 20/07/2018 (sexta-feira), concedeu liminar no dia 23/07/2018
(segunda-feira) reconduzindo os dois à gestão.
Recentemente o Juiz Paulino foi afastado e aposentando após a apuração de
irregularidades na atuação na 13ª Vara de Falências de Vitória.
3.5 O caso “Transbrasiliana” e “Rápido Marajó”

Na data de 12 de janeiro de 2017, o trio Milton, Camila e Sidnei, assumiu o controle


das empresas TRANSBRASILIANA TRANSPORTE E TURISMOS e RÁPIDO MARAJÓ.
Esse negócio, assim como nos outros casos, segue a mesma prática: Eles
prometem assumir todos os passivos da empresa, investir na recuperação do negócio e
nada fazem.
O Administrador Judicial “Capital Administradora Judicial – Grupo Capital” da
Transbrasiliana e da Rápido Marajó, ciente da sua responsabilidade legal, alerta o
Excelentíssimo Sr. Doutor Juiz de Direito da 4ª Vara Civil da Comarca de Goiânia,
responsável pelo processo de recuperação judicial das duas empesas, sobre os malfeitos
do trio de falsos investidores.
Em 13 de fevereiro de 2017, a Administradora Judicial protocola um longo
requerimento, detalhando diversos procedimentos ilegais e solicitando uma audiência com
intuito de esclarecer e tornar público os atuais entraves existentes na RJ das empresas e
a intimação das recuperandas para apresentação das contas.
O mesmo golpe já aplicado nas empresas Viação Itapemirim, Caiçara e Dalçoquio,
dentre outras, é utilizado na Transbrasiliana e Marajó. O pagamento de Notas Fiscais de
empresas ligadas ao trio, sem a devida comprovação da prestação do serviço ou entrega
da mercadoria.
Dessa vez utilizaram a empresa GRAMPOS AÇO, como bem detalha o relatório do
Administrador Judicial:
Além de Notas Fiscais da Grampos Aço, a empresa DELTA X, a mais utilizada para
retirar recursos ilegalmente da Itapemirim, também foi utilizada para o mesmo propósito
na TRANSBRASILIANA.
Outro ponto a se destacar foi a confusão administrativa e financeira causada nos
grupos Itapemirim e TTT. Os “novos” ônibus apresentados pelos supostos investidores à
Transbrasiliana e a Rápido Marajó, são, na verdade, ônibus usados com mais de 5 anos.
Esses ônibus foram comprados da empresa Viação Cometa de SP pela Itapemirim. Eles
utilizam o mesmo fundo “amarelo” e só mudam o nome da empresa, como demonstram
as fotos abaixo:

Toda a operação é detalhada no relatório do Administrador Judicial da


Transbrasiliana e Marajó:
3.6 O Caso “TTrans”

Em 11/2018 Sidnei Piva de Jesus aplicou mais um golpe, dessa vez com a aquisição
da empresa TTrans Trans Sistema de Transportes Ltda. Com situação semelhante às
demais, trata-se de uma empresa da cidade de Três Rios-RJ que entrou em Recuperação
Judicial em 06/2017 e que detinha patrimônio de grande valor como se pode verificar no
leilão do imóvel-sede avaliado em cerca de R$ 84 milhões.
Dessa vez a empresa foi adquirida em sociedade com a companheira de Sidnei
Piva de Jesus de nome Silvana dos Santos Silva.

3.7 O Caso “ASTA - América do Sul Taxi Aéreo”

A empresa Asta – América do Sul Taxi Aéreo foi adquirida em 09/2020. Trata-se de
uma empresa do setor de taxi aéreo que, como as demais, estava com grande passivo e
aceitou a negociação proposta por Sidnei.

Num período de Pandemia causada pelo COVID-19, em que as grandes empresas


do setor estão passando por dificuldades e realizando demissões, o projeto tem o claro
objetivo de desviar recursos obtidos nos leilões. Conforme questionado pelo Administrador
Judicial da Recuperação da Viação Itapemirim às folhas 63.857 a 63.865 do processo
0060326-87.2018.8.26.0100 o desvio do valor de R$ 17.949.355,03.

Além disso, as constantes notícias a respeito do projeto aéreo têm o propósito de


atrair outros empresários para novos golpes a serem praticados por Sidnei Piva de Jesus.

4. Problemas com a Justiça – Vários Processos

4.1 Sidnei e o caso dos vários CPF’s

Sidnei Piva de Jesus ou Sidiney Duarte Piva?

O “empresário” possuí quatro CPF’s, com diferentes datas de nascimento e mães.


Ele afirma que se trata de erro de emissão pelos Correios. Contrariando essa afirmação,
em rápidas pesquisas no Google é possível constatar que os diferentes CPF’s tem
problemas com a Justiça e que TODOS tem ligação, seja por se valerem dos serviços de
advogados conhecidos na Recuperação Judicial da Viação Itapemirim, seja pelos sócios
que possuem.

1) CPF 108.838.017-44 Sidney Duarte Piva, era sócio na empresa Innovart Brasil
Editora Ltda. Ele saiu da sociedade transferindo sua participação para Silvana
dos Santos Silva.

2) Silvana dos Santos Silva hoje é sócia de Sidnei Piva de Jesus na empresa TTrans
Sistema de Transportes Ltda e em uma Offshore no Panamá. Além disso, IP
1539813-43.2019.8.26.005 (páginas 417 a 419) a Camila aponta que ela é esposa
do Sidnei, recebendo inclusive o pró-labore dele na Viação Itapemirim;
3) No Proc.008680-91.2005.8.26.0068 (contra a Innovart) Sidiney Duarte Piva
nomeou Gustavo Baryel Lima como seu advogado. O mesmo advogado foi
nomeado para representar Sidnei Piva de Jesus num processo da empresa
Procarta Processo 1001465-95.2015.8.26.0068, outra empresa em que ele é
sócio. Além disso, o mesmo Gustavo Baryel era o advogado das recuperandas no
Espírito Santo no processo 0006983-85.2016.8.08.0024;
4) No IP 1539813-43.2019.8.26.0050 existem alguns dossiês sobre os diversos
CPF's do Sidnei. Ele informa datas de nascimento diferentes e nomes diferentes
para a sua mãe nos CPF's:

 CPF 062.567.398-09 Sidnei Piva de Jesus – data de nascimento: 01/09/1965


– mãe: Cleonice Paiva Josues – página 648 a 741.

 CPF 137.445.767-10 Sidnei Piva de Jesus – data de nascimento: 01/09/1966 –


mãe: Janice Piva Turques de Jesus – páginas 742 a 769.

 CPF 215.355.878-65 Sidnei Piva de Jesus – data de nascimento: 01/09/1965 –


mãe: Eunice Piva de Jesus – páginas 770 a 801.

5) As advogadas das Recuperandas, Karina de Oliveira Guimarães Mendonça


(OAB 304066/SP) e a advogada Claudineia Monteiro (OAB 244589/SP) atuam
para o Sidnei em mais de um dos seus diversos CPF's e em várias empresas que
ele participa.

CPF 215.355.878-65
Processo: 0034566-15.2000.8.26.0506
Parte: Sidnei Piva de Jesus
9ª Vara Cível - Foro de Ribeirão Preto
Adv: Karina de Oliveira Guimarães Mendonça e Claudineia Monteiro (OAB
244589/SP)
CPF 062.567.398-09
Processo: 1076462-74.2020.8.26.0100
Parte: Trans Sistemas de Transportes Ltda
Adv: Karina de Oliveira Guimarães Mendonça

Processo 1000268-97.2016.5.02.0712
Parte: GITAN INCORPORACAO E CONSTRUCAO LTDA, SSG e outros
Adv: Claudineia Monteiro (OAB 244589/SP)

Processo 1000678-85.2016.5.02-0315
Parte: Delta X, GITAN INCORPORACAO E CONSTRUCAO LTDA, SSG e outros
Adv: Claudineia Monteiro (OAB 244589/SP)

Processo 1001528-47.2017.5.02-0205
Parte: Delta X, GITAN INCORPORACAO E CONSTRUCAO LTDA, Procarta e outros
Adv: Claudineia Monteiro (OAB 244589/SP) e Karina de Oliveira Guimarães
Mendonça (OAB 304066/SP).

6) Além disso, é grande a semelhança entre as assinaturas de Sidiney Duarte Piva


e Sidnei Piva de Jesus.
4.2 Sidnei e o caso de Falsificação de Assinatura

Outro fato relevante apresentado pelo relatório, é o processo nº 0002131-


17.2009.8.26.0459. Trata-se de ação de danos morais que tramitou perante a única da
comarca de Pitangueiras/SP, em que o JOSÉ LEONARDO NUNES promoveu em face de
SIDNEI PIVA DE JESUS E JOSÉ CARLOS DE SOUZA, qual segundo relatório da decisão
o autor foi vítima de fraudadores:

A decisão foi julgada procedente condenando SIDNEI PIVA DE JESUS E JOSÉ


CARLOS DE SOUZA ao pagamento de danos morais, bem com a mencionada alteração
contratual em que SIDNEI PIVA DE JESUS se retira da empresa MA & SI Moda Infanto
Juvenil Ltda e é Admitido JOSÉ LEONARDO NUNES.

4.3 Camila e os Processos por falsa OAB

Em várias situações Camila se apresentou como advogada, apesar de não ter OAB.
Para apurar esse fato foi aberto um processo em São José do Rio Preto e um IP em São
Paulo. Ela se apresenta com a OAB 162868/SP, mas esta inscrição pertence a outra
pessoa.

Na verdade, a inscrição 162868 identifica Camila de Souza Valdivia como


estagiária.
4.4 Camila e o processo por falta de pagamento à Maternidade

Em 17/02/2018 Camila e seu marido ingressaram no Hospital e Maternidade Santa


Joana na cidade de São Paulo a fim de que fossem prestados serviços médicos
hospitalares referentes ao procedimento de parto afirmando que eram beneficiários do
Plano de Saúde Unimed Seguros. Ela foi internada e realizados todos os procedimentos
necessários.

Acontece que teve alta em 22/02/2018 sendo que houve negativa por parte do Plano
de saúde relativa à cobertura dos serviços e sem que ela honrasse o valor cobrado pelo
hospital.

Na tentativa de receber pelos serviços prestados o Hospital ingressou com o


processo 1539813-43.2019.8.26.0050 referente ação de cobrança.

4.5 Camila e o processo por falta de pagamento de aluguel


Recentemente Camila abandonou as quatro salas que havia alugado localizadas no
17º andar do Condomínio Edifício Denver Comercial Building, situado na Avenida Angélica
nº. 2.163, bairro Higienópolis. Ocorre que a ré deixou de efetuar os pagamentos dos meses
de janeiro, fevereiro e março de 2020.

Para tentar receber o proprietário entrou com ação de cobrança cujo processo
recebeu o número 1064320-38.2020.8.26.0100.
4.6 Prefeitura de Barueri - Execução da Procarta e Delta X

A empresa Procarta possuí uma dívida superior a R$ 30mihões para com a


Prefeitura de Barueri que alega fortes indícios de que os administradores da empresa
estão praticando uma manobra para se furtarem ao pagamento do fisco, fazendo com que
o dinheiro recebido pela empresa entre em uma conta diversa da sua titularidade. A
decisão pede o Bloqueio dos ativos financeiros, via Bacenjud e a Decretação da
indisponibilidade de bens pela Central Nacional de Indisponibilidade de bens; conforme
decisão abaixo:
4.7 0 Caso Alzimiro Leocádio da Silva

Alzimiro Leocadio da Silva reside no Acre e foi vítima de falsificação de documentos


e abertura de uma empresa em nome dele, a DELTA SERVICE LOGISTC LINE LTDA e
precisou ingressar com o processo 0700272-38.2017.8.01.0006 para exclusão do seu
nome desta empresa. Alzimiro afirma que nunca constituiu qualquer empresa e está
sofrendo bloqueios bancários relativos a dívidas da empresa Delta Service.
Em consulta à JUCESP e à Receita Federal, pode-se identificar que a empresa está
no nome de Alzimiro.

Apesar da empresa estar em nome de Alzimiro, a gestão era feia por Sidnei e
Camila. Então, qual seria a explicação para justificar que em alguns processos da Delta
Service constam como advogados Aline Fontes Alves Cordeiro Teixeira e Gustavo Bayerl
Lima, conhecidos advogados da Viação Itapemirim? Como por exemplos processos:
0001165-25.2018.8.26.0011 e 1011522-18.2016.8.26.0011.

Processo 0001165-25.2018.8.26.0011
Processo 1011522-18.2016.8.26.0011

Além disso, foi feito empréstimo junto ao banco Bradesco – Delta Service – onde
Camila e Sidnei assinam como avalistas da empresa “do Alzimiro”. E mais, uma empresa
de Sidnei Piva presta assessoria para Delta Service, empresa de “Alzimiro Leocadio da
Silva” .

Em manifestação no processo “Alzimiro Leocadio da Silva” x Delta Service, a


JUCESP noticiou que não somente esta empresa encontra-se em nome de Alzimiro, mas
também a empresa “J. Garrera”.
Curiosamente a Sra. Camila de Souza Valdivia se fez passar por advogada desta
mesma empresa J. Garrera Industria e Comercio de Reservatórios Ltda, do sócio
“Alzimiro”.

4.8 O caso da locação

Tramitam no Estado de São Paulo Processo 1005508-68.2018.8.26.0004 na 4ª


Vara Cível do Foro Regional da Lapa e Processo 1026725-16.2016.8.26.0562 na 10ª
Vara Cível de Santos) duas ações de cobrança de aluguéis em face, respectivamente, de
Sidnei Piva e SPJ PIVA, sua empresa de assessoria, cujos contratos de locação figuram
Paula Cristina e Paulo Roberto Fagundes, casados. Paula e Paulo afirmam que nunca
assinaram tais contratos. As ações totalizam débito superior a R$ 200.000,00 (duzentos
mil reais) em aluguéis e encargos.
Processo 1005508-68.2018.8.26.0004

Processo 1026725-16.2016.8.26.0562

5. Retiradas ilegais – Desvios de recursos das empresas

Quanto Sidnei e Camila já desviaram do caixa da Viação Itapemirim?

Essa é uma pergunta é motivo de grande preocupação para TODOS os credores da


Recuperação Judicial da empresa. É impossível saber com certeza todos os desvios,
Notas Fiscais superfaturadas, pagamentos a fornecedores fantasmas, etc. Mas através de
informações prestadas no processo de Recuperação Judicial e dos relatórios do
Administrador Judicial, os chamados RMA’s (Relatório Mensal do Administrador), é
possível conhecer alguns valores.

Vejamos as informações levantadas:

Total dos desvios apurados até agora realizados pela Gestão de Sidnei Piva
de Jesus e Camila de Souza Valdivia

Total Geral Desviado = R$ 81.808.201,76


Item 1 = R$ 13.032.054,00
Item 2 = R$ 19.177.569,76
Item 3 = R$ 31.649.223,00
Item 4 = R$ 17.949.355,00

Item 1 - Total Desviado – R$ 13.032.054,00


Desvios/Retirada de valores não contabilizados (sem nota fiscal)
Fonte: Processo 0003311-29.2019.8.26.0100 fl. 2.120

Item 2 - Total Desviado – R$ 19.177.569,76


Desvios do Grupo Itapemirim para outras empresas de Sidnei Piva de Jesus e
Camila de Souza Valdivia

Fonte: Processo 0088488-92.2018.8.26.0100 fl 82

Item 3 - Total de desvios – R$ 31.649.223,00

Desvios apurados e já validado pelo Administrador Judicial (processo 0088488-


92.2018.8.26.0100)

a) R$ 949.616,00 - Aquisição de carros de luxo Mercedes Benz (fls. 13)


b) R$ 20.000.000,00 - Pagamento por prestação de serviços de informática
fraudulento por uma das empresas de Sidnei Piva de Jesus (Delta X Tecnologia
da Informação Ltda) (fls. 14)
c) R$ R$ 5.831.000 - Tentativa de Aquisição da empresa aérea Passaredo (fls. 15)
d) R$ 1.612.500,00 - Tentativa de aquisição de aeronaves junto a Bombardier
e) R$ 3.256.107,00 - enviados para SRM Factoring (fl. 16)

Fonte: Processo 0088488-92.2018.8.26.0100 fls. 1 à 24


a) Aquisição de carros de luxo com dinheiro desviado das
recuperandas
Chocou credores da Recuperação Judicial, ex-funcionários demitidos sem receber
seus direitos trabalhistas e fornecedores quando nas redes sociais divulgaram fotos da
“frota” adquirida, com recursos das recuperandas para uso pessoal de Camila, Sidnei e
Milton:

Essa compra, inclusive, pode ser devidamente comprovada no próprio processo de


Recuperação Judicial 0060326-87.2018.8.26.0100 fls. 26.115 à 26.128.
É possível observar que, na tentativa de faltar com a verdade, quando foram
questionados pelo antigo Administrar Judicial sobre a origem dos recursos, eles orientam
à concessionária a informar que o pagamento foi feito através da Viação I.S.A. Tal
empresa na verdade não existe. Trata-se da Viação Itapemirim S/A!

b) Delta X – Notas Fiscais “esquentadas”


Foram feitas retiradas diárias em valores superiores a R$ 100mil/dia, utilizando-se
de Notas Fiscais “esquentadas” da empresa Delta X, de propriedade de Camila e Sidnei.
Estima-se que desde janeiro de 2017, usando desse artifício, tenham retirado do
caixa da Itapemirim mais de R$ 20 milhões.
A empresa Delta X, com sede em Barueri-SP, consta em certidão da JUCESP, como
sendo de propriedade de Camila de Souza Valdivia e Sidnei Piva de Jesus.

c) Negócios com Passaredo


Houve por Sidnei Piva de Jesus e Camila de Souza Valdívia a tentativa de aquisição
do controle acionário da Passaredo Transportes Aéreos S/A, datado de 08/05/17. Embora
o contrato tenha sido firmado pelas pessoas físicas de Sidnei Piva e Camila Valdívia,
existem comprovantes de pagamento que demonstram que os valores pagos aos
vendedores saíram da Viação Caiçara.
O negócio não se efetivou e o contrato foi desfeito, mas, ainda assim, foram pagos
valores pelas empresas Viação Itapemirim e Viação Caiçara à Passaredo e ao Sr. José
Luiz Felício, que totalizaram R$ 5.831.000,00. Esses valores não foram devolvidos com o
desfazimento do negócio.

Amostra de um pagamento feito à Passaredo pela Viação Caiçara:

d) Negócios com a Bombardier

Em 18 de setembro de 2017, foi enviada uma proposta (P2672-R3) confidencial pelo


departamento comercial da multinacional “Bombardier” direcionada a Sidnei Piva, para fins
de aquisição de 15 aeronaves Q400 nº DHC-8-402 pelo preço de US$ 32.200.000,00. Em
que pese tal transação também não tenha se concretizado, retirou-se da conta bancária
da Itapemirim a quantia de R$ 1.612.500,00.

e) Recebíveis desviados para SRM Factoring

Item 4 - Total Desviados – R$ 17.949.355,03

Desvios apurado pelo Administrador Judicial nos autos principal 0060326-


87.2018.8.26.0100 referente aos recursos dos leilões dos imóveis em desfavor dos
credores.
Fonte: Processo 0060326-87.2018.8.26.0100 fls. 63.860

5.1 Afastamento 2017 após diversas irregularidades

Em 19/12/2017 após várias denúncias de Camilo Cola, assistente


litisconsorcial do processo de Recuperação Judicial da Viação Itapemirim e do
apontamos de diversas irregularidades por parte do Administrador Judicial, àquela
época João Manoel de Souza Saraiva, o Juiz titular do processo, Leonardo
Mannarino Teixeira Lopes, decidiu pelo afastamento de Camila e Sidnei da gestão
das Recuperandas.

5.2 Retorno à gestão da Viação Itapemirim em julho de 2018

Em 14/05/2018 o então Juiz da Recuperação Judicial da Viação Itapemirim


no Espírito Santo, Leonardo Mannarino Teixeira Lopes, declinou de sua
competência para o processo e decidiu pelo envio dos autos para a Comarca de
São Paulo.

Diante dessa situação Sidnei e Camila entraram com o Processo 1075007-


45.2018.8.26.0100 onde formularam pedido para retorno à gestão.
Vale lembrar que haviam sido afastados por irregularidades e desvios na
gestão.

O que causa estranheza foi a rapidez com que foram atendidos. O pedido foi
apresentado no dia 20/07/2018 às 10:27 (sexta-feira) e eles foram reconduzidos à gestão
no dia 23/07/2018 às 20:29h (segunda-feira).

5.3 Incidente Inominado para Apuração de Acusações de


Desvios Patrimoniais e Atos de Má Gestão - processo 0088488-
92.2018.8.26.0100

Em 24/11/2018 foi aberto pelo Administrador Judicial o processo chamado de


Incidente para apurar irregularidades e desvios cometidos por Sidnei, Camila e Milton.
Este processo trata de cada tipo de desvio e má gestão por “modalidade”. Assim,
temos os atos e fatos a serem apurados.

Item 1 - Mútuos de Recursos:

Foi apurado no decorrer do processo de recuperação judicial a ocorrência frequente


de mútuos (empréstimos de valores) entre as empresas do Grupo Itapemirim, em
recuperação judicial, e empresas e pessoas relacionadas a Sidnei, Camila e Milton.

Na apuração contábil, torna possível averiguar até 31/08/18 um saldo em favor das
recuperandas no importe de R$ 19.177.569,76;

Fonte: Processo 0088488-92.2018.8.26.0100 fl 82

Foi constatada, também, uma transferência bancária efetuada no dia 31/01/2017


para Stephano dos Reis Rodrigues, filho de Milton Rodrigues Junior, no valor de R$
666.000,00. Porém, nos registros contábeis essa transferência foi lançada como sendo
50% para cada uma das empresas SSG Incorporação e Assessoria Eireli e CSV
Incorporação e Assessoria Empresarial Eireli – empresas de Sidnei Piva e Camila Valdívia
e gestores do Grupo Itapemirim –, ou seja, que teria sido pago R$ 333.000,00 para cada
uma delas (referente folhas 24.273 a 24.274 do processo RJ 0006983-
85.2016.8.08.0024 ainda no Espírito Santo).

Item 2 - Endividamento Tributário:

Desde o início do processo de recuperação judicial, o passivo tributário do Grupo de


Recuperandas desperta atenção e preocupação. Registros demonstram que até a data do
pedido de recuperação judicial, a dívida tributária das empresas pertencente ao Grupo
Itapemirim perfazia, pelos lançamentos contábeis, R$ 1.039.195.302,00, já incluindo a
Viação Caiçara, posteriormente encampada pelos efeitos do processo.

Os referidos débitos permaneceram em aberto, sendo que, atualizado até agosto de


2018, os lançamentos contábeis resultam em R$ 1.526.683.692,50, considerando-se
todas as empresas do grupo e todas as searas fiscais.

Item 3 - Envolvimento com o “Grupo Transbrasiliana”:


No dia 30/12/16, Sidnei, Camila e Milton adquiriram as empresas Transbrasiliana
Transportes e Turismo Ltda., Rápido Marajó Ltda., Transbrasiliana Especiais e
Fretamentos Ltda., Transbrasiliana Hotéis Ltda., Transportes Coletivos de Anápolis Ltda.,
Nasson-Tur Turismo Ltda., Transbrasiliana Encomendas e Cargas Ltda., todas em
recuperação judicial.

Nessa época eles já detinham o controle acionário do Grupo Itapemirim.

No dia 03/08/17 a Capital Administradora Judicial, administradora da recuperação


judicial do Grupo Transbrasiliana, ajuizou cautelar antecedente, a fim de solicitar das
recuperandas alguns esclarecimentos e apresentação de documentos. Foi então realizada
perícia judicial, apurando diversos fatos sugerindo a confusão patrimonial entre os Grupos
Transbrasiliana e Itapemirim, dentre estes destacando-se atos efetivos de controle pelos
então gestores do Grupo Itapemirim, em especial movimentação financeira entre as
empresas Rápido Marajó/Transbrasiliana (Grupo Transbrasiliana) e Caiçara/Itapemirim
(Grupo Itapemirim) em várias contas, controladas via “token” bancário.

Diante das conclusões da perícia nos autos da ação cautelar proposta pela Capital
Administradora Judicial, foi proferida decisão em 13/11/17 determinando (i) o afastamento
dos sócios SSG Incorporação e Assessoria Eireli, Sidnei Piva de Jesus, CSV Incorporação
e Assessoria Empresarial Eireli, Camila de Souza Valdívia, MROJ Gestão e Administração
de Bens Eireli e Milton Rodrigues Junior de toda a administração das empresas em
recuperação judicial.

Foi ainda constatada na apuração levada a efeito na recuperação judicial do Grupo


Transbrasiliana a existência de contratos entre aquele grupo e as Recuperandas, dentre
estes um contrato de permuta e outras avenças celebrado entre Viação Itapemirim e
Viação Caiçara, de um lado, e Rápido Marajó e Transbrasiliana Transporte e Turismo
Ltda., de outro lado, com objetivo de formalizar a permuta de bens e serviços entre as
empresas, por meio da qual ambos os grupos forneceriam mutuamente a prestação de
serviços, locação de bens e cessão de insumos entre si.

Pode-se concluir ainda dos desdobramentos daquela ação, que os requeridos


praticaram atos semelhantes na administração de ambos os grupos Recuperandos,
gerando prejuízos de altos valores, especialmente no que diz respeito aos serviços
contratados e pagos às empresas a eles coligadas, Delta X e Grampos de Aço Ltda., a
eles pertencentes, sendo que em ambos os casos, foram celebrados com estas contratos
prevendo a prestação duvidosa de serviços e a remuneração dos mesmos por valores
relevantes.

Importante ressaltar que naquele processo os Requeridos foram destituídos


da gestão das empresas, sendo tal decisão confirmada pelo Tribunal competente .

Item 4 - Aquisição de veículos de luxo com recursos das


Recuperandas:

Foi apurado nos autos principais, por requerimento da antiga administradora judicial,
Advocacia Saraiva e Associados, que a empresa C.L.A. Distribuidora de Veículos Ltda.
teria recebido da Recuperanda Viação Itapemirim valores referentes à aquisição de 3
veículos da marca Mercedes Benz.

Demonstrou por meio de documentos que a CSV Incorporação e Assessoria


Empresarial Eireli, representada por Camila de Souza Valdívia, autorizou depósitos para
pagamento de tais veículos.
Segundo as declarações apresentadas pela concessionária, ela teria recebido os
seguintes valores, nas respectivas datas: 14/02/17 – R$ 5.000,00, R$ 4.900,00, R$
4.900,00, R$ 4.900,00, R$ 300,00 da Viação Itapemirim S/A; 30/03/17 – R$ 949.616,00 da
Viação V.I.S.A.; e 27/04/17 – R$ 474.808,00 da Prodelta.

Embora tenha sido comentado que a maior parte do pagamento teria saído da
empresa “Viação I.S.A.”, pertencente à Camila e Sidnei e que não faria parte do Grupo
Itapemirim, os registros contábeis/bancários comprovam que R$ 949.616,00 tiveram por
origem recursos advindos da Viação Itapemirim S/A.

Item 5 - Delta X

Foi verificada a existência de um contrato de prestação de serviços de tecnologia da


informação (T.I.) e afins entre Viação Itapemirim S/A e Delta X Tecnologia da Informação
Ltda. no dia 01/12/16, logo após os Requeridos assumirem o controle acionário do Grupo
Recuperando.

Quanto ao pagamento, estipulou-se a quantia de R$ 20.000.000,00, no prazo de


vigência do contrato, ficando a critério da contratante (Viação Itapemirim) se o pagamento
se daria de forma diária e/ou mensal, com o objetivo de liquidar os valores ajustados. No
dia 01/02/17 foi firmado um aditivo contratual, para retificação da cláusula do objeto,
apenas para acrescentar a Viação Caiçara Ltda. Como contratante, para a qual também
deveriam ser prestados os serviços contratados.

Em maio de 2017 foi apresentado pela Delta X um relatório sobre os serviços


prestados ao Grupo Itapemirim desde sua contratação, em que relata todas as atividades
desenvolvidas para o Grupo. Todavia, os sócios da Delta X são Camila Valdívia e Sidnei
Piva, sendo que as assinaturas no contrato são as mesmas para contratante e contratada.

Não é demais ressaltar que o nome da Delta X é também mencionado na perícia


realizada no Grupo Transbrasiliana, sendo ali constatado que embora contratados e pagos
os serviços, os sistemas de informática operados pela Delta X eram incompatíveis com os
sistemas existentes e instalados nas empresas daquele Grupo, sendo este um fator
determinante para afastamento dos requeridos da gestão daquele grupo.

Soma-se a isto o fato de que o GAECO - Grupo de Atuação Especial de Combate


ao Crime Organizado encaminhou aos autos o Ofício nº 898/17, referente ao MPES nº
2017.0021.6500-15, a respeito de uma representação fiscal apresentada ao Ministério
Público de São Paulo para apuração de suposta prática de crimes contra a ordem tributária
pelos sócios das empresas Procarta Serviços Ltda. E Delta X Tecnologia da Informação,
quais sejam, Armando Ferreira da Cunha, Camila de Souza Valdívia e Sidnei Piva de
Jesus.

A documentação juntada demonstra que os referidos sócios estão sendo alvo de


inúmeras execuções fiscais pelo Município de Barueri por reiterada falta de recolhimento
de tributos municipais, apesar de declarados em notas fiscais.

Item 6 - Outras Despesas Injustificáveis:

Elementos apresentados nos autos mostram ainda o uso de recursos das


Recuperandas para transações totalmente alheias ao objeto social das empresas.
Houve a tentativa de aquisição do controle acionário da Passaredo Transportes
Aéreos S/A, datado de 08/05/17, firmado entre José Luiz Felício Filho e Serabens
Administradora de Bens Ltda. (vendedores) e Sidnei Piva de Jesus e Camila de Souza
Valdívia (compradores).

Embora o contrato tenha sido firmado pelas pessoas físicas de Sidnei Piva e Camila
Valdívia, existem comprovantes de pagamento que demonstram que os valores pagos aos
vendedores saíram da Viação Caiçara.

O negócio não se efetivou e o contrato foi desfeito, mas, ainda assim, foram pagos
valores pelas empresas Viação Itapemirim e Viação Caiçara à Passaredo e ao Sr. José
Luiz Felício, que totalizaram R$ 5.831.000,00, conforme razão contábil, comprovantes de
transferências e extrato bancário.

Já em 18 de setembro de 2017, foi enviada uma proposta (P2672-R3) confidencial


pelo departamento comercial da multinacional “Bombardier” direcionada a Sidnei Piva,
para fins de aquisição de 15 aeronaves Q400 nº DHC-8-402 pelo preço de US$
32.200.000,00.

Em que pese tal transação também não tenha se concretizado, retirou-se da conta
bancária da Itapemirim a quantia de R$ 1.612.500,00, de acordo com o razão contábil e
extrato bancário. Houve ainda desembolsos de R$ 3.256.107,00 e R$ 100.892,29,
realizados por empresa que detinha a cessão de crédito dos recebíveis da Itapemirim
(SRM Factoring), também averiguado via razão contábil.

Diante das irregularidades apontadas neste Incidente e denúncias de credores


relativas a falta de cumprimento do Plano de Recuperação Judicial, o MP/SP se
manifestou às Folhas 35.788 a 35.790 solicitando a suspensão dos leilões e o bloqueio
dos bens dos sócios da recuperanda.

Além disso, às Folhas 35.791 a 35.792 o M-SP se manifestou a respeito de denúncia


feita pela Associação de Credores da Viação Itapemirim referente a quantia vultuosa paga
ao Advogado das Recuperandas em curto espaço de tempo.

Vejamos trecho das folhas 34.494 e 34.495


6. Criação da “Viação Amarelinho”

6.1 O Uso de “laranjas” para a abertura da empresa

Enquanto estava na gestão da Viação Itapemirim, Camila se aproveitou para desviar


recursos e criar uma nova empresa no setor de transportes rodoviário de passageiros, a
chamada “Viação Amarelinho”. Ela também usou funcionários da empresa para essa
empreitada. Mas o plano maior era transferir mercados da Viação Itapemirim para essa
nova empresa.

Como forma de não aparecer na sociedade ela se valeu de outras pessoas. As


sócias-administradoras formalmente constituídas são Ivana Rocha Silva e Evelin Carolina
do Nascimento.

Em pesquisas junto aos sistemas do TJSP revelam que Evelin Carolina do


Nascimento foi condenada por roubo com simulacro de arma de fogo (Ação Penal nº
0021813-45.2014.8.26.0050) e, ao que tudo indica, está cumprindo pena. A “sócia-
administradora” também foi ré na ação de despejo nº 1028937-39.2019.8.26.0001, pois
deixou de pagar aluguel de R$ 550,00 por imóvel residencial.

Ainda no IP 1500836-93.2020.8.26.0228 Sidnei fez acusações de irregularidades na


constituição Viação Amarelinho como o caso da fraude no reconhecimento de firma de
Evelin Carolina do Nascimento apontado pelo Cartório. A sociedade foi transferida para o
nome de Elia Aldergham, ao que tudo indica, cunhado de Camila. Além do mesmo
sobrenome do marido de Camila ( Adib Aldergham) , ele declara o mesmo endereço dela.
6.2 A parceria para desviar recursos da Viação Itapemirim

Camila fez grande divulgação em diversas postagens em seus perfis pessoais e


perfis da VIAÇÃO AMARELINHO. Ela também participou de diversas transmissões ao vivo
(conhecidas como lives) em canais ligados a transporte rodoviário, durante as quais ela
se apresenta como proprietária da empresa em questão.

No canal ROTA de ÔNIBUS - Jackson Araújo1, fala-se que a VIAÇÃO


AMARELINHO teria “parceria por contrato de comodato e alguns ônibus” com a empresa
SEVERO TURISMO, cujos veículos podem ser vistos no pátio de manobras.
1 Disponível em https://www.youtube.com/watch?v=aE_znopCKc8.
Cabe lembrar que a mesma empresa Severo Turismo cobra aproximadamente R$ 2
milhões da VIAÇÃO ITAPEMIRIM por supostos atrasos nos aluguéis de ônibus. Aí temos
alguns indícios dos desvios da Viação Itapemirim para gerar recursos para a nova
empresa.

No mais, em 22/05/2020, Camila de Souza Valdivia diz em live do canal CARLOS


RABELO INSTRUTOR que está comemorando 1 ano de empresa e com “operação inteira
de pé, custos inteiros de pé”2. Poucos dias depois, Camila de Souza Valdivia afirma em
nova live para o mesmo canal3 que “90%” dos preparativos estariam prontos, mas diz que
teve um “contratempo” com a inscrição estadual (11m20).

O mais importante dessa segunda transmissão é que a empresária afirma que ELA
“lançou” a empresa enquanto era sócia da VIAÇÃO ITAPEMIRIM e dá detalhes sobre as
cores da empresa e o porquê do nome que ELA escolheu (a partir de 38m40). Ao final, ela
textualmente se coloca como dona da VIAÇÃO AMARELINHO (por volta de 49m00).

2 Disponível em https://www.youtube.com/watch?v=4ApHiEARkEk. Acesso em 27/05/2020.


3 Disponível em https://www.youtube.com/watch?v=F-pbhICJ9Lc. Acesso em 27/05/2020.

6.3 O Contador de Camila e Sidnei – Nelson Oliveira dos


Santos

Outro fato interessante sobre a Viação Amarelinho diz respeito ao contador de


assina o processo de abertura da empresa. Trata-se de Nelson Oliveira dos Santos. Ao
que tudo indica, ele é o responsável pela abertura de empresas para Sidnei e Camila
utilizando-se do nome de pessoas “laranjas” ou pessoas que ignoram a utilização de seus
nomes.

Através do INQUÉRITO POLICIAL Nº 1503983-50.2018.8.26.0050 foi instaurada


investigação a partir de Boletins de Ocorrência lavrados por Vanessa Rodrigues de
Freitas após descobrir que seu nome constava como sócia administradora em pelo menos
3 (três) empresas que lhe eram desconhecidas (fls. 03/06).

Segundo consta dos documentos acostados aos autos, a Nova Safra Distribuidora
e Comércio de Bebidas Ltda. foi constituída em 20/03/2012 e um dos sócios
administradores era Vanessa.

Consta ainda que Vanessa Rodrigues de Freitas também teve seu nome utilizado
em 06/03/2012, quando da constituição da empresa Nobre Comercio de Papel e Papelão
Ltda. (que posteriormente passou a se chamar Borges e Siqueira Indústria e Comércio
de Bebidas Ltda.) (fls. 18/49).

Por sua vez, há nestes autos documento apresentado perante a JUCESP no


contexto de alterações societárias da empresa Borges e Siqueira Indústria e Comércio
de Bebidas Ltda. (fls. 44), no qual consta o nome do mesmo Nelson Oliveira dos
Santos.

Já nos autos do Inquérito Policial nº 1539813-43.2019.8.26.0050, está a constituição


das empresas Viação Amarelinho Ltda. e Viação Turismo Ltda., atribuídas a Camila
de Souza Valdívia. Do que se verifica, ambas as empresas foram constituídas no mesmo
dia 22/05/2019, em nome de Evelin Carolina do Nascimento e Ivana Rocha Silva.

Ocorre que, os nomes de tais pessoas parecem ter sido usados como “laranjas” na
constituição da Viação Amarelinho Ltda., apontada como ato fraudulento e cujo
responsável foi o contador Nelson Oliveira dos Santos. Ele foi ouvido em pelo menos 2
(duas) ocasiões naqueles autos ( fls. 295/296 e 1272).

Os pontos de ligação entre os dois inquéritos policiais estão na petição apresentada


em janeiro de 2020 pela investigada Camila de Souza Valdívia ( fls. 634/646) e na figura
do contador Nelson Oliveira dos Santos.

Por meio de sua defesa, Camila de Souza Valdívia confirmou expressamente que
ela é a responsável pela Viação Amarelinho Ltda., após tê-la comprado “do Contador
Nelson, amigo de Sidnei, já devidamente configurada”.

Além disso, naquela mesma peça, a investigada Camila de Souza Valdívia proferiu
sérias acusações sobre seu sócio de longa data, Sidnei Piva de Jesus, a saber (fls.
643/644; G.N.):

Convém por em relevo que Sidnei possui 3 (três) inscrições no Cadastro de


pessoas Físicas (CPF) junto à receita federal, ou seja, CPFs: 062.567.398-09,
215.355.898-65 e 137.445.767.10.4
(...)
Também, se tem notícia que merece investigação, que Sidnei constituiu
uma empresa denominada Nova Safra Distribuidora de Bebidas Ltda., em
nome de “laranja”, pessoa esta que se chama Vanessa Rodrigues de
Freitas, que quando descobriu que havia uma empresa em seu nome, se
dirigiu ao 80º Distrito Policial e confeccionou o boletim de ocorrência
número 3469/2018 (fls. 530/532), pedindo providência. Tal informe merece
ser investigado, pois constaria que, quem é o criminoso é o denunciante e não
a peticionária.

7. Transação de cotas entre Sidnei e Camila


Em 11/05/2020 a Administradora Judicial peticionou informando: “Em sua rotina de
verificação de todas as movimentações financeiras das Recuperandas, no ensejo da
elaboração do Relatório Mensal de Atividades referente ao mês março/2020, esta
Administradora Judicial constatou uma saída de caixa atípica no valor de R$
4.800.000,00 (quatro milhões e oitocentos mil reais) destinada ao marido da acionista
Camila de Souza Valdivia – vide comprovante anexo.” (fls. 56.353/56.355 nos autos da
Recuperação Judicial nº 0060326-87.2018.8.26.0100).

4
Na verdade, trata-se de desvio do recurso dos leilões destinados ao pagamento de
credores para um “acerto” financeiro entre Sidnei e Camila.

Em resposta Sidnei Piva de Jesus limitou-se a informar que oferece um imóvel em


garantia do ressarcimento do valor retirado.

Não bastassem as questionáveis explicações, a própria EXM Partners verificou que


o imóvel que foi oferecido em garantia pelo “sócio permanente” (fls. 56374) é objeto de
leilão extrajudicial e “que a propriedade do bem é de Trans Sistemas de Transportes Ltda.
– CNPJ 02.249.216/0001-10, empresa esta que se encontra em Recuperação Judicial, por
meio dos autos de nº 0002517-85.2017.8.19.0063, em trâmite perante a 2ª Vara Cível da
Comarca de Três Rios/RJ”

8. Dos Inquéritos Polícias e troca de acusações entre Sidnei


Piva de Jesus e Camila de Souza Valdivía

Existem vários Inquéritos Policiais envolvendo Sidnei e Camila e denúncias de seus


Golpes:

IP 2361799/2019 – Processo 1539813-43.2019.8.26.0050 aberto por Sidnei


no qual trocam graves acusações.

IP 2050528/2020 - Processo 1512397-66.2020.8.26.0050 aberto por Camila


contra Sidnei.

IP 1500836-93.2020.8.26.0228 aberto por Sidnei com denúncias sobre os desvios


de Camila para constituição da empresa Viação Amarelinho.

9. Das manobras para ocultar Patrimônio

9.1 Evidências nos autos do IP 2361799/2019 – Processo 1539813-


43.2019.8.26.0050

Camila e Adib Aldorgham prestaram depoimentos à Polícia e afirmam textualmente


que tanto Camila quanto Sidnei realizam a prática de depositarem seus pró-labores nas
contas correntes dos cônjuges como mecanismo para evitar bloqueios trabalhistas.
Trecho do depoimento de Adib Aldorgham – folha 304 em 07/01/2020.
Trecho do depoimento da Camila – folhas 306 a 344 em 07/01/2020.

Depósito na C/C de Adib em 12/2019 efetuado pela VISA

Camila inclusive apresenta declaração assinada por ela onde autoriza tal
procedimento dentro das recuperandas e diversos print’s da tela de seu celular com as
mensagens de SMS de aviso de ordens de bloqueios trabalhistas.
Declaração firmada por Camila autorizando o depósito de seus pró-labores na C/C
de Adib.
Print da tela do celular de Camila com mensagem SMS informando ordem de
bloqueio para sua C/C.

São juntados ainda extratos de 12 meses da C/C de Adib onde é possível confirmar
a prática sistemática desse procedimento.
Indicação da C/C de Adib mantida junto ao Banco Itaú.

Além de utilizar a C/C de Adib Aldorgham, Camila desviou recursos da VISA para
criar empresas em nome do marido e que também utiliza como meio de movimentar o
dinheiro e fugir de bloqueios e processos de cobrança. São as empresas: Viação
Amarelinho Transportes de Passageiros Ltda, Viação Turismo Ltda e Yellow Produções
Ltda.
Também no IP 2361799/2019 é apresentado um organograma das empresas
ligadas à Sidnei Piva e com a indicação do CPF de sua esposa Silvana dos Santos
Silva.

Trecho extraído das páginas 417 a 419


Ainda dentro do IP 2361799/2019 ocorre uma suposta tentativa de acordo entre
Camila e Sidnei no qual ele faz a proposta de pagamento de 15milhões por suas cotas
nas empresas recuperandas e oferece como garantia de pagamento o automóvel modelo
Porshe GEV 8977 e de um imóvel localizado em Santos.

Trecho extraído das folhas 497 a 510

O citado automóvel está em nome da empresa Trans Sistemas de Transportes


Ltda e o apartamento em nome de Silvana dos Santos Silva, sua esposa, o que
demonstra claramente os artifícios utilizados para esconder o patrimônio e fugir das
dívidas.
Trecho da matrícula do imóvel duplex localizado em Santos-SP.
9.2 Evidências nos autos da Recuperação Judicial

Existem vários processos dependentes ao processo 0060326-87.2018.8.26.0100, ,


chamados de Incidentes, um deles é específico para as prestações de contas do
Administrador Judicial, os conhecidos RMA’s (Relatório Mensal do Administrador) –
Processo 0003311-29.2019.8.26.0100. Vejamos as folhas 2.419 e 2.420 onde o AJ
identifica irregularidades como o aumento da remuneração do Sidnei para R$ 300mil reais
mensais (depositados na C/C da Silvana) e o pagamento de R$ 4,8 milhões para Camila
através da C/C de seu marido Adib.

Trecho que trata da remuneração de R$ 300 mil reais para Sidnei.

Trecho que trata do pagamento de R$ 4,8 milhões de reais para Camila na C/C de
Adib.

Ainda nos autos da Recuperação Judicial processo 0060326-87.2018.8.26.0100


também é possível a comprovação dos atos praticados por Sidnei para evitar o pagamento
de suas dívidas. Existe a denúncia de que além de usar a conta corrente da esposa
Silvana, ele agora também se utiliza de uma empresa eirelli, da mesma Silvana, para
transferência de seus pró-labores através da empresa SIL Service Serviços
Administrativos – Eireli.

Vejamos o trecho das folhas 53.173 a 53.175 com a informação dos pagamentos
realizados para a empresa Sil Service Serviços Administrativos – Eirelli
Em simples consulta ao site da JUCESP é possível confirmar que a empresa SIL
Service A pertence de fato a Silvana dos Santos Silva, esposa do Sidnei.

Em pesquisas nos sites da Receita Federal e JUCESP é possível identificar diversas


sociedades constituídas por Sidnei Piva de Jesus e sua esposa Silvana dos Santos
Silva para esconder patrimônio e fugir do pagamento de dívidas.

Vejamos a empresa NOAH Sistemas de Transportes em Geral Ltda, CNPJ


12.861.814/0001-08

Trans – Sistemas de Transportes Ltda, CNPJ 02.249.216/0001-10

Nessa consulta ao ambiente da JUCESP é possível constatar que a empresa NOAH,


de propriedade de Sidnei e esposa, é acionista da empresa Trans Sistemas de
Transportes Ltda e é fácil confirmar que os dois declaram o mesmo endereço
residencial.

Além dessas empresas, a sra. Silvana dos Santos Silva também participa
atualmente da empesa Residencial Edifício Prudente SPE Ltda, CNPJ 23.207.934/0001-
02. Acontece que em consulta ao quadro de sócios dessa mesma empresa no ambiente
da Receita Federal realizada em 10/07/2017 constava o sr. Sidnei como administrador.
Em clara manobra para fugir das cobranças ele transferiu suas cotas para a esposa
em documento arquivado na JUCESP em 26/04/2018.
Vejamos o instrumento de doação das cotas

9.3 Manobras realizadas por Camila Valdivia e seu marido para


esconder patrimônio e fugir dos pagamentos de dívidas.

Assim como Sidnei Piva de Jesus, Camila de Sousa Valdivia vem utilizando algumas
manobras com o propósito de se esquivar da responsabilidade perante diversos credores.

Uma dessas manobras pode ser identificada na simulação da venda do apartamento


da matrícula 107.261 do município de Osasco. É possível observar no documento o CPF
233.728.258-96 pertencente a Adib Adorgham. Em busca no sistema de Cartórios
Registradores.org.br em busca por bens ligados a esse CPF é referenciada a matrícula
107.261.

Isso sem esquecer que todo recurso financeiro fica escondido nas Contas correntes
de ADIB, e das empresas Viação Amarelinho Transporte de Passageiros Ltda e Yellow
Produções Ltda.

9.4 Outros bens de Sidnei e Camila


Além das manobras já citadas, é possível identificar outros bens em nome de
Camila Valdivia e Sidnei Piva de Jesus, seus cônjuges ou suas empresas. Sempre
com o nítido propósito de esconder patrimônio e fugir dos pagamentos aos credores.

Sidnei Piva de Jesus

Matrícula 74.436 da cidade de Ribeirão Preto.

Matrícula 123.362 da cidade de São Paulo.

9.5 O processo 1039804-22.2018.8.26.0100 e a vida de luxo de Sidnei

Neste processo é possível conhecer a vida de luxo de Sidnei, que alega não ter
condições financeiras, enquanto não paga pelos crimes cometidos.

Gastos do cartão de crédito de Sidnei Piva.


9.6 Valor do Pró-labore de Sidnei
Além disso, nos Autos do processo de RJ 0060326-87.2018.8.26.0100 é possível
identificar que o Sr. Sidnei tem a remuneração de R$ 4,2 milhões de reais conforme se
extraí da página 53.216.

9.7 Depósitos Prodelta, CSV e SSG

No processo da RJ é possível localizar denúncias de depósitos / desvios feitos para


as C/C das empresas CSV e SSG, bem como da Delta X e Prodelta. Através dessas
denúncias é possível conhecer os dados das C/C das empresas envolvidas no processo.
Seguem os documentos comprobatórios.

Instrução para depósitos na C/C da empresa Prodelta, de titularidade de Camila e


Sidnei
Depósito realizado para a empresa SSG de titularidade de Sidnei

Indicação de C/C em nome da empresa Delta X junto ao Banco do Brasil.

Indicação de C/C em nome da empresa Delta X junto ao Banco Bradesco.

Indicação de C/C em nome da empresa Delta X junto ao Banco Itaú.

10. Contas no Exterior e OffShore

Destaca-se o Inquérito Policial nº 1539813-43.2019.8.26.0050, instaurado em


dezembro de 2019 a pedido de Sidnei Piva de Jesus para apurar supostos crimes
falimentares, em tese cometidos por Camila de Souza Valdívia no âmbito da recuperação
judicial do VIAÇÃO ITAPEMIRIM S/A.

Do que se verifica naqueles autos, em janeiro de 2020 tomou-se a oitiva da


testemunha Daniela Lopes Campos Galan, que compareceu ao 9º Distrito Policial de
São Paulo “por sua livre e espontânea vontade” para prestar depoimento (fls. 302/303).

Ela afirmou ter trabalhado na conhecida empresa Delta X, cujos proprietários eram
Sidnei Piva de Jesus e Camila de Souza Valdívia. Entre 2016 e 2017, também trabalhou
com eles na VIAÇÃO ITAPEMIRIM S/A. Mais importante, ela fez um relato que aborda
especificamente a questão das aeronaves, conforme se verifica,

Ato contínuo, a defesa de Camila de Souza Valdívia se manifestou por


petição naqueles autos e abordou novamente a questão ( fls. 634/646).

Salta aos olhos que a versão apresentada por Daniela Lopes Campos Galan e
corroborada por Camila de Souza Valdívia não apenas sugere que Sidnei Piva de Jesus
faltou com a verdade nestes autos como vai diretamente contra o que a própria Camila
afirmou em março de 2019!

Que fique claro: a mesma Camila de Souza Valdívia, que havia se colocado ao lado
de Sidnei Piva de Jesus e engrandecido os supostos benefícios de um possível negócio
com a Bombardier, e que disse textualmente que “foram celebrados alguns contratos de
remessa de valores para a BOMBARDIER”, afirmou poucos meses depois que tudo não
passou de um expediente fraudulento de Sidnei Piva de Jesus para levantar e remeter
US$ 1,5 milhão para fora do Brasil!

10.1 Contas no Exterior Indicadas nos Autos Nº 1036263-


31.2017.8.26.0224.

Sem prejuízo do exposto no item anterior, há informações nos autos do processo


cível nº 1036263-31.2017.8.26.0224 que comprovam as contas no exterior.
Em apertada síntese, aquela ação foi ajuizada pela empresa Matrizaria e
Estamparia Morillo Ltda. em face de Kvika Matrizaria e Estamparia EIRELI. No curso
daquele feito, a empresa Kvika Matrizaria e Estamparia EIRELI apresentou contestação
em que fez constar o seguinte (fls. 1321/1322).

Como prova do alegado, a defesa da Kvika Matrizaria e Estamparia EIRELI


apresentou documentos comprobatórios sobre valores no exterior que, ao menos em
2017, eram “mantidos na conta 74662-123-30 (em nome de Sidnei Piva de Jesus) e conta
74661 -123-25 (em nome de Camila de Souza Valdívia)” (fls. 1370 a 1373 e 2073 a2085.
Tais informações são especialmente relevantes uma vez que as questões da
suposta negociação com a Bombardier também datam de 2017.

10.2 Da OFFSHORE Ligada a Sidnei Piva de Jesus

Em consultas realizadas junto ao Offshore Leaks Database5, é possível conhecer


uma empresa offshore de nome SSG INTERNATIONAL HOLDINGS LTD., que pode estar
ligada a Sidnei Piva de Jesus e sua esposa, Silvana dos Santos Silva.

A referida empresa foi criada em 2012 e, ao que tudo indica, está sob jurisdição de
British Virgin Islands, com endereço nos EUA:

5 A saber, trata-se de banco de dados mantido por consórcio internacional de


jornalistas investigativos com informações sobre mais de 785.000 entidades offshore
que fazem parte dos inquéritos Paradise Papers, Panama Papers, Offshore Leaks e
Bahamas Leaks. Os dados são vinculados a pessoas e empresas em mais de 200 países
e territórios. Disponível em <https://offshoreleaks.icij.org/>. Acesso em
28/07/2020.
Tampouco se pode deixar de apontar que Sidnei Piva de Jesus e Silvana dos
Santos Silva são sócios em outras empresas no Brasil, a exemplo da Noah Sistemas de
Transportes em Geral Ltda. (CNPJ 12.861.814/0001-08).

11. Das empresas em que Sidnei e Camila tem participação

11.1 Principais

- Viação Itapemirim S/A – em recuperação Judicial


CNPJ: 27.175.975/0001-07
End.: Av. Cruzeiro so Sul, 1.800 – sala 100, Terminal Rodoviário do Tietê
Canindé, São Paulo -SP CEP 02.030-000

- Viação Caiçara Ltda – em Recuperação Judicial


CNPJ: 11.047.649/0001-84
End.: Av. Cruzeiro so Sul, 1.800 – Guichê 448, Terminal Rodoviário do Tietê
Canindé, São Paulo -SP CEP 02.030-000

- Imobiliária Bianca Ltda – em Recuperação Judicial


CNPJ: 31.814.965/0001-41
End.: Rua Vitoriano dos Anjos, 417 – Jardim Nossa Senhora do Carmo, São Paulo
– SP CEP 08.275-080

- Transportadora Itapemirim S/A – em Recuperação Judicial


CNPJ: 33.271.511/0001-05
End.: Rua Antônio Pontes, 140, sala 02, Vila Guilherme, São Paulo – SP CEP
02.065-050

- ITA – Itapemirim Transportes S/A – em Recuperação Judicial


CNPJ: 34.537.845/0001-32
End.: Rua Antônio Pontes, 140, sala 03, Vila Guilherme, São Paulo – SP CEP
02.065-050

- CSV Incorporação e Assessoria Empresarial – eirelli


CNPJ: 24.093.269/0001-28
End.: Av. Tucunaré, 342 – Tamboré, Barueri – SP CEP 06.460-020
- SSG Incorporação e Assessoria Empresarial – eirelli
CNPJ: 23.170.200/0001-98
End.: Av. Luiz Carlos Berrini, 1.748 – Conj 1.302 – Cidade Moncões – São Paulo –
SP - CEP 04.571-000

- Delta X Teconologia da Informação Ltda


CNPJ: 07.740.551/0001-30
End. Av. Tucunaré, 342 – andar 02, sala 05 – galpão 02, centro comercial e
empresarial Jubran - Tamboré, Barueri – SP CEP 06.460-020

11.2 Demais Empresas com participação de Camila e Sidnei

- Itapemirim Administradora e Corretora de Seguros Ltda


CNPJ: 28.001.481/0001-79
End.: Av. Tucunaré, 342 – 2º andar, sala 09 - Tamboré, Barueri – SP CEP 06.460-
020

- Residencial Edifício Prudente SPE Ltda


CNPJ: 23.207.934/0001-02
End.: Av. Marechal Cosa e Silva, 727 – Campos Eliseos, Ribeirão Preto – SP CEP:
14.080-130

- Procarta Serviços de Informática Ltda


CNPJ: 65.699.704/0001-40
End.: Av. Tucunaré, 342 - Tamboré, Barueri – SP CEP 06.460-020

- SPJ Piva Assessoria Empresarial Ltda


CNPJ: 16.432.974/0001-84
End.: Av. Luiz Carlos Berrini, 1.748 – Conj 1.303 – Cidade Moncões – São Paulo –
SP CEP 04.571-000

- Prodelta Propaganda e Marketing Ltda


CNPJ: 24.099.791/0001-17
End.: Av. Tucunaré, 342 - Tamboré, andar 01, sala 01 - Barueri – SP CEP 06.460-
020

- DENEB Participações Ltda


CNPJ: 23.034.346/0001-06
End.: Rua Dom Pedro I, S/N – Km 89, sala 06, Ponte Alta – Jarinu – SP CEP 13.240-
000

- Kroner Participações Ltda


CNPJ: 23.034.405/0001-46
End.: Rua Dom Pedro I, S/N – Km 89, sala 03, Ponte Alta – Jarinu – SP CEP 13.240-
000

- Crater Participações Ltda


CNPJ: 23.034.434/0001-08
End.: Rua Dom Pedro I, S/N – Km 89, sala 08, Ponte Alta – Jarinu – SP CEP 13.240-
000

- Best Química Ltda


CNPJ: 66.641.770/0001-21
End.: Estrada Particular Fukutaro Yida, 1.405 – Sítio Mato a Dentro, Cooperativa –
São Bernardo do Campo – SP CEP: 09.852-060

- Hewitt Equipamentos Ltda – em Recuperação Judicial


CNPJ: 66.950.536/0001-86
End.: Rua Funchal, 551 – Conj 52, sala 01 – Vila Olímpia – SP CEP.: 04.551-060

- Cruzaco Fundição e Mecânica Ltda


CNPJ: 62.249.248/0001-48
End.: Rua Funchal, 551 – Conj 52, sala 02 – Vila Olímpia – SP CEP.: 04.551-060

11.3 Empresas que usam para esconder os recursos


financeiros
- SIL Service Serviços Administrativos – eirelli
CNPJ: 11.187.017/0001-16
End-1: Rua Coriolano, 387 – Vila Romana, São Paulo – SP CEP 05.047-000

- Trans Sistemas de Transportes Ltda


CNPJ: 02.249.216/0001-10
End.: Rua Funchal, 551 – andar 5, Conj 51 Conj 52,– Vila Olímpia – SP CEP.:
04.551-060

- NOAH Sistemas de Transportes em Geral Ltda


CNPJ: 12.861.814/0001-08
End.: Rua Carlos Weber, 663 – apto 132A – Vila Leopoldina, São Paulo – SP CEP
05.303-000

- Yellow Bus Holding Participações Ltda


CNPJ: 37.628.238/0001-76
End-1: R B Parque Industrial Tomas Edson – BFU, 440, sala 01 – São Paulo – SP
CEP:01.144-070

- Yellow Produções Ltda


CNPJ: 34.297.220/0001-40
End-1: Av. Angélica, 2.163, Conj 174, Consolação – São Paulo – SP CEP: 01.227-
200

- Viação Amarelinho Transportes de Passageiros Ltda


CNPJ: 33.698.981/0001-41
End.: R B Parque Industrial Tomas Edson – BFU, 440, São Paulo – SP CEP:01.144-
070

11.4 Novas Empresas criadas para esconder os recursos


financeiros

Empresas de Camila
Saint Mary Holding Participações Ltda
CNPJ: 37.628.210/0001-39
End.: R B Parque Industrial Tomas Edson – BFU, 440, sala 02 – São Paulo – SP
CEP:01.144-070
- Busride Holding Participações Ltda
CNPJ: 37.628.177/0001-47
End.: R B Parque Industrial Tomas Edson – BFU, 440, São Paulo – SP CEP:01.144-
070
- Viação Turismo Ltda
CNPJ: 33.700.092/0001-71
End.: Av. Angélica, 2.163, Conj 172, Consolação – São Paulo – SP CEP: 01.227-
200

Empresas de Sidnei
- Itapemirim Bank
CNPJ: 38.377.167/0001-49
End.: Rua Funchal, 551 – Conj 52, sala 07 – Vila Olímpia – SP CEP.: 04.551-060

- STAR Mobility Participações Ltda


CNPJ: 38.429.182/0001-93
End.: Rua Antônio Pontes, 140, sala 07, Vila Guilherme, São Paulo – SP CEP
02.065-050

SPACE Air Participações Ltda


CNPJ: 38.445.378/0001-71
End: Rua Antônio Pontes, 140, sala 06, Vila Guilherme, São Paulo – SP CEP 02.065-
050

Itapemirim Transportes Aéreos Ltda


CNPJ: 02.907.387/0001-90
End.: Rua Funchal, 551 – Conj 52, sala 10 – Vila Olímpia – SP CEP.: 04.551-060

- Consórcio TMT 3000


CNPJ: 17.984.081/0001-04
End.: Rua Guaianases, 1.041 – sala 01, Campos Eliseos, São Paulo – SP CEP.
01.204-001

- Consórcio TMT 2070


CNPJ: 17.984.072/0001-13
End.: Rua Guaianases, 1.041 – sala 01, Campos Eliseos, São Paulo – SP CEP.
01.204-001

12. Dos endereços declarados pelos envolvidos

- Sidnei Piva de Jesus

End-1: Rua Carlos Weber, 663 – apto 132A – Vila Leopoldina, São Paulo – SP CEP
05.303-000

End-2: Rua Antônio Pontes, 140 – Vila Guilherme, São Paulo – SP CEP 02.065-050

End.-3: Av. Tucunaré, 342 – 3º andar - Tamboré, Barueri – SP CEP 06.460-020

End.-4: Rua Passeio dos Jequitibás, 345, apto 73 Ed. Positano, Riviera de São
Lourenço, Bertioga – SP CEP 11.250-000
- Camila de Souza Valdivia

End-1: Av. Doutor Martin Luther King, 980 – apto 262 – Umuarama, Osasco – SP
CEP 06.030-003

End-2: Alameda Sibipiruna, 121 – apto 267 – Bairro Adalgisa, Osasco – SP CEP
06.030-302

End.-3: Av. Tucunaré, 342 – 3º andar - Tamboré, Barueri – SP CEP 06.460-020

- Milton Rodrigues Júnior

End-1: Rua Professora Carolina Ribeiro, 165 – Apt. 82 – Chácara Klabin , São Paulo,
CEP 04116-020

End-2: Rua Tuiuti, 2.520, apto 901, Tatuapé, São Paulo – SP

- Adib Aldorgham
CPF: 233.728.258-96

End-1: Av. Doutor Martin Luther King, 980 – apto 262 – Umuarama, Osasco – SP
CEP 06.030-003

End-2: Alameda Sibipiruna, 121 – apto 267 – Bairro Adalgisa, Osasco – SP CEP
06.030-302

End-3: Rua Santa Efigênia, 185 – Loja 03B – Bairro Santa Efigênia, São Paulo – SP
CEP 01.207-001

- Silvana dos Santos Silva


CPF: 177.141.238-00

End-1: Rua Carlos Weber, 663 – apto 132A – Vila Leopoldina, São Paulo – SP CEP
05.303-000

End-2: Rua Coriolano, 387 – Vila Romana, São Paulo – SP CEP 05.047-000

End.-3: Rua Passeio dos Jequitibás, 345, apto 73 Ed. Positano, Riviera de São
Lourenço, Bertioga – SP CEP 11.250-000

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