Pavão, 2019 - LIVRO PRÁTICAS EDUCACIONAIS INCLUSIVAS
Pavão, 2019 - LIVRO PRÁTICAS EDUCACIONAIS INCLUSIVAS
Pavão, 2019 - LIVRO PRÁTICAS EDUCACIONAIS INCLUSIVAS
Práticas
Educacionais
INCLUSIVAS
na Educação
Básica
FACOS - UFSM
Práticas
Educacionais
INCLUSIVAS
na Educação
Básica
FACOS-UFSM
Ana Cláudia Oliveira Pavão
Sílvia Maria de Oliveira Pavão
(Organizadoras)
Práticas
Educacionais
INCLUSIVAS
na Educação
Básica
Santa Maria
FACOS-UFSM
2019
Esta obra está licenciada com uma licença Creative Commons
Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA
Título
Práticas Educacionais Inclusivas na Educação Básica
Edição, preparação e revisão
Ana Cláudia Oliveira Pavão; Sílvia Maria de Oliveira Pavão
Projeto gráfico e diagramação
Magnos Cassiano Casagrande
Capa
Magnos Cassiano Casagrande
CDU 37.014.5
376.1/.5
ANDRESSA MACHADO
CARLO SCHMIDT
TATIANE NEGRINI
TÍTULO DA OBRA
PAVÃO, Ana Cláudia Oliveira; PAVÃO, Sílvia Maria de Oliveira (Org). Práticas
Educacionais Inclusivas na Educação Básica. Santa Maria: Facos UFSM, 2019.
SUMÁRIO
I Apresentação
Ana Cláudia Oliveira Pavão; Sílvia Maria de Oliveira Pavão
11
1
Boas práticas na inclusão: o teatro como possibilidade
de mobilizações interdisciplinares/transdisciplinares 21
Idamara Carvalho Siqueira; Lorena Inês Peterini Marquezan
2
A prática docente na Educação Especial na Unidade de
Educação Infantil Ipê Amarelo 35
Daniela Camila Froehlich; Jaqueline Daise Kaufmann; Glaucimara Pires
Oliveira
3
O lúdico na formação de conceitos: o brincar da criança com
cegueira congênita 47
Ana Paula Rodrigues Machado; Josefa Lídia Costa Pereira
4
Objeto de aprendizagem: o lúdico como aquisição de saberes
para alunos com Altas Habilidades/Superdotação 67
Andressa Machado; Sabrina Chaves Domingues; Ana Cláudia Oliveira
Pavão
5
Intervenção mediada por pares como prática pedagógica
para alunos com autismo 87
Carlo Schmidt; Fabiane dos Santos Ramos; Daniele Denardin de
Bittencourt
6
A educação mediada por animais como estratégia
desenvolvente na sala de recursos multifuncional 105
Denise Medina Fidler; Fabiane Adela Tonetto Costas
7
Políticas inclusivas e a significação das práticas de educação
especial na escola comum 127
Letícia de Lima Borges; Eliana da Costa Pereira de Menezes
8
Educação e emoção: caminhos teóricos para prática do afeto
no processo de ensino-aprendizagem 149
Elita de Cassia Rocha Santos; Kelen Conrado de Souza Santos
9
Práticas pedagógicas inclusivas: aproximações entre
a Educação Especial e a Educação Matemática 175
Maíra da Silva Xavier; Fabiane Romano de Souza Bridi
10
Educação inclusiva: a importância do currículo funcional
para alunos com necessidades educacionais especiais 197
Fernanda Lucia Paulino
11
Aplicativos de leitura e escrita e a deficiência intelectual:
uma análise para o nível pré-silábico 213
Ana Claudia Oliveira Pavão; Karolina Waechter Simon
12
A Educação Matemática para alunos com deficiência
intelectual no contexto da escola inclusiva 229
Mariane Carloto da Silva; Marília Urach Becker; Sabrina Fernandes de
Castro
13
Habilidades sociais em crianças com deficiência visual -
necessidade na prática inclusiva: estado da arte 255
Miriam Adalgisa Bedim Godoy; Maria Stella Coutinho de Alcantara Gil
14
Reflexões sobre estágio supervisionado curricular: uma
experiência do Curso de Licenciatura em Educação 275
Especial Noturno
Josefa Lídia Costa Pereira; Glaucimara Pires Oliveira
15
Impactos da formação em tecnologia assistiva na prática de
professores da educação básica 289
Daniele dos Anjos Schmitz; Ângela Balbina Neves Picada; Ana Cláudia
Oliveira Pavão
16
Direito à educação dos estudantes com altas habilidades/super-
dotação: articulando as políticas públicas e o 307
atendimento educacional
Tatiane Negrini
17
Acompanhamento psicopedagógico como prática de inclusão
Sílvia Maria de Oliveira Pavão; Angélica Regina Schmengler 327
18
Atendimento Educacional Especializado (AEE) no
contexto escolar 343
Daiane Flores Pereira; Fabiane Romano de Souza Bridi
I
APRESENTAÇÃO
N
o Brasil, de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional-LDBEN (BRASIL, 1996, art, 21), o
sistema educacional se divide em níveis: Educação
Básica e Educação Superior. A Educação Básica está subdividida em
três etapas: Educação Infantil, Ensino Fundamental e o Ensino Médio.
Assim, uma pessoa que inicie o processo de escolarização por volta
dos quatro anos, na Educação Infantil, vai concluir todas as etapas do
processo, caso não haja reprovações, por volta dos 17 anos.
Portanto, é na Educação Básica que esse sujeito passará
grande parte do seu ciclo vital e, em uma fase de seu desenvolvimento
humano que é crucial, para o crescimento físico, psicológico, afetivo e
cognitivo. Por isso, essa é uma das razões pelas quais a pesquisa que se
dedica a qualificar as ações educacionais, nessa etapa, são essenciais,
tomando para efeito uma análise macro, para o progresso social. 11
18
As Organizadoras
19
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
realidade. Por isso a escolha do texto, que em nosso caso, deve ser
de simples compreensão, com linguagem coloquial para melhor
caracterizar cada personagem, sempre visando a ação como atividade
educacional integradora e interativa com alunos de peculiaridades
diversas.
Escolheu-se para 2017 a crônica “O Anel de Formatura”, de
Rubem Boelter (2017), por ser um escritor local e por essa crônica ter
a ver com a realidade dos alunos. É um texto em que as personagens
demonstram valores como: amizade, gratidão, amor e inclusão, que
são facilmente entendidos por alunos incluídos e atendidos pelo
Atendimento Educacional Especializado.
O mundo escolar tem a missão de estudar a Língua Portuguesa
e a Literatura nas suas mais variadas manifestações: histórias, dramas,
crônicas, etc... E essa crônica possibilita isso. Assim, planejou-se a ação
com contato inicial com o autor para licença de uso de sua produção.
E, com a turma envolvida, fez-se a leitura coletiva e individual do texto,
buscando sentidos e significados.
Foram estudados as personagens e as características de
cada um, com destaque nas ações principais, sem desmerecer as
secundárias. Sempre que houve dúvidas entrou-se em contato com
o autor, por e-mail. A distribuição de personagens foi feita com
adaptações para as características de cada aluno incluído, respeitando
seus limites e possibilidades.
Seguiu-se a participação ativa do grupo para montagem de
cenas, organização de falas, sequências de atos. Criou-se os cenários e
escolheu-se as músicas.
Houve o auxílio da mídia, com fotos que registrou-se todas as
etapas para melhor caracterizar as personagens, analisar os gestos e
posturas. E muito ensaio…. até determinar que a peça estaria num
nível bem apresentável.
Assim, mobilizamos a imaginação, a criatividade, a
28 performance e elevamos a autoimagem, a autoestima, o autoconceito
A CONSTRUÇÂO E O RESULTADO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
31
REFERÊNCIAS
33
NEE QUANTIDADE
Síndrome de Down 2
TEA 2
Deficiência Física 1
Em processo de avaliação 3
Fonte: Autores (2018)
45
REFERÊNCIAS
46
demais pessoas.
PERCURSO METODOLÓGICO
SUJEITOS DA PESQUISA
APRESENTAÇÃO DA INSTITUIÇÃO
DESENVOLVIMENTO
Deficiência visual
A formação de conceitos
BRINCADEIRAS
59
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
BETTELHEIM, B. A psicanálise dos contos de fadas. 30, ed. São Paulo: SP.
Paz e Terra, 2015.
GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2008.
GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
65
Andressa Machado |
O
uso da tecnologia é um processo de transformação e
as principais inovações tecnológicas podem resultar
em mudanças de todo um paradigma. A internet é
um exemplo disso, pois além de modificar radicalmente a maneira de
as pessoas se comunicarem, também proporcionou uma mudança no
paradigma pedagógico, isto é, a maneira de como as pessoas ensinam
e aprendem.
Diante desse processo, a informática, sobretudo, a internet, nos
coloca num momento em que se constitui uma realidade petrificada,
reconfigurando nosso cotidiano, pois a inclusão das Tecnologias
de Informação e Comunicação-TIC, em quase todos os ambientes
na atualidade, permite que a necessidade de aprimoramento
dos profissionais, apoiando-se em recursos provenientes de tais
tecnologias para complementar o processo de ensino e aprendizagem.
Um desses recursos chama-se “objeto de aprendizagem”. Miranda
(2004, p. 14) diz que esse recurso “é elemento de um novo tipo de ensino
baseado no computador e na internet, fundamentado no paradigma
de Orientação a Objetos1 da Ciência da Computação”.
Atualmente os OA podem ser considerados como materiais
importantes no processo de ensino e aprendizagem, pois nos
fornecem a habilidade de simular e animar fenômenos, entre outras
peculiaridades, assim como, reutilizá-los em vários outros ambientes
de aprendizagem.
Porém, para que esses recursos sejam válidos, é necessário
que tenham acessibilidade, ou seja, que possibilite acessar os recursos
educacionais em um local distante e usá-los em vários outros locais.
(IEEE/LTSC, 2000)
Desse modo, as disciplinas de TICs Aplicada a Educação
Especial II e III, 6º e 7º semestre do curso de Educação Especial
1 A Orientação a Objetos, também conhecida como Programação Orientada a Objetos
(POO) é um paradigma de análise, projeto e programação de sistemas de software com
base na composição e interação entre diversas unidades de software, denominadas de
objetos. (TAROUCO; DUTRA, 2007, P.81). 69
Baixa visão
Acessibilidade
Inteligências múltiplas
humanas.
Elencando com a Teoria das Inteligências Múltiplas de
Gardner (1994/2000), com a aplicação realizada no estudo deste artigo,
destacamos dentre elas três inteligências as quais são evidenciadas
nos alunos participantes.
O aluno E1 destaca-se na inteligência musical. Durante
a realização da tarefa ofertada solicitou auxilio das instruções,
informações e extras, acrescentou que o jogo foi muito útil para seus
conhecimentos, em algumas das perguntas teve êxito em outras
precisou tentar novamente até obter a resposta correta. O retorno e/ou
feedback apresentado foi de grande importância, pois trouxe atenção
e ludicidade ao jogo.
O aluno E2 destaca-se na inteligência linguística. As instruções
tiveram um significado de negação, pois o mesmo não teve interesse
pelas tais e logo foi direto ao jogo, por vezes não teve êxito nas questões
ofertadas, mas salientou ter gostado e visto o objeto de aprendizagem
como algo interessante.
O aluno E3 destaca-se na inteligência espacial. Manteve-
se atento em todas as informações que o jogo lhe oferecia, obteve
respostas positivas na maioria das questões.
Percebeu-se que algumas modificações são necessárias para
um melhor desenvolvimento do OA, como os botões de acionamento,
atraso no áudio do feedback, legenda para as siglas contidas nas
informações extras. Os alunos relataram positivamente sobre jogo,
que conseguiram aprender uma prévia do conteúdo ofertado no objeto
de forma agradável, e que esta forma de estudar se torna mais atrativa
para o processo de ensino aprendizagem. Foi possível analisar alguns
aspectos diferenciados em cada um dos participantes.
O retorno e/ou feedback apresentado foi de grande
importância, pois trouxe atenção e ludicidade ao jogo.
Desta forma, para a análise dos dados coletados, foram
elaboradas três categorias, sendo nominadas como: a educação e o 77
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
escolares com deficiência visual. Arq. Bras. Oftalm., São Paulo, v.69, n.2,
p.207- 211, 2006.
85
Carlo Schmidt |
CAMINHOS METODOLÓGICOS
RESULTADOS
96
aturem como os mediadores dos colegas com autismo, sendo dois para
cada criança. Estas crianças deveriam ser colegas da mesma classe, ter
empatia pelo colega (amigos próximos), faixa etária próxima, domínio
das habilidades sociais e acadêmicas, como por exemplo, se comunicar
com facilidade e apresentar bom rendimento escolar, além da presença
regular na escola. Todos estes quesitos foram considerados essenciais
para que pudessem ajudar na intervenção.
A intervenção pressupõe que estes alunos sejam orientados pela
professora de educação especial sobre formas de ajudar o colega com
autismo. Para tanto, esta docente se reunia com os colegas mediadores
com frequência semanal na sala de recursos da escola, pouco antes de
entrarem em sala para início das mediações, para conversarem sobre
como estão se sentindo neste papel (dúvidas, possíveis dificuldades)
e pensarem juntos em formas de como auxiliar o aluno com autismo
em suas atividades pedagógicas. Os aspectos trabalhados nestes
momentos contemplaram outras possibilidades de interação e
comunicação com o colega que facilitassem sua compreensão, como
por exemplo, utilização de linguagem mais objetiva (frases mais
curtas para que o aluno entendesse melhor), mostrar na prática como
o colega poderia realizar a tarefa proposta, utilizando-se como modelo
para imitação e aprendizagem, entre outros.
Após cada atividade mediada, a educadora se reencontrava
com eles para dar um retorno sobre sua atuação, conversando sobre
o ocorrido, a forma como lidaram com o colega durante a atividade,
suas dificuldades e aspectos positivos, para então incentivá-los na
continuidade e aprimoramento de suas mediações.
No caso da menina, considerando suas características, as
orientações específicas de mediação dos colegas buscaram minimizar
os excessivos estímulos verbais e aumentar os estímulos não verbais,
potencializando a mediação através de contato físico e/ou modelagem
(MOREIRA; MEDEIROS, 2007). Esta orientação foi pensada, em parte,
98 pelo fato das pesquisas em autismo destacarem maior facilidade para
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
104
CAMINHO METODOLÓGICO
116
OBJETIVO GERAL
Investigar e compreender como professores e pais conceberam os avanços
das funções cognitivas de alunos com deficiência e/ou necessidades
educacionais especiais
QUESTÕES BALIZADORAS
Por que a EMA (Cinoterapia) pode ser meio eficaz na construção dos
processos de ensino, aprendizagem e inclusão dos alunos na sala de recursos
multifuncional? Como é visto o trabalho da EMA (Cinoterapia) pela família e
pelos professores?
De que forma as famílias dos alunos envolvidos, percebem
o progresso de seus filhos nas relações sociais e construção do processo
de aprendizagem? Como os professores do aluno atendido com a EMA
(Cinoterapia) percebem as novas aprendizagens adquiridas?
Tipo de pesquisa
PESQUISA QUALITATIVA DESCRITIVA
Instrumento
QUESTIONÁRIO/ENTREVISTA COM PAIS E
PROFESSORES
117
RESULTADOS
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
124
VENTUROLI, T. Por que amamos os animais: dez mil anos de amizade. Veja,
[Especial]. São Paulo: 24 nov. 2004. Disponível em: htttp://veja.abril.com.br/
241104/p_114ª.html. Acesso em: 10 jun. 2007.
125
132
Por perceber, que os discursos das professoras estão
imbricados com os discursos das políticas, no que se refere aos direitos
de acesso e permanência dos alunos na rede regular de ensino, é
que sinalizamos as recorrências discursivas que se estabelecem e se
naturalizam no contexto escolar. Tais discursos vêm produzindo e
indicando a importância da parceria da educação especial com a escola,
na medida em que suas práticas se voltam a pensar nas condições
de permanência e aprendizagens desses alunos. Nesse momento,
entendemos que os professores passem a não mais questionar essas
práticas, operando-as como resultado das ações de subjetivação. Tal
subjetivação é compreendida aqui como a sujeição de si mesmo, pela
ação moral de si sobre si. Uma ação moral que não vai se distinguir das
ações morais a que o sujeito é submetido nas relações (de poder) que
estabelece com outros sujeitos e que obrigam a assumir determinados
comportamentos pela sujeição de determinadas verdades (MENEZES,
2011, p 145).
“Acho que a escola toda tá envolvida com ele, pra nós tudo é novidade
(...) nós estamos engatinhando” (P1). 141
REFERÊNCIAS
BRASIL. Declaração Mundial sobre Educação para Todos: plano de ação para
satisfazer as necessidades básicas de aprendizagem. UNESCO, Jomtiem/
Tailândia, 1990.
Assis (2012) salienta que foi Ana Freud que estabeleceu o elo
entre psicanálise e pedagogia, cita ainda que há trabalhos sobre o
ego e os mecanismos de defesa como link para essa ponte. Entender
o que significa recalque e quais as estruturas o formaliza é de
suma importância para a compreensão dos processos psíquicos e
impulsos que desencadeiam neuroses, comportamentos agressivos e
inadequados socialmente.
Ainda citando Assis (2012), estudioso que explica a formação do
aparelho psíquico, o mecanismo que atende aos desejos inconscientes
e primários é denominado Id; já o Superego consiste em um outro
mecanismo que atende aos princípios morais e sociais inconscientes.
Em meio a essas duas estruturas, há a formação do Ego que é o “Eu”
propriamente dito, ou estrutura consciente, que sofre influências de
ambos, Id e Superego, transitando entre as demandas conscientes e
inconscientes do aparelho psíquico. Para Assis, a linha de recalque se
encontra entre as esferas conscientes e inconscientes, e sua função é
158 represar acesso de conteúdos inconscientes à consciência, porém em
METODOLOGIA
CONSIDERAÇÕES FINAIS
171
REFERÊNCIAS
173
CAMINHOS METODOLÓGICOS
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
FERREIRA, Bárbara C.; MENDES, Enicéia G.; ALMEIDA, Maria A.; DEL
PRETTE, ZILDA, A. P. Parceria colaborativa: descrição de uma experiência
entre o ensino regular e especial. Revista Educação Especial: revista da
UFSM, Rio Grande do Sul, n. 29, 2007.
196
O CURRÍCULO FUNCIONAL
207
CONSIDERAÇÕES FINAIS
o aluno. Cada ação feita por ele, deve ser valorizada e trabalhada de
forma colaborativa por todos os envolvidos.
Acredita-se que esse tipo de atividade deve ser desenvolvida
de maneira individualizada, para que o educador possa mediar o
conteúdo com maior atenção, respeitando o ritmo, as peculiaridades
dos alunos e apontando seus avanços.
O currículo para o aluno com deficiência intelectual deverá
ser pautado nas habilidades do educando para que o mesmo se
torne um ser independente, produtivo e consequentemente social
para se ingressar no mercado de trabalho. As atividades precisam
ser condizentes com a idade do aluno, ou seja, se for um adulto são
necessárias atividades diferentes de uma criança.
É comum nas instituições escolares encontrar crianças com
necessidades educacionais especiais que não são capazes de realizar
atividades mínimas de vida diária, como por exemplo atividades de
higiene e de autoproteção. Esse é um dos motivos que levam os pais
muita das vezes a superproteger os alunos com necessidades especiais
educacionais, impedindo-os de avançar em atividades mínimas de
vida diária e prática.
Em suma, acredita-se que o caminho para que esses alunos
sejam bem-sucedidos é a adaptação curricular, começando com
atividades de vida diária e prática.
REFERÊNCIAS
212
REFERENCIAL TEÓRICO
Leitura e Escrita
Fonte: https://play.google.com/store
Com isso, foi possível constatar que o aplicativo “ABC for Kids”
tem um áudio inicial convidativo, que instigou os três alunos deste
nível de leitura e escrita, a prosseguir a utilização. Além disso, alunos
relataram ter sido um “jogo” bem divertido, demonstrando assim que
esse aplicativo é bastante lúdico para a utilização com crianças. A
ludicidade é um fato de suma importância pois, fez com que os sujeitos
desta pesquisa participassem e aprendessem diferentes habilidades
brincando, de uma forma prazerosa.
O “ABC for Kids”, possui a presença de feedback positivo
(palmas) e negativo (áudio com reforço para tentar novamente). Este
requisito é importante para qualquer aplicativo utilizado com o intuito
de promover a aprendizagem, visto que estes proporcionaram aos
222 sujeitos desta pesquisa compreender primeiramente quando estavam
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
MORAIS, Artur Gomes de. Sistema de Escrita Alfabética. São Paulo: Editora
Melhoramentos, 2012.
METODOLOGIA DA PESQUISA
RESULTADOS E DISCUSSÕES
P1: “Nós temos uma noção mínima ou básica só, gostamos quando
o pai ou o responsável traz alguma coisa, um laudo médico, que
nos auxilie dando informações de como trabalhar, porque eu acho
que quando ocorre mesmo a deficiência ela é mais uma criança, ela
consegue mais ser social dentro da escola, ser um cidadão, trabalhar
assim, mas não exigir da aprendizagem, como é que a gente diz, o
lúdico”.
P1: “nós temos uma ideia que essa criança é mais pra socialização,
dentro da escola, dentro de um núcleo, no todo”.
“as minhas expectativas é que ele se sinta bem na sala de aula, como
um cidadão, uma criança social, uma socialização. Agora em relação
à aprendizagem eu não tenho conhecimentos de até que ponto ele vai,
até onde ele pode ir, as limitações dele”.
P2: Eu vejo a criança ali na minha frente, o que é que eu tenho ali e
não vai adiantar eu ficar ‘se vai ao médico, se tiver fono, se tiver’; é
aquele aluno e o que tu pode fazer naquele momento.
Precisa basicamente de ter o lúdico, a questão de auxílio de material
concreto e as crianças adoram. Claro que tu consegue ver que tem 241
P1: [...] nós tentamos diversificar no grande grupo, pôr eles junto para
participar, porque não é minha especialização, estar dentro da sala de
aula, nós tentamos incluir, da melhor maneira. [...] o mínimo que eles
sabem nós tentamos para ver se eles conseguem evoluir, às vezes tem
coisas que nós, professores não conseguimos, tem que saber as cores,
os números, os dias da semana, são coisas básicas que às vezes não
sabem. Ou eles esquecem muito rápido, no outro dia a criança parece
que não aprendeu, não sei porque isso acontece.
P1: “Se ele reconhece a quantidade, os números, se ele tem uma noção
de somar, de pagar no bar o que compra já é alguma coisa, mas eu
246 acho que eles são muito dependentes, é muito difícil dessa criança
uma leitura, uma interpretação de texto, eu não sei porque que a matemática
é muito mais pesada, muito mais difícil pra eles.[...] É bem mais lento, bem
mais demorado, o que eu faço com a turma normal, dito assim, em meio ano,
eles levam um ano todo pra aprender né[...]”. Estes dizeres vão ao encontro
aos propósitos deste estudo quando mencionamos que a área da
alfabetização matemática gera maiores dificuldades na aprendizagem
dos alunos com DI, especialmente por abarcar habilidades intelectuais,
como raciocínio, planejamentos, estratégias.
Por outro lado, P2 sublinhou que há “dois tipos de alunos, o
que precisa mais de incentivo e o outro que já está no caminho, que consegue
participar da aula, que curte fazer atividades, e que, do jeito dele, faz”.
Para que haja um avanço na aprendizagem o professor precisa
ter intencionalidade no planejamento, “para que o ato de jogar na
sala de aula se caracterize como uma metodologia que favoreça a
aprendizagem, o papel do professor é essencial” (BRASIL, 2014, p. 5).
Se não houver uma intencionalidade pedagógica, se não houver uma
exigência individual durante o jogo, perde-se a potencialidade da
atividade.
Salienta-se a importância de os professores estarem buscando
uma constante atualização e contextualização da forma de ensinar
matemática a estes alunos. Apesar da matemática se distinguir de
outras disciplinas pelo seu caráter formal, abstrato e de natureza
dedutiva, o ensino da mesma é um processo na qual é possível ampliar
o entendimento daquilo que nos rodeia, característica essa que
transfere para a matemática não um corpo de informações e técnicas
(muitas vezes mecanizadas), mas a possibilidade de fazer a mente
raciocinar e desenvolver seus potenciais.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
CANDAU, Vera Maria. Rumo a uma nova didática. 15. ed. Rio de Janeiro:
Vozes,
2003.
254
A
s habilidades sociais (HS) de uma pessoa são
condições imprescindíveis para agir e interagir em
coletividade. Entende-se por HS (DEL PRETTE; DEL
PRETTE, 2009) o repertório de classes de comportamentos sociais de
um indivíduo, ou seja, a variabilidade de habilidades do sujeito para o
manejo em diferentes situações sociais, as quais contribuem para uma
convivência amistosa e profícua entre os pares.
O nascimento de uma criança se dá em um universo social.
Neste contexto interacional com seus familiares e outras pessoas o
bebê aprende a se comportar, interagir e se relacionar. Desta forma, a
criança desenvolve os requisitos sociais necessários para conviver na
fase infantil, bem como, regula, ressignifica e amplia o repertório para
habilidades mais sofisticadas que são necessárias e importantes nas
relações sociais vindouras.
Dos sentidos humanos a visão, sem dúvida alguma, é uma
habilidade para perceber e interagir no ambiente e com as pessoas
mesmo sem pronunciar nenhuma palavra. O desenvolvimento da
visão do recém-nascido é inexorável e muito rápido. Com menos de
dois meses o bebê acompanha um objeto em movimento lento por
breves períodos (BEE, 2003). Indubitavelmente, a visão é um dos
principais sentidos para inserir o homem no meio em que vive.
Ao longo de décadas, no Brasil, a área das habilidades sociais
tem sido elucidada e ampliada, sobretudo, pelos autores Del Prette; Del
Prette (2017a; 2017b; 2014; 2013; 2012) e seu grupo de pesquisa. Além
disso, outros campos do conhecimento têm se dedicado ao estudo das
habilidades sociais, dentre eles o da Educação Especial. Neste sentido,
levanta-se a seguinte indagação: Quais são os achados da área de HS
junto a crianças com deficiência visual?
Diante do exposto, o presente estudo teve o objetivo de 257
MÉTODO
RESULTADOS E DISCUSSÕES
259
260
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
DEL PRETTE, Z. A. P.; DEL PRETTE, A. Psicologia das Habilidades Sociais na 273
277
formação docente.
Salienta-se que o estágio supervisionado curricular precisa se
desvirtuar de algumas condutas, historicamente, construídas ao longo
da formação docente, tendo a prática como imitação de modelos e/ou
como instrumentalização técnica. Quando se atribui à prática como
imitação de modelos:
ORGANIZAÇÃO DO ESTÁGIO
SUPERVISIONADO CURRICULAR
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
286 Brasil. LDB 9394/96: Lei de diretrizes e bases da educação nacional. Brasília:
287
295
METODOLOGIA
RESULTADOS E DISCUSSÕES
297
Atividade do cursista P2
REGISTRO DA EXPERIÊNCIA COM A TECNOLOGIA ASSISTIVA
“SOFTWARE FALADOR”
Para quem?
O aluno L.A.S tem diagnóstico de deficiência intelectual severa. Está matriculado
no 4º ano de uma escola da Rede Municipal de Ensino de Alegrete, recebe
Atendimento Educacional Especializado (AEE) e acompanhamento na Escola
Especial P.H. Ele apresenta dificuldades perceptomotrizes e problemas na fala,
suas funções cognitivas superiores são bastante prejudicadas no sentido de
reter, fixar e fazer a manutenção de informações.
De que forma?
A proposta constituiu em utilizar o software Falador, com o objetivo de usar
o programa como um leitor de cartões para associação figura/palavra, a partir
de um trabalho previamente realizado com a história “Quem vai ficar com o
pêssego?” de YoonHae e Yang Hye-Won.
302
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
_______. Viver sem Limites - Plano Nacional dos Direitos das Pessoas com
Deficiência. Decreto 7.612. 17 de novembro de 2011. Brasília, 2011.
GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 5. ed. São Paulo:
Atlas, 2010.
306
Tatiane Negrini |
Direito à educação dos estudantes com altas habilidades/superdotação:
articulando as políticas públicas e o atendimento educacional 16
A
educação dos estudantes com altas habilidades/
superdotação é um tema que merece atenção em meio
aos debates sobre práticas educacionais e inclusão,
uma vez que quando volta-se a discussão para os direitos educacionais
de todos os sujeitos, percebe-se o quanto ainda são necessários avanços
nesta área.
Entendendo que a educação é um direito do ser humano,
evidencia-se no Dicionário da Língua Portuguesa que Direitos
Humanos são:
Estes artigos destacam tanto os serviços de apoio
especializados aos alunos com altas habilidades/superdotação,
quanto a organização de currículos escolares condizentes com as suas
necessidades educacionais.
A Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da
Educação Inclusiva foi lançada oficialmente em 2008 e orienta os
sistemas de ensino, tendo como objetivo,
322
CONSIDERAÇÕES FINAIS
326
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
MEIRIEU, P. Aprender... Sim, mas como? 7. ed. Porto Alegre: Artes Médicas,
1998.
341
347
Fonte: Quadro construído pelas autoras a partir dos dados coletados pelos
questionários.
355
8ª anos EF Terça-feira
e 1º, 2º e 3º Manhã e noite
Santana 8 Deficiência anos EM Sexta-feira
Intelectual e Física Manhã e noite
7º e 8º anos Segunda-feira
Altas Habilidades EF e 1º e 3º Manhã e tarde
Tatiana 13 Deficiência anos Quarta-feira
Intelectual e física EM tarde
Sexta-feira tarde
Sábado manhã.
Fonte: Quadro construído pelas autoras, a partir dos dados obtidos pela professora
Betina.
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Estes momentos de interação entre diferentes alunos
contribuem para aprendizagem. Dentro da mesma perspectiva,
entende-se que o Atendimento Educacional Especializado possui
358 diversas formas de organização. De acordo com Baptista, “seria
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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