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nesse tópico abrir caminho para pequenas luzes em torno da vertente democrática da liberdade
de expressão. É o que passa a fazer.
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V., nesse sentido, por todos, VIEIRA, José Ribas (Org.). Temas de Constitucionalismo e Democracia. Rio de
Janeiro: Renovar, 2003; MELLO, Cláudio Ari. Democracia constitucional e direitos fundamentais. Porto
Alegre: Livraria do Advogado, 2004; CITTADINO, Gisele. Pluralismo, direito e justiça distributiva. Elementos
da filosofia constitucional contemporânea. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 1998.
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Em dissertação afeta ao direito à democracia à luz do neoconstitucionalismo, adverte FERNANDO
BARBALHO: “(...) a referida imprecisão conceitual da democracia deriva do próprio dinamismo que a evolução
histórica imprimiu ao sistema político em questão e, mesmo situando a análise em determinado momento
específico, vê-se que a prática democrática é delineada de diferentes formas, segundo a realidade que marca a
vida de cada grupo social que se aventura pelo caminho do governo sujeito à interferência e participação
popular. Portanto, a variação conceitos e práticas em torno da idéia de democracia, além de ser um fato histórico,
revela-se como imperativo estrutural deste regime, especialmente nestes dias de consagração do pluralismo em
todas as suas formas, possibilitando a constante adaptação do regime político às constantes mutações sociais e
culturais que se apresentam em ritmo cada vez mais acentuado (...)”. Cf. MARTINS, Barbalho Fernando. Do
Direito à Democracia. Neoconstitucionalismo, Princípio Democrático e a Crise no Sistema Representativo. Rio
de Janeiro: Lumen Juris, 2007, pp. 41 – 42.
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KELSEN, Hans. A Democracia. São Paulo: Martins Fontes, 2000, pp. 140 – 141: “(...) É evidente que, tanto
na Antiguidade quanto em nossa época, um governo do povo é desejado pelo fato de tal governo ser,
supostamente, para o povo. Um governo ‘para o povo’ significa um governo que atua no interesse do povo. Mas
a questão relativa ao que seja o interesse do povo pode ser respondida de maneiras diversas, e aquilo que o
próprio povo acredita ser seu interesse não constitui, necessariamente, a única resposta possível. Pode-se até
mesmo duvidar da existência de algo como uma opinião do povo sobre o seu próprio interesse e de uma vontade
do povo dirigida para sua realização. Portanto, um governo pode autoconsiderar-se um governo para o povo – e,
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