Willian Marcos Machado
Willian Marcos Machado
Willian Marcos Machado
CRICIÚMA
2014
WILLIAM MARCOS MACHADO
CRICIÚMA
2014
WILLIAM MARCOS MACHADO
BANCA EXAMINADORA
Figura 14: Perfil Gráfico das disciplinas do Curso de Artes Visuais Licenciatura......51
LISTA DE TABELAS
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 12
2 PERCURSO METODOLÓGICO DA PESQUISA................................................... 15
3 ARTE E LINGUAGEM: RELAÇÕES ENTRE ENSINO, TEATRO E ARTES
VISUAIS .................................................................................................................... 19
3.1 LINGUAGEM ....................................................................................................... 23
3.2 TEATRO E ARTES VISUAIS: RELAÇÕES POSSÍVEIS ..................................... 25
4 ESPAÇOS NÃO FORMAIS DE EDUCAÇÃO: PARA ALÉM DA ESCOLA .......... 30
4.1 O SERVIÇO DE CONVIVÊNCIA E FORTALECIMENTO DE VÍNCULOS PARA A
PESSOA IDOSA DA AFASC – CRICIÚMA ............................................................... 35
4.2 O IDOSO COMO SUJEITO DA APRENDIZAGEM: OFICINA DE TEATRO ....... 38
5 A FORMAÇÃO DO PROFESSOR DE ARTES VISUAIS E SUA ATUAÇÃO
PROFISSIONAL ....................................................................................................... 50
6 APRESENTAÇÃO DE ANÁLISE DE DADOS ....................................................... 55
6.1 PROJETO DE CURSO: O DIÁLOGO COM A EXTENSÃO ................................ 60
6.1.1 Título................................................................................................................ 60
6.1.2 Ementa ............................................................................................................ 60
6.1.3 Carga horária .................................................................................................. 61
6.1.4 Público alvo .................................................................................................... 61
6.1.5. Justificativa: .................................................................................................. 61
6.1.6 Objetivos ......................................................................................................... 62
6.1.7 Metodologia .................................................................................................... 63
6.1.7 Referências ..................................................................................................... 63
7 CONCLUSÃO ........................................................................................................ 64
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 66
APÊNDICES ............................................................................................................. 69
APÊNDICE A - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO DO
PARTICIPANTE ........................................................................................................ 70
APÊNDICE B - AUTORIZAÇÃO PARA O USO DE IMAGENS E FALAS ................. 71
APÊNDICE C- QUESTÕES SEMII-EXTRUTURADAS ............................................. 72
12
1 INTRODUÇÃO
2 Grifo do autor.
17
Minayo destaca,
4 Aprofundarei as discussões sobre as linguagens da arte ainda na seção 3.1 desse capítulo.
20
5 Termo utilizado pela Prof. Dra. Irene Tourinho ao falar sobre cultura, visualidades e ensino na
Aula Inaugural do Curso de Artes Visuais – UNESC em 27/08/14. A autora propõe que no
exercício de ver o mundo possamos provocar rachaduras em nossas concepções, abrir novas
frestas e exercitar a disponibilidade de não excluir pontos de vista que não somo habituados a
ver.
21
música.
Nesse momento da história, passa-se a ter uma preocupação na
formação do professor que contemplava todas as linguagens. Foram criados
cursos de licenciatura de curta duração para contemplar este momento do
ensino da Arte, porém viu-se um enfraquecimento da qualidade do ensino
surgindo o conceito de polivalência, pois os professores passaram a ter que
dominar as diversas linguagens artísticas para poder ensinar aos alunos, a arte
passou a ser vista como educação.
Com a criação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
(Lei nº 9394/96) que visava a educação enquanto um processo de cidadania,
qualidade de ensino e educação gratuita a todos. Em relação ao ensino da
arte, a LDB, aponta no Artigo 26, inciso 2 que “o ensino da arte, especialmente
em suas expressões regionais, constituirá componente curricular obrigatório
nos diversos níveis da educação básica, de forma a promover o
desenvolvimento cultural dos alunos” (BRASIL, 1996). Em 1996 é inserido no
contexto de ensino os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN-Arte). Ferraz e
Fusari (2009, p.57) nos apresentam um conceito deste documento:
3.1 LINGUAGEM
cada uma.
Oliveira destaca,
podemos fazer uma pantomima, onde não necessitamos ter falas, desta forma
o ator é 100% corpo em cena, por conta disso reafirmo, o corpo é a essência
do trabalho, o instrumento artístico do ator.
Mas o ator precisa ter consciência apenas do seu corpo? Não! Ele
também precisa exercitar sua criatividade, estreitar suas relações com o
improviso, descobrir seu lado sensorial e imagético. Desta forma o ator estará
preparado para criar seu personagem de forma a envolver o público que o
assistir.
Outro componente importante do teatro e do ator é a voz, o ator não
representa o sentimento do personagem apenas corporalmente, mas
vocalmente. Maletta (2011, p. 73) ressalta que “de uma forma bastante
simplificada, podemos dizer que o conceito de ação vocal refere-se à utilização
da voz com uma intenção cênica” uma vez que o ator se expressa vocalmente,
colocando emoção em suas entonações vocais. Esta técnica vocal é muito
evidenciada no teatro de bonecos, onde o ator exerce uma função de
manipulador dos bonecos, evidenciando s sentimentos em sua voz para
dialogar com manipulação dos bonecos para que exista um espetáculo de
bonecos sincrônico.
Além da parte técnica corporal e vocal do ator, o teatro ainda precisa
de cenografia, sonoplastia, figurino, iluminação, o olhar de um bom diretor que
irá criar junto com o elenco e a produção o espetáculo teatral. Mas o teatro não
tem sua funcionalidade apenas nesses quesitos, não existe teatro se não
houver o que interpretar, ou seja, se não tiver um texto bem escrito, pensado e
estudado com muita disciplina por um elenco e uma produção para executar
um bom espetáculo.
Falamos sobre vários componentes da linguagem do teatro, porém
um é de total importância, no caso o público, que pode ser formado pelos mais
variados tipos de pessoas para variados tipos de teatro, pois ao se montar um
espetáculo teatral precisa-se pensar também no público que irá assistir, fruir e
apreciar a linguagem.
Podemos ter dois tipos de pessoas no teatro, os que assistem e
apreciam, e os que praticam e fazem do teatro ser esta linguagem artística tão
forte. Entretanto, como podemos observar as pessoas idosas no teatro? Como
se dá a relação do teatro com este público diferenciado? Posso adiantar que o
29
teatro tem trazido uma nova perspectiva na vida dos idosos que praticam ou
assistem ao teatro.
30
Não foi uma trajetória fácil, pois lá no ano de 2010, no início dos
trabalhos com os idosos, e até nos dias de hoje, são poucos os textos e
publicações que norteiam o desenvolvimento da linguagem com este público.
Esta sem dúvida foi uma das dificuldades encontradas ao longo do percurso da
oficina.
Inicialmente, pensei nas atividades, levar aos idosos os jogos
teatrais, contextualizando com a linguagem. Porém ao pesquisar os jogos,
percebi que a maioria eu precisaria adaptar, pois em um único grupo, teria
várias características de idosos, aqueles com problema de visão, alguns que
não foram alfabetizados, outros com limitações nas pernas e braços, e sem
contar que num único grupo temos idosos de 60 a 90 anos.
Portanto, para buscar a atenção dos idosos para o teatro, que no
contexto deles era algo bastante distante, percebi a necessidade de se ter um
olhar sensível e adaptar os jogos de forma onde todos pudessem participar.
Não podemos deixar de ressaltar que o idoso algumas vezes é conservador,
portanto, tanto nas atividades, quanto nas peças que foram montadas, além
das esquetes onde os idosos atuaram, sempre me preocupei em dialogar
essas ações com o próprio contexto do idoso. Conforme Doll (2007, p. 111) nos
trás:
Trago como exemplo a Dona Arlinda, a personagem caiu no gosto dos idosos,
pelo seu texto divertido onde falava dos problemas do idoso, como
principalmente o desrespeito com a pessoa idosa. Cada vez que eu tirava a
roupa da personagem, e voltava para conversar com o grupo, sempre se
iniciava uma conversa onde os idosos relatavam que viviam diariamente tudo
que a personagem contava na apresentação. Com os outros trabalhos também
aconteceu o mesmo, muitos idosos vieram dizer que se alimentavam mal
depois de assistir ao Sr Gordo. E quantos outros que relataram que iriam tirar
os tapetes da casa depois de assistir Visitando a Vovó.
Ainda refletindo sobre a montagem e construção dos personagens,
destaco também as esquetes teatrais montadas em alguns grupos nos quais os
idosos participaram tanto da construção do roteiro, quanto da montagem, e
foram instruídos na montagem de seus próprios personagens, como no caso
da esquete “Grupo de princesas da terceira idade” (Figuras 10 e 11), que
mostra o dia da de um grupo de idoso formado pelas princesas: Bela
Adormecida, Cinderela, Branca de Neve, Chapéuzinho Vermelho, entre outras,
sendo que todas estão na terceira idade. Outra esquete montada foi
denominada de “As Dorotéias” (figuras 12 e 13), que conta a história de duas
idosas que vão a rodoviária encontrar seus noivos para casar, porém quando
ele desembarca do ônibus elas descobrem que estão esperando o mesmo
noivo e neste momento a confusão se inicia. Todas as esquetes montadas
foram de histórias trazidas pelos membros do próprio grupo.
Figura 14: Perfil Gráfico das disciplinas do Curso de Artes Visuais Licenciatura.
Apesar desta fase da vida caracterizar-se de, uma maneira geral, por
perdas e ganhos na capacidade física do organismo, ela não pode
ser reduzida a uma fase de doença ou de declínio. Dependendo da
maneira que a pessoa vive, poderá ser saudável, ter vitalidade e mais
energia do que pessoas jovens que vivem muito cansadas, sob
pressão do trabalho. A pessoa idosa, poderá vivenciar a etapa da
vida em que se encontra alcançando uma melhor qualidade de vida
do que a que tinha em sua juventude, pois poderá ter uma maior
atenção com seu corpo, um cuidado consigo mesmo que produza
uma vivência de bem estar e saúde. (BRASIL, 2012, p.13).
curso poderia nos preparar. Debora diz que “o curso poderia por uma disciplina
que falasse desses espaços.” Rosana completa, “quem sabe uma metodologia
um semestre antes do do Estágio IV.” Beatriz finaliza “as disciplinas práticas
poderiam ensinar a gente a não apenas fazer planos de aula referente aquela
linguagem, mas também podia ensinar a fazermos projetos de oficinas.”
Concordo com meus colegas de PIBID. O curso realmente trás
pouco da educação não formal para os acadêmicos. Contudo, alguns
questionamentos seguem comigo, como por exemplo, por que as disciplinas de
ateliê não enfocam na metodologia de ensino para os dois campos de
educação? Quem sabe repensar a matriz inserindo uma disciplina, ou ementas
em disciplinas que possam aprofundar ainda mais essas questões?
Contudo, a pesquisa trouxe alguma das respostas e abriu inúmeros
questionamentos onde de acordo com Carvalho,
6.1.1 Título
Arte em espaços não formais: oficina de teatro com idosos.
6.1.2 Ementa
Concepções sobre a pessoa idosa e os espaços não formais de
61
6.1.5. Justificativa:
Durante o percurso dessa pesquisa, percebi a necessidade de
explorar com mais amplitude os espaços não formais de educação enquanto
possibilidade de atuação profissional para acadêmicos formados em Artes
Visuais – Licenciatura. Portanto, concordo com a definição de espaço não
formal trazida por Vercelli,
Objetivos Específicos:
Identificar os diferentes espaços não formais de educação;
Conhecer a legislação vigente no que tange a extensão universitária,
estatuto do idoso, espaços não formais de educação;
Reconhecer estes espaços enquanto possibilidade de atuação
profissional do professor de artes;
Identificar o sujeito idoso como sujeito em potencial para difundir a arte e
a cultura;
Refletir sobre metodologias utilizadas em oficinas de teatro com pessoas
idosas;
63
6.1.7 Metodologia
6.1.7 Referências
7 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
CANTON, Katia. Espaço e lugar. São Paulo. WMF Martins Fontes, 2009.
FARTHING, Stephen. Tudo sobre arte. Rio de Janeiro: Ed. Sextante. 2012.
MEIRA, Marly. O sentido de aprender pelos sentidos. In: PILOTTO, Silvia Sell
Duarte. BOHN, Letícia Ribas Diefenthaeler (Orgs). Arte/Educação: ensinar a
aprender no ensino básico. Joinville: Univille, 2014. p.51-62.
TRILLA, Jaume. A educação não formal. In: ARANTES, Vitória Amorim (Orgs).
Educação formal e não formal. São Paulo : Summus, 2008. p. 15-55 .
APÊNDICES
70
______________________________________________________
Assinatura da Presidente
71
Eu,
____________________________________________________portador do
RG ______________ , autorizo a utilização das falas, escritas e imagens
decomo dados para a pesquisa intitulado “Teatro e idoso: desafios de um
professor de Artes Visuais” de William Marcos Machado acadêmico(a) da 8ª
fase do curso de Artes Visuais – Licenciatura que tem como objetivo investigar
os desafios metodológicos do professor de Artes Visuais ao trabalhar a
linguagem do teatro com os sujeitos da terceira idade.
Atenciosamente,
_____________________________________
Assinatura