Dimensionamento e Segurança - Introdução
Dimensionamento e Segurança - Introdução
Dimensionamento e Segurança - Introdução
Danielle Malvaris
e-mail: [email protected]
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
SITES RECOMENDADOS
https://www.cbca-acobrasil.org.br/
https://www2.gerdau.com.br/catalogos-e-manuais
UNIDADE II
✓ Barras submetidas à força axial de tração e compressão, momento fletor e força cortante; Flambagem global, flambagem de
Euler; Efeito das imperfeições geométricas; Efeito das tensões residuais; Comprimento de flambagem, flambagem por torção e
flexo-torção, flambagem local; Barras fletidas, efeito do momento fletor, flambagem lateral com torção; Resistência ao esforço
cortante; Estado limite de serviço: Deslocamentos máximos.
UNIDADE III
✓ Noções de corrosão, formas mais comuns de ataque e mecanismo eletroquímico;
✓ Agressividade do ambiente;
✓ Tratamento de frestas e arestas; Precauções de prevenção de retenção de água e sujeira; Tratamento de seções fechadas ou
tubulares; Prevenção da corrosão galvânica;
✓ Aços patináveis;
✓ Preparo da superfície, tipos de tintas, sistema e aplicação da pintura; Galvanização;
UNIDADE IV
✓ Princípios de segurança contra incêndios e o comportamento dos materiais; Formas de obtenção de resistência;
Principais materiais de proteção passiva; tempo requerido de resistência ao fogo (TRRF); ABNT NBR 14432; Legislação pertinente;
✓ Considerações sobre o projeto de arquitetura.
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DIMENSIONAMENTO E SEGURANÇA – Estudo Prévio
PARTE I - Cargas
Visão geral das cargas nas estruturas
Laje (kN/m2)
Viga (kN/m)
Pilar (kN)
Fundação (kN/m2)
Distribuição
das cargas
▪ QUANTO A POSIÇÃO
✓ FIXAS – não mudam de posição. Ex: carga de um equipamento na edificação;
✓ MÓVEIS - mudam de posição. Ex: veículos em ponte;
▪ QUANTO A DURAÇÃO
✓ PERMANENTES – permanentes na estrutura. Ex: peso próprio;
✓ ACIDENTAIS – proveniente de ações que podem ou não estar agindo. Ex: peso das pessoas (ocupação);
➢ Cargas concentradas
➢ Cargas distribuídas:
✓ Retangular
✓ Triangular
CARGA CONCENTRADA CARGA DISTRIBUÍDA
✓ Trapezoidal
DISTRIBUÍDA DISTRIBUÍDA DISTRIBUÍDA TRAPEZOIDAL
CONCENTRADA E DISTRIBUÍDA RETANGULAR
TRIANGULAR RETANGULAR
▪ DEFINIÇÃO
▪ TIPOS DE VÍNCULO
1
✓Apoio de primeiro gênero ou apoio simples: REAÇÃO
Fonte: http://www.fau.ufrj.br/apostilas/mse/Vinculos.htm
CLASSIFICAÇÃO DA ESTRUTURA
▪ ESTRUTURAS HIPOSTÁTICAS:
É aquela cujos vínculos não são suficientes para manter o
equilíbrio estático, assim sendo, são inadequadas às
construções.
Nº DE INCÓGNITAS < Nº DE EQUAÇÕES
3 EQUAÇÕES DA ESTÁTICA
▪ ESTRUTURAS ISOSTÁTICAS:
É aquela que possui o nº de vínculos estritamente
necessário para manter o equilíbrio estático.
Nº DE INCÓGNITAS = Nº DE EQUAÇÕES
▪ ESTRUTURAS HIPERESTÁTICAS:
É aquela que possui mais vínculos que o necessário para
manter o equilíbrio estático.
Nº DE INCÓGNITAS > Nº DE EQUAÇÕES
nr = b - 1
b – número de barras ligadas à rótula
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DIMENSIONAMENTO E SEGURANÇA – Estudo Prévio
PARTE III – Grau de Estaticidade
Determinar o grau de estaticidade:
g=1 g=1
ANÁLISE ESTRUTURAL: etapa do projeto estrutural onde é realizada uma previsão do comportamento da
estrutura.
Parâmetros:
Método das forças: forças ou momentos
Método dos deslocamentos: deslocamentos ou rotações
NORMAL CORTANTE
Tração
CARGA AXIAL
ÁREA DA SEÇÃO
TENSÃO
ALONGAMENTO
OU
ENCURTAMENTO
COMPRIMENTO
DEFORMAÇÃO INICIAL
ESPECÍFICA DA BARRA
• Gráfico tensão-deformação
✓ Diagrama Tensão-Deformação
1) Fase elástica: nessa fase o material apresenta comportamento linear elástico. Em outras palavras, nesse trecho é
válida a lei de Hooke e a tensão é proporcional à deformação (σ = E.ϵ). A inclinação da reta nos oferece o módulo de
Young ou módulo de elasticidade (E). O limite superior para a relação linear é o limite de proporcionalidade (σlp). A
partir desse limite, o material ainda passa a apresentar comportamento elástico, entretanto, a relação deixa de ser
linear. Quando o material ultrapassa o chamado limite de escoamento (σE), a deformação agora passa a ser do tipo
plástica e o material não é mais capaz de voltar à sua forma original;
2) Escoamento: nessa etapa o material sofre uma brusca deformação, enquanto a tensão se mantém constante. Para a
engenharia, onde a deformação excessiva das peças não é vista com bons olhos, o material não deve atingir essa etapa
quando aplicado nas estruturas;
3) Encruamento: quando o material para de escoar, se uma carga adicional continua a ser aplicada, a curva cresce
continuamente até atingir uma tensão limite, denominada limite de resistência (σr);
4) Estricção: a partir do limite de resistência, a área da seção transversal começa a diminuir numa região específica do
corpo de prova. À medida que a área da seção transversal vai diminuindo, a carga sofre um decréscimo até o momento
em que o material se rompe. A falha do material ocorre na chamada tensão de ruptura (σrup).
✓ Diagrama Tensão-Deformação
✓ Lei Hooke
✓ Lei Hooke
É uma grandeza proporcional à rigidez de um material quando este é submetido a uma tensão externa de tração ou
compressão. Basicamente, é a razão entre a tensão aplicada e a deformação sofrida pelo corpo, quando o comportamento é linear, como
mostra a equação E=σ/ε, em que:
E= Módulo de elasticidade ou módulo de Young (Pascal)
σ= Tensão aplicada (Pascal)
ε= Deformação elástica longitudinal do corpo de prova (adimensional).
✓ Coeficiente de Poisson
Representa a relação entre as deformações lateral e
longitudinal na faixa de elasticidade. A razão entre
essas deformações é uma constante denominada
coeficiente de Poisson.
DEFORMAÇÃO LATERAL
DEFORMAÇÃO AXIAL
COEF.
POISSON
✓ Coeficiente de Poisson
O coeficiente de Poisson é
adimensional e seu valor se
encontra entre zero e meio.
Compressão
Peças comprimidas
Conceito de Compressão:
Esforço axial que tende a provocar um encurtamento ou ruptura do corpo submetido a este esforço.
Coluna
Elementos comprimidos e esbeltos submetidos a cargas axiais.
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DIMENSIONAMENTO E SEGURANÇA – Estudo Prévio
PARTE V– Esforços internos
Compressão
Conceito de Flambagem:
É a deflexão lateral que sofrem os elementos esbeltos sujeitos a
esforços de compressão.
Carga crítica – valor do esforço axial em que o elemento passa a exibir deformações.
Coluna ideal:
✓ Material homogêneo;
✓ Peça perfeitamente reta;
✓ Carga perfeitamente centrada;
✓ Comportamento elástico linear.
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PARTE V– Esforços internos
Compressão
ESCOAMENTO
FLAMBAGEM
Compressão
Compressão
Compressão
Compressão
Carga de Euler
Lf = K L
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DIMENSIONAMENTO E SEGURANÇA – Estudo Prévio
PARTE V– Esforços internos
Compressão
✓ Índice de esbeltez
𝐿𝑓
𝜆= = índice de esbeltez da haste
𝑖
𝐼
𝑖=
𝐴
✓ Tensão crítica
𝑃𝑐𝑟 𝜋 2 𝐸𝐼 𝜋2𝐸
𝑓𝑐𝑟 = 𝜎𝑐𝑟 = = = 2
𝐴 𝐴L 2 𝜆
f
Cisalhamento
𝛕 𝐕
𝐦𝐞𝐝=
𝐀
Cisalhamento
✓ Cisalhamento simples
✓ Cisalhamento duplo
Flexão
Flexão
TIPOS DE FLEXÃO
✓ Reta: quando o PS contém um dos eixos principais centrais de inércia da seção ( x ou y);
✓ Oblíqua: quando o PS é desviado em relação aos eixos principais centrais de inércia da
seção.
Flexão
FLEXÃO PURA
Convenções:
✓ σ – Tensões Normais: (+) tração, (-) compressão
✓ Jx – Momento de Inércia da seção em relação ao eixo x, principal central de inércia;
✓ Mx – Momento Fletor atuante na seção transversal devido à ação das cargas:
(+) traciona as fibras da parte de baixo da seção transversal;
(-) traciona as fibras de cima.
✓ Y – ordenada genérica da fibra considerada, ou seja, da fibra para a qual se quer calcular as tensões normais (o sinal é de
acordo com a orientação convencionada para o eixo y)
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DIMENSIONAMENTO E SEGURANÇA – Estudo Prévio
PARTE V– Esforços internos
Flexão
Torção
• Torção é a deformação por efeito do torque.
• Torque é o momento que tende a torcer a peça em torno de seu eixo
longitudinal.
Torção
Onde:
τ => Tensão de cisalhamento por torção (MPa)
γ => Deformação angular ou distorção que é a alteração sofrida em um ângulo reto de um elemento (rad)
G => Módulo de elasticidade ao cisalhamento ou módulo de elasticidade Transversal (MPa)
Torção
Torção
Torção
Torção
Vantagens:
✓ Precisão milimétrica na fabricação das estruturas;
✓ Garantia das dimensões e propriedades do material;
✓ Permite obras mais rápidas e limpas;
✓ Possibilita desmontagem;
✓ Estruturas leves com grandes vãos;
Desvantagens:
✓ Logística do transporte até a obra;
✓ Mão de obra qualificada e equipamentos especializados;
✓ Limitação no fornecimento de perfis;
✓ Necessidade de tratamento à corrosão;
✓ Necessidade de tratamento contra o fogo.
✓ EUROCODE 3
http://www.abntcatalogo.com.br/
Laminados •L
•I
ou
•H
conformados a •U
quente •T
Chapa dobrada •L
•C
ou
• C enrijecido
conformados a •Z
frio • Cartola
• CS
Soldados • VS
• CVS
Perfis Laminados
Perfis Laminados
Perfis I de abas paralelas (padrão W).
Perfis Laminados
Perfis I de abas paralelas (padrão W).
Perfis Laminados
Perfis I de abas paralelas (padrão W). Altura dos Perfis (milímetros)
bf
W 360 x 44,0
tf Massa por m de Perfil (kg/m)
d Alma
Nomenclatura:
tw d= altura
bf = largura das abas
h = altura da alma
tf
Aba, tf = espessura das abas
Mesa tw = espessura da alma
ou
Flange W (Wide flange) → tf > tw
HP (H Pile) → tf = tw
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DIMENSIONAMENTO E SEGURANÇA – Estudo Prévio
Parte VI – Sobre o Aço
PERFIS
PRODUTOS
SIDERÚRGICOS BARRAS
CHAPAS
CHAPAS DOBRADAS
PRODUTOS
METALÚRGICOS
CHAPAS SOLDADAS
• Chapas dobradas
Fonte: http://wwwo.metalica.com.br/perfil-de-chapa-dobrada
Perfis Soldados
Os perfis soldados são formados pela associação de chapas ou de perfis laminados simples, sendo a ligação, em
geral, soldada. Isso permite uma grande variedade de formas e dimensões de seções.
Perfis Soldados
Os perfis soldados em forma de I, devem ser fabricados e especificados conforme a NBR
5884:2005.
• CVS – Coluna e Viga Soldada – respeitando a relação 1,0 < d/bf ≤ 1,5.
Perfis Soldados
CS – Perfil coluna soldada (altura e abas com a mesma dimensão)
VS – Perfil viga soldada
CVS – Perfil coluna-viga soldada
Como exemplo de designação de perfis teremos:
CS 250 x 52 – Perfil CS com altura de 250mm e peso de 52 Kg/ml
VS 600 x 95 – Perfil VS com altura de 600mm e peso de 95 kg/ml
CVS 450 x 116 – Perfil CVS com altura de 450mm e peso de 116 Kg/ml
✓ Resistência
✓ Ductilidade
✓ Soldabilidade
✓ Tenacidade
✓ Resistência à corrosão
✓ Susceptibilidade a processos mecânicos
• Passarela com estrutura em aço liga a Estação Cidade Nova, do Metrô do Rio de Janeiro, à Prefeitura.
http://www.metalica.com.br/passarela-com-maior-vao-ferroviario-brasileiro
• Maracanã
- Estrutura da cobertura
- Estrutura das arquibancadas
• Delegacia Legal – projeto padrão para as delegacias do estado do Rio de Janeiro utiliza estrutura metálica
• Hospitais de Campanha H. M. Camp (Estádio do Pacaembu –SP) – 200 leitos, tenda com 6,3mil m2 – 10 dias de execução.
https://www.cbca-acobrasil.org.br/site/noticias/as-estruturas-metalicas-e-o-combate-a-covid-19
• Hospitais de Campanha: Hospital de Retaguarda de São José dos Campos - SP – 67 módulos de aço, 36 dias de execução. Construtora
Brasil ao Cubo.
https://www.costanorte.com.br/geral/covid-19-hospital-de-retaguarda-de-s%C3%A3o-
jos%C3%A9-avan%C3%A7a-ap%C3%B3s-receber-mais-10-m%C3%B3dulos-1.11652
https://www.vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/08.092/2918
http://grandes-vaos-n6a.blogspot.com/2014/05/sistemas-estruturais-viga-vagao-bruno.html
• Pontes em aço
A primeira ponte toda executada em ferro fundido foi a
Ponte sobre o Rio Severn construída em 1779, na
Em 1857 foi construída a ponte sobre o rio Paraíba do Sul, no Rio
Inglaterra, para vencer um vão de 31 m.
de Janeiro (foto). Considerada a ponte mais antiga no Brasil em
ferro fundido, tem cinco vãos de 30 m em treliça arqueada com
largura de 6 m. A introdução das treliças de ferro forjado permitiu
ampliar os vãos. No Brasil as primeiras pontes desse tipo foram
construídas na segunda metade do século 19 . Um exemplo é a
Ponte de Santana sobre o Rio Piabanha em Areal (RJ) com um vão
de 46 m, construída em 1862.
https://www.valedosbaroes.com.br/e-
book/ponte-da-parahyba/5
http://estoriasdahistoria12.blogspot.com/2013/11/a-ponte-de-coalbrookdale.html
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DIMENSIONAMENTO E SEGURANÇA - INTRODUÇÃO
Parte VI – Sobre o Aço
https://guia.melhoresdestinos.co
m.br/ponte-do-brooklyn-
http://goescocia.com/firth-of-forth/ brooklyn-bridge-60-941-l.html
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DIMENSIONAMENTO E SEGURANÇA - INTRODUÇÃO
Parte VI – Sobre o Aço
O passar dos anos trouxe o aperfeiçoamento da
A partir de 1930, tiveram início as pontes mistas, nas quais tecnologia, que culminou na produção de aços de
o tabuleiro é de concreto e a viga é de aço. Sobretudo a alta resistência, estais e ancoragens mais avançados,
partir da Segunda Guerra, as pontes em vigas caixão, bem como no desenvolvimento de softwares que
estaiadas e mistas adquiriram protagonismo. Um exemplo facilitaram a análise das estruturas. Isso levou
desse período é a Ponte Severin, em Colônia, Alemanha, arquitetos e projetistas a explorarem com mais
cuja construção ocorreu em 1960. segurança a estética leve e contemporânea de
pontes, viadutos e passarelas de aço, sobretudo
suspensas. Em algumas cidades, como em São Paulo,
obras-de-arte com formas mais elegantes tornaram-
se verdadeiros cartões-postais urbanos.
https://www.tripadvisor.com.br/ShowUserReviews-g187371-d8002620-r474900727- http://www.oas.com.br/oas-com/oas-engenharia/realizacoes/especiais/pontes-
Severin_Bridge-Cologne_North_Rhine_Westphalia.html viadutos/emurb-sp-ponte-estaiada-octavio-frias-de-oliveira/
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DIMENSIONAMENTO E SEGURANÇA - INTRODUÇÃO
Parte VI – Sobre o Aço
Pórticos
Treliças
Vigas em caixão
Pontes Mistas
✓ Tipos de Perfis
http://www.gypsteel.com.br/casa-pre-fabricada/
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DIMENSIONAMENTO E SEGURANÇA - INTRODUÇÃO
Parte VI – Sobre o Aço
PARAFUSADAS
CONEXÕES
SOLDADAS
Comportamento da conexão:
• Rígida ou articulada;
• Por contato ou por atrito;
LIGAÇÃO SOLDADA
LIGAÇÃO APARAFUSADA