Alfabetização e Letramento - Apostila
Alfabetização e Letramento - Apostila
Alfabetização e Letramento - Apostila
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%2Fandrearodrigues.blogspot.com%2F2012%2F08%2Falfabetizacao-e-letramento.html&psig=AFQjCNG7mLd_LGjXZ0WeuL5vV0-i_JXoxQ&ust=1442354694661571
ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO
Resposta: Um exemplo:
Na língua sempre aparecem palavras novas Hoje usamos com muita frequência a palavra
quando fenômenos novos ocorrem, quando globalização, abrimos o jornal e lá está a palavra
uma nova ideia, um novo fato, um novo objeto globalização; poucos anos atrás, ninguém usava essa
surge ou são inventados, e então é necessário palavra, não no sentido com que a estamos usando
ter um nome para aquilo, porque o ser humano atualmente. Por que surgiu a palavra globalização?
não sabe viver sem nomear as coisas: enquanto Porque surgiu um fenômeno novo na economia
nós não as nomeamos, as coisas parecem não mundial e foi preciso dar um nome a esse fenômeno
existir. novo, é assim que surge uma palavra nova.
Dessa forma, da tradução feita para o Português da palavra inglesa literacy
(estado ou condição que assume aquele que aprende ler e escrever) criou-se a palavra
letramento.
letra + mento (forma portuguesa da palavra latina littera + - mento (sufixo que
indica resultado de uma ação)
Para Magda Soares (2003), quando utilizamos o termo alfabetização estamos nos
reportando à aquisição da leitura e da escrita. Assim, a alfabetização está associada ao
processo de aquisição do código escrito, seja para desenvolver habilidades da escrita ou
para a leitura enquanto processo de escolarização, ou seja, no âmbito escolar e da
instrução formal. É preciso destacar que esse é um processo que ocorre de maneira
individualizada, pois cada um irá apropriar-se do conteúdo de acordo com seu tempo e à
sua maneira. Alguns terão mais facilidade; enquanto que, outros poderão apresentar
maior lentidão e dificuldade. Nesse processo, o indivíduo lê e escreve para a escola.
Ao tratamos de letramento nos referimos à condição de quem não apenas sabe ler
e escrever, mas que realiza atividades que usam a escrita. Nesse conceito está implícita
a ideia de que “a escrita traz consequências sociais, culturais, políticas, econômicas,
cognitivas, linguísticas, quer para o grupo social em que seja introduzida, quer para o
indivíduo que aprenda a usá-la (SOARES, 2003, p.17)”.
Depois das reflexões sobre alfabetização e letramento você pode concluir que a
escola deve se preocupar com a aquisição do sistema de escrita e da leitura, que é a
função da alfabetização. Mas, é fundamental que a escola não deixe de proporcionar
atividades que visem o desenvolvimento do indivíduo em um contexto de práticas
sociais de leitura e escrita, que é o letramento. Por exemplo: redigir um bilhete,
escrever uma carta, ler jornais, revistas e livros, dentre outras atividades que fazem parte
do cotidiano da sociedade.
Reflexões importantes!!!!
Com a leitura do texto acima é possível depreender que houve uma importante
evolução do processo de alfabetização. A alfabetização do b+a = ba, dos textos
“prontos” das cartilhas ficaram para trás, não utilizamos mais. Passamos a compreender
o quão importante é a criança entender aquilo que lê e escreve.
Paulo Freire, em sua obra A importância do ato de ler em três artigos que se
completam, de 1994, já nos ensinava que:
A leitura de uma história, feita pela mãe ou pelo pai, antes da criança dormir; ou
as histórias fantásticas que os avós contam aos netos; ou ainda as lendas contadas pela
professora nas séries iniciais para os alunos. Todo esse processo faz parte do letramento,
ou seja, as crianças aprendendo a ler e a escrever o mundo; estão convivendo com as
práticas de leitura e escrita em uma relação com a realidade.
O letramento não é um método e, sim, um processo que tem início muito antes
do processo de alfabetização. A leitura do mundo vem antes da leitura da palavra, o
indivíduo pode ser letrado e não ter sido alfabetizado. Como afirma Freire (1994, p. 11-
12):
Por exemplo: quando um adulto não sabe ler e escrever, ele pode pedir a alguém
que escreva por ele. Muito simples, ele pode ditar uma carta; depois pode pedir a
alguém que leia para ele a carta que recebeu; ou uma notícia de jornal, ou uma placa na
rua, ou a indicação do roteiro de um ônibus etc. É o que acontece no filme Central do
Brasil, de 1998, do diretor Walter Salles. Dora (Fernanda Montenegro) é uma mulher
que trabalha na estação Central do Brasil, no Rio de Janeiro, escrevendo cartas para
pessoas analfabetas; essas pessoas não sabiam escrever e não sabiam ler, não eram
alfabetizadas, no entanto, conheciam as funções da escrita e da leitura, elas eram
letradas ou tinham certo nível de letramento.
É necessário chamar a atenção para um detalhe: assim como é possível ter “um
certo nível de letramento” e não ser alfabetizado; também é possível que um indivíduo
seja alfabetizado mas não tenha um bom nível de letramento. Nesse caso, ele consegue
ler e escrever, entretanto, não possui as habilidades práticas que envolvem a leitura e a
escrita: não consegue ler revistas, receitas médicas, bulas de remédio, jornais, etc., ou
seja, há uma grande dificuldade para interpretar textos lidos, como também, pode não
ser capaz de escrever uma carta ou bilhete.
Vamos pensar: Qual é o papel do professor na formação não só de alfabetizados, como
também de letrados? Como é possível alfabetizar letrando? Sabendo que a educação é
um processo contínuo, que só irá terminar com a morte do indivíduo, como fazer para
motivar o indivíduo para que se interesse pelas práticas de leitura e de escrita?
Dessa forma, os alunos são levados à decoreba dos conteúdos para conseguirem
uma nota boa e uma recompensa em casa. Mas, veja o detalhe, depois de algum tempo
os alunos esquecem tudo o que estudaram, ou seja, a aprendizagem não ocorreu de fato.
No entanto, quando praticamos, lemos diferentes tipos de textos, temos acesso à cultura,
estamos desenvolvendo nossa capacidade linguística e não a decoreba. A letra da
música Estudo Errado, em sua última parte, nos mostra uma nova visão de ambiente
escolar, um espaço capaz de motivar os alunos a estudarem, com professores que
preparam os alunos para a vida, por meio de textos e informações com temas atuais e
significativos.
Podemos também concluir que os alunos sentem falta das brincadeiras, dos
momentos de lazer. Seria possível conciliar esses momentos de aprendizagem através de
uma educação lúdica? Importantes reivindicações são feitas nessa música: que as
crianças sejam respeitadas pelas escolas, que sejam tratadas com mais seriedade,
contribuindo na formação de suas personalidades e respeitando suas necessidades e
interesses e nunca as ignorando.
Concluímos esta Unidade – 1 com uma sábia declaração de Paulo Freire (1994,
p.25):
Letramento envolve dois fenômenos bastante diferentes, a leitura e a escrita, cada um deles
muito complexo, pois constituído de uma multiplicidade de habilidades, comportamentos,
conhecimentos:
Ler
Escrever
Conclui-se que há diferentes tipos e níveis de letramento, dependendo das necessidades, das
demandas do indivíduo e de seu meio, do contexto social e cultural.
Alfabetização e Letramento
Assim, o referido escritor chegou ao final da Carta do ABC sabendo “decodificar” bem
as palavras, mas não conseguia entender o que estava lendo. E, para surpresa dele, nem
a sua professora compreendia o que lia. Ou seja, eles eram alfabetizados, mas não eram
letrados. A maioria de nós, que passamos pela alfabetização até as décadas finais do
século passado, também teve uma experiência escolar com ênfase na “codificação” e
“decodificação”.
Para muitos, essa experiência foi traumatizante, relate alguma experiência vivida que
esteja relacionada com o tema da discussão.
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Caros alunos, para que vocês possam aprofundar seus conhecimentos acerca do ensino-
aprendizagem de leitura e escrita, há um infográfico muito interessante: é uma linha do
tempo que inicia no final do Império, passa pelo período da República e segue até os
dias de hoje.
Disponível: http://www.plataformadoletramento.org.br/hotsite/infografico-letramento/
As hipóteses de escrita aqui tratadas não são o caminho único pelo qual todas as
crianças passam, a apropriação da escrita pode acontecer de maneiras diferentes. É
preciso que o professor alfabetizador tenha a sensibilidade de perceber as peculiaridades
de cada criança para que, assim, possa encontrar a forma adequada de mediar esse
processo. Estes estudos aqui desenvolvidos servem para orientar o olhar dos educadores
para as regularidades do processo de aprendizagem da língua escrita.
Faz-se necessário esclarecer que, a psicogênese não é método, e sim uma teoria
que explica o processo de aprendizagem da língua escrita e defende a integração de
várias práticas pedagógicas. Portanto, o importante é que se leve em consideração, além
do código específico da escrita, a cultura e o ambiente letrado (bilhetes, bulas, receitas,
livros de histórias) em que a criança se encontra antes e durante a alfabetização. Não dá
para ela adquirir primeiro o código da língua e depois partir para a compreensão de
variados textos.
1
Psicogênese (do grego psyche, alma; genesis, origem) é a parte da Psicologia que se ocupa em estudar a
origem e o desenvolvimento dos processos mentais, das funções psíquicas, das causas psíquicas que
podem causar uma alteração no comportamento etc.
A seguir, apresentaremos as fases iniciais do processo de aquisição da escrita:
1) Fase pré-fonológica
Icônica
Garatuja
Pré-silábica
2) Consciência silábica
Quando a criança está nesta fase, ela já compreende que a escrita está
relacionada à fala; ela começa a fazer registros gráficos (letras ou outro sinal) sempre
que pronuncia um som da língua. Essa descoberta é muito importante para a criança,
pois ela começa a perceber que a palavra é fragmentada, ou seja, constituída por partes
que são sonoras.
Nesse momento da aquisição da escrita, a criança já usa uma letra para cada
sílaba oral, no entanto, ela ainda não percebe os sons que formam a sílaba (fonemas).
Essa consciência (fonêmica) vai sendo desenvolvida ao longo da aprendizagem da
escrita. É importante trabalhar a sílaba dentro da palavra ou, então, entre palavras;
nunca separadamente. Desta maneira, é possível mostrar à criança que existem sílabas
iniciais, mediais e finais. Por exemplo: pato/ sapo; gaveta/barata; bota/loja.
É comum nessa fase que, algumas crianças, quando trabalham com palavras
formadas por três ou duas sílabas, fiquem em dúvida quanto a sua hipótese silábica e
acabam usando mais letras para “corrigir” essa “falta”. Outras vezes, em palavras
como bebê, cola, babá elas acreditam que as vogais são suficientes para registrar as
sílabas e, desta forma, poderão escrever apenas EE, OO, AA.
3) Consciência fonêmica
Silábico-alfabética
A criança passa a perceber que, em nossa língua, a maioria das sílabas é
constituída por mais de um som. Nesse momento ela começa a representar algumas
sílabas com mais de uma letra, em geral, acrescentando à vogal a letra que traz em seu
nome o fonema representado (ex.: branco, pode escrever bao).
Alfabética
Ortográfica
Disponível: http://www.plataformadoletramento.org.br
Acessem e divirtam-se!!!
http://www.plataformadoletramento.org.br/hotsite/aprendizado-inicial-da-escrita/
Neste sentido, é importante chamar a atenção para algo: a escola deve respeitar a
história de letramento e a variação linguística do aluno no processo de alfabetização,
haja vista que são aspectos de grande relevância para o aprendizado da escrita. A escola
é a instituição social responsável pela transmissão convencional do sistema alfabético,
cujo conteúdo é sistematizado com base na língua culta ou norma padrão. A
compreensão acerca da língua padrão como uma das formas de utilização da escrita,
evidencia o caráter de concepção da língua na perspectiva sociolinguística, pois situa a
maneira de falar com o contexto que se está inserido, assim como o uso que se faz da
escrita.
Quando a criança chega à escola, traz marcas da escrita, pois ela vive
experiências em família, com amigos e essa oralidade é um dos fatores de construção
das regras internas da língua, necessárias ao desenvolvimento da língua escrita. Esse
conhecimento que a criança traz é o seu repertório cultural e deve ser aproveitado na
escola. As práticas de alfabetização devem partir de situações reais, dos conhecimentos
que o aluno tem acerca da escrita.
A escrita não rouba a infância, não atrapalha a criança, porque ela faz parte do
mundo do qual deve a escola também fazer parte. Portanto, vocês, futuros(as)
professores(as), pedagogos(as) devem fazer a opção de trabalhar com a linguagem
escrita, e não com a escrita de letras e palavras de forma enfadonha, repetitiva; devem
criar nas crianças a atitude leitora e produtora de texto e, também, devem deixar as
crianças viverem plenamente sua infância e, o mais importante, que elas possam ser
crianças no processo de Alfabetização.
Caros alunos, para que vocês tenham mais informações acerca do que é
Alfabetizar letrando, sugiro que assistam à entrevista de Magda Soares. Essa
entrevista é exclusiva para a Plataforma do Letramento e está dividida em três
blocos.
Não percam tempo... Acessem o link indicado e tenham bons momentos de ócio
intelectual.
Disponível: http://www.plataformadoletramento.org.br/em-revista-
entrevista/393/magda-soares-discute-como-mediar-o-processo-de-aprendizagem-da-
lingua-escrita.html
Afinal... tenho mencionado Magda Soares no desenvolvimento de nossas aulas
inúmeras vezes e, fiquei pensando: será que os alunos já leram algo sobre ela???
Autor: Jens Qvortrup
Assunto: Educação, Pesquisa
Disponível: http://www.scielo.br/pdf/ep/v36n2/a14v36n2.pdf
Disponível: http://territoriodobrincar.com.br/videos/documentario-territorio-do-
brincar-dialogos-com-escolas/
Após a leitura do fragmento acima, vocês deverão pesquisar quais as mudanças que
ocorreram a partir de 1950 até os dias atuais no que se refere aos indicadores de
alfabetização/analfabetismo no Brasil.
https://www.youtube.com/watch?v=mAOXxBRaMSY
Fonte: http://www.webartigos.com/artigos/metodos-e-tecnicas-de-alfabetizacao/63002/
Considerada por muitos como "la maestra de los maestros", a pedagoga argentina
Braslavsky (1971, p. 43-45), considera que os métodos de leitura agrupam-se em dois
grandes grupos:
2- Fônico ou fonético. Primeiro são ensinadas as formas e os sons das vogais. Depois
são ensinadas as consoantes, sendo, aos poucos, estabelecidas relações mais complexas.
Cada letra é aprendida como um fonema que, juntamente com outro, forma sílabas e
palavras. As crianças aprendem as sílabas mais simples e depois as mais complexas. O
método é baseado no ensino do código alfabético de forma dinâmica, ou seja, as
relações entre sons e letras devem ser feitas através de atividades lúdicas para levar
as crianças a aprender a codificar a fala em escrita e a decodificar a escrita no fluxo da
fala e do pensamento. O método fônico surgiu como uma crítica ao método da
soletração ou alfabético.
Fonte: http://pedagogiaaopedaletra.com/wp-content/uploads/2014/04/METODO-FONICO.jpe
3- Silábico ou silabação, este método usa uma ordem de apresentação que é “do mais
fácil para o mais difícil”, das sílabas simples para as mais complexas. O primeiro passo
é conhecer as sílabas para, depois, formar as palavras. As famílias silábicas são
inicialmente compostas por consoante + vogal (ba, be, bi, bo, bu) e elas se juntam com
outras sílabas para formar as palavras. No ensino da escrita, os métodos silábicos
valorizavam o desenho correto das letras, priorizando caligrafia, ortografia, cópia,
ditados e formação de frases. Acreditava-se que, de posse desse conhecimento, podia-se
escrever qualquer texto.
Fonte: https://www.google.com.br
Nos três casos, o processo vai da parte (unidade linguística) em direção ao todo
(palavra), obedecendo a uma ordem crescente de dificuldade. Depois de se reunir as
letras ou os sons em sílabas, o próximo passo é ensinar a ler as palavras formadas por
essas letras, sons ou sílabas; no final do processo a criança aprende as frases, que podem
ser isoladas ou agrupadas.
O método sintético propõe uma aprendizagem que é feita primeiro através de
uma leitura mecânica do texto, por meio da decifração das palavras e, somente depois é
realizada a leitura com compreensão. Como este aprendizado é feito de forma mecânica,
pois envolve muita repetição, o método sintético é considerado pelos críticos muito
cansativo e enfadonho para os pequenos aprendizes, pois é repetitivo e fora da realidade
da criança, que não cria nada, apenas age sem autonomia.
1- Palavração, como o próprio nome diz, parte-se da palavra. Primeiro, existe o contato
da criança com os vocábulos em uma sequência que engloba todos os sons da língua e,
depois da aquisição de certo número de palavras, inicia-se a formação das frases. O
aluno aprende as palavras, depois faz a separação em sílabas para a formação de novas
palavras. Dessa forma é proposto que ela acompanhe pequenos textos. O professor
escreve as palavras que pretende trabalhar em fichas, cartazes, no quadro, etc.,
acompanhadas ou não de figuras.
No decorrer da memorização são estudadas as sílabas e as letras que compõem a
palavra. A ordem de apresentação de palavras, quando criteriosamente planejada,
auxilia, substancialmente, o estabelecimento de habilidades de leitura inteligente. Ao
mesmo tempo a atenção é dirigida aos detalhes da palavra com sílabas, letras e sons. E
estes depois reunidos, auxiliam o aluno a enfrentar palavras novas com autonomia de
leitura. No estado de São Paulo, houve uma primazia de cartilhas que partiam das
historietas (ou pequenos contos), observe o exemplo do texto “Olha o palhaço!”.
Fonte: https://www.google.com.br
2- Setenciação – Neste método o aluno aprende uma sentença, ou seja, uma frase de
acordo com o interesse de todos os alunos, que em seguida é dividida em palavras
que novamente serão divididas em sílabas que uma vez aprendidas serão usadas na
leitura de novas palavras. Portanto, a unidade inicial do aprendizado é a frase, que é
depois dividida em palavras, de onde são extraídos os elementos mais simples: as
sílabas.
Fonte: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0101-32622000000300004&script=sci_arttext
Os seguintes passos são seguidos:
Fonte: http://pt.slideshare.net/EdeilReisEspiritoSanto/paradigmas-de-alfabetizao-slides-formao-ncleo-de-
alfabetizao-1
3- Global – Neste método o professor apresenta ao aluno um texto que é lido em voz
alta após a leitura é destaca uma frase, uma palavra, até chegar às sílabas ou às letras
para formar novas palavras, a ideia fundamental é fazer com que a criança entenda que
ler é descobrir o que está escrito. Também conhecido como conto e estória, o método é
composto por várias unidades de leitura que têm começo, meio e fim, sendo ligadas por
frases com sentido para formar um enredo de interesse da criança. Os críticos deste
método dizem que a criança não aprende a ler, apenas decora.
F
onte: http://slideplayer.com.br/slide/331054/
Fonte: https://www.google.com.br
Depois de assistir à entrevista proposta para esta atividade, você, aluno, deverá refletir
acerca do processo de Alfabetização e responder aos questionamentos abaixo:
3
COGNOSCENTE: É aquele que aprende. Mas, aquele que aprende não é apenas o aluno, que sai de
casa com o seu material e uniforme, com dever de casa pronto e vai para a escola para adquirir novos
conhecimentos. O ser que aprende é o todo e não apenas o cognitivo e é aí que a psicopedagogia
conseguiu desatar o nó que havia no momento em que o processo de aprendizagem não ocorria da forma
desejada ou esperada. Este ser é formado por 3 dimensões:
Dimensão Relacional - O ser cognoscente aprende na interação com o meio e com os outros, construindo
sua identidade para alcançar o conhecimento e a autonomia.
Dimensão Cognitiva - A área cognitiva se refere à construção do conhecimento. Aqui nos basearemos
nos estudos de Piaget. O ser constrói o seu conhecimento através de etapas, que se tomam mais
complexas e, cada etapa posterior, conterá dentro dela as anteriores. Para isso é preciso haver a interação
do sujeito com o objeto, pois é aí que se dá o conhecimento. É através da assimilação e acomodação, em
que haverá, então, a transformação do ser. Para Piaget, a inteligência se dá na capacidade de adaptação.
Dimensão Afetiva - Todo evento psíquico é determinado por aqueles que o precederam. Cada um destes
eventos tem um significado e um significante. O sujeito não tem autonomia de seus próprios
pensamentos, o inconsciente e a própria essência da sua vida mental, sendo instituído por moções do
desejo, regido pelos princípios da realidade e do prazer. A dimensão afetiva se articula às demais
dimensões numa totalidade dinâmica, gerando uma ação que organiza e modifica o meio, que termina na
construção do conhecimento e do próprio sujeito cognoscente.
Disponível:http://neuropsicopedagogiaemfoco.blogspot.com.br/2009/08/quem-e-o-ser-o-ser-
cognoscente.html. Acesso: 11 jan. 2016.
Como já visto na Unidade -1, há diferença entre alfabetização e letramento: no
primeiro caso, diz respeito a aprender a ler e escrever; enquanto que, no segundo, há
mais abrangência e exige que o aluno alfabetizado saiba fazer uso das diferentes
práticas sociais de leitura e escrita. Segundo a teoria de Piaget (1961), o sujeito
cognoscente é aquele que procura ativamente compreender o mundo que o rodeia e trata
de resolver as interrogações que ele provoca; é um ser humano livre, tendo em vista que
pode decidir o que fazer de acordo com o seu pensamento. Isto não significa,
obviamente, que o conhecimento esteja isento das interações e convenções sociais.
4
Psicogênese (do grego psyche, alma; genesis, origem) é a parte da Psicologia que se ocupa em estudar a
origem e o desenvolvimento dos processos mentais, das funções psíquicas, das causas psíquicas que
podem causar uma alteração no comportamento etc.
que ensina; e acabaram, principalmente, com o reducionismo que delimitava a sala de
aula como o único espaço de aprendizagem.
Emilia Ferreiro
Ana Teberosky
5
Emilia Ferreiro nasceu na Argentina em 1936. Doutorou-se na Universidade de Genebra, sob
orientação do biólogo Jean Piaget, cujo trabalho de epistemologia genética (uma teoria do conhecimento
centrada no desenvolvimento natural da criança) ela continuou, estudando um campo que o mestre não
havia explorado: a escrita. A partir de 1974, Emilia desenvolveu na Universidade de Buenos Aires uma
série de experimentos com crianças que deu origem às conclusões apresentadas em Psicogênese da
Língua Escrita, assinado em parceria com a pedagoga espanhola Ana Teberosky e publicado em 1979.
6
Ana Teberosky é uma das pesquisadoras mais respeitadas quando o tema é alfabetização. A
Psicogênese da Língua Escrita, estudo desenvolvido por ela e por Emilia Ferreiro no final dos anos 1970,
trouxe novos elementos para esclarecer o processo vivido pelo aluno que está aprendendo a ler e a
escrever. A pesquisa tirou a alfabetização do âmbito exclusivo da pedagogia e a levou para a psicologia.
Emília Ferreiro não propõe uma nova pedagogia ou apresenta um novo método
de alfabetização, em suas pesquisas ela mostra que o que leva o aprendiz à construção
do código linguístico não é o conhecimento das letras e das sílabas, mas a compreensão
do funcionamento do código. Sua contribuição para o processo de ensino-aprendizagem
é essencial para que o educador observe os diversos níveis conceituais linguísticos da
criança e, com isso, elabore atividades para que ela avance no processo de construção da
escrita alfabética.
Muito antes de a criança ler a palavra, ela lê o mundo. Ela tudo já conhece por
meio dos gestos, olhares, expressões faciais, do cheiro, do tato, do olfato, ou seja, a
partir da construção de sentidos e significados sociais e individuais, pois é dessa
maneira que ela elabora suas hipóteses, tendo como base a sua experiência de vida.
Para que a criança aprenda a ler e escrever ela precisa compreender não apenas o
que a escrita representa, mas também de que forma ela representa, graficamente, a
linguagem. Seu interesse e curiosidade irão aflorar se os textos apresentados tiverem
relação com a realidade que ela vive e conhece e se a função social do registro escrito
estiver clara. Nesse contexto, é importante favorecer a junção da leitura da palavra com
a leitura do mundo. Segundo Ferreiro (1999), a criança alfabetiza-se de acordo com os
estímulos e o meio em que está inserida. A sala de aula deve ser um ambiente
alfabetizador.
(FERREIRO,1999)
“Quem tem muito pouco, ou quase nada, merece que a escola lhe abra horizontes”.
(FERREIRO,1999)
Fonte: http://revistaescola.abril.com.br/lingua-portuguesa/alfabetizacao-inicial/estudiosa-revolucionou-
alfabetizacao-423543.shtml
Diante de uma realidade onde cada aluno aprende de uma maneira, com
dificuldades pró prias e que cada escola apresenta uma realidade diferente, torna-
se fundamental que se conheça as necessidades da clientela para que, assim, haja
orientaçã o eficaz na atuaçã o dos professores alfabetizadores e a escola possa
elaborar o projeto pró prio para atender as necessidades dos alunos.
A escola deve ser um espaço de oportunidade, pois os alunos quando lá chegam
já trazem um histórico de convívio social das mais diversas situações. É dever da escola
contribuir para ampliar esses conhecimentos, o vocabulário do aluno, além de ensiná-lo
a organizar suas ideias, trocar informações e opiniões e produzir textos orais na
interação diária. À escola cabe oportunizar o conhecimento formal, por isso a
importância da diversidade textual, da leitura compartilhada, de diferentes gêneros
textuais, dos materiais concretos, da interdisciplinaridade propiciando a integração das
diferentes áreas do conhecimento como saber falar e ouvir. Todo este trabalho propicia
o letramento, a construção da escrita alfabética.
Como diz Soares (1998, p. 38), “aprender a ler e a escrever e fazer uso da leitura
e da escrita transforma o indivíduo e o leva a outro estado ou condição sob vários
Para saber mais:
aspectos: social, cultural, cognitivo, linguístico”.
https://www.youtube.com/watch?v=WF5S9Ic4nmY
Acessem o link:
http://revistaescola.abril.com.br/lingua-portuguesa/pratica-pedagogica/debater-
opinar-estimulam-leitura-escrita-423497.shtml?
utm_source=redesabril_novaescola&utm_medium=facebook&utm_campaign=r
edesabril_novaescola
Referências
FERREIRO, Emilia. Com todas as letras. 11 ed. São Paulo: Cortez, 2003.
Atividade
Até por volta do século XII, a arte medieval desconhecia a infância ou não
tentava representá-la. É difícil crer que essa ausência se devesse à incompetência ou à
falta de habilidade. É mais provável que não houvesse lugar para a infância nesse
mundo.
(ARIÈS, P. História Social da Criança e da Família. Tradução: Dora Flaksman. 2. ed. Rio de Janeiro:
LTC, 1981, p. 50)