IF 133 NOTAS de AULA 2015 2

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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO


INSTITUTO DE FLORESTAS - DEPARTAMENTO: CIÊNCIAS AMBIENTAIS
Estudo de Impactos Ambientais
PROFESSOR: Carlos Domingos da Silva

NOTAS DE AULAS - DISCIPLINA ESTUDOS DE IMPACTOS AMBIENTAIS

INTRODUÇÃO HISTÓRICA

A contínua e crescente pressão exercida pelo homem sobre os recursos naturais


contrasta com um mínimo de interferência que anteriormente mantinha nos
ecossistemas

1969- NEPA – “National Environmental Policy act of 1969” – Estados Unidos


da América.

A partir de 1975 –
OECD – Organization for economic Cooperation and Development
ONU – Organização das Nações Unidas
BID – Banco Interamericano de Desenvolvimento
BIRD – Banco Mundial.

No Brasil –
Primeiro dispositivo Legal: Lei 6938, de 31 agosto de 1981 – Estabelece a
Política Nacional de Meio Ambiente.
SISNAMA – Órgão executor dessa política – Sistema Nacional do Meio
Ambiente.

Estrutura nacional: Órgão Superior (Conselho de Governo)


Órgão Consultivo e Deliberativo  CONAMA - Conselho Nacional de meio
Ambiente.
Órgão Central (Ministério do Meio Ambiente, dos Recursos Hídricos e da
Amazônia Legal)
Órgão Executor IBAMA – (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos
Naturais Renováveis)

Órgãos Seccionais – (órgãos ou entidades da administração federal direta ou


indireta, as fundações instituídas pelo poder público com função de proteção da
qualidade ambiental.
2

Nos Estados foram igualmente criadas suas instituições para tratat o tema
ambiental. (Ex.: FEEMA, FEAMG).

AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS E A LEGISLAÇÃO BRASILEIRA

TERMOS DEFINIDOS PELA LEI 6.938/81 art. 3o


a) Meio Ambiente
b) Degradação da Qualidade ambiental:
c) Poluição:
d) Poluidor:
e) Recurso Ambiental:

A avaliação de Impactos Ambienteais (AIA)  Instrumento da Política Nacional


de Meio Ambiente (PNMA).

Fases: a) Estudos de Impactos Ambientais EIA


b) Relatório de Impactos Ambientais (RIMA)
c) Audiência Pública
d) Decisão do Órgão de Meio Ambiente

Histórico:

1969 – Estados Unidos  Aprova o National Environment Policy Act (NEPA)


(Corresponde ao PNMA)
Instituiu-se a AIA Interdisciplinar para projetos, planos e programas e para
propostas legislativas de intervenção no meio ambiente.
1970 – SOB pressão do BIRD e BID  Brasil adota AIA (Função dos impactos
causados pelos planos de desenvolvimento
1972 – Conferência de Estolcomo  Instituí-se AIA como instrumento de gestão
ambiental
1981 – AIA é instituída no Brasil
3

1988 – Constituição brasileira  Capítulo VI no seu art.225 – “Todos têm direito


ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo
e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Publico e à
coletividade o dever de defendê-lo e preserva-lo para as presentes e
futuras gerações.
Prof. Carlos Domingos 4

Estudos de Impactos Ambientais

Licenças Ambientais

Qualquer instalação, ampliação e funcionamento de estabelecimento e


atividades que utilizem recursos naturais de forma efetiva ou
potencialmente poluidora, assim como os capazes de causar algum tipo
de degradação ambiental, necessitam de licenciamento ambiental,
segundo a Lei nº 6.938 – 31.08.81

Três fases distintas compõem o processo de licenciamento ambiental


1) Licença Prévia – LP
2) Licença de Instalação – LI
3) Licença de Operação - LO

Licenciamento Ambiental, previsto na Lei nº 6.938 - 31.08.81, é


regulamentado quanto a procedimentos e critérios para sua efetiva
utilização como instrumento de gestão ambiental pela Resolução
Conama nº 237 – 19.12.97.

Cabe ressaltar que todo o processo de licenciamento ambiental junto


ao IBAMA é feito em sintonia com os Órgãos Estaduais de Meio
Ambiente
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O ciclo do projeto envolve quatro fases:

a) o Pré-Projeto,
b) o Projeto,
c) a Construção/Instalação
d) e a Operação/Funcionamento.

Licença Prévia – LP
É o documento que deve ser solicitado na fase preliminar de
planejamento da atividade, correspondente à fase de estudos para
definição da localização do empreendimento

O planejamento preliminar de uma fonte de poluição, dependerá de Licença


Prévia, que deverá conter os requisitos básicos a serem atendidos nas fases de
localização, instalação e operação.

Licença de Instalação – LI
É o documento que deve ser solicitado pelo órgão licenciador, antes da
implantação do empreendimento.
- Analisa os documentos solicitados na LP (projeto técnico, programas
ambientais e plano de monitoramento).

Licença de Instalação - LI- Na fase de elaboração do projeto são


identificadas as entradas, os processos e as saídas, ou seja, as matérias primas
a serem utilizadas bem como os demais insumos, o processo produtivo com
ênfase nos equipamentos e nos processos de transformação que serão
realizados, e, finalmente, os produtos e resíduos gerados. Atenção especial
deve ser dada às questões referentes ao controle da poluição.
No projeto, o empreendedor deve especificar como e quanto serão gerados de
poluição na água, no ar, no solo e referente a ruídos e vibrações. Seu papel é
definir esses elementos e solicitar uma Licença de Instalação - LI
6

Licença de Operação – LO É o documento que deve ser solicitado


pelo órgão licenciador antes da operação do empreendimento. -
Analisa os documentos solicitados na LI;- Vistoria as instalações e os
equipamentos de controle ambiental.

De posse da LI, o empreendedor está legalmente apto a dar início à construção,


reforma, instalação ou ampliação de seu empreendimento. Tão logo retire a LI,
ele deve efetuar o pedido da Licença de Operação - LO. Nessa fase, deverão
ser atendidas as exigências da LP (quando for o caso) e da LI. Obras de infra-
estrutura, uso de materiais específicos, adequação de equipamentos e sistemas
de tratamento são exemplos de medidas que devem ser adotadas e, se
necessário, exigem a interação com especialistas.

Concluídas as obras e instalação de equipamentos, de acordo com as exigências


da LI, o controle de poluição deverá estar garantido.

Exemplo em São Paulo:

Por meio de inspeção e avaliação técnica do sistema, será verificado pelos


técnicos da CETESB se as exigências foram cumpridas. Quando os requisitos
legais e técnicos forem atendidos, será então fornecida a LO. Caso não seja
possível a avaliação da adequação do controle sem o funcionamento do
empreendimento, é fornecida a LO a Título Precário. Neste caso o
empreendimento passa a operar, e se confirmado a eficiência dos sistemas de
controle por meio de uma avaliação, será fornecida a LO.
A Licença de Operação tem prazo de validade estabelecido pelo Decreto
Estadual nº 47.397/02.

A operação do empreendimento antes do cumprimento de cada uma das fases do


Licenciamento constitui-se em crime ambiental, e estará sujeita às penalidades
previstas na legislação.
7
8

Prezados Alunos, Para preparação do trabalho que vc apresentará


com uma proposta de estudo de impactos ambientais sugerimos o
roteiro abaixo: Use os Itens 1 , 2 e 3 na introdução

CONTEÚDO MÍNIMO PARA A ELABORAÇÃO DE EIA:

1- Informações Gerais;

2- Caracterização do Empreendimento;

3- Área de Influência;

4- Diagnóstico Ambiental da Área de Influência;

a. Qualidade Ambiental;

b. Fatores Ambientais;

c. Meio Físico;

d. Meio Biológico;

e. Meio Antrópico;

5- Análise dos Impactos Ambientais;

6- Proposição de Medidas Mitigadoras;

7- Programa de Acompanhamento e Monitoramento dos Impactos Ambientais;

8- RIMA.
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CONTEÚDO MÍNIMO DE UM RIMA:

Refletirá as conclusões do EIA.

As informações devem ser expressas em linguagem acessível ao público em geral,


ilustradas por mapas em escalas adequadas, quadros, gráficos ou outras técnicas de
comunicação visual permitindo o fácil entendimento das possíveis consequências ambientais
do projeto e de suas alternativas, comparando vantagens e desvantagens.

- Objetivos e justificativas;

- Descrição do projeto e alternativas tecnológicas e locais;

- Síntese dos resultados do diagnóstico ambiental;

- Descrição dos impactos (com metodologias utilizadas);

- Qualidade ambiental futura da área de influência;

- Descrição dos efeitos esperados das medidas mitigadoras;

- Programa de acompanhamento e monitoramento dos impactos;

- Recomendações quanto às alternativas mais favoráveis;

- Equipe técnica responsável.


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Prof. Carlos Domingos


METODOLOGIA DE AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS

Exemplo de matriz para avaliação de significância de impactos


Metodologia - A metodologia de avaliação de impacto ambiental pode ser
dividida em quatro etapas dentro dos conceitos estabelecidos pela Resolução
Conama 001/86 compreendendo a definição dos objetivos do estudo (esta
fase engloba a descrição e a justificativa do projeto); a identificação dos
impactos potenciais; a soma e análise dos resultados (montagem da matriz e
cálculo de seus valores); e a sugestão de ações alternativas e mitigadoras.

utilizando-se uma matriz bidimensional, que relaciona ações a serem


implementadas com fatores ambientais, aos quais foram atribuídos valores
de acordo com a magnitude do impacto no meio ambiente, bem como sua
importância. Esses valores variaram em escala de 1 a 3.

A opção por uma escala de pequena extensão foi proposital, de modo a não
se super-avaliar um impacto insignificante ou subestimar outro importante.

Trabalhar com essa pequena faixa de valores também diminui o problema da


subjetividade do método escolhido.

A MAGNITUDE (M) se refere à extensão de alteração provocada pela ação


sobre o fator ambiental e ainda pode apresentar valores positivos ou
negativos.

A IMPORTÂNCIA (I) dimensiona a interferência que o fator causa no meio


ambiente.

A magnitude e a importância também foram avaliadas considerando-se


aspectos como temporalidade, duração e abrangência dos impactos.

A TEMPORALIDADE é o parâmetro que registra a relação entre a data da ação


e dos impactos por ela gerados e se caracteriza pela ação.

A DURAÇÃO computa o tempo de permanência do impacto, após concluída a


ação que o gerou, caracterizando-se pelos efeitos provocados.

JÁ A ABRANGÊNCIA refere-se à área envolvida pelo impacto.


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Valor da magnitude Descrição


quando indica que houve descaracterização do fator
3
ambiental considerado.
quando a variação dos indicadores for expressiva, porém
2 sem alcance para descaracterizar o fator ambiental
considerado
quando a variação dos indicadores for inexpressiva,
1
inalterando o fator ambiental considerado
quando o impacto é positivo ou benéfico, ou seja, quando
POSITIVO
uma ação resulta numa melhoria da qualidade de vida.
ou adverso, quando a ação resulta em um dano à
NEGATIVO
qualidade de um fator ou parâmetro ambiental
Valor de
Descrição
importância
quando a interferência do impacto ambiental, bem como
3 dos demais impactos, é tão intensa que acarreta, como
resposta social, perda da qualidade de vida.
quando a interferência assume dimensões recuperáveis
2
para a queda da qualidade de vida.
quando a interferência não implica diminuição da
1
qualidade de vida.
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POLUIÇÃO

TEMPORALIDADE
Impacto Imediato quando a ação surte efeitos no instante em que ocorre
quando decorre um certo período para a ação gerar
Impacto A Médio Prazo
efeitos
quando a relação ação/ impacto acontece de maneira
Impacto De Longo Prazo
gradativa e requer longo período para se configurarem
DURAÇÃO
quando, uma vez executada a ação, os efeitos não
Impacto Permanente cessam de se manifestar em um horizonte temporal
conhecido
quando os efeitos permanentes por longo período de
Impacto Temporário Longo
tempo após a conclusão da ação que os gerou
quando existe a possibilidade de reversão das condições
ambientais, num breve período de tempo; ou seja,
Impacto Temporário Curto
imediatamente após terminada a ação, há neutralização
do impacto por ela gerada
ABRANGÊNCIA
quando os efeitos atingem um componente ambiental de
Impacto Estratégico
importância coletiva ou nacional
quando os efeitos se propagam por uma área além das
Impacto Regional
imediações do sítio onde se dá a ação
quando os efeitos se fazem sentir apenas no próprio sítio
Impacto Local
onde se deu a ação e suas imediações

O exemplo a seguir trata de UM procedimento para priorização de impactos dentro de uma


organização. Outras propostas existem e devem ser analisadas.

Para esta situação as seguintes instruções para preenchimento da matriz devem ser
consideradas:

CAMPO “Aspectos Ambientais” – deve-se descrever os aspectos ambientais identificados


no processo analisado.
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CAMPO “Impactos Ambientais” : descrever os impactos ambientais associados aos


aspectos ambientais. São estes impactos que serão avaliados individualmente no campo
“avaliação” a seguir.

CAMPO “Avaliação” – este campo é subdividido nos seguintes itens:

INCIDÊNCIA (I) – o aspecto ambiental deve ser avaliado conforme abaixo:

- Direto (D) aquele sobre o qual a organização exerce ou pode exercer controle efetivo,
originando um impacto ambiental direto.

- Indireto (I)  aquele sobre o qual a organização pode apenas exercer influência,
notadamente junto a partes interessadas externas, originando um impacto ambiental indireto.

ABRANGÊNCIA (A)  o impacto ambiental deve ser avaliado conforme abaixo:

- Local (L)  aquele cujos efeitos do aspecto ambiental se fazem sentir apenas no próprio
sítio onde se deu a ação e suas imediações.

- Regional (R)  aquele cujos efeitos do aspecto ambiental se propagam por uma área além
das imediações do sítio onde se dá a ação.

- Global (G) aquele cujos efeitos do aspecto ambiental atingem um


componente ambiental de importância coletiva, nacional ou até mesmo
internacional.

Probabilidade (Pr)  os impactos ambientais potenciais associados às situações de


risco devem ser avaliados segundo sua probabilidade de ocorrência, conforme critérios
a seguir:

Alta (3 pontos) – aquele cuja possibilidade de ocorrência seja muito grande ou


existam evidências de muitas ocorrências no passado (no mínimo 1 caso em 1 ou 2 anos,
por exemplo).

Média (2 pontos) – aquele cuja possibilidade de ocorrência seja razoável ou existam


evidências de algumas ocorrências no passado (no mínimo 1 caso em 3 ou 4 anos, por
exemplo).
Baixa (1 ponto) – aquele cuja possibilidade de ocorrência seja nula ou muito remota
(no mínimo 1 caso em 5 anos ou mais, por exemplo) ou não existam evidências de
ocorrência no passado.
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Para os impactos ambientais reais, este parâmetro deve estar associado à freqüência de
ocorrência do mesmo, uma vez iniciada a atividade sob análise, conforme critérios a
seguir:

Alta (3 pontos) – a ocorrência do impacto ambiental é constante, uma vez iniciada a


atividade.

 Média (2 pontos) – a ocorrência do impacto ambiental é intermitente, uma vez


iniciada a atividade.

Baixa (1 ponto) – a ocorrência do impacto ambiental é esporádica, uma vez


iniciada a atividade.

Severidade (Sr) – os impactos ambientais devem ser avaliados segundo sua criticidade
em relação ao meio ambiente, em três tipos de categorias:

 Severo (3 pontos) – aquele cujo impacto ambiental adverso cause danos


irreversíveis, críticos ou de difícil reversão e/ou ponha perigo a vida de seres humanos
externos à empresa.
Leve (2 pontos) – aquele cujo impacto adverso cause danos reversíveis ou
contornáveis e/ou ameace a saúde de seres humanos externos à empresa.

 Sem dano (1 ponto) – aquele cujo impacto ambiental cause danos mínimos6 ou
imperceptíveis.

Escala (Es) – os impactos ambientais devem ser avaliados segundo a sua escala:

 Ampla (3 pontos) – se o prejuízo alastra-se para fronteiras amplas e desconhecidas.


No caso dos impactos adversos, pode-se ter, por exemplo, contaminação de lençóis
subterrâneos, rios, mares, extensas correntes de ar, erosão generalizada e/ou outros
prejuízos semelhantes.
 Limitada (2 pontos) – se o prejuízo alastra-se para áreas fora dos limites da
propriedade da empresa, porém limita-se à região de vizinhança.

 Isolada (1 ponto) – se o prejuízo restringe-se a uma área específica que não


extrapola limites da propriedade da empresa.


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Detecção (De) – os impactos ambientais potenciais e reais devem ser avaliados


segundo o seu grau de detecção, conforme critérios a seguir:

 Difícil (3 pontos) – é improvável que o impacto ambiental real ou que o aspecto


ambiental potencial, neste último caso quando o mesmo vier a se manifestar, seja
detectado através dos meios de monitoramento disponíveis.

 Moderado (2 pontos) – é provável que o aspecto ambiental real ou que o aspecto


ambiental potencial, neste último caso quando o mesmo vier a se manifestar, seja
detectado através dos meios de monitoramento disponíveis e dentro de um período
razoável de tempo.

 Fácil (1 ponto) – é praticamente certo que o impacto ambiental real ou que o


impacto ambiental potencial, neste último caso quando o mesmo vier a se manifestar,
seja detectado rapidamente através dos meios de monitoramento disponíveis.

AS CONDIÇÕES DE OPERAÇÃO PODEM SER AVALIADAS DA SEGUINTE MANEIRA:

Normal (N) – Aquelas especificadas para que as operações se dêem dentro das condições
esperadas de produtividade, qualidade e segurança.

Anormal (A) – Aquelas de falha incompleta e/ou de baixa ou alta produção, onde consumos,
perdas ou poluição, novos ou com níveis além dos
aceitáveis, existam ou possam existir.

- Risco (R) - Aquela situação que apresenta um ou mais impactos ambientais potenciais que
podem se manifestar, com uma certa probabilidade, através de um incidente ou de um
acidente ambiental.

Da mesma forma que as condições de operação, a temporalidade indica que o impacto


ambiental pode ser avaliado conforme abaixo:

 Passado (P) – resultante de atividades, produtos e/ou serviços desenvolvidos no passado


que ainda geram impactos ambientais (passivo ambiental).

 Presente(Pr) – resultante de atividades, produtos e/ou serviços realizados no presente.

Futuro (F) – resultante de atividades, produtos e/ou serviços que estão em fase de
implantação ou podem ter impacto no futuro.
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Obs.: A matriz sugerida neste exemplo é preenchida considerando-se condições normais de


operação, com produtos e/ou serviços realizados no presente. Também não estão sendo
levados em consideração impactos benéficos.

Campo “Significância” – é composto pelos parâmetros abaixo:

Resultado (Re) – é determinado pela multiplicação dos fatores (Probabilidade X


Severidade X Escala X Detecção)

Legislação – indicar se o impacto analisado está diretamente referenciado em uma


legislação, norma técnica ou outro requisito de parte interessada. É classificada da
seguinte forma:

SIM – se o impacto ambiental está diretamente referenciado na Legislação Federal,


Estadual ou Municipal, Norma Técnica ou outro requisito voluntário que se subscreva. Todo
impacto assinalado desta forma a ser considerado como significativo e está atendendo a
legislação ou requisitos.

- SIM / - se o impacto ambiental está diretamente referenciado na Legislação Federal,


Estadual ou Municipal, Norma Técnica ou outro requisito voluntário que se subscreva.
Todo impacto preenchido com “SIM / - “, passa a ser significativo e não está atendendo à
legislação ou requisitos.

Significância – este item é classificado conforme a tabela a seguir:


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Tabela 01. Significância final dos impactos ambientais e ações a serem tomadas

Atendimento Legislação, Pontuação


Significância Ação a ser tomada
Partes interessadas e Obtida
Preocupação Global
- Caso exista legislação
aplicável ou demanda de “Manter rotina” (se o respectivo aspecto
De 01 a 06
partes interessadas, deve-se Desprezível ambiental for real) ou “Plano de emergência”
pontos
tomar a significância como (se o respectivo aspecto ambiental for
sendo, no mínimo, potencial)
“substancial”.
- Caso exista legislação “Controle operacional”
aplicável e não está sendo De 08 a 16 (se o respectivo aspecto ambiental for real) ou
Significante
atendida, deve-se tomar a pontos “Plano de emergência”
significância como sendo (se o respectivo aspecto ambiental for
“importante”. potencial).
- Caso não ocorra nenhuma “Controle operacional e Plano de Ação”
Igual ou
das situações acima, (se o respectivo aspecto ambiental for real)
acima de 18 Importante
considerar para definição da “Plano de emergência” (se o respectivo
pontos
significância a pontuação aspecto ambiental for potencial)>
obtida.
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Tabela 02. Exemplo hipotético de uma matriz de avaliação de significância (classificação ou hierarquização) de impactos

Aspecto ambiental
Avaliação Significância
Impacto ambiental
Legislação Significância
I A Pr Sr Es De Re
Geração de resíduos sólidos Alteração das
e líquidos percolados como características SIM/- Importante
D R 3 3 3 1 27
borras, sucatas, etc. físicoquímicas da
água e do solo
Emissão de vapores, Alteração da
qualidade do ar SIM/- Importante
névoas, particulados I G 2 2 2 3 24
dispersos no ar
Risco de lesões
SIM Significante
Ruído, vibração auditivas D L 2 2 2 1 8

Esgotamento de
recursos naturais não NÃO Significante
Consumo de água renováveis, etc.
D R 2 3 3 1 18

Esgotamento de
Consumo de energia NÃO Significante
recursos naturais não D R 3 3 3 1 27
elétrica renováveis, etc.

I = Incidência : Direta (D), Indireta (I)


A = Abrangência : Local (L). Regional (R), Global (G)
Pr = Probabilidade : Alta (3 pontos), Média (2 pontos), Baixa (1 ponto)
Sr = Severidade : Severo (3 pontos), Leve (2 pontos) , Sem dano (1 ponto)
Es = Escala : ampla (3 pontos), Limitada (2 pontos), Isolada (1 ponto)
De = Detecção : Difícil (3pontos), Moderada (2 pontos), Fácil (1 ponto)
Re = Resultado = Pr.Sr.Es.D
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FORMATO BÁSICO PARA O EIA:
INFORMAÇÕES GERAIS:
1) NOME DO EMPREENDIMENTO

Identificação da empresa responsável (nome e razão social; endereço


para correspondência; inscrição estadual e CGC; e nome do
responsável pelo empreendimento).

2) - HISTÓRICO DO EMPREENDIMENTO.
 NACIONALIDADE DE ORIGEM DAS TECNOLOGIAS A SEREM
EMPREGADAS

 TIPO DE ATIVIDADE E O PORTE DO EMPREENDIMENTO

 SÍNTESE DOS OBJETIVOS DO EMPREENDIMENTO, SUA JUSTIFICATIVA


E A ANÁLIS DE CUSTO BENEFICIO.

 COMPATIBILIDADE DO PROJETO com os planos e programas de


ação federal, estadual e municipal, propostos ou em implantação,
na área de influência do empreendimento.
3) LEVANTAMENTO DA LEGISLAÇÃO: Federal, Estadual e Municipal
incidente sobre o empreendimento em qualquer de suas fases, com
indicação das limitações administrativas impostas pelo Poder Público -
Indicação, em mapas, de Unidades de Conservação e Preservação
Ecológica existentes na área de influência do empreendimento.

4) EMPREENDIMENTO(S) ASSOCIADO(S) E DECORRENTE(S)

5) (EMPREENDIMENTO(S) SIMILARE(S) EM OUTRA(S) LOCALIDADE(S)

6) DECLARAÇÃO DA UTILIDADE PÚBLICA OU DE INTERESSE SOCIAL DA

ATIVIDADE DO EMPREENDIMENTO, QUANDO EXISTENTE.

7) NOME E ENDEREÇO PARA CONTATOS RELATIVOS AO EIA


Prof. Carlos Domingos
20
DESCRIÇÃO DO EMPREENDIMENTO

 Apresentar a descrição do empreendimento nas fases de


planejamento, de implantação, de operação e, se for o caso, de
desativação.

 Quando a implantação for em etapas, ou quando forem previstas


expansões, as informações deverão ser detalhadas para cada
una delas

 Apresentar a previsão das etapas em cronograma detalhado da


implantação do empreendimento.

 Apresentar a localização geográfica proposta para o


empreendimento demonstrada em mapa ou croquis, incluindo as
vias de acesso, existentes e projetadas, e a bacia hidrográfica: e
seu posicionamento frente à divisão político administrativas, a
marcos geográficos e a outros pontos de referência relevantes.
(Georreferenciamento).

 Apresentar também esclarecimentos sobre as possíveis


alternativas tecnológicas e/ou locacionais, inclusive aquela de
não se proceder à sua implantação.

Prof. Carlos Domingos


21

ÁREA DE INFLUÊNCIA
Apresentar os limites da área geográfica a ser afetada direta ou
indiretamente pelos impactos, denominada área de influência do projeto.

A área de influência deverá conter as, áreas de incidência abrangendo os


distintos contornos para as diversas variáveis enfocadas.

É necessário apresentar igualmente a justificativa da definição das áreas


de influência e incidência dos impactos, acompanhada de mapeamento,
em escala adequada.

DIAGNÓSTICO AMBIENT AL DA ÁREA DE INFLUÊNCIA

Deverão ser apresentadas a descrição e análise dos fatores


ambientais e suas interações:

a) Com característica da situação ambiental da área de influência, antes da


implantação do empreendimento.

b) Esses fatores englobam as variáveis susceptíveis de sofrer, direta ou


indiretamente, efeitos significativos das ações nas fases:

 Planejamento
 Implantação
 Operação
 Quando for o caso, de desativação do empreendimento,
Obs.: As informações cartográficas devem ser atualizadas, [com a
área de influência devidamente caracterizada, em escalas compatíveis
com o nível de detalhamento dos fatores ambientais estudados].

Prof. Carlos Domingos


22
FATORES AMBIENTAIS MEIO FÍSICO

Os itens a serem abordados serão aqueles necessários para a caracterização do


meio físico, de acordo com o tipo e o porte do empreendimento e segundo as
características da região.
 Entre os aspectos cuja consideração ou detalhamento podem ser necessários
incluem-se a caracterização do clima e condições meteorológicas da área
potencialmente atingida pelo empreendimento;
 Qualidade do ar na região;
 Níveis de ruído na região;
 Geológica da área potencialmente atingida pelo empreendimento;
 Solos da região na área em que os mesmos serão potencialmente atingidos pelo
empreendimento;
 Recursos hídricos, podendo-se abordar a hidrologia superficial, hidrogeologia e
qualidade das águas.
MEIO BIÓTICO
Os itens a serem abordados serão aqueles que caracterizam o
meio biótico, de acordo com o tipo e o porte do empreendimento e
segundo as características da região.

 Caracterização dos ecossistemas da área que pode ser atingida


direta ou indiretamente pelo empreendimento.

 Entre os aspectos cuja consideração ou detalhamento podem ser


necessários, incluem-se:

A) Caracterização e análise dos ecossistemas terrestres na área de


influência do empreendimento;

B) Caracterização e análise dos ecossistemas aquáticos na área de


influência do empreendimento.
Prof. Carlos Domingos
23
MEIO SÓCIO-ECONÔMICO
Serão abordados aqueles itens necessários para caracterizar o meio sócio-
econômico de acordo com o tipo e o porte do empreendimento e segundo as
características da região. Deverá ser apresentada a caracterização do meio sócio-
econômico a ser potencialmente atingido pelo empreendimento,

 Considerando-se basicamente duas linhas de abordagem


descritiva referentes à área de influência.

 Uma que considera aquelas populações existentes na área atingida


diretamente pelo empreendimento,
 Outra que apresenta as inter-relações próprias do meio sócio-
econômico regional e passível de alterações significativas por efeitos
indiretos do empreendimento.

Obs.:
 Caracterização do uso e ocupação do solo, com
informações, em mapa, na área de influência do empreendimento
quadro referencial do nível de vida na área de influência do
empreendimento dados sobre a estrutura produtiva e de serviços
e caracterização da organização social na área de influência.
 Quando procedentes, deverão ser apresentadas em séries
históricas significativas e representativas, visando a avaliação de
sua evolução temporal, incluindo-se a caracterização da dinâmica
populacional.

Prof. Carlos Domingos


24

QUALIDADE AMBIENTAL

Fatores ambientais físicos

Em um quadro sintético Fatores ambientais biológicos


expor as interações
Fatores ambientais
socioeconômicos

Indicando os métodos adotados para análise dessas interações,


com o objetivo de descrever as inter-relações entre os componentes
bióticos, abióticos e antrópicos do sistema a ser afetado pelo
empreendimento.

Além do quadro citado, deverão ser identificadas as tendências


evolutivas daqueles fatores que forem importantes para caracterizar a
interferência do empreendimento.

Prof. Carlos Domingos


25
ANÁLISE DOS IMPACTOS AMBIENTAIS

Este item destina-se à apresentação da análise identificação,


valoração e interpretação dos prováveis impactos ambientais nas
fases de planejamento, de implantação, de operação e, se for o caso,
de desativação do empreendimento, sobre os meios físico, biótico e
sócio-econômico, devendo ser determinados e justificados os
horizontes de tempo considerados.

Os impactos serão avaliados nas áreas de estudo definidas para


cada um dos fatores estudados, caracterizados no item "Diagnóstico
ambiental da área de influência", podendo, para efeito de análise, ser
considerados como impactos diretos e indiretos benéficos e adversos,
temporários, permanentes e cíclicos, imediatos e a médios e longos
prazos, reversíveis e irreversíveis e locais, regionais e estratégicos.
Análise dos impactos ambientais inclui, necessariamente,
identificação, previsão da magnitude e interpretação da importância de
cada um deles, permitindo uma apreciação abrangente das
repercussões do empreendimento sobre o meio ambiente, entendido
na sua forma mais ampla. O resultado desta análise constituirá um
prognóstico da qualidade ambiental da área de influência do
empreendimento, nos casos de adoção do projeto e suas alternativas,
mesmo na hipótese de sua não implementação. Prof. Carlos Domingos
26
ESTE ITEM DEVERÁ SER APRESENTADO EM DUAS FORMAS:

 Descrição detalhada dos impactos sobre cada fator ambiental


relevante considerado no diagnóstico ambiental, a saber,
(impacto sobre o meio físico, impacto sobre o meio biótico e
impacto sobre o meio sócio-econômico);

 Síntese conclusiva dos impactos relevantes de cada fase


prevista para o empreendimento (planejamento, implantação,
operação e desativação) e, para o caso de acidentes,
acompanhada da análise (identificação, previsão da magnitude e
interpretação) de suas interações.

É preciso mencionar os métodos de identificação dos impactos,


as técnicas de Previsão da magnitude e os critérios adotados para a
interpretação e análise de suas interações.

Prof. Carlos Domingos- [email protected]

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