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Lilian Cavalheiro de Almeida,1 Larissa Figueredo Piologo,2 Lene Garcia Barbosa,3 José
Gabriel de Oliveira Neto,4
RESUMO
O comportamento alimentar tem sido alterado ao longo dos anos e muito influenciado pelos padrões culturais e
pela mídia. A sociedade, com sua cultura e suas tradições, estabelece os critérios que o jovem deverá suplantar
para firmar a sua identidade. A imagem corporal é o centro dessa identidade e, não raro, condiciona o
comportamento alimentar. Este trabalho objetivou analisar o comportamento alimentar de universitários da área
da saúde. Para tanto, foi usado o Teste de Atitudes Alimentares (EAT-26), cuja finalidade é identificar
indivíduos com padrões alimentares anormais, e um questionário complementar. Foram avaliados 300 alunos
(ambos os sexos), sem limites de idade. O resultado mostrou que alunos do curso de nutrição apresentam maior
tendência aos comportamentos alimentares inadequados, com uma porcentagem de 30%. Uma análise realizada
com fatores de risco para alteração do EAT-26, demonstrou que o uso de suplementos alimentares e
medicamentos são estatisticamente significativos e podem contribuir para um possível distúrbio alimentar.
Concluiu-se que esses universitários apresentam comportamentos alimentares inadequados, os quais devem ser
alvo de avaliação mais detalhada e de intervenção.
ABSTRACT
The eating behavior has been changed throughout the years, and largely influenced by the cultural patterns and
media. Society, with its culture and tradition, establishes the criteria for adolescents to build their identity. Body
shape is the center of this identity and often regulates the eating behavior. This work aimed at analyzing the
eating behavior of university health area. To do so, researchers used the Eating Attitudes Test (EAT-26), whose
finality is to identify individuals with abnormal eating standards, and a complementary questionary. Three
hundred students were evaluated (both sexes), no age limit. Results showed that students of nutrition course
present a higher tendency of inadequate eating behavior, with a percentage of 30%.An analysis held with risk
factors for changing the EAT-26, showed that the use of food suplements and drugs are statistically significant
and may contribute to a possible disturbance food.We conclude that these students have poor eating behaviors,
which should be the subject of further evaluation and intervention.
INTRODUÇÃO
Historicamente, como seres vivos, os homens só perpetuam sua espécie se mantiverem
com seu meio, de maneira constante, uma alimentação equilibrada que promova benefícios
para a manutenção da saúde. Com o passar do tempo, a transformação das necessidades
alimentares passou pela caça, a pesca e a coleta de vegetais e raízes, onde o domínio sobre as
1
estudante de graduação de Medicina pela Universidade Anhembi Morumbi, São Paulo/SP – Brasil. E-mail:
[email protected]
2
estudante de graduação de Medicina pela Universidade Anhembi Morumbi, São Paulo/SP – Brasil. E-mail:
[email protected]
3
professora doutora em Medicina pela Universidade Federal de São Paulo, docente na Universidade Anhembi
Morumbi, São Paulo/SP – Brasil. E-mail: [email protected]
4
médico pela Universidade Estadual de Campinas, São Paulo/SP – Brasil. E-mail:
[email protected]
MATERIAL E MÉTODOS
Trata-se de um estudo transversal realizado, no período de agosto à novembro de
2015, onde foram utilizados os seguintes critérios de inclusão: alunos, com idade acima de 18
anos, de ambos os sexos, matriculados nos cursos de Medicina, Enfermagem, Nutrição,
Educação Física, Estética e Visagismo na Universidade Anhembi Morumbi, compondo uma
amostra de 300 alunos, sendo 50 participantes de cada curso. Este estudo foi aprovado do
comitê de ética e pesquisa - Plataforma Brasil CAAE 46581715.4.0000.5492.
Para a participação na pesquisa, os alunos foram previamente convocados de forma
aleatória a participar da pesquisa como voluntários, durante o período em que estiverem na
sala de aula, informados sobre a temática e a metodologia envolvida, sendo posteriormente
entregue o termo de consentimento livre e esclarecido para a sua assinatura.
A pesquisa foi composta pelo questionário Eating Attitudes Test (EAT) ou Teste de
Atitudes Alimentares , desenvolvido por Garner e Garfinkel (1979), um dos instrumentos
mais utilizados atualmente, sendo um teste psicométrico utilizado em estudos com AN, com o
objetivo de medir sintomas das síndromes de maneira mais fácil e rápida, favorecendo assim,
a precocidade do diagnóstico e tratamento, evitando a evolução da doença. A princípio este
teste totalizava 40 questões, mas posteriormente propuseram a versão abreviada (EAT-26)
com 26 ítens validando e mantendo as correlações clínicas e psicométricas entre grupos de
pacientes e sujeitos normais. O corte estabelecido para esta nova forma foi de 21 pontos. A
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graduação e análise das questões foram divididas em 3 escalas: Escala da Dieta (questões
números 1, 6, 7, 10, 11, 12, 14, 16, 17, 22, 23, 24 e 25) reflete uma recusa patológica a
comidas de alto valor calórico e preocupação intensa com a forma física; Escala de Bulimia e
preocupação com os alimentos (questões números 3, 4, 9, 18, 21, 26) refere-se a episódios de
ingestão compulsiva dos alimentos, seguidos de vômitos e outros comportamentos para evitar
ganho ponderal; Escala do Controle Oral (questões números 2, 5, 8, 13, 15, 19, 20) demonstra
o alto controle em relação aos alimentos e reconhece forças sócias no ambiente que estimulam
a ingestão alimentar.
Foi também aplicado um questionário complementar com cinco perguntas para avaliar
o conhecimento sobre o tema de distúrbios alimentares, o uso abusivo de medicamentos,
práticas dietéticas inadequadas e alterações psicológicas traumáticas.
Para a avaliação do conhecimento sobre o tema distúrbios alimentares, foi aplicado
um teste de Qui-quadrado para proporções, onde a hipótese nula será o percentual de
referência maior ou igual a 93.8%, sendo este valor utilizado como base na tese de mestrado
de Beling (BELING, 2008). Nos casos em que a hipótese foi rejeitada concluímos que o
percentual da amostra foi estatisticamente inferior a 93.8%.
Para responder aos objetivos do estudo além de técnicas de análise exploratória, como
frequências relativas e absoluta, os testes de Qui-quadrado e exato de Fisher foram utilizados
para associação entre variáveis categóricas.
Todos os testes de hipóteses desenvolvidos nesse trabalho consideraram uma
significância de 5%.
O valor do tamanho amostral para tais parâmetros é de 104 observações totais.
Considerando cada um dos cursos separadamente, o tamanho amostral varia por curso,
conforme a prevalência encontrada. Os valores calculados seguem na tabela 1.
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Tabela 1 - Tamanho amostral para cada curso de acordo com a prevalência encontrada
Curso N
Ed. Física 104
Enfermagem 121
Estética 89
Medicina 104
Nutrição 138
Visagismo 76
RESULTADOS
A análise iniciou-se com a avaliação da prevalência de EAT-26 com mais de 21
pontos na amostra completa compreendida de 300 participantes e por cursos da saúde
representada por 50 pessoas em cada profissão. Observamos que 26% (N=78) da amostra
apresenta o EAT-26 alterado, sendo o intervalo de confiança 95% (IC95), variando de 14 a
38. (Tabela 2)
Alteração N %
Não 222 74
Sim 78 26
Prevalência = 26%; IC95=
(14-38)
Avaliando estes resultados por curso temos que o curso de Nutrição apresentou a
maior prevalência do EAT-26 alterado (30%), seguido da Enfermagem (28%) e Medicina
(26%), já o curso de Visagismo apresentou a menor prevalência (22%). No entanto estas
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pequenas diferenças não são estatisticamente significativas uma vez que o valor de p foi de
0,9593. (Tabela 3)
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Tabela 4 - Frequência cruzada entre curso e Escala Controle Oral seguido do p-valor do Teste Exato
de Fisher
Controle Oral
Curso Total
Não Sim
Educação N 12 1
13
Física % linha 92 8
N 12 2
Enfermagem 14
% linha 86 14
N 12 0
Estética 12
% linha 100 0
N 13 0
Medicina 13
% linha 100 0
N 15 0
Nutrição 15
% linha 100 0
N 10 1
Visagismo 11
% linha 91 9
Total 74 4 78
p=0.3970
Para a Escala da Dieta, os resultados indicam que, dentre as pessoas com alguma
alteração a maioria apresenta comportamento anoréxico, 100% nos cursos de Educação
Física, Estética, Medicina e Nutrição. O curso de Visagismo apresentou apenas 86% de
comportamento anoréxico dentre as pessoas com alguma alteração (p= 0.0753) (Tabela 5).
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Tabela 5 - Frequência cruzada entre curso e presença de Escala da Dieta seguido do p-valor do Teste
Exato de Fisher
Escala da Dieta
Curso Total
Não Sim
Educação 0 13
13
Física 0 100
2 12
Enfermagem 14
14 86
0 12
Estética 12
0 100
0 13
Medicina 13
0 100
0 15
Nutrição 15
0 100
2 9
Visagismo 11
18 82
Total 4 74 78
p= 0.0753
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Tabela 6 - Frequência cruzada entre curso e Escala da Bulimia seguido do p-valor do Teste Exato de
Fisher
Bulimia
Curso Total
Não Sim
Educação 13 0
13
Física 100 0
13 1
Enfermagem 14
93 7
12 0
Estética 12
100 0
13 0
Medicina 13
100 0
15 0
Nutrição 15
100 0
10 1
Visagismo 11
91 9
Total 76 2 78
p=0.348
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Tabela 7 - Porcentagem de Conhecimento Sobre o Tema, seguido do teste de Qui-quadrado para
proporções H0: p >= 93.8%
% de pessoas
Curso Sim Não com p-valor
conhecimento
Medicina 48 2 96% 0,6375
Visagismo 42 8 84% 0,0049
Enfermagem 46 4 92% 0,4073
Estética 48 2 96% 0,6375
Nutrição 49 1 98% 0,8260
Educação Física 44 6 88% 0,0797
Total 277 23 92% 0,1752
Posteriormente foi feita a análise de possíveis fatores de risco que poderiam levar a
alguma alteração no EAT-26. Observamos entre pesquisados que responderam que
apresentaram algum tipo de trauma psicológico durante a vida uma resposta positiva de 32%,
porém para os que não tiveram trauma psicológico este percentual caiu para 23%. O valor de
OR foi de 1.6 para alguma alteração no comportamento alimentar, no entanto este valor não é
estatisticamente significativo (p= 0.1158). (Tabela 8)
Tabela 8 - Frequência cruzada entre trauma psicológico e alteração EAT-26, percentual linha e p-valor
do Teste Exato de Fisher para independência
Alteração
Trauma Estatística Total
Não Sim
Não N 161 49 210
% linha 77 23
Sim N 61 29 90
% linha 68 32
Total 222 78 300
OR=1.6; p=0.1158
Observamos no estudo que o percentual de alteração em pessoas com uso excessivo de
medicamentos foi de 57%, sendo que este percentual cai para 23% nas pessoas sem uso
excessivo de medicamentos. O valor da OR mostra que existe 4.5 (p= 0.0004) mais chances
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de alteração alimentar no público com excesso de medicamentos que no público sem excesso
de medicamentos. (Tabela 9)
Tabela 9 - Frequência cruzada entre uso de medicamentos e alteração EAT-26, percentual linha e p-
valor do Teste Exato de Fisher para independência
Alteração
Medicamentos Estatística Total
Não Sim
Não N 210 62 272
% linha 77 23
Sim N 12 16 28
% linha 43 57
Total 222 78 300
OR=4.5; p=0.0004
Tabela 10 - Frequência cruzada entre uso de suplemento e alteração EAT 26, percentual linha e p-
valor do Teste Exato de Fisher para independência
Alteração
Suplemento Estatística Total
Não Sim
Não N 196 58 254
% linha 77 23
Sim N 26 20 46
% linha 57 43
Total 222 78 300
OR=2.6; p=0.0056
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O curso que mais apresentou alteração entre os seus participantes foi o curso de
Nutrição com 30%(15), com pontuação de (21 à 49 pontos) no EAT-26, com 11 mulheres e 4
homens, onde todos eles sabiam o que era distúrbio alimentar, 8 apresentavam IMC normal, 6
sobrepeso e 1 obesidade grau I, sendo que 9 participantes já haviam sofrido algum tipo de
trauma psicológico.
Em relação ao uso de medicamentos como inibidores de apetite, antidepressivos,
laxantes, diuréticos, termogênicos, hipoglicemiantes orais houve também um resultado
estatisticamente significativo, onde o valor de OR mostra que existe 4.5 mais chances de
alteração alimentar com o seu uso, observou-se que o curso de Nutrição apresentou 4
participantes, empatando com Visagismo, e perdendo para o curso de Enfermagem com 5
estudantes, e não sendo encontrado em nenhum nos estudantes de medicina com o EAT-26
alterado. Porém, foi observado que esses cursos tiveram mais acesso a medicamentos que não
precisam de prescrição médica para a sua obtenção.
DISCUSSÃO
O estudo teve como premissa triar possíveis transtornos alimentares, calculando a
prevalência das categorias de comportamento alimentar, que compreendem as 3 escalas do
EAT-26, e associar possíveis interferências a esses comportamentos inadequados o uso de
suplementos alimentares, medicamentos e ter sofrido trauma psicológico, entre os 6 cursos da
área da saúde.
Houve uma prevalência de 26% de pessoas com o EAT-26 alterado, ou seja, com 21
pontos ou mais, dentre elas apenas 13 são homens, e 65 são mulheres, podendo nos remeter
ao fato de que as mulheres podem ser mais susceptivelmente influenciadas pela cultura e pela
mídia atuante, que pregam a magreza como sinônimo de beleza, aumentando a probabilidade
de atitudes alimentares anormais.
Dentre as categorias que estão inseridas no questionário EAT-26, encontramos na
categoria de Controle Oral, que demonstra o alto controle em relação aos alimentos e
reconhece forças sócias no ambiente que estimulam a ingestão alimentar, onde o curso que
mais apresentou essa alteração foi o de Enfermagem, correspondendo apenas a 2
participantes. Já na categoria da Escala da Dieta, onde observamos muitos comportamentos
anoréxicos, podemos dizer ser a escala com maior número de pessoas, no total de 74, onde os
cursos que apresentaram 100%, foram Educação Física, Estética, Medicina e Nutrição. E a
escala da Bulimia, apresentou apenas duas pessoas.
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É importante ressaltar que esses comportamentos não se apresentam de forma
cartesiana e muitas vezes se mesclam entre mais de um tipo, como foi averiguado em duas
situações nesta pesquisa.
Em relação ao conhecimento sobre tema Distúrbios Alimentares, podemos inferir
sobre o saber popular que é transmitido através das mídias, porém os cursos analisados fazem
parte do contexto da saúde, o que permite um maior pool do saber. Com destaque para o curso
de Nutrição com 98% dos pesquisados. O curso de Educação Física apresentou-se com 88%,
um pouco abaixo da referência, talvez pelo fato de a maioria desses participantes estarem
cursando ainda o segundo semestre. E o curso de Visagismo com 84%, por não abordar esse
tema em seu currículo escolar.
Segundo Nunes e cols (NUNES et al., 1998), muitos pacientes com transtorno
alimentar apresentam histórico de transtornos afetivos (depressão), dinâmica familiar
comprometida, problemas com o peso corporal e vulnerabilidade a um contexto cultural que
se excede na valorização da forma física. Podemos ainda questionar o conhecimento
aprofundado sobre os alimentos, hábitos e dietas que estes alunos estão inseridos, que pode
mascarar a produção de possíveis e futuros transtornos alimentares.
Em relação a suplementação alimentar houve um resultado significativo, onde o uso
desses suplementos com shakes, chás e vitaminas aumenta em 2.6 vezes a chance de existir
alguma alteração alimentar, os cursos de Nutrição e Estética , foram os que apresentaram
maior contato com esses itens alimentares. De acordo com Alves e cols (2008), o uso
irrestrito de suplementos dietéticos deve ser desaconselhado, devido a exposição a vários
efeitos adversos, a falta de evidência dessa prática em relação a um bom desempenho e que
esta prática deve ser reservada para atletas competitivos que não consomem uma dieta
balanceada, após uma comprovação de alguma deficiência específica. Além disso,
verificamos nessa pesquisa que os suplementos usados referidos como Whey Protein,
albumina, creatina, BCAA (Branch Chain Amino Acids) possuem pouca evidência quanto ao
seu benefício. Tendo em vista, a discordância no cenário brasileiro que discute as formas de
regimento diante da aprovação pela ANVISA onde a vigilância e comércio desses alimentos e
suplementos são normatizados, foi realizado um Anteprojeto de Lei, escrito pelo Centro de
Pesquisa e Estudos de Direito Sanitário-CEPEDISA/USP, porém, a Associação Brasileira dos
Fabricantes de Suplementos Nutricionais e Alimentos para fins Especiais (BRASNUTRI)
discorda desse projeto em alguns pontos, como por exemplo, referem uma maior
burocratização para a veiculação de novos produtos, seria necessário implementação de
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parâmetros para verificação dos limites superiores de ingestão máximos de cada substância,
são contra a proibição de produtos importados, o que geraria prejuízos, e produtos atualmente
dispensados de registro, terão que passar pelo procedimento burocrático e moroso de
aprovação. Essa discussão perante as regulamentações, encontram-se apenas no início, pois
ainda necessitam de um árduo período de aprovação como Lei Federal, tendo como prejuízo
o seu uso indiscriminado e sem conhecimento quanto suas propriedades no corpo humano.
CONCLUSÃO
O estudo permitiu traçar o perfil dos universitários da área da saúde em relação as suas
características alimentares. Segundo o EAT-26, houve predominância do perfil anoréxico e,
além disso, o que também merece atenção são os possíveis fatores de risco associados: uso de
medicamentos, suplementos alimentares e trauma psicológico. Sugerimos que a universidade
implemente a utilização do EAT-26 em suas atividades práticas ambulatoriais na tentativa de
identificar possíveis transtornos alimentares, possibilitando a consolidação de um serviço de
atendimento psicológico e nutricional de suporte aos alunos que necessitarem.
REFERÊNCIAS
1 Cuppari L, Schor N. Guias de Medicina Ambulatorial e Hospitalar - Nutrição: Nutrição
Clínica No Adulto. 3ª ed. São Paulo: Manole; 2005.
3 Garner DM, Garfinkel PE, Olmsted MP, Bohr Y. The Eating Attitudes Test: psychometric
features and clinical correlations. Psychol Med. 1982;12(4):871-878.
5 Nunes MA, et al. Transtornos alimentares e obesidade. Porto Alegre: Artmed; 1998.
6 Alves C, Lima RV. Dietary supplement use by adolescents. Jornal de Pediatria. 2009;
85(4):287-294.
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