Relatório Plágio - GABRIELA
Relatório Plágio - GABRIELA
Relatório Plágio - GABRIELA
Resumo
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Termos comuns: 125
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UNIVERSITÁRIO - CAMPUS
Sinop/MT
2021
Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado à Banca Avaliadora do curso de Psicologia ? UNIFASIPE, Campus de
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Sinop-MT, como requisito para a obtenção do título de bacharel em Psicologia.
Especialista em Psicologia clínica Cognitivo Comportamental, Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto,
FAMERP.
Sinop/MT
2021
Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado à Banca Avaliadora do curso de Psicologia ? UNIFASIPE, Campus de
Sinop-MT, como requisito para a obtenção do título de bacharel em Psicologia.
Aprovado em ___/___/_____
_________________________________________
Professora Orientadora
_________________________________________
_________________________________________
______________________________________
Sinop/MT
2021
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DEDICATÓRIA
A minha admirável mãe Viviana, que sempre me apoiou, incentivou e acreditou no meu potencial, mesmo nos
momentos de dificuldades permaneceu ao meu lado.
AGRADECIMENTOS
Gratidão a Deus pelo dom da vida e pelas oportunidades que concedeste a minha existência.
A minha mãe Viviana que com muito amor, dedicação e paciência sempre auxiliou na minha trajetória de vida.
A minha amiga Ewellin que esteve comigo durante toda graduação de Psicologia, pelo seu companheirismo, pelos
estudos e por sua amizade.
A minha professora e orientadora Marli Chiarani, por transmitir seu conhecimento com excelência e doçura.
A minha professora e orientadora Carla Florido Bertocco que através de seus conhecimentos, me inspirou e me
motivou a ser uma profissional de sucesso.
?Um dia, quando olhares para trás, verás que os dias mais belos foram aqueles em que lutaste?.
(Sigmund Freud)
RESUMO
Novas ferramentas e novas abordagens vêm auxiliando na construção de mudanças significativas no comportamento
alimentar e novos hábitos, considerando que, por muito tempo, o tratamento nutricional, visto como sendo o
tradicional, auxiliou pessoas na perda de peso, entretanto na atualidade, a Psicologia vem se destacando e
proporcionando acréscimos ao processo de emagrecimento, tornando-se mais saudável e duradouro. Quando se
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compreende as influências dos pensamentos, é possível identificar a razão dos comportamentos. O instrumento de
estudo utilizado neste trabalho fundamentou-se em dois procedimentos de pesquisa, sendo o primeiro realizado por
intermédio de uma análise bibliográfica, para o embasamento dos conteúdos envolvidos, enquanto o segundo refere-
se a uma pesquisa de cunho qualitativo, sustentada a partir de um problema estabelecido, acerca de um questionário
que buscou investigar e apresentar informações a respeito da perspectiva do público feminino adulto sobre as
contribuições da psicologia no processo de emagrecimento.
A pesquisa foi realizada no município de Sinop-MT e apresentou temáticas relacionadas à psicologia, através de um
questionário online, considerou a população amostra apenas mulheres adultas, pertencendo a faixa etária entre 23 a
58 anos. Os resultados obtidos evidenciaram quanto a condição de escolaridade, sendo a maior parte da população
amostra apresentaram ensino superior completo, onde esse índice reflete diretamente no resultado da pesquisa,
demonstram preocupação não apenas com as questões relacionadas a saúde física, mas também com a saúde
mental, estar bem consigo mesmo para evoluir no processo de emagrecimento e alcançar o objetivo, isto indica a
importância da atuação do profissional da psicologia no emagrecimento.
ABSTRACT
Keywords:
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico II: Compreensão a respeito do público feminino estar mais suscetível a desenvolver problemas relacionados
ao sobrepeso e a obesidade.............................................................42
Gráfico III: Fatores de risco que podem vir a influenciar no excesso de peso.......................43
Gráfico VIIII: Consideração sobre o consumo alimentar ser uma forma de alívio das
emoções.....................................................................................................................................53
Gráfico X: O acompanhamento psicológico auxilia na determinação do processo de
emagrecimento..........................................................................................................................55
Gráfico XI: Pensamentos sabotadores no processo de emagrecimento...................................58
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LISTA DE QUADROS
SUMÁRIO
1.INTRODUÇÃO..................................................................................................................... 9
1.1 Problematização............................................................................................................... 10
1.3 Justificativa....................................................................................................................... 11
1.4 Objetivos........................................................................................................................... 11
2 REVISÃO DE LITERATURA......................................................................................... 12
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS.................................................................... 33
3.1. Tipo de Pesquisa.............................................................................................................. 33
3.2. População e Amostra...................................................................................................... 34
APÊNDICE..............................................................................................................................68
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CAPÍTULO 1
1. INTRODUÇÃO
O avanço da modernidade contribuiu na vida humana para o melhor desenvolvimento e eficácia dos processos,
produtos e serviços, os quais já estavam caminhando para uma evolução, a tecnologia auxilia no cotidiano das
pessoas, possibilitando uma conexão mais rápida e com facilidade em obter e reproduzir informações.
Com a propagação de tantas informações, em uma era digital e o livre acesso a diversos conteúdos, popularizaram-
se conhecimentos que antes eram delimitados apenas por profissionais, pessoas capacitadas, tais informações eram
obtidas através de uma graduação e atualmente a título de exemplo, as pessoas se alto medicam, realizam variados
tipos de dietas e muitas vezes sem o auxílio de um profissional, dessa maneira em busca de manterem uma imagem
física atraente e de acordo com os padrões sociais, visto que acabam desconsiderando a importância do alto cuidado
com as questões psicológicas e de saúde mental (VILAÇA; ARAÚJO, 2016).
Levando em consideração que o estilo de vida do público feminino se torna cada vez mais parecido aos dos homens,
no sentindo de conciliar as atividades familiares, domésticas e profissionais, nota-se que devido as constantes
mudanças nas condições de vida, a busca por padrões sociais tem provocado angústias e sofrimentos a curto e a
longo prazo (CYRINO, 2009).
Oliveira (2007) considera que existem problemas relacionados a saúde mental das mulheres, as quais vêm sendo
evidenciados por meio de condições psicossomáticas, ou seja, o que a psique humana não consegue solucionar,
através do conteúdo cognitivo, afeta diretamente no corpo, visto que, a busca constantemente pelo bem-estar físico e
pela aparência conforme os padrões impostos por uma sociedade em constante mudança e desenvolvimento,
alteram o processo psíquico quando não alcançados, levando a frustação.
Tendo em vista, que expectativa de vida da mulher torna-se maior que a do homem, devido a sua maior consciência
sobre as questões relacionada com o autocuidado com a saúde e o bem-estar físico e mental, tal preocupação que
elas têm consigo mesma pode ser um fator relacionado a viver mais tempo (PAPALIA; FELDMAN, 2013).
O fato de estar acima do peso vem causando sofrimento em milhares de mulheres todos os dias, os dados segundo
o IBGE demonstram que o sexo feminino se encontra o mais acometido pelo excesso de peso e a obesidade
(BRASIL, 2020). Existem diversos fatores que podem vir a influenciar no excesso de peso, dentre eles, hábitos
alimentares, eventos estressores, questões de genética, disfunções hormonais, sedentarismo e fatores psicológicos.
Levando em consideração que todo ser humano possui uma história de vida, encontra-se inserido em uma
determinada cultura, traz consigo em seu DNA a genética de sua família, esses são aspectos únicos e que
constituem a parte da subjetividade de cada um, de acordo com esse raciocínio foi realizado um estudo direcionado
as contribuições da Psicologia por meio de habilidades técnicas, ferramentas e a atuação do Psicólogo no auxílio de
novos hábitos alimentares e na promoção da saúde mental na perda de peso.
Problematização
O excesso de peso e a obesidade são demandas que envolvem questões de saúde pública, visto que, essas
condições são a porta de entrada para o aumento do risco de uma série de problemas de saúde, como diabetes,
problemas de coração, câncer e condições psicológicas, as quais podem vir a acarretar na distorção da imagem
física, maior prevalência de ansiedade e isolamento social, principalmente no público feminino.
A mente e o corpo estão em constante busca pelo equilíbrio, seja físico ou mental, para enfrentar um processo de
emagrecimento é necessário que ambos estejam em harmonia, diante desta perspectiva, pode-se dizer que ao se
referir as questões relacionadas a mente-corpo, recorda-se do objeto de estudo da Psicologia, enquanto ciência
investigar sobre os assuntos relacionados ao comportamento humano e processos mentais, desta forma,
formularam-se as seguintes questões para serem respondidas nesta pesquisa: Qual a percepção do público feminino
adulto sobre as contribuições da Psicologia no emagrecimento? Para manter-se firme nas estratégias de
emagrecimento é importante ter o acompanhamento psicológico?
1.3 Justificativa
As emoções são manifestadas de maneira individual, visto que um mesmo estímulo pode se apresentar de forma
semelhante para as pessoas, o que vai alterar são as condições com que as emoções são vivenciadas e a
determinação do comportamento.
O princípio de uma ação está no pensamento, acompanhado de uma reação emocional, imediatamente emite uma
resposta, isto é resultado de um comportamento. Tanto no excesso de peso, quanto na obesidade esse conteúdo
cognitivo de que todo comportamento inadequado, principalmente na alimentação, precede de um pensamento,
considera a importância de ser investigado, para que haja mudanças significativas na perda de peso.
A necessidade de se alimentar é uma questão de sobrevivência ou fisiológica, quando se está com fome o
organismo utiliza de mecanismos para que o corpo se mantenha em estado de equilíbrio e conserve o nível de
energia, para que o indivíduo possa realizar atividades.
Neste aspecto, o presente estudo busca refletir sobre as possíveis contribuições da Psicologia no processo de
emagrecimento.
1.4 Objetivos
1.4.1 Objetivo Geral
Investigar e apresentar as perspectivas do público feminino adulto sobre as contribuições da psicologia no processo
de emagrecimento.
Evidenciar com bases bibliográficas técnicas e ferramentas de uso da psicologia, na abordagem cognitivo
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comportamental no emagrecimento;
CAPÍTULO 2
2. REVISÃO DE LITERATURA
Neste capítulo, será apresentada a revisão de literatura, fundamentada por autores e temas que abrangem o
presente trabalho, evidenciando os conteúdos essenciais para a resolução do problema estabelecido.
É fundamental descrever de forma objetiva sobre os principais temas que envolvem a Psicologia enquanto ciência e
profissão.
No fim do século XIX, a Psicologia ampliou-se enquanto ciência, seu desfecho partiu da Filosofia em conjunto com
outras ciências, nessa perspectiva ?um conhecimento, para ser considerado científico, requer um objeto específico
de estudo? (BOCK; FURTADO; TEIXEIRA, 2009, p. 25).
Na visão de Bock, Furtado e Teixeira (2009), a psicologia é uma área do conhecimento humano, a qual seu objeto de
estudo é o comportamento humano, que responde por meio de estímulos internos e externos ao longo da vida e suas
funções metais, representadas pelo pensamento, linguagem, emoções e entre outras.
Segundo os autores Bock, Furtado e Teixeira (2009), mencionam que o estudo da Psicologia, permite exclusividade
em sua forma, colaborando para o estudo do comportamento subjetivo de cada um, essa síntese, subjetividade, não
nasce com o indivíduo, ela se constitui através das vivências e das experiências no decorrer da vida, o ser humano
vai se estruturando, por meio do pensar, do sentir e do se comportar, mediante as suas interações sociais.
É entre os filósofos gregos que surge a primeira tentativa de sistematizar uma Psicologia. O próprio termo psicologia
vem do grego psyché, que significa alma, e de logos, que significa razão. Portanto, etimologicamente, psicologia
significa estudo da alma. A alma ou espírito era concebida como a parte imaterial do ser humano e abarcaria o
pensamento, os sentimentos de amor e ódio, a irracionalidade, o desejo, a sensação e a percepção (BOCK;
FURTADO; TEIXEIRA, 2001, p. 41).
O estudo no campo da Psicologia, em conformidade com Bock, Furtado e Teixeira (2009) mencionam a participação
na construção do conhecimento científico, através dos principais autores, que até os dias de hoje influenciam por
meio de suas teorias, entre eles é relevante citar, John Broadus Watson, Burrhus Frederic Skinner, Sigmund Freud,
Carl Gustav Jung, Carl Rogers e entre outros.
No Brasil, no ano de 1962 a Psicologia foi reconhecida como profissão, antes mesmo de ter sido sancionada pela Lei
n° 4119, seus estudos já se encontravam evidentes no âmbito da Saúde, da Educação e do Direito (SOARES, 2010).
No âmbito de atuação, a Psicologia possibilita explorar um amplo campo de execução com diversas abordagens em
diferentes áreas, tendo como exemplo, a Psicologia Organizacional, Psicologia Jurídica, Psicologia Clínica,
Psicologia do Esporte e Psicologia Hospitalar. A principal relevância na edificação do presente trabalho, é a
Psicologia Clínica, com ênfase na abordagem Cognitiva Comportamental, levando em consideração a importância da
atividade do Psicólogo dentro das áreas citadas, atuando com a aplicação de métodos científicos para compreender
o ser humano em sua totalidade, promovendo através de um processo de ressignificação, melhora na qualidade de
vida, saúde e bem-estar.
A transformação da Saúde mental no Brasil se apresentou por intermédio da Reforma Psiquiátrica, foi um movimento
que modificou a concepção de que o doente mental representava perigo a sociedade, inicialmente o foco da
assistência era direcionado a doença em si, posteriormente com o desenvolvimento de novos modelos de políticas
públicas em saúde mental, os recursos terapêuticos e o foco começaram a ser concentrado no sujeito, isto é, em sua
totalidade e subjetividade (EMERIM; AMBON, 2011).
Atualmente como forma de conscientizar a população da importância dos cuidados com a mente, instituiu-se um
determinado mês do ano, como sendo ?Janeiro Branco?, para promover a saúde psíquica, fazendo com que as
pessoas se tornem mais conscientes sobre essas questões, tendo a oportunidade de procurar auxílio em casos de
necessidade e colaborar com alguém que esteja passando por um processo de sofrimento. O intuito do Conselho
Federal de Psicologia (CFP, 2017) sobre o ?Janeiro Branco?, é incentivar a população a procurar pela psicoterapia
para a promoção da saúde mental e as questões do sofrimento psíquico.
No que diz respeito a síntese sobre saúde mental, pode-se dizer que representa a capacidade de expressar
necessidades e desejos, visto que são consideradas as questões como ações e situações do cotidiano, sendo assim,
o autor Galli elucida saúde mental como sendo:
Um estado de relativo equilíbrio e integração entre os elementos conflitivos constitutivos do sujeito, da cultura e dos
grupos, com crises previsíveis e imprevisíveis, registrado objetiva e subjetivamente, no qual as pessoas ou os grupos
participam ativamente em suas próprias mudanças e nas do contexto social (GALLI, 1990, p. 34).
Perante essa consideração, do ponto de vista de outro autor, a saúde mental não se fundamenta apenas nos estudos
dos transtornos mentais, mas como sendo um conjunto de elementos que se caracteriza e justifica as questões que
envolvem a história de vida que cada um traz consigo e as experiências vivenciadas, isto é, está relacionado com a
cultura que se faz presente, a demanda religiosa e as questões de ética e moral que envolvem a sociedade
(AMARANTE, 2007).
O Governo Federal investiu em ações de Política Nacional de Saúde Mental no Brasil, a qual foi organizada e é
estruturada pelo Ministério da Saúde, essa política viabiliza o planejamento de estratégias e diretrizes que prestam
assistência as pessoas que necessitam dos cuidados relacionados a saúde mental, uma vez que substituem a
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priorização de internações psiquiátricas e hospitalização, por um novo modelo de reformulação mais consciente e
humanizado, a manifestação acontece por intermédio de uma política onde o sujeito é incluso na sociedade
(BRASIL, 2005).
Em virtude disso, em uma cartilha o Ministério da Saúde destaca que a promoção da saúde mental é resultado de
intervenções, assim sendo:
As intervenções em saúde mental devem promover novas possibilidades de modificar e qualificar as condições e
modos de vida, orientando-se pela produção de vida e de saúde e não se restringindo a cura de doenças. Isso
significa acreditar que a vida pode ter várias formas de ser percebida, experimentada e vivida. Para tanto, é
necessário olhar o sujeito em suas múltiplas dimensões, com seus desejos, anseios, valores e escolhas (BRASIL,
2013, p. 24).
No caso do presente trabalho, a demanda está relacionada as questões de emagrecimento do público feminino,
nesse processo é possível deparar-se com as pré-disposições a quadros de ansiedade, estresse e depressão, visto
que na tentativa de modificar o comportamento alimentar inadequado na perda de peso, essas condições tendem a
se manifestarem (DE LIMA; OLIVEIRA, 2016).
A ansiedade encontra-se evidente em diversos âmbitos da vida, é uma resposta emocional, a qual representa um
gatilho de alerta, constituído por ideias disfuncionais, modificação no comportamento e manifestações físicas, que
causam sofrimento (BARCELLOS et al., 2017).
Segundo Sampaio (2014, p. 3) a ansiedade está associada ao sobrepeso e a obesidade, pois, é um sintoma
frequente nesses quadros, quando manifestada pode interferir ?negativamente no tratamento e sua identificação
pode ajudar a melhorar a adesão a hábitos de vida mais saudáveis, facilitando a perda de peso e evitando o seu
reganho?.
Outro aspecto que dificulta o processo de emagrecimento, é o estresse psicológico que favorece o ?aumento da
ingestão de alimentos, para a alimentação emocional, a compulsão alimentar, a falta de exercício e o controle do
apetite ruim? (ABESO, 2016, p. 99).
De acordo com o Ministério da Saúde do Brasil a ocorrência de sintomas depressivos podem estar relacionados a
alteração do humor, comprometendo o interesse da pessoa em realizar atividades habituais, logo no emagrecimento,
provoca baixa autoestima, culpa, sentimento de inutilidade e até mudança na psicomotricidade, neste momento,
torna-se possível que se o paciente não estiver em acompanhamento de uma equipe multidisciplinar ele deseje
desistir e abandone o tratamento (BRASIL, 2018).
Além disso, a Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO) faz referência em um trecho de uma nota como
um fator de responsabilidade em especial das mulheres, por um padrão alimentar atual:
A questão de gênero na partilha dos afazeres domésticos: por exemplo, a entrada da mulher no mercado de trabalho
não foi acompanhada de uma redefinição das responsabilidades em relação a esses afazeres, levando a uma grande
sobrecarga de trabalho para ela. Assim, ao contrário do que recorrentemente se divulga, não é a presença legítima
da mulher no mercado de trabalho, ou em qualquer outro espaço social, que levou à piora da alimentação das
famílias. É, sim, a concentração da responsabilidade do cuidado das famílias e das crianças sobre a mulher que
continua gerando duplas e até triplas jornadas de trabalho. A resistência de um padrão cultural desigual repercute na
vida de todas e todos (ABRASCO, 2017).
?A prática de dietas e regimes estendeu-se como nunca antes perante populações preocupadas obsessivamente
com a imagem do corpo e com preceitos de comportamento saudável? (CARNEIRO, 2003, p. 55).
A construção por padrões de beleza e estar em forma escondem por meio de concepções ideológicas uma política
elitista e social, mediante aos meios de comunicação ela se faz presente e na medida em que o padrão estético-
corporal não se encaixa, o resultado advém de uma exclusão (FLOR, 2009).
Na sociedade atual, o corpo é considerado um arquétipo, Fischler (1995) demonstra que essa construção por um
padrão, é decorrência de uma coerção social, visto que, exerce sobre o indivíduo o sentimento de aceitar que
acompanhar esses padrões, logo impostos, não dependem de suas escolhas e vontades, por consequência se
caracteriza em forma de repressão, por não se sentir parte de um todo.
?Consumir, nos séculos XVII, XVIII ou XIX, tem um sentido totalmente diferente de consumir do final do século XX e
começo do XXI? (COSTA, 2005, p.132), com a consolidação da urbanização, o ato de consumir evoluiu e na
sociedade moderna está relacionado com os padrões do estilo de vida.
Costa (2005) ressalta que o ato de consumir está relacionado com as condições de um comportamento apenas em
conquistar produtos supérfluos, em determinados momentos, essa busca por adquirir representa sinônimo de
compensação emocional.
Compreende-se que ?os indivíduos não consomem para satisfazer desejos que ignoram, mas para serem obrigados
a adquirir no mercado capitalista o que sabem que precisam ter para sobreviver? (COSTA, 2005, p.156).
Costa (2005) ressalta que o termo consumo possui um significado amplo, direcionado às questões voltadas para o
comportamento de adquirir objetos desnecessários, ora um modelo de satisfação emocional do comprador.
Atualmente, as questões do estilo de vida e o bem-estar são assuntos recorrentes de estudos e análise, visto que, os
parâmetros a serem seguidos são aqueles que a sociedade contemporânea apresenta ser adequado, caraterizado
pela perda de valores, onde existem inúmeras possibilidades e que a ilustração corporal acaba sendo a
representação de felicidade e satisfação (BAUMAN, 2011).
Ainda de acordo com o autor Costa (2005, p. 131) ?dois fenômenos sociais captaram a atenção da vida urbana, na
última década: o chamado culto ao corpo e a violência. O primeiro é, sobretudo, uma preocupação dos grupos
economicamente privilegiados; o segundo, uma preocupação de todos?.
?O culto ao corpo vem produzindo uma obsessão pela forma e pela saúde, que se transformou em uma verdadeira
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hipocondria cultural? (COSTA, 2005, p. 131).
Segundo Bauman (2011), a qualidade de vida atualmente está fundamentada em um pressuposto do aqui e do
agora, o qual vem causando estresse e influenciando no modo como as pessoas têm direcionado suas vidas, pela
busca de momentaneamente satisfazer suas necessidades e desejos.
Considerando que existem estudos que demonstram que o cérebro procura sempre obter prazer nas atividades
realizadas, é possível compreender que o ser humano sustenta uma incessante procura pela felicidade e satisfação,
com isso acaba comprometendo a saúde mental, logo refletindo na saúde física, visto que, é improvável manter-se
em estado de satisfação a todo o momento (GERMER, 2011).
O capitalismo exige dos indivíduos a necessidade de produtividade constantemente, uma vez que se faz necessário
apresentar resultados, devido a um conjunto de estímulos que diariamente o ser humano é exposto, fatores internos
e externos que influenciam diretamente no cotidiano do público feminino, vem sensibilizando a qualidade do sono e
interferindo no principal elemento que sustenta os seres humanos vivo, à alimentação, que quando ingerida de forma
inadequada compromete as questões de saúde, levando em consideração a obesidade e suas comorbidades como
sendo um problema de saúde pública (BENDASSOLLI, 2000).
Alimentação diz respeito à ingestão de nutrientes, mas também aos alimentos que contém e fornecem os nutrientes,
a como alimentos são combinados entre si e preparados, às características do modo de comer e às dimensões
culturais e sociais das práticas alimentares. Todos esses aspectos influenciam a saúde e o bem estar (DERAM,
2018, p. 24).
Em uma questão nutricional existem três grupos de alimentos, que possuem nutrientes que regulam o metabolismo,
logo beneficiam na saúde física, contribuindo para a realização das atividades do cotidiano, são eles: energéticos,
construtores e reguladores (DERAM, 2018).
Deram (2018) faz referência aos alimentos energéticos como sendo aqueles que possuem fonte de energia
necessária para desempenhar as funções básicas do funcionamento do organismo, isto é, gordura e carboidratos, a
título de exemplo são: farinhas, macarrão, arroz, manteiga e óleos.
Em contrapartida, os alimentos construtores são nutrientes da proteína, a qual é responsável por estimular o
desenvolvimento e a reparação dos ?tecidos do corpo?, sendo eles os órgãos, pele, cabelo, músculos e ossos,
assim são encontrados em todos os tipos de carnes, derivados do leite e leguminosas (DERAM, 2018, p. 43).
Enquanto os nutrientes reguladores são constituídos por ?vitaminas e mineras?, que se apresentam nas diversas
reações químicas, quando o organismo absorve tudo o que é necessário, logo elimina o que não precisa, sendo
assim, esses micronutrientes equilibram o funcionamento do corpo, colaborando para a formação de tecidos e ossos,
esses nutrientes são encontrados nos legumes e frutas (DERAM, 2018, p. 43).
?O corpo é uma máquina magnificamente afinada, programada para metabolizar carboidratos, proteínas e gordura?
(WOODMAN, 2020, p. 77). Nesta perspectiva, o cérebro possui uma região denominada de hipotálamo, que regula
toda a atividade hormonal do corpo, a título de exemplo, ele controla e coordenada o apetite e o ciclo menstrual da
mulher. Quando o nível de glicose no sangue diminui, uma mensagem é enviada ao hipotálamo, logo se manifesta
em reações corporais, ou seja, contrações no estômago, automaticamente o cérebro interpreta essa informação
como sendo fome (WOODMAN, 2020).
Muito se confunde sobre fome e apetite, o autor Tepperman (1974) citado por Woodman, diferencia a fome como
sendo ?a percepção da necessidade de ingerir alimentos, podendo ser acompanhada por um complexo conjunto de
fenômenos, incluindo pontadas, salivação antecipativa, aumento do comportamento de busca de comida? (2020, p.
79).
Em outras palavras, em um dado momento um impulso de ordem fisiológica tende a ser satisfeito, enquanto o apetite
é o desejo de se alimentar, podendo perdurar após ser saciado com alimentos e está relacionado com as questões
emocionais, visto que ?quando a comida preenche necessidades emocionais, a saciedade ou não é reconhecida ou
é ignorada fisiologicamente? (WOODMAN, 2020, p. 79). Deste modo, é possível comparar a comida como uma
forma de analgésico, a qual alivia a dor em um determinado momento (WOODMAN, 2020).
?A sensação fisiológica pelo qual o corpo percebe que necessita de alimento vai além das necessidades biológicas,
alimentar-se é uma expressão dos variáveis desejos humanos e cuja satisfação não obedece apenas ao curto trajeto
que vai do prato à boca? (CARNEIRO, 2003, p. 1).
Os autores Ferreira e Meier (2012) consideram que o comer para saciar a fome vai além da função fisiológica,
levando em consideração que o organismo funciona por meio de ligações, sendo que o sistema é interdependente,
dessa maneira o ato de comer pode ser percebido através dos órgãos dos sentidos: visão, olfato, tato, audição e
paladar.
Rodrigues (2019) ilustra que o comportamento alimentar resulta de um conjunto de pensamentos e emoções, que
simbolizam a capacidade de frequentemente compensar, satisfazer, tranquilizar, descontrair e mesmo punir. Nesse
aspecto, existem diferentes formas de manifestar a fome, capaz de influenciar na qualidade e na quantidade de
alimentos ingeridos:
A fome visual é aquela que ao preparar a refeição de forma organizada satisfaz aos olhos do indivíduo, manifestando
nele sentimentos que o agradam, isso faz com que ele deslumbre os alimentos, através da rede social também é
possível que esse estímulo visual intensifique a vontade de comer (RODRIGUES, 2019).
Enquanto a fome pelo olfato é emitida através do aroma dos alimentos, pode estimular tanto o ato de comer, como
de repelir, nessa perspectiva, ?o processo de digestão também passa pelo olfato?, ao identificar o cheiro dos
alimentos antes de ingeri-los (RODRIGUES, 2019, p. 36).
?Cada sabor, textura e temperatura em nossa boca são bons exemplos para se observar quais sensações ocorre,
assim como a constante necessidade de mastigar algo, mesmo sem fome? (RODRIGUES, 2019, p. 36) através
dessa manifestação a qual acontece sem que perceba, encontra-se a fome da boca.
Rodrigues (2019) destaca que ao tocar os alimentos não é diferente, se faz presente à demonstração do tato, como
sendo um tipo de fome palpável, percebe-se a necessidade de identificar o alimento, quanto a isso, interfere na
forma como satisfaz a sensação de se alimentar e na porção que se consome.
Os objetos podem demonstrar interações diretas com o sentido da audição, estimulando no comportamento
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alimentar, visto que, ao ser atraído pelo som, a título de exemplo dos talheres, pratos ou até mesmo o barulho da
panela, é provável remeter-se ao ruído de que se apresenta uma suposta refeição, logo identifica-se a fome do
ouvido (RODRIGUES, 2019).
A fome do estômago pode ser caracterizada por meio de ruídos e movimentos, denominado como borborigmo, é
quando o intestino e o estômago contraem, aumentando à quantidade de hormônios correspondente a fome
(RODRIGUES, 2019).
Segundo Rodrigues (2019) a fome do corpo é aquela que exerce sobre o organismo um instinto de sobrevivência,
nessa é mais complexa de se perceber, mas pode ser identificada tendo como exemplo quando se está resfriado,
logo não sente a necessidade de consumir água, isso acaba refletindo na boca seca.
O estresse e as preocupações podem ser influenciados por pensamentos disfuncionais, que contribuem na forma
como se relaciona com as emoções, logo comprometendo no comportamento, ora se nutre com alimentos saudáveis,
em oposição consome alimentos prejudiciais, o tipo de fome da mente é comum quando as pessoas se encontram
em processo de emagrecimento, onde alguns alimentos são evitados ou consumidos em pequenas quantidades
(RODRIGUES, 2019).
A vontade de comer determinados alimentos remetem a lembranças e a uma cultura, visto que a memória ?é a
capacidade de codificar, armazenar e evocar as experiências, impressões e fatos que ocorrem em nossas vidas.
Tudo o que uma pessoa aprende em sua existência depende intimamente da memória? (DALGALARRONDO, 2019,
p. 129).
A fome do coração está conectada com as experiências vivenciadas, quando a partir delas emoções são evocadas,
isto acontece ao transferir os sentimentos sejam eles positivos (amor, felicidade, esperança e gratidão), como
negativos (raiva, medo, culpa, tristeza) para os alimentos, uma vez que ao ingerir esses nutrientes a pessoa
preenche suas necessidades emocionais, logo o ato de se alimentar é envolvido por um desejo não satisfeito
(RODRIGUES, 2019).
Sobrepeso e Obesidade
?O aumento do peso não é uma simples questão de comer em demasia, pode haver, por trás de quaisquer distúrbios
metabólicos, tanto causas de ordem fisiológica como causas de natureza psicológica? (WOODMAN, 2020, p. 15),
assim observa-se o seguinte ponto de vista, ?o peso não é apenas uma carga que temos que carregar, é uma
consequência do nosso estilo de vida, do que somos, de como pensamos e agimos? (FERREIRA; MEIER, 2012, p.
9).
Com a facilidade que a modernidade se apresenta, os hábitos alimentares passaram a ser inadequados, devido ao
fator associado ao sedentarismo, que contribui para o aumento significativo do peso, em uma sociedade em
constante desenvolvimento, às questões do excesso calórico de determinados alimentos processados e o aumento
das taxas energéticas, com elevadas quantidades de carboidratos e gorduras em uma mesma refeição (COUTINHO;
DUALIB, 2007).
O sedentarismo é uma tendência que se encontra evidente em relação ao aumento do sobrepeso e da obesidade,
caracterizada pela inexistência da prática de atividades físicas no cotidiano, resultado disso acontece por meio da
redução do gasto de calorias consumidas, ao longo do dia (PEREIRA; FRANCISCHI; LANCHA, 2003).
A Organização Mundial de Saúde (OMS) define a obesidade como sendo uma condição humana prejudicial à saúde
física e psíquica, colaborando com o aumento da gordura corporal, isto é, caracterizada como um distúrbio
multifatorial que compromete o estilo de vida (BRASIL, 2017).
Dalgalarrondo evidencia que ?a obesidade é mais frequente em indivíduos de baixo nível socioeconômico e do sexo
feminino e em sociedades industrializadas e urbanas, bem como culturas nas quais a atividade física não é
predominante? (2019, p. 397).
Em concordância com Mancini et al (2015, p. 95) para identificar se uma pessoa se encontra com excesso de peso
ou obesidade, ?são realizados por meio do índice de massa corporal (IMC), calculado pela razão entre o peso (em
quilogramas) e o quadrado da altura (em metros)?. O IMC é considerado uma ferramenta compreensível e de fácil
execução, principalmente se for utilizada na realização de uma maior amostragem populacional.
Nesta perspectiva, verifica-se que quanto maior for o número do IMC de uma pessoa, maior a possibilidade de
apresentar comorbidades como, diabetes, hipertensão, câncer e outras doenças de ordem psicológicas, sendo
ansiedade, depressão e transtornos alimentares (DE LIMA; OLIVEIRA, 2016).
Para identificar a classificação do Índice de Massa Corporal, a Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e
Síndrome Metabólica (ABESO), sugere o seguinte:
Por intermédio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, divulga os resultados da Pesquisa Nacional
de Saúde - PNS 2019, realizada em convênio com o Ministério da Saúde, determinando que a obesidade enquanto
doença crônica atinge 29,5% das mulheres, ao mesmo tempo em que considera 21,8% dos homens, em
contrapartida o sobrepeso alcança 62,6% no público feminino e 57,5% no público masculino (BRASIL, 2020).
Ainda com base no autor acima referido, ao longo da vida as preferências alimentares se constituem biologicamente,
no entanto, com as experiências sociais, culturais, costumes tradicionais impostos pelo seio familiar, crenças e
referências da mídia, principalmente o público feminino sofre influencias sobre as questões de beleza, alterações no
comportamento alimentar, levando em consideração sérios prejuízos clínicos (2015).
Os fatores genéticos e familiares contribuem para os distúrbios de ordem alimentar, os quais podem adquirir
influencias hereditárias por meio de uma transmissão genética, como da mesma forma, geralmente o ambiente
familiar manifesta divergências entre os membros, resultado de uma experiência comportamental, por diversas
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questões como dificuldades na comunicação, problemas de saúde, privações financeiras, dificuldades relacionadas
ao consumo de álcool, ausência dos responsáveis, seja mediante as condições de divórcio ou falecimento
(PEIXOTO, 2012).
Ainda com base no autor Peixoto (2012), a família exerce sobre o indivíduo a responsabilidade de ensinar e orientar
sobre as circunstâncias da vida, sobre certo e errado, bom ou ruim, visto que em um ambiente familiar, onde os
responsáveis são exageradamente preocupados e superprotegem, há possibilidades de influenciar no processo de
desencadear futuros distúrbios alimentares, comprometendo o fortalecimento das habilidades sociais.
Levando em consideração os fatores biológicos, Peixoto (2012, p. 37) evidencia que as ?alterações de
neurotransmissores e moduladores do apetite e da saciedade, como a serotonina, a noradrenalina e a dopamina,
têm sido julgados como causas que predispõem o surgimento de transtornos relacionados à alimentação?. Logo
observa-se que as situações do cotidiano influenciam diretamente no desencadear dessas condições, resultando em
padrões comportamentais de ingestão de alimentos, ora para satisfazer uma fome fisiológica, ora uma fome
emocional.
Na atualidade, os fatores socioculturais estão relacionados com a representação da mídia social, como sendo uma
ferramenta repleta de informações, que através dela as pessoas que exibem suas vidas, manifestam a maneira como
os outros devem seguir, seja por meio do se vestir, de acordo com os padrões da moda, ostentam um parâmetro de
corpo ideal, expõem o tipo de alimentação que auxilia na manutenção daquela estrutura física e entre outros
aspectos ligados, a beleza, ao corpo e a as questões nutricionais (MACEDO, 2012).
Essa fixação por um padrão estético corporal está associada à magreza, visto que o autor Peixoto enfatiza:
Tais fatores têm sido responsabilizados como desencadeantes da insatisfação com a imagem corporal e de estilos
alimentares inadequados. Atualmente, a sociedade reforça a obsessão por um corpo magro e perfeito. Um bom
exemplo disso é a valorização econômica e a exaltação da mídia às atrizes e modelos (que, de maneira geral,
apresentam o peso abaixo do ideal), enquanto há margem para ridicularizações sofridas por obesos, os quais são
encarados, muitas vezes, como preguiçosos, desleixados, motivos de chacota e dotados de poucos atrativos
(PEIXOTO, 2012, p. 37).
Sendo assim, a insatisfação referente ao peso, desempenha sobre o indivíduo a percepção de uma aparência
corporal negativa, isso provém de um destaque cultural de uma sociedade que cultua a magreza e contesta a
obesidade (ALMEIDA; LOUREIRO; SANTOS, 2002).
?O sofrimento em relação ao corpo e à comida é um sintoma social, ou seja, é algo que afeta toda a sociedade?
(GARBIN, 2017, p. 75).
No que diz respeito às questões sobre os distúrbios alimentares, de acordo com o Manual diagnóstico e estatístico
dos transtornos mentais de 2014 (DSM ? 5), observa-se que:
Do ponto de vista de outro autor, afirma-se que os ?transtornos alimentares são enfermidades psiquiátricas
debilitantes, caracterizadas por um distúrbio persistente nos hábitos alimentares ou nos comportamentos de controle
da massa corporal? (PEIXOTO, 2012, p. 20).
Sobre esses aspectos mencionados, tais transtornos podem ser manifestados por diferentes distúrbios do
comportamento alimentar, estendendo-se tanto a um emagrecimento, quanto à obesidade, como sendo eles:
O transtorno de compulsão alimentar está relacionado com indivíduos que buscam auxílio profissional, seja em casos
de obesidade ou sobrepeso. Conforme o DSM-5 (APA, 2014), a pessoa com esse tipo de transtorno apresenta em
seu comportamento, recorrentes episódios de ingestão exagerada de alimentos, a quantidade do consumo excessivo
é caraterizada por uma falta de controle, tal como exemplificando, a pessoa pode frequentar um restaurante, realizar
a refeição e ao chegar em casa buscar de forma descontrolado por alimentos.
Ainda de acordo com o manual DSM -5, para ser determinado como compulsão alimentar, deve existir por parte da
pessoa acometida um sofrimento marcante, na medida em que considerada que seus comportamentos são motivos
de vergonha, logo se esforçam para omitir os sintomas (APA, 2014). Neste sentido, deve se compreender que
existem alguns critérios específicos característico deste quadro:
Comer muito mais rapidamente do que o normal; comer até se sentir desconfortavelmente cheio; ingerir grandes
quantidades de alimento sem estar com sensação física de fome; comer sozinho por vergonha do quanto se come; e
sentir-se desgostoso de si mesmo, deprimido ou muito culpado em seguida (APA, 2014, p. 395).
É necessário que se faça presente pelo menos três desses critérios, para que seja avaliado o nível de gravidade,
para fundamenta-se na regularidade com que se apresentam os episódios do consumo de alimentos (APA, 2014).
Conforme a Classificação Internacional de Doenças (CID-10), os transtornos alimentares, mais específico, a bulimia
nervosa encontra-se no número F50. 2, a qual é definida como sendo:
Na bulimia nervosa o pensamento distorcido que predomina é a preocupação exagerada em obter peso, ao ingerir os
alimentos, levando em consideração que a pessoa se encontra em um grau de desgosto ou descontentamento com
a própria imagem corporal, visto que utiliza de práticas compensatórias recorrentes (purgação), para aliviar aquilo
que causa sofrimento (PEIXOTO, 2012).
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Usualmente denominada anorexia, esse transtorno possui três características principais, relacionadas a uma
preocupação excessiva com o ganho de peso, mesmo estando com o peso abaixo do que deveria, apresenta
também distorção cognitiva da percepção corporal e redução extrema na ingestão dos alimentos, logo restringem o
consumo de comidas com altas taxas de calorias e utilizam de recursos para eliminar o pouco que consomem,
geralmente por intermédio do uso de medicamentos, estímulo do vômito e através de exercícios físicos (APA, 2014).
Para quem possui esse tipo de transtorno, regularmente as questões de autoestima é resultado de uma imagem
corporal superficial, a perda de peso simboliza uma vitória e é um indicativo de disciplina e determinação, isso ajusta-
se também ao ganho de peso, como sendo um sinônimo de frustação e insucesso (OMS, 1993).
A principal característica do transtorno de ruminação é a regurgitação frequente dos alimentos após serem
consumidos, isto é, ?o alimento previamente deglutido que já pode estar parcialmente digerido é trazido de volta à
boca sem náuseas aparente, ânsia de vomito ou repugnância? (APA, 2014, p. 376), a manifestação desse distúrbio é
mais comum de ocorrer na infância no caso dos bebês e em pessoas com algum tipo de deficiência intelectual.
Compreende-se o transtorno alimentar restritivo/evitativo como um distúrbio alimentar, como o próprio nome
menciona, a pessoa se restringe ao consumo de alimentos, geralmente se esquiva, nesses quadros leva-se em
consideração a não satisfação das necessidades nutricionais, as quais são indispensáveis à saúde física e mental, o
ato de evitar os alimentos está relacionado com as questões sensoriais, como a aparência da comida, a fragrância, a
temperatura, a textura e o sabor (APA, 2014).
Em geral, segundo o DSM-5 está condição compromete o estilo de vida da pessoa, caracterizado ?pela perda peso
significativa, deficiência nutricional, dependência de alimentação enteral ou suplementos nutricionais orais e
interferência marcante no funcionamento psicossocial? (APA, 2014, p. 378).
Em contrapartida, no transtorno alimentar pica refere-se ao impulso de ingerir substância e objetos de natureza não
nutritiva, por um período de um mês, segundo os critérios do DSM-5, se essa conduta alimentar acontece, é
necessário averiguar a eventualidade de outro transtorno mental (APA, 2014).
Com base nas características representadas pelo manual diagnóstico (APA, 2014, p. 374), ?as substâncias típicas
ingeridas tendem a variar com a idade e a disponibilidade e podem incluir papel, sabão, tecido, cabelo, fios, terra, giz,
talco, tinta, cola, metal, pedras, carvão vegetal ou mineral, cinzas, detergente ou gelo?.
A função farmacológica na perda de peso tem sido analisada quanto a sua eficácia, visto que, auxilia em curto prazo
e provoca efeitos colaterais, tendo em vista que ao interromperem o uso desses medicamentos, geralmente os
pacientes engordam novamente (RADOMINSKI et al. 2010).
Radominski et al (2010) menciona que esse tipo de tratamento é recomendado quando pacientes já realizam algum
tipo de atividade física, encontram-se em acompanhamento nutricional, com o IMC superior a 30 kg/m², visto que
possuam também comorbidades como hipertensão ou diabetes e apresentar circunferência abdominal maior ou igual
a 88 cm, no caso das mulheres.
Conforme Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), atualmente no Brasil existem dois principais fármacos
inibidores do apetite, utilizados para reduzir o peso, são eles a Sibutramina e o Orlistat (2017).
A Sibutramina é responsável por saciar a fome, esse medicamento atua diretamente no sistema nervoso central
(SNC), fazendo com o indivíduo permaneça por um período de tempo maior sem o desejo de se alimentar, ou seja,
monitora o apetite, entretanto como qualquer remédio, esse constitui efeitos colaterais, sendo os mais comuns como,
constipação, boca seca, dificuldades para dormir e entre outros (RADOMINSKI et al. 2010).
Em contrapartida, o Orlistat manifesta ação no intestino, Radominski et al (2010, p. 16) destaca que o resultado
dessa medicação ?age inibindo lipases pancreáticas, reduzindo em 30% a absorção das gorduras ingeridas, que são
eliminadas com a excreção fecal. Menos do que 1% do medicamento é absorvido e não há ação em SNC?. Nesta
perspectiva, ainda de acordo com o autor ao administrar o uso desse remédio é comum identificar mudanças no
aspecto das fezes, desconforto abdominal e flatulência.
[...] peso, altura, circunferências (braço, cintura e quadril) e pregas cutâneas (tríceps, bíceps, subescapular,
suprailíaca, etc). Através da combinação dessas medidas, podem-se calcular as relações peso/altura², a
circunferência muscular do braço e o índice de gordura corporal (PEIXOTO, 2012, p. 64).
Na anamnese nutricional fica a critério do profissional qual método investigativo de questões irá utilizar para a
verificação do consumo alimentar e a história do paciente, entretanto, são averiguados sinais e sintomas clínicos que
desorganizam a condição nutricional e os aspectos sobre a porção e a variedade dos alimentos ingeridos, tal como
referências que colaboram para determinação da atuação terapêutica, sendo: mudança no peso ? emagrecimento
(PEIXOTO, 2012).
Com base na avaliação laboratorial, o autor Peixoto menciona a importância do profissional da nutrição solicitar esse
procedimento, como uma estratégia de suporte ao atendimento clínico, onde são analisados através de exames
laboratoriais um conjunto de testes, sendo eles: hemograma completo, hormonal, vitaminais e minerais, baseado
nessa investigação descarta a possibilidade de outros agentes clínicos (2012).
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Ainda de acordo com o autor referenciado a cima, pode ser realizado cálculos energéticos com a finalidade de ?
estimar a quantidade de energia necessária para a execução das funções vitais, como manutenção da temperatura
corporal, funcionamento de células e órgão? (2012, p. 65).
No processo de avaliação nutricional, a prescrição dietética é estimada como sendo o período em que o nutricionista
estabelece os principais recursos terapêuticos para o paciente, levando em consideração à dietética ?têm por
objetivo preservar, promover e recuperar a saúde, por meio da aplicação de métodos e técnicas próprios, integram o
currículo específico da formação do nutricionista? (DA SILVA, 2003).
Um planejamento alimentar mais flexível, que objetive reeducação, geralmente obtém mais sucesso, devendo
considerar, além da quantidade de calorias, as preferências alimentares do paciente, o aspecto financeiro, o estilo de
vida e o requerimento energético para a manutenção da saúde (ABESO, 2016, p. 75).
Pela perspectiva de outro autor, o tratamento dietético é o momento em que o profissional elabora estratégias
relacionadas ao consumo de alimentos e refeições diárias, considerando a condição, preferência e adaptação do
paciente (PEIXOTO, 2012).
A autora Judith Beck em seu livro ?Pense magro: a dieta definitiva de Beck?, desenvolveu uma proposta de
emagrecimento saudável e duradouro em nível individual, fundamentou possíveis estratégias cognitivas
comportamentais que são de interesse de pessoas que desejam emagrecer, assim, assumir atitudes alimentares
adequadas, bem como compreende que, ?quando as pessoas aprendem a pensar mais realisticamente, sentem-se
melhores e mais aptas a alcançarem suas metas? (BECK, 2009, p. 14).
O ato de emagrecer é um processo constituído por momentos de altos e baixos, entretanto na perspectiva de Beck
os pacientes desenvolvem habilidades para enfrentar e superar os obstáculos para então alcançarem seus objetivos
(BECK, 2009).
Como instrumento terapêutico, a abordagem cognitivo comportamental trabalha na promoção do emagrecimento
saudável, embora seu foco seja na modificação de pensamentos e comportamentos individuais, os quais
comprometem o manejo do peso (BECK, 2009), sendo assim, a TCC apresenta estratégias empregadas a esse tipo
de tratamento que incluem: registro sobre a alimentação, ferramentas para modificar os hábitos alimentares, técnica
para promover a prática de atividade física, treino de resolução de problemas, reestruturação cognitiva e prevenção a
recaídas (DUCHESNE, 2015).
O automonitoramento resulta por intermédio de registros elaborados pelo próprio paciente, com relação ao consumo
alimentar diário total, essas anotações servem como ajuste e elaboração terapêutica, dessa maneira também é
possível identificar os pensamentos e sentimentos relacionados à alimentação, com a finalidade de investigar sua
associação a uma nutrição inadequada, visto que essa técnica auxilia o paciente na expansão da consciência
(ABESO, 2016).
De acordo com a Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (ABESO, 2016),
pode-se modificar hábitos alimentares através de intervenções de controle de estímulos, por meio de estratégias que
beneficiam no monitoramento do consumo excessivo de alimentos, nessa condição é possível alterar a ocorrência
que antecede hábitos disfuncionais, como por exemplo, realizar uma lista de compras garantindo apenas os
alimentos permitidos para o consumo, limitando a obtenção de alimentos que não são saudáveis.
Nessa perspectiva, Duchesne (2015) menciona outras medidas, como manter a atenção durante as refeições, sem a
interferência de estímulos visuais ou sonoros, tal qual assistir televisão ou ouvir rádio, esses impulsos distraem, logo
podem influenciar em um consumo alimentar maior do que o necessário.
Outra técnica utilizada no processo de emagrecimento, é auxiliar o paciente a manter um modelo regular de
atividades físicas, seja por exercícios que já estejam presentes no dia a dia e podem intensificar o gasto de energia,
para que isso aconteça é interessante que o paciente esteja motivado, visto que, o papel o terapeuta é auxiliar o
paciente a identificar essas práticas que mais o motivem e estejam adequadas a sua rotina, para potencializar no
tratamento a perda de peso (DUCHESNE, 2015).
Enquanto na reestruturação cognitiva, conforme Duchesne (2015, p. 1254) menciona que os ?comportamentos
inadequados associados ao ganho de peso estariam, em parte, associados a pensamentos e crenças disfuncionais?,
Beck (2009) destaca que alguns dos erros cognitivos mais comuns no emagrecimento estão correlacionados a
pensamentos de tudo ou nada (onde a pessoa percebe as situações por meio de apenas duas condições, quando na
realidade é possível existir o meio termo), adivinhação negativa do futuro (desconsidera os resultados possíveis,
sempre que é exposta a uma situação a qual gerou um equívoco, pressupõe o futuro de maneira negativa),
maximização (as situações representam ser maior ou inferior do que realmente é) e justificação ( o sujeito utiliza
duas ideias para justificar aquilo que não conseguiu realizar), sendo assim a importância do terapeuta em identificar
essas distorções cognitivas que sabotam o paciente, logo dificultando na evolução do processo terapêutico e na
perda de peso, em virtude disso, é passível por parte do paciente abandonar o tratamento.
Primeiramente é necessário compreender os pensamentos e crenças disfuncionais demonstrado pelo paciente, visto
que para modificar esses padrões o profissional emprega o uso da técnica questionamento socrático, que
corresponde a um processo de perguntas investigativas para obter informações a respeito do estilo de vida, como o
paciente vivencia as situações e identificar suas concepções específicas, relacionadas as emoções e atitudes, entre
as perguntas destacam-se: quando esse problema começou, o que isso significa pra você, o que estas situações tem
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em comum, como você pode encarar esses obstáculos e entre outras (MELO, 2012).
De acordo com Lima (2016) a reestruturação cognitiva no processo de emagrecimento auxilia o paciente a refletir
antes de tudo, sobre a forma com que processa os pensamentos, logo permite a modificação dos comportamentos
alimentares, alcançando assim, a redução do peso, como resultados conseguem adquirir outros benefícios como
aderência à prática de atividades físicas, gerencia melhor os episódios de ansiedade, redução na compulsão
alimentar, atribui novos significados as questões sociais, desfruta do autoconhecimento, da autoestima e melhora
significativamente as questões de humor.
Para prevenir recaídas a TCC utiliza de planejamento, ajuda o paciente a identificar quais foram os benefícios
obtidos com a redução do peso durante o tratamento, tornando necessário ter alcançado as metas propostas
inicialmente, embora tenha como objetivo auxiliar o paciente no emagrecimento, de acordo com a mudança de
pensamentos e comportamentos, a terapia contribui em outros aspectos da vida, que podem envolver ?a redução de
níveis de ansiedade e tristeza, o aumento da autoestima e a melhora dos relacionamentos interpessoais?
(DUCHESNE, 2015, p. 1257).
Outra alternativa aplicada a TCC é a terapia de grupo, a qual proporciona aos pacientes compartilhar experiências
parecidas, é o momento em que demonstram suas dificuldades, seus anseios e desfrutam dessas ocasiões a
oportunidade de colaborar com sugestões a outras pessoas, que ali estão vivenciado obstáculos semelhantes
(CARNEIRO; MEDEIROS, 2019).
Duchesne et al (2017) salienta que a terapia no formato de grupo, incentiva o aspecto do apoio social, as
intervenções acontecem por meio de sessões estruturadas, dispõe de um limite de tempo e está concentrada na
resolução do problema, à vista disso elucida a perspectiva das ações realizadas em conjunto, como sendo:
Os membros do grupo aprendem como reconhecer suas distorções cognitivas e reestruturar seus esquemas
cognitivos disfuncionais por meio de uma variedade de exercícios estruturados, incluindo ensaio de papéis, tarefas
de casa, leituras, entre outros (DUCHESNE et al. 2017, p. 243).
Segundo os autores Neufeld, Affonso e Moreno (2014), a terapia em grupo pressupõem uma duração de 12 sessões,
entre as ferramentas utilizadas no processo de emagrecimento, envolvem o registro da alimentação através do
automonitoramento, avaliação do peso semanal, informações sobre hábitos alimentares adequados, técnica de
resolução de problemas, reestruturação cognitiva, estratégias para adesão do tratamento e prevenção a recaídas.
Assim como na terapia de grupo como individual, é possível destacar outra modalidade aplicada ao processo de
emagrecimento, baseado no mindfulness, visto que, essa ferramenta auxilia na intervenção de outras condições de
adoecimento sendo, o estresse, ansiedade, insônia e depressão, levando em consideração que essa prática
intensifica a capacidade da pessoa em se conectar com o presente, considera por meio da atenção plena as
sensações, emoções e pensamentos sobre o momento, concentrando sua atenção na respiração e nos movimentos
do corpo, exercendo sobre quem a pratica qualidade de vida, favorecendo o bem estar físico e mental (WEISS;
NOTO, 2017).
Sendo assim, mesmo após o final do tratamento, seja ele individual ou em grupo, em conjunto terapeuta e paciente
realizam uma reavaliação de como foi o progresso do tratamento de emagrecimento, as metas alcançadas e os
aspectos em relação ao padrão de comportamento que até o presente momento pode vir a apresentar evidencias de
aumento do peso (DUCHESNE, 2017).
CAPÍTULO 3
3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Neste capítulo, será desenvolvido o processo metodológico adotado para a realização do presente trabalho,
apresentando os métodos e procedimentos que constituem e estruturam a pesquisa realizada. A coleta de
informações e os dados teóricos foram utilizados para obter uma maior compreensão atual do tema apresentado,
através da seleção de leituras em fontes fidedignas, por intermédio de artigos e livros científicos, desde o ano de
1990 até o presente momento, foram encontrados os materiais mediante as plataformas digitais como Google
Acadêmico, PePSIC, SciElo, Resoluções de Conselhos, Cartilhas elaboradas pelo Ministério da Saúde, Revistas
Acadêmicas e Bibliografias disponibilizadas pela biblioteca da Unifasipe ? Centro Universitário de Sinop-MT.
A metodologia é um recurso científico que se direciona para a realização de algo, as atividades que influenciam esse
processo metodológico definem-se por pesquisa (GERHARDT; SILVEIRA, 2009).
De acordo com o autor Gil (2002) o conceito de pesquisa é caracterizado como sendo uma ferramenta científica, na
elaboração de um processo investigativo, onde o objetivo é identificar as respostas aos problemas estabelecidos. A
elaboração de uma pesquisa permite a ampliação de conhecimento científico, logo obter resultados na prática.
No que diz respeito à metodologia científica, ela é compreendida como ?um conjunto de dados iniciais e um sistema
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de operações ordenadas adequado para a formulação de conclusões, de acordo com certos objetivos
predeterminados? (GERHARDT; SILVEIRA, 2009, p. 11).
O conhecimento científico é resultado de uma investigação, Fonseca (2002, p. 11), descreve a ciência como ?o saber
produzido através do raciocínio lógico associado à experimentação prática. Caracteriza-se por um conjunto de
modelos de observação, identificação, descrição, investigação experimental e explanação teórica de fenômenos?.
Para a edificação deste trabalho, foi desenvolvida uma pesquisa de campo com análise qualitativa, a qual possui seu
foco em indivíduos que se encontram realizando determinada atividade, com a finalidade em obter informação e
esclarecimento, quanto a um problema definido.
Com o propósito de uma maior compreensão sobre uma pesquisa de campo, Gil (2002, p. 132) destaca que ?os
estudos de campo requerem a utilização de variados instrumentos de pesquisa, tais como formulários, questionários,
entrevistas e escalas de observação?, visto que essas ferramentas dão suporte na verificação da análise dos dados.
Do ponto e vista de outro autor, Fonseca (2002) atribui a pesquisa de campo, como sendo um modelo investigativo,
que apresenta além de conhecimentos bibliográficos, também realiza na prática a coleta de informações necessárias
por meio de indivíduos representados na população de amostra.
Uma pesquisa de natureza qualitativa permite a compreensão de informações adquiridas, geralmente utilizada na
elaboração de hipóteses, para Minayo (2002) esse tipo de pesquisa corresponde:
A pesquisa qualitativa trabalha com o universo de significados, motivos, aspirações, crenças, valores e atitudes, o
que corresponde a um espaço mais profundo das relações, dos processos e dos fenômenos que não podem ser
reduzidos à operacionalização de variáveis (MINAYO, 2002, p. 21).
Em geral, ao referir-se a uma pesquisa de cunho qualitativo, requer a investigação diretamente relacionada à
qualidade das informações, fundamentadas a partir do problema estabelecido (DUARTE, 2002). Sendo assim, o
objetivo foi desenvolver um questionário, atribuído ao público feminino adulto, para uma maior compreensão a partir
da percepção delas sobre as contribuições da psicologia no processo de emagrecimento.
Neste sentido, o projeto é determinado por dois instrumentos técnicos de pesquisa, sendo o primeiro realizado por
intermédio de uma análise bibliográfica, para o embasamento dos conteúdos envolvidos; enquanto o segundo, um
questionário desenvolvido pela pesquisadora.
Na visão de Fonseca (2002, p. 54) o conteúdo de uma amostra, ?desde que tenha tamanho adequado e represente
adequadamente uma população, pode proporcionar resultados mais exatos, além de ser mais econômico?.
O presente trabalho foi realizado no município de Sinop-MT, a população estabelecida para a realização do trabalho,
considerou mulheres adultas em processo de emagrecimento em um Centro Especializado em Emagrecimento e
Estética ? Emagrecentro.
A pesquisa foi aplicada diante de uma amostragem de 28 participantes do sexo feminino, a quantidade de pessoas
foi determinada de acordo com a demanda da clínica, pertencendo a uma faixa etária de 23 a 58 anos, com
variações em nível de escolaridade e renda familiar. O questionário foi aplicado exclusivamente às mulheres, sendo
excluídos da pesquisa homens, crianças e adolescentes, levando em consideração que às questões de excesso de
peso no público feminino adulto têm provocado o desencadeamento de um desequilíbrio emocional, logo
comprometendo as funções psicológicas.
Conforme Reis (2009, p. 93), a coleta de dados baseia-se em ?um conhecimento da realidade a ser interpretada por
meio da busca de dados sobre os fenômenos investigados na pesquisa?, após os dados coletados foi possível
relacionar as informações alcançadas através do referencial teórico e analisar os elementos apurados na prática, a
fim de confrontar esses dois procedimentos técnicos, bem como podem apresentar a relevância ou não do objetivo
que conduziu a pesquisa.
No segundo semestre do ano de 2021, mais especificamente no mês de setembro, foi realizado o questionário que
faz parte da coleta de dados primários da pesquisa, o qual foi aplicado de forma virtual, desenvolvido através da
plataforma Google Forms. Quanto às medidas éticas, foi disponibilizado um Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido (TCLE), o qual declara a finalidade e relevância da pesquisa.
As participantes foram convidadas por meio da rede social WhatsApp e receberão o link da pesquisa, pois devido a
Pandemia do Coranavírus (COVID ? 19), as aplicações ocorreram 100% de forma online, dessa forma, realizou-se
as devidas orientações em relação ao que se trata a pesquisa, para que então pudessem responder ao questionário.
Foi aplicado um questionário, com campos a serem preenchidos com nome, idade, nível de escolaridade e renda
familiar, as participantes preencheram com ?sim? ou ?não?, as questões optativas.
Entretanto, foram apresentados assuntos relacionados à saúde mental no emagrecimento, fatores de risco que
podem vir a influenciar no excesso de peso, sentimento em relação à imagem corporal, influência das emoções,
pensamentos sabotadores, a importância do suporte psicológico no processo de emagrecimento, influência da mídia
em relação aos padrões estéticos corporais e o papel do psicólogo no tratamento.
No Capítulo 2 deste trabalho, empregaram-se informações teóricas relacionadas ao objeto de pesquisa, como
instrumento secundário para coleta de dados. A construção do tema da pesquisa foi fundamentada nos estudos dos
principais autores: Maria Marta Ferreira, Marcos Meier, Marion Woodman, Jurandir Freire Costa, Sophie Deram,
Mônica Duchesne, Judith S. Beck, Adriana Lopes Peixoto, Fernanda Rech Rodrigues, Rosana Bento Radominski.
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4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Neste capítulo, serão apresentados os resultados da pesquisa a partir da análise dos dados coletados.
No que se refere às características sociodemográficas, apresentadas no Quadro I, pode-se verificar que a idade
média da amostra equivale a 39,3 anos de idade, apresentando diversas faixas etárias entre 23 e 58 anos.
Quanto a condição de escolaridade, no que concerne ao sexo da população amostra, a participação foi
exclusivamente do público feminino adulto, pode-se analisar que 57,1% apresentam ensino superior completo,
enquanto 17,9% ensino médio completo, ao mesmo tempo que 14,3% ensino superior incompleto, em contrapartida
7,1% possuem ensino médio incompleto e 3,6% ensino fundamental completo.
Conforme a renda familiar das participantes, observa-se uma predominância na quantidade de 67,9% ganhando
entre 5.000,00 a mais, visto que, 21,4% recebe entre 2.000,00 a 5.000,00 e 10,7% entre 1.045,00 a 2.000,00 reais.
4.1.3. Compreensão a respeito do público feminino estar mais suscetível a desenvolver problemas relacionados ao
sobrepeso e a obesidade
Segundo os resultados apontados na pesquisa, a perspectiva da amostra constatou que 100% acreditam que com a
facilidade que a modernidade se apresenta, o público feminino está mais suscetível a desenvolver problemas
relacionados ao sobrepeso e a obesidade.
Os resultados alinham-se às conclusões segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ? IBGE, que divulga
os resultados por meio da Pesquisa Nacional de Saúde ? PNS 2019, desenvolvida em parceria com o Ministério da
Saúde, determina que a obesidade enquanto doença crônica atinge 29,5% das mulheres, ao mesmo tempo em que
considera 21,8% dos homens, em contrapartida o sobrepeso alcança 62,6% no público feminino e 57,5% no público
masculino (BRASIL, 2020).
Gráfico II. Compreensão a respeito do público feminino estar mais suscetível a desenvolver problemas relacionados
ao sobrepeso e a obesidade
Conforme exposto no Gráfico III, é possível observar diferentes respostas, nesse questionário cada uma das
entrevistadas considerou três principais fatores de risco que podem vir a influenciar no excesso de peso. Os fatores
mais evidentes considerados pelo público da amostra foram os hábitos alimentares inadequados com 96,40%,
sedentarismo com 75%, fatores psicológicos, mencionando a ansiedade, depressão, baixa autoestima e distorção da
imagem corporal, com 71,40% e os demais menos votados, mas que demandam importância, foram os eventos
estressores com uma proporção de 28,60%, disfunções hormonais no que se refere a 17,90% e questões genéticas
com 7,10%.
Alvarenga et al (2015) menciona que o comportamento alimentar não se baseia em apenas consumir alimentos,
contudo se caracteriza por circunstâncias que interferem na maneira com o indivíduo interage com o meio, sendo
assim são evidentes fatores que se relacionam com as questões genéticas, biológicas, socioculturais e psicológicas,
as quais influenciam no excesso de peso.
Em concordância com Woodman (2020, p. 15) ?o aumento do peso não é uma simples questão de comer em
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demasia, pode haver, por trás de quaisquer distúrbios metabólicos, tanto causas de ordem fisiológica como causas
de natureza psicológica?.
Considerando a obesidade como uma condição humana a qual compromete a qualidade de vida, é caracterizada por
ser um distúrbio multifatorial do comportamento humano (BRASIL, 2017).
Gráfico III. Fatores de risco que podem vir a influenciar no excesso de peso
No que concerne o entendimento acerca de saúde mental, conforme no Quadro II, é evidente que as respostas foram
manifestadas diferentes, mas o contexto a qual se referem é direcionado a estar bem consigo mesma e com os
outros, ter qualidade de vida, estar em harmonia e equilíbrio.
O autor Galli (1990) retrata que à síntese sobre a saúde mental, pode ser representada pela capacidade do sujeito
em expressar suas necessidades e desejos, visto que, é uma condição relativa de equilíbrio entre aquilo que compõe
o ser humano, está relacionado com a cultura e mudanças no contexto social.
Do ponto de vista de outro autor, saúde mental não se constitui exclusivamente nos estudos dos transtornos que
acometem a mente humana, mas como sendo um conjunto de elementos que envolvem as experiências e vivencias
que estão inclusas na história de vida de cada indivíduo (AMARANTE, 2007).
No Gráfico IV, a perspectiva da amostra constatou que 100% acreditam que a saúde mental interfere no processo de
emagrecimento e hábitos alimentares.
Nesse processo, aspectos psicológicos estão relacionados a pré-disposição a quadros de ansiedade, depressão e
estresse, na medida em que os comportamentos alimentares inadequados são substituídos por condutas mais
assertivas, essas condições psicológicas são manifestadas (DE LIMA; OLIVEIRA, 2016).
Em concordância com os resultados obtidos, Almeida, Loureiro e Santos (2002) destacam que o estado de
insatisfação referente ao peso, desempenha sobre a pessoa a percepção de uma aparência corporal negativa, isso
sugere um destaque cultural, de uma sociedade que anseia pela magreza e contesta a obesidade.
Segundo os resultados apontados no Gráfico V, quanto às interferências das reações emocionais, 93% da população
amostra consideram a possibilidade das emoções comprometerem o processo de emagrecimento quando
manifestadas, em contrapartida, 7% não acreditam que as emoções podem afetar.
Através do resultado obtido, Carneiro (2003, p. 1) destaca que ?alimentar-se é uma expressão dos variáveis desejos
humanos e cuja satisfação não obedece apenas ao curto trajeto que vai do prato à boca?.
No Gráfico VI, cada uma das entrevistadas considerou três principais reações emocionais evidentes no seu processo
de emagrecimento. O resultado da pesquisa demonstrou que a primeira emoção mais expressada foi o ânimo, com
60,70%, enquanto a tristeza obteve-se 42,90%, tanto a satisfação, a alegria, quanto à raiva alcançaram o valor de
35,70%, seguido da culpa com 32,10%, a vergonha com 28,60% e o medo com 25%. Foi possível verificar que as
reações emocionais mais destacadas na pesquisa, foram às emoções positivas, as quais contribuem para o avanço
no processo de emagrecimento.
O ato de se alimentar é envolvido por um desejo não necessariamente satisfeito, que remetem a lembranças e a uma
cultura, dessa forma, as reações emocionais sejam elas positivas ou negativas, podem ser transferidas para os
alimentos, sendo que, esses nutrientes preenchem as necessidades emocionais do indivíduo (RODRIGUES, 2019).
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Fonte: Própria (2021)
Referente ao Gráfico VII, conforme os resultados da pesquisa, 50% doas entrevistadas apontaram não ter
considerado a possibilidade do acompanhamento psicológico associado à perda de peso, em contrapartida, 36%
consideraram a hipótese e 14% demonstram incertezas quanto ao auxílio psicológico no processo de
emagrecimento.
Gráfico VII. Percepção a respeito da possibilidade do acompanhamento psicológico, associado à perda de peso
Com relação ao Gráfico VIII, diante dos resultados obtidos na pesquisa, no que concerne a opinião das participantes,
54% apontam não compreender sobre o papel do profissional da psicologia no processo de emagrecimento e 46%
apresentaram conhecimento a cerca das atribuições do psicólogo.
A princípio, no processo de emagrecimento o profissional da psicologia procura investigar os supostos fatores que
influenciaram o indivíduo ao ganho de peso, é fundamental compreender os pensamentos e as crenças as quais o
paciente demonstra a respeito de si mesmo, do outro e ao seu redor, através de uma ferramenta psicológica definida
como questionamento socrático, o profissional desenvolve perguntas investigativas para alcançar uma maior
compreensão sobre o estilo de vida, experiências passadas, concepções quanto a comportamentos e emoções
(MELO 2012).
4.1.13. Consideração sobre o consumo alimentar ser uma forma de alívio das emoções
No que se refere o Gráfico VIIII, os resultados da pesquisa demonstram que 71% da população amostra consideram
que consumir os alimentos é uma forma de aliviar as próprias emoções, enquanto 18% pressupõem que talvez essa
circunstância aconteça e 11% desconsideram a hipótese.
Os resultados obtidos se alinham às conclusões de Chopra (2014, p. 15), em relação às condições alimentares,
destaca que ?o ato de comer envolve a imagem que temos de nós mesmo, os nossos hábitos, condicionamentos e
memória?. Deste modo, na perspectiva de outro autor é possível comparar a comida como uma forma de analgésico,
a qual alivia a dor em um determinado momento (WOODMAN, 2020).
Gráfico VIIII. Consideração sobre o consumo alimentar ser uma forma de alívio das emoções
4.1.14. Percepção sobre a influência da mídia em relação aos padrões estético corporal
De acordo com o Quadro V, na percepção da grande parte das participantes da pesquisa, a mídia enquanto
instrumento mediador na transmissão de informações é capaz de influenciar de forma negativa em relação aos
padrões estético corporal, no entanto ficam evidentes considerações positivas, como sendo um recurso de
inspiração.
Segundo o autor Fischler (1995), menciona que a constituição física do indivíduo é considerada um arquétipo, logo a
construção da imagem corporal é um padrão sociocultural que exerce sobre o sujeito a responsabilidade de
compartilhar dos mesmos parâmetros que atualmente a sociedade reforça, sendo característico de uma ?obsessão
por um corpo magro e perfeito? (PEIXOTO, 2012, p. 37).
Quadro V. Percepção sobre a influência da mídia em relação aos padrões estético corporal
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mais aptas a alcançarem suas metas? (2009, p. 14).
De acordo com os dados obtidos, no Quadro VI é demonstrado através das respostas das participantes, à
perspectiva segundo elas sobre as contribuições do acompanhamento psicológico no processo de emagrecimento,
sendo que, vinte e duas das participantes mencionaram frases que identificam a compreensão a respeito do auxilio
psicológico, considerando o ?sentimento de segurança e firmeza?; reconhecem a importância de ?controlar as
emoções?; ?encarar os desafios e conflitos?; ?ter foco?, identificam as ?mudanças de hábitos alimentares e
sedentarismo, por qualidade de vida?. No entanto, seis das participantes não souberam o que responder.
O acompanhamento psicológico específico na abordagem cognitivo comportamental fundamenta-se em possíveis
estratégias para auxiliar o paciente em processo de emagrecimento, visto que, permite à modificação de
comportamentos alimentares inadequados, mudanças nos padrões de pensamentos, aprendem a controlar as
reações emocionais, levando a uma diminuição na compulsão alimentar, atribui novos valores as questões socias,
administram melhor os episódios de ansiedade, praticam o autoconhecimento, reestabelecem a autoestima e
aprendem a monitorar as questões do humor (LIMA, 2016).
Na proporção dos dados obtidos na pesquisa, são evidentes os principais pensamentos sabotadores no processo de
emagrecimento, conforme as respostas da população amostra, 54% apontam em algum momento manifestar
padrões de pensamentos de tudo ou nada, entretanto, 25% destacam apresentar ideias de adivinhação negativa do
futuro, 14% identificam pensamentos de justificação e 7% reconhecem identificar ideias de maximização.
Duchesne (2015, p. 1254) retrata que ?os comportamentos inadequados associados ao ganho de peso estariam, em
parte, associados a pensamentos e crenças disfuncionais?. Dessa maneira é importante identifique esses erros
cognitivos, os quais são capazes de sabotarem o paciente na perda de peso (BECK, 2009).
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O desenvolvimento do presente trabalho possibilitou uma compreensão a respeito da perspectiva do público feminino
adulto em relação as temáticas da psicologia, explorando através da pesquisa de campo a análise dos dados
obtidos, que se faz relevantes para edificação deste trabalho.
Estar em um processo de emagrecimento demanda disponibilidade de tempo, dinheiro e determinação, a amostra
populacional estabelecida para a realização do trabalho considerou mulheres adultas e evidenciou características
sociodemográficas quanto à condição de escolaridade, sendo que a maior parte apresentou ensino superior
completo, onde esse índice incide diretamente no resultado da pesquisa, por já terem sido apresentados conteúdos
científicos, à possibilidade de manifestarem capacidades cognitivas mais acentuadas e alto nível socioeconômico.
No que compete aos objetivos propostos, consideram-se alcançados, visto que, foi possível constatar que tanto na
teoria quanto na prática um dos principais fatores que influenciam no excesso de peso são os aspectos psicológicos,
relacionados com a ansiedade, depressão e baixa autoestima.
Nesta perspectiva, ficou evidente que segundo a análise dos dados, estar mentalmente saudável em um processo de
emagrecimento, auxilia em uma maior adesão ao tratamento, logo, foi demonstrado que condições como baixa
autoestima, não estar bem consigo mesma, ter problemas de saúde e não desfrutar da qualidade de vida, são
circunstâncias que podem levar o público feminino adulto a procurar auxílio profissional para emagrecer.
Identificou que grande parte da população amostra não considerou a possibilidade do acompanhamento psicológico,
associado à perda de peso, entretanto, foi evidenciada certa preocupação em relação ao estar bem, quanto às
questões de saúde mental.
Segundo os dados analisados, predominou o número de mulheres que desconhecem o papel do profissional da
psicologia no emagrecimento. Em contrapartida, quanto ao se manterem firmes às estratégias de emagrecimento, a
população amostra declarou que se houvesse a possibilidade de um suporte psicológico associado à perda de peso,
se sentiriam mais determinadas a enfrentar esse processo.
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Me chamo Gabriela Francisca Benso Silva, sou acadêmica do décimo semestre de Psicologia na instituição de
ensino UNIFASIPE, localizada no Município de Sinop-MT, por intermédio deste questionário, organizado com
perguntas simples e de fácil compreensão, através do seu entendimento sobre a temática do meu Trabalho de
Conclusão de Curso, sobre o título denominado, ?Perspectivas do Público Feminino Adulto sobre as Contribuições
da Psicologia para o Processo de Emagrecimento, no Município de Sinop-MT?. As perguntas deverão ser
respondidas de acordo com o que você pensa, acredita e conhece, ressaltando que estou à disposição para sanar
qualquer dúvida que possa surgir.
Nome
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Renda Familiar
( )Inferior a 1.045,00
( ) 5.000,00 a mais
Você acredita que com o avanço da modernidade os hábitos alimentares passaram a ser inadequados?
( ) Sim
( ) Não
Com a facilidade com que a modernidade se apresenta, você acredita que o público feminino está mais suscetível a
desenvolver problemas relacionado ao sobrepeso e a obesidade?
( ) Sim
( ) Não
Levando em consideração os vários fatores de risco que podem vir a influenciar no excesso de peso, cite "3" dos
fatores abaixo que você considera ser mais relevante?
( ) Eventos estressores
( ) Sedentarismo
( ) Questões genéticas
( ) Disfunções hormonais
( ) Fatores Psicológicos ? ansiedade, depressão, estresse, baixa autoestima e distorção da imagem corporal
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Você acredita que a saúde mental pode interferir no seu processo de emagrecimento e em seus hábitos alimentares?
( ) Sim
( ) Não
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( ) Sim
( ) Não
Cite "3" das emoções que estão mais evidentes no seu dia a dia no processo de emagrecimento?
( ) Alegria ( ) Satisfação
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Nesse processo de busca por auxílio profissional para emagrecer, você considerou a possibilidade de um
acompanhamento psicológico, associado a sua perda de peso?
( ) Sim
( ) Não
( ) Talvez
( ) Sim
( ) Não
Você acredita que o ato de se alimentar é uma forma de aliviar as emoções em um determinado momento?
( ) Sim
( ) Não
( ) Talvez
Você considera a mídea como influência positiva ou negativa em relação aos padrões estético corporal?
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Se você pudesse ter o suporte de um profissional da psicologia, você se sentiria mais determinada no seu processo
de emagrecimento?
( ) Sim
( ) Não
( ) Talvez
Levando em consideração a possibilidade do acompanhamento psicológico, o que você acredita que isso lhe traria
de contribuição no seu processo de emagrecimento?
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( ) Pensamento de tudo ou nada ? Ex: ou faço a dieta de modo perfeito, ou não faço.
( ) Adivinhação negativa do futuro ? Ex: Não emagreci essa semana, logo nunca consigo emagrecer.
Título do Projeto: Perspectivas do Público Feminino Adulto sobre as Contribuições da Psicologia para o Processo de
Emagrecimento, No Município de Sinop-MT.
Você está sendo convidada a participar da pesquisa intitulada como ?Perspectivas do Público Feminino Adulto sobre
as Contribuições da Psicologia para o Processo de Emagrecimento, no Município de Sinop-MT?.
Essa é uma pesquisa realizada por uma acadêmica do Curso de Psicologia pertencente ao Centro Universitário de
Sinop-MT - UNIFASIPE. O objetivo da pesquisa é compreender a sua perspectiva sobre as contribuições da
Psicologia no processo de emagrecimento.
Não será solicitado nenhum valor financeiro para a realização do questionário, sua colaboração neste estudo é muito
importante, contribuirá para edificação dos dados coletados e finalização do conhecimento empregado nesse estudo.
As informações coletadas através do questionário serão mantidas em sigilo e utilizadas exclusivamente para a
realização da pesquisa, seguindo todas as normas éticas.
Para participar da pesquisa você terá que responder a um questionário contendo algumas perguntas abertas e
fechadas sobre o tema, a sua identificação será apenas do primeiro nome, não precisa colocar sobrenome. As
perguntas deverão ser respondidas de acordo com o que você pensa, acredita e conhece, ressaltando que, eu à
coordenadora da pesquisa, Gabriela Francisca Benso Silva estou à disposição para sanar qualquer dúvida que
possa surgir, através do telefone (66) 9 9964-4893.
Diante das explicações você acha que está suficientemente informada a respeito da pesquisa que será realizada e
concorda de livre e espontânea vontade em participar?
( ) Sim
( ) Não
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V 47 ?É quando conseguimos administrar as adversidades da vida com um pouco mais de serenidade. Sem se
frustrar tanto?.
A. B 47 ?Quando você está bem consigo mesma e seu corpo está em interação com a mente em harmonia?.
J. R 37 ?Quando a pessoa está bem consigo mesmo e com os outros, é aceitar as exigências da vida sabendo lidar
com as boas emoções e também com aquelas ruins, mas que fazem parte da vida reconhecer seus limites e buscar
ajuda quando necessário?.
S. A 42 ?Estar bem com você mesma e aceitar os outros como querem ser?.
M. T 41 ?Saúde mental para mim é o conjunto de desejos e capacidade de alcançá-los, juntamente com o fator do
dia a dia, obrigações, stress. É você estar bem consigo e com os que te rodeiam?.
A. F 49 ?Equilíbrio sobre seu corpo, ocupar a mente com leitura, exercícios, e boa alimentação?.
H 31 ?É estar com o seu interior tranquilo, bem resolvido, pois assim ajudará no seu exterior?.
M. K 32 ?Você ter a capacidade de um entendimento constante que dentro disso você se autoconhece?.
L. G 24 ?Se sentir bem, estar "de bem com a vida", ter uma vida boa e saudável. Estar apto e ativo para realizar
metas e sonhos?.
P 30 ?É a pessoa enfrentar o estresse do dia a dia sem perder o controle dos seus hábitos diário?.
A. C 43 ?Conseguir lidar com os desafios diários sem deixar que isso afete sua vida?.
J. K 32 ?Saúde mental é conseguir equilibrar suas vontades com suas necessidades, para ações e hábitos que
levem para uma vida saudável?.
M. S 47 ?Saúde Mental para mim está relacionada à forma como eu reajo às exigências da vida e ao modo como
harmonizo meus desejos, capacidades, ambições, ideias e emoções. Ter saúde mental é estar bem comigo mesmo e
com os outros. Aceitar as exigências da vida?.
M. P 58 ?Saúde mental é ter uma memória boa, capacidade de saber o que quer. Estar bem consigo mesma. E ter
Deus em sua vida o tempo todo?.
M. L 41 ?Acho que é quando não consigo se concentrar, acho que não estou bem mentalmente?.
S. L 40 ?Está relacionado à como o sujeito responde as demandas (trabalho, vida pessoa e social). Também está
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relacionado em como o sujeito aceita a si mesmo, e as demandas da vida?.
R 48 ?É um assunto amplo saúde mental, é aquelas pessoas que tem uma angústia, ou psicológico etc. Mas tem
tratamento?.
V 47 ?Sobrepeso?
A. B 47 ?Bem porque quero emagrecer pra melhorar minha saúde e a imagem será uma consequência?.
J. R 37 ?Não me sinto bem, encontro muitos dificuldade no meio social e até mesmo no profissional?.
L. A 40 ?Engordei muito?.
S. G 25 ?Péssima. Baixa autoestima, padrões impostos pela sociedade?.
S. A 42 ?Pesada?.
M. T 41 ?Não tenho dimensão do meu tamanho, como sempre fui chamada de gorda evitava fotos e espelhos. Hoje
vejo que tudo foi construído na minha cabeça e eu nunca pensei ou fiz algo a respeito?.
A. F 49 ?Hoje estou mais satisfeita, mas deixei de cuidar, agora estou correndo atrás para melhorar?.
H 31 ?Eu me sinto bem, porém a sociedade não me aceita assim, por isso a muita cobrança?.
L. G 24 ?Não me sinto muito bem com ela, sei que não estou esteticamente muito fora do padrão, porem, gostaria de
me sentir bem com meu físico e minha saúde?.
M. S 47 ?Por ter passado por um tratamento de quimioterapia, e ficar muito inchada ao terminar, não estava me
sentido bem, mas agora estou voltando a gostar e ficando bem?.
M. P 58 ?Depois que comecei o tratamento, a eliminar peso, me sinto muito bem, me aceito melhor, não tenho mais
vergonha do meu corpo?.
A. G 33 ?Estou relativamente satisfeita com meu peso, entretanto após as gestações minha região abdominal está
ruim?.
E. R 23 ?Frustrada, porque faço uso de medicamentos que me fazem reter líquidos e aumentam minha fome, e
quanto mais me privo de comer ou faço tratamento é praticamente atoa?,
S. L 40 ?Cheinha, engordei nos últimos tempos e estou com dificuldade para emagrecer?.
J. R 37 ?Saúde física?.
S. G 25 ?Baixa autoestima?.
C 37 ?Autoestima?.
M. T 41 ?Aprender a como emagrecer. Já não tenho mais idade para seguir dietas loucas e voltar a engordar. Tenho
que aprender a fazer isso?.
E. S 50 ?Minha saúde?.
H 31 ?Na verdade, a minha mãe me levou e pagou pra mim emagrecer, por ela ser magra ela quer que eu seja
também?.
M. K 32 ?Eu vi que precisava urgente de ajuda pois nunca havia engordado, em relação a pandemia falta de
exercício o medo eu engordei em 6 meses mais de 10 kg?.
L. G 24 ?Estou bem acima do meu peso e por questões de saúde busquei ajuda?.
P 30 ?Questão de saúde?.
J. K 32 ?Necessidade?.
M. S 47 ?Porque quando dói no bolso, a gente faz kkk. Brincadeira, com ajuda profissional a gente fica motivada e
faz?.
F 34 ?Excesso de peso?.
J. A 41 ?Hábitos?.
S. L 40 ?Eu procurei para meu filho, que engordou depois da pandemia, era atleta e passou a ficar somente em casa
e trabalhar com lanches. Acredito que ajuda profissional dá mais resultado, uma por ser uma técnica aprovada, e
outra pelo comprometimento gerado. (estou pagando tem que valer a pena)?.
R 48 ?Não?.
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A. B 47 ?Acho que não influencia?.
L. A 40 ?Positiva?.
S. G 25 ?Negativa?.
C 37 ?Sim?.
M. T 41 ?Depende do que você quer seguir. Positiva se você se cercar de conteúdo relacionado a se sentir bem
como você é desde que seja saudável. E negativa quando estabelece um padrão onde você não se encaixa?.
E. S 50 ?Positiva?.
A. F 49 ?Influente?.
H 31 ?Acho como negativo por que mexe com a nossa mente, e a praticidade de ter tudo em casa?.
M. K 32 ?Negativa eles impõe um padrão e se a gente não seguir ficamos pra trás e quando isso acontece os
olhares pra você te diz como um julgamento?.
L. G 24 ?Sim, muitas pessoas se sentem bem, mesmo acima do peso, porém, normalizar isso ignorando a saúde é
um problema, da mesma forma que impor um padrão de beleza acaba desanimando e deixando pessoas doentes
mentalmente por se sentirem fora do ?padrão??.
P 30 ?Positiva?.
A. C 43 ?Negativa?.
J. K 32 ?Negativa?.
M. S 47 ?Negativa?.
M. P 58 ?Negativa?.
M. O 38 ?Positiva?.
A. G 33 ?Negativa?.
E. R 23 ?Negativa?.
M. L 41 ?Negativa?.
F 34 ?Sim?.
M. R 38 ?Positiva?.
J. A 41 ?Negativa?.
S. L 40 ?Com certeza?
R 48 ?Positiva?.
L. A 40 ?Não sei?.
C 37 ?Não sei?.
M. T 41 ?Entender porque a comida traz o bem estar que uma caminhada não traz. entender porque na minha
cabeça a felicidade se resume a comer, estar comendo, mesa farta. E não uma trilha... um jogo... movimento?.
S. A 53 ?Não sei?.
L. G 24 ?Nos momentos de medo, nos momentos que dará vontade de desistir, um auxílio psicológico seria de
extrema importância?.
M. S 47 ?Acho que ajudaria a lidar com as emoções e também acredito que seria mais eficaz?.
M. O 38 ?Incentivo?.
E. R 23 ?Poderia falar minhas frustrações e conseguir lidar com elas para continuar?.
M. L 41 ?Não sei?.
M. R 38 ?Ajuda psicológica?.
R 48 ?Sim
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