Monografia (Usiléia)

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USILÉIA ANDRADE ROCHA

O USO DA TÉCNICA DE VISUALIZAÇÃO CRIATIVA E DOS FLORAIS

DE MINAS NO ATENDIMENTO PSICOPEDAGÓGICO

Belo Horizonte

FACULDADE METROPOLITANA DE BELO HORIZONTE

2010
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USILÉIA ANDRADE ROCHA

O USO DA TÉCNICA DE VISUALIZAÇÃO CRIATIVA E DOS FLORAIS

DE MINAS NO ATENDIMENTO PSICOPEDAGÓGICO

Trabalho de conclusão de curso apresentado

à Faculdade Metropolitana de Belo Horizonte

e ao Instituto Renascer da Consciência

como requisito parcial para a conclusão da

pós-graduação lato sensu em Psicologia

Transpessoal.

ORIENTADORA: Nádia Fernandes de Souza

ESPECIALISTA EM PSICOLOGIA CLINICA

PELA PONTIFICIA UNIVERSIDADE

CATÓLICA MINAS GERAIS.

Belo Horizonte

2010
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USILÉIA ANDRADE ROCHA

O USO DA TÉCNICA DE VISUALIZAÇÃO CRIATIVA E DOS FLORAIS

DE MINAS NO ATENDIMENTO PSICOPEDAGÓGICO

Trabalho de conclusão de curso apresentado à Faculdade

Metropolitana de Belo Horizonte e ao Instituto Renascer da

Consciência como requisito parcial para a conclusão da pós-

graduação lato sensu em Psicologia Transpessoal.

Belo Horizonte - 2010

____________________________________

Nádia Fernandes de Souza

ORIENTADORA

ESPECIALISTA EM PSICOLOGIA CLINICA

PELA PONTIFICIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS

GERAIS.
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USILÉIA ANDRADE ROCHA

O USO DA TÉCNICA DE VISUALIZAÇÃO CRIATIVA E DOS FLORAIS

DE MINAS NO ATENDIMENTO PSICOPEDAGÓGICO

COORDENADORA PEDAGÓGICA.

Trabalho de conclusão de curso apresentado à Faculdade

Metropolitana de Belo Horizonte e ao Instituto Renascer da

Consciência como requisito parcial para a conclusão da pós-

graduação lato sensu em Psicologia Transpessoal.

Belo Horizonte - 2010

____________________________________

Gislaine Maria D’Assumpção

COORDENADORA GERAL

____________________________________

Marisa Estela Sanabria Tejera

COORDENADORA PEDAGÓGICA
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DEDICATÓRIA

Às famílias que acompanho e aos meus amigos que tornam minha vida

abençoada. Em especial, ressalto aqui meu carinho à Elia Silva minha terapeuta e

amiga de todas as horas, pela força e orientações durante todo esse percurso de

ousadia. Dedico também a minha família, meu laboratório de aprendizagem diária.


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AGRADECIMENTOS

À Orientação Divina e a todos que cruzam meu caminho deixando sua contribuição

significativa no meu processo evolutivo.


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“Criar o que não existe, ainda deve ser a

pretensão de todo sujeito que está vivo.”

Paulo Freire
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RESUMO

Este trabalho visa integrar as teorias da aprendizagem, a psicanálise, a Psicologia transpessoal e a


terapia floral à Psicopedagogia, com a intenção de ampliar a criança, o adolescente e o adulto no
desenvolvimento das estruturas mentais, que vão possibilitar sua melhor adaptação para a vida.
Esta pesquisa nasceu da necessidade de se conhecer os fatores que influenciam o comportamento
humano, que podem prejudicar a sua aprendizagem e tem por objetivo apresentar um tratamento
alternativo complementar, no auxílio dos conflitos comportamentais.
Com isso, foi preciso recorrer às teorias de aprendizagem, à análise psicanalítica, que são fatores
que visam explicar a maneira com é adquirido o conhecimento desde a infância ao desenvolvimento
da personalidade.
A partir daí, acrescentar um recurso alternativo, que é a técnica de visualização criativa e a terapia
floral, visando o tratamento do ser humano como um todo. Os florais de Minas veem como meio de
auxilio para o tratamento psicopedagógico, no momento em que eles atuam nos aspectos emocionais
em conflitos observados na anamnese.
Tanto a pessoa atendida quanto o psicopedagogo podem utilizar das essências florais como forma de
cuidar de si mesmos, pois elas atuam no processo de conscientização, tornando mais rápida a
recuperação.

Palavras chaves: Dificuldades de aprendizagem: Psicopedagogia; Psicologia transpessoal; Terapia


floral; Terapeutas.

SUMMARY

This paper aims to integrate the learning theories, psychoanalysis, Transpersonal Psychology and
floral therapy to Psychoeducation, with the intention of expanding the child, adolescent and adult in the
development of mental structures, which will enable its better adaptation to life. This survey was born
of need to know the factors that influence human behavior, which can harm their learning and aims to
provide a complementary alternative treatment, in aid of behavioral conflicts. With this, it was
necessary to resort to learning theories, psychoanalytic analysis, which are factors that aim to explain
how knowledge is acquired from childhood to the development of personality. From there, add an
alternate resource, which is the technique of creative visualization and floral therapy for the treatment
of the human being as a whole. Floral mine comes as a means of aid for treating psicopedagógico
when they act on emotional aspects observed in anamnesis in conflicts. Both the person served as
psicopedagogo of flower essences can be used as a way to take care of themselves, because they
operate in the process of awareness, making more rapid recovery.

Keywords: learning difficulties: Psychoeducation; Transpersonal Psychology; Floral Therapy;


Therapists.
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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO............................................................................................................10

1. CONCEITOS IMPORTANTES NA PSICOPEDAGOGIA.....................................12

1.1- O que é Psicopedagogia.............................................................................12

1.2- O diagnóstico Psicopedagógico................................................................13

2. O DESENVOLVIMENTO DA PERSONALIDADE................................................14

2.1- Importância do inconsciente para a Educação Individual........................14

2.2- Os processos da Aprendizagem.................................................................16

2.3 Vygotsky.........................................................................................................17

2.4 Piaget...........................................................................................................21

2.5- A psicanálise como diagnóstico.................................................................23

2.6 - Contribuições dos Conhecimentos Psicanalíticos para a

Psicopedagogia.....................................................................................................24

3. CONTRIBUIÇÕES DA PSICOLOGIA TRANSPESSOAL....................................30

3.6 O que é Psicologia Transpessoal?...........................................................30

3.2- O Novo Paradigma e a Física Moderna......................................................31

3.3- Técnica de Visualização criativa..................................................................33

4. TERAPIA FLORAL...............................................................................................34

4.1- O que é Terapia floral?................................................................................34

4.2- Mecanismo de atuação dos florais...............................................................36

4.3- Terapia floral associada ao atendimento psicopedagógico......................37

CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................................................38

BIBLIOGRAFIA...........................................................................................................41
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INTRODUÇÃO

Desde algum tempo, a relação ensino-aprendizagem vem sendo tema de

vários estudos feitos, com a finalidade de buscar a maneira correta de transmitir o

conhecimento, permitindo às pessoas, possibilidades de se tornarem e se

reconhecerem cidadãos capazes e conscientes de sua missão durante a vida.

Sendo assim, essa aprendizagem não pode ser encarada apenas como o

ensinar a ler e escrever, mas uma abordagem de vários aspectos relacionados ao

crescimento e desenvolvimento humano, permitindo ao sujeito, vivenciar

experiências que possam ajudá-lo durante toda sua existência.

Quando falamos em aprendizagem, nos deparamos com conceitos

variados, trabalhos extensos, várias pesquisas e poucas mudanças concretas no

que diz respeito à evolução do ser em todas as suas dimensões.

A realidade que encontramos, são inúmeras teorias que deveriam dar

certo, em relação a tantas queixas emocionais, dificuldades de aprendizagem e

vários outros conflitos de personalidade. Nota-se que desconhecendo a origem do

conflito instalado, significa que a aprendizagem e superação não ocorreram. Mas

porque isso acontece? Onde está a falha?

Para explicação destes fenômenos, precisamos recorrer às teorias de

aprendizagem, à análise psicanalítica, as contribuições da Psicologia Transpessoal

e da Psicopedagogia, que visam explicar a maneira como se processa o

desenvolvimento evolutivo do ser humano. A partir daí, outros recursos alternativos

se fazem necessários com o objetivo de estabelecer uma relação coerente, entre as

queixas apresentadas e as possíveis soluções.


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Segue nas primeiras páginas aspectos gerais da Psicopedagogia,

Psicologia Transpessoal sobre o desenvolvimento da personalidade e da

aprendizagem, a psicanálise como diagnóstico e sua associação com a terapia

floral.
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1. CONCEITOS IMPORTANTES NA PSICOPEDAGOGIA

1.1- O que é Psicopedagogia

A Psicopedagogia estuda as características da aprendizagem humana:

como se aprende, como essa aprendizagem varia evolutivamente e está

condicionada por vários fatores, como se produzem as alterações na aprendizagem,

como reconhecê-las, tratá-las e preveni-las. Como outras áreas da saúde, a

Psicopedagogia implica em um trabalho a nível preventivo e curativo. Na função

preventiva, cabe ao psicopedagogo atuar esclarecendo sobre o processo evolutivo

das áreas ligadas à aprendizagem (perceptiva motora, de linguagem, cognitiva,

emocional), auxiliando na organização de condições de aprendizagem de forma

integrada e de acordo com as capacidades das pessoas. O trabalho do

psicopedagogo, em nível curativo, é dirigido às pessoas com distúrbios de

aprendizagem.

Psicopedagogia é uma área de conhecimento e de atuação profissional

bastante recente, facilitando conhecer a forma de aprender do sujeito.

Todo diagnóstico psicopedagógico é uma investigação, é uma pesquisa

do que não vai bem com o sujeito em relação a uma conduta esperada. É o

esclarecimento de uma queixa. Trata-se do não aprender, do não entender a

dificuldade instalada. Nessa investigação, pretende-se obter uma compreensão

global da forma de aprender do sujeito e dos desvios que estão ocorrendo nesse

processo.

A Psicopedagogia surgiu como norteadora dos procedimentos

necessários ao trabalho com pessoas que apresentam barreiras à sua

aprendizagem. Através de estudos nas áreas da psicanálise, psicologia social e


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epistemologia genética, a Psicopedagogia objetiva o reconhecimento das

capacidades do sujeito visando retirar o obstáculo que impede de aprender e

entender as suas dificuldades.

O estudo da Psicopedagogia demonstra que não há uma relação causa-

efeito sobre os fatores que obstacularizam a aprendizagem, mas, sim, há um

contexto que envolve o ser aprendente e o “objeto” a ser analisado e compreendido.

Na análise do contexto, entende-se que para cada sujeito haverá um processo

singular, permeado por uma aprendizagem individual e social onde as estratégias de

ajudas estarão em acordo ou desacordo.

A análise e compreensão do contexto referem-se à relação do sujeito com

a aprendizagem (vínculo positivo/negativo), a sua modalidade de aprendizagem, a

dinâmica da família a qual pertence e o contexto social que se encarrega de seu

processo de aprendizagem sistematizado.

1.2- O diagnóstico Psicopedagógico

A técnica de investigação diagnóstica começa com a Entrevista Operativa

Centrada na aprendizagem, de onde se extrai a primeira hipótese e se define a linha

de pesquisa.

A partir da análise desses dados, elabora-se o segundo sistema de

hipóteses e organiza-se a linha de pesquisa para a anamnese (entrevista com a

família).

Por fim, o psicopedagogo, conclui o terceiro sistema de hipóteses,

levantando as causas das dificuldades na aprendizagem e, posteriormente, fazendo


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a devolutiva à família e ao sujeito, indicando-se os agentes corretores ideais e

possíveis.

Importante destacar que no processo diagnóstico, dependendo do caso,

tem a interferência de outros profissionais, como: médico, psicólogo, terapeuta floral,

fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional e outros que se fizerem necessários. Portanto,

exige um trabalho multidisciplinar.

O trabalho psicopedagógico pode assumir feição preventiva ou

terapêutica e estar relacionado com equipes ligadas aos campos da Educação e

Saúde. Evoluiu a partir de uma demanda da sociedade, que passou a valorizar a

aprendizagem a partir de paradigmas integradores e geradores de sínteses, e tem

respondido a ela com uma práxis que atua frente às necessidades de compreensão

do ser humano em toda sua complexidade, com ampla aceitação nos mais diversos

segmentos da comunidade.

2. O DESENVOLVIMENTO DA PERSONALIDADE

2.1- Importância do inconsciente para a Educação Individual

De acordo com Carl G. Jung existem pontos de vista fundamentais da

psicologia analítica, que devem ser tomados em conta no julgamento da psique

infantil e especialmente da criança em idade escolar. Tais conhecimentos podem

ajudar no entendimento e compreensão em relação à vida psíquica da criança. É na

infância que se dá o desenvolvimento da consciência. Nos primeiros anos de vida

quase não se verifica consciência alguma, apesar de que já muito cedo seja

evidente a existência de processos psíquicos. Mas esses processos não estão

relacionados a nenhum “eu”, não têm um centro e por isso carecem de continuidade,
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sem a qual é impossível a consciência. Provém daí o fato da criança também não ter

memória no sentido usual, apesar da plasticidade e receptividade para as

impressões, de que está dotado seu órgão psíquico. Somente quando a criança

começa a dizer “eu” é que tem começo a continuidade da consciência.

Durante os primeiros anos de vida, percebe-se claramente na criança

como a consciência se vai formando por um agrupamento gradual de fragmentos.

Este processo propriamente nunca cessa no decurso da vida inteira. A partir, porém,

da pós puberdade torna-se cada vez mais lento, e desde então é sempre mais raro

que novas partes da esfera inconsciente venham juntar-se à consciência.

É importante o período que vai do nascimento até o término da puberdade

psíquica, que para o homem, em nosso clima e em nossa raça, pode estender-se

até os vinte e cinco anos e na mulher termina antes, aos dezenove ou vinte anos,

justamente nesse período ocorre o maior e mais intenso desenvolvimento da

consciência. Este desenvolvimento estabelece vínculos fortes entre o “eu” e os

processos psíquicos até então inconscientes, e também os separa nitidamente do

inconsciente. Deste modo emerge a consciência a partir do inconsciente.

A criança se desenvolve a partir de um estado inicial inconsciente e

semelhante ao do animal, até atingir a consciência: primeiro a consciência primitiva

e, a seguir, gradativamente, a consciência civilizada.

O estado inconsciente de si mesmo, que se estende pelos dois ou três

primeiros anos de vida, pode ser comparado ao estado psíquico animal. É o estado

em que o individuo se acha como que inteiramente fundido com as condições do

meio ambiente. Do mesmo modo que a criança na fase embrionária quase não

passa de uma parte do corpo materno, do qual depende completamente, assim

também de modo semelhante à psique da primeira infância, até certo ponto, é


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apenas da psique materna e, logo depois, também da psique paterna, em

conseqüência da atuação comum dos pais.

Daí provém o fato de que as perturbações nervosas e psíquicas infantis,

até muito além da idade escolar, por assim dizer, se devem exclusivamente a

perturbações da esfera psíquica dos pais. Dificuldades no relacionamento dos pais

entre si se refletem na psique da criança, podendo produzir nela perturbações até

mesmo doentias.

O psicopedagogo ao detectar um distúrbio nervoso na criança, agirá

corretamente se procurar primeiro os pais da criança, a fim de chamar-lhes

seriamente a atenção para seu estado psíquico como: seus problemas, a maneira

como vivem ou deixam de viver, as suas aspirações, etc, estão afetando

inconscientemente na psique de seus filhos. Família e profissionais envolvidos

nesse processo, precisam abrir sua personalidade à criança ou adulto, ou , ao

menos, dar a oportunidade a este acesso. “O inconsciente é como a terra do jardim,

da qual brota a consciência. A consciência se desenvolve a partir de certos

começos, e não surge logo como algo de completo e acabado.” (JUNG, 1990:55).

2.2- Os processos da Aprendizagem

Desde algum tempo, a aprendizagem vem sendo tema de vários estudos

feitos com a finalidade de buscar a maneira correta de ensinar para que as pessoas

tenham possibilidades de se tornarem cidadãos e conscientes de sua missão

durante a vida.

Sendo assim, a aprendizagem não pode ser encarada apenas como

ensinar a ler e escrever, mas a abordagem de vários aspectos relacionados ao


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crescimento e desenvolvimento humano, permitindo à pessoa, vivenciar

experiências que possam ajudá-la durante toda sua existência.

É comum se perceber a dificuldade de alguns alunos dentro da sala de

aula em relação à aprendizagem. O que estaria faltando a eles para que a

aprendizagem realmente se realizasse?

Quando se decide falar em aprendizagem, nos deparamos com conceitos

variados, trabalhos extensos, várias pesquisas e poucas mudanças concretas no

que diz respeito à prática pedagógica e psicopedagógica.

A realidade que se encontra, são inúmeras teorias que deveriam dar

certo, em relação ao alto índice de dificuldades, sobretudo em pessoas que

acumulam conteúdos e informações ao invés de aprendizado. Mas porque isso

acontece? Onde está a falha?

Para a explicação destes fatos precisa-se recorrer às teorias de

aprendizagem, que visam explicar de maneira como é adquirido o conhecimento da

criança.

2.3 Vygotsky

Vygotsky dedicou-se ao estudo da psicologia como ciência natural e

psicologia experimental, experimentação, divisão do fenômeno em partes simples

para facilitar a análise (base=corpo). A psicologia como ciência mental, mais próxima

às ciências humanas (consciência, espírito, alma, emoções, processos psicológicos

superiores) abordagem global e subjetiva, não se preocupando com a divisão do

fenômeno. Ele interessou-se por compreender os mecanismos psicológicos mais

sofisticados e mais complexos. Vygotsky afirma que as atividades psicológicas

possuem um suporte biológico porque são produtos de atividade cerebral. O


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funcionamento psicológico fundamentado nas relações sociais entre o individuo e o

mundo exterior, aos quais desenvolvem-se num processo histórico. A relação

humem/mundo deixa de ser direta e passa a ser uma relação mediada por sistemas

simbólicos. Para ele existem dois tipos de elementos mediadores que são os

instrumentos e os signos.

O homem utilizava-se de instrumentos em épocas primitivas que era feito

especialmente para um certo objetivo e era usado para uma certa finalidade de

trabalho. Por exemplo, se o homem necessitasse matar um animal para se

alimentar, ele utilizava a faca como instrumento, ampliando as possibilidades de

transformação da natureza.

Um outro elemento mediador é o signo que possibilita o ser humano a

pensar em objetos ausentes, agindo assim no campo psicológico ao contrário dos

instrumentos que auxiliam nas ações concretas. O signo é uma marca externa, que

auxilia o homem em tarefas que exigem memória ou atenção.

No caso de uma sala de aula, o professor quer explicar aos alunos o que

significa e para que é usada tal coisa.Ele pode referir-se a elementos ausentes do

espaço e do tempo presentes. Como por exemplo, o signo “casa”.

Ao se referir a este signo, a criança imediatamente tem em mente um

modelo de casa que ela imagina. A criança facilmente entendeu o significado,

porque o signo “casa” foi interpretado como representação da realidade.

Portanto a memória mediada por signos é, pois mais poderosa que a

memória não mediada. Quando se utiliza signos nos processos de aprendizagem

podemos notar que a criança focaliza sua atenção em um objeto, evento ou

situação, possibilitando um comportamento mais controlado na sua definição, ou

seja, uma visão direcionada ao verdadeiro significado, desenvolvendo assim suas


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funções psicológicas superiores. É importante lembrar que em certos casos, este

processo de mediação por signos, só poderá ser utilizado em crianças a partir de

oito anos.

Este argumento de Vygostsky afirma que a utilização de marcas

externas vai transformar em processos internos de mediação; esse mecanismo é

chamado de processo de internalização. Quando o individuo representa

mentalmente um conjunto de signos e ocorre este processo, ele se liberta do mundo

concreto, ou seja, suas representações mentais o libertam do mundo real. Mesmo

assim, a relação com o mundo não é direta, ela continua sendo mediada pelos

signos que passaram a ser internalizados.

É a partir de sua experiência com o mundo objetivo e do contato com as

formas culturalmente determinadas de organização do real (e com os signos

fornecidos pela cultura que os indivíduos vão construir seu sistema de signos) o qual

consistirá numa espécie de “código” para decifração do mundo.

As crianças quando nascem, recebem informações particulares que as

fazem desenvolver e agir de acordo com estes modos culturalmente construídos,

diferenciando-se assim, uma das outras. A influência deste mundo social se dá por

meio de processos que ocorrem em diversos níveis e é esta interação que constrói o

ser humano. Este desenvolvimento se dá “dá” de fora para dentro”.

De acordo com este conceito, o professor ou o terapeuta, deverá

perceber que cada criança possui uma bagagem lingüística própria, que não pode

ser desprezada. A criança se desenvolverá a partir de novos conhecimentos

adquiridos de acordo com as informações recebidas do meio social de onde ela vive

e também de onde ela veio. Para Vygotsky o fundamento do funcionamento

psicológico tipicamente humano é social e, portanto histórico.


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A aquisição da linguagem definirá um salto qualitativo no desenvolvimento

do ser humano. A linguagem facilita este intercâmbio social, pois ela é o sistema

simbólico básico de todos os grupos humanos que necessitam da comunicação. São

os signos que traduzem idéias, sentimentos, vontades, pensamentos, etc.

Uma outra função da linguagem é a de pensamento generalizante. O

professor pode citar um conceito: por exemplo, a palavra roupa. Cada aluno

compreende este signo de acordo com sua imaginação, mas o sentido real da

palavra é generalizado, tornando assim a linguagem um instrumento de

pensamento. Na evolução do individuo existe uma fase pré-verbal que permite a

ação no ambiente sem a mediação da linguagem. Por exemplo, a criança se

comunica com o choro, o riso que são manifestações verbais, sem dominar a

linguagem. Só depois a fala torna-se intelectual, com função simbólica,

generalizante, e o pensamento torna-se verbal, mediado por significados dados pela

linguagem.

No significado da palavra é que o pensamento e a fala se unem em

pensamento verbal, formando a unidade das duas funções básicas da linguagem, o

intercâmbio social e o pensamento generalizante. De acordo com isso é importante

prestar atenção que o processo de aquisição da linguagem pela criança, pois ela

tem uma tendência a generalizar significados. Por exemplo, a palavra “lua”, a

criança pode aplicar essa palavra a todo foco de luz que se assemelha à lua. É

necessário que o professor colabore neste processo de desenvolvimento, a partir de

definições e referências, ajudando a criança a desenvolver significados cada vez

mais próximos do grupo cultural e lingüístico de que faz parte através do contato

verbal com outras crianças e adultos durante a aprendizagem escolar.


21

O sentido da palavra liga seu significado objetivo ao contexto de uso da

língua e aos motivos afetivos e pessoais de seus usuários, isto é, a palavra varia

conforme a pessoa que a utiliza e o contexto em que é aplicada.

Neste conceito de linguagem existe o discurso interior e a fala

egocêntrica. O discurso interior é uma espécie de diálogo consigo mesmo. E a fala

egocêntrica é o discurso da criança quando dialoga alto consigo própria, quando

“fala sozinha” ou “pensa alto”.

Para Vygotsky, o surgimento da fala egocêntrica, com essa função

claramente associada ao pensamento, indica que a trajetória da criança vai de fato,

dos processos socializados para os processos internos.

2.4 Piaget

De acordo com Piaget o meio social não atua sempre do mesmo modo

sobre a criança, mas depende de sua etapa de desenvolvimento. Apesar da sua

grande importância, as transmissões sociais e educativas não são consideradas por

Piaget como suficientes, para explicar as construções cognitivas. A linguagem é um

dos processos de desenvolvimento mais influenciado pelas transmissões sociais,

pois faz parte de uma capacidade mais ampla, a de representar coisas ausentes

mediante significações manipuladas em pensamento. Não é porque as pessoas

conversam com a criança que ela aprende de uma só vez a falar. Ao contrário, as

conquistas são progressivas. Ao mesmo tempo em que a criança age, ela fala, pois

no inicio do seu desenvolvimento, a linguagem está muito próximo da ação.

É imprescindível que o adulto converse com as crianças contando-lhes

coisas, e as ouça para conhecer o que elas pensam, pois é nesse contexto que a
22

linguagem evolui. Porém, há sempre limites e esses surgem das possibilidades de

assimilação.

As tradições culturais e as transmissões educativas podem variar de uma

sociedade para outra, de um meio ambiente para outro, acelerando ou retardando o

desenvolvimento das conquistas. Durante o período da escolarização podemos

constatar que informações transmitidas são repetidas pelas crianças sem serem

entendidas. Isso gera vários conflitos e complexos afetivos. A criança adquire falta

de autoconfiança e perde a capacidade de criar e descobrir coisas novas, rejeitando

qualquer coisa que lembre escola ou estudo. Para Piaget isto principia um atraso no

desenvolvimento das estruturas cognitivas, porque se os processos construtivos não

evoluem, a reversibilidade própria das operações concretas não se efetiva,

causando dificuldades de raciocínio e problemas na construção da personalidade

das crianças.

Piaget valoriza a cooperação, ou seja, a possibilidade de operar em

conjunto, de cooperar com o outro, pois em sociedade, vida é convivência. O

objetivo da educação intelectual não é saber repetir ou conversar verdades

acabadas, pois uma verdade que é reproduzida não passa de uma semiverdade. O

papel do professor com as crianças é de fazê-los compreender as coisas em lugar

de impô-las. Não impor regras antes que estas sejam inteiramente compreensíveis e

tratar de fazê-las compreender a partir da própria experiência.

Para Piaget vida afetiva e vida cognitiva são inseparáveis. Tal aspecto diz

respeito aos interesses, motivações, afetos, facilidades, esforço, ou seja, ao

conjunto de sentimentos que acompanham cada ação realizada pela criança. A

afetividade é o motor das condutas. Ninguém se esforçará para resolver um


23

problema de matemática, se não se interessar por tal disciplina, para haver tal

interesse é necessário que haja o esforço.

A aprendizagem nada mais é que um setor do desenvolvimento cognitivo

porque se refere a tudo o que a criança recebe em situações especificas de

transmissões educativas. Quando não há uma assimilação ativa, a compreensão

torna-se extremamente difícil, justificando tantos “esquecimentos”.

2.5- A psicanálise como diagnóstico

A psicanálise nada mais é do que uma anamnese, algo complicada e

profunda. A anamnese se baseia na informação dos familiares e nas respostas que

o paciente dá ao ser interrogado. O psicanalista faz naturalmente sua anamnese de

forma tão cuidadosa quanto qualquer outro especialista. Mas isto não é análise, e

sim apenas anamnese.

Num conhecimento superficial da literatura psicanalítica, afirma que a

psicanálise é um método de sugestão através do qual se inculca no paciente uma

espécie de sistema de aprendizagem que produzirá curas. Ao contrário da terapia

sugestiva, o psicanalista se esforça para não impor ao paciente aquilo que ele não

vê ou percebe como evidente. A psicanálise depende do paciente e de sua força

julgadora já que a essência da análise consiste em levá-lo ao conhecimento de si

mesmo.

O psicanalista evita argumentar com o paciente, devendo naturalmente

ouvir e anotar os conflitos conscientes e os problemas do paciente, mas não para

satisfazer seus desejos e dar-lhes sugestões ou conselhos. A análise não resolve os

problemas de um neurótico por conselhos e raciocínio consciente. Ela procura


24

superar as perturbações da psique neurótica a partir do inconsciente e não do

consciente. Para isto tem-se que contar naturalmente com os conteúdos conscientes

do paciente, pois só é possível atingir o inconsciente dessa forma.

Os conteúdos conscientes pelos quais se deve começar o trabalho

psicanalítico são inicialmente os materiais fornecidos pela anamnese. Na maioria

dos casos esses materiais fornecem os pontos de referência que esclarecem o

paciente sobre a origem psicológica de seus sintomas. A partir daí, são trazidos à

tona problemas que precisam de uma discussão especial. Este trabalho pode e deve

durar várias sessões. Termina-se com a formulação do problema que se mostra

quase sempre insolúvel.

2.6 - Contribuições dos Conhecimentos Psicanalíticos para a Psicopedagogia

Sigmund Freud, médico, neurologista, cientista e pesquisador preocupou

em estudar e encontrar as causas dos distúrbios mentais e tentou explicá-los.

Através do atendimento clínico, analisando seus pacientes, sistematizou sua teoria

sobre o inconsciente, a sexualidade infantil, o complexo de Édipo, as instâncias

psíquicas, o desenvolvimento da personalidade e vários outros estudos mostrando a

complexidade da mente humana.

Desenvolveu o estudo da Psicanálise, ou seja, um procedimento para

investigação de processos mentais que são quase inacessíveis, por qualquer outro

modo, um método baseado nesta investigação, para o tratamento de distúrbios

neuróticos e uma coleção de informações psicológicas obtidas neste sentido. O

principal campo de sua atuação são as neuroses mais brandas – histerias, fobias e
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estados obsessivos; e nas malformações do caráter e inibições ou anormalidades

sexuais, podendo trazer acentuadas melhorias ou mesmo recuperações. A influência

terapêutica da psicanálise é tornar conscientes fatos inconscientes, onde estão

armazenadas a origem de vários problemas.

O sujeito falado pela Psicanálise se faz presente em sonhos, atos falhos,

lapsos de linguagem, tropeços de fala e nos percalços da vida cotidiana, sempre fiel

a sua divisão, da qual não pode livrar-se, a não ser pagando o preço da exclusão de

seu próprio meio. Deverá responder por sentimentos, desejos, postura e

conseqüência dos atos que assume, frente às determinações impostas por sua

história de vida.

O caráter universal de certo número de situações que ocorrem na

infância, tais como o desmame, a rivalidade fraterna e o Complexo de Édipo, fazem

delas um potencial patogênico e uma fonte de frustração. Porém, tais situações só

revestem um trauma ou conflito interno de uma significação específica e tornam-se

fonte de problemas neuróticos, quando de um contexto emocional particular.

A originalidade da Psicanálise foi ter abordado a estrutura e a etiologia da

neurose forma de elaboração anormal dos estímulos emocionais – sob a perspectiva

do conflito psíquico interno. Não se trata de conflito no sentido psicológico clássico,

cujas dificuldades em que se encontra o sujeito é explicada pela inadequação entre

seus instintos e necessidades e sua relação com a realidade. No sentido

psicanalítico, o conflito intrapsíquico tira seu conteúdo dessas situações, mas não se

torna verdadeiramente um conflito, senão quando as condições externas são

interiorizadas pelo sujeito, ou seja, quando os elementos do conflito, são

representados sob a forma de uma realidade psíquica. A solução de tais conflitos


26

depende de uma reestruturação interna da personalidade e não de uma adaptação

às circunstâncias exteriores. A solução desses conflitos interiorizados conduz

também a formação de modelos de conduta e do modo de reação que são

específicos de toda personalidade concreta.

A Psicanálise concede a cada um o domínio que gostaríamos que

permanecesse ignorado. A revelação do recalcado, mesmo quando feita de modo

superficial e intelectualizado, não pode senão provocar resistências conscientes e

inconscientes.

Há tempos que os motivos pelos quais as pessoas resistem à Psicanálise

foram esclarecidos. São dois os obstáculos principais: o primeiro seria a falta de

hábito de contar com o determinismo da vida mental.

O Psicanalista recusa-se a considerar a consciência como a essência da

vida psíquica, sendo aquela uma simples qualidade. Isto equivale a dizer que toda

conduta humana e o sintoma neurótico são, em grande parte, influenciados pelas

motivações que escapam ao nosso conhecimento consciente. Uma significação

latente deve ser tirada de nossas ações manifestas, de nossos sonhos e fantasias.

Todo esforço do psicanalista é orientado para a descoberta dessas significações

inconscientes, mediante o uso de várias técnicas, tais como as associações livres,

permitindo, assim, um encadeamento pleno de significação dos acontecimentos

aparentemente fortuitos e independentes.

A atitude neutra do psicanalista, sua imparcialidade, bem como a recusa

em se deixar apanhar pelo jogo do analisando ou a responder às suas fantasias

criam uma nova situação. Em outras palavras, a dinâmica analítica permite o


27

paciente trazer à tona o clima inconsciente e as reações a seus conflitos psíquicos

precoces (transferência) e, desse modo, reconhecer a base inconsciente de sua

conduta e de seus sintomas. Assim, o paciente torna-se capaz de instaurar novos

mecanismos de defesa menos esteriotipados e compatíveis com um funcionamento

não-neurótico de seu psiquismo.

Depois de Freud ter desvendado a existência do inconsciente, da

sexualidade infantil, e a importância do amor, a Humanidade não é mais a mesma.

Freud percebeu que toda a carga emocional, não podendo seguir seu curso normal

em direção à consciência, mudava de rumo; surgindo daí os sintomas de perda de

memória. Sua técnica consistia em desobstruir o curso natural. A pessoa voltaria a

se lembrar e, ao se acostumar com as lembranças, a dor e os sintomas

desapareceriam. Aconteceu o inusitado. Seus pacientes, no inicio, seguiam seus

conselhos, se esforçando por lembrar acontecimentos traumáticos. Porém, na

medida em que se passavam as sessões, os pacientes, começaram a se afeiçoar a

Freud e a se apaixonar por ele.

Ele pensou:

“Ora, esses sentimentos não podem ser dirigidos a mim. Não sou tão
interessante assim e nada estou fazendo para provocá-los, logo são
sentimentos dirigidos à outra pessoa e que estão sendo transferidos para
mim. Claro, são sentimentos que tiveram na infância, com os seus pais. Não
preciso mais que o paciente se lembre de nada, não preciso mais ir ao
passado porque o passado veio a mim. Não como lembrança, mas na forma
de sentimentos vivos, atuais, mais vibrante que qualquer recordação. Se eu
conversar com o paciente sobre estes sentimentos, reconstruirei toda a sua
história, as razões que o levaram ser aquilo que se tornou. Compreenderá
com a sua mente adulta de hoje estes sentimentos infantis e ele, paciente,
os transformará, fazendo com que estes sentimentos inconscientes se
tornem conscientes, eliminando assim os sintomas que o incomodam”.
(FREUD, IN JUNG, 1990:159)
28

A ação do profissional de psicanálise pode, agora, ser compreendida. O

psicanalista não deixará o sujeito livre para dar vazão aos seus instintos, como

propagam algumas pessoas... Demonstram um temor de gerar, com tal tratamento,

uma desrepressão dos desejos inconscientes. Como estes estão muitas vezes

ligados à sexualidade, abrir-se-ia uma porta que ameaçaria a própria pessoa e a

comunidade, ficando totalmente à mercê de desejos incontroláveis, sem

possibilidades de escolha. Entretanto, isso é uma ilusão, pois mesmo o mito do

selvagem que teria liberdade total para fazer o que bem desejasse caiu por terra ao

se verificar que existem leis que comandam a vida instintiva em todas as

sociedades, impondo regras elementares e complexas muito rígidas sobre as

relações amorosas entre os parentes e os membros da comunidade. Outros temores

comuns seriam o medo de mudanças independentes da vontade, como por

exemplo, o artista que perde sua inspiração, e pessoas casadas que temem uma

separação conscientemente indesejada.

A Psicanálise é uma disciplina que tem sido paralela e complementar a

todo o trabalho que busca a compreensão do ser humano, auxiliando a rever

impressões primitivas que cada sujeito tem sobre si mesmo. Dentro do trabalho

Psicopedagógico associado à terapia floral se faz necessário e obrigatório o

conhecimento e o uso das teorias psicanalíticas como forma de compreender e até

mesmo sanar qualquer distúrbio de aprendizagem. Nada se apresenta somente

aparentemente, tudo tem uma causa para existir.

Como por exemplo: Uma pessoa que apresenta traços fortes de timidez,

dificuldades de se expressar, medo de se relacionar com pessoas desconhecidas,

encontra dificuldades de socialização e consequentemente problemas de


29

aprendizagem. Se por acaso essa pessoa for encaminhada a um profissional com

conhecimentos psicanalíticos, e este caso for estudado profundamente, com certeza

muitos fatores desconhecidos, poderão ser trazidos à tona, pelo psicólogo ou

psicopedagogo e a partir daí procurar a melhor solução para o conflito.

Sabe-se que, por circunstâncias diversas e adversas, um individuo pode

nos mostrar estranhas e diferentes defesas, não representativas de sua essência

verdadeira e profunda. E é nesse ponto peculiar que devemos valorizar a

Psicanálise, por nos oferecer um paciente, mas cônscio. Entretanto, as pessoas

envolvidas no processo de compreenderem o comportamento humano – médicos,

educadores, psicólogos, terapeutas,psicopedagogos, entre muitos outros – podem,

muitas vezes, se perderem tentando compreender essas mesmas características

básicas, ou cobrando até dos pais uma resposta a elas (sintomas próprios, sinais de

um momento anterior às defesas que necessitam sim, serem trabalhadas) algo que

possuímos que é muito simples – traços puros de nossa individualidade, motivo

deste trabalho.

Somente conhecendo nossa organização psicológica e mental, as

qualidades e deficiências que obstruem ou dificultam a evolução consciente,

poderemos dirigir, com acerto, nosso processo de amadurecimento. O esforço na

intensificação deste conhecimento conduzirá ao melhor aproveitamento das

energias e aguçará nossas percepções internas, já que nenhum aspecto ou detalhe

da vida interior haverá de passar despercebido à observação perseverante e

consciente. Isto nos ajudará a aperfeiçoar tudo o que seja possível em nós, o que

implicará, ao máximo, as condições anímicas e psicológicas.


30

3. CONTRIBUIÇÕES DA PSICOLOGIA TRANSPESSOAL

3.6 O que é Psicologia Transpessoal?

A Psicologia Transpessoal estuda experiencialmente e descreve os

diferentes estados de consciência existentes e, entre os quais, existe um véu. Como,

por exemplo, sono profundo, sonho, relaxamento, vigília, etc. Há também especial

interesse pelo estudo dos estados alterados de consciência que transcendem ao

ego. A visão de mundo da Psicologia Transpessoal não é dual e sim de um todo

integrado em harmonia, onde tudo vibra em ressonância e não há separação. Sua

utilização como instrumento terapêutico, propicia à pessoa trabalhar suas

dificuldades em diversos níveis, experimentando outros estados de consciência que

lhe darão condições de perceber que ela não é só corpo, mente e emoções ao

entrar em contato com uma realidade mais sutil, não perceptível pelos cinco

sentidos. Isto ajuda ao encontro de respostas para questões existenciais como: de

onde eu vim? Para onde eu vou? Quem sou eu? Qual o sentido da vida?

Para complementar o quadro acima, pode-se citar Carl Rogers (1983), um

precursor da psicologia humanista. “Estamos enfrentando uma combinação de

mudanças paradigmáticas que podem ser mais poderosas do que qualquer coisa

que o mundo tenha visto antes. As possibilidades, tanto para a ruptura como para

vida criativa, são enormes.”

Ao fazer esta observação, Rogers estava referindo-se a uma revolução no

pensamento científico, convencionalmente chamada de Mudança de Paradigma,

que, por sua vez, paradigma refere-se ao modelo, padrão e exemplos

compartilhados, significando um esquema modelar para a descrição, explicação e


31

compreensão da realidade. É muito mais que uma teoria, pois implica uma estrutura

que gera teorias, produzindo pensamentos e explicações e representando um

sistema de aprender a aprender que determina todo o processo futuro de

aprendizagem.

Um paradigma começa a ser abalado e rompido quando fatos e

observações novos não mais conseguem ser explicados através dele, requerendo a

sua expansão ou substituição por ter se tornado limitado. Em resumo, um paradigma

quer dizer um modelo de realidade.

3.2- O Novo Paradigma e a Física Moderna

A Mudança de Paradigma teve seu início na Física Moderna. Por mais de

dois séculos assumiu-se como verdadeira a descrição de universo, proposta por

Newton (1642-1727), com seu conceito de tempo e espaço absolutos e a

transmissão instantânea da atração gravitacional.

Na sua concepção do universo dos fenômenos, Newton adotou a noção

do espaço tridimensional da Geometria euclidiana: o espaço é absoluto, sempre

inalterado e imóvel, e também o tempo é absoluto, fluindo uniformemente sem

depender de qualquer coisa externa. A matéria, no atomístico modelo newtoniano,

consiste de partículas homogêneas, sólidas e indestrutíveis, atuadas pela força da

gravidade.

Em resumo, segundo Capra (1983), são quatro os grupos de conceitos

que conformam o substrato conceitual da ciência moderna, a saber: os conceitos de

espaço e tempo absolutos e o de partículas materiais que se movimentam e


32

interagem mecanicamente no espaço tridimensional; o conceito de forças

fundamentais distintas da matéria; o conceito de leis fundamentais e a descrição dos

fenômenos em termos de relações quantitativas e, finalmente, o conceito de rigoroso

determinismo e da possibilidade de uma descrição objetiva dos fenômenos naturais,

alicerçada na dualidade cartesiana matéria-mente. Em conseqüência desta divisão,

pensou-se que o mundo material poderia ser objetivamente descrito, sem

interferência do observador, já que se constituiria numa entidade completamente

separada deste.

Mas, à medida que os físicos foram aprofundando na busca de respostas

sobre a natureza dos fenômenos físicos e da realidade, foram encontrando

elementos que abalavam a teoria de Newton. A Teoria Quântica e a Teoria da

Relatividade provocaram mudanças profundas nos conceitos de espaço, tempo,

matéria, causa e efeito, demonstrando outra dimensão de realidade.

Nesse contexto, podemos concluir que a Psicologia Transpessoal é um

método inter-cultural, inter-religioso, inter-disciplinar de aplicação irrestrita, podendo

ser aberto à diversas áreas, sobretudo da psicologia, psicopedagogia, saúde,

educação, filosofia, artes e religião.

Especialmente na área da educação, abre-se a perspectiva de um novo

método – a transpedagogia – que é uma prática pedagógica que visa acima de tudo,

educar para a consciência. Para isso foi criada uma metodologia própria, integrativa,

vivencial e focada nos valores humanos, com o objetivo de despertar a consciência

para as múltiplas potencialidades criativas a partir de uma ética pessoal, social e

planetária.
33

3.3- Técnica de Visualização criativa

A visualização criativa é uma técnica que utiliza a imaginação para

concretizar o que se deseja. Muitas pessoas usam a visualização criativa de um

modo relativamente inconsciente. Trata-se de uma possibilidade do inconsciente de

desenvolver imagens mentais, aparentemente aleatórias, mas que estão sendo

criadas e contornadas pelas motivações mais profundas dos diferentes níveis do

próprio indivíduo.

O objetivo desta técnica é usar a imaginação criativa natural de um modo

cada vez mais consciente, como uma técnica para criar o que verdadeiramente se

deseja. Segundo Shakt Gawain (1978), autora do livro Visualização Criativa, a

imaginação consiste na capacidade de criar na mente uma imagem ou uma idéia.

Na visualização criativa, emprega-se a imaginação para dar forma a uma imagem

clara de algo que se deseja concretizar. Inicialmente, deve haver o aquietamento da

mente, a limpeza de preocupações e pensamentos. Relaxar, visualizar o que se

deseja. O programa pode ser praticado três vezes ao dia.

Depois, continua-se focalizando a idéia ou a imagem, regularmente,

carregando-a de energia positiva, até que se converta numa realidade objetiva. Seu

efeito consiste em eliminar barreiras internas que obscurecem e impedem ao

praticante atingir a harmonia e auto-realização natural, permitindo que cada um se

manifeste em seu aspecto mais positivo.

A visualização criativa significa compreender e harmonizar-se com os

princípios naturais que governam o funcionamento do universo e aprender como

utilizar estes princípios de um modo mais consciente e criativo.


34

4. TERAPIA FLORAL

4.1- O que é Terapia floral?

A terapia floral surgiu na década de trinta, no País de Gales, através dos

estudos do médico inglês Dr. Edward Bach. Ele construiu as bases de sua medicina,

baseada na cura através de essências de flores. Após se decepcionar com o

tratamento convencional resolveu criar um novo sistema de tratamento. Esse novo

sistema deveria ser simples, mas muito feliz para cuidar não da doença, mas do ser

humano como um todo. Determinado em sua busca Dr. Bach vendeu todos os seus

bens e mudou-se para uma fazenda no interior de Londres.

Após muita reflexão ele percebeu que estava rodeado de plantas floridas,

e de alguma forma esse foi seu grande insight. Ele começou a estudar

profundamente as plantas, percebendo que a planta tira de seu meio uma grande

lição, e que a flor é a conseqüência de tal processo. Observou também que cada

planta tem um comportamento próprio. Edward Bach percebeu que as flores das

plantas poderiam ajudar o ser humano a trabalhar seus conflitos mais variados. Ele

deixou catalogado os estudos de 38 essências florais que são usadas desde a

década de 30 com grande sucesso. Essa terapia é complementar e não exclui de

maneira nenhuma o tratamento médico ou psicológico. Mas Dr. Bach dizia que a

razão principal do fracasso da medicina moderna está no fato de ela se ocupar dos

efeitos e não das causas das doenças. Não se pode olhar o ser humano em partes,

pois a doença de um órgão, representa a doença do homem inteiro. Em sua

pesquisa concluiu que, se sentimos uma repetitiva desarmonia em determinado

local, lá também estarão as plantas que ajudarão a nos libertar desse estado. E
35

essas nos serão mais apropriadas que as outras que talvez passe pela mesma

experiência em outros ambientes.

Em seu livro Cura-te a ti mesmo, Dr. Bach descreve algumas verdades

fundamentais que devem ser reconhecidas para a compreensão da natureza das

doenças. A primeira delas é que todo homem possui uma Alma, uma semente divina

que nos guia, orienta, protege e que na verdade é nosso Eu Verdadeiro. Nosso

corpo representa apenas um veículo material e temporário da manifestação da

Alma, que usa deste corpo para realizar experiências de aprimoramento moral e

espiritual. Outra questão levantada por Dr. Bach é que nossos conflitos internos ou

externos aparecem quando nossas personalidades não estão em harmonia com

nosso propósito interior.

A Terapia floral segue os mesmos passos e a mesma simplicidade de

cura que a homeopatia adotaram como sistema terapêutico – “ o semelhante cura o

semelhante”. O que o terapeuta, o psicopedagogo e todos aqueles que se dedicam

a área da saúde precisam saber é definir qual arquétipo comum, que se apresenta

como pano de fundo por trás de cada queixa de seu paciente. Se observarmos

atentamente a linguagem de um determinado sintoma, podemos descobrir que a

“doença”, nada mais é do que um sinal que o corpo físico emite dizendo que alguma

característica precisa ser reavaliada em nosso comportamento, que ainda não

estamos “inteiros” falta algo em nosso caminho em rumo à totalidade.

As doenças reais e básicas do homem são certos defeitos como o orgulho,


a crueldade, o ódio, o egoísmo, a ignorância, a instabilidade e a ambição; e
se cada um deles for considerado individualmente, notar-se-á que todos são
contrários à Unidade”. (BACH in Silva 1997:121).

A base da terapia floral está no reino vegetal, pois este segue sua trilha

evolutiva, refletindo sempre o reino humano em desarmonia. A mesma assinatura


36

que uma planta apresenta, podemos observar a mesma analogia nas características

da personalidade. A flor representa o estado de máxima expansão da alma vegetal.

Na terapia floral o individuo passa por uma consulta, onde é feita

anamnese para se conhecer o paciente. Toda informação, se faz necessária, pois o

paciente será tratado conforme seus conflitos que podem ser de ordem física ou

emocional. Acredita-se que para uma doença se manifestar no plano físico, ela

passa primeiramente pelo plano mental. Por exemplo: uma pessoa muito intolerante

pode desenvolver uma reação física alérgica, demonstrando assim uma aversão ao

seu meio ambiente, o que resultou em um sintoma físico.

4.2- Mecanismo de atuação dos florais

“Era o método simples que ele (Bach) havia procurado, a simplicidade das
coisas poderosas, porque o fogo, a terra, o ar e a água, os quatro
elementos, estavam incluídos e trabalhavam juntos para produzir remédios
de grande poder. A terra para nutrir a planta, o ar do qual se alimenta, o sol
e o fogo lhe infundem seu poder e a água recolhe e enriquece seu poder
curativo.” (PASTORINO in Silva 1997:198).

As essências florais vão atuar nos aspectos mais sutis (emoções e

pensamentos). Se o floral vai trabalhar com sutilezas comportamentais, daí

passamos a entender o motivo de sua alta diluição. O tratamento floral é

recomendado nos primeiros instantes de vida do ser humano, e pode ser usado por

tempo ilimitado, conforme a necessidade. Mas por ele cuidar de desarmonias na

personalidade, acredita-se que o ser humano nunca está isento de certos conflitos

psicológicos, como os estudados pela psicanálise. O produto floral não apresenta

contra indicação, nem efeitos colaterais. A terapia floral não substitui o tratamento

médico convencional, mas o auxilia, sendo, de acordo com o pronunciamento da

Organização Mundial de Saúde “uma terapia recomendável e eficaz”.


37

4.3- Terapia floral associada ao atendimento psicopedagógico

“Se tivermos em nossa natureza amor suficiente por todas as coisas, não
seremos a causa de agravo a ninguém; pois esse amor sustenta o gesto
agressor, e impedirá nossa mente de se entregar a qualquer pensamento
que possa magoar alguém”. (BACH in Silva 1997:199-200).

O terapeuta floral não precisa de formação acadêmica, para ser intitulado.

Existem cursos de formação na área de florais, que possibilita o trabalho nesta área.

Todo e qualquer conhecimento que envolva o ser humano, sobre as relações

interpessoais da área de saúde são complementares e se faz necessários para

aprimorar o atendimento associado aos florais.

A Psicopedagogia por se encarregar de estudar, compreender e atuar na

dificuldade de aprendizagem exposta pela pessoa, pode ter como aliada em seu

tratamento psicopedagógico a Terapia Floral. Depois de falarmos tanto sobre o

desenvolvimento da aprendizagem, sobre as teorias da psicanálise, entramos em

um mundo complexo que é o ser humano. Para conhecê-lo e também compreendê-

lo, utilizamos de muitas teorias de diversos autores. Mas, para tratar o problema

mais de perto, o psicopedagogo ao diagnosticar um dado problema necessita

encaminhar o paciente também para outros profissionais, por não ter o suporte

necessário dependendo do conflito existente. Além do encaminhamento do paciente

para um outro profissional, podemos trazer a terapia floral como auxilio nos diversos

problemas de comportamento que ocasionam as dificuldades na aprendizagem.


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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este trabalho teve por objetivo demonstrar a importância da integração

das áreas do conhecimento no resgate do Ser em suas dimensões. Cada vez mais

torna-se evidente a precariedade e insuficiência de uma formação acadêmica

exclusivamente disciplinar, incapaz de responder ao desafio dos problemas atuais e

em conseqüência disso, percebemos o respaldo na saúde que nesse tipo de visão e

entendimento, se torna uma condição estática, independente, que se alcança

apenas mediante uma intervenção cirúrgica ou medicamentosa. O estudo abordado

nessa pesquisa nos remete ao entendimento de uma nova visão em que, saúde é

educação, quando entendida como uma experiência integral, que tem a ver com

nosso Ser por inteiro e que se faz necessário um trabalho numa perspectiva

transdisciplinar. Além disso, teve a pretensão de oferecer uma reflexão acerca das

ferramentas de trabalho em diversas áreas de atuação profissional, nada que venha

a ferir os princípios éticos de cada área específica. Assim sendo, a Psicopedagogia

e Psicologia Transpessoal, que tem por objetivo estabelecer uma relação coerente,

entre ensino e aprendizagem, saúde e bem estar, com as contribuições das

diversas áreas do conhecimento, vão concretizando os objetivos finais que é o

resgate da vida em sua totalidade.

Os estudos demonstraram a importância do uso da técnica de

visualização criativa, como um recurso terapêutico e pedagógico da Psicologia

Transpessoal utilizado no atendimento psicopedagógico, objetivando proporcionar

um atendimento especial e acolhedor das reais necessidades, emocionais e


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psicológicas dos pacientes, tendo em vista sua inserção consciente e saudável no

meio em que vive.

O trabalho com o uso da terapia floral no atendimento psicopedagógico

aqui mencionado, tem demonstrado sua importância no tratamento dos sentimentos

e emoções, especialmente com as famílias atendidas, uma vez que o lar é o

primeiro laboratório de aprendizado em que a criança experimenta antes da sua

interação no mundo e a família é o primeiro mestre a transmitir conhecimentos e

experiências que vão definir em grande parte a forma de se posicionar frente ao

mundo.

Este estudo serve de instrumento auxiliar para todas as áreas pois trata-

se de uma idéia complementar/integrativa dentro de uma visão ampla, que nos

remete a um novo olhar para nossa atuação como profissionais responsáveis e

comprometidos com a transformação do Ser que conta com nosso apoio e ajudas.

Através dos estudos realizados, foi detectada a necessidade de ampliar a

compreensão de uma nova visão educacional e de saúde, orientada para a

transdisciplinaridade, ou seja, um método que foca o desenvolvimento integral da

pessoa, incluindo os aspectos geralmente não considerados, que são a convivência

e a espiritualidade. Com isso, poderá tornar-se mais leve, para a humanidade, o

momento de lidar com os desafios da vida. Refletir e encarar os desafios como

oportunidades de crescimento numa nova visão integrativa das áreas, pode ser um

momento de aprendizagem e evolução. Para viver plenamente a vida, é necessário

estarmos abertos ao novo e receptivos aos desafios normais que ela nos

proporciona como laboratório de aprendizado.


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Nesse sentido, a Psicopedagogia aliada à Psicologia Transpessoal, à

Psicanálise e a Terapia Floral, vem acrescentar e possibilitar condições para que

isto realmente aconteça, ajudando assim a resgatar o primordial: o valor da vida.

Pois, a vontade de viver não é apenas uma abstração teórica, mas sim uma

realidade fisiológica com características altamente terapêuticas.


41

BIBLIOGRAFIA

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espiritualidade segundo os passos da profecia celestina. 2ª edição, São Paulo,

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