Edoc - Pub Projeto Abnt NBR 17094 3
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APRESENTAÇÃO
1) Este Projeto foi elaborado pela Comissão de Estudo de Máquinas de Indução (CE-003:002.001)
do Comitê Brasileiro de Eletricidade (ABNT/CB-003), com número de Texto-Base 003:002.001-001/3,
nas reuniões de:
20 . 08 . 201 5 15 . 09 . 201 5 0 6. 1 0. 20 15
19 . 01 . 201 6 02 . 03 . 201 6 1 0. 0 5. 20 16
05 . 07 . 201 6 30 . 08 . 201 6 0 4. 1 0. 20 16
29.11.2016 21.03.2017
a) é previsto para cancelar e substituir a ABNT NBR 5383-1:2002, quando aprovado, sendo
que nesse ínterim a referida norma continua em vigor;
b) não tem
tem valor normativo.
2) Aqu
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estaa
informação em seus comentários
comentários,, com documentação comprobatória.
Participante Representante
© ABNT 2017
Todos os direitos reservados.
reserv ados. Salvo disposição em contrário,
contr ário, nenhuma parte desta publicação pode ser modicada
modic ada
ou utilizada de outra forma que altere seu conteúdo. Esta publicação não é um documento normativo e tem
apenas a incumbência de permitir uma consulta prévia ao assunto tratado. Não é autorizado postar na internet
ou intranet sem prévia permissão por escrito. A permissão pode ser solicitada aos meios de comunicação da ABNT.
Prefácio
A ABNT chama a atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre eventuais
direitos de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados
à ABNT a qualquer momento (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996).
Ressalta-se que Normas Brasileiras podem ser objeto de citação em Regulamentos Técnicos.
Nestes casos, os órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar outras datas
para exigência dos requisitos desta Norma.
N orma.
A ABNT NBR 17094-3 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Eletricidade (ABNT/CB-003), pela
Comissão de Estudo de Máquinas de Indução (CE-003:002.001). O Projeto circulou em Consulta
Nacional conforme Edital nº XX, de XX.XX.XXXX a XX.XX.XXXX.
A ABNT NBR 17094, sob o título geral “ Máquinas elétricas girantes ”, tem previsão de conter as
seguintes partes:
Scope
This Part of ABNT NBR 17094 species the tests methods for the determination of the performance
characteristics of three-phase induction motors and checking their compliance with ABNT NBR 17094-1.
Additional tests not prescribed in this Part of ABNT NBR 17094 may be performed by agreement
between the parties to meet specic application or research needs.
This Part of the ABNT NBR 17094 does not apply to induction motors for traction vehicles.
1 Escopo
Esta Parte da ABNT NBR 17094 especica os métodos de ensaios aplicáveis para a determinação
das características de desempenho de motores de indução trifásicos e vericação de sua confor -
midade com a ABNT NBR 17094-1.
Ensaios adicionais não prescritos nesta Parte da ABNT NBR 17094 podem ser realizados mediante
acordo entre as partes para atender às necessidades especícas de aplicação ou pesquisa.
Esta Parte da ABNT NBR 17094 não se aplica aos motores de indução para veículos de tração.
2 Referências normativas
Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento.
Para referências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas,
aplicam-se as edições mais recentes do referido documento (incluindo emendas).
ABNT NBR 17094-1:2017, Máquinas elétricas girantes – Parte 1: Motores de indução trifásicos -
Requisitos
ABNT NBR IEC 60034-9, Máquinas elétricas girantes – Parte 9: Limites de ruído
ABNT NBR IEC 60034-14, Máquinas elétricas girantes – Parte 14: Medição, avaliação e limites da
severidade de vibração mecânica de máquinas de altura de eixo igual ou superior a 56 mm
ABNT NBR ISO/IEC 17025, Requisitos gerais para a competência de laboratórios de ensaio e
calibração
IEC 60034-29, Rotating electrical machines – Part 29: Equivalent loading and superposition
techniques – Indirect testing to determine temperature rise
3 Termos e denições
Para os efeitos deste documento, aplicam-se os termos e denições da ABNT NBR 17094-1 e os
seguintes.
NOTA 1 Para os efeitos desta Parte da ABNT NBR 17094, o termo “acordo” signica acordo entre o fabri -
cante e o comprador.
NOTA 2 Para os efeitos desta Parte da ABNT NBR 17094, o termo “partida” signica qualquer período
desde a energização até o funcionamento em carga.
3.1
dinamômetro elétrico
dispositivo para aplicação de conjugado à parte girante do motor sob ensaio, equipado com dispo -
sitivos para indicar o conjugado e a velocidade
3.2
ensaio ao freio
ensaio no qual a potência mecânica de saída de um motor de indução é determinada pela medição
do conjugado no eixo, por meio de um freio ou dinamômetro, junto com a medição da velocidade
de rotação
3.3
ensaio com máquina auxiliar calibrada
ensaio no qual a potência mecânica de entrada ou de saída de um motor de indução é calculada pela
potência elétrica de saída ou de entrada de uma máquina auxiliar calibrada, acoplada mecanicamente
ao motor de indução sob ensaio
3.4
ensaio com rotor bloqueado
ensaio realizado em um motor de indução energizado cujo rotor é mantido imobilizado, para deter -
minar o seu conjugado e corrente com rotor bloqueado
3.5
ensaio de conjugado máximo
ensaio realizado para determinar as condições em que um motor de indução desenvolve o seu
conjugado máximo, quando estiver funcionando sob tensão e frequência especicadas
3.6
ensaio de elevação de temperatura
ensaio realizado para determinar a elevação de temperatura de uma ou mais partes de um motor
de indução sob condições de funcionamento especicadas
3.7
ensaio de nível de ruído
ensaio realizado para determinar o nível de ruído acústico produzido por um motor de indução sob
condições especicadas de funcionamento
3.8
ensaio de partida
ensaio realizado em um motor de indução enquanto está acelerando a partir do repouso até a velo -
cidade de regime, para determinar o comportamento do conjugado durante a partida
3.9
ensaio de sobrevelocidade
ensaio realizado no rotor de um motor de indução, para demonstrar que ele satisfaz os requisitos
de sobrevelocidade especicados
3.10
ensaio de tensão no eixo
ensaio realizado em um motor de indução energizado, para detectar a tensão induzida suscetível
de produzir correntes no eixo da máquina
3.11
ensaio de vibração
ensaio realizado em um motor de indução para medir a vibração de qualquer uma de suas partes,
sob condições especicadas
3.12
ensaio dielétrico
ensaio realizado mediante a aplicação de uma tensão elevada a uma isolação, para vericar se a sua
rigidez dielétrica é adequada
[IEC 60050-411, 411-53-49]
3.13
ensaio dinamométrico
ensaio no freio em que é utilizado um dinamômetro elétrico
[IEC 60050-411, 411-53-15]
3.14
ensaio em oposição elétrica
ensaio no qual duas máquinas idênticas são acopladas mecanicamente entre si e ligadas eletrica -
mente à mesma fonte de alimentação, considerando-se as perdas totais de ambas as máquinas como
a potência de entrada solicitada da fonte de alimentação
[IEC 60050-411, 411-53-19]
3.15
ensaio em oposição mecânica
ensaio no qual duas máquinas idênticas são acopladas mecanicamente entre si, sendo as perdas
totais de ambas as máquinas calculadas a partir da diferença entre a potência elétrica de entrada de
uma das máquinas e a potência elétrica de saída da outra máquina
[IEC 60050-411, 411-53-18]
3.16
ensaio em vazio
ensaio no qual o motor de indução funciona sem fornecer potência mecânica útil na sua ponta de eixo
[IEC 60050-411, 411-53-21]
3.17
escorregamento
diferença entre a velocidade síncrona e a velocidade real de um motor, expressa em porcentagem
ou fração decimal da velocidade síncrona
3.18
fator de potência
razão entre a potência ativa e a potência aparente, expressa em porcentagem ou fração decimal
3.19
medição da resistência de isolamento
ensaio realizado para medir a resistência de isolamento, sob condições especicadas
3.20
medição da resistência do enrolamento
ensaio realizado para medir a resistência de um enrolamento, utilizando corrente contínua
[IEC 60050-411, 411-53-37]
3.21
medição da tangente do ângulo de perdas
medição das perdas dielétricas da isolação sob valores especicados de temperatura, frequência
e tensão ou solicitação dielétrica, expressa pela tangente do complemento do ângulo tensão-corrente
[IEC 60050-411, 411-53-51]
3.22
medição da tensão rotórica (somente para motores de indução com rotor bobinado)
medição das tensões entre todos os terminais do rotor, com o rotor bloqueado e seu enrolamento
em circuito aberto, aplicando-se tensão nominal ao estator
3.23
perdas I 2R no estator
perdas no enrolamento do estator, R variando com a temperatura
3.24
perdas I 2R no rotor
perdas no enrolamento do rotor, R variando com a temperatura, incluindo as perdas por contato com
as escovas para motores com rotor bobinado
3.25
perdas no núcleo
soma das perdas por histerese e das perdas causadas por correntes parasitas no ferro
3.26
perdas por atrito e ventilação
perdas mecânicas, devidas ao atrito dos mancais e à ventilação
3.27
perdas suplementares
perdas adicionais no ferro e em outras partes metálicas (exceto os condutores), introduzidas pela
carga e perdas nos condutores do enrolamento do estator e do rotor causadas por correntes parasitas
dependentes da pulsação do uxo
3.28
perdas totais
diferença em um dado instante entre a potência ativa total de entrada e a potência ativa total de saída
3.29
rendimento
razão entre a potência de saída e a potência ativa de entrada, expressa em porcentagem ou fração
decimal
a) potência ativa de entrada menos as perdas totais e a potência ativa de entrada;
4 Generalidades
4.1 Os ensaios devem ser realizados em motores em perfeito estado de conservação, com todas
as tampas montadas como para funcionamento normal. Todos os dispositivos para ajuste automático
da tensão que não constituem parte integrante do motor devem ser colocados fora de operação,
salvo acordo diferente.
4.2 Os motores de indução trifásicos são normalmente submetidos aos ensaios de rotina
relacionados na ABNT NBR 17094-1:2017, Seção 22. Mediante acordo prévio, estes motores podem
ser submetidos a ensaios adicionais, classicados como de tipo ou especiais, também indicados na
ABNT NBR 17094-1. Formulários sugeridos para reportar estes ensaios são apresentados nos
Anexos A e B. Para a realização de alguns destes ensaios, são descritos métodos alternativos
conforme os diferentes tamanhos e tipos de motores e diferentes condições, sendo indicado o método
preferencial. Caso o ensaio escolhido pelo comprador não seja realizado pelo método preferencial,
isto deve constar na sua especicação.
4.3 Ensaios com carga são realizados para determinação do rendimento, fator de potência, velocidade,
corrente e elevação de temperatura. Isto também pode ocorrer com alguns ensaios especiais.
Para todos os ensaios com carga, o motor deve ser alinhado adequadamente e xado rmemente.
Para leituras a serem utilizadas nas determinações de rendimento, a elevação de temperatura do
motor deve estar entre 50 % e 100 % da elevação de temperatura nominal. O procedimento habitual
do ensaio em carga é efetuar as leituras em ordem decrescente do valor de carga.
4.4 Ensaios com rotor bloqueado, com alimentação trifásica, envolvem esforços mecânicos e taxas
de aquecimento elevadas. Por isto é necessário que:
a) o meio mecânico de bloqueio do rotor tenha rigidez adequada para evitar possível risco ao pessoal
ou dano ao equipamento;
As leituras de conjugado e corrente devem ser feitas tão rapidamente quanto possível e, para obter
valores representativos, a temperatura do motor não pode ultrapassar o limite de elevação de tempe -
ratura nominal, acrescido de 40 °C.
As leituras para qualquer ponto devem ser feitas dentro de 5 s após a tensão ser aplicada.
4.5 Desde que o desempenho de um motor de indução dependa não somente dos valores de tensão
e frequência, mas também da forma de onda e do equilíbrio em valor e em ângulo de fase das
tensões, dados corretos podem ser obtidos somente por medição cuidadosa e utilização de uma fonte
de alimentação adequada.
NOTA Muitos dos ensaios citados nesta Norma sujeitam o motor a esforços térmicos e/ou mecânicos
além dos limites em funcionamento normal. Para diminuir o risco de danos ao motor, recomenda-se que
todos os ensaios sejam realizados sob a supervisão do fabricante ou de acordo com suas recomendações.
5 Medidas
5.1 Medidas elétricas
5.1.1 Todas as medidas de tensão e corrente são valores ecazes (RMS), salvo indicação diferente.
5.1.2 A fonte de alimentação deve suprir tensões de linha praticamente equilibradas, com forma
de onda aproximadamente senoidal, e apresentar um fator de harmônicos de tensão (FHV) igual
ou inferior a 0,02, exceto para motores da categoria N, que devem apresentar um FHV igual ou inferior
a 0,03. Para mais informações sobre a fonte de alimentação do motor, ver ABNT NBR 17094-1:2017,
Seção 7.
5.1.3 A frequência deve ser mantida dentro de ± 0,5 % do valor especicado para o ensaio, salvo
indicação diferente. Qualquer desvio do valor especicado de frequência afeta diretamente a deter -
minação do rendimento obtida pelos Métodos 1 e 2 (ver 14.2). Quando estes métodos são utilizados,
a frequência média deve permanecer entre ± 0,2 % da frequência especicada.
5.1.4 Variações rápidas na frequência não podem ser toleradas durante os ensaios, pois tais varia -
ções afetam, além do motor sob ensaio, os dispositivos para medição da potência de saída. Variações
na frequência durante os ensaios não podem exceder 0,33 % da frequência média.
5.1.6 Já que a exatidão do instrumento é geralmente expressa como uma porcentagem do fundo
de escala, a escala do instrumento deve ser tão baixa quanto possível. Os instrumentos indicadores
devem ter sido calibrados conforme estabelecido na ABNT NBR ISO/IEC 17025, apresentando limites
de erro não superiores a ± 0,5 % do fundo de escala (classe de exatidão 0,5 ou melhor).
5.1.7 Quando transformadores de corrente e/ou de potencial forem utilizados, devem ser feitas,
se necessário, correções nas medidas de tensão e corrente, para erros de relação de transformação
e, correções nas medidas de potência, para erros de relação de transformação e de ângulo de fase.
Os erros dos transformadores utilizados não podem ser superiores a 0,5 % (classe de exatidão 0,5
ou melhor).
5.1.8 As tensões de linha devem ser medidas nos terminais do motor. Se as condições locais não
permitirem tais conexões, o erro introduzido deve ser avaliado e as leituras devem ser corrigidas.
Os ensaios na tensão nominal devem ser realizados somente quando o desequilíbrio de tensão em
relação à tensão nominal do motor não exceder 0,5 %. O desequilíbrio de tensão porcentual é igual a
100 vezes o desvio máximo da tensão em relação à tensão média, dividido pela tensão média.
EXEMPLO Caso as tensões sejam 226 V, 215 V e 210 V, a tensão média é 217 V, o máximo desvio em
relação à média é de 9 V e o desequilíbrio é igual a:
9
100 × = 4,15 %
217
5.1.9 As correntes de linha para cada fase do motor devem ser medidas e o valor da média aritmé -
tica deve ser utilizado no cálculo do desempenho do motor a partir de ensaios.
5.1.10 A potência de entrada para um motor trifásico pode ser medida por dois wattímetros mono -
fásicos conectados como no método dos dois wattímetros ou por um wattímetro polifásico, ou pelo
método de três wattímetros monofásicos.
5.2.2 Para corrigir a resistência de um enrolamento, R t, determinada por ensaio à temperatura
do enrolamento, t t, para uma temperatura especicada t s, deve ser utilizada a equação a seguir:
(t s + k )
Rs = R t ×
(t t + k )
onde
R s é a resistência do enrolamento, corrigida para uma temperatura especicada, t s, expressa em
ohms (Ω);
t s é a temperatura especicada para correção da resistência, expressa em graus Celsius (°C);
R t é a resistência do enrolamento obtida no ensaio, à temperatura t t, expressa em ohms ( Ω);
k é igual 234,5 para cobre eletrolítico com 100 % de condutividade ou 225 para alumínio com
condutividade em volume de 62 % IACS ( International Annealed Copper Standard ).
NOTA Recomenda-se que, para outros materiais de enrolamento, um valor de k (temperatura para resis-
tência zero) mais apropriado seja utilizado.
As medidas de potência mecânica devem ser tomadas com o máximo de cuidado e exatidão. Se um
freio mecânico precisar ser utilizado, a tara, se presente, deve ser cuidadosamente determinada e
compensada. Se as leituras do dinamômetro forem utilizadas, as perdas por atrito dos rolamentos e dos
mancais devem ser compensadas. Devem ser utilizados dinamômetros dimensionados corretamente,
de tal maneira que as perdas do acoplamento, as perdas por atrito e a ventilação do dinamômetro
elétrico, medidas à velocidade nominal do motor sob ensaio, não sejam maiores do que 15 % da
potência de saída nominal deste motor; os dinamômetros devem ser sensíveis a variações de 0,25 %
do conjugado nominal.
Quando for utilizado o Método 2 de determinação do rendimento (ver 14.2), para manter a exatidão
e repetibilidade dos resultados do ensaio, os erros da instrumentação usada para a medição do
conjugado não podem ser maiores que ± 0,2 % do fundo de escala.
Quando um dinamômetro for utilizado, a potência no eixo do dinamômetro, em watts, é obtida pela
equação a seguir:
C×n
P = ω × C =
k
onde
k é igual a 9,549.
Alguns motores podem apresentar uma variação na perda por atrito até que os mancais atinjam uma
condição de operação estabilizada. No caso de mancais de rolamento lubricados a graxa, a esta -
bilização não ocorre enquanto houver excesso de graxa presente no caminho das partes móveis.
Isto pode necessitar um número de horas de funcionamento para estabilizar completamente a potência
absorvida em vazio. A estabilização pode ser considerada alcançada quando a potência absorvida em
vazio (ou acoplada a um dinamômetro desenergizado) não variar mais do que 3 % entre duas leituras
sucessivas à mesma tensão, em intervalos de 30 min.
As perdas em vazio são consideradas estabilizadas se o ensaio em vazio for realizado após o ensaio
de elevação de temperatura.
6.1.2 O valor da resistência de isolamento é útil para indicar se o motor está apto a ser submetido
a ensaios dielétricos ou para ser colocado em funcionamento ou para ns de manutenção.
6.1.3 Todos os acessórios, como capacitores e para-raios contra surtos, transformadores de corrente
etc., que possuem conexão aos terminais do motor, devem ser desconectados durante a medição da
resistência de isolamento, sendo tais cabos conectados juntos à carcaça ou ao núcleo. Ver 6.5.3.
6.2.1.1 A corrente que resulta da tensão contínua aplicada consiste em duas partes: uma sobre a
superfície da isolação e outra no interior da isolação. Esta última pode ser subdividida como a seguir:
a) corrente de carga capacitiva, de valor relativamente elevado e curta duração, que geralmente
desaparece durante o tempo em que os primeiros dados são tomados e que não afeta as medições;
b) corrente de absorção que diminui em uma taxa decrescente desde o valor inicial relativamente
elevado a quase zero. A relação resistência versus tempo é uma função exponencial que pode
ser colocada em um gráco log-log como uma linha reta. Geralmente a resistência medida nos
primeiros minutos do ensaio é determinada principalmente pela corrente de absorção;
a) corrente de descarga capacitiva que diminui quase instantaneamente, dependendo da resistência
de descarga;
b) corrente de descarga da absorção que diminui de um valor inicial elevado para quase zero, como
acontece com a corrente de absorção em 6.2.1.1-b.
6.2.3 As medições da resistência de isolamento são afetadas por vários fatores, indicados a seguir
e detalhados em 6.3:
b) umidade;
c) temperatura;
6.2.4 As leituras da resistência de isolamento são geralmente feitas após a aplicação da tensão con -
tínua por 1 min e, se as instalações permitirem, após 10 min, a m de fornecer dados para obtenção
do índice de polarização.
6.2.5 O índice de polarização (razão entre a resistência de isolamento de 10 min e a de 1 min)
é descrito em 6.3.5.3.
6.2.6 A interpretação das medições da resistência de isolamento dos enrolamentos de um motor
e do índice de polarização calculado consta em 6.7.
6.3 Fatores que afetam a resistência de isolamento
6.3.1 Estado da superfície
6.3.1.1 Materiais estranhos, como pó de carvão depositado na superfície da isolação, podem reduzir
a resistência de isolamento.
6.3.1.2 Pó na superfície da isolação, que geralmente não é condutor quando seco, pode, quando
exposto à umidade, tornar-se parcialmente condutor e reduzir a resistência de isolamento.
6.3.1.3 Se a resistência de isolamento for reduzida devido à contaminação ou à umidade supercial
excessiva, ela pode, geralmente, retornar ao valor adequado por meio de limpeza e secagem para
remover a umidade.
6.3.2 Umidade
6.3.2.1 Independentemente da limpeza da superfície do enrolamento, se a temperatura do enrola -
mento estiver no ponto de orvalho do ar ambiente ou abaixo, uma película úmida se forma na super -
fície da isolação e pode reduzir a resistência de isolamento. Este efeito é mais pronunciado se a
superfície estiver contaminada. É importante efetuar as medições da resistência de isolamento quando
a temperatura do enrolamento estiver acima do ponto de orvalho.
6.3.2.2 Muitos tipos de isolação do enrolamento são higroscópicos e a umidade pode ser sugada
do ar ambiente para o corpo da isolação. A umidade absorvida tem grande efeito sobre a resistência
de isolamento. Motores em serviço estão geralmente a uma temperatura elevada, o suciente para
manter a isolação seca. Motores fora de serviço podem ser aquecidos para manter a temperatura do
enrolamento acima do ponto de orvalho.
6.3.2.3 Quando ensaios estão para ser feitos em um motor que tenha estado em serviço, eles devem
ser realizados antes da temperatura do enrolamento do motor diminuir até a temperatura do ambiente.
A oportunidade pode ser aproveitada para realizar ensaios a várias temperaturas, a m de estabelecer
o coeciente de temperatura aplicável (ver 6.3.3.4).
6.3.3 Temperatura
6.3.3.1 A resistência de isolamento da maioria dos materiais varia inversamente com a temperatura.
6.3.3.2 Para minimizar o efeito da temperatura ao comparar medidas de resistência de isolamento
ou quando considerar o valor mínimo recomendado da resistência de isolamento, conforme 6.8.2,
é importante que a medida seja corrigida para a temperatura de 40 °C. A correção pode ser feita
utilizando-se a equação a seguir:
R 40 °C = K t 40 °C × R t
onde
K t 40 °C é o fator de correção da resistência de isolamento na temperatura t a 40 °C (ver Figura 1).
6.3.3.3 A resistência de isolamento corrigida a 40 °C pode ser feita efetuando medições a várias
temperaturas, todas acima do ponto de orvalho, e colocando-as em um gráco. Quando uma escala
logarítmica for utilizada para a resistência de isolamento e uma escala linear para a temperatura, os
valores obtidos no ensaio devem car aproximadamente em uma linha reta que indica o valor a 40 °C.
Para qualquer temperatura, K t 40 °C pode ser determinado a partir deste gráco.
6.3.3.4 Um valor aproximado para o fator de correção K t 40 °C pode ser obtido, utilizando-se a Figura 1,
que é baseada em dobrar a resistência de isolamento para cada 10 °C de redução na temperatura
(acima do ponto de orvalho), a qual tem sido considerada típica para alguns enrolamentos novos.
6.3.3.5 Quando o índice de polarização for utilizado para determinar o estado da isolação, não é
necessário fazer a correção da temperatura para 40 °C.
6.3.4.1 A medição da resistência de isolamento constitui um ensaio de tensão suportável e deve car
restrita a um valor apropriado da tensão nominal do enrolamento e à condição básica da isolação.
Isto é particularmente importante no caso de motores pequenos de baixa tensão, ou motores com
excesso de umidade. Se a tensão de ensaio for demasiadamente elevada, ela pode deteriorar ou
danicar a isolação.
6.3.4.2 As medições de resistência do isolamento são geralmente feitas com tensões contínuas,
conforme a Tabela 1.
O valor da resistência de isolamento pode diminuir com um aumento na tensão aplicada; entretanto,
para a isolação em bom estado e totalmente seca, de modo geral a mesma resistência de isolamento
é obtida para qualquer tensão de ensaio até o valor de pico da tensão suportável nominal.
6.3.5.3 O índice de polarização é a razão entre o valor da resistência de isolamento para 10 min
e o valor da resistência para 1 min. Este índice é indicativo da inclinação da curva característica
(ver 6.3.5.2 e Figuras 2 e 3). O índice de polarização pode ser útil na avaliação do enrolamento para
a secagem e para os ensaios dielétricos (ver 6.7 e 6.8). As medições para determinação do índice de
polarização devem ser feitas imediatamente antes do ensaio dielétrico.
6.3.5.4 A resistência de isolamento para 1 min é útil para avaliar o estado da isolação, quando
comparações são feitas com dados anteriores e posteriores, obtidos de modo semelhante.
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6.3.6.1 As medições da resistência de isolamento estão erradas quando existem cargas residuais
na isolação. Por isto, antes de medir a resistência de isolamento ou o índice de polarização, os
enrolamentos devem ser completamente descarregados para a carcaça da máquina aterrada.
Para garantir a ecácia da descarga, a corrente de descarga deve ser medida. Quando a descarga
não é feita corretamente, ocorre uma deexão reversa no aparelho de medição da resistência de
isolamento após as conexões serem feitas, mas antes da tensão ser aplicada.
6.3.6.2 Após a aplicação de uma tensão contínua elevada, é importante efetuar o aterramento
de enrolamentos para segurança, bem como para precisão de ensaios subsequentes. Para garantir
a ecácia do aterramento, a corrente de descarga deve ser medida.
6.4.3.2 Em certos casos é prático fazer medições periódicas da resistência de isolamento, enquanto
os motores estão girando no processo de secagem dos enrolamentos em curto-circuito.
6.4.3.3 Quando os motores não estiverem parados durante a medição da resistência de isolamento,
devem ser tomadas precauções para evitar danos ao equipamento ou ao pessoal.
6.4.3.4 Os registros de ensaio de um dado motor devem indicar quaisquer condições especiais
de ensaio.
6.5.2 Os ensaios podem ser feitos no enrolamento completo de uma só vez, sob certas condições,
como quando o tempo é limitado; entretanto, este procedimento não é o preferido. Uma objeção em
ensaiar simultaneamente todas as fases é que somente a isolação para a terra é ensaiada e nenhum
ensaio é feito na isolação fase para fase.
6.6.2.3 Se o microamperímetro estiver na tensão de ensaio, precauções devem ser tomadas para
garantir a segurança do operador e evitar erros nas medições.
6.6.2.4 Para tensões de ensaio acima de 5 000 V, os cabos entre o equipamento de ensaio e o
enrolamento devem ser bem isolados, blindados, de grande diâmetro e espaçados da terra; caso
contrário, correntes de fuga e perda por corona podem introduzir erros nos dados de ensaio.
6.6.2.5 Todas as extremidades do enrolamento devem ser conectadas juntas para minimizar surtos
se a isolação falhar durante o ensaio.
6.6.3 Em geral um tempo é requerido para trazer a tensão aplicada à isolação ao valor desejado
para o ensaio. A plena tensão deve ser aplicada tão rapidamente quanto possível.
6.6.4 Os instrumentos nos quais a tensão de ensaio é fornecida por geradores motorizados, baterias
ou reticadores são geralmente utilizados para fazer ensaios de duração acima de 1 min, isto é, para
ensaios de absorção dielétrica ou índice de polarização (ver 6.7 e 6.8).
6.6.5 É essencial que a tensão de qualquer fonte para ensaio seja constante para evitar utuação na
corrente de carga. Estabilização da tensão fornecida pode ser requerida.
6.6.6 Quando resistores de proteção são utilizados em instrumentos de ensaio, seu efeito sobre a
magnitude da tensão aplicada à isolação sob ensaio deve ser levado em conta. A queda de tensão
nos resistores pode representar uma porcentagem signicativa da tensão do instrumento e deve ser
compensada, quando medindo uma resistência de isolamento baixa.
6.6.7 Para comparar com ensaios anteriores e futuros, a mesma tensão deve ser aplicada pelo
mesmo método, para permitir uma comparação de resultados.
6.7 Interpretação dos resultados das medições da resistência de isolamento
6.7.1 O histórico da resistência de isolamento de um determinado motor, elaborado e mantido sob
condições uniformes quanto às variáveis controláveis durante os ensaios, é reconhecido como um
meio útil de monitorar o estado da isolação. A previsão da adequabilidade de um motor, para aplicação
de ensaios dielétricos apropriados ou para a entrada em operação, pode ser baseada na compa -
ração de valores atuais e passados da resistência de isolamento, corrigidos para 40 °C (ver 6.3.3.4),
ou do índice de polarização.
6.7.2 Quando o histórico da resistência de isolamento não é disponível, os valores mínimos reco -
mendados da resistência de isolamento para 1 min ou do índice de polarização podem ser utilizados
para prever a adequabilidade do enrolamento para aplicação de um ensaio dielétrico ou para a entrada
em operação. A resistência de isolamento para 1 min (corrigida para 40 °C) deve ser pelo menos igual
à resistência de isolamento mínima recomendada, conforme 6.8.2.
a) a resistência de isolamento de um enrolamento não é diretamente, relacionada com a sua rigidez
dielétrica. É impossível especicar o valor da resistência de isolamento no qual um enrolamento
falhará eletricamente;
b) enrolamentos que possuem uma área muito grande ou motores grandes ou de baixa velocidade
podem ter valores de resistência de isolamento inferiores aos valores mínimos recomendados.
6.7.4 Uma única medição da resistência de isolamento a uma tensão especíca não indica se
material estranho está concentrado ou distribuído pelo enrolamento.
6.7.5.1 Características típicas de resistência de isolamento versus tempo estão mostradas nas
Figuras 2 e 3, ilustrando o comportamento da isolação sob diferentes condições. As curvas ilustram o
signicado do índice de polarização.
6.7.5.3 Se o índice de polarização for reduzido devido à sujeira ou umidade excessiva, ele pode ser
aumentado até o valor adequado, por meio de limpeza e secagem, para remover a umidade. Quando
for feita a secagem da isolação, o índice de polarização pode ser utilizado para indicar quando o
processo de secagem pode ser terminado (ver Figura 3).
6.7.5.4 Quando a experiência demonstrar uma redução no índice de polarização a uma temperatura.
6.7.5.5 elevada, uma nova medição abaixo de 40 °C é recomendada para vericar o real estado
da isolação (ver 6.3.3.6).
100
s
m
h
o
a 80
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M
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i 10 min 2,0 ou maior
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R
0
0 20 40 60 80 100
Tempo em horas
6.8.1.1 É fato reconhecido que pode ser possível operar motores com valores inferiores ao valor
mínimo recomendado; entretanto, isto não é considerado normalmente boa prática.
6.8.1.2 Em alguns casos, material de isolação ou projetos especiais não prejudiciais à rigidez
dielétrica fornecem valores inferiores.
Quando a cabeça de bobina de um motor é tratada com um material semicondutor para eliminação
do efeito corona, a resistência de isolamento encontrada pode ser algo inferior àquela de um motor
semelhante não tratado.
6.8.2.1 A real resistência de isolamento do enrolamento a ser comparada com o valor mínimo reco -
mendado R m é a resistência de isolamento encontrada pela aplicação de tensão c.c. ao enrolamento
completo durante 1 min, corrigida para 40 °C.
6.8.2.2 As correções de temperatura devem sempre ser feitas se o enrolamento não estiver à
temperatura de 40 °C (ver 6.3.3.3, 6.3.3.4 e Figura 1).
6.8.2.3 A resistência de isolamento de uma fase de um enrolamento trifásico com as outras duas
fases aterradas é aproximadamente duas vezes a do enrolamento completo. Por isso, quando as
três fases são ensaiadas separadamente, a resistência encontrada para cada fase deve ser dividida
por dois para obter um valor que, após a correção da temperatura, pode ser comparado com o valor
mínimo recomendado da resistência de isolamento.
6.8.2.4 Se cada fase for ensaiada separadamente e os circuitos de guarda forem utilizados para as
outras duas fases não sob ensaio, a resistência encontrada de cada fase deve ser dividida por três
para obter um valor que, após a correção da temperatura, pode ser comparado com o valor mínimo
recomendado da resistência de isolamento.
6.8.2.5 Para a isolação em bom estado, não são incomuns leituras de resistência de isolamento de
10 a 100 vezes o valor mínimo recomendado da resistência de isolamento R m, obtido conforme 6.8.2.
6.8.2.6 Em aplicações onde o motor é vital, tem sido considerado boa prática iniciar o recondicio -
namento, se a resistência de isolamento, após ter sido bem acima do valor mínimo, dado em 6.8.2,
cair para próximo deste valor.
6.8.4 Motores de 10 000 kW e menores, para serem considerados em estado adequado para
operação ou para ensaios dielétricos, devem ter o valor da resistência de isolamento a 40 °C ou o
índice de polarização pelo menos igual aos valores mínimos recomendados.
6.8.5 Motores acima de 10 000 kW devem ter tanto o valor da resistência de isolamento quanto
o índice de polarização acima dos valores mínimos recomendados.
NOTA A IEEE 043 contém as seguintes informações:
a) prevenção da absorção de umidade pela isolação dos enrolamentos de máquinas fora de serviço;
Neste método utiliza-se um instrumento de leitura direta da resistência do enrolamento, desde que
ele tenha sensibilidade para indicar variações centesimais da resistência e sejam apropriados para
eliminar os efeitos de indução do enrolamento.
Processo pelo qual uma resistência é medida fazendo circular uma corrente contínua ( I cc) no
enrolamento e medindo-se a queda de tensão ( V cc) provocada por esta corrente. A corrente que circula
não pode ser superior a 15 % do valor nominal do enrolamento considerado. Calcular a resistência
por meio da lei de Ohm.
Na maioria das circunstâncias, um circuito de ponte é o método mais exato para medir a resistência.
Os circuitos de ponte mais comumente utilizados para medição direta da resistência são a ponte de
Wheatstone e a de Kelvin.
NOTA Em todos os métodos de medição são registradas as temperaturas do ambiente.
Os valores da resistência ôhmica encontrados devem ser corrigidos para a temperatura de referência
pela equação de 5.2.2.
a) se todos os terminais dos enrolamentos forem acessíveis, a medição é realizada diretamente
entre estes terminais (caso de motores com seis e doze pontas ou três pontas com o neutro
acessível – ligação estrela);
b) se os terminais dos enrolamentos não forem acessíveis, a medição é realizada entre dois a dois
terminais sucessivamente, utilizando a resistência equivalente, dependente da ligação dos enro -
lamentos, cuja determinação não consta nesta Parte da ABNT NBR 17094 (caso de motores com
ligação estrela sem neutro acessível ou ligação triângulo).
7.4 Resultado das medições
7.4.1 Os resultados das medições efetuadas devem ser comparados com os resultados obtidos em
ensaios anteriores (do fabricante, se possível), tendo-se o cuidado de utilizar as correções de tempe -
ratura ambiente a uma mesma base, normalmente para 25 °C.
7.4.2 Em caso de discordâncias maiores que 2 % deve ser pesquisada a existência de anormali -
dade, como: espiras em curto-circuito, número incorreto de espiras, dimensões incorretas dos condu -
tores, conexões e contatos em más condições.
8 Determinação do escorregamento
8.1 Para a determinação do escorregamento, tacômetros ou contadores de rotações analógicos não
são sucientemente precisos. Por isso, estroboscópios ou tacômetros digitais são recomendados.
Quando um estroboscópio é utilizado, a fonte de alimentação deste instrumento deve ter a mesma
frequência que a fonte de alimentação do motor. O escorregamento é a diferença entre a velocidade
síncrona e a velocidade do motor, medida em rotações por minuto (rpm), sendo o escorregamento
geralmente expresso em:
Velocidade síncrona (rpm) − Velocidade medida (rpm)
S= × 100
Velocidade síncrona (rpm)
8.2 O escorregamento deve ser corrigido para a temperatura especicada do estator pela equação
a seguir:
(ts + k )
Ss = St ×
(t t + k )
onde
t s é a temperatura especicada para correção da resistência, expressa em graus Celsius (°C);
t t é a temperatura do enrolamento do estator, medida durante o ensaio com carga, expressa em
graus Celsius (°C);
k é baseado no material condutor do rotor, igual a 234,5 para cobre eletrolítico com 100 %
de condutividade ou 225 para alumínio com condutividade em volume de 62 % IACS
(International Annealed Copper Standard ).
Sempre que possível, devem ser feitas leituras da corrente em cada linha com tensão e frequência
nominais, na medida em que a corrente não é diretamente proporcional à tensão, devido a mudanças
na reatância causadas pela saturação dos circuitos magnéticos de dispersão.
Quando o ensaio é realizado para vericação da qualidade dos motores de gaiola, é possível omitir o
bloqueio mecânico do rotor. Em vez disto aplica-se alimentação monofásica de tensão e frequência
nominais a quaisquer dois terminais de linha de um motor trifásico. Neste caso, a corrente de linha
deve ser aproximadamente 86 % e a potência de entrada de aproximadamente 50 % dos valores
correspondentes obtidos com alimentação trifásica. Os valores assim obtidos devem ser comparados
com aqueles medidos em um protótipo que tenha sido submetido a um ensaio de tipo.
O conjugado pode ser medido com uma corda e polia, ou com um freio ou com um dispositivo que
funcione como freio. Motores de rotor bobinado estão sempre sujeitos a variações no conjugado com
rotor bloqueado, conforme a posição angular do rotor em relação ao estator. Para motores de gaiola,
é prática usual bloquear o rotor em qualquer posição conveniente. Se o conjugado com rotor bloqueado
(C p) não for medido diretamente como indicado acima, ele pode ser calculado aproximadamente
como a seguir:
k (PSI − PCU − PC ) a
C p =
ns
onde
P cu é a perda I 2R no estator, à corrente de ensaio, expressa em watts (W), à temperatura
do ensaio com o rotor bloqueado (ver 13.1);
P C é a perda no núcleo, à tensão de ensaio, expressa em watts (W) (ver 13.3.3.2);
a é o fator de redução (variando entre 0,9 e 1,0), para levar em conta perdas não fundamentais;
k é igual a 9,549 para C p, expresso em newtons-metro (N.m).
NOTA Na impossibilidade de se realizar este ensaio na tensão nominal, os valores dos conjugados e
das correntes obtidos com tensão reduzida e corrigidos para a tensão nominal (ver 11.3), sem levar em
consideração o efeito de saturação, podem dar resultados sensivelmente inferiores aos valores reais.
11 Ensaio de partida
11.1 Generalidades
11.1.1 Este ensaio é realizado para o levantamento das características conjugado versus velocidade
e corrente versus velocidade, bem como para obtenção de informações para correção de dados
conseguidos em ensaios realizados com tensão reduzida.
11.1.2 A característica conjugado versus velocidade é a relação entre o conjugado e a velocidade de
rotação, abrangendo a faixa desde zero até a velocidade síncrona de um motor. Esta relação, quando
expressa por uma curva, inclui o conjugado com rotor bloqueado, e os conjugados máximo e mínimo
de partida.
Dos resultados dos ensaios descritos em 11.2.2 a 11.2.5, corrigidos para a tensão nominal conforme
11.3, devem ser traçadas as curvas de conjugado e de corrente versus velocidade.
Um gerador de corrente contínua que tenha suas perdas previamente determinadas é acoplado
mecanicamente (por luva ou correias) ao motor a ser ensaiado.
O motor deve ser alimentado por uma fonte de corrente alternada de frequência nominal. A tensão
aplicada aos terminais do motor deve ser a mais alta possível, sem que provoque aquecimento
excessivo; se possível, esta tensão deve ser superior a 50 % da tensão nominal do motor.
A velocidade do motor em cada ponto de medição é controlada pela variação da carga do gerador.
Neste ensaio, as leituras são tomadas para velocidades entre aproximadamente 1/3 da velocidade
síncrona e a máxima velocidade alcançada. Durante as leituras, a velocidade deve se manter estável,
e de tal modo que os resultados não venham a ser afetados por acelerações ou frenagens. Para cada
velocidade estabelecida, ler a tensão, a corrente e a velocidade para o motor de indução; ler também
a tensão, a corrente de armadura e a corrente de campo do gerador de corrente contínua.
A potência total de saída do motor é a soma da potência de saída e das perdas do gerador de corrente
contínua.
k (Pg0 + P g1)
C =
n
onde
P g1 é a perda do gerador de corrente contínua, incluindo atrito e ventilação, expressa em watts (W);
Na velocidade para cada ponto de ensaio, os valores de conjugado e corrente do motor são corrigidos
para a tensão especicada (V), conforme descrito em 11.3.
Neste método o motor é ligado em vazio e o valor da aceleração é determinado para várias velocidades.
O conjugado para cada velocidade é determinado pela aceleração da massa das partes girantes.
Medidas precisas de velocidade e aceleração são requisitos essenciais deste método. O motor deve
ser alimentado por uma fonte de corrente alternada à frequência nominal.
Quando for utilizado um sistema automático de aquisição de dados ou registradores de alta velocidade,
este ensaio pode ser realizado com acelerações rápidas, desde que estejam dentro dos limites de
resposta destes aparelhos.
Quando registrar manualmente os dados em cada ponto, o tempo de aceleração pode ser aumentado,
aplicando uma tensão menor ao motor, ou acoplando uma inércia adequada ao eixo do motor.
Quando o motor acelera do repouso para próximo da velocidade síncrona, são feitas leituras simul -
tâneas da tensão de linha, corrente de linha, velocidade e tempo, em segundos. Ao menos cinco séries
de leituras devem ser feitas durante o período de aceleração; entretanto, mais leituras devem ser
obtidas, quando possível.
Se o atrito na partida do motor for elevado ou se forem necessários dados mais precisos nas proxi -
midades da velocidade zero, deve-se girar o motor no sentido contrário ao sentido de rotação normal
de ensaio, antes da aplicação da potência para aceleração na qual as medições devem ser feitas.
Algumas vezes pode ser necessário repetir o ensaio em diferentes tensões para obter leituras satis -
fatórias por toda a curva, especialmente quando existem irregularidades acentuadas na característica
conjugado versus velocidade.
O conjugado, C , para cada velocidade é obtido a partir da aceleração, utilizando a seguinte equação:
J d n
C =
k d t
onde
O motor é ligado como em 11.2.3, exceto que neste caso não pode estar em vazio.
As leituras da potência de entrada denidas em 11.2.3 são colocadas em um gráco em função da
velocidade. A tensão de linha, a corrente de linha, a potência e a velocidade devem ser registradas em
função do tempo. Os valores médios das leituras para velocidade zero devem ser obtidos no ensaio
de rotor bloqueado, como descrito em 9.3, e podem ser utilizados depois de corrigidos para a tensão
em que outras leituras foram tomadas.
O conjugado, C , para cada velocidade, é determinado a partir da potência de entrada, utilizando-se
a equação a seguir:
k n
0 ,5
C= × PSi − PCU − PC − LLS − LLr − Cfw
nS nS
onde
P CU é a perda I 2 R no estator, à corrente de ensaio, expressa em watts (W) (ver 13.1);
P C é a perda no núcleo, à tensão de ensaio, expressa em watts (W) (ver 13.3.3.2);
LLr é a perda suplementar para maiores frequências à corrente de ensaio, expressa em watts
(ver 13.4.3.1.2);
12 Ensaios térmicos
12.1 Generalidades
12.1.1 Os ensaios térmicos são realizados para determinar a elevação de temperatura de certas
partes do motor acima da temperatura ambiente, quando funcionando sob uma condição de carga
especicada.
12.1.2 O motor deve ser protegido contra correntes de ar provenientes de polias, correias e outras
máquinas. Uma corrente de ar muito pequena pode causar grandes discrepâncias nos resultados do
ensaio térmico. Condições que resultem em rápida mudança da temperatura do ar ambiente devem
ser consideradas insatisfatórias para ensaios térmicos. Espaço suciente entre motores é necessário
para permitir livre circulação de ar.
a) método de carga efetiva no qual o motor funciona na sua característica nominal ou em uma
característica determinada;
b) método de carga equivalente por bifrequência. Um exemplo típico é mostrado na Figura 4. O motor
a ser ensaiado é operado em vazio por uma fonte de alimentação principal, à qual é superposta
uma fonte de alimentação auxiliar de baixa tensão e de frequência diferente. Geralmente,
a frequência da fonte auxiliar é 10 Hz abaixo da frequência nominal e com a tensão ajustada
de modo que a corrente primária seja igual ao valor nominal
NOTA O método de carga equivalente por bifrequência só é utilizado para a determinação da
temperatura e não para outros parâmetros do motor.
a
Fonte de alimentação V 2 V 1
de frequência nominal
I 1
M
W
f 1
Disjuntor
T
Disjuntor
f 2
Legenda
M Motor a ser ensaiado f 2 Frequência auxiliar
a Ponto de conexão do voltímetro, amperímetro e wattímetro V 1 Tensão nos terminais (tensão nominal)
f 1 Frequência (frequência nominal); V 2 Tensão auxiliar
NOTA 1 A rotação de fases do gerador auxiliar tem o mesmo sentido da fonte principal.
NOTA 2 V 2 geralmente é menor que V 1 (10 % a 20 % de V 1). V 2 é a tensão necessária para causar a
circulação da corrente nominal I 1.
Estes métodos não podem ser utilizados para uma vericação recíproca.
12.2.2.1 Em geral, para determinação da temperatura dos enrolamentos de um motor, deve ser
utilizado o método da variação da resistência, conforme 12.2.1-a.
12.2.2.3 Para motores de potência nominal inferior a 5 000 kW e superior a 200 kW, o fabricante deve
utilizar o método da variação da resistência ou o método dos detectores de temperatura embutidos
(DTE), salvo acordo em contrário.
12.2.2.4 Para motores de potência nominal igual ou inferior a 200 kW, o fabricante deve utilizar o
método da variação da resistência, salvo acordo em contrário.
12.2.2.5 Para motores de potência nominal igual ou inferior a 600 W, quando os enrolamentos não
são uniformes ou quando a execução das conexões necessárias implica severas complicações,
a temperatura pode ser determinada por meio de termômetros (ou termopares não embutidos).
Os limites de elevação de temperatura para o método da variação da resistência mostrados na
ABNT NBR 17094-1:2017, Tabela 12, devem ser aplicados.
12.2.2.6 Para os enrolamentos do estator com somente um lado de bobina por ranhura, o método dos
detectores de temperatura embutidos deve ser evitado (ver 12.2.4.2), devendo ser utilizado o método
da variação da resistência.
NOTA Para vericar a temperatura de tais enrolamentos em serviço, um detector embutido no fundo da
ranhura é de pouco valor, visto que ele indica principalmente a temperatura do núcleo. Um detector colocado
entre a bobina e a cunha acompanha muito mais elmente a temperatura do enrolamento e é, por isto, mais
indicado para ns de controle, embora ali a temperatura possa ser relativamente baixa. A relação entre a
temperatura medida neste local e a temperatura medida pelo método da variação da resistência pode ser
determinada por um ensaio de elevação de temperatura.
12.2.3.1 A temperatura t 2 pode ser obtida a partir da razão das resistências, pela equação a seguir:
t2 + k R 2
=
t1 + k R 1
onde
k é igual a 234,5 para cobre eletrolítico com 100 % de condutividade ou 225 para alumínio com
condutividade
condutivida de em volume de 62 % IACS ( International Annealed Copper Standard ).).
12.2.3.2 Quando for utilizada a equação de 12.2.3.1 para o cálculo da temperatura, as resistências de
referência e de ensaio devem ser medidas utilizando o mesmo equipamento de ensaio.
12.2.3.4 A elevação
elevação de temperatura
temperatura t 2 – t a é calculada pela equação a seguir:
R2 − R 1
t2 − ta = × (k + t1) + t1 − ta
R 1
onde
t a é a temperatura
temperatura do uido
uido refrigerante
refrigerante no m do ensaio,
ensaio, expressa em
em graus Celsius
Celsius (°C).
Quando for utilizado o método dos detectores de temperatura embutidos, estes devem estar adequa -
damente distribuídos entre os enrolamentos do motor. O número de detectores instalados não pode
ser inferior a seis.
Se houver dois ou mais lados de bobina por ranhura, os detectores devem ser instalados conforme
12.2.4.1.
Se houver somente um lado de bobina por ranhura ou se for desejado medir a temperatura da cabeça
de bobina, os métodos de instalação recomendados são os que constam em 12.2.4.2 e 12.2.4.3,
mas, nestes casos, o método dos detectores de temperatura embutidos não é recomendado para a
determinação da elevação de temperatura ou da temperatura total.
Os detectores de temperatura devem ser localizados entre os lados de bobina isolados no interior
da ranhura, nas posições presumivelmente mais quentes.
Os detectores embutidos nas ranhuras devem ser localizados entre a parte externa da isolação do
enrolamento e a cunha ou, quando aplicável, entre a parte externa da isolação do enrolamento e o
enrolamento, nas posições presumivelmente mais quentes.
Os detectores de temperatura devem ser localizados entre dois lados de bobinas adjacentes,
no interior da camada externa das cabeças de bobina, nas posições presumivelmente mais quentes.
A parte sensível
sensível à temperatura
temperatura do
do detector
detector de temperatura deve car
car em estreito contato com a super -
fície de um lado de bobina e ser adequadamente protegida contra a inuência do uido refrigerante.
12.2.5.1 O método termométrico é aceito nos casos em que não são aplicáveis o método dos detec -
tores de temperatura embutidos e o método da variação da resistência. Como é o caso da determinação
da temperatura de rotores e de outras partes de motores totalmente fechados, para as quais as tempe -
raturas devem ser obtidas após a parada do motor, pela aplicação do termômetro nas partes mais
quentes, que possam ser acessíveis, imediatamente após a remoção das tampas.
b) enrolamen
enrolamentos
tos de camada única, girantes ou xos;
c) para a determinação da elevação de temperatura durante ensaios de rotina em motores fabri -
cados em grandes quantidades.
quantidades.
12.2.6.1 Para a medição da temperatura dos mancais são aceitos o método termométrico e o método
dos detectores de temperatura embutidos (ver 12.2.1-b).
12.2.6.2 O ponto de medição para determinar a temperatura dos mancais deve car tão próximo
quanto possível de um dos dois locais especicados na Tabela 3.
12.2.6.3 Para a medição da temperatura dos mancais, deve ser assegurada boa transferência de
calor entre o detector de temperatura e a parte onde for medida a temperatura; por exemplo, qualquer
interstício de ar deve ser preenchido com um produto condutor de calor.
NOTA Entre os pontos de medição A e B, bem como entre estes pontos e o ponto mais quente do mancal,
existem diferenças de temperatura que dependem, entre outras coisas, do tamanho do mancal. Para mancais
de deslizamento com elementos estacionários introduzidos sob pressão e para mancais com rolamento de
esferas ou de rolos de diâmetro interno igual ou inferior a 150 mm, as diferenças de temperatura que ocorrem
entre os pontos de medição A e B podem ser admitidas como desprezíveis. No caso de mancais maiores,
as temperaturas que ocorrem no ponto de medição A são aproximadamente 15 K superiores àquelas que
ocorrem no ponto de medição B.
Em 12.3.2 a 12.3.4 são descritos três métodos de medição de temperatura, utilizados para medir a
temperatura dos enrolamentos, do núcleo do estator, do uido refrigerante de entrada (frio) e do uido
refrigerante de saída (quente). Cada parte especíca do motor tem seu método de medição mais
adequado. Então, em um dado ensaio, pode ser desejável utilizar todos os três métodos para medir a
temperatura nas várias partes do motor.
12.3.2.1 A medição de temperaturas, após a parada do motor, pelo método da variação da resistência,
requer que o motor pare rapidamente no m do ensaio de elevação de temperatura. Um procedimento
cuidadosamente planejado e pessoal em número adequado é necessário, a m de se obterem leituras
com rapidez suciente para proporcionar dados conáveis. Se a leitura inicial da resistência for obtida
dentro do intervalo de tempo indicado na Tabela 4, esta leitura deve ser adotada como a medida
de temperatura, sendo desnecessária a extrapolação das temperaturas determinadas para o instante
de desligamento da energia.
12.3.2.2 Se a leitura inicial da resistência não puder ser efetuada no intervalo de tempo prescrito na
Tabela 4, ela deve ser feita tão rapidamente quanto possível, porém em um tempo não maior do que
duas vezes o máximo valor especicado na Tabela 4, seguida de leituras adicionais da resistência a
intervalos regulares, até que estas leituras mostrem uma diminuição sensível em relação aos seus
valores máximos.
12.3.2.3 Uma curva destas leituras deve ser traçada em função do tempo e extrapolada para o intervalo
de tempo dado na Tabela 4 para a potência nominal do motor. A curva obtida é considerada satisfatória
se o fator de correlação da extrapolação gráca for superior a 0,9. O valor da resistência assim obtido
deve ser considerado como a resistência no momento da parada do motor. Se medições sucessivas
mostrarem resistências crescentes após a parada, deve ser considerado o valor mais elevado.
12.3.2.4 Se a leitura inicial da resistência não puder ser efetuada dentro de um intervalo de tempo
duas vezes o especicado na Tabela 4, este método deve ser utilizado somente mediante acordo
entre fabricante e comprador.
12.3.2.5 Para motores com um lado de bobina por ranhura, o método da variação da resistência pode
ser utilizado, se o motor parar dentro do intervalo de tempo especicado na Tabela 4. Se o motor
levar mais de 90 s para parar após o desligamento da energia, pode ser utilizado o procedimento da
superposição (ver IEC 60034-29), se houver acordo prévio entre fabricante e comprador.
12.3.3 Método dos detectores de temperatura embutidos (DTE)
As medições de temperatura de todos os detectores embutidos devem ser registradas e o máximo
destes valores deve ser considerado como a temperatura do enrolamento pelo detector embutido.
Leituras após a parada não são normalmente requeridas.
12.3.4 Método termométrico
As temperaturas obtidas pelo método termométrico (ver 12.2.5) podem ser medidas nas seguintes
partes durante os ensaios térmicos e, se especicado, após a parada do motor:
a) bobinas de estator, no mínimo em dois locais;
c) ambiente;
d) ar de saída da carcaça, ou ar de saída dos dutos, ou uido refrigerante interno de saída para a
entrada dos resfriadores do motor com sistema de resfriamento por recirculação;
e) carcaça;
Os sensores de temperatura devem estar localizados para obter as maiores temperaturas, exceto
para a temperatura do ar ou outro uido refrigerante de entrada ou de saída, para os quais eles devem
ser instalados a m de obter valores médios
Um motor pode ser ensaiado a qualquer temperatura do uido refrigerante. Se a temperatura do uido
refrigerante no m do ensaio de elevação de temperatura diferir em mais de 30 K da temperatura
especicada (ou admitida, conforme a ABNT NBR 17094-1:2017, Tabela 14) para o funcionamento no
local de instalação, as correções indicadas (em 12.4.3) devem ser realizadas.
O valor a ser considerado para a temperatura do uido refrigerante durante o ensaio de elevação de
temperatura deve ser a média das leituras dos detectores de temperatura, realizadas a intervalos
de tempo iguais durante a última quarta parte da duração do ensaio. A m de reduzir erros devido
ao retardo com que a temperatura de grandes motores segue as variações de temperatura do uido
refrigerante, todas as precauções adequadas devem ser tomadas para minimizar estas variações.
12.4.2.1 Motores abertos ou motores fechados sem trocadores de calor (resfriados pelo ar ou
gás ambiente)
A temperatura do ar ou gás ambiente deve ser medida por meio de um ou mais detectores de tempe -
ratura colocados em pontos diferentes em torno do motor, a meia altura da carcaça, a uma distância
de 1 m a 2 m do motor e protegidos de toda radiação de calor e de correntes de ar.
12.4.2.2 Motores resfriados por ar ou gás proveniente de fonte remota, através de dutos de
ventilação ou motores com trocadores de calor montados separadamente
A temperatura do uido refrigerante primário deve ser medida onde ele entra no motor.
A temperatura do uido refrigerante primário deve ser medida onde ele entra no motor. Em motores
com trocadores de calor resfriados a água ou a ar, a temperatura do uido refrigerante secundário
deve ser medida onde ele entra no trocador de calor.
12.4.3 Correções dos limites de elevação de temperatura ou de temperatura total para levar em
conta as condições de ensaio
Nesta subseção:
∆ θS é o limite de elevação de temperatura aplicável ao local de funcionamento;
∆ θT é o limite de elevação de temperatura aplicável ao local de ensaio;
θS é o limite de temperatura total aplicável ao local de funcionamento;
θT é o limite de temperatura total aplicável ao local de ensaio;
θcS é a temperatura máxima do uido refrigerante (ver Notas 1 e 2) no local de funcionamento;
θcT é a temperatura máxima do uido refrigerante (ver Notas 1 e 2) no m do ensaio de
elevação de temperatura;
H S é a altitude do local de funcionamento;
H T é a altitude do local de ensaio;
A, B, D, E são as correções de temperatura, expressas em Kelvins (K), que podem ser positivas
ou negativas.
As temperaturas são especicadas em graus Celsius (°C); as elevações de temperatura e as corre -
ções de temperatura, em Kelvin (K); e as altitudes, em metros (m).
NOTA 1 Para um motor resfriado a ar com um trocador de calor resfriado a água, o uido refrigerante é o
uido refrigerante primário na entrada do motor. Para outros motores resfriados a ar, é o ar ambiente.
NOTA 2 Se a elevação de temperatura for medida acima da temperatura da água na entrada do trocador,
leva-se em conta o efeito da altitude sobre a diferença de temperatura entre o ar e a água. Entretanto, para a
maioria dos projetos de trocador de calor, o efeito será pequeno, com a diferença aumentando com a altitude
à taxa de aproximadamente 2 K por 1 000 m. Se uma correção for necessária, ela é objeto de acordo entre
fabricante e comprador.
Os valores de H T ou H S inferiores a 1 000 m devem ser considerados iguais a 1 000 m, isto é,
nenhuma correção é aplicável se ambos os locais estiverem em uma altitude inferior a 1 000 m.
Se somente um local estiver em uma altitude superior a 1 000 m, a correção é proporcional ao excesso
acima de 1 000 m e não à diferença entre as duas altitudes.
Então
Nenhuma correção deve ser aplicada se, ao m do ensaio de elevação de temperatura, o valor
numérico de ( θcT – θcS) for inferior ou igual a 30 K. Se o valor numérico de ( θcT – θcS) for superior a
30 K, uma correção “ B” deve ser objeto de acordo entre fabricante e comprador.
Então
∆θT = ∆θS + B
Ao calcular D, os valores de H T ou H S inferiores a 1 000 m devem ser considerados iguais a 1 000 m
(ver 12.4.3.1.1).
Então,
Nenhuma correção deve ser aplicada se, ao m do ensaio de elevação de temperatura, o valor
numérico de ( θcT – θcS) for inferior ou igual a 30 K. Se o valor numérico de ( θcT – θcS) for superior a
30 K, uma correção “ E ” deve ser objeto de acordo entre fabricante e comprador.
Então,
θT = θS + E
12.5.2 O motor que possui características nominais múltiplas (por exemplo, motor de várias velocidades)
deve ser ensaiado na característica nominal que produz a maior elevação de temperatura. Se isto
não puder ser predeterminado, o motor deve ser ensaiado separadamente para cada característica
nominal.
12.5.3 Um motor para duas frequências pode ser ensaiado em qualquer frequência disponível,
desde que a carga seja ajustada para ser equivalente à da frequência que resulte na maior elevação
de temperatura.
12.5.4 Um motor com um fator de serviço superior a 1,0 deve ser ensaiado à carga com este fator de
serviço para vericar se ele atende aos limites de elevação de temperatura da classe térmica, exceto
quando a elevação de temperatura a uma carga especicada é parte da característica nominal do
motor. Entretanto, a elevação de temperatura com fator de serviço 1,0 deve ser utilizada para calcular
o rendimento do motor, conforme 14.1.
12.5.5 Quando a temperatura de funcionamento é a da carga com fator de serviço ao invés da carga
nominal (FS = 1,0), a elevação de temperatura pela variação da resistência do motor à carga nominal
pode ser obtida corrigindo a temperatura com o quadrado da razão das correntes, conforme a equação
a seguir:
12.5.6 A duração do ensaio de elevação de temperatura para motores com características nominais
do tipo contínuo máximo (regime tipo S1) deve ser conduzida até ser atingido o equilíbrio térmico
(ver ABNT NBR 17094-1:2017, Seção 3).
NOTA Para motores de regime contínuo, quando é necessário um longo tempo para atingir o equilíbrio
térmico, é permitido aplicar sobrecargas de (25 % a 50 %) durante o período de aquecimento preliminar,
a m de reduzir a duração do ensaio.
12.5.7 As características nominais diferentes daquelas do tipo contínuo máximo para os ensaios de
elevação de temperatura de motores devem ser:
a) Para as características nominais do tipo de tempo limitado (regime tipo S2):
b) Para as características nominais para regimes tipo periódicos (regimes tipo S3 a S8):
Para as cargas intermitentes, o ciclo de carga especicado deve ser aplicado até a obtenção de
ciclos de temperatura praticamente idênticos. O critério para isto é que uma reta ligando pontos
correspondentes de dois ciclos de regime tenha um gradiente inferior a 1 K/30 min. Para motores
de regime não contínuo, as leituras devem ser feitas em intervalos condizentes com o tempo
do regime do motor.
c) Para as características nominais para regime tipo não periódico (regime tipo S9) e as caracterís -
ticas nominais com cargas constantes distintas (regime tipo S10):
O ensaio de elevação de temperatura deve ser realizado conforme 12.5.6, com as características
nominais do tipo contínuo equivalente atribuídas pelo fabricante, levando em conta as variações
nominais de carga e rotação e as sobrecargas possíveis, com base no regime especicado pelo
comprador conforme os regimes tipo S9 e S10, denidos na ABNT NBR 17094-1.
d) Para a determinação da constante de tempo térmica equivalente de motores para regime tipo S9:
A constante de tempo térmica equivalente, com a ventilação do motor como em condições nor -
mais de funcionamento, adequada para a determinação aproximada da evolução da temperatura,
pode ser obtida a partir da curva de resfriamento traçada conforme 12.3.2.2. O seu valor é
1,44 vez (isto é, 2 1 1/Ivez) o tempo entre o desligamento do motor e a obtenção de uma tempe -
ratura que represente um ponto na curva de resfriamento correspondente à metade da elevação
de temperatura do motor.
12.7.1.1 São apresentados dois métodos para determinação da elevação de temperatura por
superposição de ensaios:
12.7.1.2 Estes métodos de ensaio se aplicam aos motores que, por qualquer razão, não puderem
ser colocados em carga em uma condição especíca (condição nominal ou outra). Estes métodos não
são aplicados para motores com potência inferior ou igual a 0,75 kW.
Os métodos de ensaios propostos são considerados equivalentes; a escolha deles se baseia unica -
mente na instalação do laboratório, equipamentos de ensaios, tipo de motor e precisão dos resultados
de ensaios.
Como estes métodos de ensaios reproduzem apenas de maneira aproximada as condições térmicas
dos motores que ocorrem em condição nominal, eles só devem ser aplicados quando o método
de carga efetiva com carga nominal não puder ser aplicado e devem ser em comum acordo entre
fabricante e comprador.
12.7.1.4 Os métodos assumem que as condições de resfriamento sejam invariáveis entre os ensaios,
o que requer que a velocidade seja a mesma para cada ensaio. Os métodos também assumem
condições térmicas lineares, de modo que as elevações de temperatura de um caso possam
ser somadas àquelas do outro caso. Isto requer que as perdas nos componentes pertinentes
sejam sucientemente conhecidas para cada caso, quer seja por meio de cálculo ou de medição.
Consequentemente, assume-se que os coecientes K obtidos posteriormente não mudam de ensaio
para ensaio.
12.7.1.5 O método pode ser usado para determinar a elevação de temperatura de qualquer componente
em qualquer carga, se as perdas naquela carga forem conhecidas. Os coecientes de transferência
de calor ( K 11 etc.) podem ser úteis em outros estudos de modelagem térmica, por exemplo, na análise
da resposta ao desbalanceamento da alimentação, redução de tensão etc.
12.7.1.6 Caso o motor esteja equipado com um trocador de calor, a correção da elevação de tempe-
ratura em todos estes ensaios, tem que ser feita para a variação no trocador de calor, visto que o
desempenho térmico do trocador de calor depende parcialmente da carga total em cada ensaio.
Os métodos abrangem uma série de ensaios em condições de operação diferentes do que na carga
nominal, por exemplo: carga reduzida, em vazio, tensão reduzida.
12.7.3.1 Procedimento
Este método consiste em três ensaios: tensão reduzida com corrente nominal em carga, tensão
reduzida em vazio e tensão nominal em vazio.
O método requer uma fonte de tensão variável na frequência nominal e um equipamento de freio
como gerador de carga, com uma condição nominal bem inferior às condições nominais do motor
em ensaio. Para cada condição, devem ser medidas a tensão, a corrente, as perdas no enrolamento
do estator e a elevação de temperatura.
a) tensão reduzida, com o motor em carga à corrente nominal, medindo V m, I m, P 1m e ∆θ1m. Não
pode ser utilizado um escorregamento superior a 2,5 vezes o escorregamento nominal;
b) a mesma tensão reduzida, mas em vazio, medindo V n, I n, P 1n e ∆θ1n;
c) com tensão nominal em vazio, medindo V 0, I 0, P 10 e ∆θ10.
onde
NOTA As perdas I 2 R do enrolamento do estator podem ser calculadas utilizando a equação:
P 1= 1, 5 × R1L × I12
onde
R 1L é a resistência entre terminais do estator que pode ser medida imediatamente após cada ensaio ou pode
ter seu valor a frio corrigido pela elevação de temperatura medida para um determinado ensaio.
Para medir a elevação de temperatura pelo método da resistência, quando o motor está em vazio,
deve ser empregado algum meio de parar rapidamente o motor quando este é desligado.
O método assume que a refrigeração não muda para cada ensaio, o que implica que a velocidade
teoricamente também não muda.
O método é preferido para motores de indução com rotor de gaiola, onde a precisão pode ser estimada
em uma faixa de ± 3 %.
Os resultados podem ser analisados por meio de cálculo ou gráco, como descrito em 12.7.3.2
ou 12.7.3.3.
onde
∆θ1P é a elevação da temperatura teórica do estator que ocorre com tensão nominal e corrente
nula do estator (isto é, a elevação de temperatura devido às perdas no núcleo e perdas
devido ao atrito e ventilação);
O coeciente K 11 pode ser encontrado a partir dos ensaios ‘com tensão reduzida, com o motor em
carga à corrente nominal’ e ‘a mesma tensão reduzida, mas em vazio’, usando a equação a seguir:
∆θ1m − ∆θ1n
K 11 =
P 1m − P 1n
isto é, a relação entre o aumento da elevação de temperatura no estator devido à alteração na corrente
do estator entre os ensaios de 12.7.3.1-a) e b) (com perdas constantes no núcleo), e o aumento nas
perdas no estator nos dois ensaios.
A elevação de temperatura teórica no estator devido às perdas no núcleo, por atrito e ventilação, ∆ θ1P
pode ser encontrada a partir da equação a seguir:
isto é, a elevação devido às perdas no enrolamento do estator e as perdas no núcleo menos a elevação
de temperatura devido às perdas nos enrolamentos do estator no ensaio 12.7.3.1-c).
(234, 5 + θ AN )
∆θ1P + K11P 1N (θA )
(234, 5 + θ A )
∆θ1N =
K11P 10 (θ10 )
1−
(234, 5 + θ A )
onde
θ A é a temperatura ambiente média para os três ensaios para a determinação de P 1N (θ A);
234,5 para cobre eletrolítico com 100 % de condutividade ou 225 para alumínio com condutividade
em volume de 62 % IACS ( International Annealed Copper Standard ).
NOTA 1 O índice N se refere à condição nominal ou outra condição onde se queira determinar a elevação.
NOTA 2 A equação requer um processo iterativo. Inicialmente, calculam-se as perdas P 1N, considerando
a corrente nominal de placa e a resistência a frio corrigida para a temperatura da classe de isolação menos
10 K. A seguir calcula-se ∆ θ1N. Corrige-se P 1N considerando a resistência corrigida para ∆ θ1N. Recalcula-se
∆θ1N para um novo valor de P 1N. A iteração termina quando a diferença entre os dois valores sucessivos de
∆θ1N for inferior a 2 K.
a) que as perdas em carga sejam dependentes somente da corrente e as perdas em vazio sejam
dependentes somente da tensão;
b) que a elevação de temperatura possa ser somada, isto é, que o efeito da radiação seja despre -
zado e que os coecientes da transferência de calor sejam independentes da temperatura;
c) que as perdas suplementares em função da carga dependam apenas da corrente. Na prática,
estas perdas também dependem parcialmente da tensão.
Estas considerações são fundamentalmente as mesmas que as para determinação por meio de
cálculo, como descrito em 12.7.3.2. Um gráco das elevações de temperatura deve ser traçado a
partir dos três ensaios de 12.7.3.1, com o quadrado da relação entre a corrente e a corrente nominal
do estator na abscissa e a elevação de temperatura na ordenada, como mostra a Figura 5. Uma linha
deve ser traçada através dos dois pontos com tensão reduzida (∆ θ1m e ∆ θ1n) e uma linha paralela a
esta deve ser traçada, passando por ∆ θ10. A elevação de temperatura na carga nominal ∆ θ1N é obtida
na ordenada para valor correspondente a 100 % da abscissa (corrente nominal), como mostra a
Figura 5. A abscissa deve ser expressa em porcentagem.
Elevação de
temperatura
∆θ1N
Tensão nominal
∆θ1m
∆θ1o
Tensão reduzida
∆θ1n
2
(I /I N)
100%
Corrente correspondente a Corrente correspondente a
tensão nominal em vazio tensão reduzida em vazio
a) o motor é acionado com carga reduzida com tensão e frequência nominais, e a elevação de
temperatura no enrolamento do estator ∆ θ1r e a corrente do estator I 1 são medidas. É preferível
que I 1 não seja menor que 70 % da corrente nominal do estator. Este ensaio requer um gerador de
carga ou um equipamento de frenagem com uma capacidade nominal menor que a capacidade
nominal do motor sob ensaio. O motor pode ser colocado em carga pelo método de carga efetiva
ou pelo método de carga equivalente.
b) o motor é acionado em vazio com tensão e frequência nominais e a elevação de temperatura ∆ θ10
e a corrente I 0 são medidas.
onde
Este método é preferível para motores de indução de alta-tensão com rotores bobinados, onde a
precisão pode ser estimada em ± 1 %.
13 Tipos de perdas
13.1 Perda I 2R no estator
13.1.1 Denição
onde
I é a corrente ecaz medida ou calculada por terminal de linha a uma carga especicada;
R é a resistência em c.c. entre quaisquer dois terminais de linha, corrigida para a temperatura
especicada (ver 5.2.2).
Esta temperatura, utilizada para fazer as correções da resistência, deve ser determinada por um dos
seguintes métodos, listados em ordem de preferência:
a) elevação da temperatura medida pela variação de resistência a partir de um ensaio térmico à
carga nominal (ver 12.2.3.4), acrescida de 25 °C;
b) elevação de temperatura medida com um motor idêntico, como indicado no método anterior;
NOTA Motores idênticos são motores de mesma construção e mesmo projeto elétrico.
c) quando a elevação de temperatura à carga nominal não tiver sido medida, a resistência dos
enrolamentos deve ser corrigida para a temperatura mostrada na Tabela 5.
Esta temperatura de referência deve ser utilizada para determinar as perdas I 2 R em todas as cargas.
Se a elevação de temperatura nominal especicada for a de classe térmica inferior, a temperatura
para correção da resistência deve ser a da classe inferior.
Perda I 2R no rotor = (Potência de entrada – Perda I 2R no estator – Perda no núcleo × Escorregamento)
13.3 Perda no núcleo e perda por atrito e ventilação (ensaio em vazio)
O ensaio é realizado girando o motor à tensão e frequência nominais sem carga acoplada.
Para assegurar que o valor correto da perda por atrito é obtido, o motor deve ser operado até que a
potência de entrada tenha estabilizado (ver 5.3.2).
A corrente em cada linha é lida. A média das correntes de linha é a corrente em vazio.
A leitura da potência de entrada é o total das perdas no motor em vazio. Subtraindo a perda I 2 R no
estator (na temperatura deste ensaio) da potência de entrada, resulta a soma das perdas por atrito
(incluindo perdas de atrito da escova para motores com rotor bobinado), por ventilação e no núcleo.
A separação da perda no núcleo, da perda por atrito e ventilação deve ser realizada pela leitura da
tensão, corrente e potência de entrada à frequência nominal, quando a tensão é variada desde 110 %
da tensão nominal até o ponto onde a continuação da redução da tensão acarrete o aumento da
corrente.
O valor da potência de entrada menos a perda I 2 R no estator versus a tensão é colocado em um
gráco, e a curva obtida é estendida até a tensão zero. A interseção com o eixo das ordenadas para
tensão zero é a perda por atrito e ventilação. A interseção pode ser determinada com mais precisão
se os valores de potência de entrada menos a perda I 2 R no estator forem colocados em um gráco
versus a tensão ao quadrado para valores na faixa de menor tensão. Um exemplo é a curva tracejada
na Figura 6.
A perda no núcleo em vazio à tensão nominal é obtida subtraindo a perda por atrito e ventilação
(obtida em 13.3.3.1) da soma das perdas obtida em 13.3.2.
2
(Volts)
0 40 000 80 000
4,0 0,4
3,5
W = Potência em vazio
3,0 0,3
2
Perdas I R no estator
s 2,5
e
r Potência em vazio s
t
p 2,0 0,2 t
a
m W
A 1,5
Corrente
2 em vazio
1,0 W × V 0,1
0,5
0 0
0 100 200 300 400 500
Volts
A perda suplementar é a parcela da perda total em um motor, não inclusa na soma da perda por atrito
e ventilação, perda I 2R no estator, perda I 2R no rotor e perda no núcleo.
A perda suplementar pode ser obtida por medição indireta, por medição direta ou ser atribuída.
13.4.2.1 O procedimento para determinar a perda suplementar para o método 2 é descrito em 14.4.1.9.
13.4.2.2 O procedimento para determinar a perda suplementar para o método 3 é descrito em 14.5.2.
13.4.2.3 O procedimento para determinar a perda suplementar para o método 8 é descrito em 14.10.2.
It = I2 − I 02
onde
I é o valor da corrente de linha do estator para o qual a perda suplementar deve ser determinada.
13.4.3.1.2 A perda suplementar ocorrendo a altas frequências é determinada por um ensaio de rotação
reversa. O rotor é acionado por meio externo à velocidade síncrona, no sentido oposto à rotação do
campo do estator (a velocidade correta pode ser determinada facilmente pelo método estroboscópico
ou por um tacômetro digital). Com o motor completamente montado, uma tensão polifásica equilibrada
na frequência nominal é aplicada aos terminais do enrolamento do estator até atingir o valor de I t.
A potência elétrica de entrada é medida nos terminais do estator.
A potência mecânica necessária para acionar o rotor é medida com e sem corrente no enrolamento
do estator. As magnitudes das correntes devem ter os mesmos valores de 13.4.3.1.1. Para motores
de rotor bobinado, os terminais do rotor devem ser curto-circuitados.
Os valores de LLs e LLr são calculados para os mesmos valores de corrente de linha I t.
onde
LLs é a perda suplementar na frequência fundamental, determinada como W s menos a perda
I 2R no enrolamento do estator. A perda I 2R no enrolamento do estator é o produto do número
de fases, I t2 e r 1, tomados em cada ponto do ensaio;
r 1 é a resistência do estator por fase. Para um motor trifásico, esta resistência é tomada como
sendo 0,5 vez a resistência entre terminais de linha;
P r é a potência mecânica necessária para acionar o rotor com tensão aplicada nos terminais
do enrolamento do estator;
P f é a potência mecânica necessária para acionar o rotor sem tensão aplicada nos terminais
do enrolamento do estator;
W s é a potência elétrica de entrada no enrolamento do estator durante o ensaio com o rotor
removido;
W r é a potência elétrica de entrada no enrolamento do estator durante o ensaio de rotação reversa.
13.4.3.1.4 Os valores de ensaio de ( P r – P f ), W s e W r devem ser renados utilizando o método de
regressão linear do logaritmo da potência versus o logaritmo da corrente. Então,
W s = A2 (I t)N2
W r = A3 (I t)N3
onde
A1, A2, A3 são os pontos onde a curva intercepta o eixo y em uma plotagem log-log (uma constante);
N1, N2, N3 são os valores da inclinação da curva em uma plotagem log-log (aproximadamente 2);
Se os dados forem precisos, cada curva se comporta conforme a relação quadrática entre potência
e corrente. Então, o fator de correlação da regressão e o expoente para cada curva servem como
indicadores da precisão dos dados.
NOTA Os baixos fatores de potência encontrados durante os ensaios especicados em 13.4.3.1.1 e
13.4.3.1.2 tornam imperativo que correções de erro de fase sejam aplicadas para todas as leituras dos
wattímetros.
I '2 = (I 2 − I02 )
onde
b) para o valor da corrente do rotor I ’2, calcular um valor de perda suplementar W’ LL para motores
trifásicos, como a seguir:
onde
W’ LL é o valor da perda suplementar para o valor aproximado da corrente do rotor corres-
pondente à carga nominal;
r 1s é a resistência do estator por fase durante ensaio, com rotor removido à temperatura
de ensaio;
r 1r é a resistência do estator por fase durante ensaio de rotação reversa à temperatura
de ensaio.
O valor da perda suplementar, W’ LL, reportado nos formulários 4 e 5 (ver 23.4 e 23.5), corresponde
a um valor de I’ 2, calculado usando a equação de 13.4.3.1.5a);
c) calcular o valor da perda suplementar, W LL, para qualquer ponto de carga como:
2
WLL
I 2
= W ' LL ×
I ' 2
onde
I 2 é o valor da corrente do rotor apropriada para o ponto de carga para o qual a perda
suplementar está sendo determinada;
13.4.3.2.1 O procedimento para determinação direta da perda suplementar requer que o motor opere
desacoplado e com uma fonte de tensão desequilibrada, conforme indicado na Figura 7.
Motores em ligação delta devem ser reconectados para ligação estrela para realização do ensaio.
O ponto central da ligação estrela não pode ser conectado ao neutro na rede de alimentação ou ao
terra, para evitar correntes de sequência zero.
A terceira fase do motor deve ser conectada à fonte de alimentação por um resistor R eh, cujo valor
aproximado pode ser calculado como a seguir:
O resistor R eh utilizado no ensaio deve ser ajustado para que a corrente de sequência positiva I (1) seja
menor que 30 % da corrente de sequência negativa I (2) e a velocidade seja próxima da velocidade
nominal do motor.
L1L2 L3
I U U
U UV
P UV
W V V
U UW
A
I V V
ASM
U VW
A
1 S I W W
2
P WV
R eh W
A
U t = U N
13.4.3.2.4 Antes da realização do ensaio de Eh- Star , as perdas em vazio devem ser determinadas
conforme 13.3.2.
13.4.3.2.5 O valor da resistência do enrolamento entre os terminais V e W ( R VW) deve ser registrado
antes e após o término do ensaio.
13.4.3.2.6 Para evitar aquecimento excessivo e desigual nas três fases, é recomendado que o ensaio
seja realizado com o motor frio e o mais rapidamente possível.
13.4.3.2.7 Alguns motores não conseguem partir com o resistor R eh conectado. Nestes casos, o motor
deve partir utilizando uma rede trifásica equilibrada (chave S na posição 1, conforme a Figura 7) e uma
tensão reduzida de 25 % a 40 % da tensão nominal. Após a partida do motor, o resistor R eh deve ser
conectado à fase W (chave S na posição 2) para realização do ensaio. Se o motor conseguir partir
com o resistor R eh conectado, a chave S não é necessária.
13.4.3.2.8 Para o cálculo da perda suplementar é necessária a aquisição de seis pontos de corrente
igualmente espaçados entre 150 % e 75 % da corrente de fase nominal medida utilizando a fase V ( I V).
O ensaio deve ser realizado da maior para a menor corrente.
Em cada ponto do ensaio devem ser registrados: I U, I V, I W, U UV, U VW, U WU, P UV, P WV, n.
Nos pontos de 100 % da corrente e menores, a resistência R VW que deve ser utilizada para o cálculo
é a resistência medida no nal do ensaio. Nos pontos acima de 100 % da corrente, a resistência deve
ser extrapolada linearmente com a corrente, utilizando os valores de resistência medidos antes e após
o ensaio.
NOTA A resistência também pode ser determinada medindo-se a temperatura da bobina em cada ponto
de ensaio e convertendo o seu valor para resistência, considerando a resistência e a temperatura medida
no início do ensaio.
13.4.3.2.9 Alguns wattímetros utilizam um ponto estrela virtual para medição de sistemas trifásicos
equilibrados. Contudo, neste ensaio a fonte de alimentação do motor é intencionalmente não simétrica.
Assim, é essencial garantir que o ponto estrela do wattímetro não esteja conectado. O sistema de
medição deve ser montado conforme a Figura 7.
O cálculo para cada ponto de ensaio deve ser realizado conforme o Anexo D. O valor da perda suple -
mentar deve ser ajustado utilizando o método de regressão linear (ver Anexo C), considerando uma
variação da perda suplementar de acordo com o quadrado da corrente de sequência negativa ( I I(2))
em relação à corrente de ensaio ( I t), conforme a equação a seguir:
2
I I(2)
P Lr = A × +B
I t
O valor corrigido da perda suplementar calculado para a potência de saída nominal do motor é:
O valor da perda suplementar corrigida para cada ponto de carga do motor pode ser calculado pela
equação a seguir:
2
I
PLL = P LL,N × 2i
I 2,N
onde
I 2, i é a corrente do rotor para o ponto especíco de carga, calculada conforme a equação
de 13.4.3.1.5-d);
I 2,N é a corrente do rotor para a potência de saída nominal, calculada conforme equação
de 13.4.3.1.5-a).
Um dos problemas para determinação direta da perda suplementar utilizando o método do Eh- Star
tradicional é o uso do resistor R eh. Este resistor, além de ser capaz de suportar uma corrente 150 %
superior à corrente nominal do motor em estrela, deve ser variável para permitir ajuste do valor da
resistência. Isto pode ser um problema, principalmente para motores de grande potência. O critério
de aceitação do ensaio, em que a corrente de sequência positiva deve ser até 30 % da corrente de
sequência negativa, nem sempre é fácil de ser obtido e pode ser necessário repetir o ensaio algumas
vezes para que seja encontrado o valor correto da resistência R eh.
Como o objetivo do resistor R eh é alimentar o motor com uma fonte de tensão desbalanceada,
pode-se obter o mesmo efeito substituindo o resistor pelo neutro da fonte de alimentação, conforme
mostrado na Figura 8.
N L1L2 L3
I U U
U UV
P UV
W V V
U UW
A
I V V
ASM
U VW
A
1 S I W W
2
P WV
W
A
Neste ensaio, a chave S permanece no circuito apenas para a partida do motor em ensaio. Durante
a partida, a chave S deve estar na posição 1. Após a partida do motor, a chave S é alterada para a
posição 2.
O procedimento adotado para ensaio do Eh- Star modicado é o mesmo para o ensaio do Eh- Star
tradicional, conforme 13.4.3.2. O cálculo de cada ponto de ensaio deve ser realizado conforme descrito
no Anexo D. O valor da perda suplementar deve ser ajustado utilizando o método de regressão linear
(ver Anexo C), considerando uma variação da perda suplementar de acordo com o quadrado da
corrente ecaz em relação à corrente de ensaio (I ef,N), conforme equação a seguir:
O valor corrigido da perda suplementar calculado para a potência de saída nominal do motor é:
O valor da perda suplementar corrigida para cada ponto de carga do motor pode ser calculado pela
equação a seguir:
2
I
PLL = P LL,N × 2,i
I 2,N
onde
I 2, i é a corrente do rotor para o ponto especíco de carga, calculada conforme a equação de
13.4.3.1.5-d);
I 2, N é a corrente do rotor para a potência de saída nominal, calculada conforme equação de
13.4.3.1.5-a).
Este método é utilizado em conjunto com os Métodos 4, 6 e 9 de determinação do rendimento (ver 14.6,
14.8 e 14.11). Neste método, o rotor é excitado com corrente contínua e os terminais do enrolamento
do estator são curto-circuitados com amperímetros inclusos para leitura da corrente do estator.
O rotor é acionado por meio externo na velocidade síncrona. A excitação do rotor é ajustada até que
a corrente circulando no enrolamento do estator tenha o valor para o qual a determinação da perda
suplementar é desejada. A potência mecânica necessária para acionar o rotor é medida com e sem
excitação do rotor, respectivamente P r e P f.
Se seis pontos de carga forem utilizados, a precisão pode ser melhorada colocando em gráco a perda
suplementar versus a corrente do enrolamento do estator ao quadrado e seguindo procedimento
de renamento similar ao de 13.4.3.1.4.
Esta medição é utilizada com os Métodos 5, 7 e 10 (ver 14.7, 14.9 e 14.12). Se a perda suplementar
não for medida e se for aceitável por normas aplicáveis ou por especicações de contrato, o valor da
perda suplementar à carga nominal deve ser atribuído como sendo o valor mostrado na Tabela 6.
Para outro ponto que não seja o da carga nominal, deve ser atribuído que a perda suplementar, W LL,
é proporcional à corrente do rotor ao quadrado, isto é,
2
WLL
I 2
= W ' LL ×
I ' 2
onde
I 2 é o valor da corrente do rotor no ponto da carga para o qual a perda suplementar é para
ser determinada;
14 Determinação do rendimento
14.1 Generalidades
O rendimento é a razão entre a potência de saída e a potência de entrada, sendo a potência de saída
igual à potência de entrada menos as perdas. Por conseguinte, se duas das três variáveis (potência
de saída, potência de entrada ou perdas) forem conhecidas, o rendimento pode ser determinado por
uma das equações a seguir:
Potência de saída
Rendimento =
Potência de entrada
Potência de saída
Rendimento =
Potência de saída − Perdas
O rendimento deve ser determinado para tensão e frequência nominais, salvo se especicado diferente.
O rendimento pode ser determinado com mais precisão a partir de resultados de ensaio, se a tensão
aplicada não desviar signicativamente da tensão nominal e o desequilíbrio de tensão não exceder
os limites estabelecidos (ver 5.1). Quando um ponto de carga for estabelecido em tensão diferente
da nominal, ele pode ser combinado com o circuito equivalente (Métodos 6 ou 7) para calcular o
rendimento à tensão nominal (ver 14.10, 14.11 e 14.12).
2) Método 2 – Ensaio dinamométrico com medição indireta das perdas suplementares e medição
direta das perdas no estator (I 2R ), no rotor (I 2R ), no núcleo e por atrito e ventilação;
3) Método 3 – Motores idênticos com separação de perdas e medição indireta das perdas
suplementares;
4) Método 4 – Medição da potência elétrica em carga com separação de perdas e medição direta
das perdas suplementares;
5) Método 5 – Medição da potência elétrica sob carga com separação de perdas e valor atribuído às
perdas suplementares;
6) Método 6 – Determinação do circuito equivalente com a medição direta das perdas suplementares;
7) Método 7 – Determinação do circuito equivalente com valor atribuído às perdas suplementares;
8) Método 8 – Determinação do circuito equivalente calibrado por um ponto de carga do Método 3;
9) Método 9 – Determinação do circuito equivalente calibrado por um ponto de carga do Método 4;
10) Método 10 – Determinação do circuito equivalente calibrado por um ponto de carga do Método 5.
14.2.2 O guia para escolha do método de ensaio para determinação do rendimento é em geral, o
método com medição direta da potência de entrada e de saída (Método 1) e deve ser limitado a
motores de potência fracionária.
Em geral, o método com medição direta da potência de entrada e de saída (Método 1) deve ser
limitado a motores de potência fracionária. Salvo especicação diferente, motores de indução de
gaiola, trifásicos, horizontais, com potência nominal entre 1 cv e 500 cv, devem ser preferencialmente
ensaiados pelo Método 2. Motores verticais com potência nominal entre 1 cv e 500 cv também devem
ser ensaiados pelo Método 2, se a construção dos mancais permitir. Se a construção dos mancais
não permitir, os motores verticais nesta faixa de potência podem ser ensaiados pelos métodos 4, 5,
6 ou 7. Motores trifásicos acima de 500 cv podem ser ensaiados pelos Métodos 2, 3, 4, 5, 6 ou 7,
dependendo da disponibilidade da instalação requerida pelo ensaio. Quando possível realizar a
calibração do circuito equivalente por meio de um ponto de carga, a utilização dos Métodos 8, 9 e 10
melhora o nível de conança do resultado, com a simplicidade da determinação do rendimento pela
resolução do circuito equivalente.
14.4.1.4 Fazer um ensaio em vazio, conforme 13.3, e determinar as perdas por atrito e ventilação,
conforme 13.3.3.1.
14.4.1.7 Calcular a perda ( I 2 R ) do estator, conforme 13.1, para cada ponto de carga, utilizando a
corrente medida no ponto e corrigindo a resistência medida em 14.4.1.1 para a temperatura do enrola -
mento medida no mesmo ponto, conforme 5.2.2, ou adotando a resistência média conforme 14.4.1.3.
14.4.1.8 Calcular a perda ( I 2 R ) do rotor para cada ponto de carga, conforme 13.2, corrigindo o escor -
regamento para a temperatura medida no ponto, conforme 8.2.
14.4.1.9 Determinar a perda suplementar para cada ponto de carga, pela seguinte metodologia:
a) calcular a perda total aparente, como a potência de entrada menos a potência de saída (com o
conjugado de saída corrigido);
b) subtrair da perda total aparente o somatório das perdas convencionais corrigidas para a
temperatura do ensaio em carga, obtendo as perdas suplementares;
c) ajustar os dados de perdas suplementares, utilizando o método de regressão linear (ver Anexo C),
considerando:
onde
A é a inclinação da reta;
B é a interseção com a linha de conjugado zero.
Se a inclinação for negativa ou se o fator de correlação γ, for menor que 0,95, suprimir o pior ponto
e recalcular A e B. Se, após a supressão, γ aumentar para igual ou superior a 0,95 e a inclinação for
positiva, usar este cálculo; caso contrário, o ensaio é insatisfatório. Erros na instrumentação e nas
leituras devem estar presentes. A fonte de erros deve ser investigada e corrigida, e os ensaios devem
ser repetidos.
Atrito nos mancais do dinamômetro ou erros de medição podem causar diferentes leituras de conjugado
para o mesmo valor de potência elétrica, dependendo se a carga estiver crescendo ou decrescendo
antes da leitura. Quando o fator de correlação menor que 0,95 for obtido depois do segundo cálculo,
a média de dois conjuntos de pontos deve ser tomada. O primeiro conjunto deve ser obtido enquanto
a carga aumenta gradualmente e o segundo conjunto com a carga decrescendo. Curvas de conjugado
versus potência elétrica devem ser geradas para cada conjunto de leituras, e o valor médio de A
baseado nas duas curvas deve ser utilizado.
d) O valor corrigido da perda suplementar a ser utilizado é obtido para cada ponto com o A estabe-
lecido em 14.4.1.9-c), pela equação a seguir:
onde
T é o conjugado.
14.4.1.10 Recalcular a perda I 2 R do estator para cada ponto de carga, corrigindo a resistência para
a temperatura nal do ensaio de elevação de temperatura (14.4.1.2) e considerando a temperatura
ambiente de 25 °C.
14.4.1.11 Recalcular as perdas I 2 R do rotor para cada ponto de carga, corrigindo o escorregamento
para a temperatura nal do ensaio de elevação de temperatura (14.4.1.2) e considerando a temperatura
ambiente de 25 °C.
14.4.1.12 Calcular a potência de saída corrigida para cada ponto de carga, pela equação descrita
a seguir:
Potência de saída corrigida = Potência de entrada medida (14.4.1.3) − Perda no núcleo (14.4.1.6) −
Perdas por atrito e ventilação (14.4.1.4) − Perda I 2 R do estator corrigida para a temperatura nal
(14.4.1.10) − Perda I 2 R do rotor corrigida para temperatura nal (14.4.1.11) − Perda suplementar
corrigida (14.4.1.9).
14.4.1.13 Determinar o rendimento para cada ponto de carga do ensaio (14.4.1.3), utilizando a
seguinte equação:
Potência de saída corrigida (14. 4. 1. 12)
Rendimento =
Potência de entrada medida(14. 4. 1. 3)
14.4.1.14 Para determinar o rendimento em pontos precisos de carga, fazer uma curva de rendimento
versus potência de saída corrigida e achar os valores desejados.
14.5.1.1 Fazer o ensaio em vazio de ambos os motores e determinar as perdas por atrito e ventilação
conforme 13.3.
14.5.1.2 Fazer o ensaio em carga com um dos motores acionado com tensão e frequência nominal,
e o outro acionado como um gerador na razão nominal da tensão pela frequência, mas a uma
frequência mais baixa para produzir a carga desejada. Leituras da potência elétrica, corrente, tensão
e frequência de entrada, da potência elétrica, corrente, tensão e frequência de saída, da temperatura
do enrolamento do estator ou da resistência do enrolamento do estator, e do escorregamento de cada
máquina devem ser obtidas. Estes valores devem ser obtidos para quatro pontos aproximadamente
em 25 %, 50 %, 75 % e 100 % da carga nominal, e em dois pontos de carga superiores a 100 %,
mas não excedendo 150 % da carga nominal. Alternativamente, um único ponto de carga pode ser
combinado com o Método 8 para determinar o rendimento para outros pontos de carga (ver 14.10).
O ensaio deve ser repetido com o uxo de potência no sentido inverso. A frequência da primeira
máquina permanece inalterada enquanto a da segunda é elevada para produzir a carga desejada.
A localização dos instrumentos e de seus transformadores não é trocada. Por esta inversão do uxo
de potência, erros de calibração comuns a todos os instrumentos são minimizados. Erros de ângulo
de fase dos transformadores são cumulativos para ensaios como motor e gerador.
a) a perda I 2R do estator na temperatura do ensaio é calculada para cada máquina, utilizando as
correntes medidas;
b) a perda I 2R do rotor do motor é: Escorregamento do motor × (Potência de entrada do motor −
Perda I 2R do estator − Perda no núcleo), utilizando o escorregamento do motor medido em fração
decimal da velocidade síncrona;
c) a perda I 2R do rotor do gerador é: Escorregamento do gerador × (Potência de saída do gerador +
Perda I 2R do estator + Perda do núcleo), utilizando o escorregamento do gerador medido em
fração decimal da velocidade síncrona e positiva;
d) a perda suplementar combinada é determinada subtraindo da perda total medida (diferença entre
a potência de entrada e a potência de saída) o somatório das perdas I 2R do estator, perdas I 2R
do rotor, perdas do núcleo e perdas por atrito e ventilação das duas máquinas;
e) as perdas suplementares são assumidas como sendo proporcionais ao quadrado da corrente do
rotor e são dadas como:
Perda I 2R do rotor do motor × Perda suplementar combinada
perda suplementar do motor =
Perda I 2R do rotor do motor + Perda I 2R do r otor
do gerador
A é a inclinação;
I 2 média é o valor médio da corrente do rotor (operando como motor e como gerador).
O valor da corrente do rotor, I 2, para cada sentido do uxo de potência (como motor e gerador) é dado
por:
I2 = (I 2 − I 02 )
onde
I é o valor medido da corrente de linha do estator (como motor ou gerador) para a qual a perda
suplementar deve ser determinada;
Calcular o rendimento do motor utilizando o Formulário 3 (ver 23.3), o qual inclui a correção da
temperatura. Determinar W LLc baseada na inclinação A e no valor de corrente do rotor I 2, apropriado
para o ponto de carga para o qual a perda suplementar deve ser determinada.
Caso a temperatura especicada para correção da resistência do enrolamento do estator seja a tempe -
ratura obtida do ensaio de elevação de temperatura, primeiro deve-se fazer o ensaio de elevação de
temperatura, e o ensaio em vazio pode ser realizado após o ensaio em carga.
14.6.1.1 Fazer um ensaio em carga. Para obter os dados requeridos, é necessário acoplar ao
motor uma máquina de carga variável. Para cada um dos seis pontos espaçados (quatro pontos
aproximadamente em 25 %, 50 %, 75 % e 100 % da carga nominal, e em dois pontos de carga
superiores a 100 %, mas não excedendo 150 % da carga nominal), medir a potência de entrada,
a corrente de linha, a tensão aplicada, a velocidade, a temperatura ambiente e a resistência ou a
temperatura do enrolamento do estator. A resistência do enrolamento do estator para cada ponto de
carga pode ser estimada pela comparação da elevação de temperatura medida por um sensor de
temperatura, instalado no motor, com as medidas de elevação de temperatura obtidas em regime
permanente durante o ensaio de elevação de temperatura.
14.6.1.2 Fazer um ensaio em vazio e determinar as perdas por atrito e ventilação, conforme 13.3.
14.6.1.3 Fazer um ensaio de medição direta da perda suplementar, conforme 13.4.3 ou 13.4.4,
e determinar a perda suplementar correspondente ao valor de corrente rotórica referente à corrente
estatórica nominal.
14.6.1.8 Calcular a corrente rotórica correspondente a cada ponto de carga pela equação a seguir:
I2 = (I 2 − I 02 )
onde
14.6.1.9 Calcular a perda suplementar para cada ponto de carga da equação a seguir:
I 2
Perda suplementar r = Perda suplementar r nominal ×
I 2 nominal
14.6.2 Formulário de cálculo
Determinar o rendimento e o fator de potência, utilizando o Formulário 4 (ver 23.4).
14.8 Método 6 – Determinação do circuito equivalente com a medição direta das perdas
suplementares
Quando os ensaios em carga não são feitos, as características operacionais (rendimento, fator de
potência, conjugado etc.) são calculadas baseadas no circuito equivalente mostrado na Figura 9.
R fe
V Z Z g X M Z 2 V 2
A reatância deve ser medida na corrente de carga nominal. É importante que o valor da reatância
utilizado nos cálculos do circuito equivalente esteja no valor correto de saturação e do efeito de barra
profunda (dupla gaiola); caso contrário, o valor calculado de fator de potência será maior que o valor
verdadeiro.
Os dados de impedância devem ser determinados por um dos seguintes métodos (ver Nota 1):
a) Método 1: ensaio de determinação da impedância com rotor bloqueado em uma frequência inferior
ou igual a 25 % da frequência nominal e à corrente nominal (ver 14.8.1.2.1 e Nota 2);
b) Método 2: ensaio de determinação da impedância com rotor bloqueado em pelo menos três
frequências: à frequência nominal, a uma frequência próxima a 50 % da nominal e a uma frequência
inferior ou igual a 25 % da nominal, todos à corrente nominal. Curvas devem ser obtidas destes
três ensaios e utilizadas para determinar os valores da reatância total e da resistência rotórica na
frequência reduzida requerida (ver 14.8.1.2.1 e Nota 3);
c) Método 3: ensaio de determinação da impedância para um escorregamento que produza
aproximadamente a frequência reduzida do rotor quando em carga nominal. Neste método,
o motor funciona em vazio ou acoplado à carga reduzida, e a tensão é reduzida para obter
aproximadamente o escorregamento nominal (ver 14.8.1.2.2);
Quando dados do ensaio de saturação em vazio estão disponíveis, calcular a reatância total por fase
f ase
para cada ponto de ensaio e traçar uma curva da reatância total por fase versus a tensão em vazio
por fase (ver exemplo na Figura 10). Utilizar o ponto mais alto desta curva como a reatância total em
vazio por fase, X 1 + X m, nos cálculos do ensaio de escorregame
escorregamento
nto com tensão reduzida.
Quando um ensaio em vazio completo não tiver sido realizado, a reatância total por fase em vazio e
em tensão nominal pode ser utilizada como a reatância total por fase em vazio, X 1 + X m, nos cálculos
do ensaio de escorregamento com tensão reduzida.
Dos dados do ensaio de escorregamento com tensão reduzida, calcular o fator de potência e a
impedância total por fase ( Z). O cálculo do ângulo de fase da corrente de entrada θ1, da resistência
aparente por fase ( R ) e da reatância aparente por fase ( X) são mostrados nas equações a seguir.
θ1 = arccos (FP)
R = Z × cos θ1
X = Z × sen θ1
X m = ( X
X 1 + X m) – X 1 (2)
e
s
a
f F D
r
o
p C
) G
x
(
l
a
t
o
t
a
i
c
n
â
t E
a
e
R B A
Legenda
• Pontos de ensaio
A Tensão nominal
nominal (por fase),
fase), expressa em volts
volts (V)
B Tensão por fase no ensaio de escorregament
escorregamentoo com tensão reduzida, expressa em volts (V)
CDE Curva da reatância total a partir do ensaio em vazio
F Reatância correspondent
correspondentee ao ponto máximo, D, da curva de ensaio CDE.
NOTA Este valor é utiliza
utilizado
do como reatância total, X 1 + X m, nos cálculos do ensaio de escorregamento
com tensão reduzida.
G Reatância total, X 1 + X m, para ser utilizada na determinação de X m para uso nos cálculos do circuito
equivalente depois de X 1, X 2 e R 2, a serem determinadas pelos cálculos do ensaio com escorregamento
à tensão reduzida.
Figura 10 – Reatância total do ensaio em vazio
A resistência R 1 deve ser corrigida para a temperatura do ensaio antes de usar na Equação 3 e
seguintes.
NOTA 1 Nas equações, o cos θ1 é igual ao fator de potência durante o ensaio.
V 22 (6)
R fe =
W h
3
1 (7)
Gfe =
R fe
W h (8)
3
I fe =
V 2
Repetir as Equações 1 a 11, utilizando a razão inicial de X 1/ X 2 da Equação 1 e o novo valor de X
da Equação 11 até que valores estáveis de X 1 e X 2 sejam obtidos dentro de 0,1 %.
Continuando
X 1
X (12)
2
X 1 = X ⋅
1 +
X 1
X 2
X 2 = X – X 1 (13)
V 2 (14)
Z 2 =
I 2
Assim, utilizando o valor da reatância total, (X 1 + Xm) obtido no ensaio em vazio (ponto C da Figura 10),
calcular:
V2 θ1 )]2
= [V1 − I1 ( X1 sen θ1 + R1 cos θ1 )]2 + [I1 ( X1 × cos θ1 − R1 sen (18)
Gfe =
W h (19)
3 ⋅ V 22
Os valores obtidos nas Equações 12, 13, 17 e 19 são utilizados nos cálculos do circuito equivalente.
A resistência do rotor, R 2, da Equação 15 e a resistência estatórica, R 1, devem ser corrigidas para a
temperatura especicada.
Os valores de X 1, X 2, X m e R fe podem ser obtidos a partir dos ensaios de rotor bloqueado e em vazio
à frequência nominal, seguindo o procedimento descrito em 14.8.1.2.1. O valor de R 2 na frequência
reduzida pode ser obtido das leituras (tensão, corrente, potência, escorregamento, temperatura ou
resistência do enrolamento do estator) em um ponto de carga, utilizando tensão nominal ou menor.
O escorregamento deve ser medido cuidadosamente. A resistência R 2 pode ser obtida pelo procedimento
descrito em a) a f), depois que outros parâmetros do motor tiverem sido determinados pelos ensaios
em vazio e de rotor bloqueado. Por este método, o motor funciona desacoplado ou acoplado a uma
carga reduzida, sendo a tensão reduzida para resultar aproximadamente no escorregamento nominal,
sendo o escorregamento medido cuidadosamente. Depois de X 1 ter sido determinado do ensaio de
impedância com rotor bloqueado (14.8.1.2.1), o valor de R 2 é obtido como a seguir:
f) calcular:
R 2
= Z22 − X 22
s
Obter R 2 multiplicando R 2/s pelo valor medido do escorregamento em fração decimal da velocidade
síncrona. Corrigir R 2 para a temperatura especicada.
O Formulário 5 (ver 23.5) é utilizado para determinar o valor da reatância total e da resistência do rotor
(exceto se o ensaio alternativo de 14.8.1.2.3 tiver sido realizado), baseando-se nos valores de tensão,
corrente e potência de entrada obtidos dos ensaios em vazio e rotor bloqueado para determinação
da impedância. É considerado que X 1 e X 2 se mantêm constantes ao longo da faixa de operação do
motor. Se a curva de corrente de rotor bloqueado versus tensão se afastar de uma reta para a faixa
de correntes considerada, cada coluna do Formulário 7 deve utilizar os valores de reatância obtidos
nesta curva em função do valor da corrente I 1 calculada na coluna.
Os resultados dos cálculos (Formulários 6 e 7, ver 23.6 e 23.7) podem ser apresentados em forma de
curva, da qual o resumo das características no formulário pode ser determinado, ou cálculos repetitivos
podem ser realizados para determinar o escorregamento correspondente ao ponto de carga desejado
por este formulário.
14.9 Método 7 – Determinação do circuito equivalente com valor atribuído das perdas
suplementares
Proceder conforme 14.8, omitindo a medição das perdas suplementares e assumindo um valor para
estas perdas, conforme estabelecido em 13.4.5.
a) utilizar o Formulário 7 (ver 23.7), mas iniciar na linha 2 com um valor adotado para R 2/s no ponto
de carga e considerando o valor de R 1 baseado na temperatura do enrolamento do estator ( t t);
b) após chegar à linha 21, comparar os valores calculados da corrente e da potência de entrada com
os valores medidos;
c) ajustar R 2/s e X m, e repetir até que os valores calculados da corrente e da potência de entrada
se aproximem dos valores medidos, dentro de uma exatidão de 1 %. Os outros parâmetros não
podem ser ajustados (a potência de entrada é basicamente uma função de R 2/s);
d) obter R 2 pela multiplicação do valor nal adotado para R 2/s pelo valor medido de escorregamento
em fração decimal da velocidade síncrona. Este procedimento estabelece o valor de R 2 (sem
correção de temperatura) para ser utilizado na determinação das características de rendimento
sob carga;
e) corrigir R 1 e R 2 para a temperatura especicada, t s, conforme 13.1.2, e determinar o rendimento
nos pontos de carga desejados, seguindo o Formulário 7.
a) para os pontos de carga, determinar o valor médio da perda suplementar. W LL médio, seguindo
os procedimentos 14.5.2-a) a e);
b) para os pontos de carga, determinar o valor médio da corrente do rotor I 2 médio utilizando a
equação a seguir:
I2 = (I 2 − I 02 )
onde
c) O valor da perda suplementar, W LL, para qualquer ponto de carga é então calculado como:
2
WLL
I 2
= W ' LL ×
I ' 2
onde
I 2 é a corrente do rotor, determinada pela solução do circuito equivalente para o ponto
de carga apropriado;
O valor da perda suplementar W’ LL, mencionado no Formulário 7, deve corresponder a um valor de I’ 2
igual ao valor médio da corrente do rotor como, determinado em 14.10.2-b).
15.2 O fator de potência também pode ser determinado pelo circuito equivalente pela divisão da
resistência total pela impedância total. Esta determinação é mostrada no Formulário 7.
16 Ensaio dielétrico
16.1 Generalidades
O ensaio dielétrico deve ser realizado nas instalações do fabricante. Se for solicitado um ensaio de
elevação de temperatura e/ou de sobrevelocidade, o ensaio dielétrico deve ser realizado imediatamente
após tais ensaios. A tensão de ensaio deve ser alternada, de frequência industrial, com forma de onda
praticamente senoidal.
16.2.2 No caso de motores polifásicos de tensão nominal superior a 1 kV, cujas duas extremidades
de cada fase sejam individualmente acessíveis, a tensão de ensaio deve ser aplicada entre cada fase
e a carcaça, com o núcleo, as outras fases e os enrolamentos não submetidos a ensaio conectados
à carcaça aterrada.
16.2.3 O ensaio dielétrico deve ser iniciado com uma tensão inferior à metade da tensão plena de
ensaio. Em seguida, esta tensão deve ser aumentada até a tensão plena de ensaio, progressivamente
ou em degraus não superiores a 5 % do valor pleno, sendo o tempo permitido para aumento da
tensão, da metade até o valor pleno, não inferior a 10 s. A tensão plena de ensaio deve então ser
mantida durante 1 min, conforme o valor especicado na Tabela 7. Ao nal de 1 min, a tensão deve
ser reduzida para um valor próximo de 1/4 do valor pleno em um tempo não superior a 15 s, sendo
então desligada a fonte.
16.2.4 No caso de ensaios de rotina de motores fabricados em série, para os quais a tensão de ensaio
é 2 500 V ou menos, o ensaio de 1 min pode ser substituído por um ensaio de aproximadamente 1 s
com 120 % da tensão de ensaio da Tabela 7, sendo a tensão aplicada por meio de pontas de prova.
16.2.5 O ensaio dielétrico com tensão plena, realizado por ocasião da aceitação do motor, não pode
ser repetido. Se, entretanto, um segundo ensaio for realizado por solicitação do comprador, após outra
secagem, se julgada necessária, a tensão de ensaio deve ser igual a 80 % do valor especicado na
Tabela 7.
a) os enrolamentos parcialmente substituídos devem ser ensaiados com 75 % da tensão de ensaio
prevista para um motor novo. Antes do ensaio, a parte do enrolamento não substituída deve ser
cuidadosamente limpa e seca;
b) os motores revisados, após limpeza e secagem, devem ser ensaiados com uma tensão igual a
1,5 vez a tensão nominal, com um mínimo de 1 000 V, se a tensão nominal for igual ou superior
a 100 V, e um mínimo de 500 V, se a tensão nominal for inferior a 100 V.
17.1.2 Para se obter bons resultados, recomenda-se que a capacidade de carga nominal do dinamô -
metro não seja superior a três vezes a do motor a ser ensaiado.
17.1.3 O valor do conjugado máximo não depende diretamente da temperatura do motor, mas o escor -
regamento e, portanto, a velocidade em que ele ocorre dependem da temperatura. Recomenda-se
não exceder a classicação térmica do motor durante o ensaio.
17.1.4 Na impossibilidade de se realizar este ensaio com a tensão nominal do motor, a corrente e
o conjugado obtidos com tensão reduzida devem ser corrigidos para a tensão nominal. A corrente
é corrigida proporcionalmente à razão das tensões e o conjugado proporcionalmente ao quadrado
da razão das tensões. Essa correção não leva em consideração o efeito de saturação do circuito
magnético do motor.
NOTA O conjugado e a corrente assim corrigidos geralmente apresentam valores inferiores aos verda -
deiros valores obtidos com tensão nominal.
17.1.5 Para motores de indução de rotor bobinado, o conjugado máximo não depende da resistência
de partida inserida no rotor, e por isso a sua determinação é feita com as extremidades do enrola -
mento do rotor curto-circuitadas.
18 Ensaio de sobrevelocidade
18.1 Os motores de indução devem ser projetados para, em uma emergência, suportar as rotações
especicadas na Tabela 8.
18.2 O ensaio de sobrevelocidade não é normalmente considerado necessário, mas deve ser realizado
quando especicado e se tiver sido objeto de acordo entre fabricante e comprador. A duração deste
ensaio deve ser, em todos os casos, de 2 min.
18.3 Antes da realização do ensaio de sobrevelocidade, o motor deve ser cuidadosamente inspe -
cionado para assegurar que:
a) os parafusos e dispositivos de xação das partes girantes e estáticas estejam apertados e em
boas condições;
c) peças e ferramentas não tenham sido deixadas no equipamento, especialmente na parte girante.
Todas as precauções devem ser tomadas, a m de proteger o pessoal e o equipamento de pos -
síveis danos.
18.4 Durante a realização do ensaio, também deve ser lida a velocidade de rotação com um tacômetro
ou outro instrumento indicador de velocidade de rotação à distância.
18.5 Se o motor a ser ensaiado for acionado por meio de um motor auxiliar, ele deve estar desligado
de qualquer fonte de energia elétrica.
18.6 Após a realização do ensaio, o motor deve ser cuidadosamente inspecionado. O ensaio de
sobrevelocidade deve ser considerado satisfatório se, em seguida a ele, não for constatada qualquer
deformação permanente anormal, nem outra alteração indicativa de que o motor não está apto a
funcionar normalmente, desde que os enrolamentos do rotor satisfaçam o ensaio dielétrico especicado.
Tabela 8 – Sobrevelocidade
Velocidade especicada para
Item Tipo de motor
ensaio de sobrevelocidade
Todos os motores de indução, exceto os
1 1,2 vez a rotação nominal máxima
especicados abaixo
A rotação de disparo especicada para o
Motores que podem ser, sob certas
2 grupo, mas no mínimo 1,2 vez a rotação
circunstâncias, acionados pela carga
nominal máxima
Quando o eixo gira, este acoplamento indutivo pode produzir uma diferença de potencial entre as
extremidades do eixo. Esta tensão é capaz de forçar a circulação de corrente em um circuito formado
pelo eixo, pela carcaça e utilizando os dois mancais para completá-lo. Se o mancal do lado oposto ao
acionamento (ou ambos os mancais) for (em) isolado(s) da carcaça, o caminho condutor é interrompido
pelo isolamento e a circulação de corrente no eixo deste motor é evitada. Se, entretanto, somente o
mancal do lado do acionamento for isolado, a corrente pode ser capaz de circular utilizando o mancal
do lado oposto em associação com um mancal não isolado do equipamento interligado para completar
o circuito.
20.2 Ensaio para medir a tensão no eixo que produz a circulação de correntes
Um ensaio pode ser realizado para detectar a presença de tensão no eixo, enquanto o motor estiver
operando sob velocidade e tensão nominais. Este ensaio também pode ser aplicado a motores que
possuem propriedades isolantes em todas as películas de óleo dos mancais. Inicialmente, uma escova
no eixo é utilizada para curto-circuitar o mancal não isolado (ou um mancal qualquer, se todos ou
nenhum forem isolados). Esta escova é aplicada ao eixo próximo ao mancal e conectada à carcaça
por meio de um condutor de baixa resistência.
20.3.2 Este ensaio geralmente é feito em motores de potência nominal igual ou superior a 350 kW,
uma vez que as correntes no eixo são normalmente desprezíveis em motores menores.
20.4.1.1 A vericação mais conável do isolamento do mancal é realizada com o motor parado.
Se apenas um mancal for isolado, uma camada de papel isolante deve ser aplicada sob o munhão
do mancal não isolado para isolar o eixo do mancal. Acoplamentos a unidades adjacentes devem ser
separados, caso não sejam isolados. Um ohmímetro de baixa tensão deve ser utilizado para fazer
uma vericação preliminar em cada mancal isolado. Com um terminal do instrumento aplicado ao eixo
e o outro à carcaça (pelo isolamento), a resistência de isolamento do mancal pode ser medida.
20.4.1.2 Em alguns motores os mancais possuem duas camadas de isolação com um separador
metálico entre elas. Nestes motores, os ensaios descritos em 20.4.1.1 devem ser realizados entre
o separador metálico e a carcaça do motor. O ensaio pode ser realizado enquanto o motor estiver
funcionando, mas é preferível realizá-lo com o motor parado. O ensaio deve ser suplementado com
uma inspeção visual cuidadosa para assegurar que não existam caminhos paralelos que não estejam
isolados.
20.4.2 Método 2
Uma camada de papel espesso é colocada em torno do eixo para isolar os munhões dos mancais
não isolados. O acoplamento das unidades acionadora e acionada deve ser separado, se ele não for
isolado. Então, de uma fonte de 110 V – 125 V, com uma lâmpada incandescente conforme a tensão do
circuito ou com um voltímetro de aproximadamente 150 V de fundo de escala com uma resistência na
faixa de 100 Ω/V a 300 Ω/V, colocada em série com a fonte de tensão, dois cabos devem ser levados,
um para o mancal isolado e o outro para a carcaça (pela isolação). Se a lâmpada não brilhar ou se a
leitura do voltímetro não exceder 60 V, o isolamento pode ser considerado satisfatório. Um megômetro
de 500 V pode também ser utilizado. Este método é muito mais sensível do que o da lâmpada ou do
voltímetro com resistência e pode tender a rejeitar o isolamento, que na realidade é adequado para
evitar que pequena tensão no eixo cause corrente prejudicial. Ver 20.4.1.2.
21 Ensaio de vibração
Caso este ensaio seja solicitado, vericar as indicações da ABNT NBR IEC 60034-14.
23.2 Formulário 2
23.2.1 Método 2: Ensaio dinamométrico com medição indireta das perdas suplementares e
medição direta das perdas no estator (I 2R ), no rotor (I 2R ), no núcleo e por atrito e ventilação
Tipo ________ Categoria ______ Carcaça ________ kW /cv ________ Nº fases ___________
Frequência (Hz) ______ Tensão (V) _______ Velocidade síncrona (rpm) __________ Nº série ______
Elevação de temperatura (K) ____________ Regime _____________ Nº Modelo ________
Resistência média a frio do enrolamento do estator entre os terminais (1) ______ ohms em (2) ______ °C
Resistência média do enrolamento do estator após o ensaio de elevação de temperatura à carga nominal
(3)________ ohms em (4) ________ °C em (5) ________ °C de temperatura ambiente
Item Descrição 1 2 3 4 5 6
6 Temperatura ambiente (°C)
7 Temperatura do enrolamento do estator (°C) ( t e) a
8 Frequência (Hz) b
9 Velocidade síncrona (rpm)
10 Velocidade (rpm)
11 Escorregamento (rpm)
12 Tensão de linha (V)
13 Corrente de linha (A)
14 Potência de entrada (W)
15 Perdas no núcleo (W)
16 Perdas I 2R no estator (W), à t e
onde
k 1 = 235 para 100 % de condutividade do cobre ou 225 para o alumínio baseado em 62 % de
condutividade;
(22) Correção para conjugado do dinamômetro devido às perdas de ventilação e dos mancais, é
igual a:
(WA − WB )
k2 × − C
n
sendo
WA = (P1 − W1 − Wh ) × (1 − s1)
WB = (P0 − W0 − Wh )
onde
P 1 é a potência de entrada requerida para acionar o motor quando acoplado ao dinamômetro
com o circuito da armadura do dinamômetro aberto (Ensaio “A”), expressa em watts (W);
W 1 é igual à perda I 2R no estator, durante o ensaio “A”, expressa em watts (W);
P 0 é a potência de entrada requerida para acionar o motor quando sem carga e desacoplado
(Ensaio “B”), expressa em watts (W);
W 0 é igual à perda I 2R no estator, durante o ensaio “B”, expressa em watts (W);
(27) É igual a 1,5 × (13)2 × (3) × [k 1 + (4) – (5) + 25 °C)] / [k 1 + (4)];
onde
A é a inclinação da curva de (26) versus (23)2, usando uma análise por regressão linear
(ver 14.4.1.9);
23.3 Formulário 3
23.3.1 Método 3: Máquinas idênticas com separação de perdas e medição indireta das perdas
suplementares
Tipo ________ Categoria ________ Carcaça __________ kW /cv _________ Nº fases _______
Frequência (Hz) ______ Tensão (V) _______ Velocidade síncrona (rpm) __________ Nº série ________
Elevação de temperatura (K) ____________ Regime _____________Nº Modelo ________
Resistência média a frio do enrolamento do estator entre terminais ______ ohms em _______ °C
Temperatura especicada para correção da resistência ( t s) = _______ °C (ver 13.1.2)
Item Descrição 1 2 3 4 5 6
1 Temperatura ambiente (°C)
2 Temperatura do enrolamento do estator ( t e) (°C)a
3 Frequência (Hz)b
4 Velocidade (rpm)
5 Escorregamento (rpm)
6 Tensão de linha (V)
7 Corrente de linha (A)
8 Potência de entrada (W)
9 Perdas no núcleo (W)
10 Perdas I 2 R no estator (W), à t e
(15) I2 = (I 2 − I 02 )
onde
I 2 é o valor da corrente de rotor para a qual as perdas suplementares devem ser determinadas;
I é o valor da corrente de linha do estator para a qual as perdas suplementares devem ser
determinadas;
onde
A é a inclinação da curva de (17) versus (16)2, usando uma análise por regressão linear
(ver 14.5.2.2);
23.4 Formulário 4
23.4.1 Métodos 4 e 5: Medição da potência elétrica em carga com separação de perdas com
medição direta ou valor atribuído das perdas suplementares
Tipo ________ Categoria ________ Carcaça __________ kW /cv _________Nº fases ______
Frequência (Hz) ______ Tensão (V) _______ Velocidade síncrona(rpm) _________ Nº série _______
Elevação de temperatura (K) ____________ Regime _____________ Nº Modelo ________
Resistência a frio do enrolamento do estator entre terminais ______ ohms em _______ °C
Temperatura especicada para correção da resistência ( t s)a = (ver 13.1.2)
Perdas suplementares ( W’ LL)b = ________________ (W) em I’ 2 ________ (A)
Item Descrição 1 2 3 4 5 6
1 Temperatura ambiente (°C)
2 Temperatura do enrolamento do estator (°C) ( t e)c
3 Frequência (Hz)d
4 Velocidade (rpm)
5 Escorregamento corrigido (rpm)
6 Velocidade corrigida (rpm)
7 Tensão de linha (V)
8 Corrente de linha (A)
9 Potência de entrada (W)
10 Perdas no núcleo (W)
11 Perdas I 2 R no estator (W), a t s
(15) I2 = (I 2 − I 02 ) ;
onde
I 2 é o valor da corrente do rotor para a qual as perdas suplementares devem ser determinadas;
I é o valor da corrente de linha do estator para a qual as perdas suplementares devem ser
determinadas.
2
(16)
É igual a W ' LL × (15)
;
I ' 2
(20)
18)
É igual a ( × 100 ;
(9 )
(9) × 100
(21) É igual a ;
3 × 7 × (8 )
O resumo das características é obtido traçando-se o gráco da corrente de linha (8), velocidade (6) e
rendimento (20) versus potência de saída (19). Em seguida, ajustar os dados através da curva para
obtenção das características nos pontos exatos de carga. O fator de potência é calculado para cada
ponto exato de carga por sua corrente, tensão e potência de entrada, onde a potência de entrada é
calculada como:
cv × 736 × 100
Potência de entrada =
Rendimento (%)
23.5 Formulário 5
23.5.1 Métodos 6 e 7: Nomenclatura e equações do método do circuito equivalente para
determinação dos parâmetros do motor
Quando os valores das impedâncias são determinados seguindo os Métodos 1 ou 2 (ver 14.8.1.2),
uma relação entre X 1 e X2 deve ser adotada. Quando detalhes do projeto são disponíveis, deve-se
utilizar a razão calculada de X 1 /X 2. Caso contrário, utilizar, para ns didáticos:
X 1 = 0, 78 para motores categoria D e motores de rotor enrolado;
X
2
VAR = (mV1)2 − W 2
mV 02 1 (20)
X M = ×
VAR0 − m (I10 )2 × X1 X 1 2
1 + X
M
× 1 + 1
VARL X X
X 1L = (21)
X1 X 1 X 2 X M
m (I 1L )2 × 1 + +
X 2 X M
F
X1 = × X 1L (22)
F L
(4) Resolver a Equação 20 para X M, usando X 1 de (22) e a razão de X 1/ X M de (20) e (22);
(5) Continuar a solução por iteração até estabelecer valores estáveis de X 1 e X M dentro de 0,1 %.
1 (23)
BM =
X M
X 1
X 2 = (24)
X 1
X
2
Wh = W0 − Wf − mI10
2 R'
1 (25)
WL X 2 2 X 2 2 2 (28)
R" 2 = − R"1 × 1 + − × ( X1LGfe )
2
mI 1L XM X 1
Para determinar os parâmetros do circuito usando o Método 3 (ver 14.8.1.2), utilizar o procedimento
descrito em 14.8.1.2.2.
Para determinar os parâmetros do circuito usando o Método 4 (ver 14.8.1.2), utilizar o procedimento
descrito em 14.8.1.2.3.
23.5.2 Nomenclatura
m número de fases;
R 1 resistência do estator corrigida para a temperatura especicada t s, expressa em ohms ( Ω);
R’ 1 resistência do estator à temperatura durante o ensaio em vazio, expressa em ohms ( Ω);
R” 1 resistência do estator à temperatura durante o ensaio de impedância, expressa em ohms ( Ω);
R 2 resistência do rotor referido ao estator à temperatura especicada t s, expressa em ohms ( Ω);
R” 2 resistência do rotor referida ao estator à temperatura durante ensaio de impedância, expressa
em ohms (Ω);
W LL LLs+LLr
23.5.3 Índices
NOTA 3 A não ser se especicado em contrário, todas as impedâncias, admitâncias e tensões são por fase
em estrela para motores trifásicos. Potências reativa, aparente e ativa são trifásicas.
23.6 Formulário 6
23.6.1 Método 6: Características de motores de indução obtidas pelo circuito equivalente
Tipo ________ Categoria ________ Carcaça __________ kW /cv __________ Nº fases ________
Frequência (Hz) ______ Tensão (V) _______ Velocidade síncrona (rpm) __________ Nº série _________
Elevação de temperatura (K) ____________ Regime _____________ Nº Modelo ________
23.6.3 Parâmetros
X 1 = _____________ ( Ω)
X 2 = _____________ ( Ω)
(X 1+ X 2) = _____________( Ω)
BM = _____________ (M Ω)
Gfe = _____________ (M Ω)
W f = _____________ (W)
W h = _____________ (W)
W LL = ____________ (W) em I t = _________ (A)
NOTA Para a potência (W) em WLL ver 13.4.3, 13.4.4, ou 13.4.5.
23.7 Formulário 7
23.7.1 Métodos 6, 7, 8, 9 e 10: Solução do circuito equivalente
Tipo ________ Categoria ________ Carcaça __________ kW /cv __________ Nº fases ________
Frequência (Hz) ______ Tensão (V) _______ Velocidade síncrona (rpm) __________ Nº série _________
Elevação de temperatura (K) ____________ Regime _____________ Nº Modelo ________
Antes de iniciar os cálculos, preencher os itens abaixo, obtidos dos ensaios anteriores.
Item Descrição 1 2 3 4 5 6
1 s = escorregamento, por unidade
2 R 2 /s
*3 X 2
4 Z 22 = (2)2 + (3)2
5 G1 = (2) / (4)
*6 Gfe
7 G = (5) + (6)
8 – B2 = (3) / (4)
*9 – BM =
10 – B = (8) + (9)
11 Y 2 = (7)2 + (10)2
12 R g = (7) / (11)
* 13 R 1 = resistência por fase
14 R = (12) + (13)
15 X g = (10) / (11)
* 16 X 1
17 X = (15) + (16)
19 I 1 = V / (18)
Anexo A
(informativo)
Elevação da Temperatura
Tipo Carcaça temperatura pelo ambiente e Regime tipo Ip/In
método indicado classe térmica
Anexo B
(informativo)
Elevação de temperatura
Condições do ensaio Elevação de temperatura _____ºC
Temperatura Enrolamento do Estator Enrolamento do Rotor
Horas de Tensão Corrente do uido
funcionamento de linha de linha refrigerante ∆θ ∆θ
Método * Método *
(°C) K K
Características
Escorregamento Corrente de Tensão no Resistência a 25 °C
nominal linha em vazio Corrente no secundário (entre as linhas)
secundário com
por anel à carga nominal
% A rotor bloqueado Ω
Primário
Secundário
Observações:
Deste motor
Dados de ensaio:
De motores idênticos
Data ____/_____/_____ Aprovado por ________________________
* indicar o método com: T- termométrico
V- variação da resistência
D- detectores de temperatura embutido
Anexo C
(normativo)
A regressão linear assume que duas variáveis são linearmente relacionadas; isto é, se pares de
valores de duas variáveis ( x i, y i) forem plotados, os pontos se distribuirão como que próximo a uma
reta. O quanto estes pares de valores se aproximam bem a uma reta é indicado pelo coeciente de
correlação ( γ).
Y = AX + B
onde
Y é a variável dependente;
A é a inclinação da reta;
A inclinação da reta ( A) e a interseção de Y com a reta (B) são calculadas pelas equações de regressão
linear pelo método dos mínimos quadrados, como a seguir:
(inclinação da reta) A =
∑ XY − (∑ X )(∑ Y )
N
2
N ∑ X − (∑ X )
2
(interseção Y) A = ∑ − ∑
X A ( X )
N N
(coeciente de correlação) γ =
∑ XY − (∑ X )(∑ Y )
N
(N ∑ X − (∑ X ) ) (N∑ Y − (∑ Y ) )
2 2 2 2
onde
Os valores dos coecientes de correlação variam de – 1 a +1. Um valor negativo indica uma relação
negativa (quando X cresce, Y decresce, ou vice-versa) e um valor positivo indica uma relação positiva
(quando X cresce, Y cresce). Tão próximo o valor seja de – 1 ou +1 melhor, é a relação. Um coeciente
de correlação próximo de zero indica que não existe relação.
onde
A é a inclinação da reta;
Para melhor entendimento, em seguida é aplicado o método para o seguinte exemplo. Dados os
seguintes valores para C , C 2 (ou X ), e potência residual (ou Y ):
A tarefa é calcular os valores para A, B e (γ) usando as fórmulas de regressão linear pelo método
mínimo quadrado previamente descrito.
Para realizar isto, os valores que serão utilizados nas equações de regressão, primeiramente devem
ser calculados e preparados para a sua utilização, conforme exemplo indicado na Tabela C.1.
(inclinação da reta) A =
N ∑ XY − (∑ X )(∑ Y ) = (6)(1864 47) − (7 876)(1, 090 6)
2 2
N ∑ X − ( ∑ X )
2 (6)(15 265 800) − (7 876)
A = 0, 000 087 9
(interseção Y) B = ∑ Y − A (∑ X ) = 1, 090 6 − (0, 000 087 9)( 7 876)
N N 6 6
B = 0, 066 4
(coeciente de correlação) γ = ∑ XY − (∑ X )(∑ Y )
N
(N ∑ X − (∑ X ) ) (N∑ Y − (∑ Y ) )
2 2 2 2
Anexo D
(normativo)
D.1 Determinar as tensões e corrente complexas a seguir, conforme resultado dos ensaios:
U '' = 2
UWU − U ' WU
2 (D.3)
Na Equação D.6, considera-se que a corrente I w está em fase com a tensão U WU. Se a impedância
do resistor contiver componentes reativas, a Equação D.7 deve ser utilizada:
(PUV + PWV ) + Reh × IW
2
(D.7)
I ' V =−
U UV
2 I U2 (D.10)
I 'U = K1 × I ' V + K1 − × (I 'V − IV )
2
2
I V
K1 × IV
2 − I 'U × I ' V (D.11)
I '' U =
I '' V
I’’ = – I’’ U – I’’ V (D.13)
× (IW − IV ) (D.15)
R VW
UiVW = UUV +
2
R VW
UiWU = UWU + × (IU − IW ) (D.16)
2
1
UiLL(1) = × (UiUV + a × UiVW + a2 × UiWU ) (D.18)
3
O valor absoluto da corrente de sequência positiva I i(1) deve ser inferior a 30 % do valor absoluto
da corrente de sequência negativa I i(2) para que o ensaio seja válido. Se este requisito não for cumprido,
o ensaio deve ser repetido com um novo valor de R eh.
D.2 Para o cálculo da perda suplementar conforme método Eh- Star modicado determinar as
tensões e correntes a seguir, conforme resultado do ensaio:
1 2
Pai = × (IU2 + I V2 + IW ) (D.38)
6
1
Pav = × (UUV U2
VW + WU )
2 + U2 (D.39)
6
1 2 − 6 × I 4 + I 4 + I 4 (D.40)
Pbi = × 3 × (IU
2 + I2
V + IW ) (U V W)
6
1
Pbi = × 3 × (IUV
2 + IVW
2 + IW
2 6 I4 I4 I4
U ) − × ( UV + VW + W U )
(D.41)
6
I2 = 2 × P ai (D.42)
Iδ2 = − 2 × P bi (D43)
V2 = 2 × P av (D.44)
Vδ2 = 2 × P bv (D.45)
(I 2 + I δ2 ) (D.46)
I i(1) =
2
(I 2 + I δ2 ) (D.47)
I i(2) =
2
(D.48)
I i(1)
I pn =
I i(2)
onde
QE = QD − (PUV − PW V )2 (D.55)
onde
U t é a tensão
tensão de ensaio, calculada
calculada de acordo
acordo com 13.4.3.2.3;
13.4.3.2.3;
V δ2 (D.59)
∆P fe =
R fe
Anexo E
(informativo)
onde
onde
Para determinação da resistência é adotada a média aritmética de duas medidas de resistência antes
e após o ensaio, em carga e a vazio. A incerteza de medição da média das medidas de resistência é
dada por:
onde
onde
onde
onde
onde
onde
onde
Para determinação da potência aparente, são levadas em consideração duas grandezas correlacio -
nadas, tensão e corrente. Para o cálculo da incerteza de medição é necessário determinar os coe -
cientes de sensibilidade (CI) a serem aplicados nas fontes sob forma de tensão e corrente. Para isto,
deriva-se parcialmente a equação P = V × I × 3 .
∂P Coeciente a ser aplicado nas fontes sob forma de tensão.
= I × 3
∂v
∂P
= V × 3 Coeciente a ser aplicado nas fontes sob forma de corrente.
∂i
E.1.9 Medição da potência mecânica
Pm = P X + (σimt + σrmt + σemt + σImi + σims + σrms + σems + σIms ) × (CI) (E.10)
onde
∂P m s
= Coeciente a ser aplicado nas fontes de incerteza sob forma de torque.
∂τ 9 549
∂P m τ
= Coeciente a ser aplicado nas fontes de incerteza sob forma de velocidade.
∂s 9 549
E.1.10 Medição das perdas no enrolamento do estator
(I 2R )X = (I 2R )m + (σimi + σrmi + σemi + σimr + σrmr + σemr )( CI) (E.12)
onde
Para determinação das perdas no enrolamento do estator, leva-se em consideração duas grandezas
correlacionadas, corrente e resistência e, ainda, a constante 0,0015. Para o cálculo da incerteza
de medição é necessário determinar-se os coecientes de sensibilidade (CI) a serem aplicados nas
fontes sob forma de corrente e resistência. Para isto, deriva-se parcialmente a equação a seguir:
(I 2R ) = 0, 0015 × I 2 × R (E.13)
∂ (I 2R ) Coeciente a ser aplicado nas fontes de incerteza sob forma de corrente.
= 0, 003 × I × R
∂I
NÃO TEM VALOR NORMATIVO 103/121
ABNT/CB-003
PROJETO ABNT NBR 17094-3
NOV 2017
∂ (I 2R )
= 0, 0015 × I 2 Coeciente a ser aplicado nas fontes de incerteza sob forma de resistência.
∂R
E.1.11 Medição do rendimento
IR = (IPW )2 + (IP mec )2 + (IEST )2 (E.14)
onde
E.2 Exemplo
O processo de cálculo de incerteza desenvolvido consiste em algumas etapas, ou seja, são calculadas
as incertezas de nove grandezas pelo método tradicional e as incertezas de três parâmetros são
calculadas pela combinação de incertezas previamente calculadas.
Os dados utilizados na validação foram obtidos do ensaio de um motor elétrico conforme dados de
placa demonstrados na Tabela E.1.
Os principais dados a serem analisados em um relatório de ensaio de motores elétricos são o fator
de potência e o rendimento, ambos a 100 % da tensão e potência nominais. A validação apresentada
neste exemplo foi realizada utilizando-se os dados reais de medição apresentados na Tabela E.2,
para este ponto, porém, a metodologia pode ser aplicada aos demais pontos de ensaio previstos
nesta Norma.
Os resultados dos cálculos das incertezas deste exemplo estão demonstrados nas tabelas E.3 a
E.15, as quais utilizam a seguinte legenda:
DP Distribuição
ʋ Grau de liberdade
Fd Fator de distribuição
Ci Coeciente de sensibilidade
Ip Incerteza
Ic Incerteza combinada
I Incerteza expandida
Resistência média:
0, 227 20Ω + 0, 234 90Ω
R = = 0, 23105Ω
2
Resistência média:
Anexo F
(informativo)
A metodologia proposta neste Anexo tem apenas caráter informativo, e a sua utilização requer que
haja alterações na metodologia do cálculo da tolerância do rendimento e por isso não convém que
seja utilizado como critério de avaliação de resultado.
Cada componente, cujas características estiverem dentro destes limites, deve ser considerado apro -
vado, por estar em conformidade com as especicações. Esta faixa que delimita os limites de especi -
cação é também chamada de zona de conformidade, conforme a Figura F.1.
Zona de conformidade
Para os rendimentos encontrados dentro das zonas de dúvida (LIT ± IM e LST ± IM), o resultado de
ensaio pode ou não obedecer à tolerância. Recomenda-se reensaiar a amostra, ou rever a incerteza
para a melhor capacidade de medição, ou rever a tolerância aplicada à faixa medida.
Os resultados dos rendimentos que estiverem dentro da zona de rejeição (LIR e LSR) são reprovados.
IM IM IM IM
Legenda
LIT limite inferior de tolerância.
LST limite superior de tolerância.
IM incerteza de medição.
LIA = LIT+IM limite inferior de aceitação.
LSA = LST-IM limite superior de aceitação.
LIR = LIT-IM limite inferior de rejeição.
LSR = LST+IM limite superior de rejeição.
Figura F.2 – Faixas de aceitação e de rejeição
EXEMPLO
Tolerâncias aplicada aos motores elétricos de indução:
Para rendimentos ( η) ≥ 0,851, tem-se:
(Vd − V m )
IAR = × 100
0,2 × 1 − V d )
onde
Considerando o motor de indução trifásico utilizado como exemplo no Anexo E, com os seguintes
resultados:
Dados complementares:
V d = 0,913
V m = 0,916
IM = 0,008 335 6
Cálculo dos limites:
LIT = V d – 0,2 × (1–V d)
então
LIT = 0,913 – 0,2 × (1 – 0,913) = 0,095 6
LST = V d + 0,2 × (1 – V d)
então
LIA = LIT + IM
então
LIA = 0,895 6 + 0,008 335 6 = 0,903 9
LSA = LST – IM
então
LIA = 0,930 4 – 0,008 335 6 = 0,922 0
LIR = LIT – IM
então
então
Conclusão:
Pode-se observar na Figura F.3 que o valor obtido do rendimento medido se encontra dentro da zona
de aceitação.
0,913 0 0,916 0
0,887 26 0,903 9 0,922 06 0,938 7
0,905 0,921
Anexo G
(informativo)
G.1 Introdução
A interpolação por polinômio de grau N – 1 através de N quaisquer pontos y 1 = f (x1), y2 = f (x2), ……,
yN = f (xN) é dada explicitamente pela clássica equação de Lagrange:
( x − x 2 ) ( x − x3 ) ... ( x − xN ) ( x − x1) ( x − x3 ) ... ( x − xN ) ( x − x1) ( x − x2 ) ... ( x − xN− 1)
P (x) = y1 + y 2 + ... yN (G.1)
( x1 − x2 )( x1 − x3 ) ... ( x1 − xN ) ( x 2 − x1)( x1 − x3 ) ... ( x 2 − xN) ( xN − x1) ( xN − x2) ... ( xN − xN− 1)
Dada a tabela de uma função y i = y(x i), i = 1,....,N, focaliza-se a atenção em um intervalo particular,
entre x j e x j+1.
Y = Ay
j + By
j+1 (G.2)
onde
x j +1 − x x − xj (G.3)
A = ∴ B = 1− A =
x j +1 − x j x j+1 − x j
As Equações G.2 e G.3 são um caso especial da equação geral de interpolação de Lagrange G.1.
Agora supondo-se que, em adição à tabela dos valores de y i, também se tenha uma tabela de valores
da derivada segunda de y denotada y” , isto é, um conjunto de números y” i.
Usando os valores y” j e y” j+1 como coecientes de uma função polinomial cúbica que coincida com os
valores tabelados para a função y j e y j+1 nos pontos extremos x j e x j+1, para todas as escolhas de y” j
j+1, tem-se, substituindo G.2:
e y”
Y = Ay
j + By
j+1 + Cy’’ j + Dy’’
j+1 (G.4)
onde
Reparar que a dependência na variável independente x nas Equações G.4 e G.5 dá-se inteiramente
devido à dependência linear em x de A e B, e (através de A e B) da dependência cúbica em x de C
e D. As razões que fazem a Equação G.5 ser única (até a escolha de constantes aditivas na denição
de D e C ) são:
b) ela contém quatro coecientes lineares ajustáveis, y j, y j+1, y” j, y” j+1;
c) quatro é o número correto de coecientes lineares necessários para denir um polinômio cúbico
geral;
d) quatro é também a soma dos números de restrições (2, os valores dos pontos extremos) mais
parâmetros livres (2, os valores numéricos de y” j e y” j+1.
Visto que A = 1 em x j, A = 0 em x j+1, enquanto B é exatamente o contrário, a Equação G.7 mostra
que y” é exatamente uma derivada segunda, e também que a derivada segunda é contínua através,
por exemplo, da fronteira entre os dois intervalos (x j–1, x j) e (x j, x j+1).
Até agora foi possível inserir quaisquer números escolhidos para as y” i. Entretanto, para uma escolha
randômica de números, os valores da derivada primeira, calculados a partir da Equação G.6, não são
contínuos através da vizinhança entre os dois intervalos. A ideia-chave da interpolação cúbica pelo
método spline é forçar esta continuidade e usá-la para os números y’’ i.
As equações requeridas são obtidas tornando a Equação G.6 calculada para x = x j no intervalo
(x j–1, x j) igual à mesma equação calculada para x = x j, porém no intervalo (x j, x j +1). Com alguns
rearranjos algébricos, tem-se (para j = 2,......,N – 1)
x j − x j −1y'' j −1 x − x y '' x j +1 − x j y '' j −1 y j +1 − y j y j − y j −1
+ j +1 j −1 j + = − (G.8)
6 6 6 x j +1 − x x j − x j −1''
Estas são N – 2 equações lineares em N desconhecidas y ”i,......, N. Portanto, existe uma família de
possíveis soluções em dois parâmetros.
Para uma solução única, é preciso especicar duas condições adicionais, tipicamente escolhidas
como condições de contorno em x 1 e xN. Os modos mais comuns de fazer isto podem ser:
— ajustar uma ou ambas y” 1 e y” N igual a zero, dando a então chamada solução cúbica spline
natural, que tem derivada segunda zero em um ou ambos seus limites, ou
— ajustar tanto y” 1 e y” N para valores calculados a partir da Equação G.6, de modo que a primeira
derivada da função de interpolação tenha um valor especíco em um ou ambos os seus limites.
Uma explicação para o método spline ser especialmente prático é que o conjunto das Equações G.8,
juntamente às duas condições adicionais de contorno, é não somente linear, mas também tridiagonal.
Cada y” j é associada somente à sua vizinha mais próxima em j ±1.
Para a utilização do método cúbico spline , deve-se mudar a ordem dos dados para a crescente.
2,044 775 8 3,571 193 0 1,526 417 2 3,314 847 2 1,788 430 0 3,333 678 0 1,545 248 0 3,524 831 0 1,979 583 0
y 2 – y 1 y 3 – y 1 y 3 – y 2 y 4 – y 2 y 4 – y 3 y 5 – y 3 y 5 – y 4 y 6 – y 4 y 6 – y 5
Resultando, em:
J = 2 ⇒ 0,340 795 9 y” 1 + 1,190 397 7 y” 2 + 0,254 402 8 y” 3 = 0,052 569 8
J = 3 ⇒ 0,254 402 8 y” 2 + 1,104 949 1 y” 3 + 0,298 071 6 y ”4 = 0,052 024 2
J = 4 ⇒ 0,298 071 6 y” 3 + 1,111 226 0 y” 4 + 0,257 541 3 y” 5 = 0,102 421 9
J = 5 ⇒ 0,257 541 3 y” 4 + 1,174 943 7 y” 5 + 0,329 930 5 y” 6 = 0,025 588 7
Utilizando a interpolação cúbica spline para encontrar o rendimento a 100 % ( P c = x = 7,36)
1
C = ( A3 − A) ( x j+1 + 1 − x j )2 = −0,050 3412
6
1 2
D=
6
( B3 − B ) ( x j +1 − x j ) = −0, 027 9311
então
Y = (0,929 464 3 × 8,61) + (0,070 535 57 × 10,6) + (– 0,050 341 2 × 0,082 55) + (– 0,027 931 1 × 0,020 35)
Cálculo do rendimento
x 7, 36
η1 = = = 0, 84156
f (x) 8, 745 641 9