Práticas em Parasitologia Clínica - U6

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Práticas em

Parasitologia Clínica
Práticas Laboratoriais em Parasitologia

Responsável pelo Conteúdo:


Prof.ª Dr.ª Niara da Silva Medeiros

Revisão Textual:
Prof.ª Dr.ª Selma Aparecida Cesarin
Práticas Laboratoriais em Parasitologia

• Tema 1: Caracterização de Amostras Fecais e Coprotesti;


• Aplicação da Teoria na Prática;
• Tema 2: Métodos de HPJ e Ritchie;
• Aplicação da Teoria na Prática;
• Tema 3: Métodos de Faust e Kato-Katz;
• Aplicação da Teoria na Prática;
• Tema 4: Sangue Oculto e Reconhecimento dos Parasitas;
• Aplicação da Teoria na Prática.
UNIDADE Práticas Laboratoriais em Parasitologia

Tema 1: Caracterização de
Amostras Fecais e Coprotesti
Todos os parasitos encontrados no EPF deverão ser relatados, sejam eles patogênicos
ou não.

Deverá ser citada a forma evolutiva parasitária observada (ovo, larva, cisto, trofozoíto,
oocisto, verme adulto) e o nome científico do parasito incluindo o gênero e espécie, sem-
pre que possível.

Todos os helmintos são estimados como patogênicos ou potencialmente patogênicos.


Entretanto, alguns protozoários intestinais são considerados comensais ou não patogênicos.

Mesmo assim, os estágios de diagnóstico desses parasitos deverão ser referidos no re-
sultado enviado ao clínico. Eventualmente, protozoários, em especial as amebas, quan-
do não forem especificamente identificados, deverão permanecer por um determinado
tempo sem um diagnóstico definitivo, pois um resultado equivocado não poderá ser
informado ao clínico.

Também deverá constar os métodos executados e a consistência das fezes.

Para realizar um diagnóstico de qualidade é necessário considerar vários aspectos.


Dentre eles, o mais importante é a qualidade da amostra. Amostras fecais velhas e mal
conservadas possuem baixo valor de diagnóstico, ou seja, reduz significativamente a
probabilidade de encontrar as formas evolutivas dos parasitas.

As formas evolutivas que podemos encontrar no Exame Parasitológico de Fezes (EPF)


são cistos e trofozoítos de protozoários e ovos e larvas de helmintos. Vale ressaltar que
os trofozoítos tem tempo de vida curto fora no hospedeiro, então, para encontrar essas
formas evolutivas é necessário analisar as amostras em até 30 minutos após a coleta e,
geralmente, estão associados a amostras diarreicas.

Outro aspecto importante que devemos observar é o tipo de amostra fecal que es-
tamos trabalhando. Basicamente, existem dois tipos de amostras fecais, as amostras
frescas (sem nenhum aditivo) e amostras preservadas (com adição de conservantes).

Nas amostras frescas, conseguimos realizar a análise macroscópica da amostra. Nes-


ta análise, podemos observar formas evolutivas como larvas de Ascaris lumbricoides,
Enterobius vermiculares, ou também proglotes de Taenia sp.

Além disso, na análise macroscópica, observamos a coloração, o aspecto (consistên-


cia) e a presença de muco e do sangue que pode indicar contaminação por parasitas.
Já nas amostras com conservantes, essa análise é prejudicada, pois a adição desses
compostos faz com que altere o seu estado natural da amostra.

Após realizada a análise macroscópica, a amostra pode ser submetida ao exame


direto e ser processada para realização de uma técnica de concentração de acordo com
as formas evolutivas que seja encontrar.

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Aplicação da Teoria na Prática
Vamos imaginar a seguinte situação: a senhora Maria S. D. chegou ao laboratório
com uma solicitação de Exame Parasitológico de Fezes. A recepcionista realizou o ca-
dastro da senhora Maria e a orientou a realizar a coleta da amostra na sua residência.
Após 3 dias, pela manhã, a senhora Maria levou a amostra para o laboratório para
realização da análise.

A recepcionista perguntou como e quando a senhora Maria havia coletado a


amostra. Ela respondeu que coletou no dia anterior à noite, em um papel limpo e
colocou a amostra com o auxílio da espátula fornecida ao laboratório no frasco co-
letor. Após a coleta, a senhora Maria armazenou a amostra em geladeira até levar
ao Laboratório.

Pelo relato, a recepcionista constatou que a amostra estava própria para a análise,
não sendo uma amostra velha e foi coletada de maneira apropriada.

Após essa triagem, a amostra chega ao setor de parasitologia, em que o primeiro


passo é realizar a análise macroscópica da amostra e processar se for o caso. Como
veremos nas atividades práticas desta Disciplina.

Após as análises, o laudo parasitológico deve conter as informações citadas a seguir.

Exemplos
• Tipo de amostra (Material): por exemplo, fezes (a fresco);
• Técnica utilizada (Método): por exemplo, HPJ e Microscopia ótica.

Análise macroscópica
• Consistência: por exemplo, formada, semiformada, pastosa ou líquida;
• Coloração: por exemplo, castanho escuro, castanho claro, amarelada etc.;
• Muco: por exemplo, ausente ou presente;
• Sangue: por exemplo, ausente ou presente.

Interpretação do EPF (Análise microscópica)


• Quando negativo: por exemplo, negativo para ovos e larvas de helmintos e cistos
de protozoários;
• Quando positivo: forma evolutiva do parasita + nome científico.

Exemplos
• Positivo para ovos de Ascaris lumbricoides;
• Positivo para larvas de Strongyloides stercoralis.

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UNIDADE Práticas Laboratoriais em Parasitologia

Experimento 1 (Atividade Prática)


Caracterização das amostras fecais: análise macroscópica de amostras fecais,
noções de microscopia em parasitologia, identificação de artefatos confundíveis

1. Separar amostras de fezes frescas e preservadas (Coproplus ou Coprotest);


2. Analisar variadas amostras fecais macroscopicamente, quantidade de amostra coletada, as-
pecto (consistência), cor, presença de formas evolutivas, presença de muco e sangue;
3. Retornar conceitos de microscopia e identificar as partes que compõem o microscópio para
realização da análise de amostras a fresco;
4. Confeccionar lâminas para análise parasitológica;
5. Auxiliar o aluno a focar no microscópio, realizar a leitura correta da lâmina e identificar
o sedimento fecal quando aos artefatos que podem se assemelhar as formas evolutivas.

Experimento 2 (Atividade Prática)


Análise de amostras preservadas de fezes (Coprotest) e
reconhecimento das formas evolutivas de enteroparasitas
Nesta atividade prática, o aluno irá:

1. Confeccionar lâminas de amostras positivas para visualizar as formas evolutivas dos enteroparasitas;
2. Confeccionar lâminas de amostras provenientes de coprotest ou coproplus (amostras pre-
servadas), de preferência amostras positivas para os alunos conseguirem identificar as for-
mas evolutivas;
3. Confecção das lâminas: em uma lâmina de microscopia colocar uma gota de amostra fecal,
uma gota de lugol e cobrir com uma lamínula. A leitura deve ser feita em microscópio
óptico nas objetivas de 10x e 40x;
4. Analisar pelo menos de 10 a 15 amostras diferentes ao longo da atividade.

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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:

Livros
Parasitologia Clínica – Uma abordagem clínico laboratorial
Capítulo Amostras fecais para exame parasitológico. p. 16.
https://bit.ly/3qdmLBm
Parasitologia contemporânea
Capítulo Diagnóstico parasitológico, p. 191.
https://bit.ly/2LK9PnO
Parasitologia Clínica – Uma abordagem clínico laboratorial
Capítulo Artefatos e outros achados, p. 287.
https://bit.ly/3cWNJcV

Leitura
Atlas de Parasitologia
https://bit.ly/3cZGocs
Atlas eletrônico de Parasitologia
https://bit.ly/2OsZE83

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UNIDADE Práticas Laboratoriais em Parasitologia

Tema 2: Métodos de HPJ e Ritchie


As técnicas de concentração estão entre os procedimentos de rotina no laboratório
de parasitologia, como parte de um exame completo das fezes, para a pesquisa de para-
sitas e o diagnóstico de um pequeno número de formas evolutivas que foram omitidos,
quando foi usado somente o exame direto a fresco.

Os três principais objetivos dessas técnicas são: aumentar o número de cistos, oocis-
tos, ovos ou larvas na preparação; eliminar a maioria dos detritos fecais; apresentar os
organismos em um estado inalterado, facilitando sua identificação.

Essas técnicas são indicadas para separar os cistos e oocistos de protozoários e ovos de
helmintos do excesso de detritos fecais por meio de diferenças especificas de densidade.

As técnicas de concentração se dividem em: sedimentação e flutuação, e cada uma


delas se subdivide em sedimentação simples e centrifugo-sedimentação e em flutuação
simples e centrifugo-flutuação, como veremos ao longo desta disciplina.

Técnicas de Sedimentação
Este procedimento de concentração, pela sedimentação espontânea ou pela cen-
trifugação, propicia a recuperação de todos os protozoários, ovos e larvas presentes.
Entretanto, a preparação contém mais artefatos do que a técnica de flutuação (veremos
em outra atividade).
Os dois principais objetivos das técnicas de sedimentação são o aumento do nú-
mero de ovos não operculados, larvas ou cistos e a separação das gorduras e óleos
da maioria dos detritos. Nessas técnicas, os organismos são sedimentados igualmente
pela gravidade ou centrifugação. A sedimentação apresenta uma ação inversa, com-
parada com a flutuação.
Cistos, oocistos, ovos e larvas são retidos no fundo do tubo, enquanto os detritos são
suspensos para a superfície, não interferindo no diagnóstico final.
A maior desvantagem é a grande quantidade de detritos fecais no sedimento, tor-
nando a identificação dos organismos muito mais difícil do que pelos procedimentos
de flutuação.
Algumas técnicas de sedimentação usam éter etílico, acetato de etila, soluções de
ácido clorídrico, ácido acético ou sulfato de sódio para clarificar e liberar os organismos
dos detritos fecais.
O éter poderia conduzir muitos ovos e cistos junto com os detritos, dificultando o
diagnóstico das infecções leves. Entretanto, o acetato de etila é usado como um extrator
de artefatos e gorduras das fezes, deixando os parasitos no fundo da suspensão.
As soluções de ácidos fortes podem deformar ovos e cistos. As técnicas de sedimen-
tação foram desenvolvidas para o diagnóstico das enteroparasitoses.

Alguns autores recomendam o uso conjunto das técnicas de flutuação e sedimen-


tação na rotina laboratorial. Entretanto, essa conduta e impraticável para a maioria
dos Laboratórios.

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Aplicação da Teoria na Prática
Na maioria dos Laboratórios, a Técnica de Concentração utilizada é a sedimentação
espontânea, pois tem como vantagem a necessidade mínima de vidraria, sendo dispen-
sável o uso de reagentes e da centrifugação.

Além disso, a grande vantagem é a detecção de todas as formas evolutivas. Podemos


ter, ainda, algumas desvantagens quando se utilizam esses métodos, como a grande quan-
tidade de detritos fecais no sedimento, dificultando, com frequência, a preparação e o
exame microscópico. O tipo de amostra fecal utilizado não deve ser preservado. Deve-se
usar fezes frescas.

O Método de Ritchie se diferencia da sedimentação espontânea por se tratar de um


método de concentração por centrifugação e, por isso, entre suas desvantagens, está
a utilização da centrífuga, uso de reagentes químicos como o acetato de etila, éter, for-
malina, tempo de preparo é longo e que demanda uma pessoa treinada para execução.

A vantagem de realizar essa técnica no Laboratório é que, no resultado final, a lâmi-


na para análise fica com poucos artefatos (detritos) e se consegue determinar todas as
formas evolutivas.

Experimento 1 (Atividade Prática)


Método de Hoffman Pons e Janer (sedimentação espontânea)
Objetivos
Técnica de concentração das fezes para o Exame Parasitológico das Fezes (EPF).

Princípio
A técnica HPJ é um procedimento de concentração simples, indicado para a pes-
quisa de ovos, larvas e cistos. Fundamenta-se na sedimentação espontânea em água
(combinação da gravidade e da sedimentação) dos estágios de diagnóstico dos parasitos.

O uso de grande quantidade de material fecal, em comparação às outras técnicas,


favorece um diagnóstico satisfatório e seguro, mesmo quando o número de organismos
presentes na amostra é pequeno.

Tipo de amostra utilizada


Material fecal não preservado (fezes frescas).

Material necessário
• 1 copo descartável ou Becker;
• 1 copo cônico de sedimentação;
• 1 abaixador de língua ou bastão de vidro;

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UNIDADE Práticas Laboratoriais em Parasitologia

• 1 parasito-filtro (ou gaze e filtro);


• 1 frasco com água (torneira);
• 1 frasco com solução de iodo (frasco âmbar, conta-gotas);
• 1 pipeta pasteur;
• Lâmina e lamínulas.

Metodologia

1. Usar luvas em todas as etapas;


2. Colocar cerca de 5g de fezes colhidas de várias partes da amostra fecal em copo descartável
contendo aproximadamente 50ml de água e misturar bem;
3. Preparar a suspensão adicionando 100ml de água;
4. Filtrar a suspensão através do parasito-filtro (ou gaze com filtro) e receber o filtrado em um
copo cônico de sedimentação com capacidade de 250ml;
5. Se necessário, adicionar mais água, até completar 3/4 do copo cônico. Deixar em repouso
por 1 a 2 horas;
6. Com uma pipeta graduada ou Pasteur, colher uma pequena porção do sedimento, deposi-
tando-o sobre uma lâmina de microscopia;
7. Exame microscópico – Colocar uma gota do sedimento com uma pipeta pasteur na lâmina,
adicionar uma gota de lugol fraco e colocar a lamínula. Ler em microscópio óptico utilizan-
do as objetivas de 10x e 40x, para pesquisa de ovos, larvas de helmintos e cistos ou oocistos
de protozoários.

Resultados
Identificação de ovos e larvas de helmintos e cistos ou oocistos de protozoários.

Experimento 2 (Atividade Prática)


Método de Ritchie
Existem inúmeras variações nas Técnicas de Sedimentação pelo emprego da centrifugação.

Todas elas são derivadas do procedimento original de Telemann e Ritchie, que apre-
sentaram, em 1948, uma técnica eficiente para recuperar e identificar cistos de proto-
zoários e ovos e larvas de helmintos, incluindo ovos operculados e de esquistossoma.

Objetivos
Técnica de concentração das fezes para o Exame Parasitológico das Fezes (EPF).

Princípio
Concentração de cistos de protozoários, ovos e larvas de helmintos por centrífugo-
-sedimentação com formalina-acetato de etila.

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Observações
• O éter etílico é mais eficaz na extração de gorduras e do material mucoide dos es-
pécimes fecais do que o acetato de etila;
• Colorações especiais podem ser necessárias para a identificação de organismos:
E. histolytica em oposição a E. dispar.

Materiais utilizados
• 1 amostra fecal;
• 1 copo descartável ou Becker ou Borel;
• 1 copo cônico de sedimentação;
• 1 bastão de vidro ou espátula;
• 1 parasito-filtro (tamis) ou gaze;
• 1 tubo de centrífuga de 15ml com tampa;
• 1 frasco com água (torneira);
• 1 frasco com solução de iodo (frasco âmbar, conta-gotas);
• 1 alça de platina ou canudinho;
• 1 swab;
• 2 pipetas de 5ml;
• 2 pipetas Pasteur;
• 1 pipetador;
• 1 frasco com solução de formaldeído a 10% (20ml);
• 1 frasco com éter ou acetato de etila (20ml);
• Centrífuga;
• Frasco para descarte de sobrenadante da amostra fecal (com água e hipoclorito);
• Frasco para descarte de lâminas e lamínulas (com água e hipoclorito);
• Caixa com lâminas para microscopia 25,4 x 76,2mm;
• Caixa com lamínulas para microscopia 22 x 22mm.

Metodologia

1. Usar luvas em todas as etapas;


2. Colocar 1 a 2g de fezes colhidas de várias partes da amostra fecal em copo descartável ou
borel contendo aproximadamente 50ml de água e misturar bem. Filtrar a suspensão atra-
vés do parasito-filtro (ou gaze como filtro) em um copo cônico de sedimentação. Passar o
filtrado para um tubo de centrífuga de 15ml (tubo de Falcon);
3. Centrifugar (650xg/1 min);
4. Desprezar o sobrenadante e adicionar cerca de 12ml de água ao sedimento, ressuspendê-lo.
Liberar o pellet formado;
5. Repetir as etapas 3, 4 e 5 até o sobrenadante se apresentar claro (aproximadamente 3 vezes);

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UNIDADE Práticas Laboratoriais em Parasitologia

6. Após o último sobrenadante ser descartado, adicionar 4 a 5 ml da solução de formaldeído


a 10% e ressuspender o sedimento. Deixar em repouso por 5 minutos;
7. Adicionar 3ml de éter ou acetato de etila, fechar o tubo e agitar vigorosamente, na posi-
ção invertida, por 30 segundos;
8. Centrifugar (650 x g/1 min): 4 camadas se formarão:
» Sedimento no fundo do tubo contendo os parasitos;
» Camada de formalina;
» Tampão de detritos fecais;
» Camada de éter/acetato de etila na superfície.
9. Com alça de platina ou canudinho de plástico, afrouxar e separar o tampão de detritos do
tubo. Verter o tubo para retirar o sobrenadante;
10. Misturar o sedimento com o líquido remanescente;
11. Exame microscópico – Pesquisa para ovos, larvas e cistos.

Resultados
Identificação de ovos e larvas de helmintos e cistos de protozoários.

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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:

Livros
Parasitologia – Fundamentos e Práticas clínicos
Capítulo Métodos de diagnóstico Parasitológico nas Enfermidades por Protozoários
e Helmintos, p. 38.
http://bit.ly/3d3mmxB
Parasitologia contemporânea
Método de Ritchie. p. 196.
http://bit.ly/2NhvKTK
Parasitologia Clínica – Uma abordagem clínico laboratorial
Métodos de concentração, p. 22.
http://bit.ly/375EGCB

Leitura
Pesquisa de ovos “pesados” de helmintos nas fezes: estudo comparativo
entre os métodos da sedimentação espontânea em água e de Ritchie
https://bit.ly/2Nbw4TT
Validação do número de lâminas para realização do método
de sedimentação espontânea das fezes
https://bit.ly/3qaIIBd

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UNIDADE Práticas Laboratoriais em Parasitologia

Tema 3: Métodos de Faust e Kato-Katz


Quando vamos escolher uma técnica de concentração para diagnóstico parasitológi-
co, devemos levar em consideração o objetivo da análise. Se o objetivo é investigar todas
as formas evolutivas, devemos escolher a técnica que amplia essa investigação, como a
sedimentação espontânea ou a técnica de Ritchie.

Agora, se queremos, por exemplo, a busca de formas evolutivas específicas, como


em uma pesquisa clínica, podemos definir técnicas mais específicas. Como é o caso da
Técnica de Faust.

Existem variações das técnicas de concentração por flutuação, porém, a técnica de


Faust com sulfato de zinco é a mais utilizada. Essa técnica é mais sensível para detectar
ovos leves de helmintos e cistos de protozoários.

A grande maioria dos métodos utilizados no diagnóstico parasitológico de fezes são


qualitativos, ou seja, verifica a presença ou a ausência das formas evolutivas dos parasi-
tas, ignorando a quantidade de ovos, cistos ou larvas que encontramos durante a análise.

No entanto, em alguns casos, é necessário quantificar a carga parasitária no indiví-


duo infectado e, para isso, uma das técnicas utilizadas é o Kato-katz.

Esse método é considerado quantitativo e qualitativo, método de escolha para Esquis-


tossomose, permite revelar ovos de helmintos.

Na análise quantitativa, é determinado o número de ovos por grama de fezes, multi-


plicando o número de ovos encontrado efetivamente na preparação examinada por 24.

Aplicação da Teoria na Prática


Quando escolhemos a técnica de Faust para o diagnóstico parasitológico, devemos
lembrar que essa técnica tem como vantagem a formação na superfície do tubo de uma
membrana clara com poucos detritos fecais e remoção seletiva de ovos leves e cistos,
mesmo quando presentes em pequeno número no bolo fecal.
E, como desvantagem, devemos considerar que a alta densidade da solução de sulfato
de zinco permite a permanência prolongada da suspensão e pode resultar em colapso e
distorção dos cistos e ovos.
Devemos examinar a preparação em, no máximo, 20 minutos e ovos grandes de
trematódeos, cestódeos e ovos inférteis de Ascaris lumbricoides não são concentrados.
Além disso, essa técnica não é indicada para espécimes fecais que contenham gordura,
que flutua com os ovos e os cistos, tornando a preparação insatisfatória para o exame.
Já a técnica de Kato-katz, que tem outra finalidade, é um método semiquantitativo e
qualitativo, rápido (examinado após curto espaço de tempo: 60min)
O kit é descartável, tornando-o, portanto, muito fidedigno, método sensível, reve-
lando maior número de casos positivos, fácil de ser executado. Como desvantagens,

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podemos destacar o custo elevado e, além disso, para se encontrar ovos de Ancilosto-
mídeos, o exame dever feito no mesmo dia, pois os ovos se degradam e, nessa técnica,
não conseguimos visualizar cistos de protozoários.

Experimento 1 (Atividade Prática)


Método de Faust
Objetivo
Técnica de concentração das fezes para o Exame Parasitológico das Fezes (EPF).

Princípio
As Técnicas de Flutuação fundamentam-se no princípio da diferença de densidade
específica entre os ovos de helmintos, cistos e oocistos de protozoários e o material fecal, a
fim de que esses organismos flutuem na superfície dos reagentes com densidade específica.

Para a realização desse experimento, para cada amostra, vamos precisar de:
• 1 amostra fecal;
• 1 copo descartável ou copo borel;
• 1 copo cônico de sedimentação;
• 1 bastão de vidro ou espátula;
• 1 parasito-filtro;
• 1 tubo de centrífuga de 15ml (tubo de Falcon);
• 1 frasco com água (torneira);
• 1 frasco com solução de iodo;
• 1 alça de platina;
• 1 frasco com solução de sulfato de zinco 1,18g/ml;
• Lâmina/Lamínula;
• Centrífuga.

Metodologia

1. Usar luvas em todas as etapas;


2. Colocar 1 a 2g de fezes colhidas de várias partes da amostra fecal em copo borel (ou
plástico), contendo, aproximadamente, 50ml de água e misturar bem. Filtrar a sus-
pensão através do parasito-filtro (ou gaze com filtro) e colocar o filtrado em um copo
cônico de sedimentação. Passar o filtrado para um tubo de centrífuga de 15ml (Falcon);
3. Adicionar água até completar 2/3 da capacidade do tubo;
4. Centrifugar (650 x g/1 min);
5. Desprezar o sobrenadante e adicionar 1 a 2ml de água ao sedimento e ressuspender.
Completar com água 2/3 do tubo, agitar (soltando o sedimento) e centrifugar novamente;
6. Repetir as etapas 3, 4 e 5 até o sobrenadante se apresentar claro (aproximadamente
2 vezes);

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UNIDADE Práticas Laboratoriais em Parasitologia

7. Depois de o último sobrenadante ser descartado, adicionar 1 a 2ml da solução de sulfa-


to de zinco e ressuspender o sedimento. Completar com a solução até 0,5cm da borda
do tubo e centrifugar (650 x g/1 min);
8. Com alça de platina ou com a pipeta pasteur, tocar no centro da membrana formada
na superfície, transferindo várias alçadas para uma lâmina de microscopia;
9. Exame microscópico – Pesquisa para ovos, larvas e cistos.

Resultados
Identificação de ovos leves e cistos de protozoários. Esta técnica não é sensível para
larvas, mas podem ser encontradas.

Experimento 2 (Atividade Prática)


Método de Kato-katz
Para realizar esta, técnica vamos precisar de:
• Fezes frescas. Não devem ser liquefeitas;
• Tela de nylon para concentrar o material e reter detritos que dificultariam a visua-
lização dos ovos;
• Placa perfurada que faz com que sempre a mesma quantidade de fezes seja exami-
nada, permitindo excelente padronização de amostra suficiente de material;
• Lamínula de celofane embebida de solução DIAFIX (solução diafanizadora e fixadora,
que permite a conservação dos ovos e forma o esfregaço transparente);
• Placa de petri;
• Lâmina de vidro para microscopia;
• Espátula;
• Microscópio óptico e tabela para leitura dos resultados.

Passo a Passo
1. Retirar uma amostra de fezes com auxílio da espátula e colocar sobre um
papel absorvente;
2. Colocar sobre as fezes a tela de filtro, comprimindo-a com a espátula, o que
fará com que parte das fezes passe através da malha;
3. Usar a espátula para recolher as fezes que passaram pela malha e depositar
no orifício da placa perfurada, que já deverá estar sobre uma lâmina de vidro
de microscópio;
4. Comprimir as fezes no orifício da placa perfurada até que esteja cheio;
5. Passar a espátula sobre a placa perfurada para retirar o excesso de fezes. Des-
cartar em lixo apropriado a espátula e a tela de filtro;

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6. Levantar, inclinando, inicialmente, uma das extremidades da placa perfurada
e retirá-la de modo a ficar sobe a lâmina de vidro o cilindro do material fecal.
Descartar em lixo apropriado a placa perfurada;
7. Coloque a solução do frasco em um recipiente e mergulhe as lamínulas nesta solução
e deixar embebida na solução previamente por 24hs (este passo já foi realizado);
8. Pegar a lamínula da solução, esperar que escorra o excesso e colocar sobre
cilindro da amostra de fezes, a lamínula pré-colorida;
9. Inverter a preparação sobre uma superfície lisa e fazer pressão com o polegar
sobre a região onde se encontra a amostra de fezes, de modo que o material se es-
palhe uniformemente entre a lâmina e a lamínula. Evitar que as fezes extravasem;
10. Deixar a preparação em repouso durante 1 hora à temperatura ambiente;
11. Levar a preparação ao microscópio para observação e contagem de ovos
helmintos, inicialmente em objetiva de 10x e se necessário 40x.

Fator de conversão
24,0

Observação
Para identificação dos ovos de Ancilostomídeos, a preparação deve ser examinada no
máximo até quatro horas após a sua execução. Para os outros helmintos, a conservação
pode ser até mais de um ano após a preparação.

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UNIDADE Práticas Laboratoriais em Parasitologia

Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:

 Livros
Parasitologia – Fundamentos e Práticas clínicas
Método de Faust, p. 38.
https://bit.ly/3jB2QtE
Parasitologia – Fundamentos e Práticas clínicos
Método Kato-katz. p. 40.
https://bit.ly/2LH7zxy
Parasitologia contemporânea
Técnica de Faust, p. 195.
https://bit.ly/3jB2QtE

 Leitura
Estudo comparativo de técnicas parasitológicas: Kato-Katz e coprotest
https://bit.ly/3cZiopW
Estudo comparativo dos métodos coprológicos de Lutz, Kato-Katz e Faust modificado
https://bit.ly/3peIdom

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Tema 4: Sangue Oculto e
Reconhecimento dos Parasitas
No Setor de Parasitologia, não existe um equipamento que consiga processar a amos-
tra e analisá-la, para realizar a identificação das formas evolutivas.

Então, você deve estar se perguntando, mas porque ainda não construíram um equi-
pamento para diagnóstico parasitológico de fezes?

Bom, o grande empecilho é que nas fezes há muitos detritos fecais que se asseme-
lham a formas evolutivas e o equipamento não é capaz de distinguir quem é quem.
Portanto, as análises são manuais e dependem de um analista treinado.

Para quem está começando nas análises é difícil a identificação, mas com a prática,
tudo fica mais fácil. Para isso, é preciso conhecer as características das formas evolutivas
e praticar muito.

No Setor de Parasitologia de qualquer laboratório, além da pesquisa de parasitas nas


fezes, podemos realizar a pesquisa de sangue oculto nas fezes. Como o nome diz, o
sangue é oculto porque não conseguimos visualizar macroscopicamente por estar em
pequena quantidade. Em indivíduos saudáveis, não há sangue nas fezes. Em algumas si-
tuações como parasitoses invasivas (amebíase, Esquistossomose, ancilostomose, câncer
de colorretal, hemorroidas, doenças inflamatórias intestinais e colite podemos encontrar
sangue oculto nas fezes.

O que devemos ressaltar é que quando se observa a presença de sangue oculto nas
fezes por qualquer método, não conseguimos identificar o local do sangramento, poden-
do ser de qualquer parte do Sistema Digestório.

Para detectar o sangue oculto nas fezes, existem vários métodos. Os métodos quími-
cos são aqueles em que o indivíduo necessita realizar uma dieta de no mínimo 4 dias não
ingerindo carnes, rabanete, nabo, couve-flor, brócolis e beterraba, soja, feijão, ervilha,
lentilha, grão-de-bico e milho.

Esse tipo de método está entrando em desuso pelos Laboratórios por causa dessa
interferência alimentar.

Já o método imunológico não necessita que o indivíduo realize a dieta, pois é uma
reação antígeno-anticorpo de hemoglobina, tornando-se mais específico.

Aplicação da Teoria na Prática


Fornecer exemplos/atividades/situações cotidianas em que eles vejam a aplicação da
teoria estudada.

Inserir o conteúdo  em um contexto referente ao cotidiano do aluno ou da prática


profissional futura (pesquisa e/ou laboratorial). 

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UNIDADE Práticas Laboratoriais em Parasitologia

A contextualização pode ser apresentada por meio de: narrativa descritiva, situação-
-problema, exemplos de aplicação, vídeos, reportagens, casos clínicos, entre outros.
Vamos analisar o seguinte caso: João, 60 anos, vive em Aracaju, Sergipe. Começou
a apresentar uma irritação nos pés após praticar pesca no final de semana.
Após três semanas, começou com febre, calafrios, tosse, dor cabeça, dor de barriga,
dores articulares e musculares.
Como João vive em área endêmica e entrou em contato com a água de rio, o médico
desconfiou que João poderia estar com Esquistossomose e solicitou os seguintes exa-
mes: exame de sangue e exame de fezes (qualitativo e quantitativo) e sangue oculto nas
fezes. Depois de um dia, João foi ver o resultado e verificou que a suspeita do médico
estava certa: ele estava com Esquistossomose.
Então, no caso apresentado, quais são os resultados dos exames laboratoriais para
que se conclua que João estava com Esquistossomose?:
• Exame de sangue: detectado anemia acentuada (comum desta parasitose pela
perda de sangue nas fezes);
• Exame de sangue oculto analisado pelo método imunocromatográfico foi po-
sitivo: nessa parasitose há, frequentemente, a presença de sangue oculto, pois o
parasita danifica a mucosa intestinal causando inflamação e sangramento.

Exame de fezes
• Qualitativo: o laboratório primeiro realiza o exame qualitativo. Nesse caso, para in-
vestigação de Esquistossomose, podem ser usados os métodos de sedimentação es-
pontânea ou Ritchie. Nesse exame, detectam-se os ovos de Shistossoma mansoni;
• Quantitativo: sempre que se observam ovos de Shistossoma mansoni, deve-se
quantificar utilizando o método de Kato-katz, para verificar a carga parasitária e,
consequentemente, a gravidade da doença.

Experimento 1 (Atividade Prática)


Métodos de pesquisa de sangue oculto em amostral fecais
Exame químico – Kit Hemoplus
Informações técnicas
A fenolftaleína é reduzida a anidrido ftálico pelo zinco. Quando eritrócitos estão pre-
sentes no material fecal, eles são lisados ocorrendo a liberação da peroxidase eritrocitária.

A peroxidase reage com o peróxido de hidrogênio liberando oxigênio livre, que reo-
xida o anidrido ftálico em fenolftaleína, que em pH alcalino adquire coloração vermelha.

Kit suficiente para 30 análises


• 1 frasco com 30 ml de Reativo de Meyer;
• 1 frasco com 10 ml de Peróxido de hidrogênio;
• 3 fracos com 0,1 ml de Eritrócitos.

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Procedimento pré analítico: condições de dieta do paciente: a pesquisa de sangue
oculto nas fezes deve ser precedida de dieta rigorosa 4 dias antes da realização do exame
e no dia da coleta de fezes. As restrições alimentares e de coleta são as seguintes:
1. Não consumir carne vermelha, rabanete, nabo, couve-flor e brócolis;
2. Evitar o consumo dos seguintes medicamentos: anti-inflamatórios, corticoides,
aspirina, compostos de ferro e vitamina C. Deve-se indagar ao paciente se ele
está fazendo uso desses medicamentos e, caso esteja e não possa haver a sus-
pensão deles, essa informação deve estar contida no laudo do exame;
3. Não contaminar as fezes com urina;
4. Não coletar as fezes em período menstrual e em sangramentos devido a Hemorroidas.

Técnica de uso
1. Observar rigorosamente as condições de dieta do paciente;
2. Diluir a amostra de fezes com concentração final de aproximadamente 5% e
filtrar com gaze ou equivalente ou centrifugar e usar o sobrenadante;
3. Em um tubo de ensaio, colocar 5ml do filtrado ou sobrenadante;
4. Acrescentar 1,0ml do reativo de Meyer. Homogeneizar;
5. Adicionar 4 gotas de peróxido de hidrogênio;
6. Observar o desenvolvimento de cor vermelha ou avermelhada.

Interpretação dos resultados


• A reação é positiva quando surge de imediato uma coloração avermelhada vermelha;
• A reação é negativa quando não há desenvolvimento de cor.

Método Imunocromatográfico para sangue oculto – Kit comercial


Finalidade
Teste rápido para a determinação qualitativa do sangue humano nas fezes por imuno-
cromatografia, usando uma combinação de anticorpo monoclonal marcado e anticorpo
policlonal anti-hemoglobina humana na fase sólida.

Fundamento
Teste positivo
A hemoglobina presente na amostra liga-se ao conjugado anticorpo monoclonal-
-corante formando um complexo antígeno-anticorpo. O complexo formado fluirá
pela área absorvente da placa teste, indo se ligar ao anticorpo anti-hemoglobina
humana na Área da Reação Positiva (T), determinado o surgimento de uma banda
colorida rosa-claro.

A mistura da reação continuará fluindo e atingirá a área controle (C).

O conjugado não ligado ao antígeno une-se aos reagentes dessa área produzin-
do uma banda colorida rosa-claro, demonstrando que os reagentes estão funcio-
nando corretamente.

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UNIDADE Práticas Laboratoriais em Parasitologia

Teste negativo
Na ausência de hemoglobina, não haverá o aparecimento da banda colorida na área
T, havendo formação de uma banda colorida rosa-claro apenas na área controle (C),
demonstrando que os reagentes estão funcionando corretamente

Procedimento do teste
A Extração de hemoglobina da amostra
1. Utilizando a vareta da tampa do frasco do extrator fornecido no kit, coletar
amostras em 3 pontos diferentes do frasco contendo as fezes. Esse procedi-
mento é importante, pois o sangue não se distribui de forma homogênea nas
fezes. Não coletar grandes quantidades de fezes. A quantidade que ficar aderida
na vareta é suficiente para realização do teste;
2. Retornar a vareta com as amostras de fezes ao frasco do extrator, fechando-o
firmemente;
3. Agitar fortemente para misturar a amostra ao extrator;
4. A amostra preparada é estável por 1 hora entre 15 a 30 °C ou por 6 meses a
20 °C negativos.

B Técnica de análise
1. Deixar as amostras e os materiais atingirem a temperatura ambiente;
2. Retirar a placa teste do interior do envelope laminado, identificá-la adequada-
mente e apoiá-la sobre uma superfície plana;
3. Segurar o frasco contendo a amostra preparada com a tampa voltada para
cima e quebrar a extremidade superior da tampa para que possa ser usada
como conta-gotas;
4. Pingar 2 gotas da amostra de fezes extraída (Item A do procedimento) na cavi-
dade de amostra (►) da placa teste;
5. Fazer a leitura dos resultados após 10 a 15 minutos da adição da amostra.

Leitura do teste
Verificar a presença de bandas coloridas nas janelas da placa teste.

Experimento 2 (Atividade Prática)


Reconhecimento de formas evolutivas em
amostras fecais e amostras sanguíneas
Para esta prática, vamos precisar de:
• Amostras de fezes positivas;
• Esfregaçoes sanguíneos e lâminas de biópsias prontas, positivos para hemoparasitas;
• Tudo de sangue total com EDTA.

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Reconhecimento de amostras positivas de amostras fecais
Procedimento
Confeccionar lâminas para análise de amostras fecais;

Analisar variadas amostras a fim de praticar a confecção da lâmina e a busca de


parasitas nas amostras.

Hemoparasitas
Procedimento
Análise em microscópio óptico de amostras de esfregações sanguíneos e biópsias
positivas para hemoparasitas (Malária, Doença de Chagas, Leishmaniose, Toxoplasmose).

Sangue total com EDTA


Procedimento
Treinar a confecção de esfregaços sanguíneos e gota espessa para a pesquisa
de hemoparasitas.

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UNIDADE Práticas Laboratoriais em Parasitologia

Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:

 Leitura
Atlas de Parasitologia
https://bit.ly/3cZGocs
Atlas eletrônico de Parasitologia
https://bit.ly/2OsZE83
Pesquisa de sangue oculto nas fezes e correlação com alterações nas colonoscopias
https://bit.ly/3jBHHQe
Parasitologia
https://bit.ly/3tNGfPe

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