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CURITIBA
2020
LETÍCIA VANESSA GRAF
CURITIBA
2020
Universidade Federal do Paraná
Sistema de Bibliotecas
(Giana Mara Seniski Silva – CRB/9 1406)
TERMO DE APROVAÇÃO
Os membros da Banca Examinadora designada pelo Colegiado do Programa de Pós-Graduação em CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
(ENTOMOLOGIA) da Universidade Federal do Paraná foram convocados para realizar a arguição da tese de Doutorado de LETICIA
VANESSA GRAF PETERS intitulada: INFLUÊNCIA DA ESTRUTURA DA PAISAGEM URBANA SOBRE AASSEMBLEIA DE ABELHAS, SEUS
GRUPOS FUNCIONAIS E PROPRIEDADES DA REDE MUTUALÍSTICA COM ACARACTERIZAÇÃO DESTA COMUNIDADE, sob
orientação do Prof. Dr. RODRIGO BARBOSA GONÇALVES, que após terem inquirido a aluna e realizada a avaliação do trabalho, são
de parecer pela sua APROVAÇÃO no rito de defesa.
A outorga do título de doutor está sujeita à homologação pelo colegiado, ao atendimento de todas as indicações e correções
solicitadas pela banca e ao pleno atendimento das demandas regimentais do Programa de Pós-Graduação.
Assinatura Eletrônica
Assinatura Eletrônica
02/10/2020 09:08:53.0
02/10/2020 09:54:11.0
DANILO BOSCOLO
GABRIEL AUGUSTO RODRIGUES DE MELO
Avaliador Externo (UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO)
Avaliador Interno (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ)
_____________________________________________________________________________
Departamento de Zoologia - Centro Politécnico - CURITIBA - Paraná – Brasil
CEP 81531-980 - Tel: (41) 3361-1763 - E-mail: [email protected]
Documento assinado eletronicamente de acordo com o disposto na legislação federal Decreto 8539 de 08 de outubro
de 2015.
Gerado e autenticado pelo SIGA-UFPR, com a seguinte identificação única: 54437
Para autenticar este documento/assinatura, acesse https://www.prppg.ufpr.br/siga/visitante/autenticacaoassinaturas.jsp
e insira o codigo 54437
Voltou a usar o nome de LETÍCIA VANESSA GRAF, conforme Certidão de Casamento com Averbação de
Divórcio, Livro: B-034, Fls: 097, Termo: 012087, averbado no dia 29/03/2018, no 2º Serviço de Registro Civil e
14º Tabelionato de Curitiba, PR.
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
Declaração
de Leticia Vanessa Graf, que a referida banca solicitou a alteração do título da tese
Atenciosamente,
Urbanization has been growing rapidly around the world, being one of the major
anthropic processes responsible for habitat loss and fragmentation, factors that modify
the structure of communities and that can lead to species extinction. As bees are the main
pollinating agents, losses of their species, as well as changes in the mutualistic interaction
networks between bees and plants, can have direct consequences on biodiversity. This
study sought to understand how bees respond to the urban landscape, which functional
groups are more sensitive and how network properties are modified. The bee assembly
and its historical changes, as well as the mutualistic network were described. It was also
verified how the composition of the bee assembly varied along the sampled sites. Ten
areas were selected in Curitiba and its metropolitan region to survey bees and record the
plants they were visiting. Each sample day lasted six hours. The surveys were carried out
with entomological net, one day per month in each area, during ten months. Among the
changes that occurred in the bee assembly, some species proved to be more prone to
local extinction, while others had high abundance in anthropized environments. Some
species of Meliponini that had not been previously registered were collected, they are
probably being kept in rational boxes. The bee keeping of species outside of their
distributional areas should be avoided, as it can result in the spread of invasive alien
species and cause numerous ecological and economic damage. Despite urbanization, the
composition of the bee assembly varied according to the phytophysiognomies that occur
in the region. The metrics of diversity and richness of bee species were not so robust to
verify the effect of the landscape structure on this group. However, analyzes with the
richness of the functional groups showed that oligoletic bees were more sensitive to
urbanization, followed by the group of bees that nest in the soil and then by solitary bees.
The group of poliletic bees, as well as those that nest outside the soil and eussocial bees
were not influenced by the urban landscape, being, therefore, more resistant to this
environment. Regarding the mutualistic network, eussocial bees were the ones that
presented more interactions and, among the plants, the genus Baccharis stood out. The
analyzes that evaluated the network properties showed that the lower the habitat quality,
the higher the network specialization index (H2'), that is, more urbanized areas had more
specialized networks. These areas, however, were not composed of more oligoletic
species than less urbanized areas, but of poliletic species that showed greater
specialization in these sites. This study demonstrated that urbanization affects functional
bee groups differently and that modifies the structure of mutualistic networks, making the
network between pollinators and plants less complex.
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................. 14
3 RESULTADOS .................................................................................................. 44
4 DISCUSSÃO ..................................................................................................... 75
5 CONCLUSÃO ................................................................................................... 94
REFERÊNCIAS ................................................................................................. 96
1 INTRODUÇÃO
duas ou mais fêmeas adultas vivem em um mesmo ninho, independente do seu grau de
parentesco. Muitas vezes ocorre divisão de trabalho nas colônias, onde a rainha realiza
a postura e as demais fêmeas se responsabilizam pelas demais funções, como coleta de
alimento, limpeza e defesa. As espécies que possuem esta organização são
consideradas verdadeiramente sociais, ou eussociais. Estas abelhas podem ainda ser
classificadas em primitivamente e altamente eussociais. Neste último caso a rainha é
tanto morfológica, comportamental e fisiologicamente diferente das operárias, enquanto
nas primitivamente eussociais a rainha se diferencia apenas em fisiologia e
comportamento, raramente com diferenças morfológicas. Enquanto as colônias das
espécies altamente eussociais são sempre perenes, a das primitivamente eussociais
podem ser temporárias, se desfazendo na época reprodutiva quando as abelhas das
mais novas gerações saem para fundar um novo ninho (MICHENER 2007).
Quanto ao local de nidificação, a maioria das abelhas nidifica no solo, enquanto
outras nidificam acima do solo, como em cavidades em madeira ou ninhos expostos
(MICHENER 2007). No que se refere ao hábito alimentar, as abelhas são essencialmente
generalistas em relação ao néctar, fonte alimentar secundária, demonstrando restrições
quanto ao uso de pólen, que é o alimento larval por excelência. As espécies são
consideradas oligoléticas quando coletam pólen em uma gama restrita de plantas, sendo
estas muitas vezes do mesmo gênero ou ainda de famílias relacionadas (MICHENER
2007). Porém, este termo é amplamente discutido na literatura (CLEMENS 1998, CANE
e SIPES 2006, LEFEON et al. 2016). Uma definição mais completa foi proposta por Cane
e Sipes (2006), que consideram uma espécie como oligolética quando dentro de sua área
de distribuição os mesmos grupos de plantas são utilizados, mesmo quando na presença
de fontes alternativas de pólen. Ainda, Cane (2020) propôs que abelhas que utilizam
apenas espécies de plantas de um mesmo gênero sejam consideradas monoléticas.
Algumas abelhas podem ter ainda outras especificidades, como a complementação da
alimentação larval com óleos vegetais. As tribos de abelhas coletoras de óleo que
possuem representantes no Brasil são Centridini, Tapinotaspidini e Tetrapediini.
18
plantas quando as de sua preferência estão floridas (MICHENER 2007). Dessa forma,
cada traço funcional deve ser avaliado separadamente quando pretende-se compreender
quais espécies são mais sensíveis à urbanização.
Entretanto, os traços funcionais podem também ser englobados em uma métrica,
a diversidade funcional, quando busca-se compreender o funcionamento e a qualidade
dos ecossistemas (VILLÉGER et al. 2008, LEGRAS e GAERTNER 2018). Esta métrica
possui três componentes, a riqueza funcional, a divergência funcional e a uniformidade
funcional. Esta última é utilizada para comparar o quão similares são as comunidades em
relação aos traços funcionais (LEGRAS e GAERTNER 2018).
Devido às amostragens históricas de abelhas na cidade de Curitiba que datam
da década de 1940 e alguns estudos de monitoramento desde a década de 1960, existem
informações ricas sobre a fauna histórica das abelhas para a cidade. Estes
monitoramentos mostram um declínio expressivo na riqueza e abundância de espécies
durante as últimas décadas (TAURA e LAROCA 2001, MARTINS et al. 2013, CARDOSO
e GONÇALVES 2018). Frente ao exposto, este estudo se propõe a descrever a
assembleia de abelhas que ocorre atualmente na grande Curitiba, suas mudanças
históricas, além de analisar como a diversidade e a composição desta assembleia variam
entre as diferentes localidades amostradas. Também será avaliado o efeito da estrutura
da paisagem urbana sobre a riqueza e a diversidade de abelhas, sobre a riqueza dos
grupos funcionais descritos acima e sobre a uniformidade funcional.
A. B. C.
FONTE: Retirado de IPPUC (2020)
Devido a esta recente ocupação urbana não planejada, parte importante dos
seus rios se encontra total ou parcialmente canalizada e/ou com leito retificado. Esta nova
estruturação hidrológica modificou radicalmente a paisagem e a vegetação original, que
mantinha inúmeras planícies de inundação, as quais se estendiam a mais de 2km da
calha dos rios principais (STRAUBE et al. 2014). Estas planícies foram formadas por
depósitos vulcânico-sedimentares da Formação Guabirotuba, cuja espessura não
ultrapassa 70m, sendo o maior agente retificador do terreno da cidade (SALAMUNI e
NASCIMENTO 2013). Estes depósitos se concentram no centro-sul da cidade, auxiliando
na formação de extensas várzeas na região, os quais não recobrem grande parte da
região noroeste, a qual é mais acidentada (STRAUBE et al. 2014).
26
a região do estado que mais se adensará, o que levará a um aumento da área urbana do
entorno da cidade e a um maior isolamento das áreas verdes do centro (IPARDES 2019).
A. B.
FONTE: A. Straube et al. (2014). B. Adaptado de Zonta et al. (2012).
1.6 OBJETIVOS
2 MATERIAL E MÉTODOS
2.2 AMOSTRAGEM
O levantamento de cada área foi realizado em um dia por mês por um período
de dez meses (de agosto de 2017 a maio de 2018), totalizando 10 dias de amostragem
em cada local. Foram excluídos os meses de junho e julho devido às baixas temperaturas
históricas da região (média de 9,3oC), que diminuem muito a ocorrência das abelhas nas
flores. As abelhas foram coletadas em visitas às flores, com rede entomológica, por
apenas um coletor. O horário de amostragem ocorreu no pico de atividade das abelhas,
sendo o tempo percorrido de seis horas por dia (9:00 – 15:30h, com meia hora de
intervalo), somando-se 60 horas de coleta em cada área. As coletas nunca foram
realizadas em dias nublados ou chuvosos, que reduzem a atividade das abelhas. A busca
ativa foi realizada dentro de um raio de 200 metros ao redor do centroide, bucando
percorrer em um dia amostral todas as plantas floridas, tanto da vegetação herbáceo-
arbustiva quanto nas bordas da vegetação florestal. Caso houvessem poucas plantas
com flor, retornavasse ao local do início da coleta. Esta distância foi definida para que se
obtivesse uma amostra representativa de cada área em cada coleta, uma vez que as
flores nunca estão dispostas homogeneamente na paisagem.
Os exemplares de Apis mellifera não foram coletados pois comprometeria a
coleta e o processamento dos demais exemplares, uma vez que esta espécie ocorre em
grande quantidade e em uma ampla gama de plantas. Todos os demais exemplares
coletados foram processados, montados, inseridos em um banco de dados, identificados
e por fim depositados na Coleção Entomológica Pe. Jesus Santiago Moure (DZUP) da
Universidade Federal do Paraná. A classificação das abelhas seguiu Melo e Gonçalves
(2005), onde todo o grupo é tratado como uma única família (Hymenoptera, Apoidea,
Apidae sensu lato). A identificação dos gêneros seguiu Silveira et al. (2002), sendo
realizado também um levantamento de todas as revisões existentes para os gêneros
coletados, para se chegar ao menor nível taxonômico possível para a identificação de
cada exemplar (MOURE, 1940, MOURE, 1941, SAKAGAMI e MOURE 1962, URBAN,
1967, URBAN, 1973, MICHENER 1985, CURE, 1989, URBAN, 1989, URBAN, 1991,
URBAN, 1992, CAMARGO e MOURE 1994, URBAN 1995, URBAN, 1997, URBAN, 1998,
SILVEIRA e ALMEIDA 1999, URBAN, 1999, MOURE 2000, MICHENER e MOURE 2002,
33
URBAN 2002, MELO 2003, PEDRO e CAMARGO 2003, COELHO 2004, LAROCA e
ALMEIDA 2004, URBAN 2005, GONÇALVES e MELO 2006, MARCHI e MELO, 2006,
URBAN 2007, ALMEIDA 2008, OBIOLS, 2008, PACKER 2008, SILVEIRA e ALMEIDA
2008, AGUIAR 2009, COELHO e GONÇALVES 2010, GONÇALVES 2010, GONÇALVES
e SANTOS 2010, GONZÁLEZ-VAQUERO 2010, AGUIAR e MELO 2011, AGUIAR 2012,
GONÇALVES e MELO 2012, ROBERTS 2012, MELO 2013, ROIG-ALSINA 2013,
JÚNIOR et al. 2015, ROIG-ALSINA 2016, ALMEIDA e GIBRAN 2017, CELIS e CURE
2017, FREITAS e SILVEIRA 2017, GONÇALVES 2017, SOUZA 2017, FERRARI 2019,
GONÇALVES 2019a, GONÇALVES 2019b). Exemplares que não possuem revisão
foram comparados com materiais já depositados na Coleção Entomológica Pe. Jesus
Santiago Moure (DZUP). Também foram coletadas as plantas onde as abelhas estavam
forrageando. Este material foi processado, inserido em um banco de dados, identificado
por especialistas (vide agradecimentos) e por fim depositado no herbário do
Departamento de Botânica da Universidade Federal do Paraná (UPCB).
Para a classificação do uso do solo (MIGUET et al. 2016) foi utilizada a imagem
da área de estudo do satélite Landsat 8, que possui resolução de trinta metros, a partir
do site do Centro de Pesquisa Geológica dos Estados Unidos (USGS). Foi realizada a
classificação do uso do solo desta imagem através do Semi-Automatic Classification
Plugin (SCP) (CONGEDO 2016), pelo software QGis 3.10.0 (QGIS DEVELOPMENT
TEAM 2019). No arquivo criado por meio deste procedimento, o uso do solo foi
classificado em cinco categorias, assim definidas: área urbana (inclui área pavimentada
e construções), corpos d’água, vegetação florestal, vegetação arbustiva e vegetação
gramínea. A área com vegetação gramínea incluí tanto áreas cobertas com vegetação
campestre quanto áreas com gramíneas manejadas e solo exposto (este havia em
pouquíssima quantidade na área de estudo). Este arquivo foi então pós-processado
manualmente para que os pequenos erros da classificação fossem corrigidos. Não é
necessária a edição de todo o raster, apenas ao redor das áreas onde foram realizadas
as coletas, ou seja, nos buffers pré-definidos.
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FIGURA 6 – IMAGEM DE CURITIBA COM A VISUALIZAÇÃO DOS QUATRO BUFFERS (500M, 1KM,
1,5KM E 2KM) DAS DEZ ÁREAS AMOSTRAIS, VEGETAÇÃO EM VERDE E ÁREA URBANA EM ROSA
FIGURA 7 – IMAGEM DE UMA ÁREA (QMAN) DE CURITIBA COM OS QUATRO BUFFERS (500M, 1KM,
1,5KM E 2KM) AO REDOR DO CENTROIDE. ÁREA URBANA EM ROSA, ÁREA FLORESTAL EM VERDE
ESCURO, ARBUSTIVA EM VERDE MUSGO E GRAMÍNEA EM VERDE CLARO
o número de fragmentos de área verde (Number of Patches - NP). Esta última métrica
não foi calculada para a vegetação com domínio arbóreo pois é possível que tenham
fragmentos que seriam considerados separados por esta métrica, mas que podem estar
conectados por fragmentos de vegetação gramínea.
O detalhamento da metodologia realizada para a obtenção dos dados de
paisagem está descrito em material suplementar 1.
baixa riqueza e/ou baixa equabilidade (alta dominância de algumas espécies) (MELO
2008). Desta forma, a fim de compreender a influência da equabilidade sobre o índice de
diversidade obtido para cada área, também foi calculado o índice de equabilidade de
Pielou (J’) (PIELOU, 1966), onde 1 representa a uniformidade máxima. A partir deste
índice foi realizado o diagrama de dispersão entre riqueza de espécies e equabilidade,
conforme sugerido por Melo (2008).
Para avaliar se a distância mínima das áreas, de 1km entre si (a partir do
centroide), foi suficiente para remover a existência de autocorrelação espacial das
espécies de abelhas, foi realizado um teste de Mantel. Para tanto, foi utilizada a distância
euclidiana entre as áreas para a formação da matriz de dissimilaridade espacial e o índice
de Bray-Curtis para a matriz de dissimilaridade da composição de espécies. Para verificar
a variação da composição da assembleia entre as áreas foi obtido o valor de Beta
Diversidade utilizando o índice de dissimilaridade de Bray-Curtis que leva em
consideração a abundância das espécies (valores próximos a 0 indicam maior
semelhança na composição de espécies). Para a obtenção desta métrica foi utilizado o
pacote “Betapart” (BASELGA e ORME 2012), que possibilita a partição deste índice em
dois componentes: a substituição de espécies entre áreas (turnover) e o aninhamento
(nestedness), o qual se refere à perda de espécies entre áreas (BASELGA 2010).
Foi realizada uma análise de agrupamento a fim de verificar quais áreas possuem
assembleias mais semelhantes. Utilizou-se o índice de dissimilaridade de Bray-Curtis, o
qual considera a abundância das espécies e adicionalmente o índice de Jaccard, que
considera apenas suas presenças ou a ausências. Este último foi utilizado para diminuir
o peso da abundância das espécies altamente eussociais, uma vez que a diferença de
número de indivíduos coletados entre espécies solitárias e sociais é muito grande. Ambas
as análises foram realizadas através do agrupamento hierárquico aglomerativo
utilizando-se como método de ligação a média das distâncias (average) pois este
apresentou o maior valor no teste cofenético, ou seja, foi o que menos distorceu os dados
(ROHLF, 1970).
Foi realizada também uma análise de modularidade de rede entre as abelhas e
as áreas, que difere da análise de agrupamento, pois verifica se existem grupos de
abelhas que ocorrem com preferência em certas localidades. O valor de modularidade foi
39
comparado aos valores obtidos através de modelos nulos (a partir de 100 aleatorizações
da matriz original), com a utilização do método r2d (o qual mantém os totais marginais
das redes observadas), para verificar se difere do esperado ao acaso. A verificação é
realizada através do intervalo de confiança (2.5% e 97.5%) do histograma obtido a partir
dos valores das 100 redes aleatórias e também contabilizando quantas vezes o valor da
rede original foi menor do que os das redes aleatórias (OLESEN et al. 2007). Esta análise
fornece também as espécies que formam cada módulo. Os grupos formados foram
visualizados através do programa “Pajek” (BATAGELJ e MRVAR 2011). Para todas as
análises de rede deste estudo foi utilizado o pacote “Bipartite” (DORMANN et al. 2009).
r2d, para serem obtidos valores de modularidade aleatórios. A média destes valores
obtidos com os 100 modelos nulos foi subtraída do valor de modularidade observado e o
resultado foi dividido pelo desvio padrão das aleatorizações.
A partir de uma regressão linear simples foi verificada como é a relação entre a
riqueza de abelhas e de plantas por elas utilizadas, sendo também realizada uma seleção
de modelos para verificar se a riqueza de plantas varia em função dos processos de
urbanização. Foi utilizada a metodologia analítica multi-escalas para encontrar a melhor
escala entre cada variável preditora (métricas da paisagem selecionadas) e cada variável
resposta (biológica). Foi realizada uma regressão linear simples entre cada uma delas,
para os quatro buffers selecionados (500m, 1km, 1,5km e 2km). A melhor escala é a que
fornece o maior valor de acordo com o coeficiente de determinação escolhido, que neste
caso foi o R2 (BOSCOLO e METZGER 2009, MOREIRA et al. 2015, MIGUET et al. 2016,
SCHNEIBERG et al. 2020). Esta escala foi então selecionada para a realização da
seleção de modelos. Para facilitar a compreensão deste procedimento analítico, segue a
FIGURA 8, retirada do estudo de Miguet e colaboradores (2016).
42
verificar se a distribuição utilizada se ajustou bem aos dados (diferença de dois graus de
liberdade entre o modelo e os resíduos). Para dados com distribuição de Poisson foi
utilizado o pacote “DHARMa” (HARTIG 2020).
A seleção de modelos compara modelos concorrentes, onde o modelo
selecionado é o que apresenta a maior probabilidade de acordo com o critério de seleção
corrigido para amostras pequenas (Akaike Information Criterion – AICc). A diferença entre
o valor de AICc de um dado modelo e do modelo mais parcimonioso (ΔAICc), bem como
o peso de evidência (wi) foram calculados para cada modelo. Modelos com ΔAICc<2
foram considerados igualmente plausíveis, sendo os únicos detalhados nas tabelas
apresentadas. Nenhum modelo foi considerado quando o modelo nulo apresentou um
ΔAICc<2. Modelos com valores altos (wi) indicam alta probabilidade de serem
explicações plausíveis para a variável resposta selecionada. A seleção de modelos foi
realizada por meio do pacote “AICcmodavg” (MAZEROLLE 2019). A análise dos resíduos
foi realizada para verificar se os dados possuem variações aceitáveis de distribuição.
44
3 RESULTADOS
A partir da realização da série de Hill (FIGURA 11) foi possível verificar que a
área do Passeio Público se separou das demais, acumulando menor riqueza (primeiro
gráfico, expoente 0) e diversidade (segundo gráfico, expoente um). A área do aeroporto
também se destacou (intervalos de confianças separados) com maior riqueza e
diversidade. A partir do índice de Pielou (J’) foi possível verificar o efeito da dominância
das espécies nos valores de diversidade. O Parque Tanguá, por exemplo, apresentou
uma alta riqueza, porém o segundo menor valor de diversidade devido ao baixo índice
de equabilidade de Pielou (TABELA 2), valor este influenciado pela alta abundância de
Paratrigona subnuda (213 indivíduos). Foi realizado um diagrama de dispersão entre
47
riqueza e equabilidade para visualizar estas variáveis sem a interferência dos índices de
diversidade (FIGURA 12).
A. B.
A partir da rede bipartida entre as abelhas e as áreas foi possível observar quais
espécies foram mais abundantes, bem como as diferenças de abundância relativa nas
diferentes localidades (FIGURA 13). As respectivas áreas onde cada exemplar foi
coletado encontra-se em material suplementar 3.
49
Das 288 espécies coletadas, 11,8% são cleptoparasitas (34 espécies). Quanto
ao comportamento social, 68,8% são solitárias (198) e 19,4% são eussociais (56), sendo
5,6% altamente eussociais (16) e 13,9% primitivamente eussociais (40). Com relação ao
local de nidificação, 55,6% nidificam no solo (160), 15,3% nidificam em cavidade arbórea
(44) e 17,4% fora de cavidade arbórea (50). Quanto ao hábito alimentar, 20,5% são
oligoléticas (59) e 67,7% são poliléticas (195). Os grupos funcionais aos quais cada
espécie pertence encontram-se no material suplementar 2. Os valores de riqueza de
espécies e dos grupos funcionais para cada área estão descritos na TABELA 3.
53
Áreas Total Solit Eusoc Alt_eus Prim_eus Solo Acima_solo Cavidade Fora_cav Oligo Poli FEve
PP 62 35 26 7 19 27 34 13 21 4 57 0.15
PTI 111 70 36 11 25 57 49 20 29 15 91 0.11
CJB 115 74 32 6 26 61 45 23 22 15 91 0.11
PATU 119 77 36 11 25 67 46 22 24 18 95 0.09
QGAC 121 79 33 9 24 60 52 22 30 18 94 0.10
QMAN 123 86 30 8 22 64 52 21 31 18 98 0.09
QGEN 125 84 33 7 26 69 48 24 24 22 95 0.08
PTA 130 89 35 9 26 76 48 19 29 25 99 0.09
PIGUA 131 88 32 9 23 74 46 22 24 25 95 0.09
SJP 134 94 31 5 26 83 42 18 24 28 97 0.08
A. B.
A partir dos valores dos ângulos das regressões dos modelos que foram
selecionados com as mesmas variáveis preditoras, é possível verificar a variação de
importância destas para cada variável resposta. Os GLM realizados com a riqueza de
cada grupo funcional demonstraram que o grupo das abelhas oligoléticas é o mais
sensível à urbanização (FIGURA 19A), uma vez que os valores dos ângulos foram de
0,367 para o modelo selecionado com PLAND_VER_0.5 e 0,415 para SHDI_0.5. As
abelhas poliléticas também apresentaram modelos selecionados com estas duas
variáveis, com ângulos de 0,104 e 0,136 respectivamente, porém foram os mais baixos
obtidos dentre todos os grupos funcionais que tiveram modelos selecionados.
O grupo das abelhas que nidificam no solo foi o mais sensível à urbanização após
o grupo das abelhas oligoléticas, com valores dos ângulos de 0,223 para o modelo
selecionado com PLAND_VER_0.5 e 0,248 para o modelo selecionado com SHDI_0.5.
Nenhum modelo foi selecionado nas análises com as abelhas que nidificam acima do
solo, nem quando este grupo foi subdividido em abelhas que nidificam em cavidade e
fora de cavidade. Com relação ao comportamento social, nenhum modelo foi selecionado
nas análises com as abelhas eussociais, nem quando estas foram separadas em
primitivamente e altamente eussociais. Por outro lado, o grupo das abelhas solitárias
apresentou modelos selecionados, porém os valores dos ângulos das regressões foram
os mais baixos dentre os demais grupos que também tiveram modelos selecionados,
58
sendo 0,192 para PLAND_VER_0.5 e 0,219 para SHDI_0.5. Nas análises sem a área do
Passeio Público, os modelos que foram selecionados mantiveram a mesma sequência
de importância descrita acima, com as abelhas oligoléticas sendo mais sensíveis à
urbanização, seguido pelas que nidificam no solo e então pelas solitárias.
A riqueza de abelhas oligoléticas se modificou com a variação da proporção de
área verde, tanto nas análises incluindo quanto excluindo a área do Passeio Público
(FIGURA 19A, FIGURA 19B). Quanto aos GLM realizados onde a variável SHDI foi
selecionada, além do modelo selecionado com esta variável sozinha (FIGURA 19C), a
distância entre os fragmentos de área verde a 1km também foi selecionada em conjunto.
Quando a área do Passeio Público foi retirada da análise, a escala em que SHDI obteve
o maior R2 foi 2km (FIGURA 19D). Além do modelo selecionado com SHDI, o número de
fragmentos na mesma escala também demonstrou ser importante (FIGURA 19E).
59
A. B.
C. D.
E.
60
A riqueza das abelhas poliléticas foi influenciada tanto por PLAND_VER quanto
por SHDI. Porém os modelos demonstram que os dados praticamente não variaram sem
a área do Passeio Público nas análises (FIGURA 20A, FIGURA 20B). Nenhum modelo
foi selecionado sem esta área na seleção de modelos e nenhuma análise de resíduos
demonstrou resultados satisfatórios.
A. B.
A variável de riqueza das abelhas que nidificam no solo foi influenciada pela
porcentagem de área verde com e sem área do Passeio Público nas análises (FIGURA
21A), sendo a variável da distância entre os fragmentos também importante neste último
caso (FIGURA 21B). Com relação aos modelos selecionados onde SHDI esteve entre as
variáveis analisadas, a escala em que SHDI foi selecionada variou nas análises com e
sem a área do Passeio Público, passando para 2km nesta última (FIGURA 21C, FIGURA
21D). As variáveis da distância média entre os fragmentos de área verde a 1km e o
formato médio das manchas de habitat arbóreo a 500 metros também foram selecionados
em conjunto com SHDI nas análises com o Passeio Público. Nas análises sem o Passeio
Público, além da variável SHDI, o número de fragmentos também foi relevante (FIGURA
21E).
61
A. B.
C. D.
E.
A riqueza das abelhas solitárias também foi influenciada tanto por PLAND_VER
quanto por SHDI à 500 metros quando todas as áreas foram levadas em consideração
(FIGURA 22A e FIGURA 22B). Além destas variáveis, a distância entre os fragmentos a
1km também demonstrou ser relevante em conjunto com ambas. Porém nenhuma
análise de resíduos demonstrou ser adequada, o que enfraqueceu as análises, não
sendo expostos seus dados neste estudo. Nenhum modelo foi selecionado com
PLAND_VER sem a área do Passeio Público, porém três modelos foram selecionados
62
A. B.
C. D.
E.
63
A. B.
Augochlora. Baccharis foi o gênero que apresentou mais registro de espécies (14) e o
maior número de interações (1.325), sendo visitado por uma maior riqueza de abelhas,
126 espécies. Além da interação com espécies de abelhas abundantes, algumas menos
comuns (Habralictus, Caenohalictus e Hylaeus) também apresentaram preferência por
espécies de Baccharis.
Ocorreram preferências específicas na rede: Tetraglossula anthracina (única
espécie registrada para o gênero Tetraglossula) (N = 77) ocorreu apenas no gênero
Ludwigia (Onagraceae); Melitoma segmentaria (única espécie registrada para o gênero
Melitoma) (N = 40) foi registrada apenas em Ipomoea (Convolvulaceae). As espécies de
Thygater também visitaram basicamente flores de Ipomoea. Apesar destes dois gêneros
de plantas apresentarem muitas relações com abelhas oligoléticas, Ludwigia,
representada por apenas cinco espécies, foi visitada por 42 espécies de abelhas (com
536 interações) e Ipomoea, com apenas duas espécies, recebeu visita de 36 espécies
de abelhas (com 383 interações).
Com relação às famílias das plantas, Asteraceae apresentou mais interações
(4.137), com 72 espécies distribuídas em 46 gêneros; seguida de Onagraceae (537), com
praticamente apenas as espécies de Ludwigia; Fabaceae (510) com 27 espécies;
Convolvulaceae (382) com apenas as duas espécies de Ipomoea; Anacardiaceae (318)
com quatro espécies; Lamiaceae (296) com 12 espécies. As demais tiveram menos de
230 interações.
65
Foi obtido o valor de centralidade por grau para cada espécie de abelha. A tribo
Meliponini se destaca, com metade das espécies coletadas (oito) apresentando valores
maiores que 0,1, ou seja, visitam mais que 10% das espécies de plantas da rede
(TABELA 6). As 16 espécies de meliponíneos aqui registradas visitaram 170 espécies de
plantas, o que representa 66% do total da rede e valor médio de 30 espécies de plantas
visitadas por espécie de abelha (FIGURA 25). Para uma avaliação meramente
comparativa, foram obtidos os valores de centralidade por grau para o grupo de abelhas
oligoléticas, as quais possuem a maior restrição alimentar dentre as abelhas. Nenhuma
espécie oligolética apresentou valores de centralidade por grau maior ou igual a 0,1.
Foram coletadas 57 espécies de abelhas oligoléticas, as quais visitaram 105 espécies de
plantas (41% da rede), com uma média de quatro por espécie de abelha.
Foram obtidos os valores do índice de especialização (d’) para todas as espécies
de abelhas para a rede da grande Curitiba (material suplementar 2). Os índices de
especialização das espécies que apresentaram os maiores valores de centralidade por
grau foram descritos (TABELA 6). A maioria das abelhas possuem valores de d’ entre
0,15 e 0,6 para a rede total (FIGURA 26). Assim, espécies com valores acima de 0,6
poderiam ser consideradas como mais especialistas e abaixo de 0,15 mais generalistas.
Das 20 espécies que possuem valores maiores que 0,6, nove são oligoléticas. Os índices
de especialização dos meliponíneos, grupo considerado mais generalista, não estão
entre os mais baixos em relação à toda a assembleia, apenas Scaptotrigona postica
(Latreille, 1807) apresentou um valor baixo 0,12, enquanto a segunda espécie com menor
valor foi P. subnuda (0,30). Também, nenhum Meliponini apresentou valores acima de
0,6, para Plebeia remota (Holmberg, 1903) foi 0,56, seguida de Melipona (Eomelipona)
bicolor Lepeletier, 1836 com 0,55 e Partamona helleri (Friese, 1900) com 0,48.
67
FIGURA 25 – REDE DE INTERAÇÃO MUTUALÍSTICA ENTRE ABELHAS E PLANTAS NAS DEZ ÁREAS
AMOSTRAIS COM DESTAQUE EM VERMELHO PARA AS INTERAÇÕES REALIZADAS PELOS
MELIPONÍNEOS
FIGURA 27 – Z-C PLOT COM O PAPEL DAS ESPÉCIES DE ABELHAS NA REDE DE INTERAÇÃO
OBTIDA APENAS COM EXEMPLARES FÊMEAS PARA A REGIÃO DE ESTUDO. DESTAQUE PARA AS
ESPÉCIES CONECTORAS DA REDE
O índice de especialização de rede (H2´) não não foi influenciado pela proporção
de área verde. Por outro lado, respondeu ao índice de diversidade da paisagem a 500
metros, tanto nas análises com toda a assembleia de abelhas quanto apenas com as
fêmeas (FIGURA 28A, FIGURA 28B), sendo variáveis inversamente proporcionais.
Quando se retirou a área do Passeio Público da análise, apenas a rede com dados das
fêmeas respondeu à variável SHDI. Isso ocorre provavelmente porque a área do Campus
Jardim Botânico também possui um valor de H2´ muito acima dos valores das demais
áreas (FIGURA 28B).
73
A. B.
A. B.
C.
74
Quanto à relação entre a riqueza das abelhas e a riqueza das plantas por elas
utilizadas, verifica-se que existe uma relação direta entre elas (R2= 0.85; p=0.0001)
(FIGURA 30A). Desta forma, justifica-se avaliar se a riqueza de plantas está relacionada
às variáveis preditoras de paisagem. As análises realizadas com PLAND_VER entre as
variáveis preditoras apresentou modelos selecionados com PLAND_VER a 500 metros,
bem como com o índice do maior fragmento de árvore (LPI) na mesma escala (FIGURA
30B, FIGURA 30C). Nas análises com SHDI entre as variáveis preditoras, esta também
foi selecionada (FIGURA 30D). Porém, nenhuma análise de resíduos apresentou
resultados acurados. Nenhum modelo foi selecionado ao retirar a área do Passeio
Público da análise, uma vez que sem esta área a variação dos dados é muito baixa.
A. B.
C. D.
75
4 DISCUSSÃO
basiatra (Strand, 1910), a qual também era comum, não foi registrada. Estas duas últimas
podem já estar extintas em algumas localidades de suas áreas de distribuição (BARBOLA
e LAROCA 1993, MARTINS et al. 2013, CARDOSO e GONÇALVES 2018). Hylaeus
cecidonastes Moure, 1972, classificada como “EN – em perigo” (DIÁRIO OFICIAL 2004),
teve um registro no Parque Tanguá, área onde também foi coletada S. quadripunctata,
classificada como “VU – vulnerável”. Isso exemplifica o potencial que áreas verdes
urbanas possuem como refúgio para espécies ameaçadas (HALL et al. 2016).
Neste estudo foram encontradas poucas espécies de abelhas exóticas, apesar
de estudos recentes mostrarem que cidades podem ser ambientes propícios para sua
entrada e estabelecimento (FITCH et al. 2019). Além de A. mellifera e M. scutellaris,
tivemos apenas o registro de Anthidium manicatum (Linnaeus, 1758). Esta é nativa da
Europa, norte da África e oeste da Ásia, tendo sido registrada para a cidade deste 1940
(MOURE 1943, GIBBS e SHEFFIELD 2009). Por ser solitária, ter baixas densidades
populacionais e restrições quanto ao uso de recurso floral, está classificada na categoria
D2 (população autossustentável distante do ponto de introdução) e não na categoria
máxima de invasão (E), de acordo com a classificação de Blackburn e colaboradores
(2011) (GRAF et al. 2020).
A variação de riqueza entre as áreas demonstrou que apenas o Passeio Público
possui um valor discrepante das demais. Por ser uma área extremamente urbanizada,
além de menos espécies, apresentou uma assembleia distinta, com maiores proporções
de alguns traços funcionais. As abelhas poliléticas representaram mais de 90% da sua
assembleia, enquanto nas demais áreas este valor variou de 70% a 80%. Foi a única
área que apresentou mais espécies que nidificam fora do solo em relação às que
nidificam no solo, 55% (nas demais este valor variou de 31% a 44%). Também foi a área
com maior proporção de espécies eussociais, 42% (valor que variou entre 24% a 32%
nas demais áreas). Apesar da baixa riqueza, o Passeio Público apresentou um valor de
equabilidade superior ao Parque Tanguá e ao Parque Tingui, áreas muito menos
urbanizadas. Isso demonstra que a dominância de certas espécies na assembleia de
cada área não está relacionada diretamente aos processos de urbanização, mas sim à
abundância de espécies eussociais, valor que varia com a quantidade de ninhos próximo
ao local de coleta e com o tamanho populacional destes ninhos.
79
Contrapondo a área do Passeio Público, São José dos Pinhais possui uma das
maiores extensões de área verde, o que contribuiu para que apresentasse a maior
riqueza de abelhas como um todo. Também foi a área com um dos valores mais altos de
equabilidade devido à baixa abundância de Meliponini, resultando assim na maior
diversidade de espécies dentre as áreas. O diagrama de dispersão realizado auxiliou
muito a compreensão dos índices de diversidade obtidos (MELO 2008). Além da baixa
abundância de Meliponini, São José dos Pinhais também apresentou a menor riqueza de
abelhas deste grupo. Poucas espécies de meliponíneos já haviam sido documentadas
nesta área em levantamentos anteriores (MARTINS et al. 2013). Neste estudo foram
coletadas cinco e em 2004-2005 apenas três. Esta baixa riqueza está provavelmente
relacionada à grande extensão de campo natural que esta área apresenta (a maior dentre
as áreas amostrais deste estudo), o que diminui a disponibilidade de cavidades de
nidificação utilizada pela maioria dos meliponíneos. Além disso, foi a área com a maior
riqueza de abelhas que nidificam no solo, traço funcional relacionado a áreas abertas.
Houve bastante variação em relação à composição das espécies presentes em
cada área, a qual pôde ser mais bem compreendida com as análises de agrupamento e
modularidade. Estas mostraram a relação da assembleia com as fitofisionomias que
ocorrem ao longo da cidade. Em ambas análises, as áreas que possuem predominância
de Floresta Ombrófila Mista Montana se agruparam. Apesar das duas espécies de
Meliponini que nidificam no solo ocorrerem com muita abundância nessas áreas, a
análise realizada apenas com a presença das espécies não apresentou resultado
diferente. As duas áreas que possuem maior predominância de elementos da
fitofisionomia de Campo Natural, São José dos Pinhais e Quartel General, também se
agruparam. Ainda, esta última se uniu ao Campus Jardim Botânico/UFPR pela análise
de agrupamento, a qual também possui vegetação de campo relictual, sendo
historicamente a fitofisionomia dominante do local (HAKIM e LAROCA 2010). Outras
áreas que possuem um mosaico maior dessas fitofisionomias acabaram se misturando
nos agrupamentos formados. Portanto, apesar da paisagem atual estar muito modificada
do que seria sua configuração original, ainda foi possível verificar a relação das abelhas
com as fitofisionomias as quais estão imersas.
80
relevantes (FERREIRA et al. 2015). Neste estudo, a escala da paisagem que demonstrou
ser mais significativa foi o menor buffer avaliado. Ou seja, modificações na paisagem
urbana dentro de um raio de 500 metros ao redor do ponto central da coleta promoveram
a maior resposta das abelhas, com a perda de espécies mais sensíveis à urbanização.
Geslin e colaboradores (2016) também verificaram que a escala de 500 metros foi a que
apresentou maior diminuição na riqueza de abelhas. Apesar da capacidade máxima de
voo de muitas espécies ser superior a esta escala, provavelmente exista preferência pela
utilização de recurso próximo aos ninhos, o que diminui a escala da paisagem à qual
respondem (ARAÚJO et al. 2004, WRIGHT et al. 2015, GESLIN et al. 2016).
Além da quantidade de área verde e da heterogeneidade ambiental, também
foram selecionadas em alguns modelos as variáveis número de fragmentos e distância
entre eles. Entretanto, estas foram selecionadas em escalas maiores, tanto a 1km quanto
a 2km. O fato da melhor resposta à estas variáveis ter ocorrido em escalas maiores
provavelmente se deve à falta de recurso na proximidade dos ninhos, levando as abelhas
a voarem mais longe. Explicações em múltiplas escalas podem parecer confusas, mas
mostram a importância das escalas para cada elemento que compõe a paisagem, sendo
essenciais para a compreensão do funcionamento de sistemas complexos (MOREIRA et
al. 2015).
De acordo com uma das revisões mais recentes sobre a importância dos estudos
em múltiplas escalas, existem alguns fatores que podem prejudicar as análises e devem
ser levados em consideração (MIGUET et al. 2016). Entre eles, o único que poderia estar
interferindo nos resultados deste estudo é a diminuição da variância dos valores da
métrica preditora selecionada conforme a escala da análise aumenta, o que levaria à
seleção de uma escala menor do que ela de fato é. De acordo com os autores, esta
diminuição da variância é comum em estudos multi-escalas. Neste estudo, a variação da
variância da porcentagem de área verde entre as escalas selecionadas diminui, porém
não acentuadamente, de 548 na escala de 500m para 337 na escala de 2km (material
suplementar 8). É importante ressaltar que a variação ainda se manteve alta mesmo na
escala de 2km. Ainda, se retirarmos a área do Passeio Público da análise, a variância
aumenta quanto maior a escala, não diminui. Com relação à variável índice de
diversidade de Shannon da Paisagem, a variância aumentou com e sem a área do
82
Passeio Público. Isso demonstra que para as métricas mais importantes deste estudo o
efeito da diminuição da variância em direção às maiores escalas provavelmente não
gerou ruído nas análises.
De acordo com o resultado obtidos neste estudo, referente à qual seria a
porcentagem mínima de área verde para a manutenção da riqueza de abelhas, foi
observado que só houve uma perda significativa do número de espécies quando esta
porcentagem foi inferior à 50% (no raio de 500 metros). Isso porque houve modelos
selecionados apenas quando a área do Passeio Público foi incluída na análise, única com
menos de 50% de área verde no entorno (13%). Este resultado vai ao encontro dos dados
da literatura, os quais demonstram que variações na assembleia de abelhas só começam
a ser notadas quando uma localidade possui menos que 40% ou 35% de área verde
(FERREIRA et al. 2015, BOSCOLO et al. 2017, WENZEL et al. 2020). A Outro resultado
interessante se refere à variável índice de diversidade de Shannon da paisagem, uma
vez que só houve uma perda significativa de espécies de abelhas quando este índice
apresentou um valor muito inferior a um.
Houve bastante diferença na composição das assembleias de abelhas entre as
áreas, apesar da baixa variação da riqueza entre elas. Além disso, as áreas mais
urbanizadas deste estudo possuem proporções maiores de espécies que pertencem à
determinados grupos funcionais, como espécies poliléticas, que nidificam fora do solo e
eussociais. Isso mostra que espécies com traços funcionais mais sensíveis ao meio
urbano estão sendo substituídas por espécies mais resistentes (HARRISON et al. 2018).
Como a riqueza é uma métrica que engloba tanto espécies com traços funcionais
sensíveis à urbanização quanto as que não são, torna-se importante analisar
subconjuntos específicos de abelhas, como espécies de diferentes grupos funcionais
(WENZEL et al. 2010, WINFREE et al. 2011). Também, assim como observado por outros
autores, a métrica de diversidade de espécies não foi apropriada para verificar a
influência da estrutura da paisagem urbana sobre as abelhas (MARTINS et al. 2017). Isso
provavelmente ocorre porque esta métrica engloba tanto riqueza quanto abundância das
espécies e, no caso das abelhas, a abundância das poucas espécies altamente
eussociais é muito discrepante dos valores das abelhas solitárias, interferindo muito nos
valores de diversidade (MELO 2008).
83
urbanização, uma vez que muitas espécies conseguem utilizar ocos existentes nas
paisagens urbanas para nidificar, por exemplo em edificações, muros ou túmulos
(ZANETTE et al. 2005, WENZEL et al. 2020). Porém, uma resposta negativa deste grupo
à urbanização é menos provável, mas já foi observada (HARRISON et al. 2018). Estas
diferentes respostas relacionadas ao local de nidificação podem estar relacionadas ao
nível de urbanização de cada cidade e região (ROCHA-FILHO et al. 2018), ao bioma
onde o estudo está sendo conduzido (que podem apresentar uma quantidade maior ou
menor de espécies que nidificam em cavidade), bem como à ocorrência ou não de
meliponíneos na região.
Porém, mesmo os meliponíneos, um dos grupos mais estudados no Brasil
(AIDAR et al. 2013, ZANETTE et al. 2005, SILVA et al. 2016), e que apresentam traços
funcionais resistentes ao meio urbano (espécies poliléticas, eussociais e em sua maioria
com nidificação em cavidades), possuem espécies que não ocorrem em qualquer nível
de urbanização. Por exemplo, espécies com tamanho corporal maior, como M. bicolor,
nidificam em ocos maiores, precisando de áreas florestais mais conservadas para
sobreviver (SILVA 2008). Além disso, mesmo demonstrando maior resistência a
distúrbios ambientais a longo prazo, os meliponíneos podem apresentar preferência para
nidificar em determinadas espécies vegetais, o que reforça a importância de projetos
florestais em ambientes urbanos (AIDAR et al. 2013, FERREIRA et al. 2015).
É possível perceber que os traços funcionais são correlacionados, neste estudo
86% das abelhas solitárias são nidificantes de solo, dois traços que são sensíveis à
urbanização, o que reforça a importância da realização de análises separadas (WENZEL
et al. 2020). Além disso, nidificação no solo demonstrou ser um traço funcional mais
sensível à urbanização do que apenas o comportamento solitário. Isso provavelmente
ocorre porque áreas urbanas possuem baixa quantidade e qualidade de áreas abertas
não impermeáveis propícias para nidificação (GESLIN et al. 2016, PEREIRA et al. 2020,
WENZEL et al. 2020). Esta compreensão auxilia no desenvolvimento de estratégias para
a preservação das abelhas em áreas urbanas. Mesmo parques e bosques podem
apresentar extensas áreas gramadas ou com solo seco e compactado, oferecendo
poucas condições para a sobrevivência da maioria das abelhas, desse modo, melhorias
85
para 85%. Ou seja, sempre existem espécies de plantas a serem visitadas pelas abelhas
mais raras da região. Esta quantidade de plantas subiria ainda mais se considerássemos
efetivamente as abelhas que realizam a polinização. Além disso, como demonstrado
neste estudo, muitas espécies são altamente seletivas quanto ao recurso floral que
utilizam. Em locais onde as espécies dominantes não ocorrem, ou possuem menor
riqueza e abundância, as raras ocupam o nicho vago, sendo assim complementares e
essenciais para a manutenção regional do serviço de polinização (KREMEN 2018).
Uma revisão realizada no Brasil aponta que T. spinipes perde em número de
interações apenas para A. mellifera, realizando pouco menos de 1/3 do total das
interações da rede (KLEINERT e GIANNINI 2012). Na rede obtida para a grande Curitiba
A. mellifera não foi amostrada e T. spinipes, além de mais abundante, apresentou
interações com o maior número de plantas (104 espécies). Por outro lado, apesar de
apresentar o maior valor de centralidade por grau, seu índice de especialização foi
relativamente alto em comparação à rede total (bem como aos demais meliponíneos). Ou
seja, ela não utiliza indiscriminadamente os recursos que estão disponíveis no meio,
preferindo, neste estudo, espécies de Baccharis.
Este gênero de planta foi o mais comum da região e ocorreu em todos os meses
do ano em alta abundância, realizando mais interações nas áreas amostrais, menos no
Passeio Público, onde muitas plantas são ornamentais. Suas espécies possuem muitas
vezes florações maciças e altamente atrativas para as abelhas. É amplamente
reconhecido por ser fonte alimentar tanto de pólen quanto de néctar, sendo encontrado
tanto na composição do mel quanto da própolis de Apis mellifera (SIMEÃO et al. 2015,
SILVA et al. 2020). Baccharis contribuiu com quase 1/3 das interações realizadas pela
família Asteraceae (os outros 2/3 foram compostos por 45 gêneros), contribuindo assim
para que Asteraceae fosse a família com mais interações, como também demonstrado
em outros levantamentos (JAMHOUR e LAROCA 2004, MARTINS et al. 2013, RAMELLO
et al. 2020). Entre as outras famílias com importância apícola, Fabaceae e Lamiaceae
apresentaram juntas 38 espécies com visitação por abelhas. Também apresentaram
inúmeras interações os gêneros Ludwigia (Onagraceae), Schinus (Anacardiaceae) e
Ipomoea (Convolvulaceae). As famílias citadas acima podem ser utilizadas em projetos
89
de reflorestamento e de paisagismo na região, uma vez que fornecem recursos para uma
imensa gama de abelhas, auxiliando na manutenção da diversidade do grupo.
A análise de modularidade aqui realizada demonstrou que determinadas
preferências alimentares de alguns grupos de abelhas auxiliaram na formação dos
módulos. Um dos módulos apresentou 44 espécies de plantas de diferentes famílias e
53% das abelhas compostas por espécies de Halictinae, mostrando que apesar da
enorme quantidade de plantas, estas foram preferidas por esta subfamília. As espécies
de Halictinae que pertencem a este módulo são em sua maioria, abelhas primitivamente
eussociais e consequentemente bem abundantes, o que provavelmente auxiliou na sua
formação. No módulo onde está presente a maioria das espécies de Baccharis, encontra-
se também a maioria dos meliponíneos e todas as espécies de Hylaeus, Habralictus e
Caenohalictus. Muitas revoadas de machos desses gêneros ocorreram nas florações de
Baccharis. Assim, além de contribuir com recursos alimentares (SIMEÃO et al. 2015,
SILVA et al. 2020), Baccharis foi importante para a reprodução de diversas abelhas. As
abelhas oligoléticas também auxiliaram na estruturação dos módulos, muitas das suas
espécies se mantiveram juntas (35%), ocorrendo no mesmo módulo que as espécies de
Ludwigia.
O z-c plot realizado não demonstrou espécies conectoras dos módulos. De
acordo com a revisão realizada por Olesen e colaboradores (2007), redes de
Hymenoptera possuem pouquíssimas espécies conectoras dos módulos quando
comparado com redes de plantas. Por outro lado, o gráfico apresentou nove espécies
consideradas supergeneralistas. Estas são as que mantêm a estabilidade da rede,
funcionando como uma cola para a manutenção da sua estrutura e preservação das
espécies mais raras (BASCOMPTE e JORDANO 2007). Destas, oito são eussociais
(cinco altamente eussociais e três primitivamente eussociais), como também verificado
em outros estudos (OLESEN 2007). Estas três últimas, Bombus morio, Dialictus opacus
e Augochlora daphnis, já foram registradas apresentando inúmeras interações nas redes
mutualísticas tanto no Brasil quanto na América do Sul (KLEINERT e GIANNINI 2012,
MARTINS et al. 2013, RAMELLO et al. 2020), demonstrando a importância dessas
espécies.
90
análises realizadas com o índice de especialização de rede (H2´). Algumas áreas tiverem
seus valores diminuídos enquanto outras aumentaram. Além disso, os valores dos pesos
de evidência (wi) foram muito superiores apenas com os dados das fêmeas. Essa
variação ocorre provavelmente porque os machos não coletam recurso para o ninho e
podem ser menos seletivos quanto aos recursos florais. As análises com a modularidade
(Q) variaram menos com a retirada dos dados dos machos. Os valores obtidos para cada
área mostram que praticamente todas elas tiveram valores maiores apenas com os dados
das fêmeas, assim, os dados dos machos deixam as redes menos modulares,
provavelmente por estes serem menos seletivos. Apesar disso, a variação dos valores
entre as áreas continuou semelhante, gerando resultados parecidos nos GLM realizados.
A partir dos dados aqui obtidos, a rede mutualística torna-se mais especialista
(maior H2´) quanto menor a heterogeneidade ambiental, a qual está associada com uma
maior urbanização. Ou seja, nestes locais há uma menor sobreposição de nicho em
relação ao recurso floral utilizado pelas abelhas. Porém, uma rede mais especializada
não significa que as espécies generalistas foram perdidas da rede e que apenas as
especialistas sobrevivem em ambientes altamente urbanizados. O que está ocorrendo
em relação as abelhas é que as espécies generalistas tornam-se mais seletivas nestes
ambientes mais hostis. Este resultado também foi encontrado por Machado e
colaboradores (2020), que verificaram que Melipona quadrifasciata anthidioides, coletou
uma maior variedade polínica em ambientes com maior heterogeneidade ambiental e
baixa interferência humana. Os resultados aqui apresentados, de que as abelhas
oligoléticas estão sendo perdidas nos ambientes mais urbanizados e as poliléticas são
as espécies que conseguem se manter nestes locais, porém com uma menor
sobreposição de nicho entre elas, é o reflexo de que a paisagem urbana provê uma menor
gama de recursos florais para as abelhas como um todo. Este resultado vai ao encontro
do descrito por Aizen e colaboradores (2012), onde o cerne das relações entre espécies
generalistas seria o último grupo a ser perdido nos processos de perda de habitat.
O uso da terminologia “especialista” para inúmeras formas de especialização
muitas vezes pode atrapalhar a interpretação dos resultados e dificultar a comunicação
entre os membros da comunidade científica. Neste estudo as abelhas foram definidas
como oligoléticas ou poliléticas a partir de literatura específica, informações estas
92
externas à rede obtida (MICHENER 2007, MARTINS et al. 2013). Esta incorporação de
informações sobre cada espécie é de extrema importância, uma vez que são
características inerentes às suas identidades, a qual independe da situação ecológica em
que se encontram. O mesmo já ocorre para a classificação dos outros grupos funcionais,
que sempre são definidos com dados externos. De acordo com Kaiser-Bunbury e
Blüthgen (2015), a inserção de informações externas é importante para melhorar a
análise e interpretação dos resultados obtidos com redes de interações.
A resposta obtida para a modularidade (Q), foi semelhantes à obtida para H2´, ou
seja, quanto menor a heterogeneidade da paisagem, mais modulares as redes se
apresentaram. Ou seja, as espécies de abelhas interagem mais com plantas dentro dos
seus próprios módulos, tornando a rede mais compartimentalizada. Isso ocorre
provavelmente pelas espécies como um todo estarem se tornando mais seletivas em
utilizar determinadas plantas nestas áreas. Porém, a resposta foi mais difusa com Q do
que em relação à H2´, apresentando modelos selecionados apenas quando a área do
Passeio Público esteve presente nas análises. Este resultado ocorre provavelmente
porque a modularidade depende da quantidade de interações de todas as espécies
dentro e fora dos seus módulos, bem como da quantidade de módulos que a comunidade
como um todo está estruturada e não apenas da especialização de cada espécie da rede.
Por fim, foi demonstrado que a riqueza de abelhas de cada área está diretamente
relacionada à riqueza de plantas por elas utilizadas. Apesar desta relação ser
significativa, sete áreas apresentaram valores praticamente iguais de riqueza de plantas,
apenas duas apresentaram valores diferenciados (menores), o Passeio Público e o
Campus Jardim Botânico, áreas que estão entre as mais urbanizadas deste estudo.
Desse modo, as análises realizadas entre as variáveis da paisagem e a riqueza de
plantas mostrou que os valores dessas áreas exerceram muita influência nos resultados.
Isso significa que a riqueza de plantas pode explicar um pouco a variação da riqueza de
abelhas entre as áreas, mas que não seria a variável mais explicativa. Esse resultado
fortalece os resultados das análises anteriores que demonstraram que a riqueza de
abelhas e de seus grupos funcionais variaram com relação aos processos de urbanização
muito mais devido às características inerentes de cada espécie do que apenas pelas
áreas mais urbanizadas apresentarem menos espécies de plantas. Estudos relacionados
93
5 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
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O arquivo (raster) criado por meio deste procedimento foi então pós-processado manualmente
para que os pequenos erros da classificação fossem corrigidos. Para este procedimento se insere o
raster nos Band Set do SCP. A edição é realizada através da função edit raster, pela opção de seleção
de polígonos (onde os pixels de dentro dos mesmos são modificados quando necessário). A categoria
de uso do solo de cada pixel foi definida pela categoria que compunha mais de 50% do pixel. Para a
edição do raster neste complemento do software QGIS (SCP), é preciso fechar e abrir o software
novamente. Para auxiliar o procedimento de edição insere-se nas camadas (layers) do programa um
Mapa Base juntamente com o arquivo (raster) criado. Neste trabalho foi utilizada a imagem do Google
satélite. Não é necessária a edição de todo o raster, apenas ao redor das áreas onde foram realizadas
as coletas, ou seja, nos buffers pré-definidos.
Para a criação dos buffers é preciso inserir uma nova camada (shapefile) no raster da
classificação do uso do solo, e adicionar nesse shapefile o ponto na região central de cada coleta
(centroides). Foi utilizado o complemento MMQGis do software QGis para a definição dos buffers, que
124
foram recortados do raster através da função clip multiple raster do complemento SCP (utilizando a
opção use vector for clipping), para que as métricas da paisagem pudessem ser calculadas.
As métricas, tanto da paisagem como um todo, quanto das classes de uso do solo que
compõem a paisagem foram calculadas através do programa Fragstats (MCGARIGAL e MARKS
1995). Neste programa as métricas são obtidas em Analysis parameter. Para este estudo foram
obtidas tanto métricas das classes (categorias do uso do solo) quanto da paisagem, selecionando a
regra da vizinhança de oito células, que considera como vizinhas as oito células que se encontram ao
redor da célula central. Para a obtenção das métricas se insere uma nova camada ao programa (Input
layers: Add layer), abrindo os arquivos de dados do tipo GeoTIFFgrid(.tif) e definindo o arquivo que se
deseja medir as métricas, neste caso o buffer recortado (normalmente com o prefixo clip). Nesta etapa
não se deve esquecer de mudar o valor do background value, apenas para que ele fique diferente do
valor do no data value. Os resultados são salvos (Save run as...) e devem ser abertos no editor de
planilhas (Dados: Obter Dados Externos: De Texto). Este procedimento foi realizado para cada buffer
(500m, 1km, 1,5km e 2km) das dez áreas de estudo e também para os três tipos de classificação de
uso do solo descritos acima.
125
Índice de Hábito
Espécie de abelha Abundância Comportamento Nidificação
especialização alimentar
Andreninae
Calliopsini
Acamptopoeum prini (Holmberg, 1884) 3 0.28 SO S P
Callonychium (Callonychium) petuniae Cure & Wittmann, 1990 1 SO S O
Protandrenini
Anthrenoides admirabilis Urban, 2005 1 0.00 SO S O
Anthrenoides alvarengai Urban, 2007 2 0.39 SO S O
Anthrenoides antonii Urban, 2005 6 0.88 SO S O
Anthrenoides araucariae Urban, 2005 9 0.60 SO S O
Anthrenoides corrugatus Urban, 2005 1 0.29 SO S O
Anthrenoides larocai Urban, 2005 1 0.70 SO S O
Anthrenoides meridionalis (Schrottky, 1906) 63 0.54 SO S O
Anthrenoides ornatus Urban, 2005 17 0.34 SO S O
Anthrenoides paolae Urban, 2005 27 0.39 SO S O
Anthrenoides petuniae Urban, 2005 1 1.00 SO S O
Anthrenoides rodrigoi Urban, 2005 3 0.36 SO S O
Anthrenoides sp. 01 2 0.31 SO S O
Cephalurgus anomalus Moure & Lucas de Oliveira, 1962 6 0.67 SO S O
Psaenythia annulata Gerstaecker 1868 14 0.31 SO S P
Psaenythia bergii Holmberg 1884 60 0.45 SO S P
Psaenythia capito Gerstaecker, 1868 2 0.32 SO S P
Psaenythia collaris Schrottky, 1906 21 0.31 SO S P
Psaenythia quadrifasciata Friese, 1908 5 0.64 SO S P
Psaenythia sp. 1 1 0.32 SO S P
Psaenythia sp. 2 3 0.59 SO S P
Rhophitulus politus (Schlindwein & Moure, 1998) 19 0.72 SO S O
Rhophitulus sp. 1 12 0.46 SO S O
Rhophitulus sp. 3 109 0.60 SO S O
Rhophitulus sp. 4 10 0.48 SO S O
Rhophitulus sp. 5 11 0.93 SO S O
Rhophitulus sp. 6 2 0.31 SO S O
Rhophitulus sp. 7 4 SO S O
Rhophitulus sp. 8 22 0.66 SO S O
Rhophitulus sp. 9 30 0.50 SO S O
Apinae
Bombini
Bombus (Fervidobombus) morio (Swederus, 1787) 155 0.44 P_E F P
Bombus (Fervidobombus) pauloensis Friese, 1913 152 0.34 P_E F P
Euglossini
Eulaema (Apeulaema) nigrita Lepeletier, 1841 1 SO S P
Meliponini
Lestrimelitta sulina Marchi & Melo, 2006 1 A_E C P
Melipona (Eomelipona) bicolor Lepeletier, 1836 2 0.55 A_E C P
Melipona (Eomelipona) marginata Lepeletier, 1836 47 0.48 A_E C P
126
Índice de Hábito
Espécie de abelha Abundância Comportamento Nidificação
especialização alimentar
Melipona (Melipona) quadrifasciata Lepeletier, 1836 69 0.48 A_E C P
Melipona (Michmelia) scutellaris Latreille, 1811 10 0.61 A_E C P
Nannotrigona testaceicornis (Lepeletier, 1836) 17 0.41 A_E C P
Paratrigona subnuda Moure, 1947 581 0.30 A_E S P
Partamona helleri (Friese, 1900) 60 0.48 A_E F P
Plebeia droryana (Friese, 1900) 55 0.42 A_E F P
Plebeia emerina (Friese, 1900) 229 0.40 A_E F P
Plebeia remota (Holmberg, 1903) 50 0.56 A_E F P
Scaptotrigona bipunctata (Lepeletier, 1836) 267 0.46 A_E F P
Scaptotrigona postica (Latreille, 1807) 2 0.12 A_E F P
Schwarziana quadripunctata (Lepeletier, 1836) 104 0.33 A_E S P
Tetragonisca fiebrigi (Schwarz, 1938) 344 0.39 A_E F P
Trigona spinipes (Fabricius, 1793) 573 0.47 A_E F P
Centridini
Centris (Centris) varia (Erichson, 1849) 2 0.55 SO S O
Centris (Hemisiella) trigonoides Lepeletier, 1841 15 0.42 SO C O
Centris (Hemisiella) tarsata Smith, 1874 9 0.29 SO C O
Centris (Melacentris) cfr. lateritia Friese, 1899 2 0.43 SO S O
Emphorini
Melitoma segmentaria (Fabricius, 1804) 40 0.49 SO S O
Ptilothrix relata (Holmberg, 1903) 1 0.00 SO S O
Eucerini
Gaesischia (Gaesischia) fulgurans (Holmberg, 1903) 3 0.59 SO S O
Gaesischia (Gaesischia) undulata Urban, 1989 2 0.29 SO S O
Gaesischia (Gaesischiopsis) aurea Urban, 1968 1 0.33 SO S O
Gaesischia (Gaesischiopsis) flavoclypeata Michener, LaBerge &
2 SO S O
Moure, 1955 0.29
Melissodes (Ecplectica) nigroaenea (Smith, 1854) 4 0.23 SO S P
Melissoptila aureocincta Urban, 1968 38 0.58 SO S O
Melissoptila buzzii Urban, 1998 28 0.41 SO S O
Melissoptila cnecomala (Moure, 1944) 4 0.19 SO S O
Melissoptila fiebrigi Brèthes, 1909 8 0.63 SO S O
Melissoptila larocai Urban, 1998 9 0.38 SO S O
Melissoptila minarum (Bertoni & Schorottky, 1910) 4 0.68 SO S O
Melissoptila paraguayensis (Brèthes, 1909) 18 0.34 SO S O
Melissoptila richardiae Bertoni & Schrottky, 1910 1 0.17 SO S O
Melissoptila setigera Urban, 1998 53 0.40 SO S O
Melissoptila thoracica (Smith, 1854) 54 0.41 SO S O
Melissoptila vulpecula Bertoni & Schrottky, 1910 8 0.34 SO S O
Peponapis fervens (Smith, 1879) 1 0.00 SO S O
Thygater (Nectarodiaeta) paranaensis Urban, 1967 3 0.73 SO S P
Thygater (Nectarodiaeta) sordidipenis Moure, 1941 2 0.36 SO S P
Thygater (Thygater) analis (Lepeletier, 1841) 75 0.57 SO S P
Exomalopsini
Exomalopsis (Diomalopsis) bicellularis Michener & Moure, 1957 4 0.60 SO S P
Exomalopsis (Exomalopsis) analis Spinola 1853 40 0.30 SO S P
Exomalopsis (Exomalopsis) vernoniae Schrottky, 1909 22 0.31 SO S P
Exomalopsis (Exomalopsis) sp. 01 44 0.31 SO S P
Exomalopsis (Exomalopsis) sp. 02 20 0.28 SO S P
Exomalopsis (Phanomalopsis) aureosericea Friese, 1899 18 0.37 SO S P
127
Índice de Hábito
Espécie de abelha Abundância Comportamento Nidificação
especialização alimentar
Exomalopsis (Phanomalopsis) perikalles Silveira & Almeida,
3 SO S P
2009 0.58
Exomalopsis (Phanomalopsis) trifasciata Brèthes, 1910 9 0.54 SO S P
Nomadini
Brachynomada sp. 01 2 0.37 CL NA NA
Brachynomada sp. 03 1 0.27 CL NA NA
Leiopodus lacertinus Smith, 1854 3 0.19 CL NA NA
Nomada sp. 1 1 0.24 CL NA NA
Nomada sp. 2 1 0.18 CL NA NA
Nomada sp. 3 5 0.33 CL NA NA
Nomada sp. 4 4 0.20 CL NA NA
Nomada sp. 5 12 0.33 CL NA NA
Nomada sp. 6 6 0.32 CL NA NA
Nomada sp. 7 1 0.17 CL NA NA
Pseudepeolus angustatus (Moure, 1954) 9 0.32 CL NA NA
Trophocleptria variolosa Holmberg, 1886 2 0.77 CL NA NA
Trophocleptria sp. 01 2 0.59 CL NA NA
Osirini
Osiris sp. 03 1 0.17 CL NA NA
Parepeolus minutus Roig-Alsina, 1989 1 0.67 CL NA NA
Tapinotaspidini
Arhysoceble picta (Friese, 1899) 1 SO S P
Lanthanomelissa betinae Urban, 1995 28 0.48 SO S O
Lanthanomelissa clementis Urban, 1995 7 0.35 SO S O
Lophopedia nigrispinis (Vachal, 1909) 4 0.31 SO C O
Lophopedia pygmaea (Schrottky, 1902) 24 0.31 SO C O
Monoeca xanthopyga Harter-Marques, Cunha & Moure, 2001 2 0.56 SO S O
Paratetrapedia fervida (Smith, 1879) 7 0.35 SO C O
Trigonopedia sp. 01 3 0.26 SO S O
Trigonopedia sp. 03 5 0.26 SO S O
Tetrapediini
Tetrapedia diversipes Klug, 1810 26 0.31 SO C P
Xylocopini
Ceratina (Ceratinula) melanochroa (Moure, 1941) 40 0.48 SO F P
Ceratina (Ceratinula) oxalidis Schrottky, 1907 24 0.23 SO F P
Ceratina (Ceratinula) sclerops Schrottky, 1907 92 0.28 SO F P
Ceratina (Ceratinula) sp. 01 4 0.35 SO F P
Ceratina (Ceratinula) sp. 02 12 0.25 SO F P
Ceratina (Ceratinula) sp. 03 1 0.20 SO F P
Ceratina (Ceratinula) sp. 04 35 0.42 SO F P
Ceratina (Crewella) asuncionis Strand, 1910 38 0.33 SO F P
Ceratina (Crewella) sp. 03 158 0.43 SO F P
Ceratina (Neoclavicera) asunciana Strand, 1910 5 0.16 SO F P
Ceratina (Neoclavicera) richardsoniae Schrottky, 1909 100 0.33 SO F P
Ceratina (Neoclavicera) subcarinata Roig-Alsina, 2013 15 0.42 SO F P
Ceratina (Neoclavicera) umbricosta Roig-Alsina, 2013 5 0.40 SO F P
Ceratina (Rhysoceratina) canaliculata Roig-Alsina, 2016 9 0.26 SO F P
Ceratina (Rhysoceratina) stilbonota Moure, 1941 141 0.30 SO F P
Ceratina (Rhysoceratina) volitans Schrottky, 1907 1 0.24 SO F P
Xylocopa (Neoxylocopa) augusti Lepeletier, 1841 20 0.47 SO C P
128
Índice de Hábito
Espécie de abelha Abundância Comportamento Nidificação
especialização alimentar
Xylocopa (Neoxylocopa) frontalis (Olivier, 1789) 14 0.57 SO C P
Xylocopa (Stenoxylocopa) artifex Smith, 1874 6 0.77 SO C P
Colletinae
Colletini
Colletes argentinus Friese, 1908 15 0.70 SO S P
Colletes michenerianus Moure, 1956 1 0.37 SO S P
Colletes rugicollis Friese, 1900 6 0.25 SO S P
Hylaeini
Hylaeus (Hylaeopsis) cecidonastes Moure, 1972 1 0.00 SO F P
Hylaeus sp. 01 20 0.28 SO F P
Hylaeus sp. 02 34 0.38 SO F P
Hylaeus sp. 03 8 0.23 SO F P
Hylaeus sp. 04 3 0.43 SO F P
Hylaeus sp. 05 42 0.36 SO F P
Hylaeus sp. 06 28 0.27 SO F P
Hylaeus sp. 07 2 0.30 SO F P
Hylaeus sp. 08 25 0.29 SO F P
Hylaeus sp. 09 2 0.47 SO F P
Neopasephaeini
Belopria zonata Moure, 1956 1 0.11 SO S O
Belopria sp. 02 1 0.20 SO S O
Bicolletes tauraphilus Laroca & Almeida, 2005 5 0.62 SO S O
Ctenosibyne cingulata (Moure, 1956) 4 0.32 SO S O
Eulonchopria psaenythioides Brèthes, 1909 1 0.11 SO S O
Tetraglossula anthracina (Michener, 1989) 77 0.59 SO S O
Xeromelissini
Chilicola (Oediscelisca) sp. 01 8 0.44 SO F P
Chilicola (Oediscelisca) sp. 02 5 0.29 SO F P
Chilicola (Prosopoides) cfr. prosopoides (Ducke, 1907) 21 0.49 SO F P
Halictinae
Augochlorini
Augochlora (Augochlora) caerulior Cockerell, 1900 29 0.28 P_E C P
Augochlora (Augochlora) cydippe (Schrottky, 1910) 38 0.23 P_E C P
Augochlora (Augochlora) daphnis Smith, 1853 547 0.28 P_E C P
Augochlora (Augochlora) nausicaa (Schrottky, 1909) 41 0.27 P_E C P
Augochlora (Augochlora) perimelas Cockerell, 1900 5 0.18 P_E C P
Augochlora (Augochlora) phoemonoe (Schrottky, 1909) 74 0.22 P_E C P
Augochlora (Augochlora) seitzi Cockerell, 1929 17 0.51 P_E C P
Augochlora (Augochlora) sp. 01 2 0.21 P_E C P
Augochlora (Augochlora) sp. 02 2 0.42 P_E C P
Augochlora (Oxystoglossella) iphigenia Holmberg, 1886 276 0.32 P_E S P
Augochlora (Oxystoglossella) morrae (Strand, 1910) 73 0.25 P_E S P
Augochlorella ephyra (Schrottky, 1910) 78 0.19 P_E S P
Augochlorella iopoecila Moure, 1950 15 0.46 P_E S P
Augochlorella urania (Smith, 1853) 49 0.27 P_E S P
Augochlorella acarinata Coelho, 2004 3 0.34 P_E S P
Augochloropsis (Augochloropsis) brachycephala Moure, 1943 169 0.34 SO S P
Augochloropsis (Augochloropsis) sp. 11 1 0.20 SO S P
Augochloropsis (Glyptobasia) chloera (Moure, 1940) 2 0.18 SO S P
129
Índice de Hábito
Espécie de abelha Abundância Comportamento Nidificação
especialização alimentar
Augochloropsis (Paraugochloropsis) cleopatra (Schrottky, 1902) 21 0.43 SO S P
Augochlropsis (Paraugochloropsis) cupreola (Cockerell, 1900) 42 0.23 SO S P
Augochloropsis (Paraugochloropsis) iris (Schrottky, 1902) 2 0.39 SO S P
Augochloropsis (Paraugochloropsis) multiplex (Vachal, 1903) 43 0.41 SO S P
Augochloropsis (Paraugochloropsis) sparsilis (Vachal, 1903) 102 0.39 SO S P
Augochloropsis (Paraugochloropsis) sp. 02 16 0.30 SO S P
Augochloropsis (Paraugochloropsis) sp. 03 27 0.17 SO S P
Augochloropsis (Paraugochloropsis) sp. 05 38 0.37 SO S P
Augochloropsis (Paraugochloropsis) sp. 09 51 0.20 SO S P
Augochloropsis (Paraugochloropsis) sp. 10 2 0.11 SO S P
Augochloropsis (Paraugochloropsis) sp. 11 1 0.12 SO S P
Augochloropsis (Paraugochloropsis) sp. 12 1 0.27 SO S P
Augochloropsis (Paraugochloropsis) sp. 13 2 0.36 SO S P
Augochloropsis (Paraugochloropsis) sp. 14 1 0.39 SO S P
Augochloropsis (Paraugochloropsis) sp. 15 2 0.49 SO S P
Ceratalictus psoraspis (Vachal, 1911) 8 0.35 SO S P
Corynurella cognata Gonçalves, 2010 1 0.34 SO S P
Halictillus loureiroi (Moure, 1941) 16 0.42 SO S P
Megommation insigne (Smith, 1853) 2 0.42 SO S P
Neocorynura atromarginata (Cockerell, 1901) 6 0.24 SO S P
Neocorynura codion (Vachal, 1904) 299 0.34 SO S P
Neocorynura dilutipes (Vachal, 1904) 73 0.26 SO S P
Neocorynura hebe Gonçalves, 2019 2 0.09 SO S P
Neocorynura iopodion (Vachal, 1904) 4 0.24 SO S P
Neocorynura laevistriata Gonçalves, 2019 7 0.18 SO S P
Neocorynura roxane (Schrottky, 1909) 2 0.23 SO S P
Paroxystoglossa andromache (Schrottky, 1909) 10 0.21 SO S P
Paroxystoglossa brachycera Moure, 1960 15 0.44 SO S P
Paroxystoglossa jocasta (Schrottky, 1910) 5 0.37 SO S P
Paroxystoglossa spiloptera Moure, 1960 1 0.11 SO S P
Pseudaugochlora graminea (Fabricius, 1804) 13 0.48 SO S P
Pseudaugochlora indistincta Almeida, 2008 30 0.53 SO S P
Rhectomia pumilla Moure, 1947 6 0.31 SO S P
Rhinocorynura vernoniae (Schrottky, 1914) 46 0.56 P_E S P
Temnosoma sp. 01 8 0.35 CL NA NA
Temnosoma sp. 02 3 0.30 CL NA NA
Temnosoma sp. 03 8 0.40 CL NA NA
Thectochlora alaris (Vachal, 1904) 1 0.65 SO S P
Caenohalictini
Agapostemon (Notagapostemon) semimelleus Cockerell, 1900 65 0.27 SO S P
Caenohalictus curticeps (Vachal, 1903) 25 0.48 SO S P
Caenohalictus incertus (Schrottky, 1902) 9 0.24 SO S P
Caenohalictus cfr. palumbes (Vachal, 1903) 2 0.12 SO S P
Caenohalictus palumbes (Vachal, 1903) 2 0.37 SO S P
Caenohalictus tesselatus (Moure, 1940) 39 0.35 SO S P
Caenohalictus sp. 01 4 0.15 SO S P
Habralictus canaliculatus Moure, 1941 23 0.36 SO S P
Habralictus macrospilophorus Moure, 1941 14 0.28 SO S P
Oragapostemon divaricatus (Vachal, 1904) 9 0.27 SO S P
130
Índice de Hábito
Espécie de abelha Abundância Comportamento Nidificação
especialização alimentar
Pseudagapostemon (Neagapostemon) cyanomelas Cure, 1989 15 0.37 SO S P
Pseudagapostemon (Pseudagapostemon) cyaneus Moure &
1 SO S P
Sakagami, 1984 0.34
Pseudagapostemon (Pseudagapostemon) pruinosus Moure &
166 SO S P
Sakagami, 1984 0.37
Halictini
Dialictus nanus (Smith, 1879) 28 0.24 P_E S P
Dialictus opacus (Moure, 1940) 143 0.42 P_E S P
Dialictus phaedrus (Schrottky, 1910) 23 0.29 P_E S P
Dialictus rostratus (Moure, 1947) 1 0.00 P_E S P
Dialictus sp. 01 14 0.28 P_E S P
Dialictus sp. 02 173 0.30 P_E S P
Dialictus sp. 03 8 0.25 P_E S P
Dialictus sp. 04 9 0.23 P_E S P
Dialictus sp. 05 31 0.22 P_E S P
Dialictus sp. 06 1 0.55 P_E S P
Dialictus sp. 07 114 0.26 P_E S P
Dialictus sp. 08 4 0.17 P_E S P
Dialictus sp. 09 32 0.28 P_E S P
Dialictus sp. 11 15 0.27 P_E S P
Dialictus sp. 12 156 0.24 P_E S P
Dialictus sp. 13 5 0.20 P_E S P
Dialictus sp. 14 11 0.27 P_E S P
Dialictus sp. 15 64 0.22 P_E S P
Dialictus sp. 16 17 0.25 P_E S P
Dialictus sp. 17 4 0.16 P_E S P
Dialictus sp. 18 2 0.65 P_E S P
Dialictus sp. 19 1 0.55 P_E S P
Sphecodini
Microsphecodes russeiclypeatus (Sakagami & Moure, 1962) 2 0.16 CL NA NA
Sphecodes brasiliensis Schrottky, 1910 1 0.00 CL NA NA
Sphecodes sp. 01 5 0.11 CL NA NA
Sphecodes sp. 02 1 0.11 CL NA NA
Sphecodes sp. 03 1 0.34 CL NA NA
Sphecodes sp. 04 1 0.36 CL NA NA
Sphecodes sp. 05 1 0.11 CL NA NA
Megachilinae
Anthidiini
Anthidium manicatum (Linnaeus, 1758) 4 0.50 SO F P
Anthodioctes claudii Urban, 1999 3 0.41 SO F P
Anthodioctes megachiloides Holmberg, 1903 2 0.49 SO F P
Ctenanthidium gracile Urban, 1993 1 0.73 SO F P
Dicranthidium aff. soniae Urban, 1993 3 0.18 SO F P
Dicranthidium sp. 01 1 0.27 SO F P
Epanthidium autumnale (Schrottky, 1909) 3 0.29 SO F P
Epanthidium nectarinioides (Schrottky, 1902) 5 0.34 SO F P
Hypanthidium divaricatum (Smith, 1854) 13 0.30 SO F P
Moureanthidium paranaense Urban, 1995 9 0.24 SO F P
Moureanthidium subarenarium (Schwarz, 1933) 2 0.36 SO F P
Megachilini
Coelioxys (Acrocoelioxys) tolteca Cresson, 1878 39 0.34 CL NA NA
131
Índice de Hábito
Espécie de abelha Abundância Comportamento Nidificação
especialização alimentar
Coelioxys (Cyrtocoelioxys) sp. 01 12 0.23 CL NA NA
Coelioxys (Cyrtocoelioxys) sp. 02 1 CL NA NA
Coelioxys (Cyrtocoelioxys) sp. 03 1 0.18 CL NA NA
Coelioxys (Glyptocoelioxys) cerasiopleura Holmberg, 1903 4 0.29 CL NA NA
Coelioxys (Glyptocoelioxys) chacoensis Holmberg, 1903 1 0.12 CL NA NA
Coelioxys (Glyptocoelioxys) sp. 01 1 0.59 CL NA NA
Coelioxys (Neocoelioxys) praetextata Haliday, 1836 1 0.27 CL NA NA
Coelioxys (Neocoelioxys) sp. 01 2 0.17 CL NA NA
Megachile (Acentron) lentifera Vachal, 1909 5 0.38 SO C P
Megachile (Acentron) sp. 01 3 0.17 SO C P
Megachile (Austromegachile) facialis Vachal, 1909 2 0.22 SO C P
Megachile (Austromegachile) susurrans Haliday, 1836 49 0.32 SO C P
Megachile (Austromegachile) trigonaspis Schrottky, 1913 3 0.18 SO C P
Megachile (Austromegachile) sp. 01 2 0.35 SO C P
Megachile (Chrysosarus) cfr. tuberculifera Schrottky, 1913 10 0.35 SO C P
Megachile (Chrysosarus) sp. 01 11 0.37 SO C P
Megachile (Leptorachina) sp. 01 1 SO C P
Megachile (Leptorachis) aetheria Mitchell, 1930 13 0.52 SO C P
Megachile (Leptorachis) paulistana Schrottky, 1902 6 0.20 SO C P
Megachile (Leptorachis) sp. 01 2 0.16 SO C P
Megachile (Melanosarus) aff. brasiliensis Dalla Torre, 1896 6 0.31 SO C P
Megachile (Moureapis) apicipennis Schrottky, 1902 163 0.32 SO C P
Megachile (Moureapis) maculata Smith, 1853 12 0.24 SO C P
Megachile (Moureapis) nigropilosa Schrottky, 1902 8 0.27 SO C P
Megachile (Pseudocentron) curvipes Smith, 1853 21 0.32 SO C P
Megachile (Tylomegachile) orba Schrottky, 1913 2 0.88 SO C P
Megachile sp. 01 2 SO C P
Megachile sp. 02 7 0.36 SO C P
* Espécies sem valor de índice de especialização não foram coletadas em flores
132
Espécie de abelha SJP CJB PIGUA PATU PTA PTI PP QGAC QGEN QMAN
Andreninae
Calliopsini
Acamptopoeum prini (Holmberg, 1884) 0 0 0 0 0 0 0 1 0 2
Callonychium (Callonychium) petuniae Cure & Wittmann, 1990 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0
Protandrenini
Anthrenoides admirabilis Urban, 2005 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0
Anthrenoides alvarengai Urban, 2007 0 0 1 1 0 0 0 0 0 0
Anthrenoides antonii Urban, 2005 2 0 0 0 0 0 0 0 4 0
Anthrenoides araucariae Urban, 2005 0 0 0 0 9 0 0 0 0 0
Anthrenoides corrugatus Urban, 2005 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0
Anthrenoides larocai Urban, 2005 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Anthrenoides meridionalis (Schrottky, 1906) 3 4 11 7 5 3 12 6 1 11
Anthrenoides ornatus Urban, 2005 0 0 1 2 4 0 0 7 0 3
Anthrenoides paolae Urban, 2005 0 7 7 3 1 2 0 1 6 0
Anthrenoides petuniae Urban, 2005 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0
Anthrenoides rodrigoi Urban, 2005 2 0 0 0 0 0 0 0 0 1
Anthrenoides sp. 01 0 0 1 0 0 0 0 0 1 0
Cephalurgus anomalus Moure & Lucas de Oliveira, 1962 2 0 1 0 3 0 0 0 0 0
Psaenythia annulata Gerstaecker 1868 4 0 5 0 1 1 0 2 0 1
Psaenythia bergii Holmberg 1884 9 20 4 0 0 0 0 1 3 23
Psaenythia capito Gerstaecker, 1868 1 0 0 0 0 0 0 0 1 0
Psaenythia collaris Schrottky, 1906 0 5 5 1 2 2 0 1 2 3
Psaenythia quadrifasciata Friese, 1908 4 0 0 0 0 0 0 0 1 0
Psaenythia sp. 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0
Psaenythia sp. 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3
Rhophitulus politus (Schlindwein & Moure, 1998) 1 1 1 0 1 1 3 1 0 10
Rhophitulus sp. 1 0 0 0 6 0 2 0 4 0 0
Rhophitulus sp. 3 15 39 6 23 3 18 0 1 4 0
Rhophitulus sp. 4 4 0 4 1 1 0 0 0 0 0
Rhophitulus sp. 5 11 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Rhophitulus sp. 6 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1
Rhophitulus sp. 7 0 0 0 4 0 0 0 0 0 0
Rhophitulus sp. 8 1 0 0 1 19 0 0 0 0 1
Rhophitulus sp. 9 0 0 9 0 0 16 0 3 0 2
Apinae
Bombini
Bombus (Fervidobombus) morio (Swederus, 1787) 5 27 20 20 10 6 9 30 18 10
Bombus (Fervidobombus) pauloensis Friese, 1913 11 12 23 13 22 17 1 31 12 10
Euglossini
Eulaema (Apeulaema) nigrita Lepeletier, 1841 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0
Meliponini
Lestrimelitta sulina Marchi & Melo, 2006 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0
Melipona (Eomelipona) bicolor Lepeletier, 1836 0 0 0 1 0 0 0 0 1 0
Melipona (Eomelipona) marginata Lepeletier, 1836 1 1 0 5 4 32 0 0 4 0
Melipona (Melipona) quadrifasciata Lepeletier, 1836 0 7 16 25 1 5 0 5 5 5
Melipona (Michmelia) scutellaris Latreille, 1811 0 0 0 10 0 0 0 0 0 0
Nannotrigona testaceicornis (Lepeletier, 1836) 0 0 0 0 0 0 0 2 0 15
Paratrigona subnuda Moure, 1947 0 1 134 69 213 163 0 1 0 0
Partamona helleri (Friese, 1900) 0 0 9 2 5 21 22 0 0 1
Plebeia droryana (Friese, 1900) 0 0 4 0 2 21 20 8 0 0
Plebeia emerina (Friese, 1900) 39 0 0 28 1 5 42 30 61 23
133
Espécie de abelha SJP CJB PIGUA PATU PTA PTI PP QGAC QGEN QMAN
Plebeia remota (Holmberg, 1903) 0 0 23 0 0 25 0 2 0 0
Scaptotrigona bipunctata (Lepeletier, 1836) 18 44 3 4 0 22 62 29 54 31
Scaptotrigona postica (Latreille, 1807) 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2
Schwarziana quadripunctata (Lepeletier, 1836) 0 0 32 22 26 24 0 0 0 0
Tetragonisca fiebrigi (Schwarz, 1938) 4 59 28 51 64 52 11 21 11 43
Trigona spinipes (Fabricius, 1793) 44 103 55 45 69 77 31 43 81 25
Centridini
Centris (Centris) varia (Erichson, 1849) 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0
Centris (Hemisiella) trigonoides Lepeletier, 1841 0 2 0 4 3 0 1 5 0 0
Centris (Hemisiella) tarsata Smith, 1874 0 1 1 1 0 3 0 1 1 1
Centris (Melacentris) cfr. lateritia Friese, 1899 0 0 0 0 1 0 0 0 0 1
Emphorini
Melitoma segmentaria (Fabricius, 1804) 0 7 10 8 6 3 0 0 2 4
Ptilothrix relata (Holmberg, 1903) 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0
Eucerini
Gaesischia (Gaesischia) fulgurans (Holmberg, 1903) 2 0 0 0 0 0 0 0 1 0
Gaesischia (Gaesischia) undulata Urban, 1989 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0
Gaesischia (Gaesischiopsis) aurea Urban, 1968 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Gaesischia (Gaesischiopsis) flavoclypeata Michener, LaBerge &
Moure, 1955 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Melissodes (Ecplectica) nigroaenea (Smith, 1854) 0 2 1 0 1 0 0 0 0 0
Melissoptila aureocincta Urban, 1968 2 9 2 15 0 0 0 4 6 0
Melissoptila buzzii Urban, 1998 3 4 1 10 0 2 0 0 6 2
Melissoptila cnecomala (Moure, 1944) 2 0 0 0 0 0 0 0 1 1
Melissoptila fiebrigi Brèthes, 1909 0 0 0 0 8 0 0 0 0 0
Melissoptila larocai Urban, 1998 3 0 4 0 0 0 0 0 2 0
Melissoptila minarum (Bertoni & Schorottky, 1910) 1 0 0 0 0 0 0 0 3 0
Melissoptila paraguayensis (Brèthes, 1909) 1 0 7 0 0 0 0 10 0 0
Melissoptila richardiae Bertoni & Schrottky, 1910 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Melissoptila setigera Urban, 1998 8 20 1 12 0 1 0 0 2 9
Melissoptila thoracica (Smith, 1854) 15 2 0 0 1 2 0 15 4 15
Melissoptila vulpecula Bertoni & Schrottky, 1910 8 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Peponapis fervens (Smith, 1879) 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0
Thygater (Nectarodiaeta) paranaensis Urban, 1967 0 0 0 0 0 2 0 0 1 0
Thygater (Nectarodiaeta) sordidipenis Moure, 1941 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0
Thygater (Thygater) analis (Lepeletier, 1841) 1 11 9 13 4 4 6 9 8 10
Exomalopsini
Exomalopsis (Diomalopsis) bicellularis Michener & Moure, 1957 0 0 0 0 0 0 0 4 0 0
Exomalopsis (Exomalopsis) analis Spinola 1853 0 3 1 5 1 0 1 14 5 10
Exomalopsis (Exomalopsis) vernoniae Schrottky, 1909 0 0 4 0 2 0 3 1 0 12
Exomalopsis (Exomalopsis) sp. 01 0 1 7 4 3 2 9 3 1 14
Exomalopsis (Exomalopsis) sp. 02 0 1 1 1 2 0 6 2 0 7
Exomalopsis (Phanomalopsis) aureosericea Friese, 1899 0 0 3 5 2 3 0 0 0 5
Exomalopsis (Phanomalopsis) perikalles Silveira & Almeida,
2009 3 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Exomalopsis (Phanomalopsis) trifasciata Brèthes, 1910 6 0 0 0 1 0 0 1 0 1
Nomadini
Brachynomada sp. 01 1 0 0 0 0 1 0 0 0 0
Brachynomada sp. 03 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0
Leiopodus lacertinus Smith, 1854 0 0 1 1 0 0 0 0 1 0
Nomada sp. 1 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0
Nomada sp. 2 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Nomada sp. 3 0 0 3 0 1 0 0 0 1 0
Nomada sp. 4 0 0 1 0 2 1 0 0 0 0
Nomada sp. 5 0 0 1 0 0 0 0 1 0 10
Nomada sp. 6 0 0 0 0 0 0 0 4 0 2
134
Espécie de abelha SJP CJB PIGUA PATU PTA PTI PP QGAC QGEN QMAN
Nomada sp. 7 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1
Pseudepeolus angustatus (Moure, 1954) 7 0 0 0 0 0 0 0 0 2
Trophocleptria variolosa Holmberg, 1886 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0
Trophocleptria sp. 01 0 0 1 0 0 0 0 1 0 0
Osirini
Osiris sp. 03 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0
Parepeolus minutus Roig-Alsina, 1989 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0
Tapinotaspidini
Arhysoceble picta (Friese, 1899) 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Lanthanomelissa betinae Urban, 1995 11 5 0 0 1 6 0 3 0 2
Lanthanomelissa clementis Urban, 1995 7 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Lophopedia nigrispinis (Vachal, 1909) 0 0 1 0 1 1 0 1 0 0
Lophopedia pygmaea (Schrottky, 1902) 0 2 1 1 9 0 1 4 1 5
Monoeca xanthopyga Harter-Marques, Cunha & Moure, 2001 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0
Paratetrapedia fervida (Smith, 1879) 4 0 2 0 0 0 0 0 1 0
Trigonopedia sp. 01 0 0 2 0 1 0 0 0 0 0
Trigonopedia sp. 03 0 0 2 0 3 0 0 0 0 0
Tetrapediini
Tetrapedia diversipes Klug, 1810 0 2 10 3 1 2 0 1 4 3
Xylocopini
Ceratina (Ceratinula) melanochroa (Moure, 1941) 6 0 0 6 7 1 0 10 1 9
Ceratina (Ceratinula) oxalidis Schrottky, 1907 2 0 1 4 4 3 2 7 0 1
Ceratina (Ceratinula) sclerops Schrottky, 1907 7 8 3 17 12 14 12 4 7 8
Ceratina (Ceratinula) sp. 01 0 2 0 0 0 0 0 0 0 2
Ceratina (Ceratinula) sp. 02 0 0 0 1 2 4 1 0 1 3
Ceratina (Ceratinula) sp. 03 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Ceratina (Ceratinula) sp. 04 3 2 2 8 7 8 1 0 1 3
Ceratina (Crewella) asuncionis Strand, 1910 1 22 0 2 1 0 0 1 6 5
Ceratina (Crewella) sp. 03 11 15 7 32 6 2 8 23 18 36
Ceratina (Neoclavicera) asunciana Strand, 1910 2 1 0 0 0 0 0 0 2 0
Ceratina (Neoclavicera) richardsoniae Schrottky, 1909 29 1 2 3 2 2 19 8 20 14
Ceratina (Neoclavicera) subcarinata Roig-Alsina, 2013 7 0 1 0 0 0 0 0 7 0
Ceratina (Neoclavicera) umbricosta Roig-Alsina, 2013 1 0 0 0 0 0 0 3 1 0
Ceratina (Rhysoceratina) canaliculata Roig-Alsina, 2016 0 0 0 2 2 4 0 0 0 1
Ceratina (Rhysoceratina) stilbonota Moure, 1941 9 25 3 27 13 30 6 5 8 15
Ceratina (Rhysoceratina) volitans Schrottky, 1907 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0
Xylocopa (Neoxylocopa) augusti Lepeletier, 1841 1 1 0 7 4 2 3 1 0 1
Xylocopa (Neoxylocopa) frontalis (Olivier, 1789) 2 2 4 2 1 1 1 0 1 0
Xylocopa (Stenoxylocopa) artifex Smith, 1874 1 1 3 1 0 0 0 0 0 0
Colletinae
Colletini
Colletes argentinus Friese, 1908 0 0 3 4 2 0 0 3 3 0
Colletes michenerianus Moure, 1956 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Colletes rugicollis Friese, 1900 0 0 0 0 0 0 0 3 1 2
Hylaeini
Hylaeus (Hylaeopsis) cecidonastes Moure, 1972 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0
Hylaeus sp. 01 0 2 4 1 4 1 0 3 3 2
Hylaeus sp. 02 6 3 0 5 0 3 7 6 3 1
Hylaeus sp. 03 0 0 2 0 0 1 2 1 0 2
Hylaeus sp. 04 0 0 0 0 0 0 0 1 0 2
Hylaeus sp. 05 0 3 8 1 5 1 18 1 3 2
Hylaeus sp. 06 1 2 7 5 5 1 1 6 0 0
Hylaeus sp. 07 0 0 1 0 1 0 0 0 0 0
Hylaeus sp. 08 1 0 5 7 6 2 0 1 2 1
Hylaeus sp. 09 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0
135
Espécie de abelha SJP CJB PIGUA PATU PTA PTI PP QGAC QGEN QMAN
Neopasephaeini
Belopria zonata Moure, 1956 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0
Belopria sp. 02 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0
Bicolletes tauraphilus Laroca & Almeida, 2005 0 0 0 0 2 0 0 2 0 1
Ctenosibyne cingulata (Moure, 1956) 0 0 0 3 0 1 0 0 0 0
Eulonchopria psaenythioides Brèthes, 1909 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0
Tetraglossula anthracina (Michener, 1989) 24 5 7 10 6 5 0 0 10 10
Xeromelissini
Chilicola (Oediscelisca) sp. 01 6 1 0 1 0 0 0 0 0 0
Chilicola (Oediscelisca) sp. 02 1 0 0 0 1 2 0 1 0 0
Chilicola (Prosopoides) cfr. prosopoides (Ducke, 1907) 1 1 3 0 12 0 0 2 0 2
Halictinae
Augochlorini
Augochlora (Augochlora) caerulior Cockerell, 1900 1 1 2 4 0 3 0 9 1 8
Augochlora (Augochlora) cydippe (Schrottky, 1910) 5 0 3 3 3 3 0 7 4 10
Augochlora (Augochlora) daphnis Smith, 1853 53 56 17 59 44 59 110 48 51 50
Augochlora (Augochlora) nausicaa (Schrottky, 1909) 0 4 2 5 2 1 16 1 0 10
Augochlora (Augochlora) perimelas Cockerell, 1900 0 0 1 0 1 0 0 0 3 0
Augochlora (Augochlora) phoemonoe (Schrottky, 1909) 2 6 2 2 2 14 10 12 9 15
Augochlora (Augochlora) seitzi Cockerell, 1929 0 1 0 0 0 0 13 2 1 0
Augochlora (Augochlora) sp. 01 0 0 0 0 0 1 1 0 0 0
Augochlora (Augochlora) sp. 02 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0
Augochlora (Oxystoglossella) iphigenia Holmberg, 1886 10 54 55 6 37 45 0 31 29 9
Augochlora (Oxystoglossella) morrae (Strand, 1910) 1 1 45 6 4 1 0 4 5 6
Augochlorella ephyra (Schrottky, 1910) 1 0 0 8 3 7 54 3 0 2
Augochlorella iopoecila Moure, 1950 4 1 1 0 0 1 0 0 0 8
Augochlorella urania (Smith, 1853) 1 5 1 4 1 4 25 2 6 0
Augochlorella acarinata Coelho, 2004 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3
Augochloropsis (Augochloropsis) brachycephala Moure, 1943 1 9 37 9 4 19 0 36 7 47
Augochloropsis (Augochloropsis) sp. 11 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0
Augochloropsis (Glyptobasia) chloera (Moure, 1940) 0 0 1 0 0 0 0 1 0 0
Augochloropsis (Paraugochloropsis) cleopatra (Schrottky, 1902) 2 17 0 2 0 0 0 0 0 0
Augochlropsis (Paraugochloropsis) cupreola (Cockerell, 1900) 4 3 1 4 5 0 7 9 8 1
Augochloropsis (Paraugochloropsis) iris (Schrottky, 1902) 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Augochloropsis (Paraugochloropsis) multiplex (Vachal, 1903) 11 14 1 5 0 0 0 1 10 1
Augochloropsis (Paraugochloropsis) sparsilis (Vachal, 1903) 17 37 0 6 0 0 0 17 19 6
Augochloropsis (Paraugochloropsis) sp. 02 1 2 0 1 1 4 0 2 1 4
Augochloropsis (Paraugochloropsis) sp. 03 1 1 9 3 4 3 0 0 4 2
Augochloropsis (Paraugochloropsis) sp. 05 9 2 0 4 6 5 1 7 3 1
Augochloropsis (Paraugochloropsis) sp. 09 1 10 17 3 2 15 0 0 1 2
Augochloropsis (Paraugochloropsis) sp. 10 0 1 1 0 0 0 0 0 0 0
Augochloropsis (Paraugochloropsis) sp. 11 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0
Augochloropsis (Paraugochloropsis) sp. 12 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Augochloropsis (Paraugochloropsis) sp. 13 1 0 0 0 0 1 0 0 0 0
Augochloropsis (Paraugochloropsis) sp. 14 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Augochloropsis (Paraugochloropsis) sp. 15 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1
Ceratalictus psoraspis (Vachal, 1911) 5 1 1 0 0 0 0 0 1 0
Corynurella cognata Gonçalves, 2010 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Halictillus loureiroi (Moure, 1941) 0 0 0 0 11 2 0 0 0 3
Megommation insigne (Smith, 1853) 0 0 0 0 0 0 0 1 1 0
Neocorynura atromarginata (Cockerell, 1901) 3 0 0 3 0 0 0 0 0 0
Neocorynura codion (Vachal, 1904) 10 24 21 19 7 14 60 25 39 80
Neocorynura dilutipes (Vachal, 1904) 13 7 2 13 1 12 7 13 4 1
Neocorynura hebe Gonçalves, 2019 0 0 1 0 0 0 0 0 0 1
Neocorynura iopodion (Vachal, 1904) 0 0 1 0 0 0 0 0 3 0
136
Espécie de abelha SJP CJB PIGUA PATU PTA PTI PP QGAC QGEN QMAN
Neocorynura laevistriata Gonçalves, 2019 1 0 0 3 2 1 0 0 0 0
Neocorynura roxane (Schrottky, 1909) 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1
Paroxystoglossa andromache (Schrottky, 1909) 1 2 2 0 0 0 0 1 3 1
Paroxystoglossa brachycera Moure, 1960 8 0 0 0 0 0 0 0 7 0
Paroxystoglossa jocasta (Schrottky, 1910) 2 0 0 3 0 0 0 0 0 0
Paroxystoglossa spiloptera Moure, 1960 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0
Pseudaugochlora graminea (Fabricius, 1804) 0 1 1 1 0 0 7 2 1 0
Pseudaugochlora indistincta Almeida, 2008 0 3 0 9 1 5 11 0 1 0
Rhectomia pumilla Moure, 1947 0 1 4 0 0 0 0 0 1 0
Rhinocorynura vernoniae (Schrottky, 1914) 20 0 0 0 0 0 0 7 19 0
Temnosoma sp. 01 0 1 0 0 0 0 0 6 1 0
Temnosoma sp. 02 0 1 1 0 0 0 0 0 1 0
Temnosoma sp. 03 1 0 0 1 0 0 0 4 2 0
Thectochlora alaris (Vachal, 1904) 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Caenohalictini
Agapostemon (Notagapostemon) semimelleus Cockerell, 1900 0 0 16 1 13 13 0 11 1 10
Caenohalictus curticeps (Vachal, 1903) 0 1 0 1 1 15 1 2 0 4
Caenohalictus incertus (Schrottky, 1902) 0 0 3 2 0 4 0 0 0 0
Caenohalictus cfr. palumbes (Vachal, 1903) 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0
Caenohalictus palumbes (Vachal, 1903) 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0
Caenohalictus tesselatus (Moure, 1940) 15 2 6 5 8 1 0 1 1 0
Caenohalictus sp. 01 0 0 2 0 0 0 0 0 0 2
Habralictus canaliculatus Moure, 1941 0 0 13 1 1 2 0 0 1 5
Habralictus macrospilophorus Moure, 1941 0 0 8 0 1 2 0 0 1 2
Oragapostemon divaricatus (Vachal, 1904) 0 0 8 0 1 0 0 0 0 0
Pseudagapostemon (Neagapostemon) cyanomelas Cure, 1989 0 3 1 1 4 6 0 0 0 0
Pseudagapostemon (Pseudagapostemon) cyaneus Moure &
Sakagami, 1984 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Pseudagapostemon (Pseudagapostemon) pruinosus Moure &
Sakagami, 1984 22 0 49 16 23 40 0 0 16 0
Halictini
Dialictus nanus (Smith, 1879) 1 4 0 1 0 4 3 4 11 0
Dialictus opacus (Moure, 1940) 0 5 5 2 13 6 64 25 5 18
Dialictus phaedrus (Schrottky, 1910) 0 0 16 0 1 2 0 3 0 1
Dialictus rostratus (Moure, 1947) 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Dialictus sp. 01 2 0 0 2 1 0 4 0 2 3
Dialictus sp. 02 1 60 17 5 7 41 2 15 13 12
Dialictus sp. 03 0 1 0 1 1 3 1 0 0 1
Dialictus sp. 04 4 5 0 0 0 0 0 0 0 0
Dialictus sp. 05 4 6 3 3 2 2 5 3 1 2
Dialictus sp. 06 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0
Dialictus sp. 07 3 37 1 16 13 9 18 11 3 3
Dialictus sp. 08 0 0 0 1 3 0 0 0 0 0
Dialictus sp. 09 1 5 13 4 2 1 0 4 2 0
Dialictus sp. 11 5 2 5 1 1 1 0 0 0 0
Dialictus sp. 12 0 6 6 20 14 27 3 24 31 25
Dialictus sp. 13 3 1 0 0 1 0 0 0 0 0
Dialictus sp. 14 1 1 0 7 1 0 0 1 0 0
Dialictus sp. 15 1 5 8 11 6 10 8 4 7 4
Dialictus sp. 16 1 1 5 2 1 1 0 4 1 1
Dialictus sp. 17 2 1 0 0 0 0 0 0 1 0
Dialictus sp. 18 0 0 1 0 0 0 1 0 0 0
Dialictus sp. 19 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0
Sphecodini
Microsphecodes russeiclypeatus (Sakagami & Moure, 1962) 0 0 0 0 1 0 0 0 1 0
Sphecodes brasiliensis Schrottky, 1910 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0
137
Espécie de abelha SJP CJB PIGUA PATU PTA PTI PP QGAC QGEN QMAN
Sphecodes sp. 01 0 0 0 0 0 0 0 4 0 1
Sphecodes sp. 02 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0
Sphecodes sp. 03 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0
Sphecodes sp. 04 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0
Sphecodes sp. 05 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0
Megachilinae
Anthidiini
Anthidium manicatum (Linnaeus, 1758) 0 2 0 0 1 0 0 0 0 1
Anthodioctes claudii Urban, 1999 0 0 0 0 0 0 2 1 0 0
Anthodioctes megachiloides Holmberg, 1903 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0
Ctenanthidium gracile Urban, 1993 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0
Dicranthidium aff. soniae Urban, 1993 0 0 0 0 3 0 0 0 0 0
Dicranthidium sp. 01 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0
Epanthidium autumnale (Schrottky, 1909) 0 0 2 0 0 1 0 0 0 0
Epanthidium nectarinioides (Schrottky, 1902) 0 0 0 0 0 0 0 3 1 1
Hypanthidium divaricatum (Smith, 1854) 0 0 2 0 2 3 0 0 0 6
Moureanthidium paranaense Urban, 1995 0 1 0 2 0 1 0 1 0 4
Moureanthidium subarenarium (Schwarz, 1933) 0 1 0 0 0 1 0 0 0 0
Megachilini
Coelioxys (Acrocoelioxys) tolteca Cresson, 1878 4 2 3 4 2 2 1 11 1 9
Coelioxys (Cyrtocoelioxys) sp. 01 2 2 0 1 2 0 0 3 0 2
Coelioxys (Cyrtocoelioxys) sp. 02 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0
Coelioxys (Cyrtocoelioxys) sp. 03 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0
Coelioxys (Glyptocoelioxys) cerasiopleura Holmberg, 1903 2 2 0 0 0 0 0 0 0 0
Coelioxys (Glyptocoelioxys) chacoensis Holmberg, 1903 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Coelioxys (Glyptocoelioxys) sp. 01 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0
Coelioxys (Neocoelioxys) praetextata Haliday, 1836 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Coelioxys (Neocoelioxys) sp. 01 0 0 0 1 0 1 0 0 0 0
Megachile (Acentron) lentifera Vachal, 1909 2 0 0 0 0 0 0 0 3 0
Megachile (Acentron) sp. 01 3 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Megachile (Austromegachile) facialis Vachal, 1909 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0
Megachile (Austromegachile) susurrans Haliday, 1836 3 4 1 1 5 1 8 10 7 9
Megachile (Austromegachile) trigonaspis Schrottky, 1913 0 0 0 0 1 1 0 1 0 0
Megachile (Austromegachile) sp. 01 0 0 0 0 0 0 1 1 0 0
Megachile (Chrysosarus) cfr. tuberculifera Schrottky, 1913 2 0 2 1 0 1 0 1 1 2
Megachile (Chrysosarus) sp. 01 2 3 0 2 1 0 0 0 2 1
Megachile (Leptorachina) sp. 01 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0
Megachile (Leptorachis) aetheria Mitchell, 1930 0 4 1 4 0 0 0 1 1 2
Megachile (Leptorachis) paulistana Schrottky, 1902 0 0 3 0 0 0 0 1 1 1
Megachile (Leptorachis) sp. 01 0 0 1 0 1 0 0 0 0 0
Megachile (Melanosarus) aff. brasiliensis Dalla Torre, 1896 0 0 0 5 0 1 0 0 0 0
Megachile (Moureapis) apicipennis Schrottky, 1902 10 8 9 20 11 10 9 38 22 26
Megachile (Moureapis) maculata Smith, 1853 0 1 0 0 0 4 0 0 4 3
Megachile (Moureapis) nigropilosa Schrottky, 1902 3 3 0 0 1 0 0 0 0 1
Megachile (Pseudocentron) curvipes Smith, 1853 0 7 1 0 0 0 0 1 5 7
Megachile (Tylomegachile) orba Schrottky, 1913 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Megachile sp. 01 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1
Megachile sp. 02 1 0 1 0 0 3 0 0 0 2
138
MATERIAL SUPLEMENTAR 4. ANÁLISE DOS RESÍDUOS DOS MODELOS SELECIONADOS PELAS ANÁLISES DE
MODELOS LINEARES BENERALIZADOS (GLM) ENTRE AS VARIÁVEIS BIOLÓGICAS RELACIONADAS ÀS ABELHAS
E AS VARIÁVEIS DA PAISAGEM:
A. B.
C. D.
139
E. F.
G. H.
140
RIQUEZA DE ABELHAS QUE NIDIFICAM NO SOLO E: I. PORCENTAGEM DE ÁREA VERDE A 500 METROS; J.
PORCENTAGEM DE ÁREA VERDE A 500 METROS SEM A ÁREA DO PASSEIO PÚBLICO; K. DISTÂNCIA ENTRE OS
FRAGMENTOS A 1KM SEM A ÁREA DO PASSEIO PÚBLICO; L. ÍNDICE DE SHANNON DA PAISAGEM A 500 METROS;
M. ÍNDICE DE SHANNON DA PAISAGEM A 500 METROS MAIS A DISTÂNCIA ENTRE OS FRAGMENTOS A 1KM; N.
ÍNDICE DE SHANNON DA PAISAGEM A 500 METROS MAIS O FORMATO MÉDIO DAS MANCHAS DE HABITAT
ARBÓREO A 500 METROS; O. ÍNDICE DE SHANNON DA PAISAGEM A 2KM SEM A ÁREA DO PASSEIO PÚBLICO; P.
NÚMERO DE FRAGMENTOS A 2KM SEM A ÁREA DO PASSEIO PÚBLICO
I. J.
K. L.
M. N.
141
O. P.
RIQUEZA DE ABELHAS SOLITÁRIAS E: Q. DENSIDADE DE BORDA DOS FRAGMENTOS DE ÁREA VERDE A 500
METROS SEM A ÁREA DO PASSEIO PÚBLICO; R. ÍNDICE DE DIVERSIDADE DE SHANNON DA PAISAGEM A 2KM;
S. MÉDIA DAS DISTÂNCIAS EUCLIDIANAS DE CADA FRAGMENTO DE ÁREA VERDE E SEU VIZINHO MAIS
PRÓXIMO A 1KM
Q. R.
S.
142
T. U.
143
MATERIAL SUPLEMENTAR 5. ANÁLISE DOS RESÍDUOS DOS MODELOS SELECIONADOS PELAS ANÁLISES DE
MODELOS LINEARES BENERALIZADOS (GLM) ENTRE AS VARIÁVEIS BIOLÓGICAS RELACIONADAS ÀS REDES
MUTUALÍSTICAS E AS VARIÁVEIS DA PAISAGEM:
A. B.
C.
144
D. E.
F.
145
MATERIAL SUPLEMENTAR 6. ESPÉCIES DE PLANTAS QUE FORAM VISITADAS POR ABELHAS, COM SUAS
RESPECTIVAS QUANTIDADES DE INTERAÇÕES.