O documento discute vários tipos de descontos e como eles devem ser tratados para fins de avaliação alfandegária. Inclui descontos retroativos, descontos por quantidade, subsídios e dumping. Explica que descontos retroativos e subsídios não podem ser deduzidos do valor aduaneiro, enquanto descontos por quantidade concedidos no momento da venda podem ser.
O documento discute vários tipos de descontos e como eles devem ser tratados para fins de avaliação alfandegária. Inclui descontos retroativos, descontos por quantidade, subsídios e dumping. Explica que descontos retroativos e subsídios não podem ser deduzidos do valor aduaneiro, enquanto descontos por quantidade concedidos no momento da venda podem ser.
O documento discute vários tipos de descontos e como eles devem ser tratados para fins de avaliação alfandegária. Inclui descontos retroativos, descontos por quantidade, subsídios e dumping. Explica que descontos retroativos e subsídios não podem ser deduzidos do valor aduaneiro, enquanto descontos por quantidade concedidos no momento da venda podem ser.
O documento discute vários tipos de descontos e como eles devem ser tratados para fins de avaliação alfandegária. Inclui descontos retroativos, descontos por quantidade, subsídios e dumping. Explica que descontos retroativos e subsídios não podem ser deduzidos do valor aduaneiro, enquanto descontos por quantidade concedidos no momento da venda podem ser.
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III – DESCONTOS RETROATIVOS:
Pode acontecer que um vendedor consente na fatura relativa a uma
transação específica um desconto que, de fato, diga respeito a uma transação anterior. Entre os motivos que levam o vendedor a essa prática, está o fato de os produtos fornecidos anteriormente apresentarem um defeito de fabricação, que os produtos enviados em uma remessa anterior foram danificados enquanto o risco ainda era assumido pelo vendedor ou que a remessa anterior não cumpriu as estipulações do contrato. O desconto concedido nessas condições representa uma compensação e surge a questão de como determinar o valor das mercadorias durante a transação à qual a redução é atribuída. Já foi declarado que, para um desconto ser aceitável, ele deve ter sido concedido no momento da declaração aduaneira de importação e que se refere às mercadorias a serem avaliadas. Como resultado, descontos "retroativos" não podem ser deduzidos para fins de avaliação alfandegária.
IV – DESCONTOS E DESCONTOS DE QUANTIDADE:
1 - Desconto para pagamento à vista ou de acordo com prazos fixos: O pagamento parcial ou total de uma mercadoria pode-se efetuar: - seja antes da entrega; - seja no momento da entrega; - seja posteriormente a entrega. Em geral, as condições de pagamento não devem ser levadas em consideração na determinação do valor aduaneiro. 1.1 – Pagamento antecipado: A questão dos descontos concedidos de acordo com os prazos de pagamento foi brevemente mencionada. Assim que o preço efetivamente pago ou a pagar, ou seja, o preço líquido faturado, for utilizado para a avaliação alfandegária, não será necessário reincorporar descontos no valor aduaneiro. 1.2 - Pagamento em dinheiro: No momento selecionado para avaliação aduaneira, duas situações podem surgir: - o importador pagou, aproveitando o desconto esperado, - o pagamento ainda não foi efetuado e, portanto, não se sabe com certeza se o importador se beneficiará do desconto esperado. Deve-se fazer referência aos pareceres consultivos 5.1 a 5.3 do comitê de avaliação técnica da OMA, que confirmam o princípio da aceitação geral de descontos, especificando ainda que um desconto oferecido, mas ainda não foi efetivamente aplicado no momento da a avaliação não constitui um motivo para rejeitar o valor da transação. 1.3 – Descontos por quantidade: Entre os descontos mais comuns em matéria comercial, destacam-se, em particular, os descontos concedidos de acordo com as quantidades importadas. Este ponto pode ser ilustrado pelos seguintes exemplos, extraídos do parecer 15.1 do comitê técnico de avaliação aduaneira. Descontos por quantidade são reduções concedidas pelo vendedor a seus clientes no preço das mercadorias, levando em consideração as quantidades compradas durante um determinado período. Não há quantidade padrão no Acordo de Avaliação da OMC que seja levada em consideração ao determinar se o preço realmente pago ou a pagar pelas mercadorias importadas pode ser usado para determinar o valor aduaneiro sob o artigo 1. Consequentemente, para fins de avaliação aduaneira, deve-se levar em consideração a quantidade com base na qual o preço unitário das mercadorias a serem avaliadas é determinado quando elas são vendidas para exportação com destino ao país de importação. Portanto, não há desconto, dada uma escala fixa com base na quantidade de mercadorias compradas. Existem então duas categorias gerais de descontos: - os intervenientes antes da importação das mercadorias, e - os intervenientes após a importação das mercadorias. Exemplo: Um contrato entre um comprador e um vendedor fornece os seguintes descontos por quantidade para mercadorias compradas durante um ano civil: - de 1 a 9 unidades: sem desconto - de 10 a 49 unidades: 5% de desconto - mais de 50 unidades: descontos de 8% Além dos descontos mencionados acima, um novo desconto de 3% é concedido no final do ano, calculado retroativamente à quantidade total comprada durante o ano. Situação 1: O importador compra 27 unidades em uma única transação a um preço reduzido pelo desconto de 5%, mas as importa: a) em uma única remessa de 27 unidades; b) em três remessas cada uma compreendendo 9 unidades. Avaliação: Em ambos os casos, o valor aduaneiro deve ser determinado com base no preço efetivamente pago ou a pagar pelas mercadorias importadas, ou seja, o preço menos um desconto de 5% que contribuiu para a determinação desse preço. Situação 2: Após a compra e importação das 27 unidades, o importador compra e importa no mesmo ano civil 42 outras unidades (totalizando 69 unidades). Para esta segunda compra de 42 unidades, o comprador se beneficia de um desconto de 8%. No final do ano, é determinado o valor total das importações. O vendedor concede um desconto adicional de 3% sobre a quantidade total comprada durante o ano. Avaliação: O desconto de 8% aplicado a 42 unidades é um elemento do preço do vendedor; contribuiu para a determinação do preço unitário dos produtos quando foram vendidos para exportação para o país importador. Consequentemente, isso deve ser levado em consideração na determinação do valor aduaneiro dessas mercadorias. Por outro lado, o desconto adicional de 3% concedido retroativamente não deve ser aceite nem para a segunda importação nem para as 27 unidades anteriormente importadas, porque não contribuiu para a determinação do preço unitário das unidades importadas.
V - CASOS ESPECIAIS DE MERCADORIAS SUJEITAS A SUBVENÇÃO OU
DUMPING Os governos podem conceder ajuda econômica a pessoas físicas ou jurídicas ou a órgãos administrativos na forma de subsídios ou bônus de exportação para promover a produção, fabricação ou exportação de um determinado produto. Além disso, certas práticas comerciais conhecidas como "dumping" consistem na venda de um produto ou de uma gama de produtos a preços abaixo dos preços de mercado e, portanto, causam danos materiais à produção doméstica. Os efeitos desses dois tipos de situação, que podem ser analisados, em última análise, em descontos de um tipo específico, sobre o valor aduaneiro são apresentados a seguir. 1 - Bens sujeitos a subsídio: Por sua própria natureza, um subsídio não pode ser considerado como um elemento da transação entre o comprador e o vendedor, nem como uma das condições ou serviços mencionados no Artigo 1 - parágrafo 1-b) do Acordo. Um subsídio não pode, portanto, ser interpretado como um pagamento efetuado pelo comprador e, como tal, não faz parte do preço pago ou a pagar. Além disso, em aplicação do disposto no Acordo acima mencionado, não pode levar à rejeição do valor da transação. Além disso, os subsídios, que não se enquadram em nenhuma das categorias de custos a serem adicionados, não podem ser incorporados no valor aduaneiro. No entanto, nos raros casos em que o valor do subsídio é pago diretamente ao comprador e em que este paga ao vendedor um preço total, incluindo o subsídio, que não está incluído na lista de itens a deduzir, não pode ser removido no final da avaliação. 2 - Mercadorias objeto de dumping: De acordo com o preâmbulo do Acordo de Avaliação, as partes contratantes concordaram que os procedimentos de avaliação não devem ser utilizados para combater o dumping que se enquadra em um procedimento específico (consulte o Acordo Anti-dumping). É ainda esclarecido que, quando as mercadorias estão sujeitas à cobrança de um direito anti-dumping, esse direito não deve ser incluído no valor aduaneiro. VI – ELEMENTOS A ADICIONAR AO PREÇO PAGO OU A PAGAR Os elementos a acrescentar ao preço efetivamente pago ou a pagar que se refere o artigo 8 do Acordo, podem ser agrupados nas seguintes rubricas: 1 – Elementos suportados pelo comprador, mas não incluídos no preço. Esta categoria inclui comissões de vendas, corretoras, recipientes e embalagens, referidos no Artigo 8.1 a) do Acordo. 2 - Produtos e serviços fornecidos direta ou indiretamente pelo comprador gratuitamente ou a um custo reduzido e utilizados durante a produção e venda de mercadorias importadas. Estes são os elementos mencionados no artigo 8.1 (b) do Acordo: materiais, componentes incorporados nas mercadorias: - ferramentas, matrizes, moldes utilizados na produção de mercadorias importadas, - materiais consumidos na produção de mercadorias importadas, - trabalhos de engenharia, estudo, arte e design, planos e esboços, executados fora do território aduaneiro de importação e necessários para a produção de mercadorias importadas. 3 – Royalties (direitos autorais) e taxas de licença dos bens a serem avaliados. Esta parte abrange os pagamentos feitos, em particular, por patentes, marcas comerciais (artigo 8.1.c do Acordo). 4 - Valor de qualquer parte do produto de qualquer revenda, transferência ou uso subsequente de bens importados que retorne direta ou indiretamente ao vendedor (artigo 8.1.d do Acordo). Esse tipo de pagamento não deve ser confundido com as taxas e taxas de licença mencionadas acima. 5 - Despesas de transporte e seguro, carregamento e manuseio de mercadorias importadas até o local de introdução no território aduaneiro de importação, se essa opção tiver sido escolhida pelo país membro do Acordo. A consideração desses elementos resulta da escolha de uma base nacional de dados (livre de fronteira ... para informações) para a determinação do valor aduaneiro (artigo 8.1.e). O estudo detalhado desses vários elementos a serem adicionados para a avaliação aduaneira de mercadorias importadas é o assunto a ser tratado a seguir. VII - CUSTOS SUPORTADOS PELO COMPRADOR, MAS NÃO INCLUÍDOS NO PREÇO 1 - COMISSÕES E CORRETORES Tendo em conta as disposições relativas ao valor aduaneiro, é muito importante definir com precisão os conceitos de: - comissão de compra, - comissão de venda, - comprador e vendedor. - as taxas de corretagem e as comissões de vendas devem ser incorporadas ao valor aduaneiro, quando a remuneração do comissário de vendas (que atua em nome do vendedor) ou do corretor é suportada pelo comprador, mas ainda não foram incluídos no preço pago ou a pagar (preço da fatura) pelas mercadorias. - as comissões de compra não devem ser incluídas no valor aduaneiro e podem ser deduzidas por solicitação (cf. artigo 8.1.a.ii) do Acordo. 1 - A - Distinção entre agente de comissão e revendedor comprador: O agente da comissão difere principalmente do comprador revendedor, pois o primeiro não se torna o proprietário da mercadoria, o que se manifesta pelos seguintes fatos: Ele vende em nome do fornecedor e tem a obrigação de informar o último sobre o preço pelo qual processou, de apresentar as faturas que estabeleceu, os recibos e todos os outros documentos emanados do terceiro, isto, em particular, por provar que ele não obteve nenhum benefício da transação fora do direito da comissão que foi reconhecido pelo seu principal. No caso de uma disputa relacionada à venda de mercadorias importadas pelo comissário, é possível uma ação direta entre o cliente (contratação de terceiros) e o principal (fornecedor estrangeiro); essa ação, sobreposta às responsabilidades recíprocas do comissário e de seu cliente, não existiria se o importador fosse um comprador-vendedor. Exceto nos casos da " cláusula de credor", o agente da comissão que não cometeu uma falta não é responsável pelo não pagamento do preço pelo comprador; riscos comerciais e financeiros permanecem de responsabilidade do vendedor estrangeiro. O comissário não tem a livre disposição das mercadorias, deve cumprir o mandato que lhe foi conferido. Este mandato pode ser geral, a diferença entre o comprador e o comissário nem sempre é muito clara. No caso de perda dos bens por evento fortuito ou violação grave, quando esses bens estiverem depositados junto ao comissário, este não será responsável, exceto cláusula expressa a esse respeito. A remuneração do comissário é normalmente limitada à comissão acordada. Outro critério prático de distinção é que a margem de lucro do comprador- vendedor é normalmente muito superior à taxa de uma comissão. 1 – B – Comissário: Um certo número de indicações úteis é fornecido pela nota explicativa 2.1, relativa a comissões e corretoras, e o Comentário 17.1, referente às comissões de compra do Comitê Técnico de Avaliação Aduaneira, cujos princípios essenciais são descritos a seguir. O comissário (também conhecido como "agente" ou "intermediário") é, portanto, uma pessoa que compra ou vende, se necessário em seu próprio nome, mas por conta de um principal. Ele participa da conclusão do contrato de venda e representa o vendedor ou o comprador. O agente é remunerado por uma comissão, geralmente expressa como uma percentagem do preço da mercadoria. Esse intermediário participa da celebração do contrato de venda, às vezes até na sua execução sem, em nenhum momento, ser o proprietário da mercadoria. O tratamento a ser aplicado às comissões de compra, que não devem ser incluídas no valor aduaneiro, será mencionado posteriormente.