Analise de Projetos de Investimento
Analise de Projetos de Investimento
Analise de Projetos de Investimento
PROJETOS DE
INVESTIMENTO
ENQUADRAMENTO TEORICO
ENQUADRAMENTO TEORICO
3
ENQUADRAMENTO TEORICO
4
ENQUADRAMENTO TEORICO
• Pela entrada em segmentos geográficos de mercado ainda por explorar, ou que, sendo
explorados, a procura aumentou.
5
ENQUADRAMENTO TEORICO
6
LOCALIZAÇÃO DO PROJETO
LOCALIZAÇÃO DO PROJETO
• Pode-se então afirmar que a opção do local de implementação constitui à partida a base
fundamental para viabilizar um determinado projeto de investimento.
8
LOCALIZAÇÃO DO PROJETO
9
LOCALIZAÇÃO DO PROJETO
10
LOCALIZAÇÃO DO PROJETO
• Deve prevalecer uma maior eficiência de fatores de produção e não simplesmente a sua
existência, isto é, a localização torna-se importante na medida da sua influência sobre a
produtividade e o crescimento.
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LOCALIZAÇÃO DO PROJETO
Contexto
Diamante Industrial para a
estratégia e
rivalidade
Condições
de fatores Condições
de da procura
produção
Industria
relacionada
e de
suporte
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LOCALIZAÇÃO DO PROJETO
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LOCALIZAÇÃO DO PROJETO
CONDIÇÕES DA PROCURA:
14
ANÁLISE DE MERCADO
ANÁLISE DE MERCADO
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ANÁLISE DE MERCADO
• Qualquer projeto estará adstrito à linha estratégica traçada pela empresa no sentido de
ganhar melhor posicionamento de mercado, quer mantendo os negócios correntes , quer
por via de realização de extensões de produtos, regiões geográficas ou mesmo na procura
de maior produtividade através da introdução de novas tecnologias.
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ANÁLISE DE MERCADO
ANÁLISE DA OFERTA:
• Um ponto de partida consiste no enquadramento sectorial do projeto, começado por
analisar a estrutura da oferta, particularmente as principais empresas que operam no
mercado do bem ou serviço do projeto, revelando as suas características operacionais, os
produtos, canais de distribuição e evolução histórica.
• Saber como é que as empresas atuam, quais são os seus pontos fortes, por que razão esta
ou aquela empresa sofreu prejuízos ou fechou o negocio, ou outra empresa tem sucesso,
que tipo de pressões existem dos vários interesses, quais as tendências mais recentes ao
nível da procura, dentro de outras perguntas.
• Qualquer projeto passará por uma estratégia de ganhar mercado sem canibalizar as
atividades correntes da empresa, no caso de novos produtos ou para autonomia em
determinadas operações na implementação de uma estratégia de integração de
operações.
• Salvo determinado tipo de estrutura de mercado, em geral, o projeto deverá procurar
vantagens competitivas através de:
18
ANÁLISE DE MERCADO
• BAIXO CUSTO: o projeto constitui uma proposta de negócio mais atraente porque
economiza em determinadas operações, ou pelo efeito de escala, ganhando mercado por
via da variável preço, mantendo semelhanças de atributos do bem com relação às
empresas já existentes no sector.
19
ANÁLISE DE MERCADO
• A estrutura do mercado, do lado da oferta, determinará até que ponto o projeto estará em
condições de enfrentar a dinâmica das forças envolventes do sector, apresentando-se de
seguida o esquema de um modelo de estrutura concorrencial:
BARREIRAS À ENTRADA:
• Economias de escala.
• Necessidades de capital.
• Propriedade industrial.
• Política do governo.
20
ANÁLISE DE MERCADO
• Ameaças de integração.
• Política do governo.
21
ANÁLISE DE MERCADO
• Crescimento da indústria.
• Barreiras à saída.
• Diferenças no produto.
22
ANÁLISE DE MERCADO
ANÁLISE DA PROCURA:
• As projeções da procura dos bens do projeto deverá ser realizado com cautela, tendo por
base a identificação clara do produto ou serviço, dos segmentos de mercado (classes,
regiões) com descrição aproximada do perfil dos consumidores e, a determinação dos
fatores considerados mais preponderantes na decisão de compra.
• Estes fatores, como é óbvio, incluirão outros relativos à estrutura da oferta, como é o caso
de produtos substitutos ou complementares.
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ANÁLISE DE MERCADO
“CHECKLIST” :
• Identificação dos produtos/serviços do projeto.
• Identificação e descrição dos segmentos de mercado.
• Descrição do perfil de consumidores do projeto e respetiva estimativa.
• Analise dos fatores que determinam a procura: o preço, o rendimento per capita,
produtos substitutos, produtos complementares, dentre de outros.
• Importação no caso de projetos de substituição de importações.
• Exportação no caso de projetos orientados para a exportação.
• Evolução dos sectores pertinentes no caso de bens intermediários.
• Análise da legislação e enquadramento legal do projeto, em termos de direitos
aduaneiros, incentivos fiscais ou medidas de segurança e ambiente.
24
ANÁLISE DE MERCADO
• Estes elementos de informação, quer quantitativo quer qualitativo, servem de base para
elaborar projeções sobre a procura do bem ou serviço do projeto, em função da evolução
histórica dos últimos 5 anos, e da informação disponível sobre outros fatores
preponderantes na determinação do quadro evolutivo dessa procura.
• Este exercício não deve ser alheio às espectativas sobre a evolução do sector e a
capacidade das empresas existentes em imitarem a tecnologia do projeto, situação que
poderá anular todas as vantagens que viabilizam um determinado empreendimento.
• Com efeito, trata-se de uma interação da informação sobre o mercado, a tecnologia e a
viabilidade financeira, sendo que estes aspetos multidisciplinares de analise de projetos
de investimento, tornam o estudo de viabilidade uma tarefa complexa, morosa e com
incertezas sobre o futuro.
• Refira-se que um empreendimento que implica grandes investimentos justifica a
elaboração de uma pesquisa de mercado mais cuidada, que envolve inquéritos e
especialistas de marketing para melhor aferir o nível de procura, a tecnologia viável, e,
até mesmo o momento do investimento.
25
ANÁLISE DE MERCADO
MÉTODOS DE PREVISÃO:
• Este método pressupõe uma taxa de crescimento geométrica entre os valores de consumo
de dois períodos consecutivos. A dedução logica segue do seguinte modo:
• Cn = Co(1+g)n
26
ANÁLISE DE MERCADO
• Deste modo, com base no conhecimento dos níveis de consumo de dois períodos, por
exemplo, do período t e do período n, teremos:
• Cn=Ct (1+g)n-t
• g= 𝑛 𝑡
− 𝐶𝑛 -1
•
𝐶𝑡
• Ct = consumo no ano t
27
ANÁLISE DE MERCADO
• Este método aplica-se a produtos intermediários que são objeto de transformação para a
𝑃𝐹𝑗
produção de produtos finais, os coeficientes, NCij= 𝑃𝐼𝑖 , corresponde a normas de
consumo.
• Este coeficiente pode não permanecer constante durante o horizonte temporal do projeto
(vida útil económica do projeto) uma vez que o desenvolvimento tecnológico pode
implicar alterações na sua utilização.
28
ANÁLISE DE MERCADO
29
ANÁLISE DE MERCADO
30
ANÁLISE DE MERCADO
• ∆𝑄 ∆𝑅
/ =ŋ
𝑄 𝑅
31
ANÁLISE DE MERCADO
CAPACIDADE DO PROJETO
• A estimativa da capacidade de oferta para um projeto de investimento novo (que não seja
meramente de manutenção ou reposição de equipamento obsoleto) estará em função de
diversas variáveis, como sejam, a procura, o grau de penetração possível no mercado, a
tecnologia, os recursos materiais e os constrangimentos financeiros dos promotores.
• Neste último caso, pode-se argumentar que o recurso aos capitais alheios pode resolver o
problema, geralmente o valor da comparticipação dos empreendedores é de 25%
(mínimo).
• É de salientar de que alguns projetos não fazem sentido por uma questão de tecnologia e
escala do próprio mercado.
32
ANÁLISE DE MERCADO
33
ANÁLISE DE MERCADO
PREÇO DO PRODUTO
• A viabilidade do investimento passa pela fixação de um preço que torne o produto mais
atraente e que determine a sua viabilidade comercial, tendo em consideração o contexto
da concorrência, qualidade, canais de distribuição e promoção.
• Uma estrutura de mercado com um líder implicará que o projeto, pura e simplesmente,
siga o preço determinado por este, sob pena de não vender o produto.
34
ANÁLISE DE MERCADO
• Ressalte-se adicionalmente que a fixação de preço para o projeto é também uma decisão
estratégica e pode assumir diferentes formas:
35
ANÁLISE DE MERCADO
36
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DE
INVESTIMENTOS
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS
• “Payback”.
38
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS
• Este critério tem em conta a atualização dos cash-flows através da taxa de custo do
capital.
• O valor atual líquido define-se como a soma do valor atualizado ou descontado dos cash-
flows previsionais à taxa de custo do capital.
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CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS
Formalizando:
• VAL= 𝑁 𝐶𝐹𝑡
𝑡=0 (1+𝑐)𝑡
• VAL=
𝐶𝐹0
+
𝐶𝐹1
1+𝑐 0 1+𝑐 1
+…
𝐶𝐹𝑛
1+𝑐 𝑛
; onde:
40
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS
b-) Quando o custo de capital varia de período para período ao longo do tempo:
• VAL= 𝑁
𝑇=1
𝐶𝐹𝑡
(1+𝐶𝑡)
• Repare que ∏ indica a soma dos fatores ao longo dos períodos, por exemplo, se a taxa de
desconto for de 10% no primeiro ano e de 11% no segundo, o fator de desconto no
segundo será dado por: (1+10%)-1x(1+11%)-1 ou seja, atualizamos à taxa de 11% do
segundo para o primeiro ano e depois descontamos à taxa de 10% do primeiro ano para o
momento atual.
41
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS
Exemplo 1
Descrição/Ano 0 1 2 3 4
• VAL=-20,000X(1+10%)0+6,000X(1+10%)-1+12,000X(1+10%)-2+15,000X(1+10%)-
3+15,000X(1+10%)-4
• VAL= -20,000x1.000+6,000x0.909x12,000x0.826x15,000x0.751+15,000x0.683
• VAL=16,887.00
42
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS
Exemplo 2
• Um projeto envolveu uma despesa de investimento na ordem de 75,000 u.m. (Ano 0),
com cash-flow de 35,000 u.m., durante cinco anos (anos 1 a 5), assumindo uma taxa de
desconto de 10%, calcule o VAL.
• VAL=-75,000+35,000 x a(5,10%)
• a (5,10%)= 3,790
• VAL= 57,678
43
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS
• VAL= 𝐶𝐹0
(1+𝑇𝐼𝑅)0 + 𝐶𝐹1
(1+𝑇𝐼𝑅)1 +…+𝐶𝐹𝑛 (1+𝑇𝐼𝑅)n =0
44
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS
• Existe uma relação inversa entre o custo do capital e o VAL, quanto maior o custo do
capital, menor é o VAL, ou seja, os cash-flow atualizados sofrem uma redução como
consequência do aumento da taxa de desconto.
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CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS
Exemplo 3
Ensaio VAL Sinal
• VAL=-20,000X(1+TIR)0+6,000X(1+TIR)-1+12,000X(1+TIR)-2+15,000X(1+TIR)-
3+15,000X(1+TIR)-4
46
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS
• Repare-se que a alteração do sinal acontece entre as taxas de 38% e 40%, sendo necessário
realizar uma interpolação linear pela regra de três simples, designadamente:
• 38%→493,00
• TIR→0
• 40%→-221,00
• (38%-40%)≡(493-(-221))
• (38%-TIR)≡(493-0)
• (-2%)x493=714x(38%-TIR)
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CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS
• CF0 (1+TIRM)N = 𝑁
𝑡=1 𝐶𝐹 t (1+c)
N-1
48
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS
Exemplo 4
Descrição/Ano 1 2 3 4
49
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS
• Valor dos cash-flows intermediários assumidos que são reinvestidos à taxa do custo do
capital:
• 6,000 x (1+10%)4-1+12,000x(+10%)4-2+15,000x(1+10%)4-3+15,000x(1+10%)4-4=
• =7,986+14,520+16,500+15,000=54,006
• TIRM=
4 54006
20000
– 1=28,19%
• Saliente-se que, no caso especial em que os CF anuais são constantes de um ano para
outro, a formulação da TIRM pode ser reescrita como:
• TIRM=
[𝐶𝐹𝑡 .𝑆 𝑛,𝑐 ]
𝐶𝐹0
– 1, onde S (n,c) ≡ soma dos fatores de capitalização de uma anuidade.
50
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS
51
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS
52
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS
• Por não contemplar todos os cash-flows, poderá ocultar projetos com potencial de criar
riqueza durante o horizonte temporal compreendido pelo período pós-payback, perde-se
oportunidades de investimento no futuro porque escolhendo projetos com menos cash-
flows, a possibilidade de desembolso em oportunidades futuras será menor.
• Contudo este indicador não é tão pacifico quanto parece, pois que, nada nos diz sobre o
que vai acontecer no período pós “payback”, porém, a sua simplicidade na comunicação
fazem que o “payback” seja um dos critérios eleitos por muitos gestores.
53
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS
• A decisão deverá ter em consideração: (1) cash-flows e não resultados contabilísticos; (2)
o grau de risco e o valor do dinheiro no tempo, o que é refletido pelo custo do capital, e
finalmente, (3) a analise de todos os cash-flows do projeto.
54
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS
55
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS
• Podemos perguntar qual dos critérios é o melhor? Vamos ver algumas situações em a
TIR conduz a conclusões incorretos perante projetos mutuamente exclusivos, a saber:
• Escalonamento dos cash-flow ao longo do tempo: esta situação tem a ver com o facto de
um projeto gerar cash-flow de valor significativo quase no fim do seu horizonte
temporal, sendo, por isso, penalizado pelo principio de desconto.
• Quanto à primeira situação, refira-se que o critério VAL que é expresso em termos de
valor, dá-nos, desde logo, uma indicação da riqueza criada pelo projeto.
56
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS
Exemplo 5
Descrição/Ano 0 1 2 3 4
VAL@15%-Projeto A 9,955
VAL@15%-Projeto B 2,993
57
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS
• Os dois critérios entram em contradição, o VAL do Projeto A, (9,955 u.m.) é maior que o
VAL de B (2,993 u.m.), assim escolheríamos o projeto A, ao contrário, a TIR do projeto B
(30%) supera a TIR do projeto A (23%), segundo a TIR, escolhemos o projeto B, pelo que
os resultados são contraditórios.
• O nosso objetivo é escolher o projeto que maximiza a riqueza dos investidores, o projeto
A é o melhor porque cria mais riqueza, no pressuposto de que ambos os projetos têm o
mesmo grau de risco.
• Será que essa decisão é correta? E se a empresa não tiver tanto dinheiro para investir?
58
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS
• Deste modo, obtemos o ganho adicional por cada unidade investida, afastando-se a
questão da intensidade capitalística do investimento efetuado.
59
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS
Exemplo 6
Descrição
VAL@15%-A 9,955
VAL@15%-B 2,993
IRP_A 25%
IRP_B 20%
60
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS
61
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS
• Os critérios estudados até esta parte não permitem chegar, embora nem sempre, a
decisões satisfatórias no caso de projetos mutuamente exclusivos com diferentes
horizontes temporais.
62
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS
Exemplo 7
Descrição/Ano 0 1 2 3 4 5 6
Projecto A
Projecto B
63
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS
= 1 512
64
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS
CRITÉRIO DE RÉPLICA
• Parte do pressuposto que a comparação de dois projetos deverá ser feita com base no
mesmo horizonte temporal, em termos de duração.
• Para tal, pressupõe-se que os projetos sejam replicados tantas vezes quantas forem
necessárias até que o horizonte temporal seja igual ao menor múltiplo comum da
duração dos projetos considerados de uma forma isolada.
65
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS
Exemplo 8
0 1 2 3 4 5 6
Projecto A
Projecto B
• Este critério não é isento de críticas, admite-se a hipótese de dois projetos, um com vida
útil de 7 anos e outro com a duração de 6 anos, o menor múltiplo comum é 42.
• O projeto com horizonte temporal de 7 anos deverá ser replicado, ceteris paribus, por 6
vezes e o outro por 7 vezes.
• O método de réplica deverá ser aplicado com cautela, tendo em consideração tais fatores.
67
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS
• Este critério tem por base o princípio de equivalência entre o VAL e uma anuidade,
constante e postecipada.
• Segundo este critério, escolhe-se o projeto com maior anuidade equivalente ao VAL.
68
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS
Exemplo 9
0 1 2 3 4 5 6
Projecto A
Anuidade 608
Equivalente
Projecto B
• VALA=1512≡AEAx a ¬3,10%
• AEA=608
• VALB=1606≡AEBx a ¬6,10%
• AEB=369
•
−
𝑛
1− 1+𝑟
Em que: a ¬n,r=𝑟
70
CASH FLOW DO PROJETO
CASH FLOW DO PROJETO
• A análise de um projeto de investimento passa pela valorização dos ativos reais que o
projeto cria, um exercício traduzido pelo cálculo do valor atual líquido (VAL), um dos
critérios amplamente utilizados na avaliação de projetos de investimento.
• Com efeito, se alguém possui um ativo, seja real ou financeiro, o valor desse ativo
depende dos cash-flows gerados durante a sua vida útil económica, o valor de um ativo
depende dos cash-flows que é capaz de gerar durante a sua vida útil.
72
CASH FLOW DO PROJETO
(+) Vendas Considera apenas o recebimento tendo em conta os Quando ocorre a operação e em obediência ao
créditos concedidos (conta clientes) no período princípio de especialização de exercícios
corrente e anterior
(-) Custos Considera custos desembolsáveis, ou seja, que Quando ocorre o custo e em conformidade com o
envolvem fluxos de caixa (excluem-se as princípio de especialização de exercícios e o princípio
amortizações, por exemplo). de custos históricos
73
CASH FLOW DO PROJETO
• O fim do tempo explícito revela que o projeto atingiu certa estabilidade e uma fase de
maturidade, em que os cash-flows demonstram pouca volatilidade, sendo alguns
indicadores, como seja o retorno sobre o investimento considerados estáveis.
74
CASH FLOW DO PROJETO
75
CASH FLOW DO PROJETO
• Deste modo, com o ajustamento das contas de exploração pelas contas do fundo de
maneio (contas do balanço), o cash-flow de exploração resultará de:
76
CASH FLOW DO PROJETO
• Sendo:
T ≡ Taxa de imposto
77
CASH FLOW DO PROJETO
Exemplo 10
78
CASH FLOW DO PROJETO
(1) Necessidades
(5) Recursos
79
CASH FLOW DO PROJETO
80
CASH FLOW DO PROJETO
Ano 1 Ano 2 Ano 3
81
CASH FLOW DO PROJETO
• O quadro acima mostra a modificação das contas de resultados por cada conta do
balanço.
• No entanto, esta metodologia, apesar de correta, não é adotada senão em casos em que se
pretende a elaboração de orçamentos de tesouraria;
82
CASH FLOW DO PROJETO
83
CASH FLOW DO PROJETO
EBIT=V-C
AR=taxa x IB
T≡ Taxa de imposto
AR ≡ Amortização do Exercício
84
CASH FLOW DO PROJETO
FM=NEC-REC=CL+ST-FOR
WCt =(CLt-CLt-1)+(STt-STt-1)-(FORt-FORt-1)=∆CL+∆ST-∆FOR
85
CASH FLOW DO PROJETO
• Onde:
• FM ≡ fundo de maneio, a diferença entre necessidades e recursos.
• WC ≡ investimento em fundo de maneio, calculado como a variação do fundo de
maneio.
• NE ≡ necessidade em fundo de maneio.
• REC ≡ recursos d curto prazo.
• CL ≡ conta clientes.
• ST ≡ conta de existências (Stock).
• FOR ≡ conta fornecedores.
• ∆ ≡ variação do valor de uma conta entre dois períodos sucessivos.
86
CASH FLOW DO PROJETO
• Os impostos sobre os resultados devem ser considerados na medida em que são pagos,
traduzindo um fluxo de caixa negativo.
• Altas taxas das amortizações do imobilizado representam um incentivo fiscal, visto que
reduzem o lucro tributável e resulta numa poupança fiscal de maior magnitude.
87
CASH FLOW DO PROJETO
• O valor da poupança fiscal calcula-se como o produto da taxa de imposto e o valor das
amortizações.
• Num cenário em que há incentivos fiscais traduzidos por um imposto nulo, o valor das
amortizações não têm relevância para o cálculo do cash-flow porque não é um custo
reembolsável.
88
CASH FLOW DO PROJETO
• Geralmente, a questão que se coloca é se, sem o projeto, certos custos ou proveitos
ocorreriam na mesma magnitude.
89
CASH FLOW DO PROJETO
90
CASH FLOW DO PROJETO
91
CASH FLOW DO PROJETO
PERSPETIVAS DE CASH-FLOW
92
CASH FLOW DO PROJETO
+Proveitos
-Custos Operacionais
-Amortizações do Imobilizado
-Juros
-Impostos (T)
=Resultado Líquido
93
CASH FLOW DO PROJETO
+Amortização do Exercício
94
CASH FLOW DO PROJETO
• Free Cash-Flow to the Firm (FCF), reflete os fundos libertos pelo projeto e disponíveis a
todos os financiadores, tanto credores como acionistas, o significado de Free Cash-flow é
o seguinte:
95
CASH FLOW DO PROJETO
• Anulam-se os termos simétricos da soma: juros, efeitos fiscais de juro, emissão de nova
divida e amortização da divida, isto é, o que o acionista paga é o que o credor recebe,
sendo o efeito líquido é o cash-flow do projeto, formalizando:
• Por sua vez, o fundo de maneio, resulta da diferença entre necessidades e recursos
cíclicos.
96
CASH FLOW NO ÚLTIMO ANO
CASH FLOW NO ÚLTIMO ANO
• O projeto termina no final do período explícito e os elementos dos ativos que ficam, são
vendidos no mercado pelo melhor preço a ser estimado no momento atual, as dividas a
receber são cobradas e as dividas a pagar são liquidadas.
• Sabe-se por exemplo que alguns projetos de investimento são suportados legalmente por
contractos de exploração ou licenças, prevendo-se o final das operações para um
determinado período.
98
CASH FLOW NO ÚLTIMO ANO
MÉTODOS DE ESTIMAÇÃO:
• Método da perpetuidade;
• Valor Contabilístico.
99
CASH FLOW NO ÚLTIMO ANO
• Método da Perpetuidade
• A empresa ganha uma margem constante, mantém níveis de rotação do ativo constante
e, por isso, ganha um retorno constante sobre o capital investido.
• A empresa cresce a uma taxa constante e investe a mesma proporção do seu cash-flow
bruto no negócio.
100
CASH FLOW NO ÚLTIMO ANO
𝐶𝐹𝑛(1+𝑔)
VT= , onde:
(𝑐−𝑔
c≡ Custo do Capital
101
CASH FLOW NO ÚLTIMO ANO
• O PER resulta da divisão da cotação da ação pelo valor de resultados por ação)-EPS
(Earnings per Share) ou RPA (Resultado por ação) ajustados para eliminar resultados
extraordinários.
102
CASH FLOW NO ÚLTIMO ANO
• Valor Contabilístico
• Sofre restrições por ser aplicável apenas a ativos tangíveis, sendo inadequado para
ativos intangíveis que poderão constituir o elemento de suporte básico de empresas de
consultadoria.
• Ressalte-se que para as empresas que descontinuam com as suas operações porque os
projetos que as originaram estão no seu término, procedem a uma alienação onerosa
dos seus bens.
103
CASH FLOW NO ÚLTIMO ANO
VC=IL+FM
VC ≡Valor contabilístico
IL ≡Imobilizado líquido
FM ≡Fundo de Maneio
104
CASH FLOW NO ÚLTIMO ANO
SUMÁRIO DE CONCEITOS:
• Valor terminal: Refere-se ao valor residual calculado como valor do projeto após o
período explicito.
105
CUSTO DO CAPITAL
CUSTO DO CAPITAL
107
CUSTO DO CAPITAL
108
CUSTO DO CAPITAL
• Os ativos do projeto terão um beta que resulta da média ponderada dos coeficientes beta
de cada fonte de financiamento: beta dos capitais próprios βcp e beta dos capitais alheios
βca.
Ou seja:
• 𝐶𝑃 𝐶𝐴
Βactivo=βcp[𝐶𝑃+𝐶𝐴]+βca[𝐶𝑃+𝐶𝐴]
109
CUSTO DO CAPITAL
• O beta dos ativos será independente do financiamento , ou seja, idêntico ao beta de uma
empresa não endividada, βu.
• Com o endividamento e os subsequentes pagamentos obrigatórios, os promotores do
projeto terão maior risco financeiro, o que aumenta a variância dos resultados líquidos ,
sendo estes resultados maiores quando a economia cresce e menor quando a situação
económica piora.
• Dado que o risco de negócio e financeiro do projeto é suportado pelos acionistas
(promotores) e assumindo benefícios fiscais, o beta dos capitais próprios será:
𝐶𝐴
Βcp=βu+(βu-βca)x𝐶𝑃x(1-T)
• Muitas vezes, pressupõe-se que os instrumentos de dívida têm um risco nulo, portanto ,
beta nulo, especialmente em situações em que a taxa de juro estão estabilizadas ou
variam num túnel bastante apertado. Aquela formulação passará a ser:
𝐶𝐴
Βcp=βux[1+𝐶𝑃x(1-T)]
110
CUSTO DO CAPITAL
• Formalizando:
111
CUSTO DO CAPITAL
• Um projeto, na mesma classe de risco que a empresa, terá o mesmo beta dos ativos,
enquanto que um projeto de maior risco terá uma taxa de desconto maior que a
remuneração exigida pelos investidores da empresa.
• Este conceito não é pacífico, na realidade acontece que uma determinada empresa
consegue obter o financiamento para um determinado projeto com risco específico e
diferente da empresa por causa da cobertura que a empresa oferece ao projeto.
112
FINANCIAMENTO DE PROJETOS
FINANCIAMENTO DE PROJETOS
114
FINANCIAMENTO DE PROJETOS
∆FML=∆CP-∆AF
Em que ∆CP:
• Resultados.
Em que ∆AF:
115
FINANCIAMENTO DE PROJETOS
Ou:
∆FML=∆C.C.-∆EX.C.P.
Sendo:
C.C.-Capital circulante
• As necessidades de fundo de maneio de uma empresa são dadas pela variações no fundo
de maneio.
116
FINANCIAMENTO DE PROJETOS
• Em que ∆ C.C.:
• Em que ∆ EX.C.P.:
117
FINANCIAMENTO DE PROJETOS
118
FINANCIAMENTO DE PROJETOS
• São origens de fundos para financiamento de curto prazo as variações nas seguintes
rubricas:
119
FINANCIAMENTO DE PROJETOS
∆ FM=∆CP-∆AF.
120
FINANCIAMENTO DE PROJETOS
• O auto- financiamento.
• O leasing.
• As amortizações aceleradas.
121
FINANCIAMENTO DE PROJETOS
CP-Capital próprio
122
EXERCÍCIOS PRÁTICOS
CASO PRÁTICO -1 FLUXO DE CAIXA
• Uma empresa da industria do calçado, levou a cabo um investimento de 100 mil euros,
em equipamento no seu centro de produção, que lhe irá permitir vender mais unidades
com um consequente aumento do lucro liquido em 15 mil euros ano, durante a duração
da vida útil desse equipamento e, que se estima em 10 anos.
124
RESOLUÇÃO
125
CASO PRÁTICO – 2 CASH FLOW OPERACIONAL
• A empresa ABC, pretende criar uma nova unidade de negócios e, tem no seu plano de
operações para os próximos 5 anos, (com inicio em 2015) as seguintes projeções:
• Resultado Operacional.
• Resultado Liquido.
• Cash-Flow Exploração.
127
RESOLUÇÃO
RESPOSTAS:
129
CASO PRÁTICO- 3 CÁLCULO DO VAL
• Calcule o VAL do projeto, tendo como referencia os FLUXOS DE CAIXA, caso prático 1,
e considerando uma taxa de desconto de 10% ao ano.
130
RESOLUÇÃO
131
CASO PRÁTICO- 4 CÁLCULO DA TIR
132
RESOLUÇÃO
Lucro Amortização Valor Fluxo Caixa Factor de Fluxo Caixa Factor de Fluxo Caixa
Ano Investimento Líquido Equipamento Residual Ano Desconto Descontado Desconto Descontado
0 -100.000 -100.000 1,000 -100.000 1,000 -100.000
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CASO PRÁTICO- 5 NFM
• Considerando os dados do seguinte plano de negócios, identifique as NFM e o Ciclo Financeiro Operacional para o
início do projeto (Ano 1) .
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CASO PRÁTICO- 5 NFM
NFM (Investimento)
135
RESOLUÇÃO
136
RESOLUÇÃO
137
CASO PRÁTICO- 6 NFM
138
CASO PRÁTICO- 6 NFM
139
CASO PRÁTICO- 6 NFM
Notas:
• Estima-se uma taxa de crescimento de 10% ano para o Volume de Negócios e, os custos
com materiais e prestadores de serviços variam na mesma taxa de crescimento do
Volume de Negócios.
• As compras de FSE (estão previstas variar em função da inflação estimada (5% ao ano).
• Considere ainda que para reserva de caixa e bancos, a prática de mercado é manter um
montante de 5% das vendas e prestações de serviços em disponibilidades.
140
RESOLUÇÃO
NFManeio
(Investimento) Definição Cálculo Dias Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
Prazo
concedido aos
clientes para
+ Crédito a
recebimento
Vol Neg/360 x 60 16.438 18.082 19.890 21.879 24.067
Clientes Pmr
A quantidade
de
stocks em valor
Duração média Consumos/36
que é
+ dos necessário para 0x 60 1.644 1.808 1.989 2.188 2.407
Stocks em vender face ao Dm
e
Armazém plano
Prazo que os
outros
(Compra
fornecedores
Mat+Fse
- Crédito de concedem de 30 3.288 3.493 3.713 3.948 4.200
Outros) / 360
fornecedores crédito x PMP
NFManeio
(Investimento) Definição Cálculo Dias Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
Investimento Acumulado em Necessidades de Fundo Maneio 19.795 21.897 24.216 26.774 29.595
Investimento Necessidades Fundo Maneio. Ano 19.795 2.103 2.319 2.558 2.821
142
RESOLUÇÃO
143
CASO PRÁTICO-7-ANÁLISE DO PLANO DE NEGÓCIOS
• Volume Negócios: 300 mil euros no primeiro ano com taxa de crescimento de 10%
para os anos seguintes.
• Custos com pessoal, e FSE nos montantes de 100 mil e 60 mil euros no 1º ano, e a
variarem com a taxa de inflação de 5% ao ano, nos períodos seguintes. (Ano 2 ao ano 5).
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CASO PRÁTICO-7-ANÁLISE DO PLANO DE NEGÓCIOS
• O Investimento em ativos fixos é de 120 mil euros no ano 0, com uma taxa de
amortização técnica de 20% ao ano.
• O Investimento em Fundo Maneio Necessário para suportar o seu crescimento de
negócio, está projetado em de 20% das Vendas.
• A estimativa de impostos sobre lucros é de 20%.
• Considere que o investimento em ativo fixo terá um valor 0 (zero) no final do período.
• Pretende-se a elaboração do quadro de resultados para a empresa no período dos 4 anos,
identificando:
• Cash-Flow de Exploração e de Investimentos.
• O VAL e TIR do projeto, com o custo de oportunidade de capital de 30%.
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RESOLUÇÃO
Ano
Projeto A 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6
Volume Negócios 300.000 330.000 363.000 399.300 439.230
Custos
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RESOLUÇÃO
30,0%
VAL
Acumulado -120.000 -99.385 -60.686 -25.102 7.311 36.604 45.703
Período
VAL "NPV (t;
n1:n5) +
45.703 Inv. n0"
TIR "IRR
(n1:n1
44% 0; t)
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OBRIGADO!
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