Pet Volume 4 9º Ano Ciencias Adaptado
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SEMANA 1
UNIDADE TEMÁTICA:
Vida e Evolução.
OBJETOS DE CONHECIMENTO:
Hereditariedade. Ideias evolucionistas. Preservação da biodiversidade.
HABILIDADES:
(EF09CI10) Comparar as ideias evolucionistas de Lamarck e Darwin apresentadas em textos científi-
cos e históricos, identificando semelhanças e diferenças entre essas ideias e sua importância para
explicar a diversidade biológica.
(EF09CI71MG) Associar processos de seleção natural à evolução dos seres vivos, a partir de descri-
ções de estudos de casos.
(EF09CI11) Discutir a evolução e a diversidade das espécies com base na atuação da seleção natural
sobre as variantes de uma mesma espécie, resultantes de processo reprodutivo.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Ideias evolucionistas de Lamarck e de Darwin. Evolução e diversidade de espécies.
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Um dos pensadores que acreditavam nessa ideia era o sueco Carl Von Linné (1707-1778),
(1707 conhecido como
Lineu, responsável por padronizar o nome científico das espécies e seu agrupamento em categorias hierár-
quicas (espécies, gêneros, famílias, ordens, classes e reinos). Com base nos fósseis e em outras evidências,
alguns cientistas passaram a defender a ideia de que as espécies se modificam ao longo do tempo. Isso
explicaria a diversidade das espécies e a existência de fósseis de organismos diferentes dos organismos
atuais. Essa ideia ficou conhecida como transformismo ou transmutação das espécies. Apesar de seus
defensores não apresentarem nenhuma explicação satisfatória de como esse processo ocorreria, essa
nova ideia se difundiu e influenciou o pensamento de muitos estudiosos, como Lamarck e Charles Darwin.
Teoria de Lamarck
No início do século XIX, o naturalista Jean-Baptiste
Jean Lamarck (1744-1829)
1829) sugeriu um mecanismo para
explicar a transformação das espécies. Por suas ideias, ele foi considerado um importante evolucio-
evolucio
nista que se opunha às noções fixistas de sua época. O conjunto de ideias de Lamarck é conhecido
como lamarckismo. Para Lamarck, a evolução seria guiada pela necessidade dos organismos, que, como
mencionado anteriormente, teriam uma tendência natural de aumentar de complexidade.
complexid Atualmente,
Lamarck é mais conhecido pela elaboração de duas leis que pretendiam explicar os mecanismos de
transformação dos seres vivos: a lei do uso e desuso e a lei da herança das características adquiridas,
vamos conhecê-las:
Lei do uso e desuso: Lamarck defendeu que a modificação dos animais se dá pelo uso ou pela falta
de uso das estruturas. Ele escreveu que o uso frequente e contínuo de um órgão fortalece e desen-
volve essa estrutura gradualmente enquanto a falta de uso ou o desuso, de uma estrutura faz com
que ela se enfraqueça, perdendo aos poucos sua função até desaparecer.
Lei da herança das características adquiridas: Lamarck escreveu que as modificações que ocor-
rem em um organismo são preservadas nas gerações seguintes. Isto é, acreditava que as carac-
terísticas desenvolvidas pelo uso ou desuso das estruturas, influenciadas pelo ambiente, seriam
passadas para os descendentes durante a reprodução.
Teorias de Darwin
O inglês Charles Darwin (1809-1882)
1882) participou, em 1831, de uma expedição de 5 anos no navio Beagle,
cuja missão inicial era explorar a costa da América do Sul e depois ir para a Nova Zelândia e para a Aus-
trália. Durante a expedição, Darwin coletou muitos fósseis, sobretudo na América do Sul. Darwin esteve
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também nas Ilhas Galápagos, no oceano Pacífico. Lá, observou vários animais que não existiam em
outros lugares, como iguanas-marinhas,
marinhas, tartarugas gigantes e algumas espécies de aves que ficaram
conhecidas como tentilhões de Darwin (Fig.2). Darwin notou que as diferentes espécies de tentilhões das
Ilhas Galápagos eram muito parecidas com outra ave, que vivia no continente. O naturalista supôs que as
espécies do arquipélago teriam se originado de espécies provenientes do continente, apesar deste ter
condições ambientais diferentes das ilhas, o que explicaria a semelhança entre elas. Ao longo do tempo,
essas espécies teriam se diversificado e se adaptado às condições do ambiente de cada ilha. Por exem-
plo, o formato do bico estaria relacionado ao tipo de alimentação disponível no local ocupado por elas.
Depois de muitos questionamentos e estudos na
Inglaterra, Darwin concluiu que nem todos os orga-
orga
nismos que nascem conseguem sobreviver e se
reproduzir, considerando que os recursos ambien-
ambien
tais são limitados. Darwin, que foi influenciado
influenciad pelo
trabalho do economista inglês Thomas Malthus,
afirmou que havia uma luta pela sobrevivência,
sobrevivência em
que os indivíduos com melhores oportunidades de
sobrevivência seriam aqueles mais adaptados,
adaptados isto
é, com características apropriadas para conseguir
recursos e enfrentar as condições desfavoráveis
de seu ambiente. Esses indivíduos teriam maior
probabilidade de se reproduzir e gerar descenden-
tes férteis. Darwin chamou de seleção natural a Figura 2. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/
preservação de variações favoráveis e a eliminação Fringil%C3%ADdeos_de_Darwin>. Acesso em: 22 jul. 2021.
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ATIVIDADES
a) Lamarck.
b) Darwin.
c) Wallace.
d) Aristóteles.
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SEMANA 2
UNIDADE TEMÁTICA:
Vida e Evolução.
HABILIDADE(S):
(EF09CI68MG) Construir argumentos, favoráveis ou contrários, às diferentes formas de explicar as
origens dos seres vivos.
(EF09CI70MG) Analisar textos históricos que descrevem o ambiente da Terra primitiva (composição
de gases, radiação e reações químicas), identificando os argumentos que corroboram com a hipó-
tese de Oparin sobre a origem da vida na Terra.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
- Origem da vida na Terra.
- Terra primitiva (composição de gases, radiação e reações químicas.
- Hipótese de Oparin sobre a origem da vida na Terra.
- Hipótese heterotrófica, autotrófica, panspermia e criacionismo.
Não havendo oxigênio, não havia uma camada protetora de ozônio (O3) e, isso significava que além da
luz visível, a superfície do Planeta era bombardeada por raios ultravioleta e a temperatura, bastante
elevada. Sob o efeito adicional de tempestades elétricas constantes, as moléculas mais simples teriam
sofrido reações químicas e alcançado níveis de organização mais complexas produzindo uma “sopa
nutritiva” repleta de açúcares simples, aminoácidos, ácidos graxos e nucleotídeos. O oceano primitivo
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(fig.5) era o ambiente ideal para realização de várias combinações bioquímicas possíveis. Demorou uns
2 bilhões de anos para que tivessem surgido as primeiras organizações de estruturas denominadas
coacervados, um aglomerado de moléculas protéicas envolvidas por água em sua forma mais simples.
Com o passar do tempo podem ter sur-
gido sistemas equivalentes aos coacer-
vados e compartimentalizados, isto é,
envoltos por uma membrana formada
por lipídios e proteínas que separava um
meio interno de um meio externo. Por
conter em seu interior a molécula de
ácido nucléico, esse sistema possibilitou
a capacidade de reprodução e regulação
das reações internas.
intern Nesse momento
teriam surgido os primeiros seres vivos
que, apesar de muito primitivos, eram
capazes de se reproduzir, dando origem
a outros seres semelhantes a eles.
Em 1953, Stanley Miller e Harold Urey
fizeram um experimento para testar as
ideias de Oparin e Haldane (Fig.6). Eles
descobriram que moléculas orgânicas
poderiam ser produzidas espontanea-
Figura 6. Experimento de Miller e Urey. Disponível em: :https://commons. mente sob condições redutoras, que
wikimedia.org/wiki/File:Miller-Urey_experiment
Urey_experiment-pt.svg. Acesso em: 27 jul.2021 considera-se
se que se assemelhem às
condições da Terra primitiva.
Segundo a hipótese heterotrófica baseada nas ideias de Oparin-Haldane,
Haldane, os primeiros organismos
vivos em nosso planeta eram fermentadores, apresentando uma nutrição heterotrófica, isto é, inca-
pazes de produzir seu próprio alimento. Essa hipótese heterotrófica diz que os primeiros seres vivos
absorviam moléculas orgânicas simples que estavam disponíveis nos oceanos primitivos, onde prova-
velmente a vida surgiu.
Entretanto, os opositores a essa teoria afirmam que na Terra primitiva, provavelmente, não existiam
quantidades suficientes de matéria orgânica para que esses organismos conseguissem sobreviver e
aumentar sua população. Outras hipóteses foram defendidas, vamos compreender o que elas diziam:
Hipótese autotrófica: Ela afirma que os primeiros organismos vivos eram seres quimiossintetizantes,
isto é, não utilizavam a luz solar para produção de seu alimento, mas a energia proveniente da oxidação
de compostos inorgânicos presentes na Terra primitiva. Provavelmente, os primeiros seres vivos, de
acordo com a hipótese autotrófica, realizavam esse processo, que hoje pode ser observado em algu-
mas bactérias que vivem em ambientes extremos. A principal crítica feita a essa hipótese é o fato de
que os primeiros seres vivos que se estabeleceram no planeta eram muito simples e, provavelmente,
não tinham o aparato necessário para a realização de processos autotróficos.
Dando prosseguimento ao processo evolutivo, o surgimento de organismos fotossintetizantes (seres
capazes de captar a luz solar com o auxílio de pigmentos como a clorofila e produzir alimento) enri-
queceu o teor de oxigênio da atmosfera
atmosfera terrestre. Havendo disponibilidade de oxigênio, foi possível a
sobrevivência de seres que desenvolveram reações metabólicas complexas, capazes de utilizar esse
gás na degradação de moléculas orgânicas complexas até os resíduos mais simples: CO2 e H2O. Surgi-
ram, então, os primeiros seres aeróbios, que realizam a respiração aeróbia.
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Hipótese do mundo de RNA : Alguns cientistas apoiam a hipótese que sugere que a primeira vida foi um
RNA auto-replicativo (fig.7). Em 1986, Walter Gilbert propôs uma etapa na origem da vida que envolvia
a existência de moléculas auto-replicadoras
replicadoras constituídas por RNA. Gilbert propôs que nos primeiros
estágios da vida, o RNA era o material genético principal. Além de propriedades auto-replicadoras, o
RNA tem também atividade catalisadora de reações químicas.
Panspermia: Essa foi uma das primeiras teorias acerca da origem da vida. Ela é proposta ainda na Grécia
Antiga pelo filólogo Anaxágoras. Segundo ele, o universo está repleto de “sementes da vida” e a vida na
Terra teria tido início quando uma dessas sementes caiu no planeta. Essa perspectiva ganha contornos
científicos no século XIX, quando os químicos Thenard, Vauquelin e Berzelius constatam a presença de
compostos orgânicos em material extraído de meteoritos. Com isso, no ano de 1871, William Thomson
levanta a hipótese de que os meteoros ou asteroides que colidiram com o planeta poderiam ter trazido
as primeiras formas de vida. A descoberta de aminoácidos e outras moléculas orgânicas no meteorito
Murchison, em 1969, é outro dado científico que contribui para o fortalecimento dessa teoria.
Teoria Criacionista: A teoria de que a vida teria sido uma criação divina é embasada por escritos reli-
giosos. As principais religiões que difundem suas versões criacionistas para explicar a origem dos seres
na Terra são: Cristianismo, Judaísmo e Islamismo.
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ATIVIDADES
2-De acordo com a ideia de origem da vida proposta por Oparin e Haldane, que componentes
faziam parte da atmosfera primitiva?
a) Oxigênio, água, amônia e nitrogênio.
b) Metano, amônia, hidrogênio e vapor de água.
c) Oxigênio, gás carbônico, hidrogênio e nitrogênio.
d) Vapor de água, hidrogênio, nitrogênio e gás carbônico.
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SEMANA 3
UNIDADE TEMÁTICA:
Vida e Evolução.
OBJETOS DE CONHECIMENTO:
Hereditariedade. Ideias evolucionistas. Preservação da biodiversidade.
HABILIDADE:
(EF09CI69MG) Analisar textos que descrevem os experimentos de Redi e Pasteur e identificar as
diferenças entre as ideias de cada um.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Teorias da abiogênese e biogênese.
Experimentos de Redi, Needham, Spallanzani e Pasteur.
INTERDISCIPLINARIDADE:
História.
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No experimento, observou-se que larvas surgiram apenas no frasco aberto, comprovando que larvas
não surgiam por geração espontânea. Surgia, assim, a ideia da BIOGÊNESE, na qual um ser vivo só pode-
ria surgir a partir de outro ser vivo. As evidências do experimento de Redi não convenceram toda a
comunidade científica. Muitos pesquisadores ainda acreditavam que os seres microscópicos surgiam
por geração espontânea. No entanto, a descoberta do microscópio veio levantar a questão novamente.
A teoria da abiogênese foi parcialmente reabilitada, pois parecia a única capaz de explicar o desenvol-
vimento de microrganismos visíveis apenas ao microscópio. Esta situação manteve-se
manteve até ao final do
século XVIII, quando o assunto foi novamente debatido por dois famosos cientistas da época, Needham
e Spallanzani. No entanto, a descoberta do microscópio veio levantar a questão novamente. A teoria da
abiogênese foi parcialmente reabilitada, pois parecia a única capaz de explicar o desenvolvimento de
microrganismos visíveis apenas ao microscópio.Esta situação manteve-se até ao final do século XVIII,
quando o assunto foi novamente debatido por dois famosos cientistas da época, Needham e Spallan-
zani.
John Needham, em 1745, realizou novos experimentos que vieram a reforçar a hipótese de a vida poder
originar-se por abiogênese. Consistiam em aquecer em tubos de ensaio líquidos nutritivos (Fig. 11). Em
seguida eram fechados, impedindo a entrada de ar, e os aquecia novamente. Após vários dias, nesses
tubos proliferavam enormes quantidades de pequenos organismos. Esses experimentos foram vistos
como grande reforço a hipótese da abiogênese.
Mas em 1768, Lazzaro Spallanzani criticou duramente a teoria e os experimentos de Needham, através
de experimentos similares, mas tendo fervido os frascos fechados com sucos nutritivos durante uma
hora, que posteriormente foram colocados de lado durante alguns dias. Examinando os frascos, não
encontrava-se qualquer sinal de vida. Ficou dessa forma demonstrado que Needham falhou em não
aquecer suficientemente a ponto de matar os seres pré-existentes na mistura. Isso no entanto não foi
suficiente para descartar por completo a hipótese da abiogênese. Needham replicou, sugerindo que
ao aquecer os líquidos a temperaturas muito altas, pudesse estar se destruindo ou enfraquecendo o
“princípio ativo”.
Em 1864, o cientista francês Louis Pasteur (1822-1895) realizou um famoso experimento (fig.12): Pasteur
ferveu caldo de carne em um balão de vidro com gargalo em forma de S (também chamado vidro com
“pescoço de cisne”). Como o gargalo estava aberto, o ar entrou no frasco, mas a poeira e os microrga-
nismos presentes no ar ficaram na curva do gargalo. Por isso, mesmo depois de muitos dias, não havia
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microrganismos no caldo de carne. Pasteur, então, quebrou o gargalo do frasco e os microrganismos
do ar contaminaram o caldo e se multiplicaram. Com esse experimento, Pasteur forneceu uma forte
evidência de que os microrganismos já estão presentes no ar, e não teriam surgido por geração espon-
tânea, reforçando a ideia da BIOGÊNESE.
BIOGÊNESE
ATIVIDADES
1) Há pessoas que pensam que o "bicho da goiaba" nasce espontaneamente da goiaba.
Qual teoria sobre a origem da vida tem explicação semelhante a essa?
A) Teoria da abiogênese.
B) Teoria biogênese.
C) O criacionismo.
D) A panspermia cósmica.
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SEMANA 4
UNIDADE TEMÁTICA:
Vida e evolução.
OBJETO DE CONHECIMENTO:
Preservação da biodiversidade.
HABILIDADE:
(EF09CI12) Justificar a importância das unidades de conservação para a preservação da biodiversi-
dade e do patrimônio nacional, considerando os diferentes tipos de unidades (parques, reservas e
florestas nacionais), as populações humanas e as atividades a eles relacionados.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
- Preservação da biodiversidade.
- Importância das unidades de conservação para a preservação das espécies.
- Biodiversidade e sustentabilidade.
BIODIVERSIDADE
O termo biodiversidade - ou diversidade biológica - descreve a
riqueza e a variedade do mundo natural. As plantas, os animais e
os microrganismos fornecem alimentos, remédios e boa parte da
matéria-prima industrial consumida pelo ser humano. Para entender
o que é a biodiversidade, devemos considerar o termo em dois níveis
diferentes: todas as formas de vida, assim como os genes contidos
em cada indivíduo, e as inter-relações,
relações, ou ecossistemas, na qual a
existência de uma espécie afeta diretamente muitas outras. A diver-
sidade biológica está presente em todo lugar: no meio dos desertos,
nas tundras congeladas ou nas fontes de água sulfurosas.
Figura 14. Besouro. Disponível em: https://pixnio.com/pt/animais/inseto/besouro/besouro-tropicos
https://pixnio.com/pt/animais/inseto/besouro/besouro tropicos-gestao-natural-recursos-areas-
alta-biodiversidade
biodiversidade Acesso em 09 de ago.2021.
A diversidade genética possibilitou a adaptação da vida nos mais diversos pontos do planeta. As plan-
tas, por exemplo, estão na base dos ecossistemas. Não se sabe quantas espécies vegetais e animais
existem no mundo. As estimativas variam entre 10 e 50 milhões, mas até agora os cientistas classifica-
ram e deram nome a somente 1,5 milhão de espécies.
Entre os especialistas, o Brasil é considerado o país da “megadiversidade”: aproximadamente 20% das
espécies conhecidas no mundo estão aqui. É bastante divulgado, por exemplo, o potencial terapêutico
das plantas da Amazônia. A poluição, o uso excessivo dos recursos naturais, a expansão da fronteira
agrícola em detrimento dos habitats naturais, a expansão urbana e industrial, tudo isso está levando
muitas espécies vegetais e animais à extinção.
A cada ano, aproximadamente 17 milhões de hectares de floresta tropical são desmatados. As esti-
esti
mativas sugerem que, se isso continuar, entre 5% e 10% das espécies que habitam as florestas tro-
61
picais poderão estar extintas dentro dos próximos 30 anos. A sociedade moderna - particularmente
os países ricos - desperdiça grande quantidade de recursos naturais. A Convenção da Diversidade
Biológica é o primeiro instrumento legal para assegurar a conservação e o uso sustentável dos recur-
sos naturais. Mais de 160 países assinaram o acordo, que entrou em vigor em dezembro de 1993.
O pontapé inicial para a criação da Convenção ocorreu em junho de 1992, quando o Brasil organizou e
sediou uma Conferência das Nações Unidas, a Rio-92, para conciliar os esforços mundiais de proteção
do meio ambiente com o desenvolvimento socioeconômico.
Texto disponível em: <dhttps://www.wwf.org.br/natureza_brasileira/questoes_ambientais/biodiversidade/>.
www.wwf.org.br/natureza_brasileira/questoes_ambientais/biodiversidade/>. Acesso em: 09 ago. 2021.
UNIDADES DE CONSERVAÇÃO.
A primeira revolução industrial ocorreu na Inglaterra na segunda metade do século XVIII, e significou
uma importante mudança para o mundo. Ela garantiu o surgimento da indústria e consolidou o pro-
cesso de formação do capitalismo. O avanço tecnológico continuou até os dias atuais, alterando as
organizações econômicas, políticas e sociais, além de trazer impactos ambientais. Vivemos em um
planeta rico em biodiversidade, mas a maneira com que lidamos com o meio ambiente afeta direta-
mente a biodiversidade e, consequentemente, toda a rede de relações entre espécies e entre os seres
vivos e o ambiente. Diante da exploração predatória dos recursos ambientais em nome do progresso e,
consequentemente, das constantes ameaças aos ecossistemas, tornou-se iminente a necessidade da
criação de unidades de conservação da natureza.
Unidade de Conservação (UC) é a denominação dada pelo Sistema Nacional de Unidades de Conserva-
ção da Natureza (SNUC) (Lei nº 9.985, de 18 de julho de 2000) às áreas naturais passíveis de proteção por
suas características especiais. São “espaços territoriais e seus recursos ambientais, incluindo as águas
jurisdicionais, com características naturais relevantes, legalmente instituídos pelo Poder Público, com
objetivos de conservação e limites definidos, sob regime especial de administração, ao qual se aplicam
garantias adequadas de proteção da lei” (art. 1º, I).
As UCs têm a função de salvaguardar a representatividade de porções significativas e ecologicamente
viáveis das diferentes populações, habitats e ecossistemas do território nacional e das águas jurisdi-
cionais, preservando o patrimônio biológico existente. Além disso, garantem às populações tradicio-
nais o uso sustentável dos recursos naturais de forma racional e ainda propiciam às comunidades do
entorno o desenvolvimento de atividades econômicas sustentáveis. No Brasil, este direito fundamental
é garantido aos cidadãos pela Constituição Federal de 1988 no art. 225:
225: “Todos têm direito ao meio
ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade
de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as
presentes e futuras gerações.”As.”As unidades de conservação da esfera federal do governo são adminis-
tradas pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Nas esferas estadual e
municipal, por meio dos Sistemas Estaduais e Municipais de Unidades de Conservação. O SNUC agrupa
as unidades de conservação em dois grupos, de acordo com seus objetivos de manejo e tipos de uso:
Proteção Integral e Uso Sustentável (Fig.15).
As Unidades de Proteção Integral têm como principal objetivo preservar a natureza, sendo admitido
apenas o uso indireto dos seus recursos naturais, ou seja, aquele que não envolve consumo, coleta
ou dano aos recursos naturais: recreação em contato com a natureza, turismo ecológico, pesquisa
científica, educação e interpretação ambiental, entre outras. As Unidades de Uso Sustentável, por sua
vez, têm como objetivo compatibilizar a conservação da natureza com o uso sustentável dos recursos,
conciliando a presença humana nas áreas protegidas. Nesse grupo, atividades que envolvem coleta e
uso dos recursos naturais são permitidas, desde que praticadas de uma forma a manter constantes os
recursos ambientais renováveis e processos ecológicos.
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Figura 15. Grupos e categorias de Unidades de Conservação do Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza. Disponível
em: <https://www.researchgate.net/figure/FIGURA
.net/figure/FIGURA-2-Grupos-e-categorias-de-Unidades-de-Conservacao
Conservacao-do-Sistema-Nacional-de-
Unidades_fig2_331051808> . Acesso em: 09 ago. 2021.
63
Segundo o cadastro nacional de unidades de conservação atualmente, existem no Brasil 149 unidades
de proteção integral a nível nacional, 399 à esfera estadual e 229 correspondem à esfera municipal.
Encontram-se distribuídos nos seguintes biomas: amazônia, caatinga , cerrado, mata atlântica , pampa
e pantanal , totalizando 663.474 km² de área protegida. E, 855 unidades de conservação de uso sus-
tentável a nível federal, 653 à esfera estadual e 1.669 correspondem à esfera municipal. (Fonte: CNUC/
MMA - www.mma.gov.br/areas-protegidas/cadastro
protegidas/cadastro-nacional-de-ucs.html Atualizada em: 28/01/2020)
É válido ressaltar que a criação de unidades de conservação deve apresentar como principal ideal a con-
servação das áreas naturais e de sua biodiversidade. Entretanto, é possível notar, que as UCs sofrem
ainda diversos tipos de impactos ambientais como extração de madeira, tráfico de animais silvestres,
caça e pesca predatória, introdução de espécies exóticas, turismo desordenado, queimadas, dentre
outras. A sensibilização e educação ambiental são uma das ferramentas de maior relevância para a
conservação ambiental, uma vez que muitos impactos são provocados pelo pel desconhecimento das
necessidades de conservação e das práticas adequadas de uso destes ambientes. O fortalecimento
de órgãos ambientais, além da garantia de recursos e instrumentos de fiscalização são essenciais para
a preservação destes importantes ecossistemas,
ecossistemas, além de políticas públicas eficientes. As políticas
devem se fundamentar no princípio do desenvolvimento sustentável elencado na Constituição Federal
em seu artigo 170, IV, 186 e 225 caput.
caput. Sendo a sustentabilidade, a base do Direito Ambiental, levando
em consideração seu objetivo de garantir a utilização do meio às gerações futuras.
ATIVIDADES
1) Leia o texto e faça a cruzadinha:
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SEMANA 5
UNIDADE TEMÁTICAS:
Terra e Universo.
OBJETO DE CONHECIMENTO:
Composição, estrutura e localização do Sistema Solar no Universo Ordem de grandeza astronômica.
HABILIDADE:
(EF09CI14) Descrever a composição e a estrutura do Sistema Solar (Sol, planetas rochosos, planetas
gigantes gasosos e corpos menores), assim como a localização do Sistema Solar na nossa Galáxia (a
Via Láctea) e dela no Universo (apenas uma galáxia dentre bilhões).
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
- Galáxias, estrelas e o sistema solar.
- A estrutura e composição do sistema solar.
- Planetas, asteroides, cometas, meteoroides, meteoros e meteoritos.
INTERDISCIPLINARIDADE:
Geografia.
65
Figura 18: Via Láctea. Fonte: Gewandsznajder. F; Pacca. H, (2018)
66
O Sistema Solar, onde está a Terra, é um pequeno ponto na Via Láctea, esse termo que significa “cami-
nho de leite”, e a galáxia recebeu esse nome porque, quando observada da Terra, parece uma longa
mancha leitosa no céu, esse nome foi dado pelos gregos da Antiguidade.
Nas galáxias, o que “une” os corpos celestes (ou astros) é a força gravitacional, conhecida também
como força da gravidade. Essa força de atração age entre todos os corpos do Universo. É ela que faz os
planetas girarem ao redor do Sol. Estima-se
Estima que o Sol e os planetas do Sistema Solar tenham surgido
há cerca de 4,6 bilhões de anos como resultado da ação da força gravitacional sobre uma nuvem de
poeira e gás: as partículas começaram a chocar-se e fundir-se umas às outras, formando corpos cada
vez maiores, como pode ser observado na figura 19. No centro da nuvem formou-se
formou um núcleo maior de
matéria, que originou o Sol e em torno do Sol formaram-se os planetas e seus satélites. Outras aglome-
rações originaram os asteroides.
Figura 19: Formação do Sistema Solar. Fonte: Elaborado por Gewandsznajder. F; Pacca. H, (2018),
Os planetas rochosos do Sistema Solar são Mercúrio, Vênus, Terra e Marte (na ordem de afastamento
do Sol). Essa proximidade com o Sol pode ser explicada pelo próprio processo de formação do Sistema
Solar, em que os materiais mais densos tendem a se concentrar mais próximos do Sol e os mais leves,
mais distantes, por isso, os planetas gasosos: Júpiter, Saturno, Urano e Netuno, por serem mais distan-
tes do Sol são também menos densos, grandes e gelados. Vejam a tabela com as suas características:
Figura 20: As características dos planetas do Sistema Solar Fonte: <https://professordiminoi.comunidades.net/astronomia>. Acesso
em: 11 ago. 2021.
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PARA SABER MAIS:
Plutão, um planeta-anão
[...] A partir de agora, para ser um planeta, é necessário ter uma forma aproximadamente redonda, girar
em torno de uma estrela e ser o astro dominante em sua órbita [...] Plutão não atende a esse último requi-
sito, por ter uma órbita muito próxima à de Netuno [...] que acaba influenciando a trajetória dos corpos
celestes mais próximos, fazendo com que Plutão não possa ser considerado um planeta, mas um planeta-
-anão.
anão. Aliás, além de ser bastante menor do que os planetas tradicionais [...], Plutão tem um movimento
diferente dos demais. O movimento dele em torno do Sol [...] é inclinado em relação ao dos outros plane-
plane
tas. Além disso, enquanto as órbitas desses corpos celestes são quase circulares, Plutão tem uma órbita
mais “achatada”. Por isso, os astrônomos acreditam que Plutão não se formou na região do Sistema Solar
onde ele se encontra atualmente.
BENJAMIN, Mariana. Plutão, um planeta-anão.
anão. Ciência Hoje das Crianças. 2018.
ATIVIDADES
1 - Identifique o nome dos planetas do Sistema Solar:
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SEMANA 6
UNIDADE TEMÁTICA:
Terra e Universo.
HABILIDADE:
(EF09CI17) Analisar o ciclo evolutivo do Sol (nascimento, vida e morte) baseado no conhecimento
das etapas de evolução de estrelas de diferentes dimensões e os efeitos desse processo no nosso
planeta.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Evolução estrelar. Ciclo evolutivo do sol.
INTERDISCIPLINARIDADE:
Geografia.
69
Como vimos, as estrelas passam por uma série de transformações que dependem de sua massa. Para
aquelas estrelas com massa igual à do Sol, o fim do ciclo é a transformação em uma estrela anã branca
(figura 22), formada de carbono e oxigênio. Se ela tiver menos de dez vezes a massa do Sol, quando tiver
“queimado” todo o hélio do núcleo ela ejetará uma nebulosa planetária e o núcleo remanescente será
uma Anã Branca. Para os corpos celestes com tamanho superior ao do Sol, o fim do ciclo de vida pode
ter dois desfechos diferentes: a explosão termonuclear da estrela pode ocasionar o surgimento de um
buraco negro ou originar estrelas de nêutrons.
Figura 22: Ciclo de vida do Sol Fonte: Mortimer, et. al., 2020.
O tempo de vida de uma estrela é inversamente proporcional a sua massa, ou seja, as estrelas massivas
duram milhões de anos e as estrelas menos massivas duram cerca de trilhões (Fig.23.)
As cores que as estrelas apresentam também contribuem para sua identificação, porque consegui-
consegui
mos verificar os elementos químicos
ímicos presentes através da análise do espectro de luz emitido, como
podemos observar na figura 24. As estrelas brancas e azuis são mais quentes e massivas, já as estrelas
amarelas e vermelhas são mais frias.
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Figura 24: Relação da cor e da temperatura das estrelas. Fonte: https://super.abril.com.br/mundo-estranho/como-os-cientistas-
https://super.abril.com.br/mundo
descobrem-as-caracteristicas-de-uma-estrela/.
estrela/. Acesso em: 11 ago. 2021.
ATIVIDADES
2 - O Sol é uma grande estrela e como tal é constituída basicamente de gases. A energia dentro
dentr
do Sol é produzida pelo processo conhecido como fusão nuclear entre átomos formadores do sol,
denominados:
d)hélio e hidrogênio
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