Elementos de Máquinas II

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO AOS ELEMENTOS ELÁSTICOS...................................................................................1


2. MOLAS ..........................................................................................................................................................5
3. MOLAS
10
II..........................................................................................................................................................
4. INTRODUÇÃO AOS ELEMENTOS DE TRANSMISSÃO......................................................................14
5. EIXOS E ÁRVORES......................................................................................................................................18
6. POLIAS E CORREIAS..................................................................................................................................
23
7. CÁLCULO DE RPM......................................................................................................................................
28
8. CORRENTES..................................................................................................................................................
31
9. CABOS.............................................................................................................................................................
35
10. ROSCAS DE TRANSMISSÃO....................................................................................................................
40
11. ENGRENAGENS
45
I........................................................................................................................................
12. CÁLCULO DE RPM DE49
ENGRENAGEM.................................................................................................
13. CAME............................................................................................................................................................50
14. ACOPLAMENTO.........................................................................................................................................
56
15. INTRODUÇÃO AOS ELEMENTOS DE VEDAÇÃO..............................................................................
60
16. JUNÇÕES
65
I.....................................................................................................................................................
17. JUNÇÕES II..................................................................................................................................................
71
18. EXERCÍCIOS...............................................................................................................................................7
5
19. 83
BIBLIOGRAFIA...........................................................................................................................................

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1. INTRODUÇÃO AOS ELEMENTOS ELÁSTICOS


1.1 - Introdução
Os motoristas de uma empresa de transportes discutiram com o gerente um problema
que vinham enfrentando. De tanto transportarem carga em excesso, as molas dos caminhões
vinham perdendo, cada vez mais, sua elasticidade. Com isso, as carrocerias ficavam muito
baixas, o que significava possíveis riscos de estragos dos caminhões e de sua apreensão por
policiais rodoviários.
O gerente, que já estava preocupado com o problema, convenceu o empresário a trocar
as molas dos caminhões e a reduzir a quantidade da carga transportada.
As molas, como você pode ver nesse problema, têm função muito importante. Por isso
elas serão estudadas em três aulas deste módulo.

São diversas as funções das molas. Observe, por exemplo, nas ilustrações, sua função na
prancha de um trampolim. São as molas que permitem ao mergulhador elevar-se, sob impulso,
para o salto do mergulho.

A movimentação do mergulhador se deve à elasticidade das molas.

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Peças fixadas entre si com elementos elásticos podem ser deslocadas sem sofrerem
alterações. Assim, as molas são muito usadas como componentes de fixação elástica. Elas
sofrem deformação quando recebem a ação de alguma força, mas voltam ao estado normal, ou
seja, ao repouso, quando a força para.
As uniões elásticas são usadas para amortecer choques, reduzir ou absorver vibrações e
para tornar possível o retorno de um componente mecânico à sua posição primitiva. Com
certeza, você conhece muitos casos em que se empregam molas como, por exemplo,
estofamentos, fechaduras, válvulas de descarga, suspensão de automóvel, relógios, brinquedos.
1.2 - Formas de uso
As molas são usadas, principalmente, nos casos de armazenamento de energia,
amortecimento de choques, distribuição de cargas, limitação de vazão, preservação de junções
ou contatos.

Armazenamento de energia: Nesse caso, as molas são utilizadas para acionar mecanismos de
relógios, de brinquedos, de retrocesso das válvulas de descarga e aparelhos de controle.

Amortecimento de choques: As molas amortecem choques em suspensão e para-choques de


veículos, em acoplamento de eixos e na proteção de instrumentos delicados ou sensíveis.

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Distribuição de cargas: As molas distribuem cargas em estofamentos de poltronas, colchões,


estrados de camas e veículos em que, por meio de molas, a carga pode ser distribuída pelas
rodas.

Limitação de vazão: As molas regulam a vazão de água em válvulas e registros e a vazão de


gás em bujões ou outros recipientes.

Preservação de junções ou contatos: Nesse caso, a função das molas é a de preservar peças
articuladas, alavancas de contato, vedações, etc. que estejam em movimento ou sujeitas a
desgastes. Ainda, as molas têm a função especial de manter o carvão de um coletor sob pressão.

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1.3 - Tipos de mola


Os diversos tipos de molas podem ser classificados quanto à sua forma geométrica ou
segundo o modo como resistem aos esforços.
Quanto à forma geométrica, as molas podem ser helicoidais (forma de hélice) ou planas.

Quanto ao esforço que suportam, as molas podem ser de tração, de compressão ou de torção.

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mola de compressão

mola de tração

mola de torção

2. MOLAS I

Trataremos das molas helicoidais e de suas diversas aplicações.

2.1 - Molas helicoidais


A mola helicoidal é a mais usada em mecânica. Em geral, ela é feita de barra de aço
enrolada em forma de hélice cilíndrica ou cônica. A barra de aço pode ter seção retangular,
circular, quadrada, etc. Em geral, a mola helicoidal é enrolada à direita. Quando a mola
helicoidal for enrolada à esquerda, o sentido da hélice deve ser indicado no desenho.

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As molas helicoidais podem funcionar por compressão, por tração ou por torção.

A mola helicoidal de compressão é formada por espirais. Quando esta mola é comprimida por
alguma força, o espaço entre as espiras diminui, tornando menor o comprimento da mola.

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Você pode ver a aplicação de uma mola helicoidal de compressão observando um furador de
papéis.

A mola helicoidal de tração possui ganchos nas extremidades, além das espiras. Os
ganchos são também chamados de olhais.

Para a mola helicoidal de tração desempenhar sua função, deve ser esticada, aumentando
seu comprimento. Em estado de repouso, ela volta ao seu comprimento normal.

A mola helicoidal de tração é aplicada em várias situações. Veja um exemplo:

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Molas em estado de repouso

Molas Esticadas

A mola helicoidal de torção tem dois braços de alavancas, além das espiras.

Veja um exemplo de mola de torção na figura à esquerda, e, à direita, a aplicação da mola num
pregador de roupas.

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Agora veja exemplos de molas helicoidais cônicas e suas aplicações em utensílios diversos.

Note que a mola que fixa as hastes do alicate é bicônica.

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Algumas molas padronizadas são produzidas por fabricantes específicos e encontram-se


nos estoques dos almoxarifados. Outras são executadas de acordo com as especificações do
projeto, segundo medidas proporcionais padronizadas.
A seleção de uma mola depende das respectivas formas e solicitações mecânicas. Para
poder ler e interpretar os desenhos técnicos de molas diversas, é necessário conhecer suas
características.

2.2 - Verificando o entendimento


Analise os objetos abaixo e escreva, nos espaços indicados, os nomes dos tipos de mola
empregados em cada caso.

Verifique se você escreveu as respostas corretamente:


a) mola helicoidal de compressão;
b) mola helicoidal cônica de seção retangular;
c) mola helicoidal de tração;
d) mola helicoidal cônica de compressão;
e) mola helicoidal de compressão de seção retangular;
f) mola bicônica de seção retangular.
2.3 - Características das molas helicoidais

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Analise as características da mola helicoidal de compressão cilíndrica.

De: diâmetro externo;


Di: diâmetro interno;
H: comprimento da mola;
d: diâmetro da seção do arame;
p: passo da mola;
nº: número de espiras da mola

Passo é a distância entre os centros de duas Espiras consecutivas. A distância entre as espiras
é medida paralelamente ao eixo da mola.

As molas de compressão são enroladas com as espiras separadas de forma que possam
ser comprimidas.
O próximo desenho apresenta uma mola de compressão cotada. Resolva os exercícios,
aplicando o que você aprendeu.

2.4 - Verificando o entendimento


Analise o desenho técnico da mola e escreva as cotas pedidas.

Verifique se você respondeu corretamente:

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a) De: 22
b) Di: 18
c) H: 47
d) d: 2
e) p: 6
f) nº: 8,5

Analise agora as características da mola helicoidal de tração:


De (diâmetro externo);
Di (diâmetro interno);
d (diâmetro da seção do arame);
p (passo);
nº(número de espiras da mola).

Como você vê, as características da mola helicoidal de tração são quase as mesmas da
mola helicoidal de compressão. A única diferença é em relação ao comprimento. Na mola
helicoidal de tração, H representa o comprimento total da mola, isto é, a soma do comprimento
do corpo da mola mais o comprimento dos ganchos.
A mola de tração é enrolada com as espiras em contato uma com a outra, de forma a poder
ser estendida.
As extremidades normalmente terminam em dois ganchos de forma circular.
Resolva o próximo exercício para fixar bem as características da mola de tração.

2.5 - Verificando o entendimento

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Analise o desenho técnico da mola de tração e escreva sobre as linhas de cota, as cotas indicadas
a seguir:

a) De: 20 mm
b) Di: 15 mm
c) p: 2,5 mm
d) H: 65 mm
e) h: 30 mm
f) nº de espiras: 11
g) d: 2,5 mm

Você deve ter escrito as cotas como no desenho abaixo:

Você já sabe que a mola helicoidal de compressão pode ter a forma de um tronco de cone.

Então veja as características de dois tipos de molas cônicas: a primeira tem seção circular e a
segunda tem seção retangular.

Mola cônica de seção circular:

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H: comprimento;
Dm: diâmetro maior da mola;
dm: diâmetro menor da mola;
p: passo;
nº: número de espiras;
d: diâmetro da seção do arame;

Compare as características anteriores com as características da mola cônica de seção


retangular.

Mola cônica de seção retangular:

H: comprimento da mola;
Dm: diâmetro maior da mola;
dm: diâmetro menor da mola;
p: passo;
nº: número de espiras;
e: espessura da seção da lâmina;
A: largura da seção da lâmina.

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Em lugar do diâmetro do arame (d) da mola circular, a mola de seção retangular apresenta
outras características:
e - espessura da seção da lâmina e
A - largura da seção da lâmina

Interprete a cotagem de uma mola cônica, resolvendo o próximo exercício.

2.6 - Verificando o entendimento


Analise o desenho e responda às questões.

a) Qual a forma da seção da mola representada?


.....................................................................................

b) Qual é a medida do passo da mola?


.....................................................................................

c) Qual é a largura da seção da lâmina?


.....................................................................................

Confira suas respostas:


a) A seção da mola é retangular.
b) A medida do passo da mola é 3,5 mm.
c) A largura da seção da lâmina é 11,5 mm.
Analise as características da mola helicoidal de torção.

Mola helicoidal de torção:

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De: Diâmetro externo da mola;


Di: Diâmetro interno da mola;
H: comprimento da mola;
d: diâmetro da seção do arame;
p: passo;
nº: número de espiras;
r: comprimento do braço de alavanca;
a: ângulo entre as pontas da mola.

As novas características que aparecem nesse tipo de mola são: r, que representa o comprimento
do braço da alavanca, e a, que representa a abertura do ângulo formado pelos dois braços da
alavanca.
Note que as forças que atuam sobre a mola de torção são perpendiculares ao seu eixo, enquanto
que nas molas de torção e de compressão a força segue a mesma direção do eixo.

3. MOLAS II

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Você conheceu as molas helicoidais. Nesta aula vamos continuar nosso estudo sobre as
molas. Veremos o que são molas planas molas planas molas planas molas planas molas planas.

3.1 - Molas planas


As molas planas são feitas de material plano ou em fita. As molas planas podem ser
simples, prato, feixe de molas e espiral.

Observe a ilustração da mola plana simples.

Esse tipo de mola é empregado somente para algumas cargas. Em geral, essa mola é fixa
numa extremidade e livre na outra. Quando sofre a ação de uma força, a mola é flexionada em
direção oposta.

Veja agora a mola prato mola. Essa mola tem a forma de um tronco de cone com paredes
de seção retangular.

Em geral, as molas prato funcionam associadas entre si, empilhadas, formando colunas.
O arranjo das molas nas colunas depende da necessidade que se tem em vista.

Veja a seguir dois exemplos de colunas de molas prato.

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As características das molas prato são:

De:diâmetro externo da mola;


Di:diâmetro interno da mola;
H:comprimento da mola;
h:comprimento do tronco interno da mola;
e:espessura da mola.

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O feixe de molas é feito de diversas peças planas de comprimento variável, moldadas de


maneira que fiquem retas sob a ação de uma força.

Mola espiral.
A mola espiral tem a forma de espiral ou caracol. Em geral ela é feita de barra ou de
lâmina com seção retangular.
A mola espiral é enrolada de tal forma que todas as espiras ficam concêntricas e coplanares.

Esse tipo de mola é muito usado em relógios e brinquedos.

Para interpretar a cotagem da mola espiral, você precisa conhecer suas características. É
o que você vai aprender a seguir.

De:diâmetro externo da mola


L:largura da seção da lâmina;
e:espessura da seção da lâmina;
nº:número de espiras.

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3.6 - Material de fabricação

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As molas podem ser feitas com os seguintes materiais: aço, latão, cobre, bronze, borracha,
madeira, plastiprene, etc.
As molas de borracha e de arames de aço com pequenos diâmetros, solicitados a tração,
apresentam a vantagem de constituírem elementos com menor peso e volume em relação à
energia armazenada.
Para conservar certas propriedades das molas - elásticas magnéticas; resistência ao calor
e à corrosão - deve-se usar aços-liga e bronze especiais ou revestimentos de proteção. Os aços
molas devem apresentar as seguintes características: alto limite de elasticidade, grande
resistência, alto limite de fadiga.
Quando as solicitações são leves, usam-se aços-carbono - ABNT 1070 ou ABNT 1095.
Além de 8mm de diâmetro, não são aconselháveis os aços-carbono, pois a têmpera não
chega até o núcleo.
As molas destinadas a trabalhos em ambientes corrosivos com grande variação de
temperaturas são feitas de metal monel (33% CU - 67% Ni) ou aço inoxidável.
Os aços-liga apresentam a vantagem de se adequarem melhor a qualquer temperatura,
sendo particularmente úteis no caso de molas de grandes dimensões.

3.7 - Aplicação
Para selecionar o tipo de mola, é preciso levar em conta certos fatores, como por exemplo,
espaço ocupado, peso e durabilidade. Há casos em que se deve considerar a observação das
propriedades elásticas, atritos internos ou externo adicional (amortecimento, relações especiais
entre força aplicada e deformação).
Na construção de máquinas empregam-se, principalmente, molas helicoidais de arame de
aço. São de baixo preço, de dimensionamento e montagem fáceis e podem ser aplicadas em
forças de tração e de compressão.
As molas de borracha são utilizadas em fundações, especialmente como amortecedores
de vibrações e ruídos e em suspensão de veículos.

Molas de borracha e plastiprene


As molas de lâmina (feixe de molas) e de barra de torção requerem espaços de pequena
altura (veículos).
As molas espirais (de relógios) e de prato podem ser montadas em espaços estreitos.
As molas de lâmina, de prato, helicoidal de prato e de borracha dispendem pouca
quantidade de energia por atrito.

4. INTRODUÇÃO AOS ELEMENTOS DE TRANSMISSÃO

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4.1 - Introdução
Um motorista viajava numa estrada e não viu a luz vermelha que, de repente, apareceu
no painel. Mais alguns metros, o carro parou.
O motorista, que nada entendia de carro, percebeu que algo de grave acontecera.
Empurrou o carro para o acostamento, colocou o triângulo como sinal de aviso e saiu à
procura de socorro. Por sorte, encontrou um mecânico.
O mecânico identificou o problema. A correia do alternador estava arrebentada.
Como o motorista não tinha uma correia de reserva, foi necessário rebocar o carro.
Esse problema pode lhe dar idéia da importância da correia como elemento de
transmissão de movimento.
Por isso, você vai estudar alguns elementos de máquina para transmissão: correia,
correntes, engrenagens, rodas de atrito, roscas, cabos de aço.
Com esses elementos são montados sistemas de transmissão que transferem potência e
movimento a outro sistema.
Na figura abaixo, a polia condutora transmite energia e movimento à polia conduzida.

Os sistemas de transmissão podem, também, variar as rotações entre dois eixos. Nesse
caso, o sistema de rotação é chamado variador.

As maneiras de variar a rotação de um eixo podem ser:


• por engrenagens;
• por correias;
• por atrito.

Abaixo, temos a ilustração de um variador por engrenagens acionado por um motor


elétrico.

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Seja qual for o tipo de variador, sua função está ligada a eixos.

4.2 - Modos de transmissão


A transmissão de força e movimento pode ser pela forma e por atrito.
A transmissão pela forma é assim chamada porque a forma dos elementos transmissores
é adequada para encaixamento desses elementos entre si. Essa maneira de transmissão é a mais
usada, principalmente com os elementos chavetados, eixos-árvore entalhados e eixos-árvore
estriados.

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A transmissão por atrito possibilita uma boa centralização das peças ligadas aos eixos. Entretanto,
não possibilitando a transmissão de grandes esforços quanto os transmitidos pela forma. Os principais
elementos de transmissão por atrito são os elementos anelares e arruelas estreladas.

Esses elementos
constituem-se de dois
anéis cônicos
apertados entre si e
que atuam ao mesmo
tempo sobre o eixo e o
cubo.

As arruelas estreladas
possibilitam grande
rigor de movimento
axial (dos eixos) e
radial (dos raios). As
arruelas são apertadas
por meio de parafusos que forçam a arruela contra o eixo e o cubo ao mesmo tempo.

4.3-Descrição de alguns elementos de transmissão


Apresentamos, a seguir, uma breve descrição dos principais elementos de máquina de
transmissão: correias, correntes, engrenagens, rodas de atrito, roscas, cabos de aço e
acoplamento. Os eixos já foram descritos. Cada um desses elementos será estudado mais
profundamente nas aulas seguintes.

Correias: São elementos de máquina que transmitem movimento de rotação entre eixos por
intermédio das polias. As correias podem ser contínuas ou com emendas. As polias são
cilíndricas, fabricadas em diversos materiais. Podem ser fixadas aos eixos por meio de pressão,
de chaveta ou de parafuso.

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Correntes: São elementos de transmissão, geralmente metálicos, constituídos de uma série de


anéis ou elos. Existem vários tipos de corrente e cada tipo tem uma aplicação específica.

Engrenagens: Também conhecidas como rodas dentadas, as engrenagens são elementos de


máquina usados na transmissão entre eixos. Existem vários tipos de engrenagem.

Rodas de atrito: São elementos de máquinas que transmitem movimento por atrito entre dois
eixos paralelos ou que se cruzam.

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Roscas: São saliências de perfil constante, em forma de hélice (helicoidal). As roscas se


movimentam de modo uniforme, externa ou internamente, ao redor de uma superfície cilíndrica
ou cônica. As saliências são denominadas filetes.
Existem roscas de transporte ou movimento que transformam o movimento giratório num
movimento longitudinal. Essas roscas são usadas, normalmente, em tornos e prensas,
principalmente quando são frequentes as montagens e desmontagens.

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Cabos de aço: São elementos de máquinas feitos de arame trefilado a frio. Inicialmente, o
arame é enrolado de modo a formar pernas. Depois as pernas são enroladas em espirais em
torno de um elemento central, chamado núcleo ou alma.

Acoplamento: É um conjunto mecânico que transmite movimento entre duas peças.

5. EIXOS E ÁRVORES
Você já pensou o que seria do ser humano sem a coluna vertebral para lhe dar sustentação.
Toda a estrutura de braços, pernas, mãos, pés seria um amontoado de ossos e músculos sem
condição de transmitir movimento
.
Esse é apenas um exemplo para facilitar as explicações sobre o assunto de nossa aula de
hoje: eixos e árvores.

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5.1 - Eixos e árvores


Assim como o homem, as máquinas contam com sua “coluna vertebral” como um dos
principais elementos de sua estrutura física: eixos e árvores, que podem ter perfis lisos ou
compostos, em que são montadas as engrenagens, polias, rolamentos, volantes, manípulos etc.

Os eixos e as árvores podem ser fixos ou giratórios e sustentam os elementos de máquina.


No caso dos eixos fixos, os elementos (engrenagens com buchas, polias sobre rolamentos e
volantes) é que giram.

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Quando se trata de eixo-árvore giratório, o eixo se movimenta juntamente com seus


elementos ou independentemente deles como, por exemplo, eixos de afiadores (esmeris), rodas
de trole (trilhos), eixos de máquinas-ferramenta, eixos sobre mancais.

5.2 - Material de fabricação


Os eixos e árvores são fabricados em aço ou ligas de aço, pois os materiais metálicos
apresentam melhores propriedades mecânicas do que os outros materiais. Por isso, são mais
adequados para a fabricação de elementos de transmissão:
• eixos com pequena solicitação mecânica são fabricados em aço ao carbono;
• eixo-árvore de máquinas e automóveis são fabricados em aço-níquel;
• eixo-árvore para altas rotações ou para bombas e turbinas são fabricados em aço cromo-
níquel;
• eixo para vagões são fabricados em aço-manganês.

Quando os eixos e árvores têm finalidades específicas, podem ser fabricado em cobre,
alumínio, latão. Portanto, o material de fabricação varia de acordo com a função dos eixos e
árvores.

5.3 - Tipos e características de árvores


Conforme suas funções, uma árvore pode ser de engrenagens (em que são montados
mancais e rolamentos) ou de manivelas, que transforma movimentos circulares em movimentos
retilíneos.
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Para suporte de forças radiais, usam-se espigas retas, cônicas, de colar, de manivela e
esférica

Para suporte de forças axiais, usam-se espigas de anéis ou de cabeça.

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As forças axiais têm direção perpendicular (90º) à seção transversal do eixo, enquanto as
forças radiais têm direção tangente ou paralela à seção transversal do eixo.

Quanto ao tipo, os eixos podem ser roscados, ranhurados, estriados, maciços, vazados,
flexíveis, cônicos, cujas características estão descritas a seguir.

Eixos maciços: A maioria dos eixos maciços tem seção transversal circular maciça, com
degraus ou apoios para ajuste das peças montadas sobre eles. A extremidade do eixo é chanfrada
para evitar rebarbas. As arestas são arredondadas para aliviar a concentração de esforços.

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Eixos vazados: Normalmente, as máquinas-ferramenta possuem o eixo-árvore vazado para


facilitar a fixação de peças mais longas para a usinagem. Temos ainda os eixos vazados
empregados nos motores de avião, por serem mais leves.

Eixos cônicos: Os eixos cônicos devem ser ajustados a um componente que possua um furo de
encaixe cônico. A parte que se ajusta tem um formato cônico e é firmemente presa por uma
porca. Uma chaveta é utilizada para evitar a rotação relativa.

Eixos roscados: Esse tipo de eixo é composto de rebaixos e furos roscados, o que permite sua
utilização como elemento de transmissão e também como eixo prolongador utilizado na fixação
de rebolos para retificação interna e de ferramentas para usinagem de furos.

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Eixos-árvore ranhurados: Esse tipo de eixo apresenta uma série de ranhuras longitudinais em
torno de sua circunferência. Essas ranhuras engrenam-se com os sulcos correspondentes de
peças que serão montadas no eixo. Os eixos ranhurados são utilizados para transmitir grande
força.

Eixos-árvore estriados: Assim como os eixos cônicos, como chavetas, caracterizam-se por
garantir uma boa concentricidade com boa fixação, os eixos-árvore estriados também são
utilizados para evitar rotação relativa em barras de direção de automóveis, alavancas de
máquinas etc.

Eixos-árvore flexíveis: Consistem em uma série de camadas de arame de aço enroladas


alternadamente em sentidos opostos e apertadas fortemente. O conjunto é protegido por um
tubo flexível e a união com o motor é feita mediante uma braçadeira especial com uma rosca.
São eixos empregados para transmitir movimento a ferramentas portáteis (roda de afiar),
e adequados a forças não muito grandes e altas velocidades (cabo de velocímetro).

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6. POLIAS E CORREIAS
6.1 - Introdução
Às vezes, pequenos problemas de uma empresa podem ser resolvidos com soluções
imediatas, principalmente quando os recursos estão próximos de nós, sem exigir grandes
investimentos. Por exemplo: com a simples troca de alguns componentes de uma máquina,
onde se pretende melhorar o rendimento do sistema de transmissão, conseguiremos resolver o
problema de atrito, desgaste e perda de energia. Esses componentes - as polias e as correias,
que são o assunto da aula de hoje.

6.2 - Polias
As polias são peças cilíndricas, movimentadas pela rotação do eixo do motor e pelas
correias.

Uma polia é constituída de uma coroa ou face, na qual se enrola a correia. A face é ligada
a um cubo de roda mediante disco ou braços.

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6.3 - Tipos de polias


Os tipos de polia são determinados pela forma da superfície na qual a correia se assenta. Elas
podem ser planas ou trapezoidais. As polias planas podem apresentar dois formatos na sua
superfície de contato. Essa superfície pode ser plana ou abaulada.

A polia plana conserva melhor as correias, e a polia com superfície abaulada guia melhor
as correias. As polias apresentam braços a partir de 200 mm de diâmetro. Abaixo desse valor,
a coroa é ligada ao cubo por meio de discos.

A polia trapezoidal recebe esse nome porque a superfície na qual a correia se assenta
apresenta a forma de trapézio. As polias trapezoidais devem ser providas de canaletes (ou
canais) e são dimensionadas de acordo com o perfil padrão da correia a ser utilizada.

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Essas dimensões são obtidas a partir de consultas em tabelas. Vamos ver um exemplo que
pode explicar como consultar tabela.
Imaginemos que se vai executar um projeto de fabricação de polia, cujo diâmetro é de
250 mm, perfil padrão da correia C e ângulo do canal de 34º.
Como determinar as demais dimensões da polia?
Com os dados conhecidos, consultamos a tabela e vamos encontrar essas dimensões:
Perfil padrão da correia: C Diâmetro externo da
Ângulo do canal: 34º polia: 250 mm
S: 25,5 mm T: 15,25 mm
Y: 4 mm W: 22,5 mm
H: 22 mm Z: 3 mm
U = R: 1,5 mm K: 9,5 mm
X: 8,25 mm

Além das polias para correias planas e trapezoidais, existem as polias para cabos de aço,
para correntes, polias (ou rodas) de atrito, polias para correias redondas e para correias dentadas.
Algumas vezes, as palavras roda e polia são utilizadas como sinônimos.

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No quadro da próxima página, observe, com atenção, alguns exemplos de polias e, ao


lado, a forma como são representadas em desenho técnico.

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6.4 – Material de fabricação das polias


Os materiais que se empregam para a construção das polias são ferro fundido (o mais
utilizado), aços, ligas leves e materiais sintéticos. A superfície da polia não deve apresentar
porosidade, pois, do contrário, a correia irá se desgastar rapidamente.

6.5 - Correias
As correias mais usadas são planas e as trapezoidais. A correia em .V. ou trapezoidal é
inteiriça, fabricada com seção transversal em forma de trapézio.
É feita de borracha revestida de lona e é formada no seu interior por cordonéis
vulcanizados para suportar as forças de tração.

O emprego da correia trapezoidal ou em .V. é preferível ao da correia plana porque:


• praticamente não apresenta deslizamento;
• permite o uso de polias bem próximas;
• elimina os ruídos e os choques, típicos das correias emendadas (planas).

Existem vários perfis padronizados de correias trapezoidais.

Outra correia utilizada é a correia dentada, para casos em que não se pode ter nenhum
deslizamento, como no comando de válvulas do automóvel.
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__________________________________________________________________________________

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6.6 - Material de fabricação das correias


Os materiais empregados para fabricação das correias são couro; materiais fibrosos e
sintéticos (à base de algodão, pêlo de camelo, viscose, perlon e náilon) e material combinado
(couro e sintéticos).

6.7 - Transmissão
Na transmissão por polias e correias, a polia que transmite movimento e força é chamada
polia motora ou condutora. A polia que recebe movimento e força é a polia movida ou
conduzida. A maneira como a correia é colocada determina o sentido de rotação das polias.
Assim, temos:
• Sentido direto de rotação - a correia fica reta e as polias têm o mesmo sentido de rotação;

• Sentido de rotação inverso - a correia fica cruzada e o sentido de rotação das polias
inverte-se;

• Transmissão de rotação entre eixos não paralelos.

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__________________________________________________________________________________

Para ajustar as correias nas polias, mantendo tensão correta, utiliza-se o esticador de correia.

Já vimos que a forma da polia varia em função do tipo de correia.

6.8 - Relação de transmissão


Na transmissão por polias e correias, para que o funcionamento seja perfeito, é necessário
obedecer alguns limites em relação ao diâmetro das polias e o
número de voltas pela unidade de tempo. Para estabelecer esses limites precisamos estudar as
relações de transmissão.

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Costumamos usar a letra i para representar a relação de transmissão. Ela é a relação entre
o número de voltas das polias (n) numa unidade de tempo e os seus diâmetros.

A velocidade tangencial (V) é a mesma para as duas polias, e é calculada pela fórmula:

Como as duas velocidades são iguais, temos:

Onde:
D1 = diâmetro da polia menor
D2 = diâmetro da polia maior
n1 = número de rotações por minuto (rpm) da polia menor
n2 = número de rotações por minuto (rpm) da polia maior

Na transmissão por correia plana, a relação de transmissão (i) não deve ser maior do que
6 (seis), e na transmissão por correia trapezoidal esse valor não deve ser maior do que 10 (dez).

7. CÁLCULO DE RPM
Os conjuntos formados por polias e correias e os formados por engrenagens são
responsáveis pela transmissão da velocidade do motor para a máquina.
Geralmente, os motores possuem velocidade fixa. No entanto, esses conjuntos
transmissores de velocidade são capazes também de modificar a velocidade original do motor
para atender às necessidades operacionais da máquina.
Assim, podemos ter um motor que gire a 600 rotações por minuto (rpm) movimentando
uma máquina que necessita de apenas 60 rotações por minuto.

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__________________________________________________________________________________

Isso é possível graças aos diversos tipos de combinações de polias e correias ou de


engrenagens, que modificam a relação de transmissão de velocidade entre o motor e as outras
partes da máquina.
Em situações de manutenção ou reforma de máquinas, o mecânico às vezes encontra
máquinas sem placas que identifiquem suas rpm. Ele pode também estar diante da necessidade
de repor polias ou engrenagens cujo diâmetro ou número de dentes ele desconhece, mas que
são dados de fundamental importância para que se obtenha a rpm operacional original da
máquina.
Vamos imaginar, então, que você trabalhe como mecânico de manutenção e precise
descobrir a rpm operacional de uma máquina sem a placa de identificação.
Pode ser também que você precise repor uma polia do conjunto de transmissão
de velocidade.
Diante desse problema, quais são os cálculos que você precisa fazer para
realizar sua tarefa?

7.1 - Rpm
A velocidade dos motores é dada em rpm. Esta sigla quer dizer rotação por minuto. Como
o nome já diz, a rpm é o número de voltas completas que um eixo, ou uma polia, ou uma
engrenagem dá em um minuto.

Dica: O termo correto para indicar a grandeza medida em rpm é frequência. Todavia, como a
palavra velocidade é comumente empregada pelos profissionais da área de Mecânica.

A velocidade fornecida por um conjunto transmissor depende da relação entre os


diâmetros das polias. Polias de diâmetros iguais transmitem para a máquina a mesma velocidade
(mesma rpm) fornecida pelo motor.

Polias de tamanhos diferentes transmitem maior ou menor velocidade para a máquina. Se


a polia motora, isto é, a polia que fornece o movimento, é maior que a movida , isto é, aquela
que recebe o movimento, a velocidade transmitida para a máquina é maior (maior rpm).

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__________________________________________________________________________________

Se a polia movida é maior que a motora, a velocidade transmitida para a máquina é menor
(menor rpm).

Existe uma relação matemática que expressa esse fenômeno:

Em que n1 e n2 são as rpm das polias motora e movida, respectivamente, e D 2 e D1


são os diâmetros das polias movida e motora.
Da mesma forma, quando o conjunto transmissor de velocidade é composto por
engrenagens, o que faz alterar a rpm é o número de dentes. É importante saber que, em
engrenagens que trabalham juntas, a distância entre os dentes é sempre igual.

Desse modo, engrenagens com o mesmo número de dentes apresentam a mesma rpm.

Engrenagens com números diferentes de dentes apresentam mais ou menos rpm,


dependendo da relação entre o menor ou o maior número de dentes das engrenagens motora e
movida.

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__________________________________________________________________________________

Essa relação também pode ser expressa matematicamente:

Nessa relação, n1 e n2 são as rpm das engrenagens motora e movida, respectivamente.


Z2 e Z1 são os números de dentes das engrenagens movida e motora, respectivamente.
Mas o que essas informações têm a ver com o cálculo de rpm?

Cálculo de rpm de polias: Voltemos ao nosso problema inicial. Você está reformando uma
furadeira de bancada na qual a placa de identificação das rpm da máquina desapareceu.
Um de seus trabalhos é descobrir as várias velocidades operacionais dessa máquina para
refazer a plaqueta.
A máquina tem quatro conjuntos de polias semelhantes ao mostrado na figura.

Os dados que você tem são: a velocidade do motor e os diâmetros das polias motoras e
movidas.
Como as polias motoras são de tamanho diferente das polias movidas, a velocidade das
polias movidas será sempre diferente da velocidade das polias motoras. É isso o que teremos
de calcular.

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Substituindo os valores na fórmula:

Vamos fazer o cálculo para a polia movida do conjunto B:

Substituindo os valores na fórmula, temos:

Dica:
A fórmula

Também pode ser usada para descobrir o diâmetro de polias que faltam. Por exemplo: se
tivéssemos de descobrir o diâmetro da polia movida do conjunto A, teríamos:

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Cálculo de rpm em conjuntos redutores de velocidade Os conjuntos redutores de


velocidade agrupam polias de tamanhos desiguais de um modo diferente do mostrado com a
furadeira. São conjuntos parecidos com os mostrados na ilustração a seguir.

Apesar de parecer complicado pelo número de polias, o que você deve observar nesse
conjunto é que ele é composto de dois estágios, ou etapas. Em cada um deles, você tem de
descobrir quais são as polias motoras e quais são as polias movidas. Uma vez que você descubra
isso, basta aplicar, em cada estágio, a fórmula que já aprendeu nesta aula.
Então, vamos supor que você tenha de calcular a velocidade final do conjunto redutor da
figura acima.
O que precisamos encontrar é a rpm das polias movidas do primeiro e do segundo estágio.
A fórmula, como já sabemos, é:

Primeiro estágio:

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Calculando:

No segundo estágio, a polia motora está acoplada à polia movida do primeiro estágio.
Assim, n2 da polia movida do primeiro estágio é n1 da polia motora do segundo estágio (à qual
ela está acoplada), ou seja, n2 = n1. Portanto, o valor de n1 do segundo estágio é 400.

Portanto, a velocidade final do conjunto é 100 rpm.

8. CORRENTES

8.1 - Introdução
Os problemas de uma empresa da área de transporte e cargas fez com que o encarregado
do setor tomasse algumas decisões referentes à substituição de equipamentos, como
componentes do sistema de movimentação das esteiras transportadoras, e à manutenção
corretiva e preventiva dos órgãos de sustentação e transferência de carga pesada.
Tomadas as providências e resolvidos os problemas, elaborou-se um relatório que dava
ênfase aos componentes substituídos, que são o assunto que vamos estudar nesta aula:
correntes.

8.2 - Conceito
As correntes transmitem força e movimento que fazem com que a rotação do eixo ocorra
nos sentido horário e anti-horário. Para isso, as engrenagens devem estar num mesmo plano.
Os eixos de sustentação das engrenagens ficam perpendiculares ao plano.

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O rendimento da transmissão de força e de movimento vai depender diretamente da


posição das engrenagens e do sentido da rotação.

Disposição favoráveis a desfavoráveis para transmissões por corrente com duas


engrenagens. Os eixos das engrenagens são horizontais.

8.3 - Transmissão
A transmissão ocorre por meio do acoplamento dos elos da corrente com os dentes da
engrenagem. A junção desses elementos gera uma pequena oscilação durante o movimento.

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Algumas situações determinam a utilização de dispositivos especiais para reduzir essa


oscilação, aumentando, consequentemente, a velocidade de transmissão.

Veja alguns casos.


• Grandes choques periódicos - devido à velocidade tangencial, ocorre intensa oscilação
que pode ser reduzida por amortecedores especiais.

Transmissão de correntes com amortecedor de oscilações através de guias de borrachas.

• Grandes distâncias - quando é grande a distância entre os eixos de transmissão, a corrente


fica com barriga. Esse problema pode ser reduzido por meio de apoios ou guias.

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Guia para diminuir a “barriga” devido a grande distância entre os eixos.

• Grandes folgas - usa-se um dispositivo chamado esticador ou tensor quando existe uma
folga excessiva na corrente. O esticador ajuda a melhorar o contato das engrenagens com
a corrente.

8.4 - Tipos de corrente


Correntes de rolo simples, duplo e triplo fabricadas em aço temperado, as correntes de
rolo são constituídas de pinos, talas externa e interna, bucha remachada na tala interna. Os rolos
ficam sobre as buchas.

Corrente simples de rolos; 1 – pino; 2 – tala interna e externa; 3 – bucha remachada na tala
interna 2, 4 – rolo, com rotação livre sobre a bucha 3.

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Geometria de uma transmissão por corrente


O fechamento das correntes de rolo pode ser feito por cupilhas ou travas elásticas, conforme o
caso.

Essas correntes são utilizadas em casos em que é necessária a aplicação de grandes


esforços para baixa velocidade como, por exemplo, na movimentação de rolos para esteiras
transportadoras.

Corrente de bucha: Essa corrente não tem rolo. Por isso, os pinos e as buchas são feitos com
diâmetros maiores, o que confere mais resistência a esse tipo de corrente do que à corrente de
rolo. Entretanto, a corrente de bucha se desgasta mais rapidamente e provoca mais ruído.

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Corrente de dentes: Nessa corrente, cada pino possui várias talas, colocadas uma ao lado da
outra. Assim, é possível construir correntes bem largas e resistentes.

Corrente de dente com guia interna e articulação basculante.


Os dois pinos articulados hachurados estão fixos à torção no grupo de talas no meio da
figura, em cima, e os dois pinos pontilhados fixos à torção no grupo de talas ao lado, à esquerda.

Corrente de articulação desmontável: Esse tipo de corrente é usado em veículos para trabalho
pesado, como em máquinas agrícolas, com pequena velocidade tangencial. Seus elos são
fundidos na forma de corrente e os pinos são feitos de aço.

Correntes Gall e de aço redondo: Utilizadas para o transporte de carga, são próprias para
velocidade baixa e grande capacidade de carga.

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8.5 - Dimensões das correntes


A dimensão das correntes e engrenagens é indicada nas Normas DIN.
Essas normas especificam a resistência dos materiais de que é feito cada um dos
elementos: talas, eixos, buchas, rolos etc.

9. CABOS
Um motorista dirigia, quando, de repente, surgiu um problema na embreagem do carro.
Por mais que tentasse, o motorista não conseguia engatar a marcha.
O carro foi rebocado até uma oficina mecânica. Depois de uma rápida inspeção, o
mecânico explicou que o cabo da embreagem estava quebrado. Era preciso substituí-lo.
Descrevemos esse problema para que você tenha idéia da importância de cabos, assunto
desta aula, como elemento de transmissão.

9.1 - Conceito
Cabos são elementos de transmissão que suportam cargas (força de tração), deslocando-
as nas posições horizontal, vertical ou inclinada.
Os cabos são muito empregados em equipamentos de transporte e na elevação de cargas,
como em elevadores, escavadeiras, pontes rolantes.

9.2 - Componentes
O cabo de aço se constitui de alma e perna. A perna se compõe de vários arames em torno
de um arame central, conforme a figura ao lado.

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Vejamos ao lado um esquema de cabo de aço.

9.3 - Construção de cabos


Um cabo pode ser construído em uma ou mais operações, dependendo da quantidade de
fios e, especificamente, do número de fios da perna. Por exemplo: um cabo de aço 6 por 19
significa que uma perna de 6 fios é enrolada com 12 fios em duas operações, conforme segue:

Quando a perna é construída em várias operações, os passos ficam diferentes no arame


usado em cada camada. Essa diferença causa atrito durante o uso e, conseqüentemente, desgasta
os fios.

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Passo é a distância entre dois pontos de um fio em torno da alma do cabo.

9.4 - Tipos de distribuição dos fios nas pernas


Existem vários tipos de distribuição de fios nas camadas de cada perna do cabo. Os
principais tipos de distribuição que vamos estudar são:
• normal;
• seale;
• filler;
• warrington.

Distribuição normal: Os fios dos arames e das pernas são de um só diâmetro.

Distribuição seale: As camadas são alternadas em fios grossos e finos.

Distribuição filler: As pernas contêm fios de diâmetro pequeno que são utilizados como
enchimento dos vãos dos fios grossos.

Distribuição warrington: Os fios das pernas têm diâmetros diferentes numa mesma camada.

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9.5 - Tipos de alma de cabos de aço


As almas de cabos de aço podem ser feitas de vários materiais, de acordo com a aplicação
desejada. Existem, portanto, diversos tipos de alma. Veremos os mais comuns: alma de fibra,
de algodão, de asbesto, de aço.
Alma de fibra: É o tipo mais utilizado para cargas não muito pesadas. As fibras podem ser
naturais (AF) ou artificiais (AFA).

Cabo com alma de fibra AF (fibra natural)


ou AFA (fibra artificial)

As fibras naturais utilizadas normalmente são o sisal ou o rami. Já a fibra artificial mais
usada é o polipropileno (plástico).

Vantagens das fibras artificiais:


• não se deterioram em contato com agentes agressivos;
• são obtidas em maior quantidade;
• não absorvem umidade.

Desvantagens das fibras artificiais:


• são mais caras;
• são utilizadas somente em cabos especiais.

Alma de algodão: Tipo de alma que é utilizado em cabos de pequenas dimensões.

Alma de asbesto: Tipo de alma utilizado em cabos especiais, sujeitos a altas temperaturas.

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Alma de aço: A alma de aço pode ser formada por uma perna de cabo (AA) ou por um cabo de
aço independente (AACI), sendo que este último oferece maior flexibilidade somada à alta
resistência à tração.

Cabo com alma de aço formada por cabo independente AACI

Cabo com alma de aço formada por uma perna AA

9.6 - Tipos de torção


Os cabos de aço, quando tracionados, apresentam torção das pernas ao redor da alma. Nas
pernas também há torção dos fios ao redor do fio central. O sentido dessas torções pode variar,
obtendo-se as situações:

Torção regular ou em cruz: Os fios de cada perna são torcidos no sentido oposto ao das pernas
ao redor da alma. As torções podem ser à esquerda ou à direita. Esse tipo de torção confere
mais estabilidade ao cabo.

Torção lang ou em paralelo: Os fios de cada perna são torcidos no mesmo sentido das pernas
que ficam ao redor da alma. As torções podem ser à esquerda ou à direita. Esse tipo de torção
aumenta a resistência ao atrito (abrasão) e dá mais flexibilidade.

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O diâmetro de um cabo de aço corresponde ao diâmetro da circunferência que o


circunscreve.

9.7 - Preformação dos cabos de aço


Os cabos de aço são fabricados por um processo especial, de modo que os arames e as
pernas possam ser curvadas de forma helicoidal, sem formar tensões internas.

As principais vantagens dos cabos preformados são:


• manuseio mais fácil e mais seguro;
• no caso da quebra de um arame, ele continuará curvado;
• não há necessidade de amarrar as pontas.

9.8 - Fixação do cabo de aço


Os cabos de aço são fixados em sua extremidade por meio de ganchos ou laços. Os laços
são formados pelo trançamento do próprio cabo. Os ganchos são acrescentados ao cabo.

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9.9 - Dimensionamento
Para dimensionar cabos, calculamos a resistência do material de fabricação aos esforços
a serem suportados por esses cabos. É necessário verificar o nível de resistência dos materiais
à ruptura.
Os tipos, características e resistência à tração dos cabos de aço são apresentadas nos
catálogos dos fabricantes.

10. ROSCAS DE TRANSMISSÃO


O automóvel está com o pneu furado. Para trocá-lo, o motorista necessita de um macaco
mecânico que suspenda o veículo.

Macaco mecânico - equipamento para elevar pesos a pequena altura, pelo deslocamento de
uma rosca de transmissão do sistema porca e fuso.

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Esse sistema é utilizado para as mais variadas aplicações.


Exemplo: deslocamento da mandíbula móvel da morsa.

As roscas de transmissão apresentam vários tipos de perfil.

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10.1 - Rosca com perfil quadrado


Esse tipo de perfil é utilizado na construção de roscas múltiplas. As roscas múltiplas
possuem duas ou mais entradas, que possibilitam maior avanço axial a cada volta completa do
parafuso.

Essas roscas são utilizadas em conjuntos (fuso e porca) sempre que houver necessidade
de se obter mais impacto (balancim) ou grande esforço (prensa).

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10.2 - Rosca com perfil trapezoidal


Resiste a grandes esforços e é empregada na construção de fusos e porcas, os quais
transmitem movimento a alguns componentes de máquinas-ferramenta como, por exemplo,
torno, plaina e fresadora.

O mangote é um componente do cabeçote móvel do torno, e seu deslocamento também é


feito por meio de fuso e porca.

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A rosca sem-fim apresenta também perfil trapezoidal, e é um componente que funciona,


geralmente, em conjunto com uma coroa (engrenagem helicoidal), possibilitando grande
redução na relação de transmissão de movimento.

10.3 - Rosca com perfil misto


Esta rosca é muito utilizada na construção
de conjuntos fuso e porca com esferas
recirculantes.
Os fusos de esferas são elementos de
transmissão de alta eficiência, transformando
movimento de rotação em movimento linear e
vice-versa, por meio de transmissão por esferas.

No acionamento do avanço do carro da


fresadora ferramenteira por Comando Numérico Computadorizado (CNC) é usado esse tipo de
rosca, visando transferência de força com o mínimo atrito.

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10.4 - Material de fabricação


Fusos, porcas e coroas podem ser fabricados de vários materiais, conforme as
necessidades e indicações.
• Fusos - aço-carbono ou aço-liga.
• Porcas e coroas - bronze ou ferro fundido.

11. ENGRENAGENS I
11.1 - Introdução
Um pasteleiro fazia massa de pastel numa máquina manual, quando ela quebrou. Sem
perder tempo, o pasteleiro levou a máquina a uma oficina. O dono da oficina examinou a
máquina e percebeu o que houve.
- Problema na engrenagem. Alguns dentes da engrenagem se quebraram.
- Engrenagem? - disse o pasteleiro - Mas o que é engrenagem?
- É a peça mais importante. Sem engrenagem, você não consegue movimentar a máquina
para esticar a massa.
O pasteleiro, que nada entendia de mecânica, ficou preocupado e intrigado.
Afinal, o que seria essa tal engrenagem?
E você, sabe o que é engrenagem? Se você sabe, terá oportunidade de rever seus
conhecimentos nesta aula. Se não sabe, vai passar a conhecê-la. Vamos lá?

11.2 - Engrenagens
Engrenagens são rodas com dentes padronizados que servem para transmitir movimento
e força entre dois eixos.

Muitas vezes, as engrenagens são usadas para variar o número de rotações e o sentido da
rotação de um eixo para o outro.

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Observe as partes de uma engrenagem:

Existem diferentes tipos de corpos de engrenagem. Para você conhecer alguns desses
tipos, observe as ilustrações.

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Os dentes são um dos elementos mais importantes das engrenagens. Observe, no detalhe,
as partes principais do dente de engrenagem.

Para produzir o movimento de rotação as rodas devem estar engrenadas. As rodas se


engrenam quando os dentes de uma engrenagem se encaixam nos vãos dos dentes da outra
engrenagem.

As engrenagens trabalham em conjunto. As engrenagens de um mesmo conjunto podem


ter tamanhos diferentes.
Quando um par de engrenagens tem rodas de tamanhos diferentes, a engrenagem maior
chama-se coroa e a menor chama-se pinhão.

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Os materiais mais usados na fabricação de engrenagens são: aço-liga fundido, ferro


fundido, cromo-níquel, bronze fosforoso, alumínio, náilon.

11.3 - Tipos de engrenagem


Existem vários tipos de engrenagem, que são escolhidos de acordo com sua função. Hoje você
vai estudar os tipos mais comuns.

Engrenagens cilíndricas: Engrenagens cilíndricas têm a forma de cilindro e podem ter dentes
retos ou helicoidais (inclinados). Observe duas engrenagens cilíndricas com dentes retos:

Veja a representação de uma engrenagem com dentes helicoidais:

Os dentes helicoidais são paralelos entre si, mas oblíquos em relação ao eixo da
engrenagem.

Já os dentes retos são paralelos entre si e paralelos ao eixo da engrenagem.

As engrenagens cilíndricas servem para transmitir rotação entre eixos paralelos, como
mostram os exemplos.

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As engrenagens cilíndricas com dentes helicoidais transmitem também rotação entre


eixos reversos (não paralelos). Elas funcionam mais suavemente que as engrenagens cilíndricas
com dentes retos e, por isso, o ruído é menor.

Engrenagens cônicas: Engrenagens cônicas são aquelas que têm forma de tronco de cone. As
engrenagens cônicas podem ter dentes retos ou helicoidais. Nesta aula, você ficará conhecendo
apenas as engrenagens cônicas de dentes retos.

As engrenagens cônicas transmitem rotação entre eixos concorrentes. Eixos concorrentes


são aqueles que vão se encontrar em um mesmo ponto, quando prolongados.
Observe no desenho como os eixos das duas engrenagens se encontram no ponto A.

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Observe alguns exemplos de emprego de engrenagens cônicas com dentes retos.

Você já aprendeu que as engrenagens de tamanho diferentes têm nomes A especiais.

Engrenagens helicoidais: Nas engrenagens helicoidais, os dentes são oblíquos em relação ao


eixo.
Entre as engrenagens helicoidais, a engrenagem para rosca sem-fim merece atenção
especial. Essa engrenagem é usada quando se deseja uma redução de velocidade na transmissão
do movimento.

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Repare que os dentes da engrenagem helicoidal para rosca sem-fim são côncavos.

Côncavos porque são dentes curvos, ou seja, menos elevados no meio do que nas bordas.
No engrenamento da rosca sem-fim com a engrenagem helicoidal, o parafuso sem-fim é
o pinhão e a engrenagem é a coroa.
Veja um exemplo do emprego de coroa para rosca sem-fim.

Repare que no engrenamento por coroa e rosca sem-fim, a transmissão de movimento e


força se dá entre eixos não coplanares.

11.5 - Cremalheira
Cremalheira é uma barra provida de dentes, destinada a engrenar uma roda dentada. Com
esse sistema, pode-se transformar movimento de rotação em movimento retilíneo e vice-versa.

12. CÁLCULO DE RPM DE ENGRENAGEM


Como já dissemos, a transmissão de movimentos pode ser feita por conjuntos de polias e
correias ou por engrenagens.

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Quando se quer calcular a rpm de engrenagens, a fórmula é muito semelhante à usada


para o cálculo de rpm de polias. Observe:

Em que n1 e n2 são, respectivamente, a rpm da engrenagem motora e da engrenagem


movida e Z2 e Z1 representam, respectivamente, a quantidade de dentes das engrenagens
movida e motora.
V amos supor que você precise descobrir a velocidade final de uma máquina, cujo sistema
de redução de velocidade tenha duas engrenagens: a primeira (motora) tem 20 dentes e gira a
200 rpm e a segunda (movida)
tem 40 dentes.

Se você tiver um conjunto com várias engrenagens, a fórmula a ser usada será a mesma.
Como exemplo, vamos calcular a rpm da engrenagem D da figura a seguir.

Primeiro estágio:

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Assim como é possível calcular o diâmetro da polia usando a mesma fórmula para o
cálculo de RPM, pode-se calcular também u número de dentes de uma engrenagem:

Vamos calcular o número de dentes da engrenagem B da figura acima.

14. ACOPLAMENTO

14.1 - Introdução
Uma pessoa, ao girar o volante de seu automóvel, percebeu um estranho ruído na roda.
Preocupada, procurou um mecânico.

Ao analisar o problema, o mecânico concluiu que o defeito estava na junta homocinética,


e que precisaria substituí-la.

Você sabe o que é junta homocinética? Vamos estudá-la nesta aula. Antes, porém,
vejamos algumas noções de acoplamento.

14.2 - Conceito
Acoplamento é um conjunto mecânico, constituído de elementos de máquina, empregado
na transmissão de movimento de rotação entre duas árvores ou eixo-árvores.

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acoplamento
motor Bomba d’água

14.3 - Classificação
Os acoplamentos podem ser fixos, elásticos e móveis.

Acoplamentos fixos: Os acoplamentos fixos servem para unir árvores de tal maneira que
funcionem como se fossem uma única peça, alinhando as árvores de forma precisa.
Por motivo de segurança, os acoplamentos devem ser construídos de modo que não
apresentem nenhuma saliência.

Vamos conhecer alguns tipos de acoplamentos fixos.

Acoplamento rígido com flanges parafusadas: Esse tipo de acoplamento é utilizado quando
se pretende conectar árvores, e é próprio para a transmissão de grande potência em baixa
velocidade.

Acoplamento com luva de compressão ou de aperto: Esse tipo de luva facilita a manutenção
de máquinas e equipamentos, com a vantagem de não interferir no posicionamento das árvores,
podendo ser montado e removido sem problemas de alinhamento.

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Acoplamento de discos ou pratos: Empregado na transmissão de grandes potências em casos


especiais, como, por exemplo, nas árvores de turbinas. As superfícies de contato nesse tipo de
acoplamento podem ser lisas ou dentadas.

Acoplamentos elásticos: Esses elementos tornam mais suave a transmissão do movimento em


árvores que tenham movimentos bruscos, e permitem o funcionamento do conjunto com
desalinhamento paralelo, angular e axial entre as árvores.

Os acoplamentos elásticos são construídos em forma articulada, elástica ou articulada


e elástica. Permitem a compensação de até 6 graus de ângulo de torção e deslocamento angular
axial.
Veja a seguir os principais tipos de acoplamentos elásticos.

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Acoplamento elástico de pinos: Os elementos transmissores são pinos de aço com mangas de
borracha.

Acoplamento perflex: Os discos de acoplamento são unidos perifericamente por uma ligação
de borracha apertada por anéis de pressão. Esse acoplamento permite o jogo longitudinal de
eixos.

Acoplamento elástico de garras: As garras, constituídas por tocos de borracha, encaixam-se


nas aberturas do contradisco e transmitem o movimento de rotação.

Acoplamento elástico de fita de aço; Consiste de dois cubos providos de flanges ranhuradas,
nos quais está montada uma grade elástica que liga os cubos. O conjunto está alojado em duas
tampas providas de junta de encosto e de retentor elástico junto ao cubo. Todo o espaço entre
os cabos e as tampas é preenchido com graxa.

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Apesar de esse acoplamento ser flexível, as árvores devem estar bem alinhadas no ato de
sua instalação para que não provoquem vibrações excessivas em serviço.

Acoplamento de dentes arqueados: Os dentes possuem a forma ligeiramente curvada no


sentido axial, o que permite até 3 graus de desalinhamento angular. O anel dentado (peça
transmissora do movimento) possui duas carreiras de dentes que são separadas por uma
saliência central.

14.4 - Junta universal homocinética


Esse tipo de junta é usado para transmitir movimento entre árvores que precisam sofrer
variação angular, durante sua atividade. Essa junta é constituída de esferas de aço que se alojam
em calhas.

A ilustração anterior é a de junta homocinética usada em veículos.


A maioria dos automóveis é equipada com esse tipo de junta.

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__________________________________________________________________________________

14.5 - Acoplamentos móveis


São empregados para permitir o jogo longitudinal das árvores. Esses acoplamentos
transmitem força e movimento somente quando acionados, isto é, obedecem a um comando.
Os acoplamentos móveis podem ser: de garras ou dentes, e a rotação é transmitida por
meio do encaixe das garras ou de dentes.
Geralmente, esses acoplamentos são usados em aventais e caixas de engrenagens de
máquinas-ferramenta convencionais.

14.6 - Montagem de acoplamentos


Os principais cuidados a tomar durante a montagem dos acoplamentos são:
• Colocar os flanges a quente, sempre que possível.

• Evitar a colocação dos flanges por meio de golpes: usar prensas ou dispositivos adequados.

• O alinhamento das árvores deve ser o melhor possível mesmo que sejam usados
acoplamentos elásticos, pois durante o serviço ocorrerão os desalinhamentos a serem
compensados.

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__________________________________________________________________________________

• Fazer a verificação da folga entre flanges e do alinhamento e concentricidade do flange


com a árvore.

• Certificar-se de que todos os elementos de ligação estejam bem instalados antes de aplicar
a carga.

14.7 - Lubrificação de acoplamentos


Os acoplamentos que requerem lubrificação, geralmente não necessitam cuidados
especiais.

O melhor procedimento é o recomendado pelo fabricante do acoplamento ou pelo manual


da máquina. No entanto, algumas características de lubrificantes para acoplamentos flexíveis
são importantes para uso geral:
- ponto de gota - 150ºC ou acima;

- consistência - NLGI nº2 com valor de penetração entre 250 e 300;

- baixo valor de separação do óleo e alta resistência à separação por centrifugação;

- deve possuir qualidades lubrificantes equivalentes às dos óleos minerais bem refinados de
alta qualidade;

- não deve corroer aço ou deteriorar o neopreme (material das guarnições).

15. INTRODUÇÃO AOS ELEMENTOS DE VEDAÇÃO


15.1 – Introdução
Uma senhora foi devolver ao vendedor uma panela de pressão que tinha comprado há
poucas semanas. Reclamando que a panela não prestava, queria o dinheiro de volta. O
vendedor, surpreso, examinou a panela. Percebeu que, talvez por engano do fabricante, a
borracha de vedação estava com defeito. Trocou a borracha por uma nova e explicou à
compradora o que havia ocorrido.
A mulher, desconfiada, interpelou o vendedor:
- Como o senhor tem certeza de que agora a panela não vai apresentar mais problemas?
- Fique tranquila, - disse-lhe o vendedor - o problema era apenas na vedação porque a
borracha estava com defeito.

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__________________________________________________________________________________

Com o tempo, a compradora verificou que o vendedor tinha razão. Com a borracha nova,
a panela ficou bem vedada e o cozimento dos alimentos, mais rápido.
É fácil imaginar que a vedação é um fator importante tanto na indústria quanto nos
produtos comerciais, tais como tampa de garrafas, vedadores de botijões de gás, garrafas
térmicas etc.
Na mecânica em geral, salienta-se a importância dos elementos de vedação que serão
estudados nesta aula.

15.2 - Conceito
Elementos de vedação são peças que impedem a saída de fluido de um ambiente fechado
(tubulação, depósito etc.) e evitam que esse ambiente seja poluído por agentes externos.
Esses elementos, geralmente, localizam-se entre duas peças fixas ou em duas peças em
movimento relativo. As junções cujas peças apresentam movimento relativo se subdividem em
girantes, quando o movimento é de rotação, e deslizantes, quando o movimento é de translação.

15.3 - Tipos de junção


Nas ilustrações a seguir, você vai observar vários tipos de junções, fixas e móveis, em
diferentes aplicações, como acoplamentos, reservatório de estocagem; junções móveis em
movimento de rotação e de translação.

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__________________________________________________________________________________

No dia-a-dia podemos observar muitos exemplos de vedação: garrafas fechadas com rolha de
cortiça, tampas de coroa das garrafas de bebidas gaseificadas e tampas de fecho das garrafas
térmicas.

Nem sempre a vedação é tão simples como nos exemplos vistos. Existem situações em
que a vedação exige procedimentos específicos e certos cuidados.

Muitas vezes, a vedação requer atenção aos seguintes aspectos:


• temperatura - no caso de se trabalhar em ambiente com temperatura muito elevada, a
vedação torna-se mais difícil;

• acabamento das peças - uma boa vedação requer bom acabamento das superfícies a serem
vedadas;

• pressão - quanto mais elevada for a pressão do fluido, tanto maior será a possibilidade de
escapamento, ou seja, a vedação torna-se mais difícil;

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__________________________________________________________________________________

• estado físico - os fluidos líquidos são mais fáceis de serem vedados do que os fluidos em
estado gasoso.

Portanto, os elementos de vedação de máquinas devem ser adequados a esses aspectos


para que se evitem riscos de escapamento e até de acidentes.

15.4 - Classificação
Os elementos de vedação classificam-se em dois grupos: de junções fixas e de junções móveis.

Vedação para junções fixas: As vedações nas junções fixas podem ser feitas de maneira direta
ou por elementos intermediários.

Tipos de vedação direta para junções fixas


Vedação em ogiva, para baixas pressões - a vedação se efetua em uma superfície tronco-
cônica com esfera.

Vedação em faca, para médias pressões – efetuada mediante a aproximação de uma coroa
circular a um plano.

Vedação cônica, para altas pressões – é o melhor tipo de vedação e se efetua entre duas
superfícies cônicas que têm geratrizes coincidentes.

Vedação de junções fixas com elementos intermediários

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__________________________________________________________________________________

Nesse tipo de vedação são usadas guarnições.


Guarnições são peças flexíveis colocadas entre duas superfícies rígidas, geralmente
planas. Desta forma, as guarnições impedem passagem ou vazamento de fluidos.
As guarnições podem ser feitas de borracha, cobre, cortiça ou amianto, e podem ter
formatos variados: chatos, toroidais, perfilados, revestidos etc.
A vedação com elementos intermediários (guarnições) tem a vantagem de ser feita com
mais facilidade do que a vedação direta. Basta uma simples pressão para moldar a guarnição
entre as superfícies a serem vedadas.
O quadro a seguir apresenta uma descrição de guarnições para junções fixas: suas formas,
representações, materiais de fabricação e campos de emprego.

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__________________________________________________________________________________

As guarnições para junções fixas de forma toroidal são chamadas anéis toroidais. Têm
secção circular. Também são conhecidas como anéis O Ring (OR).

Essas guarnições têm empregos especiais. Podem ser colocadas em cavidades de secção
retangular, triangular ou quadradas. As dimensões dessas cavidades dependem do diâmetro da
secção da guarnição.
Nas figuras abaixo são apresentadas as cotas das redes retangulares, triangular ou
quadrada para anéis OR.

Os valores em função do diâmetro da guarnição são encontrados em tabelas fornecidas pelos


fabricantes.

Os anéis OR são empregados em junções fixas e móveis.


Ainda com referência aos anéis toroidais (O Ring), você vai ver um exemplo de como
eles agem em junções fixas.

Anel OR em posição de equilíbrio

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__________________________________________________________________________________

Anel OR em posição de pressão da direita

Aplicação do anel OR para vedar a tampa de um recipiente pressão

16. JUNÇÕES I
16.1 - Introdução
A tarefa do mecânico era a de vedar válvulas com anéis OR. Mas o mecânico ficou em
dúvida quanto às dimensões dos anéis.
Que fazer? Contou seu problema a um colega mais experiente. Este lhe deu uma tabela
com todas as dimensões. Disse ao mecânico:
- Você precisa ficar mais esperto. Pra que calcular dimensões se os fabricantes já
mandam as tabelas com todas as dimensões?
E você, sabia disso? Mas não basta saber as dimensões dos anéis. Na vedação por
contato circular, são necessários outros conhecimentos que serão abordados nesta aula.
Vamos começar?

16.2 - Elementos intermediários


Já vimos a vedação com elementos intermediários: em câmara de estopa e de contato
circular com anéis de feltro de seção trapezoidal.
Nesta aula, vamos aprofundar um pouco mais o estudo de anéis de vedação: anéis
toroidais O Ring (OR), anéis H Ring (HR), anéis de sustentação
BK, anéis Ring-flon, anéis de vedação mecânica.

Anéis toroidais de seção circular (O Ring ou OR): Esses anéis são guarnições confeccionadas
em borracha sintética e podem ser empregadas para a vedação de fluidos entre superfícies fixas
ou móveis.

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__________________________________________________________________________________

O funcionamento dessas guarnições se baseia na deformação que elas sofrem após a


montagem em uma sede, com dimensão inferior à da guarnição. A deformação do anel cria uma
ação de vedação, mesmo se o fluido não estiver sob pressão.
Os fabricantes dos anéis OR dispõem de tabelas com todas as dimensões dos anéis e suas
sedes de alojamento. Informam os detalhes para execução das concordâncias das sedes e as
tolerâncias respectivas.

Vejamos alguns exemplos de aplicação.


Uso de anéis OR para vedação de uma válvula.

Exemplo de guarnição OR colocada em um escareamento para vedação em roscas externas


métricas ISO.

No quadro abaixo, você vai ver o comportamento dos anéis OR quando são utilizados
isoladamente e quando estão associados aos anéis de sustentação BK.

A pressão exerce no anel OR uma ação de extrusão, que pode ser evitada com anéis de
sustentação BK, que podem ser simples e duplos.

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__________________________________________________________________________________

Extrusão: significa deformação do anel OR quando a pressão aumenta. Gradativamente,


o anel vai ocupando o espaço (folga) existente entre as peças em que ele se encontra.

18. TESTE SUA APRENDIZAGEM, FAÇA OS EXERCÍCIOS A SEGUIR.

Exercício 1
Marque com um X a resposta correta.
1. As molas podem produzir movimento de impulso devido à sua propriedade de:
a) ( ) força;
b) ( ) elasticidade;
c) ( ) rigidez;
d) ( ) retração.

2. As uniões elásticas, por molas, são usadas para:


a) ( ) evitar choques e vibrações;
b) ( ) reduzir movimentos e choques;
c) ( ) eliminar choques e vibrações;
d) ( ) amortecer choques e reduzir vibrações.

3. Para acionamento de mecanismos de relógios, usam-se molas com capacidade de:


a) ( ) armazenar energia;
b) ( ) vazar energia;
c) ( ) gerar energia;
d) ( ) controlar energia.

4. Em suspensão e para-choques de veículos, as molas exercem a função de:

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__________________________________________________________________________________

a) ( ) amortecer choques;
b) ( ) eliminar choques;
c) ( ) reduzir atritos;
d) ( ) evitar vibrações.

5. Em estofamentos de poltronas, colchões e em veículos as molas têm a seguinte função:


a) ( ) armazenar energia;
b) ( ) distribuir carga;
c) ( ) arremessar carga;
d) ( ) reduzir atritos;

6. Quanto à forma geométrica, as molas podem ser:


a) ( ) circulares ou planas;
b) ( ) helicoidais ou prismáticas;
c) ( ) helicoidais ou planas;
d) ( ) planas ou cilíndricas.

7. Quanto ao esforço que suportam, as molas podem ser de:


a) ( ) compressão, torção, repressão;
b) ( ) torção, suspensão, pressão;
c) ( ) compressão, torção, vazão;
d) ( ) pressão, compressão, tração.

Exercício 2
8. Analise as molas representadas, conforme sua figura geométrica, e escreva helicoidal ou
plana embaixo de cada figura:

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__________________________________________________________________________________

9. Analise a mola representada e assinale com um X a alternativa que a identifica:


a) ( ) mola espiral;
b) ( ) mola cônica de seção retangular;
c) ( ) mola de torção;
d) ( ) mola de tração.

10. Analise o desenho técnico da mola helicoidal de tração e escreva as cotas das características
solicitadas:

a) Diâmetro da seção do arame:


.....................................................................................
b) Comprimento da mola: .....................................................................................
c) Comprimento total da mola: .....................................................................................
d) Passo da mola: .....................................................................................
e) Diâmetro interno da mola: .....................................................................................
f) Diâmetro externo da mola: .....................................................................................
g) Número de espiras da mola: .....................................................................................

11. Analise a mola representada abaixo e indique, nas linhas de cota do desenho, as seguintes
características:

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__________________________________________________________________________________

a) Comprimento da mola (H):


b) Diâmetro maior da mola (Dm):
c) Diâmetro menor da mola (dm):
d) Passos (p):
e) Número de espiras (nº):
f) Diâmetro da seção do arame (d):

Exercício 3
Marque com um X a resposta correta.
12. As molas podem ser confeccionadas com os seguintes materiais:
a) ( ) aço, madeira, acrílico;
b) ( ) aço, madeira, borracha;
c) ( ) aço, madeira, plástico;
d) ( ) aço, madeira, cobre.

13. As molas de lâminas (feixe de molas) são usadas em:


a) ( ) relógios;
b) ( ) brinquedos;
c) ( ) automóveis;
d) ( ) estofamentos.

14. Os materiais para confeccionar molas devem apresentar alto limite de:
a) ( ) rigidez;
b) ( ) elasticidade;
c) ( ) densidade;
d) ( ) resistência.
15. As principais solicitações mecânicas das molas são:
a) ( ) compressão, tração, flexão, pressão;
b) ( ) flexão, torção, compressão, tensão;
c) ( ) torção, flexão, tração, retenção;
d) ( ) tração, compressão, flexão, torção.

16. Assinale com um X as alternativas que contêm a representação simplificada das molas
múltiplas, acopladas no mesmo sentido.

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__________________________________________________________________________________

17. Analise o desenho técnico da mola espiral e escreva os nomes das características
correspondentes às cotas dadas.

a) 1: ............................................................................
b) 5: ............................................................................
c) 45: ..........................................................................
d) 3: ............................................................................

Exercício 4
18. Vamos testar sua aprendizagem de assuntos já estudados? Analise a última
ilustração da aula e responda às seguintes questões:
a) Quantas flanges foram usadas no acoplamento?
.....................................................................................
.....................................................................................
.....................................................................................

b) Qual o formato da cabeça dos parafusos e das porcas?


.....................................................................................
.....................................................................................
.....................................................................................
c) Quantos conjuntos de parafusos, porcas e arruelas foram empregados na
união?
.....................................................................................
.....................................................................................
.....................................................................................

d) Que tipo de corte foi empregado?


.....................................................................................
.....................................................................................
.....................................................................................

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__________________________________________________________________________________

e) Quais os nomes das vistas representadas?


.....................................................................................
.....................................................................................
.....................................................................................

Marque com um X a resposta correta.


19. Os elementos que transmitem força e movimento são:
a) ( ) rolamentos;
b) ( ) correias;
c) ( ) pinos;
d) ( ) arruelas.

20. A transmissão pode ser feita por:


a) ( ) atrito e pressão;
b) ( ) forma e deslizamento;
c) ( ) forma e atrito;
d) ( ) atrito e impulso.

20. Complete os espaços em branco.


Com os elementos de.....................................são montados os..................................de
transmissão, os quais têm por finalidade transferir..........................de um eixo a outro.

Exercício 5
Marque com um X a única resposta correta.
21. O eixo que transmite movimento ou energia e suporta esforços chama-se:
a) ( ) árvore ou espiga;
b) ( ) eixo vazado ou árvore;
c) ( ) eixo-árvore ou árvore;
d) ( ) eixo ou espiga.

22. Os elementos de máquina são sustentados por:


a) ( ) espigas;
b) ( ) morsa;
c) ( ) barras;
d) ( ) eixos.

23. Para usinar peças longas são usadas máquinas-ferramenta com:


a) ( ) eixo-árvore vazado;
b) ( ) eixo-árvore maciço;
c) ( ) eixo vazado;
d) ( ) eixo maciço.

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__________________________________________________________________________________

24. Os eixos podem ser:


a) ( ) flexíveis ou giratórios;
b) ( ) imóveis ou fixos;
c) ( ) fixos ou giratórios;
d) ( ) fixos ou oscilantes.

25. Os eixos e árvores podem ser fabricados em:


a) ( ) cobre, alumínio, latão, elástico;
b) ( ) chumbo, alumínio, latão, aço;
c) ( ) chumbo, aço, plástico, ferro;
d) ( ) aço, cobre, alumínio, latão.

Exercício 6
Marque com um X a resposta correta.
26. As polias e correias transmitem:
a) ( ) impulso e força;
b) ( ) calor e vibração;
c) ( ) força e atrito;
d) ( ) força e rotação.

27. A transmissão por correias exige:


a) ( ) força de tração;
b) ( ) força de atrito;
c) ( ) velocidade tangencial;
d) ( ) velocidade.

28. As correias mais comuns são:


a) ( ) planas e trapezoidais;
b) ( ) planas e paralelas;
c) ( ) trapezoidais e paralelas;
d) ( ) paralelas e prismáticas.

29. As correias podem ser feitas de:


a) ( ) metal, couro, cerâmica;
b) ( ) couro, borracha, madeira;
c) ( ) borracha, couro, tecido;
d) ( ) metal, couro, plástico.

30. A correia em .V. ou trapezoidal inteiriça é fabricada na forma de:


a) ( ) quadrado;
b) ( ) trapézio;
c) ( ) losango;
d) ( ) prisma.

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__________________________________________________________________________________

31. Analise o desenho e assinale com um X o perfil de correia adequado à polia representada.

32. Analise as representações de polias. A seguir, escreva nos ( ) a letra que identifica
corretamente cada uma.

a) polia com guia;


b) polia de aço abaulado;
c) polia em .V. múltipla;
d) polia escalonada de aço plano;
e) polia para correia redonda.

Exercício 7
33. Cálcule a rpm dos conjuntos C e D.
Conjunto C:

Substituindo os valores:

Conjunto D:

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34. Um motor que possui uma polia de 160mm de diâmetro desenvolve 900 rpm e move um
eixo de transmissão cuja polia tem 300mm de diâmetro. Calcule a rotação do eixo.

35. Uma polia motora tem 10 cm de diâmetro. Sabendo que polia movida tem 30 cm de diâmetro
e desenvolve 1200 rpm, calcule o número de rpm que a polia motora desenvolve.

36. Se a polia motora gira a 240 rpm e tem 50 cm de diâmetro, que diâmetro deverá ter a polia
movida para desenvolver 600 rpm?

37. No sistema de transmissão por quatro polias representado abaixo, o eixo motor desenvolve
1000 rpm. Os diâmetros das polias medem: D1 = 150 mm, D2 = 300 mm, D3 = 80 mm e D4 =
400 mm. Determine a rpm final do sistema.

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Exercício 8
Marque com um X a resposta correta.
38. As correntes têm a função de transmitir:
a) ( ) força e rotação;
b) ( ) rotação no sentido horário;
c) ( ) velocidade tangencial;
d) ( ) rotação e atrito.

39. Nas transmissões por correntes, as engrenagens e a corrente devem estar:


a) ( ) em planos cruzados;
b) ( ) em planos diferentes e paralelos;
c) ( ) no mesmo plano;
d) ( ) em planos cruzados e paralelos.

40.As transmissões por correntes são indicadas para:


a) ( ) grandes velocidades e pequenas forças;
b) ( ) pequenas velocidades e grandes forças;
c) ( ) grandes velocidades e grandes forças;
d) ( ) força e velocidade reduzida.

41. As correntes podem ser fechadas por:


a) ( ) rebitagem dos pinos;
b) ( ) soldagem dos pinos;
c) ( ) cupilhas ou travas elásticas;
d) ( ) parafusos e arruelas.

42. As correntes de bucha diferem das de rolos pela ausência de:


a) ( ) talas e eixos;
b) ( ) talas e buchas;
c) ( ) rolos e talas;
d) ( ) rolos e parafusos.

43. As correntes de bucha diferem das de rolo porque são:


a) ( ) mais resistentes;
b) ( ) menos resistentes;
c) ( ) de resistência flexível;
d) ( ) de resistência provisória.

44. As correntes desmontáveis são utilizadas em situações de:


a) ( ) pequenas velocidades e trabalho pesado;
b) ( ) pequenas velocidades e trabalho leve;
c) ( ) altas velocidades e trabalho pesado;
d) ( ) média velocidade e trabalho normal.

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45. A corrente para transporte de carga é a de:


a) ( ) rolos;
b) ( ) aço redondo;
c) ( ) buchas;
d) ( ) pinos.
Exercício 9
Marque com um X a resposta correta.
46. Os cabos suportam o seguinte tipo de esforço:
a) ( ) compressão;
b) ( ) flexão;
c) ( ) tração.

47. O cabo de aço constitui-se de:


a) ( ) alma, perna, arame e arame central;
b) ( ) alma, braço, arame e arame central;
c) ( ) corpo, braço, arame e arame central.

48. A alma dos cabos de aço pode ser de:


a) ( ) aço ou alumínio;
b) ( ) fibras artificiais ou alumínio;
c) ( ) aço ou fibras artificiais.

49. O tipo de torção dos cabos pode ser da seguinte forma:


a) ( ) .X. ou paralelo;
b) ( ) cruz ou paralelo;
c) ( ) cruz ou perpendicular.

50. Medimos o cabo de aço com base na medida da circunferência do:


a) ( ) cabo;
b) ( ) arame;
c) ( ) enchimento.

Exercício 10
Marque com um X a resposta correta. A U L A
51. Nos tornos, os elementos de transmissão (fusos e porcas) têm por finalidade deslocar:
a) ( ) carros e placas;
b) ( ) carros e mangote;
c) ( ) carros e cabeçote móvel;
d) ( ) mangote e cabeçote móvel.

52. Os perfis das roscas de transmissão podem ser:


a) ( ) triangular, misto ou trapezoidal;
b) ( ) quadrado, misto ou triangular;
c) ( ) quadrado, misto ou trapezoidal;

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__________________________________________________________________________________

d) ( ) triangular, quadrado ou trapezoidal.

53. As roscas múltiplas são utilizadas na construção de fusos para:


a) ( ) prensas e balancins;
b) ( ) plainas e balancins;
c) ( ) morsas e tornos;
d) ( ) prensas e tornos.

54. Os fusos com esferas recirculantes são empregados em:


a) ( ) plainas;
b) ( ) prensas;
c) ( ) balancins;
d) ( ) máquinas CNC.

55. Os materiais empregados na construção de fusos são:


a) ( ) aço-carbono e bronze;
b) ( ) aço-liga e bronze;
c) ( ) aço-carbono e aço-liga;
d) ( ) bronze e ferro fundido.

Exercício 11
Marque com um X a resposta correta.
56. Escreva, no quadradinho ao lado de cada ilustração, a letra que identifica corretamente o
tipo de engrenagem:
a) Engrenagen helicoidal para rosca sem-fim.
b) Engrenagem cilíndrica com dentes retos.
c) Engrenagem cilíndrica com dentes helicoidais.
d) Engrenagem cilíndrica com dentes côncavos.
e) Engrenagem cônica com dentes retos.

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__________________________________________________________________________________

57. Complete as frases com a alternativa correta.


a) As engrenagens....................................servem para transmitir movimento entre eixos
paralelos.
- cônicas
- cilíndricas

b) As engrenagens......................................são usadas para eixos não coplanares.


- helicoidais
- cilíndricas

58. Observe a ilustração da engrenagem e escreva V em frente à(s) frase(s) verdadeira(s) e F


em frente à(s) frase(s) falsa(s).

a) ( ) A engrenagem representada é cilíndrica com dentes retos.


b) ( ) O corpo da engrenagem representada tem a forma de disco.

Exercício 12
59. Seguindo o modelo do exemplo, faça o cálculo do segunte estágio.
Segundo estágio:

60. Uma polia motora tem 10 cm de diâmetro. Sabendo-se que a ploia movida tem 30 cm de
diâmetro e desenvolve 1200 rpm, calcule o n´mero de RPM da polia motora?

61. Se uma ploia motora gira a 240 rpm e tm 50 cm de diâmetro, qual será o diâmetro da polia
movida para que ela apresente uma velocidade de 600rpm?

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__________________________________________________________________________________

62. Uma engrenagem motora tem 20 dentes e a outra, 30. Qual é a RPM da engrenagem maior,
se a menor gira a 150 rpm?

63. Qual o número de dentes necessários à engrenagem A (motora) para que A e B girem
respectivamente a 100 e 300 rpm?

64. Na figura abaixo, qual é a RPM da engrenagem B, sabendo que a engrenagem A gira a 400
rpm? Observe que as engrenagens intermediárias T1 e T2 têm a função de ligar duas
engrenagens que estão distantes uma da outra e não têm influência no cálculo.

Exercício 13
Marque com um X a resposta correta.
65. Na came de disco, durante o giro, a haste seguidora apresenta um movimento:
a) ( ) radial;
b) ( ) axial periódico;
c) ( ) longitudinal;
d) ( ) transversal;

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e) ( ) uniforme.

66. Na came de tambor, o seguidor se movimenta porque ele está:


a) ( ) preso no tambor;
b) ( ) paralelo ao tambor;
c) ( ) perpendicular ao tambor;
d) ( ) fora da ranhura do tambor;
e) ( ) soldado na ranhura do tambor.

67. As cames podem ser utilizadas principalmente em:


a) ( ) máquinas operatrizes, máquinas têxteis e motores elétricos;
b) ( ) motores elétricos, comandos de válvulas e armas automáticas;
c) ( ) máquinas têxteis, comandos de válvulas e motores elétricos;
d) ( ) máquinas automáticas de embalar, motores térmicos e motores elétricos;
e) ( ) máquinas operatrizes, máquinas têxteis e comandos de válvulas.

Exercício 14
Marque com um X a resposta correta.
68. Os acoplamentos se classificam em:
a) ( ) elásticos, móveis, rígidos;
b) ( ) fixos, elásticos, móveis;
c) ( ) permanentes, fixos, elásticos;
d) ( ) rígidos, elásticos, permanentes.

69. Os acoplamentos elásticos têm a função de:


a) ( ) acelerar a transmissão de movimentos;
b) ( ) suavizar a transmissão de movimentos;
c) ( ) reduzir a transmissão de movimentos;
d) ( ) eliminar a transmissão de movimentos.

70. Para transmitir jogo longitudinal de eixos, usa-se o seguinte acoplamento:


a) ( ) elástico;
b) ( ) móvel;
c) ( ) perflex;
d) ( ) rígido.

71. Para manter eixos rigidamente conectados por meio de uma luva rasgada longitudinalmente
e chaveta comum a ambos os eixos, usa-se o seguinte acoplamento:
a) ( ) rígido por luvas parafusadas;
b) ( ) de discos ou pratos;
c) ( ) de dentes arqueados;
d) ( ) junta universal de velocidade constante.

72. Assinale V para as afirmações verdadeiras e F para as falsas.

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__________________________________________________________________________________

Na montagem de um acoplamento devemos:


a) ( ) Colocar os flanges a quente, sempre que possível.
b) ( ) Fazer a verificação da folga entre flanges e do alinhamento e da concentricidade do flange
com a árvore.
c) ( ) O alinhamento das árvores é desnecessário quando utilizados acoplamentos flexíveis.
d) ( ) Evitar a colocação dos flanges por meio de golpes: usar prensas ou dispositivos
adequados.

Exercício 15
Marque com um X a resposta correta.
73. Para impedir saída de fluido de ambientes fechados e a poluição desses ambientes, são
usados elementos de:
a) ( ) fixação;
b) ( ) transmissão;
c) ( ) apoio;
d) ( ) vedação.

74. Existem os seguintes tipos de junções:


a) ( ) articuladas e móveis;
b) ( ) móveis e flexíveis;
c) ( ) moduladas e fixas;
d) ( ) fixas e móveis.

75. A vedação torna-se mais difícil quando:


a) ( ) o ambiente estiver frio;
b) ( ) a pressão estiver baixa;
c) ( ) o ambiente estiver com alta temperatura e alta pressão;
d) ( ) os fluidos estiverem em estado líquido.

76. Em ambientes com baixa pressão, recomenda-se o seguinte tipo de vedação:


a) ( ) em faca;
b) ( ) cônica;
c) ( ) em ogiva;
d) ( ) com guarnições.

77.Nas vedações com elementos intermediários usam-se:


a) ( ) guarnições;
b) ( ) juntas;
c) ( ) gaxetas;
d) ( ) chavetas.

Exercício 16
Marque com um X a resposta correta.
78. As vedações das junções móveis podem ser:

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a) ( ) com arruelas e chavetas;


b) ( ) direta e com elementos intermediários;
c) ( ) com parafusos e arruelas;
d) ( ) direta e com elementos de fixação.

79. Em injetores de motor diesel usa-se vedação:


a) ( ) indireta;
b) ( ) direta;
c) ( ) em ogiva;
d) ( ) em faca.

80. Em eixos de máquinas usa-se vedação:


a) ( ) de contato plano frontal;
b) ( ) de anéis;
c) ( ) de câmara de areia;
d) ( ) de contato circular.

81. Na vedação de contato circular são usados:


a) ( ) anéis de vedação;
b) ( ) fluidos viscosos;
c) ( ) retentores;
d) ( ) cilindros.

Exercício 17
Marque com um X a resposta correta.
82. Para fabricar anéis O Ring (OR) usa-se:
a) ( ) aço inoxidável;
b) ( ) cobre;
c) ( ) teflon;
d) ( ) borracha sintética.

83. Sob grande pressão, deve-se montar os anéis OR juntamente com anéis:
a) ( ) HR
b) ( ) BK
c) ( ) Ring-flon
d) ( ) HO

84. Observe os desenhos abaixo e marque com um X o número que indica a seção do anel O
Ring:
a) ( ) 1
b) ( ) 2
c) ( ) 3
d) ( ) 4

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