Introdução A Análise Fitoquímica

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INTRODUÇÃO A ANÁLISE

FITOQUÍMICA E ANÁLISE
CROMATOGRÁFICA DE EXTRATOS

Prof. Msc. Stone de Sá

PESQUISA FITOQUÍMICA

ETAPAS
Coleta
Preparação do material vegetal
Extração
Análise fitoquímica preliminar
Fracionamento, isolamento e
purificação de substâncias

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EXTRAÇÃO

ANTES DA EXTRAÇÃO AVALIAR:


características do material vegetal, grau de divisão,
meio extrator e metodologia

Solvente: o mais seletivo possível. Seletividade


depende polaridade (conhecer grau de polaridade
das substâncias que se deseja extrair determina o
solvente ou mistura de solventes).

EXTRAÇÃO
SOLVENTE TIPO DE SUBSTÂNCIAS
EXTRAIDAS
Éter de petróleo, hexano Lipídeos ceras, furanocumarinas
Tolueno, diclorometano, clorofórmio Bases livres de alcalóides,
antraquinonas livres, óleos volátiles
Acetato de etila, n-butanol Flavonóides, cumarinas simples
Etanol, metanol Heterosídeos em geral
Misturas hidroalcoólicas, água Saponinas, taninos
Água acidificada Alcalóides
Água alcalinizada Saponinas

*Quase todos os constituintes de interesse para a análise fitoquímica são solúveis em misturas
etanólicas ou metanólicas a 80%.

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EXTRAÇÃO
Fatores importantes na escolha do solvente extrator (além da
eficiência):
Toxicidade. Ex. Hexano neurotóxico, metanol depressor do SNC, etc
Estabilidade das substâncias extraídas. Ex. fotossensibilidade, oxidação,
etc
Disponibilidade.
Custo

EXTRAÇÃO
Fatores relacionados aos métodos de extração
Agitação – pode acelerar o processo
Temperatura – aumenta a solubilidade de
qualquer substância (*cuidado com substâncias
termosensíveis)
Tempo – varia de acordo com a rigidez dos
tecidos vegetais, estado de divisão, natureza dos
compostos a extrair, etc

Escolha do método de extração: avaliar eficiência,


estabilidade das substâncias extraídas, disponibilidade
dos meios e custo

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EXTRAÇÃO
Extração sólido-líquido
Extrações a frio
Percolação
Maceração

Extrações a quente em sistemas abertos


Infusão – permanência por um tempo do vegetal em água fervente,
num recipiente tapado;
Decocção – manter o material vegetal em contato por um tempo em
um solvente (gralmente H2O) em ebulição. Uso restrito.

Extrações a quente em sistemas fechados


Extração sob refluxo – extrair com solvente em ebulição utilizando
um condensador

ANÁLISE FITOQUÍMICA
PRELIMINAR
Caracterização de grupo de substâncias presentes no vegetal através
de reações químicas (coloração e precipitação)
Cumarinas – Fluorescência azul-brilhante ou verde na luz UV (360
nm). Cor amarela em sol. alcalina

Polifenóis – São redutores por isso se oxidam facilmente gerando


cor. Ex No geral reagem com FeCl3 gerando cor azul ou verde-
azulada depois deve se investigar a classe específica: flavonóides,
taninos, etc

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ANÁLISE FITOQUÍMICA
PRELIMINAR
Alcalóides – Formação de complexos insolúveis
(precipitados). Ex Rg Dragendorff

Triterpenos e esteróides – Para saponinas usa-se teste de formação


de espuma estável na presença de ácidos minerais diluídos

FRACIONAMENTO, ISOLAMENTO E
PURIFICAÇÃO DE SUBSTÂNCIAS
Processos de fracionamento de extratos vegetais para
isolar substâncias ativas podem ser monitoradas por
ensaios biológicos ou por cromatografia

Partição por solventes (extração


líquido-líquido)
Pode ser partição por solventes
orgânicos de polaridade crescente ou
partição ácido-base. Se baseia no
coeficiente de partição ou
distribuição de cada substância.

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Solvente orgânico

extrato
metabólitos

Agitação Cromatografia

Centrifugação Separação da fase


orgânica Extrato
concentrado

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CROMATOGRAFIA
Princípio Básico
Separação de misturas por interação diferencial dos seus
componentes entre uma FASE ESTACIONÁRIA (líquido ou
sólido) e uma FASE MÓVEL (líquido ou gás).

FRACIONAMENTO, ISOLAMENTO E
PURIFICAÇÃO DE SUBSTÂNCIAS
Métodos cromatográficos
Cromatografia
•Cromatografia analítica – visa identificar componentes de misturas
ou substâncias isoladas (pequena escala)
•Cromatografia preparativa – visa isolar compostos a partir de
quantidade maiores de material vegetal (grande escala)

Componentes da cromatografia:
Fase estacionária
Fase móvel

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Técnicas cromatográficas

Cromatografia

Coluna Planar

Camada
Gasosa Líquida Papel
delgada
(sílica)

FRACIONAMENTO, ISOLAMENTO E
PURIFICAÇÃO DE SUBSTÂNCIAS
Etapas da cromatografia em coluna ou
camada delgada
Montagem da coluna ou placa;
Aplicação da amostra;
Desenvolvimento da cromatografia e passagem
do solvente escolhido – fase móvel através da fase
estacionária;
Revelação/visualização : localização dos
compostos
Extração das substâncias retidas na fase
estacionária

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Cromatografia em papel
1º Passo

23:09:45

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Cromatografia em papel
2º Passo

23:09:45

Cromatografia em papel 3° Passo

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CROMATOGRAFIA EM CAMADA DELGADA

CROMATOGRAFIA EM CAMADA DELGADA

Amostra: 1 arnica (flor), 2 calêndula (flor), 3 Heterothecae (flor), 4 arnica (flor)


Substância referência: T1 rutina (Rf 0,35) – ác. clorogêncico (Rf 0,45) –
hiperosídeo (Rf 0,6) – ác. isoclorogênico (Rf 0,75 - 0,95)
T2 rutina - ác. clorogênico- hiperosídeo , T3 quercetina T4 luteolina
Sistema solvente: acetato etila: ác. fórmico: ác. acético glacial: água (100:11:11:26)
Revelação: NP-PEG UV-365 nm

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MECANISMOS DE SEPARAÇÃO NA
CROMATOGRAFIA
Cromatografia de partição – separação com base nos

coeficientes de partição entre as duas fases;

Cromatografia de adsorção – baseia-se na adsorção

dos componentes de uma solução sobre a fase estacionária

sólida formada por partículas finas de adsorventes polares

ou apolares;

MECANISMOS DE SEPARAÇÃO NA
CROMATOGRAFIA
Cromatografia de troca iônica – aplicada na

separação de substâncias com grupos ionizáveis (aa

e alcalóides). Baseia-se no intercâmbio de íons entre

a fase móvel e estacionária;

Cromatografia de exclusão ou filtração

molecular – baseia-se no tamanho das moléculas do

soluto que passam na fase estacionária (gel poroso)

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APLICAÇÕES DA CROMATOGRAFIA EM
FARMACOGNOSIA
HPTLC (cromatografia de camada delgada de alta performance)
Similar à CCD convencional.
Principais diferenças:
- Utilização de placas especiais
- Maior poder de resolução de subs. em misturas
- Maior reprodutibilidade, precisão
e exatidão da análise
(permite análise quantitativa)
- Instrumentação específica
para as etapas de aplicação da
amostra e detecção das substâncias após separação.

CROMATOGRAFIA LÍQUIDA VS
CROMATOGRAFIA GASOSA
Esquema básico de um cromatógrafo líquido de alta eficiência HPLC

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CROMATOGRAFIA LÍQUIDA VS
CROMATOGRAFIA GASOSA
Esquema básico de um cromatógrafo gasoso (GC)

INJETOR FORNO(COLUNA) DETECTOR

APLICAÇÕES DA
CROMATOGRAFIA EM
FARMACOGNOSIA

MÉTODOS CROMATOGRÁFICOS

- HPLC (Determinação da concentração de


asiaticosídeo de centela (Centella asiatica
Urb.)

-CG (Determinação de Carquejol em amostras


de Carqueja)

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APLICAÇÕES DA CROMATOGRAFIA EM
FARMACOGNOSIA

CONTROLE QUÍMICO DE QUALIDADE


FITOFÁRMACOS
Cromatografia em camada delgada
Oferece informações sobre a composição química da
droga vegetal ou fitofármaco, por comparação com
substâncias de referências
Permite também a caracterização de falsificações ou
substituições da droga vegetal
Pode ser utilizada para a análise quantitativa

APLICAÇÕES DA CROMATOGRAFIA EM
FARMACOGNOSIA
HPLC (CLAE - cromatografia líquida de alta eficiência)
⇒ Análise quantitativa (determinação do teor de princípio
ativo)
⇒ grande aplicação na análise de princípios ativos
polares (alcalóides, saponinas, heterosídeos em geral)

CG (Cromatografia Gasosa)
⇒ Análise de substâncias voláteis (Ex.: óleos essenciais)
⇒ Grande utilização nas indústrias de fragrâncias e
aromas

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APLICAÇÕES DA CROMATOGRAFIA EM
FARMACOGNOSIA

HPLC, GC, GC-MS

Vantagens:
- Alta resolução (separação)
- Alta sensibilidade
- Alta precisão / exatidão / especificidade
Desvantagens : requerem equipamento e treinamento
apropriado.

CG/EM (Cromatografia gasosa acoplada à espectrometria de


massas)
⇒ Separação dos componentes voláteis de uma mistura,
seguido da obtenção dos espectros de massas de cada um.
⇒ Principal aplicação: na identificação de substâncias
⇒ Grande importância em análises forenses (drogas ilícitas -
cocaína, ópio, etc..)
⇒ Pouco usada como técnica de rotina em controle de
qualidade (alto custo, treinamento específico).

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Controle de qualidade de
matérias-primas vegetais

amostragem

Identificação e Avaliação dos princípios


verificação da pureza ativos

Processos diretos (macroscópicos e organolépticos)


indiretos: físicos: microscopia, solubilidade, cromatografia,
viscosidade, densidade , etc)
químicos: reações de coloração, precipitação
⇒ histoquímica e microquímica
biológicos: hemólise, ictiotoxicidade, hemaglutinação,
vômito de pombos, convulsões estricnínicas

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