Parte Escrita - Seminario GC1

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IFNMG – INSTITUTO FEDERAL DO NORTE DE MINAS

GERAIS
DEPARTAMENTO DE AGRONOMIA
GRANDES CULTURAS 1 – MILHO, SORGO E CANA DE
AÇÚCAR

MANEJO DE POTÁSSIO E FÓSFORO NO SORGO

Acadêmicos:
Davidson Jean da Costa Pereira
Elias Costa Carvalho Junior
Wellington Lisboa

Arinos – MG
Outubro – 2020
SUMÁRIO

REVISÃO DE LITERATURA 3

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 7
1 REVISÃO DE LITERATURA

Manejo do Fósforo (P) na Cultura do sorgo

Segundo Gatiboni (2003) o fósforo é um dos dezessete elementos


essenciais para a sobrevivência das plantas, estando presentes em componentes
estruturais das células, como nos ácidos nucléicos e fosfolipídios das
biomembranas, e também em componentes metabólicos móveis armazenadores de
energia como ATP. O abastecimento do fósforo as plantas se dão essencialmente
via sistema radicular, estando sua absorção então na dependência da capacidade
de fornecimento do substrato.

Apesar do fósforo ser o décimo segundo elemento químico mais abundante


na crosta terrestre, Schulze (1989) apud Gatiboni (2003), é o segundo elemento que
mais limita a produtividade nos solos tropicais.

Ainda de acordo com Gatiboni (2003) mesmo que os teores totais de fósforo
no solo sejam altos em relação aos necessários para as plantas, apenas uma
pequena fração deste tem baixa energia de ligação possibilitando assim a dessorção
e a disponibilidade para as plantas. A fração de fósforo ligada aos coloides com
baixa energia é chamado fator quantidade (Q) e está em equilíbrio com o fósforo na
solução do solo, fator intensidade (I) de onde as plantas o absorvem. Quando a
capacidade de Q em repor o I é insuficiente para sustentar a absorção pelas plantas,
a estratégia mais comum para reverter este quadro é a adição de fertilizantes
fosfatados.

Conforme Giracca o fósforo interfere nos processos de fotossíntese,


respiração, armazenamento e transferência de energia, divisão celular, crescimento
das células. Contribui para o crescimento prematuro das raízes, qualidade de frutas,
verduras, grãos e formação das sementes. Por interferir em vários processos vitais
das plantas, deve haver um suprimento adequado de fósforo desde a germinação,
principalmente em plantas de ciclo curto. O fósforo, na planta, apresenta uma
grande mobilidade. As plantas quando jovens absorvem maiores quantidades de
fósforo ocorrendo um crescimento rápido e intenso das raízes em ambientes com
níveis adequados do nutriente.
O fósforo pode ser aplicado de duas formas no solo, pode ser jogado a lanço
e depois ser incorporado com uma grade/niveladora, ou pode ser colocado já na
linha de plantio, não necessitando assim ser incorporado com outro implemento,
este primeiro modo não é comumente utilizado devido o seu alto custo de ter que
fazer dois processos, enquanto da outra forma se faz somente um processo para
semear, adubar, e incorporar o nutriente. Cabe ressaltar que essa linha onde o
fósforo deve ser colocado não pode entrar em contato com a semente, esta deve ser
distribuída a 5 centímetros a mais de profundidade e 5 centímetros ao lado das
sementes.

O sorgo (Sorghum bicolor L. Moench) é uma planta com altas taxas


fotossintéticas que pode ser cultivada em quase todo território nacional. Esta cultura
é de enorme utilidade em regiões muito quentes e muito secas, onde culturas como
o milho, não atinge o máximo em produtividade de grãos ou de forragem,Molina et
al. (2000) Apud Cruz et al. (2009).

De acordo com Metidieri (2000) e Tsunechiro et al., (2002) apud Cruz et al.
(2009)o desenvolvimento de novos híbridos, o aumento do consumo de proteína
animal, a valorização do sorgo pelas indústrias de rações, a expansão da produção
de leite e o confinamento de bovinos aliados a um aumento da demanda por
matérias-primas energéticas resultou no conjunto de fatores que alavancaram a
produção nacional deste cereal.

Conforme experimento conduzido por Cruz et al. (2009) na região da zona


da mata no estado do Alagoas, as cultivares de sorgo receberam quantidades
diferentes de fósforo de 0; 25; 50 e 75 Kg/ha, onde se concluiu que: a adubação
fosfatada aumenta linearmente a produção de sorgo até a dose de 75 kg ha-1 de P,
mostrando que para a obtenção de altas produtividades de sorgo, na região da Zona
da Mata do Estado de Alagoas, é necessário o suprimento de doses elevadas de P;
e o fósforo proporciona maior participação de grãos na matéria seca total das
plantas de sorgo, melhorando assim o seu valor nutricional quando utilizado como
forragem.

De acordo com Leão et al. (2011) em seu experimento que foi conduzido na
cidade campina grande o P, foi fornecido pelo uso de KH2 PO4 (14,4 mL vaso; 28,8
mL vaso; e 43,2 mL vaso, respectivamente, para os tratamentos 50 mg dm- ³, 100
mg dm- ³ e 150 mg dm- ³) e com esse experimento pode concluir-se que: o estresse
hídrico reduziu o acúmulo de K na parte aérea das plantas de sorgo; a adubação
fosfatada proporcionou aumento na absorção de N, P, Ca, S, Mn e Fe e redução na
absorção de Zn; o fornecimento de P acima de 125 mg dm-3 foi prejudicial às
plantas, por causar redução no acúmulo de macronutrientes.

Manejo do Potássio (K) na Cultura do sorgo

O Sorgo tem sua especificidade por seu uma cultura tolerante ao déficit
hidrico e ter rusticidade (VINUTHA et al., 2014). Por esse motivo a adubação
costuma ser ignorada. A desinformação e falta de assistência técnica impulsiona a
falta de cuidados adequados com o mesmo para altas produtividade e melhor
aproveitamento da cultura.

O potássio é um macronutriente fundamental para as plantas entre algumas


das funções principais podemos citar a regulação osmótica, turgor, ativação
enzimática, translocação de nutrientes e absorção de N. Segundo Bear et al (1948)
estudos conduzidos para chegar em uma conclusão para melhores condições
edáficas para o sorgo sacarino foi relatado que 2% - 5% do complexo de troca
deveria ser ocupado por potássio.

Embora é comum diagnóstico de falta de resposta da cultura à adubação


potássica devido ao K não trocável pelas plantas (MELO et al., 2005). Segundo Júlio
et al (2016) não é recomendado adubação potássica para sorgo biomassa em
determinadas condições visando produtividade foliar e em alguma condição que for
necessária a mesma deve ser executada no estágio V3.

Portanto o manejo do potássio (K) na cultura do sorgo deve ser baseada na


finalidade da cultura uma vez que o sorgo granífero tem menor escoamento de
porteira de potássio que o forrageiro. Em comparação com as tabelas a seguir por
Coelho et al (2007).
Nota-se, que a extração de K do sorgo forrageiro chega a ser 75% maior que
o granífero. Portanto a recomendação de potássio para sorgo forrageiro e granífero
citada pelo mesmo autor é:
A maior exigência deste nutriente ocorre entre 30-40 dias de desenvolvimento

considerada, portanto, como elemento de “arranque” Coelho et al (2007).

2 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BEAR, Firman E.; TOTH, Stephen J. Influence of calcium on availability of other soil
cations. Soil Sci, v. 65, n. 1, p. 69-75, 1948.

COELHO, Antônio M. Nutrição e adubação. Embrapa Milho e Sorgo-Capítulo em


livro científico (ALICE), 2007.

CRUZ, Sihélio Júlio Silva. ADUBAÇÃO FOSFATADA PARA A CULTURA DO


SORGO GRANÍFERO. Revista Caatinga, Mossoró, v. 22, n. 1, p. 91-97, mar. 2009.
Disponível em: https://file:///D:/grandes%20culturas%201%20seminario/959-Artigo
%20de%20submiss%C3%A3o-2587-1-10-20081221.pdf. Acesso em: 09 out. 2020.

GATIBONI, Luciano Colpo. Disponibilidade de formas de fósforo do solo


asplantas. 2003. 231 f. Tese (Doutorado) - Curso de Agronomia, Unidade Federal
de Santa Maria, Santa Maria, 2003. Disponível em:
https://repositorio.ufsm.br/bitstream/handle/1/3154/LUCIANO%20GATIBONI.pdf?
sequence=1&isAllowed=y. Acesso em: 08 out. 2020.

GIRACCA, Ecila Maria Nunes. Fósforo (P). Disponível em:


https://www.agrolink.com.br/fertilizantes/fosforo_361445.html. Acesso em: 08 out.
2020.
JÚLIO, Guilherme Moura Ferreira et al. Manejo da adubação potássica de cobertura
no sorgo biomassa. In: Embrapa Milho e Sorgo-Artigo em anais de congresso
(ALICE). In: SEMINÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA PIBIC/CNPq, 11., 2016, Sete
Lagoas.[Trabalhos apresentados]. Sete Lagoas: Embrapa Milho e Sorgo, 2016.,
2016.

MELO, Vander de Freitas et al. Cinética de liberação de potássio e magnésio pelos


minerais da fração argila de solos do Triângulo Mineiro. Revista Brasileira de
Ciência do Solo, v. 29, n. 4, p. 533-545, 2005.

LEÃO, Douglas Alexandre Saraiva; FREIRE, Antonio Lucineudo de Oliveira.


ESTADO NUTRICIONAL DE SORGO CULTIVADO SOB ESTRESSE HÍDRICO E
ADUBAÇÃO FOSFATADA. Pesq. Agropec. Trop., Goiânia, v. 41, n. 1, p. 74-79,
mar. 2011. Disponível em: https://file:///D:/grandes%20culturas
%201%20seminario/a13v41n1.pdf. Acesso em: 09 out. 2020.

VINUTHA, K. S. et al. Sweet sorghum research and development in India: status and
prospects. Sugar Tech, v. 16, n. 2, p. 133-143, 2014.

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