Como Funcionam Os Capacitores de Tântalo

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Como funcionam os capacitores de

tântalo (ART604)

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Publicado: Domingo, 06 Novembro 2011 08:47

Este artigo trata de um dos tipos de capacitores que se


torna cada vez mais comum em todos os equipamentos
eletrônicos. Falamos dos capacitores eletrolíticos de
tântalo, que por serem menores que os equivalentes de
alumínio, são ideais para os equipamentos
miniaturizados que hoje tomam conta do mercado.
Recomendamos a leitura deste artigo por todos os
técnicos que desejam se familiarizar com este tipo de
componente.

Os capacitores de tântalo são cada vez mais utilizados


em lugar dos capacitores eletrolíticos de alumínio, pois
eles têm a vantagem de fornecerem uma capacitância
muito maior por unidade de volume. Dessa forma, os
capacitores de tântalo são muito menores do que os
eletrolíticos de mesmo valor, o que é muito importante
para as aplicações em que o espaço é importante.

Nas aplicações portáteis em que o espaço é muito


importante, é vantagem utilizar capacitores de tântalo
em lugar dos eletrolíticos tradicionais de alumínio.

Muito menores que os equivalentes, eles também são


mais estáveis, o que é uma característica de grande
importância em muitas aplicações. Na figura 1
comparamos os tamanhos de dois capacitores
eletrolíticos, sendo um de tântalo e outro de alumínio de
mesmo valor e mesma tensão de trabalho.

 
Comparação de tamanho. Os capacitores de tântalo são muito menores do que os equivalentes de
alumínio.

O Eletrolítico comum de alumínio


Os capacitores eletrolíticos de alumínio, aproveitam as
propriedades dielétricas do óxido de alumínio, numa
construção básica conforme mostra a figura 2.

Estrutura interna de um capacitor eletrolítico de alumínio.

Colocando uma solução condutora especial em


contacto com uma armadura de alumínio, essa solução
ataca quimicamente o alumínio formando uma finíssima
camada de óxido isolante.

Assim, o eletrolítico e a peça de alumínio passam a


formar a armadura do capacitor, enquanto que a
finíssima capa de óxido forma o dielétrico.
Como a camada de óxido é extremamente fina, e
capacitância obtida é muito grande, pois num capacitor
quando menor a espessura do dielétrico, maior é a
capacitância. Entra em jogo também a constante
dielétrica do óxido de alumínio que também influi na
capacitância final.

Na construção real do componente, para aumentar o


tamanho da armadura ela pode ser formada por uma
folha de alumínio enrolada, conforme mostra a figura 3.

Para ocupar menos espaço, os capacitores de alumínio são fabricados com folhas flexíveis enroladas.

Na prática obtemos capacitores eletrolíticos de alumínio


de menos de 1 µF a mais de 200 000 µF com certa
facilidade, conforme mostra a figura 4.

 
Capacitores eletrolíticos de alumínio comerciais.

O Capacitor de Tântalo
O óxido de tântalo tem uma constante dielétrica muito
maior do que a do óxido de alumínio. Isso significa que,
com a mesma superfície efetiva e com a mesma
espessura do dielétrico podemos obter uma
capacitância muito maior.

Da mesma forma, dois capacitores de mesmo valor, um


eletrolítico de alumínio e outro de tântalo, o de tântalo
será muito menor, conforme já comparamos no início
do artigo.
Até há algum tempo, os eletrolíticos de tântalo eram
pouco usados tanto pelo seu custo mais elevado como
pela própria dificuldade de fabricação.

Hoje, com tecnologias mais modernas e com a


necessidade de termos componentes cada vez
menores, pois o espaço se torna crítico, principalmente
nas aplicações portáteis,. os eletrolíticos de tântalo são
absolutamente comuns.

Na figura 5 temos a construção em corte de um


capacitor eletrolítico de tântalo.

Detalhes da construção de um capacitor eletrolítico de tântalo.

O eletrodo de tântalo, que consiste numa das


armaduras é colocado numa posição mais interna.
Cobrindo esse eletrodo existe uma finíssima camada de
pentóxido de tântalo que forma o dielétrico .

A outra armadura é obtida com grafite, uma superfície


prateada e bióxido de manganês. Temos finalmente a
carcaça externa que possui ligação elétrica com essa
armadura.
Na prática encontramos os capacitores de tântalo
principalmente no formato mostrado na figura 6.

Formato comum para os capacitores de tântalo.

Esses capacitores pelas suas reduzidas dimensões são


marcados com um código especial, semelhante aos
usados nos resistores, cuja leitura todo profissional da
eletrônica deve conhecer.

As cores determinam tanto o valor (capacitância) como


também a tensão de trabalho, que da mesma forma que
nos demais capacitores é uma característica
importante.

Dentre as principais características desse tipo de


capacitor destacamos;

* Segurança

* Relação excelente entre a capacitância e o tamanho

* Corrente de fuga muito baixa, menor do que 1 uA

* Possibilidade de carga e descarga muito rápida,


devido à sua resistência em série muito baixa.
* faixa de temperaturas de operação ampla

* Boas tolerâncias

Códigos de Leitura
Da mesma forma que outros componentes de
dimensões muito pequenas, os capacitores de tântalo
menores usam um código de cores (faixas colorias e
pintas) indicando seu valor e tensão de trabalho.

Na figura 7 temos os dois códigos mais comuns usados


para esses componentes no invólucro epóxi.

Códigos de marcação mais utilizados com os capacitores de tântalo em invólucro epóxi.

As principais características desses componentes são:

a) Tipos tubulares
Faixa de temperaturas: - 55º C a + 125º C

Tensões de trabalho: 6,3 V, 10 BV, 16 V, 25 V, 40 v, 63


V e 100 V

Faixa de capacitâncias: 100 nF a 470 µF

tolerância: +/-205 (Série de valores E6)

b) Tipos epóxi

Faixa de temperaturas: - 55º C a +125º C

Tensões de trabalho: 3 V a 50 V

Capacitâncias: 10 µF a 4 700 µF

Tolerância: +/- 20% (E6)

c) Tipos miniatura (gota)

Faixa de temperaturas: -55º C a 85º C

Tensões de trabalho: 3 a 50 V

Capacitâncias: 10 nF a 100 µF

Tolerância:+/- 20%

Obs.: os valores indicados podem variar conforme os


fabricantes.

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