CP - NG6-DR1

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Área de Competência-Chave: Cidadania e Profissionalidade – CP2

UFCD 6: Abertura Moral


Resultados de Aprendizagem: RA1/DR1 – Tolerância e diversidade
Domínio: Privado
Critérios de Evidência/Competências:
• Identificar valores democráticos.
• Reconhecer a exigência de tolerância na conduta pessoal.
• Demonstrar disponibilidade para aceitar/tolerar diferentes formas de estar.

Verificação de critério(s):
Nome do Formando: _______________________________________________________ Entregue em ___/___/2020

Portugueses por gerações: diferentes mas mais tolerantes

As diferenças mais vincadas entre as gerações de portugueses sentem-se no domínio sexual, na imagem
do homem e da mulher, no domínio familiar e no grau de tolerância e permissividade moral em geral.
Estas conclusões estão contidas no livro “Gerações e Valores na Sociedade Portuguesa Contemporânea”,
resultado de um inquérito a uma amostra representativa da população portuguesa com idade superior
aos 15 anos, realizado em 1995 pelo Instituto de Ciências Sociais, com o apoio da JNICT. (…)
[Este inquérito] aborda as seguintes gerações: da Grande Guerra (nascidos antes de 1941), a geração de
Abril (nascidos entre 1971 e 1980) e uma geração de transição (com idades entre os 35 e os 54 anos).
A publicação traça um mapa mental das gerações portuguesas em termos dos valores que expressam
em diversas áreas da vida familiar, laboral, amorosa e religiosa, a sociedade que as rodeia, bem com um
mapa mental das moralidades e éticas da vida que aproximam ou separam as diferentes gerações.
Paulo Antunes Ferreira explorou o tema das atitudes perante a vida, moralidades e éticas da vida,
concluindo que a geração da grande guerra aparece associada a “uma ética de vida puritana ou
protestante, considerando o trabalho como um dever e uma obrigação dos indivíduos para com a
sociedade”
Esta geração revela-se bastante conservadora no que respeita à área familiar, condenando a
coabitação, valorizando o casamento e partilhando de uma visão tradicional no que respeita ao papel do
homem e da mulher face ao investimento numa carreira profissional e à divisão de tarefas na vida
conjugal.”
Associada a esta geração, encontra-se uma moralidade bastante conservadora e repressiva: “Esta
geração só admite [relações] heterossexuais após o casamento, condenando o adultério, a prostituição e
a pornografia: parece ser rigorosa e inflexível nos princípios morais.”
Já a geração do 25 de Abril aparece associada à “ética romântica” e ao “individualismo expressivo”. Para
esta geração, o trabalho é um direito que a sociedade deve garantir aos indivíduos, valorizando num
emprego “o prazer que ele pode proporcionar e as possibilidades de promoção e carreira.”
Valoriza igualmente a remuneração e a experiência profissional, em detrimento da segurança e do
prestígio. Contrariamente à geração anterior, os inquiridos com idades entre os 15 e os 34 anos revelam-
se genericamente favoráveis à coabitação e rejeitam o papel tradicionalmente subordinado da mulher
em relação ao homem. Defendem mesmo “uma igualdade na distribuição das tarefas domésticas”.

Sexualidade valorizada

No que diz respeito à sexualidade, esta geração “valoriza o prazer, a experimentação e até a
transgressão: admite todo o tipo de relações sexuais, aceitando a homossexualidade masculina e
feminina, o adultério” (…) Como direitos mais importantes, considera a “liberdade de expressão e o
direito à privacidade”
Face à vida, a geração do 25 de Abril manifesta uma atitude positiva, considerando-a “uma agradável
aventura”.
Sem que desvalorizem o dinheiro, o trabalho e a carreira profissional, os estudos e o sentido de
responsabilidade e, em grande parte, recusando essa imagem da juventude correntemente partilhada
pelas gerações mais velhas, os actuais portugueses reivindicam como principais eixos de distinção da sua
geração “traços relacionados com consumos culturais, com a maior valorização dos tempos de lazer, do
corpo e das actividades físicas e anda da sexualidade.”
Público, 1999-03-03

1. Sistematize os valores que o estudo apresentado neste texto atribui às Gerações da Grande Guerra e
do 25 de Abril.
Valores relativamente: Geração da Grande Guerra Geração do 25 de Abril

Ao trabalho

Ao casamento

Aos papéis do homem e da


mulher

À sexualidade

Ao lazer

2. O que pensa dos direitos “liberdade de expressão” e “direito à privacidade” defendidos como
fundamentais pela geração de Abril?

3. Quais são para si os valores fundamentais que devem reger uma sociedade democrática?

4. Leia com atenção.


Abrigo subterrâneo
Imagine que a nossa cidade está sob ameaça de um bombardeamento. Aproxima-se um homem que lhe
pede uma decisão imediata. Existe um abrigo subterrâneo que só pode acomodar seis pessoas. Há doze
que pretendem entrar.
Abaixo há uma relação das doze pessoas interessadas em entrar no abrigo. Faça a sua escolha,
destacando seis pessoas apenas.
Candidatos à entrada no abrigo subterrâneo:
➢ Um violinista, com 40 anos de idade, viciado em drogas.
➢ Um advogado com 25 anos de idade.
➢ A mulher do advogado, com 24 anos de idade, que acaba de sair do manicómio. Ambos preferem
ou ficar juntos no abrigo, ou fora dele.
➢ Um sacerdote com 75 anos de idade.
➢ Uma prostituta com a idade de 34 anos.
➢ Um ateu, com 20 anos de idade, autor de vários assassinatos.
➢ Um físico, com 28 anos de idade, que só aceita entrar no abrigo se puder levar consigo a sua
arma.
➢ Um enfermeiro negro com 35 anos de idade.
➢ Uma menina, com 12 anos de idade e baixo QI.
➢ Um homossexual com 47 anos de idade.
➢ Uma doente mental, com 32 anos de idade, que sofre ataques epiléticos.

Reflexão crítica da atividade:


Justifique as suas opções salientando a importância das nossas escolhas e das consequências das
mesmas.

A formadora

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