AUALA 5 - FILOSOFIA 2 - 3o Bim.
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ROTEIRO DE ESTUDOS
PROFESSORFrancisco Lopes
DISCIPLINAFilosofia – 3º BIMESTRE SÉRIE 2ª
TURMA A, B, C, D, E e F TURNO Vespertino/Noturno DATA 26 10 2021
Nome do aluno: ____________________________________________________ Turma:______________
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2 – Leitura:
Leia atentamente e anote em seu caderno, os pontos que lhe chamaram a atenção.
Proceda À leitura do texto
Quem eram os sofistas?
A Democracia ateniense, devido ao espírito de competição política e judiciária exigia uma preparação
intelectual muito completa dos cidadãos.
Vindos de toda a parte do mundo grego, os sofistas (mestres de sabedoria), dedicam-se a fazer conferências e a
dar aulas (ensinavam técnicas que auxiliavam as pessoas a defenderem o seu pensamento particular) nas várias
cidades-estados.
Eles se opunham à filosofia pré-socrática dizendo que estes ensinavam coisas contraditórias e repletas de erros
que não apresentavam utilidade nas pólis (cidades). Dessa forma, substituíram a natureza, que antes era o
principal objeto de reflexão, pela arte da persuasão.
Protágoras de Abdera 480 - 410 a.C. Filósofo grego.
Foi o primeiro a adotar a qualificação de sofista.
Protágoras é o precursor da profissionalização do ensino.
"O homem é a medida de todas as coisas, das coisas que são, enquanto são, das coisas
que não são, enquanto não são"
As "Antilogias", que consistem em duas premissas: a primeira é "Antes de qualquer
incerteza duas teses opostas podem ser validamente confrontadas", a segunda é o seu
complemento: a necessidade de "fortalecer o argumento fraco".
Protágoras foi notadamente o sofista mais destacado de seu tempo. Sustentava que existem tantas verdades
quanto existem as opiniões e tantas opiniões quanto existem os homens. Para ele, o único critério para
distinguir o verdadeiro do falso era a utilidade e também a opinião da maioria. Assim, as leis da pólis eram
apenas convenções sancionadas por uma opinião majoritária. Podemos resumir o alicerce de sua filosofia na
sentença: "O homem é a medida de todas as coisas, das que são, enquanto são, e das que não são, enquanto não
são". Também é muito característica de seu pensamento sua teoria dos "raciocínios duplos": "Em toda questão,
há dois raciocínios opostos entre si", significa dizer, de cada coisa se pode dar sempre duas versões opostas, já
que, se não há verdade, um juízo é tão válido quanto seu contrário.
Górgias de Leontinos 485 – 380 a.C. Filósofo grego dito "o Niilista".
Juntamente com Protágoras de Abdera, formou a primeira geração de sofistas.
Como outros sofistas estava continuamente mudando de cidade, praticando e dando
demonstrações públicas de suas habilidades em diversas cidades, e nos grandes centros pan-
helênicos como Olímpia e Delfos, cobrando por suas apresentações e por aulas. Uma
característica especial de suas aparições era a de ouvir questões da plateia sobre todos os
assuntos e respondê-las sem qualquer preparo
Pródico de Ceos 465 ou 450 a.C. Filósofo grego do primeiro período do movimento sofista, conhecido como o
"precursor de Sócrates". Ele ainda era vivo em 399 a.C. porém é incerta a data de sua morte
Veio a Atenas como embaixador de Ceos, e tornou-se conhecido como orador e professor. Do mesmo modo
que Protágoras, almejava treinar seus pupilos para assuntos domésticos e civis; mas enquanto
Protágoras focalizava seu ensino principalmente em disciplinas como retórica e estilo,
Pródico fazia da ética disciplina proeminente em seu currículo. E em ética ele era um
pessimista. Embora tenha dispensado seus deveres civis a despeito de um físico frágil, ele
enfatizava as dores da vida e advogava, contudo, não por uma resignação desesperançosa,
mas, antes disso, pela cura encontrada no trabalho, tomando como modelo Hercules - a
incorporação da atividade viril.
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Exemplos de falácias
Reflexão
Em todos os momentos da vida devemos ter cuidado com as palavras, cuidado com o que ouvimos, lemos ou
escrevemos. Não devemos nunca acreditar em tudo o que ouvimos ou lemos. Devemos ter habilidade para lidar
com discursos, com textos, com o que nos dizem, com argumentos que nos apresentam nos debates do dia-a-
dia. Devemos distinguir o que o vulgo confunde. Devemos ter critérios para aceitar ou rejeitar enunciados,
argumentos e declarações feitas. Muitas carecem de fundamentação.
São ardilosas. Enganadoras. Fraudulentas. Falsas. Falaciosas.
1 - Ataques pessoais (ad hominem)
Definição: Ataca-se pessoa que apresentou um argumento e não o argumento que apresentou. Ataca, por
exemplo, o caráter, a nacionalidade, a etnia ou a religião da pessoa. Pensa-se que, ao se atacar a pessoa, pode-se
enfraquecer ou anular sua argumentação.
Exemplo: “Depois de Genoveva apresentar de maneira eloquente e convincente uma possível mudança na
escola, Astrogildo pergunta aos presentes se eles deveriam mesmo acreditar em qualquer coisa dita por uma
mulher que não é casada, já foi presa e, pra ser sincero, tem um cheiro meio estranho”.
Contra argumentação: Identifique o ataque e mostre que o caráter ou as circunstâncias da pessoa nada tem a ver
com a verdade ou falsidade da proposição defendida.
2 – Apelo à autoridade (argumentum ad verecundiam)
Definição: Você usa a sua posição como figura ou instituição de autoridade no lugar de um argumento válido.
Exemplo: “Um médico se vê questionado de maneira insistente por um paciente especialmente chato. Lá pelas
tantas, irritado após cometer um deslize em sua fala, o médico argumenta que tem especialização, mestrado,
doutorado e pós-doutorado e isso é mais do que suficiente para o paciente confiar nele”.
Contra argumentação: Mostre que a pessoa citada não é autoridade qualificada. Ou que muitas vezes é perigoso
aceitar uma opinião porque simplesmente é defendida por uma autoridade. Isso pode nos levar a erro.
3 – O Espantalho
Definição: Você desvirtua um argumento para torná-lo mais fácil de atacar. O argumentador, em vez de atacar
o melhor argumento do seu opositor, ataca um argumento diferente, mais fraco ou tendenciosamente
interpretado.
Exemplo: “Depois de Juvenal dizer que o governo deveria investir mais em saúde e educação, Brejêncio
respondeu dizendo estar surpreso que Juvenal odeie tanto o Brasil, a ponto de querer deixar o nosso país
completamente indefeso, sem verba militar”.
Contra argumentação: Mostre que o argumento oposto foi mal representado, mostrando que os opositores têm
argumentos mais fortes. Descreva um argumento mais forte.
4 – Apelo às consequências (argumentum ad consequentiam)
Definição: O argumentador, para “mostrar” que uma crença é falsa, aponta consequências desagradáveis que
advirão da sua defesa.
Exemplo: “Não pode aceitar que a teoria da evolução é verdadeira, porque se fosse verdadeira estaríamos no
nível dos macacos”.
Contra argumentação: Identifique as consequências e argumente que a realidade não tem de se adaptar aos
nossos desejos.
5 – Apelo à Ignorância (ad ignorantiam)
Definição: Os argumentos desta classe concluem que algo é verdadeiro por não se ter provado que é falso; ou
conclui que algo é falso porque não se provou que é verdadeiro.
Exemplo: “Como os cientistas não podem provar que se vai ter uma guerra global ela provavelmente não
ocorrerá”.
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Contra argumentação: Identifique a proposição em questão. Argumente que ela pode ser verdadeira (ou falsa)
mesmo que, por agora, não o saibamos.
3 - Atividade/Produção/Exercício:
Proceda à resolução dos exercícios
1 - Produção textual
Produza um breve comentário sobre a sua interpretação da frase na formulação clássica de Protágoras.
"O homem é a medida de todas as coisas, das coisas que são, enquanto são, das coisas que não são, enquanto
não são".
Comentário: ..............................................................................................................................................................
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2 – “Como os cientistas não podem provar que se vai ter uma guerra global ela provavelmente não ocorrerá”.
Os argumentos desta classe concluem que algo é verdadeiro por não se ter provado que é falso; ou conclui que
algo é falso porque não se provou que é verdadeiro.
Conclui-se que esta falácia se classifica como:
a) apelo à certeza;
b) apelo à dúvida;
c) apelo à ignorância;
d) apelo à mentira;
e) apelo à verdade.
3 - “Um médico se vê questionado de maneira insistente por um paciente especialmente chato. Lá pelas tantas,
irritado após cometer um deslize em sua fala, o médico argumenta que tem especialização, mestrado, doutorado
e pós-doutorado e isso é mais do que suficiente para o paciente confiar nele”.
Conclui-se que esta falácia se classifica como:
a) apelo à agressão;
b) apelo à autoridade;
c) apelo à coragem;
d) apelo à firmeza;
e) apelo à força.